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FASES DA INVESTIGAÇÃO
A – Início
• Obtenção de dados e elementos de informações sobre
determinada(s) prática(s) criminosa(s);
• Análise desses dados (verossimilhança, atribuição investigatória
da PF/PC, provável envolvimento de servidores públicos,
facções criminosas etc);
• Viabilidade da investigação e meios necessários (humanos e
materiais);
• Início da investigação;
PROGRAMA CONSTITUCIONAL DE 
SEGURANÇA PÚBLICA E
SISTEMAS DE REPRESSÃO A DROGAS
Prof. Bruno Zampier
PROGRAMA CONSTITUCIONAL DE 
SEGURANÇA PÚBLICA
PROGRAMA ORIGINAL
Art. 144, CRFB 1988
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
Art. 144. em seus parágrafos, vai falar sobre cada órgão:
§1º - Polícia Federal: atribuições investigativas e
administrativas específicas
§2º - Polícia Rodoviária Federal: patrulhamento ostensivo das
rodovias federais
§3º - Polícia Ferroviária Federal: patrulhamento ostensivo das
ferrovias federais
Art. 144. em seus parágrafos, vai falar sobre cada órgão:
§4º - Polícia Civil: dirigidas por Delegados de Carreira, função
de polícia judiciária residual
§5º - Polícia Militar: polícia ostensiva e preservação da ordem
pública
§5º - Bombeiro Militar: execução de atividades de defesa civil
Art. 144. em seus parágrafos, vai falar sobre cada órgão:
§8º - Guarda Municipal: municípios podem criar sua guarda
municipal para proteção de seus bens, serviços e instalações
Todos estes órgãos terão sua atuação (organização e 
funcionamento) disciplinada por leis infraconstitucionais 
(art. 144, §7º, CRFB 1988)
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Atribuições da Polícia Federal
Art. 144, §1º, CRFB 1988
Atribuições (art. 144, §1º, CRFB/88)
X
Competência (art. 109, CRFB/88)
Atribuições da Polícia Federal
- Polícia Judiciária
- Polícia Administrativa
Atribuições de Polícia Judiciária
1) Apurar infrações penais contra a ordem política e social 
(art. 144, 1º, I, CRFB/88)
- Lei de Segurança Nacional – Lei nº 7.170/83
- Lei de Combate ao Terrorismo - Lei nº 13.260/2016
Atribuições de Polícia Judiciária
2) Apurar infrações penais em detrimento de bens, serviços 
ou interesses da União, entidades autárquicas, fundações 
públicas, empresas públicas federais (art. 144, 1º, I, CRFB/88)
(cláusula geral das atribuições da Polícia Federal na CR/88)
Atribuições de Polícia Judiciária
3) Apurar infrações penais cuja prática tenha repercussão 
interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, 
segundo se dispuser em lei (art. 144, 1º, I, CRFB/88).
Obs.: Lei nº 10.446/02 – regulamenta essas infrações.
Atribuições de Polícia Judiciária
4) Lei nº 10.446/02
- Sequestro, cárcere privado e extorsão mediante 
sequestro – se o agente foi impelido por motivação política ou 
quando praticado em razão da função pública exercida pela 
vítima, sem prejuízo da atuação Polícia Civil e Militar. (art. 1º, I)
Atribuições de Polícia Judiciária
5) Lei nº 10.446/02
- Formação de cartel (art. 1º, II) – ver Lei 8.137/90
Atribuições de Polícia Judiciária
6) Lei nº 10.446/02
- Relativas à violação a direitos humanos - que a 
República Federativa do Brasil se comprometeu a reprimir em 
decorrência de tratados internacionais de que seja parte. (art. 
1º, III)
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Atribuições de Polícia Judiciária
7) Lei 10.446/02
- Furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e 
valores, transportadas em operação interestadual ou 
internacional, quando houver indícios da atuação de quadrilha 
ou bando em mais de um Estado da Federação. (art. 1º, IV)
Atribuições de Polícia Judiciária
8) Lei nº 10.446/02
- falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de 
produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e 
venda, inclusive pela internet, depósito ou distribuição do 
produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado 
(alteração promovida pela Lei 12.894/2013; art. 1º, V)
Atribuições de Polícia Judiciária
9) Lei nº 10.446/02
- furto, roubo ou dano contra instituições financeiras, 
incluindo agências bancárias ou caixas eletrônicos, quando 
houver indícios da atuação de associação criminosa em 
mais de um Estado da Federação. (alteração promovida 
pela Lei 13.124/2015; art. 1º, VI)
Atribuições de Polícia Judiciária
10) Lei nº 10.446/02
- quaisquer crimes praticados por meio da rede 
mundial de computadores que difundam conteúdo 
misógino, definidos como aqueles que propagam o ódio ou 
a aversão às mulheres. (alteração promovida pela Lei 
13.642/2018; art. 1º, VII)
Atribuições de Polícia Judiciária
11) Lei nº 10.446/02
- Qualquer crime (obedecidos os requisitos do caput) 
desde que tal providência seja autorizada ou determinada 
pelo Ministro da Justiça. (art. 1º, p. único)
Atribuições de Polícia Judiciária
12) prevenir e reprimir o tráfico de drogas 
(art. 144, §1º, II, CR/88)
Atribuições de Polícia Judiciária
13) prevenir e reprimir o contrabando e descaminho (art. 
334 e 33-A, Código Penal), sem prejuízo da ação 
fazendária e de outros órgãos púbicos nas respectivas 
áreas de competência
(art. 144, §1º, II, CR/88)
Atribuições de Polícia Judiciária
14) Exercer, com exclusividade, as funções de polícia 
marítima, aeroportuária e polícia de fronteira
(art. 144, §1º, III, CR/88)
Atribuições de Polícia Judiciária
15) exercer, com exclusividade, as funções de polícia 
judiciaria da União
(art. 144, §1º, IV, CR/88)
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Atribuições de Polícia Judiciária
16) Reprimir e apurar crimes políticos, eleitorais e 
exercer a função de polícia judiciária eleitoral. 
(Código Eleitoral e na Lei 9.504/98)
Atribuições de Polícia Judiciária
17) Apurar infrações penais em sede de disputas de 
direitos indígenas. Crimes cometidos contra uma 
coletividade indígena
Art. 231, CRFB/88.
Atribuições de Polícia Judiciária
18) Apurar infrações contra o meio ambiente e contra o 
patrimônio histórico e cultural (Lei 9.605/98)
Atribuições de Polícia Judiciária
19) Qualquer ato de persecução penal internacional –
inclusive as cooperações penais internacionais 
- Celebração de Memorandos de Entendimento com 
organismos de vários países.
Atribuições de Polícia Judiciária
20) Apurar infrações penais contra a ordem tributária 
federal
- Lei 8.137/90
Atribuições de Polícia Judiciária
21) Apurar infrações penais contra a organização do 
trabalho
Art. 197 a 207, Código Penal.
Atribuições de Polícia Judiciária
22) Infrações penais contra o sistema financeiro nacional 
- Lei 7.492/86
Atribuições de Polícia Judiciária
23) Apurar infrações de ingresso e permanência irregular 
de estrangeiro em território nacional. 
(Lei de Migração – Lei 13.455/2017 – medidas retiradas 
compulsórias)
Atribuições de Polícia Judiciária
24) Apurar infrações penais cometidas a bordo de navios 
e aeronaves; ressalvada a competência da Justiça Militar.
- Art. 109, CRFB/88.
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Atribuições de Polícia Judiciária
25) Apurar infrações penais cometidas contra a 
Previdência Social (crimes previdenciários)
Atribuições de Polícia Judiciária
26) Coibir o esbulho e a turbação possessória de bens e 
prédios da União e da Adm. Pública Federal 
- Lei 10.683/03
Atribuições de Polícia Judiciária
27)Acompanhar e instaurar inquérito referente a conflitos 
agrários – desde que o crime seja de competência federal.
Atribuições de Polícia Judiciária
28) combater crimes contra a propriedade intelectual, a 
pornografia infantil, pedofilia, fraudes eletrônicas, quando 
realizados exclusivamente pela internet
Atribuições de Polícia Administrativa
A PF também possui uma série de atividades 
administrativas
Atribuições de Polícia Administrativa
29) Controle e fiscalização de produtos, insumos e 
precursores de drogas ilícitas. 
CPQ – Controle de Produtos Químicos 
- Lei 10.357/2001
Atribuições de Polícia Administrativa
30) Representar a INTERPOL no Brasil
Atribuições de Polícia Administrativa
31) Expedição de documentos de viagem e cadastro de 
registro de estrangeiros (Nova Lei de Migração – Lei 
13.445/2017)
Atribuições de Polícia Administrativa
32) Exercer o controle e fiscalização de segurança 
privada. 
- Lei 7.102/83
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Atribuições de Polícia Administrativa
33) Exercer a segurança de dignitários 
Atribuições de Polícia Administrativa
34) Controle da aquisição, transferência, registro de 
armas de fogo – SINARM
- Lei 10.826/03
Atribuições de Polícia Administrativa
35) Perícia criminal oficial da União – INC – Instituto 
Nacional de Criminalística. 
Atribuições de Polícia Administrativa
36) Implementar, controlar, coordenar o Sistema 
Nacional de Identificação Criminal
Atribuições de Polícia Administrativa
37) Realizar o cadastro de entidades que atuem no 
âmbito de adoções internacionais 
- Art. 52, ECA (Lei 8.069/90)
PROJETOS QUE PROCURAM ALTERAR 
O PROGRAMA ORIGINAL
Ciclo completo de Polícia
- Prevenção, Repressão e Investigação
- Normas que permitem hoje no Brasil
- PEC 431/2014
Ciclo completo de Polícia
Art. 1º O art. 144 da Constituição Federal passa a vigorar acrescido do seguinte 
parágrafo: 
§11. Além de suas competências específicas, os órgãos previstos nos incisos do 
caput deste artigo, realizarão o ciclo completo de polícia na persecução penal, 
consistente no exercício da polícia ostensiva e preventiva, investigativa, 
judiciária e de inteligência policial, sendo a atividade investigativa, 
independente da sua forma de instrumentalização, realizada em coordenação 
com o Ministério Público, e a ele encaminhada.” (NR)
Polícia Penal (Penitenciária)
- PEC 372/2017
Art. 144. 
VI – polícias penais federal, estaduais e distrital. 
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da 
unidade federativa a que pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais, 
além de outras atribuições definidas em lei específica de iniciativa do Poder Executivo. 
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Autonomia da Polícia Judiciária
- PEC 412/2009
Art. 144. 
§ 1º Lei Complementar organizará a polícia federal e prescreverá normas 
para a sua autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de elaborar 
sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias, com as seguintes funções institucionais:
Unificação das Polícias Estaduais
- PEC 52/2013
- Criação de uma Polícia do Estado
- Comissão Especial – debates intensos em 2018
- Redação interessante
Sistema de Repressão a Drogas
PERGUNTA CONDUTORA:
O Estado deve estabelecer um Sistema de 
Prevenção e Repressão a Drogas?
Segundo a ONU:
O abuso de drogas ilícitas é um dos maiores desafios que o
mundo enfrenta atualmente. Presente em todos os países,
desde os mais ricos aos mais pobres, é um problema que
envolve todos os grupos e, cada vez mais, todas as idades,
alimentando o crime global, a corrupção e o terrorismo,
gerando uma riqueza inimaginável para poucos e danos
ilimitados para muitos, custando milhões de vidas e ameaçando
a sustentabilidade de comunidades em todo o mundo.
Logo, a maioria dos países do mundo
possuem um sistema mais ou menos
rígido de prevenção e repressão ao uso de
drogas.
Qual a forma mais adequada de se 
proceder a esta intervenção?
Quais deveriam ser os limites desta
intervenção estatal?
Repressão a drogas significa supressão ou
promoção da Liberdade Individual?
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Histórico da repressão estatal às drogas
Histórico no Mundo
• Há milênios o homem se utiliza de vegetais com fins de 
entorpecimento e experimentação de sensações diversas, tal como 
contato com divindades
• Uma tribo de pigmeus na África, ao caçar javalis, notou que estes ao 
comerem certa planta ficavam desnorteados e mais mansos
• Estes pigmeus passaram a consumir as folhas da árvore Tabernanthe
iboga, conhecida por iboga, usada para fins lisérgicos em cerimônias, 
com adeptos no Gabão, Angola, Guiné e Camarões até hoje.
Histórico no Mundo
• No século XIX, especialmente com a evolução da química,
várias destas plantas passaram por processos de refino e
sintetização, dando início a várias das drogas que hoje são
largamente consumidas;
• Ao chegarem nos grandes centros urbanos que surgiam,
iniciou-se um uso em larga escala, gerando problemas de saúde
e de segurança pública;
Histórico no Mundo
• Convenção Internacional do Ópio em 1912
• Este foi o primeiro tratado internacional de controle de drogas;
• Na maioria dos países, o comércio de drogas não havia sido regulado e o 
abuso de substâncias era generalizado. 
• Nos Estados Unidos da América, por exemplo, em torno de 90% do 
consumo de drogas na época destinava-se a propósitos não médicos. Na 
China, estima-se que a quantidade de opiáceos consumidos cada ano, no 
início do século XX, correspondesse a mais de 3.000 toneladas em 
equivalente de morfina 
Histórico no Mundo
•Modelo proibicionista: guerra às drogas
•Modelo sanitarista: superação do 
primeiro
Histórico no Mundo
Modelo proibicionista
Histórico no Mundo
• EUA desde o início do séc. XX foram o grande líder do sistema
proibicionista mundo afora;
• Os EUA após ratificarem a Convenção de Haia de 1912 (ópio),
implantaram em 1914 um nova legislação: a Harrison Narcotics
Tax Act. Esta lei condicionava o consumo de ópio, morfina e
cocaína apenas para fins medicinais, estabelecendo assim uma
política de controle das receitas médicas.
Histórico no Mundo
• Em 1919, o senador republicano Andrew Volstead,
aprovou seu projeto de emenda (18ª) à Constituição Norte-
americana, visando ao fim do comércio e consumo de
bebidas alcóolicas. A Volstead Act, chamada pelos seus
defensores de The Noble Experiment, uma atribuição à
vitória da “moral pública”, popularmente ficou conhecida
como Lei Seca;
Histórico no Mundo
• 2ª Convenção Internacional do Ópio em 1924
• Convenção Única sobre Narcóticos de 1961
• Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas de 1971
• Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico Ilícito de 
Narcóticos e Substâncias Psicotrópicas de 1988 
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Histórico no Mundo
• Na Convenção de 1924, houve a criação do primeiro órgão
multilateral responsável pela política mundial de drogas: o
Comitê Central Permanente. A principal atribuição do Comitê
centrava-se na fiscalização do mercado mundial das substâncias
reguladas pela Convenção;
• Além disso, dentre as substâncias controladas, foram incluídas
a maconha e a heroína;
Histórico no Mundo
•Com a ascenção dos Estados Unidos após as
guerras mundiais, este modelo proibicionista passa
a ser incentivado pela recém criada ONU e vem
então a ser adotado por dezenas de países, dentre
eles o Brasil;
Histórico no Mundo
•A Convenção Única sobre Narcóticos de 1961
consagrou a adoção do modelo proibicionista.
Assim os signatários desta convenção se
comprometiam a implementar o combate às
drogas ilícitas;Histórico no Mundo
• É possível apontar fatores que levaram ao proibicionismo:
• radicalização política do puritanismo norte-americano;
• interesse da nascente indústria médico-farmacêutica
pela monopolização da produção de drogas;
• novos conflitos geopolíticos do século XX
• clamor das elites assustadas com a desordem urbana
Histórico no Mundo
• Duas são as premissas do modelo proibicionista:
1ª) uso dessas drogas é prescindível e intrinsecamente
danoso, portanto não pode ser permitido;
2ª) a melhor forma do Estado fazer isso é perseguir e
punir seus produtores, vendedores e consumidores.
Histórico no Mundo
• Críticas às premissas do modelo proibicionista:
1ª) Os potenciais danos individuais e sociais do consumo
de drogas não justificam a sua proibição. Outras atividades
também são potencialmente danosas e nem por isso são proibidas
2ª) Ao proibir a produção, o comércio e o consumo de
drogas, o Estado potencializa um mercado clandestino e
cria novos problemas.
Histórico no Mundo
•Modelo sanitarista: superando o 
proibicionismo
Histórico no Mundo
• O modelo sanitarista surge como alternativa ao
proibicionismo e sua baixa efetividade demonstrada ao longo do
século XX;
• Logo, há um fortalecimento das críticas ao proibicionismo e
um novo standard: "Guerra contra o tráfico, tratamento para o
viciado"
Histórico no Mundo
• No modelo sanitarista, não se quer retirar o Estado da
discussão, mas sim rediscutir qual seria seu real papel na
questão das drogas, sobremaneira em Estados Democráticos;
• Estado punitivo para um Estado protetor;
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Histórico no Mundo
• Premissas do modelo sanitarista:
• Redução dos danos causados pelo uso de drogas;
• Ampliação dos fatores de proteção (família, sociedade,
educação, atendimento);
• Desencarceramento do usuário.
Histórico no Brasil
• Desde 1603, as Ordenações Filipinas já estabelecia já previam
penas de confisco de bens e degredo para a África para os que
portassem, usassem ou vendessem substâncias tóxicas;
Histórico no Brasil
• Em 1912, o Brasil aderiu à Convenção Internacional do Ópio;
• Código Penal, em sua redação original de 1940, tipificava a
conduta de traficar: art. 281, CP.
• Este artigo 281, CP foi modificado em 1964, 1968 e 1971, com
aumento da multa e da pena de reclusão.
• Inicialmente a pena de reclusão era de 01 a 05 anos. Depois,
passou para 01 a 06 anos.
Histórico no Brasil
• Código Penal (1940) não criminalizou o consumo de drogas
em sua redação original. Art. 281 nada previa sobre o trazer
consigo, para uso próprio, substância entorpecente;
• A opção foi por um modelo sanitarista e não criminal;
• Contudo, o usuário poderia vir a ser internado, mesmo contra
sua vontade (art. 92, IV, redação original do CP 1940);
Histórico no Brasil
• Com o advento da ditadura militar em 1964, houve uma
mudança na qualificação do usuário;
• Assim, o uso se tornou um delito, equiparado ao tráfico,
apenas em 1968 (Decreto-lei 385/1968);
• Talvez por isso a juventude da época associava o uso de
drogas à liberdade, um ato contra o regime;
Histórico no Brasil
• Em 1973, o Brasil aderiu ao Acordo Sul-Americano sobre
Estupefacientes e Psicotrópicos e, com base nele, aprovou em
1976 a Lei 6.368;
• Esta lei de tóxicos separou as figuras criminais do traficante e
usuário, sem no entanto estabelecer critérios rígidos para tal
distinção;
• Usuário podia ser preso: detenção de 06 meses a 02 anos;
Histórico no Brasil
• A Constituição de 1988 estabeleceu que a lei considerará
crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia o tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins (Art. 5º, LXIII);
• Em 1990, a Lei de Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/90)
tratou o tráfico como um crime equiparado a hediondo;
Histórico no Brasil
• Em 2006, a Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006) revogou
expressamente a Lei 6.368/76, trazendo um tratamento mais severo
em termos de penas aos traficantes e procurando despenalizar a
conduta do usuário;
• Usuário não pode ser preso, em que pese ter a previsão de outras
sanções criminais distintas da pena de prisão (prestação de serviços
a comunidade, advertência verbal, frequência a cursos...)
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PERGUNTA: o modelo brasileiro atual 
é proibicionista ou sanitarista?
Estado como controlador de mercado
Prevenção e Repressão às Drogas
Atribuição da Polícia Federal
CRFB 88
Art. 144, 1º, II, primeira parte
Estados podem reprimir o tráfico de 
drogas ou apenas a União?
Convênios: transformam esta
atribuição em concorrente!
Competência para julgamento
Tráfico de drogas
Uso de drogas
E o que tem sido feito em 
termos de PREVENÇÃO?
Norma Penal em Branco
Portaria nº 344/98 – ANVISA
Lista das Substâncias Entorpecentes
Novas drogas (450 novas drogas identificadas 
na Europa em 2015)
STF
Recurso Extraordinário 635.659
Tema 506 – repercussão geral
Relator: Gilmar Mendes
Tipicidade do porte de droga para consumo pessoal
STF
Votação em suspenso
Teori havia pedido vista em 2017.
Placar: 3x0 em favor da atipicidade 
(Gilmar, Fachin, Barroso)
Previsão de retomada do julgamento: 05 de junho de 2019
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STF
Argumentos:
- não criminalização do uso;
- fracasso do proibicionismo;
- sanitarismo;
- esfera de não imputação no direito penal
- princípio da lesividade e proporcionalidade
- vida privada e intimidade
Colômbia em 2004 
Argentina em 2009
As Cortes Constitucionais destes países entenderam 
ser inconstitucionais normas que criminalizam ou 
proíbem o uso de drogas
Pesquisa 2018
População brasileira e
liberação da maconha
contra a favor não sabem
64,6% 30,7% 4,7%
Qual sistema hoje seria 
possível no Brasil? 
Tentativa Uruguaia
• Em dezembro de 2013, o Uruguai se tornou o primeiro país do
mundo a legalizar a produção, a distribuição e venda de maconha
sob controle do Estado.
• O Estado assume o controle e a regulação das atividades de
importação, produção, aquisição, a qualquer título, armazenamento,
comercialização e distribuição de maconha ou de seus derivados.
• Uma agência estatal, o Instituto de Regulação e Controle de
Cannabis (IRCCA), ligado ao Ministério da Saúde Pública, é o
responsável, por sua vez, por emitir licenças e controlar a produção,
distribuição e compra e venda da droga.
Tentativa Uruguaia
• Todos os uruguaios ou residentes no país, maiores de 18 anos, que
tenham se registrado como consumidores para o uso recreativo ou
medicinal da maconha poderão comprar a erva em farmácias autorizadas.
• Não é permitida a venda a estrangeiros.
• Os usuários poderão ter acesso à droga de outras duas maneiras:
• Autocultivo pessoal (até seis pés de maconha e até 480 gramas por colheita por ano) .
• Clubes de culturas (com um mínimo de 15 membros e um máximo de 45 e um número
proporcional de pés de maconha com um máximo de 99).
• A lei limita a quantidade máxima que um usuário pode portar: 40
gramas. A legislação também determina o máximo que uma pessoa pode
gastar por mês com o consumo do produto.
Tentativa Uruguaia
• Governo estimava 120.000 usuários no país, à época da
apresentação do projeto;
• Até o momento há cerca de 25 mil cadastrados junto ao IRCCA
• Estimativa de um mercado de 40 milhões de dólares
• Cerca de 10 milhões de dólares já assimilados pela economia legal
Tentativa Uruguaia
• Uruguai tem queda nos crimes do narcotráfico após lei da
maconha. Governo comemora diminuição de 18% dos crimes
relacionados ao narcotráfico (Folha de São Paulo, 12/01/2018)
• Legalização da maconha não diminuiu tráfico no Uruguai. Diretor
Nacional de Polícia do Uruguai, Mario Layera, disse que a legalização
da maconha, aprovada em 2013, não implicoudiretamente na queda
do tráfico desta droga e que o narcotráfico aumentou o número de
assassinatos (Portal G1, 11/03/2017)
Modelo Português
• Em 01 de julho de 2001 Portugal aprovou seu modelo
sanitarista, através do qual nenhuma pessoa seria presa por
portar qualquer tipo de droga (não só maconha). Mas o
consumo continua a ser ilegal;
• O usuário que for pego pela polícia portando qualquer tipo de
droga em Portugal é encaminhado a Comissão de Dissuasão da
Toxicodependência (IDT), geralmente formada por três
pessoas: um advogado, um médico e um trabalhador social.
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Modelo Português
• Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou
que 40 mil toxicodependentes estão em tratamento neste
momento em Portugal e estima que o sistema já tenha atendido
a mais de 400 mil pessoas em catorze anos de existência.
Modelo Português
• A segurança pública melhorou num tríplice aspecto:
A) Foco da polícia passou totalmente aos traficantes
B) Redução dos crimes praticados para financiar o
consumo de drogas
C) Diminuição da população carcerária.
Modelo Português
Modelo Português
• Em termos estatísticos, o consumo não variou muito entre 2001 e 2015.
O que mudou foram os seus efeitos colaterais, como a infecção pelo HIV e
as mortes por overdose (Fonte: Serviço de Intervenção em
Comportamentos de Vício e Dependências – SICAD PORTUGAL).
• O Direitor do SICAD, alertou que “a complacência social” diante da
maconha deve ser objeto de atenção. Nos últimos anos, teve a sua
potência aumentada, o que tem gerado mais idas a pronto-socorros com
quadros de psicose aguda e esquizofrenia. 49% dos pacientes atendidos
são dependentes da maconha, pois se firmou na sociedade a ideia de que
se trata da droga ilegal que traria menos riscos para a saúde.
Modelo Português
Modelo Finlandês
• Na Finlândia, o governo passou a atuar na base,
especialmente com adolescentes, desde a década de 90;
• Ideia central: “Senso comum forçado”;
• Disponibilização intensa de atividades saudáveis aos jovens;
• Atividades preferencialmente coletivas;
Modelo Finlandês
• Jovens desejam experiências divertidas e que geram alteração de
consciência;
• Quando elas não estão à disposição, o caminho das drogas gera
encantamento;
• Esporte, dança, atividades em contato com a natureza, arte,
teatro, música. Produção de uma embriaguez natural.
• Aumento de horas com os pais e familiares;
Modelo Finlandês
• Resultado desta política de quase 30 anos:
• A Islândia ocupa hoje o primeiro lugar no ranking europeu sobre
adolescentes com um estilo de vida saudável.
• A taxa de meninos de 15 e 16 anos que consumiram grande
quantidade de álcool no último mês caiu de 42% em 1998 para 5% em
2016. Já o índice dos que haviam consumido cannabis alguma vez passou
de 17% para 7%, e o de fumantes despencou de 23% para apenas 3%.
https://brasil.elpais.com/tag/marihuana/a
Qual sistema hoje seria 
possível no Brasil? 
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Conclusão
O mundo está à procura de 
uma solução ideal para o 
problema das drogas
Repressão a drogas
Investigação
FASES DA INVESTIGAÇÃO
A – Início
• Obtenção de dados e elementos de informações sobre
determinada(s) prática(s) criminosa(s);
• Análise desses dados (verossimilhança, atribuição
investigatória da PF/PC, provável envolvimento de servidores
públicos, facções criminosas etc);
• Viabilidade da investigação e meios necessários (humanos e
materiais);
• Início da investigação;
FASES DA INVESTIGAÇÃO
• Identificação e qualificação dos envolvidos, especificação do
modus operandi e produção de provas;
• Emprego de técnicas operacionais;
• Representação pela expedição de mandados de prisão,
busca e apreensão, etc;
FASES DA INVESTIGAÇÃO
B - Deflagração da Operação Policial;
• Formalização dos interrogatórios, apreensões;
• Análise dos materiais apreendidos e dos interrogatórios,
requisições de perícias;
• Prorrogações de temporárias, pedidos de preventivas;
C – Conclusão
• Encerramento do Inquérito Policial (relatório).
OBJETIVOS DA INVESTIGAÇÃO
1. Identificar o modus operandi da ORCRIM;
2. Visão global da ORCRIM, com todos os graus hierárquicos
(sempre que possível);
3. Identificação e qualificação do maior número possível dos
partícipes;
4. Produção de provas com vistas à deflagração de
operação com realização de buscas e apreensões e
decretação de prisão preventiva ou temporária de todos os
envolvidos;
OBJETIVOS DA INVESTIGAÇÃO
5. Produção de provas capazes de garantir a condenação de
todos os indiciados;
6. Investigação patrimonial dos investigados, para uso na
própria investigação ou em posterior investigação financeira
(descapitalização);
7. Utilização das provas produzidas na esfera administrativa
(quando do envolvimento de servidores públicos)
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA 
INVESTIGAÇÃO
• Ter em mente a necessidade de colher o maior número de
provas e indícios para instruir o Inquérito Policial.
• Realizar consulta a todos os bancos de dados disponíveis.
• Identificação de todos os dados dos suspeitos (qualificação,
relacionamentos sociais e familiares, bancários, fiscais,
endereços, patrimônio, etc);
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA 
INVESTIGAÇÃO
• Selecionar as ações criminosas praticadas anteriormente pelos
suspeitos;
• Identificação dos contatos dos alvos;
• Compartimentação;
• Persistência e paciência;
• Cautela e prudência;
• Resguardar os dados e elementos de informação;
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METODOLOGIA PARA PRODUÇÃO 
DE PROVAS
(FORMAS PARA A OBTENÇÃO DE PROVA)
• As técnicas utilizadas nas investigações visam à obtenção da
maior quantidade possível de dados, os quais são compilados e
analisados;
• Quanto mais difícil for o acesso ao dado, mais intrusiva deverá
ser a técnica pretendida (princípio da proporcionalidade).
METODOLOGIA PARA PRODUÇÃO 
DE PROVAS
(FORMAS PARA A OBTENÇÃO DE PROVA)
O princípio da proporcionalidade deve ser observado sob duplo viés:
• Probatório: o fim buscado (a prova) deve ser tão importante quanto o
grau de intrusão na esfera da vida privada do investigado (violação aos
direitos e garantias constitucionais); Necessidade, adequação (idoneidade)
e proporcionalidade em sentido estrito.
• Operacional: o benefício para a investigação deve ser de tal monta que
justifique o risco para a equipe e a exposição de técnicas mais agressivas
de investigação (princípio da simplicidade).
TÉCNICAS OPERACIONAIS DE 
INVESTIGAÇÃO
(MEIOS DE OBTENÇÃO DE PROVA)
• Utilização de técnicas específicas voltadas para a obtenção de
prova, especialmente do chamado dado negado, que sempre
será buscado com estrita observância do princípio da legalidade
e dos direitos e garantias constitucionais.
TÉCNICAS OPERACIONAIS DE 
INVESTIGAÇÃO
• Clássicas - historicamente utilizadas em investigações criminais
(Inquéritos Policiais).
A maior parte é empregada quando na fase ostensiva da operação
policial (deflagração ou execução):
- vigilâncias;
- uso de história cobertura;
- entrevistas;
- oitivas e interrogatórios;
- buscas e apreensões;
- prisões cautelares.
TÉCNICAS OPERACIONAIS DE 
INVESTIGAÇÃO
• Especiais - historicamente utilizadas na área da inteligência
clássica (operações “clandestinas”) .
Aperfeiçoamento das ORCRIMs: aplicação de técnicas de investigação criminal e
meios de prova mais invasivos
São ações mais intrusivas, empreendidas com adequações das citadas técnicas.
Rotineiramente empregadas na fase não ostensiva da operação especial de polícia
judiciária.
TÉCNICAS OPERACIONAIS DE 
INVESTIGAÇÃO
• Técnicas Especiais
- uso de informantes;
- vigilância eletrônica (georastreamento);
- interceptação telefônica, ambiental (ótica/acústica) e telemática;
- entradas/exploração de local;
- análise patrimonial;análise de documentos; análise de dados;
- análise fiscal; análise financeira; 
- ação controlada;
- colaboração premiada;
- cooperação internacional;
- infiltração policial.
TÉCNICAS OPERACIONAIS DE 
INVESTIGAÇÃO
133
TÉCNICAS OPERACIONAIS DE 
INVESTIGAÇÃO
Pergunta: 
A aplicação destas técnicas operacionais de investigação 
deve ser feita com autorização judicial? 
Caso positivo, qual a fundamentação para 
haver esta autorização?
ESTUDO DE CASOS
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OBJETIVO
A partir da análise de casos reais, verificar a 
relevância, utilidade e aplicabilidade das técnicas de 
investigação antes estudadas, a fim de solucionar o 
eventual delito sob apuração.
Operação Cullinan
OBJETIVO
Operação Policial que visava desarticular ORCRIM
composta por estrangeiros, especializada no tráfico
internacional de cocaína para a Europa ocultada em
pedras brutas (granito/quartizito), utilizando o Brasil
como principal ponto exportador.
OPERAÇÃO CULLINAN
ESTRUTURA DA ORCRIM
1. núcleo responsável pela ocultação da cocaína na carga lícita (blocos de
granito bruto) e sua exportação a partir do Brasil
2. núcleo responsável pela preparação e envio da cocaína dos países
fornecedores ao Brasil.
3. núcleos responsáveis pelo recebimento e distribuição, na Europa, da
cocaína apreendida (N’drangheta, albaneses, venezuelano).
OPERAÇÃO CULLINAN
ESTRUTURA DA ORCRIM
• Os líderes da ORCRIM – 07 estrangeiros (colombianos, 
venezuelanos, albaneses, espanhóis e italianos)
OPERAÇÃO CULLINAN
ESTRUTURA DA ORCRIM
1. O núcleo responsável pela ocultação da cocaína na carga lícita (blocos de 
granito bruto) e sua exportação a partir do Brasil
R. CARLOS era o líder do núcleo responsável pela ocultação e exportação da cocaína,
composto por seis outros colombianos.
Atuação há mais de 20 anos nessa modalidade de tráfico internacional (Cartel del Norte
Valle)
OPERAÇÃO CULLINAN
Fotografias da ORCRIM
OPERAÇÃO CULLINAN
ESTRUTURA DA ORCRIM
2. O núcleo responsável pela preparação e envio da cocaína dos países 
fornecedores ao Brasil.
CARLOS H. G. B. e CARLOS H. G. P. (líderes) – prova indiciária
Em 2003, CARLOS B. foi identificado como possuidor de laboratórios de produção de cocaína em Meta
e Vicada, na Colômbia, em associação com o narcotraficante J. M. A. R. (já investigados pelo DEA).
Atualmente, Carlos B. estaria residindo na Bolívia, na condição de residente temporário, justamente
para administrar o fornecimento de cocaína produzida na Colômbia e na Bolívia para exportação a
partir do Brasil e de outros países da América do Sul.
CARLOS P. - instruções sobre pilotagem de aeronaves – auxílio na logística de exportação de cocaína
com aeronaves. Residência no Brasil para contatos com compradores/recebedores (SAMUEL V. seria
um deles).
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ESTRUTURA DA ORCRIM
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OPERAÇÃO CULLINAN
ESTRUTURA DA ORCRIM
3. Os núcleos responsáveis pelo recebimento e distribuição, na Europa, da 
cocaína apreendida.
DOMENICO V., FRANCESCO G., FRANCISCO V. G. e GENCI L. - prováveis líderes – prova
indiciária
Encontra-se sob investigação, em inquérito policial conduzido na SR/PF/MG, a participação
dos irmãos ANTONIO M. G. e JOSÉ M. G., bem como da sua empresa MARMOLES M. G. SL
(importadora da carga de granito interceptada na Bélgica em 2016), na ORCRIM
investigada, mais especificamente no núcleo responsável pelo recebimento da cocaína na
Espanha, liderados por DOMENICO V. e FRANCESCO G., juntamente com FRANCISCO V. G.
e GENCI L.
OPERAÇÃO CULLINAN
ESTRUTURA DA ORCRIM
OPERAÇÃO CULLINAN
ESTRUTURA DA ORCRIM
Encontros dos núcleos
OPERAÇÃO CULLINAN
ESTRUTURA DA ORCRIM
F. O. M. e W. O. G. L. integrariam os núcleos 2 ou 3 (dúvida)
OPERAÇÃO CULLINAN
FASES NÃO OSTENSIVAS (pré-deflagração)
1. Informações sigilosas levaram ao conhecimento da ORCRIM – 2015
2. Chegada da ORCRIM/instauração do IPL – fev/2016
3. Montagem da estrutura logística – fev a set/2016
4. Apreensão da droga na Bélgica – nov/2016
5. Representação por prisões preventivas de 13 alvos e ação
controlada – nov/2016
6. Identificação da troca da estrutura logística da ORCRIM –
nov/dez/2016
7. Indiciamento dos 13 alvos – abril de 2017
8. Difusões vermelhas na INTERPOL – abril de 2017
OPERAÇÃO CULLINAN
FASES OSTENSIVAS (pós-deflagração)
1. 28/04/2017
• Prisão do colombiano CARLOS P. em São Paulo, apreensão de
documentos, dinheiro em espécie, jóias e veículos
• Prisões de 3 alvos na Colômbia - JOSÉ O. G. H., conhecido como “OMAR”
ou “BRUJA”, LEONARDO E. C. e CARLOS A. D. E.
2. 13/05/2017 - Prisão de WALTER G. Z. U. na Colômbia
3. 11/06/2017 – Prisão de CRISTIAN R. G. C. na Colômbia
OPERAÇÃO CULLINAN
FASES OSTENSIVAS (pós-deflagração)
4. Prisão de ROBERTO C. G. H. na Espanha
5. 16/06/2017 - indiciamento de outros 2 investigados - FREDY O. M. e
WEIMAR O. G. L.
6. 05/07/2017 - Relatório do IPL – 15 indiciados (novos pedidos de prisão)
OPERAÇÃO CULLINAN
RESULTADOS OPERACIONAIS 
FASES NÃO OSTENSIVAS
•Apreensão de 1022,80kg de cloridrato de cocaína (apreendidos e
incinerados pela aduana belga) – novembro de 2016
•Produção de farta prova da autoria e materialidade dos crimes
(informações de polícia judiciária – vigilâncias, encontros, deslocamentos
etc)
OPERAÇÃO CULLINAN
RESULTADOS OPERACIONAIS 
FASES OSTENSIVAS
•Apreensões:
Jóias/relógios – R$130.000,00
R$34.000,00
US$60.000,00
Veículos – R$180.000,00
Celulares encriptados
Documentos
• Prisões de 7 indiciados (2 estão foragidos – 6 não tiveram as prisões decretadas) 
• Reforço da prova da autoria e materialidade dos crimes (oitivas, análise de documentos e
apreensões)
• Indiciamento de outros 2 colombianos (total de 15 indiciados)
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Registro fotográfico dos resultados
Registro fotográfico dos resultados
Registro fotográfico dos resultados
OPERAÇÃO CULLINAN
INCÓGNITAS
Como trouxeram a droga até a região de Belo Horizonte?
Quando trouxeram a droga?
A N’drangheta era compradora da droga ou sócia no esquema?
Qual o efetivo papel do albanês e do venezuelano?
OPERAÇÃO CULLINAN
REFLEXÕES
Investigação de lavagem de dinheiro (descapitalização) é o que produz
efetivamente impacto nesta ORCRIM?
A apreensão da cocaína produz efetivamente impacto nesta ORCRIM?
As prisões dos líderes e membros causa impacto na ORCRIM?
Cooperação internacional – velocidade/efetividade
OPERAÇÃO CULLINAN
TÉCNICAS INVESTIGATIVAS EMPREGADAS
1. Análise das informações sigilosas recebidas
2. Interceptação telefônica e telemática de sinais - (improdutivas – utilização de
aplicativos)
3. Interceptação ambiental de áudio (cogitada) - (dificuldade de acesso)
4. Vigilância física constante (seguimento) dos alvos – (carência de efetivo e
recursos financeiros)
OPERAÇÃO CULLINAN
TÉCNICAS INVESTIGATIVAS EMPREGADAS
5. Vigilância eletrônica constante dos alvos (rastreadores/câmera wi fi)
6. Acompanhamento constante das movimentações aéreas dos alvos (STI; sinapse
alerta; empresas aéreas)
7. Solicitação de dados a polícias de outros países
8. Pesquisas em bancos de dados públicos e privados e consultas a fontes abertas – Leis
12.830 e 12.850/2013
9. Diligências sensíveis em campo com emprego de história cobertura – apoio de outras
unidades (SP, ES, RN, CE e RJ + CGPRE)
Estudo de caso 
OPERAÇÃO CULLINAN
DESAFIOS ENFRENTADOS
• Interceptação telemática dos alvos (comunicação pessoal)
• Acompanhamento dos alvos (poder de mobilidade dos alvos X dificuldades
operacionais)
• Formalização dos atos investigativos e formação de prova
• Atuação do Poder Judiciário
Estudo de caso 
OPERAÇÃO CULLINAN
FORMALIZAÇÃO DAS PROVAS NO IPL
• Informações de Polícia Judiciária retratando os seguimentos realizados ou
“esquentando” as informações da fontehumana ou as vigilâncias eletrônicas
• Relatórios parciais no IPL “costurando” as diligências policiais de campo com as
pesquisas em bancos de dados, sobretudo STI, SINAPSE ALERTA e empresas
aéreas
• Informações do DEA (antecedentes) e Espanha (movimentos migratórios)
• Reorganização do IPL após fase ostensiva (cotejo com oitivas, apreensões e
reanálise das diligências)
• Linha do tempo (STI e diligências) + índice do IPL antes do relatório
linha do tempo - op cullinan.pdf
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Estudo de caso 
OPERAÇÃO CULLINAN
USO DE FONTE HUMANA – INTERESSE
• Durante a operação, cogitou-se da captação e utilização de um auxiliar da ORCRIM como
colaborador eventual (informante).
• Carência/incipiência de padronização interna pela PF
• Como o informante é visto por nós policiais?
• Como o informante é(será) visto pelo MPF e JF?
• Infiltração do informante, se prevista em nosso ordenamento jurídico, ajudaria?
• Colaboração premiada retroativa?
• Parâmetro: informante como agente infiltrado
TÉCNICAS
OITIVAS, BUSCAS E APREENSÕES, PRISÕES
Podem consistir tanto meio de prova em si ou meio de
produção de prova como técnica operacional.
Podem ocorrer durante a fase não ostensiva ou durante a
fase ostensiva da operação de inteligência policial.
TÉCNICAS
VIGILÂNCIA
Vigilância é o acompanhamento de pessoas com a finalidade de
obter/comprovar algo ou localizar outra pessoa que deva ser investigada.
• uniformes/roupas de prestadoras de serviços (correios, CEMIG,
etc);
• veículos que não gerem suspeitas, conforme o local da
investigação (simples/luxo/carga, etc);
• emprego de mulheres nas investigações (casais);
• à distância, por meio de câmeras fixas, com monitoramento
remoto;
• à distância, por meio de binóculos, filmadoras, câmeras com zoom,
etc.
TÉCNICAS
VIGILÂNCIA ELETRÔNICA
- Uso de rastreador
- Ordem judicial para acompanhamento de ERBs
- Ordem judicial para ativação do serviço de localicação de celular.
TÉCNICAS
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
• A interceptação telefônica é meio de investigação policial que já
apresentou excelentes resultados no esclarecimento de
infrações penais. Encontra-se prevista no art. 5º, XII da CF,
regulamentado pela Lei 9.296/96.
TÉCNICAS
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
• FORMA DE PEDIR: representação do Delegado de Polícia ao
Juiz, da qual constem os citados requisitos.
• PRAZO: 15 dias, prorrogáveis.
• NECESSÁRIO: a gravação; transcrição; auto circunstanciado, ao
final do prazo, com resumo da operação; sigilo.
TÉCNICAS
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
VAZAMENTO:
“Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações
telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo
de Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não
autorizados em lei.
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa
TÉCNICAS
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
DIFICULDADES
• Lentidão do Judiciário/Ministério Público;
• Falta de cooperação das operadoras;
• Acesso aos cadastros de assinantes;
• Efetivo para realizar a análise em tempo real;
• Pressão negativa de parte da sociedade (atualmente) e ampla divulgação do seu uso
(vulgarização);
• Utilização de linhas clonadas/fraudadas (bombinha);
• Portabilidade do número de telefone (a partir de 2008);
• Aumento do uso de comunicação VOIP
SÍNTESE - INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
1 – O fato investigado deve constituir infração penal punida com
pena de reclusão;
2 – A diligência depende de prévia autorização judicial e corre
sob segredo de justiça, devendo ser decretada pelo juiz de
direito competente, de ofício ou a requerimento do Delegado de
Polícia ou do Ministério Público;
3 – O procedimento é idêntico quando se tratar de casos que
envolvam fluxos de comunicações em sistema de informática e
telemática;
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SÍNTESE - INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
4 – É indispensável que haja indícios razoáveis de autoria e
participação em infração penal, diante da impossibilidade da
prova ser feita por outros meios disponíveis;
5 – O requerimento é endereçado à autoridade judiciária e deve
ser circunstanciado, com indicação dos meios a serem
empregados, e decidido, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro
horas), mediante decisão fundamentada;
SÍNTESE - INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
6 – concedida a ordem, o Delegado de Polícia conduzirá os
procedimentos de interceptação, requisitando os serviços
técnicos especializados das concessionárias desse serviço público,
dando ciência ao MP que poderá acompanhar a diligência;
7 – no caso de gravação da interceptação será determinada sua
transcrição;
SÍNTESE - INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
8 – O prazo para a conclusão dos trabalhos será de 15 (quinze)
dias, renovável por igual período sob comprovação da
necessidade (ultrapassado. STF entende ser prorrogável
enquanto houver necessidade – investigação complexa);
9 – Encerrados os trabalhos, o Delegado de Polícia comunicará
seu resultado ao juiz, encaminhando auto circunstanciado das
apurações realizadas.
TÉCNICAS
AFASTAMENTO DE SIGILO BANCÁRIO
• Previsão legal: art. 1º, §4º, da LC nº 105/2001;
• Necessário, sobretudo nos crimes de lavagem de dinheiro.
• Apesar de protegido na CRFB/88, não é absoluto, já que não pode
servir como manto protetor de atividades ilícitas e criminosas.
• Após o encaminhamento das informações, deverá ser feito um
cruzamento com a realidade dos autos, a fim de se obter a verdade
real.
AFASTAMENTO DE SIGILO BANCÁRIO
• Forma de pedir: representação do Delegado de Polícia ao Juiz,
justificando a necessidade e a utilidade da medida para a
investigação.
• Os dados podem ser solicitados em meio impresso ou magnético,
sendo este último mais aconselhável, por facilitar futura análise em
software apropriado (formato excel ou compatível)
• Se não forem conhecidas as contas, poderá ser requerida ao juiz a
“circularização”.
• Sistema SIMBA
AFASTAMENTO DE SIGILO BANCÁRIO
LC nº 105/2001 – art. 1º, §4º:
Art. 1º. As instituições financeiras conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços
prestados.
(...)
§4º. A quebra de sigilo poderá ser decretada, quando necessária para apuração de ocorrência
de qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou processo judicial e especialmente nos
seguintes crimes:
I – de terrorismo;
II – de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;
III – de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado a sua produção;
IV – de extorsão mediante seqüestro;
V – contra o sistema financeiro nacional;
VI – contra a Administração Pública;
VII – contra a ordem tributária e a previdência social;
VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores;
IX – praticado por organização criminosa.
AFASTAMENTO DE SIGILO 
BANCÁRIO
• Monitoramento online de contas suspeitas
• Bloqueio judicial de contas suspeitas
ANÁLISE FINANCEIRA
• É a avaliação das informações inerentes à movimentação
financeira propriamente dita, os negócios realizados, as origens
e os destinos dos ativos financeiros em circulação e a
compatibilidade dessa movimentação com a condição
econômica e renda dos investigados.
• Follow the money
TÉCNICAS
AFASTAMENTO DE SIGILO FISCAL
• Previsão legal: art. 5º, X e XII da CF c/c o §1º, I do art. 198 do
CTN;
• Necessário, sobretudo nos crimes de sonegação fiscal.
• Apesar de protegido na CF/88, não é absoluto, já que não pode
servir como manto protetor de atividades ilícitas e criminosas.
• Após o encaminhamento das informações, deverá ser feito um
cruzamento com a realidade dos autos, a fim de se obter a verdade
real.
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Afastamento do sigilo fiscal
• Forma de pedir: representação do Delegado de Polícia ao Juiz,
justificando a necessidade e a utilidade da medida paraa
investigação.
• Na mesma representação, poderá ser pedido que o Juiz
determine à Receita Federal que realize fiscalização, com vistas
à constatação de sonegação fiscal ou outro ilícito tributário.
Afastamento do sigilo fiscal
• A importância de se pedir o dossiê integrado da Receita Federal –
módulos:
• 1)EXTRATO DW; 2) CADASTRO DE PESSOA FÍSICA; 3)AÇÃO FISCAL; 4)
CADIN; 5) CC5-ENTRADAS; 6) CC5-SAÍDAS; 7)CNPJ; 8) COLETA; 9)CONTA
CORRENTE PF; 10) DIMOB; 11) DOI; 12) ITR; 13)RENDIMENTOS DIPJ;
14) RENDIMENTOS RECEBIDOS DE PESSOA FÍSICA; 15) SIAFI; 16)
SINAL; 17) SIPADE; 18) AERONAVES; 19) AERONAVES DAC; 20) ALVARÁ
DE CONSTRUÇÃO; 21) AUTOMÓVEIS; 22) CAMINHÕES; 23) CONSÓRCIO
DE IMÓVEIS; 24) DETRAN; 25) IMÓVEIS NOVOS; 26) IPTU; 27) IPVA; 28)
ITBI; 29) MÁQUINAS AGRÍCOLAS; 30) NF PRODUTOR RURAL e 31)
DESPESAS COM CARTÕES DE CRÉDITO – DECRED.
Afastamento do sigilo fiscal
• A importância em se pedir o sigilo bursátil:
• Envolve a relação de todas as operações realizadas pelo
investigado no mercado à vista de ações e no mercado de
opções nos últimos (os respectivos valores de aquisição e de
venda).
• As informações são prestadas pela CBLC – Companhia Brasileira
de Liquidação e Custódia. A Comissão de Valores Mobiliários –
CVM também pode auxiliar.
TÉCNICAS 
Análise documental
• É técnica utilizada na investigação policial com especial
importância na investigação de grupos organizados.
• Através da análise documental é possível identificar
organizações criminosas, como gastam seus lucros, quem e
onde se encontram os “laranjas” possibilitando prisões e
seqüestro de bens.
OUTRAS TÉCNICAS
• Infiltração
• Interceptação ambiental
• Interceptação telemática
• Entrada/exploração de local
• Levantamento patrimonial
• Fontes humanas
• Extensão do sigilo interceptações para PAD
OUTRAS TÉCNICAS
• Cooperação policial – Interpol - e judiciária internacional (muito
importante em crimes de Lavagem de Dinheiro);
• Colaboração premiada (prevista na Lei 12.850/2013
• Perda de bens e medidas assecuratórias (art. 125 a 144 do CPP
e Lei 9.613/98 – art.4 e § 1º)
• Conhecimento das rotinas internas dos órgãos públicos (CFTV,
controle de acesso, sistema de informática, etc)
Experiência na PF: problemas e 
soluções
• As grandes operações;
- Planejamento operacional
- Organização das buscas e análise do material apreendido;
• Forma de acondicionamento dos documentos (cadeia de 
custódia), dinheiro, jóias, cheques;
• A fotografia;
• A transcrição digital;
• A mídia apreendida.
Obrigado.
Fim.

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