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1 + Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 2 SÍNDROME METABÓLICA E DOENÇAS CARDIOVASCULARES Obesidade: problema mundial Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 3 Mapa nacional da obesidade Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 4 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 5 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 6 Panorama epidemiológico Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 7 Obesidade Definição adotada pela OMS: “Condição de acúmulo anormal ou excessivo de gordura no tecido adiposo, numa extensão em que a saúde pode ser prejudicada.” (GARROW, 1988). Etiologia da obesidade Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 8 Modelo de determinação da obesidade: Quais seriam os fatores a determinar essa epidemia? O patrimônio genético da espécie humana pode ter sofrido mudanças importantes neste intervalo de poucas décadas? Seriam fatores ambientais? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 9 Etiologia da obesidade Ainda hoje têm-se várias incertezas quanto à etiologia, patogenia e tratamento da obesidade. “A genética carrega a arma e o ambiente aperta o gatilho” – George Bray. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 10 No passado... Séculos de privação e carência calórico- proteica. Muito trabalho físico para obtenção e preparo dos alimentos. Ganho de peso Grandes depósitos de gordura Saúde e prosperidade Desnutrição era o problema. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 11 Atualmente... Facilidade na obtenção dos alimentos Fartura (superávit calórico) Sedentarismo Mobilidade campo-cidade Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 12 O ser humano é o resultado de... Os fatores genéticos desempenham um papel importante na manutenção do peso, uma vez que existem genes envolvidos na regulação do gasto energético, do apetite, do metabolismo lipídico, termogênese, diferenciação celular e sinergias. Além disso, mais de 600 genes e regiões cromossômicas têm sido relatados por participar na regulação da sensibilidade insulínica, do peso corporal e do metabolismo energético. Macro ambiente - socioeconômico, cultural, educativo. Os eventos epigenéticos não afetam a sequência do DNA, mas alteram a expressão gênica determinando quando os genes podem ser “silenciados” ou não. Além disso, as alterações epigenéticas podem ocorrer durante o desenvolvimento e podem ser afetadas pelo ambiente antes e após o nascimento. Todos os mecanismos epigenéticos são mitoticamente herdados, permitindo a manutenção e proliferação da expressão gênica de um tipo específico de célula durante toda a vida. Um exemplo disso são os genes marcados (ou imprinted genes) que controlam se os genes maternos ou paternos serão expressos, a partir da metilação ou não de regiões específicas do DNA desses genes. A herança epigenética transfere os efeitos da exposição ambiental nos genes, até mesmo entre gerações, Patrimônio cultural - herança dos pais. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 13 estabelecendo uma programação metabólica por meio de diferentes eventos bioquímicos. Um ambiente adverso durante o desenvolvimento intrauterino ou durante a lactação está envolvido no desenvolvimento de obesidade no futuro, sugerindo que a nutrição materna ou o estilo de vida no pré-natal pode alterar a programação metabólica do feto. Diversos estudos nas últimas décadas têm sugerido que exposições nutricionais, ambientais e padrões de crescimento durante a vida intrauterina e nos primeiros anos de vida podem ter efeitos importantes sobre as condições de saúde do adulto, sendo janelas de oportunidade fatais para o desenvolvimento de doenças. Micro ambiente - individual, familiar, comunal. Família é um núcleo de um ambiente sociocultural constituído pela figura dos pais e dos filhos. Família é semelhante a um “núcleo celular” possui características próprias e herdadas de gerações anteriores, sendo transferidos às suas futuras gerações os comportamentos, tradições eu padrões maléficos à saúde. Essa capacidade das famílias perpetuarem para as gerações seguintes legados genéticos, socioculturais, psicológicos e espirituais contribuem para a formação da personalidade e comportamento humano, interferindo diretamente ou indiretamente no processo de saúde-doença da mesma forma como as experiências extra familiares. Estudos mostram que a dinâmica familiar inadequada favorece a gênese da adiposidade infantil. A família tem papel fundamental na formação dos hábitos alimentares das crianças, sendo os pais os exemplos de padrões alimentares para os filhos. Os primeiros anos de vida são essenciais para a construção dos hábitos alimentares, sendo que durante esse período uma dieta desequilibrada e hiperfágica pode gerar um excesso de peso. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 14 Onde as pessoas realizam seu ciclo de vida. O século XX caracterizou-se por um intenso e contínuo processo de transformação tecnológica e organizacional, bem como da civilização humana em sua forma de relacionar-se com o mundo. No universo da produção acarretou grandes mudanças nos processos e nas relações de trabalho. Estudos revelam a inter-relação entre estresse e Síndrome metabólica (SM) em trabalhadores com índice de massa corporal (IMC) acima do adequado. Nas condições inerentes ao ambiente ocupacional, as disfunções e intercorrências provenientes da obesidade e estresse apresentam uma participação relevante nas causas de absenteísmo por comorbidades. As queixas relativas ao ambiente ocupacional estão cada vezmais frequentes nos diferentes setores de produção, visto que o comprometimento físico e intelectual do empregado se tornou sucessivamente mais exigido. Etiopatogenia da obesidade • Fatores Genéticos; • Fatores Psicológicos; • Mecanismos de Fome e Saciedade; • Metabolismo Energético; • Gasto Calórico; • Ambiente. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 15 Fatores genéticos A obesidade é considerada um dos maiores problemas de saúde pública, e estudos demonstram que trata-se de um desordem complexa, de forte base genética e etiologia multifatorial. Apesar da influência genética no desenvolvimento da obesidade, o ambiente obesogênico criado a partir da abundância de alimentos, sedentarismo, exposição a toxinas e estresse crônico, também contribui para a prevalência da obesidade. Fatores genéticos podem responder por 25 a 40% da variância no IMC (determinam diferentes taxa de metabolismo basal, resposta a superalimentação e outros). Os indivíduos podem ser metabolicamente programados para serem obesos e o ambiente a que ele é exposto na vida intrauterina pode regular eventos epigenéticos que levam ao desenvolvimento da obesidade, que poderá ser manifestada em algum momento da sua vida (desde a infância até a vida adulta), além de o fenótipo ser transmitido para outras gerações. As expressões fenotípicas e clinicas da obesidade podem ficar evidentes somente quando o indivíduo for exposto a um ambiente obesogênico ou se ele apresentar a suscetibilidade genética. Somente a suscetibilidade isolada não é suficiente para a manifestação da doença, mas o início e a progressão da obesidade ocorrem mais cedo e mais rápido em pessoas geneticamente suscetíveis. Existem alguns genes candidatos para a obesidade, os quais foram divididos em cinco categorias: genes poupadores; genes hiperfágicos; genes envolvidos com a baixa oxidação de lipídios; genes envolvidos na adipogênese; genes envolvidos na diminuição da atividade física. A identificação desses genes através da tecnologia permite a utilização de intervenções farmacêuticas e nutricionais para amenizar o início e a progressão das doenças associadas à obesidade nesses indivíduos. Sabe-se que mudanças de comportamento alimentar e os hábitos de vida sedentários, atuando sobre genes de susceptibilidade podem ser o determinante principal do crescimento da obesidade no mundo. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 16 Gene Codifica Fenótipo Localização cromossômica CPE Carboxipeptidase Obesidade 4q28 LEP Leptina Obesidade 7-q32 LEPR Receptor de leptina Obesidade 1-p31 MCR3 Receptor de melancortina Comportamento alimentar 20q13 MCR4 Receptor de melancortina Comportamento alimentar 18q21.3-q22 POMC Pró-opiomelancortina Obesidade (níveis de leptina?) 2p23.2 NPYR5 Receptor do neuropepetídeo Y Regulação do apetite 4q31-q32 Obesidade monogênica: Mutações envolvendo a via de sinalização da melanocortina: - no gene da leptina; - do receptor da leptina; - da POMC (pró-opiomelanocortina); - do receptor da melanocortina. Obesidade poligênica: É a influência genética mais comumente manifestada. Susceptibilidade resultante de fatores genéticos que podem inter-relacionar-se de forma bastante complexa. “Mapa Gênico da Obesidade Humana” já relatou mais de 430 genes, marcadores e regiões cromossômicas associadas com fenótipos de obesidade humana (todos os cromossomos humanos, exceto o “Y”, já tiveram loci ligados ao fenótipo da obesidade). Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 17 As cinco classes de genótipos: Genótipo THRIFTY Taxa metabólica baixa e termogênese insuficiente. Genótipo HIPERFÁGICO Baixa regulação do apetite e saciedade com propensão a comer muito. Genótipo SEDENTÁRIO Predisposição ao sedentarismo. Genótipo BAIXA OXIDAÇÃO LIPÍDICA Predisposição a baixa taxa de oxidação. Genótipo ADIPOGÊNICO Habilidade para expansão complementar adipocitária e alta capacidade de estocar energia. Fatores predisponentes: Patrimônio genético: Mais de 400 genes isolados. 1 pai obeso - 40% de risco 2 pais obesos - 80% de risco Gêmeos adotados têm relação de IMC com os pais biológicos Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 18 Obesos - gastam menos energia, comem mais e mais rápido. Obesidade infantil Obesidade primária (exógena multifatorial) Alterações endócrinas S. de Cushing Hiperinsulinismo Hipogonadismo Doença de Alright (Hipotireoidismo*) Alterações Genéticas S. Turner S. Cohen S. Down S. Carpenter S. Prader Willi S. Alstrom S. Laurence-Moon-Bardet-Biedl Alterações Neurológicas Lesões cerebrais diversas Distrofias musculares Cirurgias, traumatismos, pós-inflamação /QT Transtornos Psicológicos Bulimia Iatrogenia Prevalência na infância: Interrupção precoce do aleitamento materno; Introdução inapropriada dos alimentos complementares; Diluição incorreta das fórmulas lácteas; Distúrbios do comportamento alimentar; Inadequada relação familiar; Baixo peso ao nascer. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 19 Adipócitos Tamanho dos adipócitos: Pequeno → 50 micrometros de diâmetro. Médio → 80 micrometros de diâmetro. Grande → 90 micrometros de diâmetro. Muito grande → 100 micrometros de diâmetro. Tamanho dos linfócitos e eritrócitos → 5 – 10 micrometros. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 20 Órgão central do controle metabólico: Obesidade → Resistência à insulina. Células adiposas obesas Células adiposas normais Diabetes/Sindrome Metabólica; Doenças Cardiovasculares; Aterosclerose/Dislipidemia; Hipertensão; Doenças Respiratórias; Câncer. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 21 Classificação do sobrepeso e obesidade pelo IMC, circunferência da cintura e risco de doenças associadas. Risco de doenças* (relativo a peso normal e circunferência da cintura) IMC Classificação da obesidade Homens ≤40 (102cm) Mulheres ≤35 (88cm) >40 (102cm) >35 (88cm) Baixo peso <18.5 - - - Normal 18.5 a 24.9 Sobrepeso 25.0 a 29.9 Aumentado Alto Obesidade 30.0 a 34.9 35.0 a 39.9 I II Alto Muito alto Muito alto Muito alto Obesidade extrema ≥40 III Extremamente alto Extremamente alto Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 22 Sinais endócrinos e metabólicos emitidos pelo tecido adiposo: O tecido adiposo no controle central do metabolismo. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 23 Cavidade abdominal Gordura visceral Gordura subcuta nea VOCÊ SABIA? Você sabe diferenciar os tipos de gordura corporal? Veja as indicações na imagem abaixo: Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Onisoft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 24 Morfologia do tecido adiposo branco O tecido adiposo (TA) é um tipo especial de tecido conjuntivo, se localiza entre os órgão internos e sob a pele. Este tecido contém o maior reservatório energético do organismo, 1/3 deste tecido = adipócitos maduros (células grandes (70um) contendo uma enorme gota de gordura em seu interior, o que acaba deslocando o núcleo para a borda). 2/3 = combinação de pequenos vasos sanguíneos, nervos, leucócitos, macrófagos, e células do estroma vascular, que incluem essas estruturas que podem ser pré-adipócitos em vários estágios de desenvolvimento, ou ainda, células mesenquimais (multipotentes, capazes de se diferenciar em outros tipos celulares). De forma que o tecido adiposo é uma fonte acessível e abundante de células tronco mesenquimais que podem ser empregadas tanto na pesquisa básica quanto na prática clínica. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 25 Tecido constituído por células diferenciadas (1/3 das células) – ADIPÓCITOS inseridas no tecido conjuntivo. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 26 Classificação: Existem dois tipos de tecido adiposo: o tecido adiposo branco (TAB) e o tecido adiposo marrom (TAM). Suas principais diferenças estão entre os adipócitos que os constituem, são eles: O adipócito branco, quando totalmente desenvolvido, ou seja, maduro, armazena os triglicerídeos em uma única e grande gota lipídica que ocupa a porção central da célula, deslocando o citoplasma, núcleo e demais organelas para a periferia. Apesar de apresentar volumes variáveis, os adipócitos brancos maduros são células grandes que podem alterar acentuadamente seu tamanho, conforme a quantidade de triglicerídeos acumulados. Ele possui uma distribuição generalizada pelo organismo, envolvendo ou mesmo se infiltrando por quase toda a região subcutânea, por órgãos e vísceras ocas da cavidade abdominal ou do mediastino e por diversos grupamentos musculares. A função deste adipócito é fornecer proteção mecânica, amenizando o impacto de choques e permitindo um adequado deslizamento de feixes musculares, uns sobre os outros, sem comprometer a sua integridade funcional. Além disso, por possuir Tecido adiposo unilocular. Gordura branca: tecido adiposo branco (TAB). Tecido adiposo multilocular. Gordura marrom: tecido adiposo marrom (TAM). Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 27 distribuição mais abrangente, incluindo derme e tecido subcutâneo, é também considerado um excelente isolante térmico. Nas últimas décadas, as pesquisas destacam às descobertas da sua capacidade de secretar hormônios e, portanto, ao seu papel endócrino. Tais hormônios são denominados de adipocinas e revolucionaram os conceitos sobre a função biológica do tecido adiposo branco, mostrando que sua função não é apenas de fornecer e armazenar energia, mas também ser um órgão dinâmico e central da regulação metabólica. O adipócito marrom tem como principal característica ser termogênico, ou seja, regular a produção de calor e consequentemente a temperatura corporal. Ao contrário do que se pensava nas últimas décadas, de que esse tipo de adipócito estava praticamente ausente em adultos, novos estudos científicos mostraram que a quantidade desse tecido em adultos não é tão pequena. Ao contrário do adipócito branco, o adipócito marrom é menor, possui várias gotículas de triglicerídeos de diferentes tamanhos, citoplasma relativamente abundante e numerosas mitocôndrias. A sua capacidade de produzir calor é pelo fato de que suas mitocôndrias não possuem o complexo enzimático necessário para a síntese de ATP e utilizam a energia liberada principalmente dos ácidos graxos para a termogênese. Esse processo ocorre através da proteína desacopladora-1 (UCP-1, também conhecida como termogenina), localizada na membrana mitocondrial interna. Ela atua como um canal de próton que permite o regresso de prótons (H+) gerados no ciclo de Krebs para a matriz mitocondrial, desviando-os do complexo F1F0 (ATP sintase), impedindo a síntese de ATP e permitindo que se dissipe em calor. A coloração escurecida (origem do nome “adipócito marrom”) é devido à alta concentração de citocromo oxidase dessas mitocôndrias. As pesquisas científicas atuais estão buscando entender melhor o papel do tecido adiposo marrom em indivíduos adultos, na busca de agentes farmacológicos que possam incentivar o corpo a aumentar a atividade deste tecido, tornando-se um alvo terapêutico contra a obesidade. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 28 Além dos adipócitos, o tecido adiposo é constituído pela matriz de tecido conjuntivo (fibras colágenas e reticulares), fibras nervosas, estroma vascular, nódulos linfáticos, células imunes (leucócitos, macrófagos), fibroblastos e pré-adipócitos (células adiposas indiferenciadas). Tecido adiposo branco Triacilglicerol (TAG) da dieta (principal) Lipogênese síntese de ácidos graxos TAG (Fígado e TAB) Distribuição do tecido adiposo branco: Gotículas de gordura (TAG) Núcleo Gotículas de gordura (TAG) Tecido adiposo branco Tecido adiposo marrom Gotículas de gordura (TAG) Núcleo Tecido adiposo branco Região subcutânea Região abdominal, glútea e femoral Região visceral (ao redor das vísceras ou dentro) Cavidade Abdominal (Mesentérica, Omental e Retroperitoneal) Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 29 Tecido adiposo subcutâneo na obesidade: Tecido adiposo visceral na obesidade: Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 30 Gordura Subcutânea Musculatura abdominal Gordura visceral (omentum) Intestinos Gordura Subcutânea Gordura Visceral Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 31 Na obesidade, o tecido adiposo se expande. Tal adaptação é caracterizada por hipertrofia, hiperplasia e hipoxia local do tecido adiposo. Aumento dos estoques viscerais de TAB está diretamente associado com o aumento do risco de síndrome metabólica. A associação entre inflamação e tecido adiposo está anatomicamente associado com certos tecidos como: Expansão do tecido adiposo Obesidade Vasculatura relativamente ↓ em O2 Hipóxia Incentivo à produção e liberação de citocinas, quimiocinas e fatores angiogênicos Estimular a vascularização e ↑ do fluxo sanguíneo no tecido adiposo. Inflamação Cólon Linfonodos Miocárdio Grandes artérias Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 32 Hipertensão (Angiotensina II); Comprometimento da vasodilatação dependente do endotélio; Produção aumentada de O2 em grandesartérias; Infiltração de linfócitos T produtores de TNF no tecido adiposo próximo aos vasos. Síndrome metabólica Doenças frequentes como hipertensão, alterações na glicose e no colesterol estão associadas à obesidade. Essas condições estão unidas pela resistência insulínica. Diabetes: resistência à insulina, hiperinsulinemia, intolerância à glicose; Obesidade; Aterosclerose acelerada; Hipertensão; ↓ HDL; Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 33 ↑ TG (dislipidemia); ↑ Fatores pró-coagulantes; Doença Renal Crônica (DCR); Choque; Doenças cardiovasculares (DCV). Três ou mais fatores: Obesidade central – circunferência da cintura > 80cm (M) e 102cm (H); Hipertensão arterial – sistólica >130 e/ou diastólica >85mmHg Glicemia alterada (glicemia 110mg/dL) ou diabetes; Triglicerídeos >150mg/dL; HDL <40mg/dL (H) e <50mgdL (M). Distribuição da gordura corporal Idade: 40 anos Alt.: 1.65 m Peso: 114 kg IMC: 42 kg/m 2 Idade: 36 anos Alt.: 1.65 m Peso: 65 kg IMC: 24 kg/m 2 Visceral Subcutânea Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 34 Padrão de distribuição regional da gordura corporal: Periférico Maior depósito no quadril, glúteo e coxa superior comparado ao tronco. Centrípeto Maior depósito na região do tronco em relação as extremidades. Ginóide (mulheres) Andróide (homens) (Estrógenos e progesterona e < LPL na região central) (> LPL e testosterona) É a gordura visceral e NÃO a gordura corporal total o principal determinante de risco metabólico. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 35 Área da Gord Visceral; Área da Gord Subcut.; Razão Visc/Subcut. Determinação da quantidade e o padrão de distribuição da gordura corporal IMC (ou índice de Massa Corporal): É um método simples e amplamente difundido para se classificar o estado ponderal. É calculado dividindo o peso do indivíduo em quilos pelo quadrado de sua altura em metros. As atuais definições estabelecem a seguinte convenção de valores: Valor do IMC Classificação <18,5 Abaixo do peso 18,5 – 24,9 Normal 25,0 – 29,9 Pré-obesidade 30,0 – 34,9 Obesidade grau I 35,0 – 39,9 Obesidade grau II >40,0 Obesidade grau III Tolerância à glicose normal Tolerância à glicose prejudicada IMC = kg / m2 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 36 IMC de crianças: Meninos: Este método possui limitações porque não diferencia massa magra de massa gorda. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 37 Meninas: Peso/estatura: Peso; Estatura; Prega cutânea; Circunferência abdominal; Índice de massa corporal (IMC). Peso real Peso ideal para estatura no percentil 50 100 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 38 Resultado Classificação <10% Normal 110 – 120% Sobrepeso 121 – 140% Obesidade >140% Obesidade mórbida Comparação por IMC: Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 39 Determinação da QUANTIDADE e o Padrão de DISTRIBUIÇÃO da Gordura Corporal Quantidade: Distribuição: Relação Cintura Quadril (CQ): índice mais utilizado para identificar o tipo de distribuição de gordura. Pontos de corte para classificação da RCQ (OMS,1995): Gênero RCQ Homens >1,0 Mulheres >0,85 DEXA = Absortometria Radiológica de Dupla Energia RCQ = Circunferência da cintura Circunferência do quadril Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 40 Circunferência da Cintura Gênero CC aumentada CC muito aumentada Homens ≥94cm ≥102cm Mulheres ≥80cm ≥88cm A gordura visceral apresenta forte correlação com a circunferência de cintura. Conceito: O índice cintura/quadril (ou a proporção da cintura para o quadril), é um indicador de deposição de gordura visceral no caso a gordura intra-abdominal (Ashwell et al.,1985). A gordura visceral apresenta forte correlação com a circunferência de cintura. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 41 Estudo: Visceral adipose tissue can be estimated by waist measurement. Circunferência abdominal em crianças Waist Hp Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 42 Percentis para idade, raça e sexo (Bogalusa heart Study) Percentual gordura: >33% Circunferência abdominal: >71cm Risco cardiovascular Percentual gordura: <20% Circunferência abdominal: <61cm Risco mínimo Distribuição da gordura corporal O corpo humano muda do formato de um cilindro para o de um “cone duplo”, com o acúmulo de gordura ao redor da cintura. Outro índice utilizado para verificar a distribuição de gordura corporal é o Índice de Conicidade. Índice de conicidade: Índice C = Circunferência-Cintura (m) 0.109 Peso corporal (kg) Estatura (m) Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 43 Limitações: Não existe ponto de corte definido; Sugerido adotar valores próximos de 1,00 como indicativo de baixo risco para o aparecimento e o desenvolvimento de disfunções cardiovasculares e metabólicas; Valores próximos a 1,73 como indicativo de elevado risco. Relação cintura/estatura: Medidas simples; Ponto de corte único (RCE <0,5) aplicável a todos os indivíduos independente do gênero, faixa etária e etnia. Conceito: O índice de conicidade é um índice utilizado para prognosticar a distribuição de gordura e risco de doença (Valdez, 1991). A recomendação e se “manter a cintura menos da metade da estatura” poderia ser utilizada desde a infância até a vida adulta. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 44 Gordura visceral Os mecanismos envolvidos nestas complicações orgânicas não estão totalmente esclarecidos. POSSIBILIDADES: 1) Aumento da gordura central representa um número e tamanho celular. São células que liberam mais ácidos graxos na circulação portal, assim fígado e tecidos periféricos ficam expostos a altas concentrações. 2) Aumento da gordura central associado a um aumento no nível de cortisol e diminuição na secreção de testosterona e progesterona, resultando em complicações endócrinas e metabólicas. Fatoresdeterminantes da distribuição do tecido adiposo Fator genético (principal) Sexo Idade (ex. menopausa = + gordura na parte superior do corpo (< LPL na região inferior) Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 45 Diferenciação Metabólica Regional Padrão diferente de expressão de genes Tecido adiposo marrom Região subcutânea (Abdômen) Região visceral Intra-abdominal (ao redor das vísceras ou dentro) < atividade lipolítica > atividade da LPL > efeito antilipolítico > atividade lipolítica (> FFA na circulação) > depósito no homem < atividade da LPL < efeito antilipolítico Termogênico; “Queima” de AG através da β-oxidação mitocondrial (+ pelo frio e sinalização -Adr); Alta densidade mitocondrial; Energia transformada em calor, via UCP-1. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 46 UCP-1 Altamente expressa no TAM; Expressão induzida por PPARγ & PGC1α; Dissipa o gradiente de prótons através da membrana interna da mitocôndria, desacoplando a respiração e síntese de ATP; Ativada por AGL; Oxidação de AGL e liberação de calor. Tecido Adiposo Marrom Dissipação da energia produzindo calor Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 47 Evidência da presença de TAM em Humanos: Estes pesquizadores demonstraram que seres humanos adultos possuem TAM ativo e com potencial para ser de importância metabólica para a fisiologia humana normal, bem como tornar-se alvo farmacêutico em potencial nos esforços para o combate à obesidade. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 48 TAM predominante: Em mulheres vs. homens; Jovens; Ambiente de baixas temperaturas; Taxa de repouso metabólica positiva. TAM pouco presente: Fumantes; Usuários de beta-bloqueadores; Alto BMI. A descoberta de que o TAM persiste na vida adulta sugere que este depósito pode ter um papel significativo no balanço energético e estimulou um interesse renovado em seu desenvolvimento e atividades fisiológicas. Indução do fenótipo marrom em TAB: Precursores do TAM e TAB nos mesmos depósitos; Transdiferenciação e reprogramação da expressão gênica. Triglicerídeos Estoque Triglicerídeos Mobilização TZD Frio Dieta Catecolaminas UCP1 TZD Agonistas de PPARγ UCP1 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 49 TZDs Induzem Fenótipo Marrom em Adipócitos Brancos in vitro and in vivo: Referências: Mitochondrial biogenesis and remodeling during adipogenesis and in response to the insulin sensitizer rosiglitazone (TZD) Wilson-Fritch et al, MCB, 23: 1085, 2003. Mitochondrial remodeling in adipose tissue associated with obesity and treatment with rosiglitazone (TZD) Wilson-Fritch et al, JCI, 114: 1281, 2004. TZD Possibilidade de direcionar o metabolismo para “a queima “de sobrecarga de triglicérides, ao invés de armazenamento excessivo. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 50 Determinantes Moleculares da Adipogênese: Compreender as semelhanças e diferenças entre os determinantes moleculares da adipogênese branco e marrom pode levar a avanços na concretização desta estratégia terapêutica de tornar adipócitos brancos em marrom. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 51 Adipogênese: Célula tronco Precurssor mesenquimal Pré adipócito Inicial TIPO CELULAR EVENTOS MOLECULARESCARACTERÍSTICAS ? ? Pref-1 C/EBP PPAR C/EBP Genes do adipócito Enzimas lipogênicas Pref-1 C/EBP PPAR C/EBP Genes do adipócito Enzimas lipogênicas Proteinas ligantes de AG Fatores secretados Outros Alterações da MCE e Remodelagem do citoesqueleto Pluripotente Multipotente Diferenciação terminal Determinação • Parada de crescimento • Mitoses pós confluentes • Expansão clonal Comprometimento Adipócito maduro Tardio Adipócito jovem Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 52 Evolução Temporal da Diferenciação Celular de Pré-adipócitos em Adipócitos: Desenvolvimento do tecido adiposo: AUMENTO do tamanho (hipertrofia) e do número celular (hiperplasia). O que acontece com o desenvolvimento do tecido adiposo? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 53 Durante o crescimento, fatores influenciam: Nutrição; Exercício físico; Idade. Características do Processo de Adipogênese: A cronologia do aparecimento do tecido adiposo é estritamente dependente da espécie e do depósito adiposo sob consideração. Embriões humanos, porcinos e murinos: a adipogênese se inicia antes do nascimento. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 54 Durante o crescimento: Estudo em humanos Fatores que influenciam: REFERÊNCIAS Após o nascimento ocorre uma expansão rápida do tecido adiposo. O potencial de gerar novas células persiste na fase adulta. PUBERDADE O número de células adiposas pode aumentar com dieta rica em carboidratos ou lipídios. No 1º ano de vida ocorre uma expansão rápida do tecido adiposo, como resultado da hipertrofia e hiperplasia. Do 2º ano até 10 anos de vida a hiperplasia ocorre de maneira lenta. Por ocasião do estirão de crescimento (adolescência) ocorre uma importante hiperplasia e hipertrofia. (Hagar et al, 1978) Exercício físico O treinamento físico tem pouco ou nenhum efeito sobre o nº de adipócitos da região epididimal, mas diminui o nº e o tamanho de adipócitos da região parimetrial (fêmeas) (Bukowiecki et al, 1980). Mulheres obesas treinadas (6 meses) apresentaram diminuição no nº de adipócitos da região glútea (Dansov et al, 2004). Homens e mulheres treinadas (5 meses) apresentaram nenhuma alteração no nº de adipócitos da região supraílica (Depres et al, 1984). Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 55 Por que estudar a Adipogênese? 1. Células Tronco; 2. Ontogênese; 3. Gênese da Obesidade; 4. Adaptação Metabólica; 5. Diferenças regionais; 6. Modelagem Corporal. Funções do tecido adipose: ENDÓCRINA: Adiponectina; Leptina; Resistina; TNF, IL6, etc. FÍSICAS: Proteção choques mecânicos; Deslizamento de músculos e vísceras; Isolamento térmico. METABÓLICAS: Estoque de energia (TAG); Suprimento em períodos de carência ou de demanda; Tamponamento Metabólico. NutriçãoHiperplasia em ratos adultos quando alimentados com dieta rica em CHO ou lipídeo (Faust et al, 1978). Obesidade severa em humanos resulta de hiperplasia (Hirsch, et al, 1970). Administração de cafeína inibe o aumento de celularidade (Bukowiechi et al, 1980). Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 56 A bolsa de gordura do calcanhar: Localizada debaixo do calcâneo é o primeiro amortecedor natural do corpo durante a caminhada, esta bolsa torna-se mais densa e fina com a idade. Tecido adiposo: atividades metabólicas Armazenamento do excesso energético → triglicerídeos; Produtos da lipólise, glicerol e ácidos graxos livres combustível para outros tecidos; Sinalização para sítios locais e distantes do estado energético (leptina); Crescimento do adipócito é limitado (10 x volume inicial) → multiplicação do n° de adipócitos; Nº de adipócitos não declina com a perda de peso → predisposição a novo ganho de peso; Captação e metabolização da glicose; Captação e metabolização de lipídeos: o Lipogênese; o Lipólise. Isolamento térmico Amortecedor de Choques Mecânicos Proteção de órgãos Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 57 Principais Reações Metabólicas no Adipócito: Definição: É a síntese de gordura, processo que ocorre no citoplasma e na mitocôndria do tecido adiposo e do fígado. Esterificação de AG: Incorporação de 3 AG em 1 molécula de glicerol 3-P, gerando TAG. Lipogênese: síntese de ácidos graxos e TAG a partir de substratos não- lipídico. Glicose principal substrato. Locais: Fígado e TAB. Energia? Alimentos: Lipídios; Proteínas; Carboidratos. Alimentação é periódica: tempo? Armazenamento Órgão Central do Controle Metabólico Células → ATP Energia Reservas energéticas: Glicogênio: fígado e músculo esquelético; Lipídios (TAG): tecido adiposo branco (TAB). Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 58 Tecido adiposo branco TAG = 75 % das reservas energéticas do organismo. Combustão: Adipócito TAG da dieta (principal); Lipogênese síntese de ácidos graxos TAG (fígado e TAB). TAG e colesterol são insolúveis no plasma; Transporte Lipoproteínas plasmáticas. Tipos: Quilomícrons, VLDL; IDL; LDL e HDL. Carboidrato: 4,2 kcal/g; Proteína: 4,3 kcal/g; Lipídeo: 9,4 kcal/g. Lipídio: H2O Núcleo Gota lipídica Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 59 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 60 Metabolismo dos lipídios exógenos Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 61 Metabolismo da glicose no adipócito Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 62 Modulação fisiológica da lipogênese Obesidade: ingestão de energia > gasto energético Consumo energético Lipogênese Excesso de TAG no TAB Refeição com carboidratos e gorduras Oxidação de glicose ↓ oxidação de ácidos graxos Quilomícrons e VLDLs Lipogênese Estado pós absortivo e jejum ↑ da oxidação de ácidos graxos para energia ↓ redução da lipogênese no tecido adiposo branco. Exercício físico ↑ da oxidação de ácidos graxos (energia para contração) ↓ redução da lipogênese no tecido adiposo branco e no fígado. Oxidação de ácidos graxos nos músculos esqueléticos. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 63 Principais Reações Metabólicas no Adipócito Lipólise: Definição: decomposição química e liberação de gordura pelo tecido adiposo (TAG = 3 AG + glicerol). Jejum; Exercício Vigoroso; Estresse. Triacilglicerois Triacilglicerois (TAG) >25 maratonas completas; >40 vezes glicogênio estocado (fígado e músculo). Pode ser liberado, esterificado ou β- oxidado >Reserva energética >80.000 kcal Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 64 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 65 Regulação das Reservas Energéticas Energia para atividades diárias; Glicose SNC; ↓ glicose para o SNC danos cerebrais e morte; Mecanismos para o armazenamento. Complexos mecanismos regulatórios evoluíram para armazenar energia no corpo, de forma que ela esteja disponível quando necessária. Reservas energéticas: Glicogênio (fígado e músculo esqueléticos); Triglicerídeos (TAG) no tecido adiposo; Estado prandial reposição das reservas energéticas; Estado pós-prandial degradação das reservas energéticas. Balanço Energético Equilíbrio/balanço energético reposição = utilização; Ingestão < Gasto perda de peso e inanição; Ingestão e armazenamento > Utilização Obesidade; Para manter o equilíbrio e as reservas energéticas suficientes Regulação do comportamento alimentar. Ingestão Gasto Apetite Saciedade Absorção Taxa metabólica Termogênese Atividade Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 66 Regulação das reservas energéticas 75 % das reservas TAB (gordura); TAB peso corporal; Energia ingerida e gasta diariamente Peso corporal constante; Para a manutenção da homeostase e das reservas energéticas corporais (suficientes) Regulação do comportamento alimentar (curto e longo prazo); Curto prazo: tamanho e frequência das refeições; Longo prazo: reservas de massa adiposa; Mecanismos para regular reservas de gordura; SNC Hipotálamo. Sistema Nervoso Central e Hipotálamo Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 67 O Hipotálamo: região do encéfalo - mantém a homeostase, regula processos metabólicos e atividades autônomas; Liga o SNC ao sistema endócrino sintetizando a secreção de neuro-hormônios; Está envolvido no controle das emoções, atividade sexual, temperatura corporal, ciclos circadianos, sono, balanço de água, secreção da hipófise e atividade das glândulas endócrinas, a fome e sede. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 68 Regulação Hormonal e Hipotalâmica da Gordura Corporal e da Ingestão de Alimentos “Centro da fome e da saciedade“Acoplamento entre gordura e comportamento alimentar → comunicação entre o tecido adiposo e o cérebro. A ingestão de alimentos é estimulada quando neurônios desta região detectam uma queda nas concentrações plasmáticas de um hormônio liberado pelos adipócitos – a LEPTINA. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 69 Estudos que datam da década de 40 resultaram na descoberta-chave de que pequenas lesões em ambos os lados do hipotálamo do rato podem levar a enormes efeitos sobre o comportamento alimentar, e a adiposidade. Lesões bilaterais do hipotálamo lateral causaram anorexia, em contraste, lesões bilaterais do hipotálamo ventromedial causaram um aumento na ingestão de alimento, e o animal tornou-se obeso. Centro da fome e da saciedade – modelo simplista após avanços da ciência nesta área! Por outro lado, o acoplamento entre gordura e comportamento alimentar evidencia uma comunicação entre o tecido adiposo e o cérebro. Controle alimentar: Definição de fome, apetite e saciedade; Regulação central; Mecanismos de curto prazo; Fibras alimentares; Mecanismos de longo prazo; Obesidade. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 70 Fome Atenuação dos sinais de saciedade Hormônio da fome: GRELINA Estímulo: Estômago vazio; Hipoglicemia. Fome: grande vontade de comer Saciedade: plenitude O que ocorre no organismo que provoca essa sensação de fome e saciedade? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 71 Distribuição de concentrações plasmáticas de grelina durante 24h e associação com consumo de café-da-manhã (C), almoço (A) e jantar (J). Saciedade Sensação de plenitude em relação à necessidade de alimentos; Refeição completa; Sinais que inibem a fome. Neuropeptídeos e hormônios hipotalâmicos SINAIS OREXÍGENOS: promovem anabolismo e aumento da ingesta alimentar pela sensação de fome. SINAIS ANOREXÍGENOS: promovem catabolismo e redução da ingesta alimentar pela sensação de saciedade. Ação no SNC Hipotálamo SNS Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 72 Regulação central: Controle alimentar: A curto prazo: Tamanho e frequência das refeições. A longo prazo: Manutenção da reserva energética constante. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 73 Regulação CURTO prazo do comportamento alimentar: Sinais de saciedade: o Distensão gástrica; o Colecistocinina; o Glicose sanguínea; o Insulina. Regula tamanho e frequência das refeições; Determina fome e saciedade. Fome: Saciedade: sinais de saciedade. o Fatores orais. Hipoglicemia Estômago vazio Grelina Mastigação Salivação Deglutição Inibição do consumo alimentar. Duração de 20 a 40’ Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 74 Distensão gástrica: sinal de saciedade. Hormônios: Colecistocinina (CCK) o Estímulo: alimentos no estômago e duodeno → lipídios e proteínas. o Ações: saciedade, retardar o esvaziamento gástrico, liberação da bile (facilita a digestão de gorduras). Hormônios: Insulina o Ação: transporte de glicose para o interior de algumas células (principalmente as musculares), saciedade (atuando diretamente em núcleos talâmicos). o Estímulo: elevada glicemia, fase cefálica, CCK (estômago). Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 75 Variações nos níveis de insulina no sangue antes, durante e após uma refeição. o Índice glicêmico: carboidratos depois de absorvidos causam aumento da glicemia de diferentes intensidades. o Índice glicêmico: tipo de carboidrato X velocidade de absorção. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 76 Importância dos alimentos Mecanismos fisiológicos dependem da qualidade do alimento ingerido; Composição dos alimentos determina a secreção de hormônios gastrointestinais. Proteína Lipídeo Carboidrato Fibras alimentares: Origem vegetal; Compostos não digeríveis pelas enzimas humanas; Não absorvidos e eliminados pelas fezes. CCK Insulina ↓ Grelina FIBRAS Mas por que ingerir fibras se não somos capazes de aproveitar seus nutrientes? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 77 Consumo adequado de água! Fibras Solúveis Fibras Insolúveis Maior mastigação Fatores orais Acelera trânsito intestinal Baixo IG Evita constipação Acelera trânsito intestinal Baixo IG Controle do colesterol Captação de água e formação de gel Aumento de volume de até 7x! Distensão gástrica Mas provoca fermentação, flatulência e distensão abdominal. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 78 Fontes de fibras: Solúveis Insolúveis Teor de fibras em alimentos Teor de fibras por 100g de alimentos. Alimento Fibra solúvel Fibra insolúvel Alface 0,57 1 Arroz branco* 1,26 1,52 Arroz integral* 0,96 3,37 Aveia em flocos 4,56 1,86 Berinjela* 0,94 1,59 Beterraba* 1,42 1,29 Brócolis* 0,18 1,7 Cenoura 1,63 1,6 Chuchu* 0,35 0,79 Couve* 0,77 1,23 Aveia Frutas Vegetais Cereais integrais Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 79 Couve-flor* 1,01 1,52 Ervilha* 2,22 1,38 Ervilha em conserva 1,32 3,93 Farelo de aveia 3,4 3,56 Farelo de trigo 3,41 36,04 Feijão carioca* 2,6 4,62 Feijão mulatinho* 0,71 3,37 Feijão preto* 1,77 3,61 Jiló 6,84 1,82 Lentilha* 1,81 5,44 Macarrão 0,68 0,96 Macarrão integral* 1,04 2,18 Mandioca* 2,72 2,14 Pão de centeio 2,32 4,83 Pão francês 2,5 3,86 Pão integral 1,79 5,24 Pepino 0,31 0,5 Rabanete 0,86 0,74 Repolho 1,06 1,6 Soja 0,71 3,37 *Alimento cozido Fonte: CINTRA, 1997. Pão integral; Queijo branco; Banana com aveia; Suco de laranja. Pão branco; Manteiga; Café com açúcar. Café da manhã Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 80 Regulação a longo prazo Excesso de energia → gordura (adipócitos); Manutenção de reserva energética constante. Almoço Salada de folhas; Arroz integral; Legumes no vapor; Frango grelhado; Suco de maracujá; Torta de maçã Lasanha de 4 queijos; Refrigerante. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecida Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 81 Sistema neuro-humoral altamente integrado que minimiza as flutuações do balanço energético. LEPTINA ↑ Leptina no tecido adiposo Sangue Hipotálamo ↓ Ingesta calórica ↑ Insulina Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 82 INSULINA SECREÇÃO COM O AUMENTO DO PESO CORPÓREO, no estado basal e em resposta às refeições: insulina que chega ao SNC limitação de ganho extra de peso pela inibição da ingesta. A deficiência de insulina não induz obesidade sem insulina o excesso calórico contribui para hiperglicemia e não para aumento de tecido adiposo. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 83 Papel do hipotálamo A leptina Aumenta com os estoques de gordura e age no hipotálamo para inibir a ingestão de alimentos e as reservas no tecido adiposo. ↑ da insulina e leptina NÚCLEO VENTROMEDIAL (VMN) = CENTRO DA SACIEDADE (estimulação inibe ingesta de alimento; lesão bilateral causa hiperfagia e obesidade). NÚCLEO LATERAL (LHA) = CENTRO DA FOME (ativação estimula ingesta, lesão causa hipofagia e redução de peso). Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 84 “O hormônio anti-obesidade” Produzida pelos adipócitos; Concentração no sangue reflete a quantidade de gordura armazenada. Ação: ↓Ingestão alimentar; ↑Gasto energético. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 85 Leptina e Regulação do Comportamento Alimentar e das Reservas Energéticas Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 86 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 87 Leptina Camundongos ob/ob: ausência do gene da leptina. Cura da obesidade? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 88 Em seres humanos: Elevados níveis de leptina no sangue. Efeito reduzido. Resistência a leptina Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 89 Resistência à leptina no SNC (= dificuldade de acesso da leptina no SNC) Síndrome da deficiência de Leptina: Obesidade; Resistência à insulina; Diabetes Mellitus; Resposta imune defic.; Hipogonadismo. 1 Deficiência nos receptores de transdução de sinal no SNC ou nas respostas hipotalâmicas à leptina. 2 Transportadores na barreira hematoencefálica: menor eficiência quando em níveis plasmáticos elevados de leptina NÍVEIS LIQUÓRICOS < NÍVEIS PLASMÁTICOS. HIPERFAGIA (mesmo com níveis de insulina) e REDUÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO Obesidade severa Farooqi et al, JCI, 2002 Licínio et al, PNAS, 2004 Gibson et al, JCEM, 2004 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 90 Sinal orexígeno Orexígenos Anorexígenos Neuropeptídeo Y (NPY); MCH (melanin-concentrating hormone); AGRP (agouti-related protein) Orexinas A E B (HIPOCRETINAS); Peptídeos opióides; Endógenos (b-endorfina, dinorfina e encefalinas); Glutamato; GABA (ácido gama-amino-butírico). Via da melanocortina (MSH - Hormônio Estimulador de Melanócito; POMC-Pró-ópio- melanocortina); CHR (Hormônio corticotrófico) Regulação do eixo hipotálamo-pituitário-adrenal; Urocortina; CART (Cocaine and amphetamine - regulated transcript); Serotonina. ↑ ingesta alimentar Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 91 Sinais anorexígenos Grelina Primeiro sinal orexigênico periférico. Aumenta a ingestão alimentar; Diminui o gasto de energia. Liberada pelo estômago Jejum Hipoglicemia Secreção e Expressão - Alimentação e Obesidade + Restrição calórica e perda de peso Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 92 + + + - Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 93 O ORGÃO ADIPOSO: um tecido liberador de moléculas bioativas Adipocitocinas: é um termo utilizado para denominar as citocinas, fatores de crescimento e outras proteínas produzidas e secretadas pelos adipócitos. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 94 Visão ampliada do tecido adiposo: um órgão endócrino Estrutura quaternária de alguns dos principais peptídeos secretados pelos adipócitos Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 95 Produtos do tecido adiposo branco (TAB) Citocina Função/Efeito Adiponectina Influência na sensibilização insulínica e propriedades anti- aterogênicas Angiotensinogênio Precursor da angiotensina II, regulador da pressão sanguínea e influência na adiposidade ASP Influência na síntese de triacilglicerol no tecido adiposo IL-6 Mediador do processo inflamatório e influência no metabolismo lipídico Leptina Sinalização cerebral do estoque de gordura corporal, influência na sensibilização insulínica, regulação do apetite e gasto energético PAI-1 Potente inibidor do sistema fibrinólise Resistina Influência no desenvolvimento à resistência insulínica TNF-α Interferência na sinalização insulínica e possível causa da resistência à insulina na obesidade Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 96 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 97 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 98 Obesidade abdominal X Diabetes mellitus tipo 2 Adiponectina ↓ Adiponectina - característica da obesidade em roedores e humanos, e correlaciona com baixa sensibilidade à insulina; Constitui um fator de risco independente para o D2DMe complicações cardiovasculares (Daimon et al., 2003; Pischon et al., 2004). Indivíduos com altos níveis de adiponectina estão menos sujeitos a desenvolver estas doenças (Lindsay et al., 2002). Acentua a gravidade do estado de resistência a insulina Disfunção das células adiposas nos indivíduos obesos: • aumento na liberação de AGL; • inabilidade de captar glicose e de secretar corretamente diversas adipocinas. Adiponectina ↓ da adiponectina Resistência à insulina, DM2, obesidade e aterosclerose. (Statnick et al., 2000; Kadowaki et al., 2006; Trujillo and Scherer, 2005). Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 99 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 100 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 101 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 102 Adaptado da Consensus Development Conference da Associação Americana de Diabetes. Diabetes Care. 1998, 21:310-314. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 103 Terminologia já utilizada na descrição desta condição clínica: Kylin, 1923 Síndrome da Hipertensão-hiperglicemia- hiperuricemia Camus, 1966 Trisíndrome metabólica Avogaro e Crepaldi, 1967 Síndrome plurimetabólica Hanefeld and Leonhardt, 1981 Síndrome metabólica Reaven, 1988 Síndrome X Kaplan, 1989 Síndrome do quarteto mortal DeFronzo e Ferrannini, 1991 Síndrome da resistência à insulina Dicionário HOUAISS da língua portuguesa: Conjunto de sinais e sintomas observáveis em vários processos patológicos diferentes e sem causa específica. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 104 Definição: síndrome metabólica é a denominação dada a um conjunto de fatores de risco, que quando se expressam em um mesmo indivíduo, promovem o desenvolvimento da Doença Aterosclerótica, aumentando a morbimortalidade cardiovascular. Diagnóstico da síndrome metabólica Critérios propostos para diagnóstico da síndrome metabólica: Aspecto clínico WHO EGIR NCEP ATP III (2001) AACE (2003) IDF (2005) Resistência insulínica Resistência insulínica +2 dos critérios abaixo Insulina plasmática >75 % percentil + 2 critérios Não analisada Presença de 3 entre os 5 abaixo Glicemia alterada +1 dos critérios abaixo Peso IMC >30 e/ou cintura/quadril >0,90 H >0,85 M Circ. Abd. > 90 H >80 M Circ. Abd. > 102 H >88 M IMC > 25 Circ. Abd. >94 H >80 M + 2 critérios abaixo Lípides TG >150 e/ou TG > 150 e/ou TG >150 TG >150 TG >150 HDL < 35 H HDL <39 M HDL < 39 H ou M HDL <40H HDL <50M HDL <40H HDL <50M HDL <40H HDL <50M Pressão >140/90mmHg >140/90mmHg >130/85mmHg >130/85mmHg >130/85mmHg Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 105 arterial Glicemia Diabetes mellitus ou glicemia alterada Glicemia alterada Jejum >110 mg/dL Jejum >100 mg/dL Outros Microalbuminúria (>20 mcg/min) Evidências de resistência insulínica Síndrome metabólica: critérios diagnósticos: Critério Nível definido Obesidade abdominal (Circunf. Abdominal) Homens Mulheres >94cm >80cm TG ≥150mg/dL HDL-c Homens Mulheres <40mg/dL <50mgdL Pressão arterial ≥130/≥85mmHg Glicemia de jejum >100mg/dL Diagnóstico: obesidade central + presença de mais 2 critérios Obesidade abdominal Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 106 Papel das adipocinas: Resistina Exerce ação oposta à da insulina, reduzindo sua capacidade de metabolizar glicose adequadamente, favorecendo, assim, o aumento das concentrações de glicose no sangue. Adiponectina Facilita a ação da insulina, reduzindo o risco de diabetes. Os níveis de adiponectina são inversamente relacionados a quantidade de tecido adiposo no corpo e os de resistina são diretamente relacionados → perfil hormonal que favorece DM e DCV. Com a intensificação do processo inflamatório, as citocinas ganham a circulação expandindo a resistência à insulina a outros órgãos. Magro Excesso de nutrientes Expansão da massa magra Produção pelos adipócitos de citocinas e quimiocinas Expressão celular endotelial de moléculas de adesão Recrutamento e diferenciação de monócitos Infiltração de macrófagos e produção de citocinas Obesidade Resistência a insulina Mediadores pró- inflamatórios e pró- aterogênicos Aterosclerose Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 107 Patogenia da Síndrome Metabólica Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 108 Como evitar ou tratar a síndrome metabólica? Pirâmide do tratamento de uma doença crônica: Obesidade; Diabetes; Hipertensão arterial; Dislipidemia genética; ICC. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 109 Tratamento não farmacológico da obesidade Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 110 Algoritmo do tratamento da obesidade Tratamento da obesidade: Plano alimentar para a redução ponderal; Atividade física regular e supervisionada; Suporte psicológico para o gerenciamento do estresse, da compulsão alimentar e tratamento da depressão; Adoção de estilo de vida saudável. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 111 Dieta versus alimentação saudável Dieta: origem: grega díaita Significados: 1. regime alimentar: que satisfaz as necessidades particulares de uma pessoa. 2. regime especial de alimentação que restringe a ingestão de certos alimentos e/ou reduz a sua quantidade, com o objetivo de perder peso ou por razões de saúde. 3. privação total ou parcial de certos alimentos por motivos religiosos; jejum. 4. prato em que a comida é, em geral, pouco temperada, pobre em gorduras e em calorias e de digestão fácil. Alimentação Saudável: Significados: Alimentação 1. aquilo que se come: uma alimentação saudável 2. função de comer: A alimentação é uma função importante 3. fornecimento de energia: alimentação em energia eléctrica Significados: Saudável 1. Que tem saúde: uma pessoa saudável que faz bem à saúde: Nadar é saudável.; uma alimentação saudável Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om112 Alimentação saudável: • Grupos de alimentos; • Fracionamento da dieta; • Volume das refeições; • Horários. Objetivos da terapia nutricional: Promover peso corporal adequado; Contribuir na diminuição e estabilização dos níveis pressóricos e nas concentrações séricas de colesterol, triglicérides e glicose; Diminuir ou atenuar as complicações orgânicas advindas da obesidade; Melhorar a evolução clínica e a qualidade de vida do paciente. Aspectos nutricionais: Fornecer plano alimentar saudável com VET compatível; Dieta individualizada e ajustada ao estilo de vida do paciente; Restrição de 500 a 1000 calorias/dia; Perda ponderal de 5 a 10% do peso inicial de tratamento. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 113 Alimentação saudável: Plano Alimentar = Individualizado 1. Idade e sexo; 2. Peso e altura; 3. Atividade física; 4. Doenças intercorrentes. “A alimentação normal deve ser quantitativamente suficiente, qualitativamente completa, além da harmonia em seus componentes e adequada à sua finalidade e ao organismo a que se destina.” Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 114 Avaliação nutricional Histórico Dietético Avaliação da ingestão alimentar habitual e atual: macro e micronutrientes; Horário das refeições; Hábitos alimentares dentro e fora de casa. Antropometria Histórico de peso e suas relações (PH e PA); IMC; Circunferência Abdominal. Características da dieta Ênfase no diagnóstico nutricional, considerando a eutrofia nutricional como a meta mais importante. Recomendação: 20 a 25 kcal / kg: IMC > 25 kg/ m2 25 a 30 kcal/ kg: IMC 18,5 e 24,9 kg/ m2 30 a 35 kcal / kg: IMC < 18,5 kg/ m2 GEB (Harris Benedict) X FA e FI Sobrepeso e obesidade: De 5 a 10 kg = melhora níveis de glicemia, lipídios séricos e pressão arterial De 250 a 500 Kcal/dia na ingestão habitual = peso gradual e duradoura Abordagem nutricional Empatia – Experiências passadas com o DM; Grau de instrução = adequar linguagem; Estabelecer metas reais e acessíveis; Promover reforço positivo - pequenos ganhos; Envolver e valorizar os cuidadores e familiares envolvidos; Estabelecer negociações; Estimular Autonomia e Independência! Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 115 Características da dieta: Grupo dos carboidratos: Alimentos: Pães, Cereais, Arroz, Batata, mandioca, mandioquinha, milho, entre outros... Recomendação de carboidratos: 45 – 60%. Alimentos de ↓ índice glicêmico ? – Baixa evidência científica. Utilizado como fontes de energia; Estimular o consumo de integrais. Todos os grupos de alimentos são importantes para suprir as necessidades diárias de nutrientes. Adaptar as quantidades de acordo com as necessidades de cada indivíduos. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 116 Grupo das frutas e hortaliças: Alimentos: frutas e hortaliças. Recomendação de fibras: 14g/ 1000 kcal ou 20g/d Solúvel - absorção de CHO’s e lipídios séricos Benefícios sobre o controle glicêmico, hiperinsulinemia e lipídios plasmáticos. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes – SBD 2011. Fibras O que denominamos de fibra da dieta é uma definição nutricional da parte não digerível do alimento vegetal, a qual resiste à digestão e absorção intestinal, porém com fermentação completa ou parcial no intestino grosso. Apesar de discussões entre grupos de estudiosos, a maioria deles concorda que oligossacarídeos, celulose, hemicelulose, pectinas, gomas, lignina, polissacarídeo indigeríveis e não amilosos, além de ceras e outras substâncias inerentes às plantas, devem ser classificados como fibras dietéticas. A classificação da Comissão em Nutrição e Alimentos para Usos Especiais na Dieta (CODEX) refere que as fibras dietéticas são “polímeros de carboidratos com dez ou mais unidades monoméricas, as quais não são hidrolisadas por enzimas endógenas no intestino de seres humanos e que pertencem às seguintes categorias: 1) polímeros de carboidratos comestíveis inerentes aos alimentos que são consumidos; 2) polímeros Ricos em vitaminas, minerais e fibras. Função de regulação do metabolismo Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 117 de carboidratos que tenham sido obtidos a partir de matéria-prima alimentar por meio de procedimentos enzimáticos, físicos ou químicos, os quais tenham mostrado algum efeito fisiológico benéfico à saúde através de meios científicos aceitos pelas autoridades competentes, ou 3) polímeros de carboidratos sintéticos que tenham mostrado algum efeito fisiológico benéfico à saúde através de meios científicos aceitos pelas autoridades competentes” Fibras solúveis Com base na sua solubilidade, as fibras provenientes da dieta podem ser classificadas em fibras solúveis e insolúveis. As fibras solúveis incluem as pectinas, gomas, mucilagens (como o psyllium, um polissacarídeo viscoso) e polissacarídeos de armazenagem. Características: Retardam o esvaziamento gástrico e trânsito intestinal; Reduz pico glicêmico e insulinêmico pós prandial = redução A1C. Estimule o aumento no consumo de: Frutas cítricas Leguminosas Aveia Algas Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 118 Fibras insolúveis Entre as fibras insolúveis estão a celulose, as hemiceluloses e a lignina. A aveia é uma fonte muito rica em fibras solúveis, principalmente o seu farelo. Características: Induz a saciedade; Pode levar a redução do peso e circunferência abdominal. Estimule o aumento no consumo de: Frutas com casca Grãos integrais Como atingir 14g de fibras/ 1000 calorias? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 119 Atingir a meta em relação às fibras, pode não ser tão difícil na prática clínica. O importante é respeitar o hábito da pessoa e estimular pequenos acréscimos ou trocas que melhorem o perfil da refeição sem descaracterizá-la. Antes Depois Café da manhã Café com adoçante Leite integral Pão francês com margarina Café com adoçante Leite integral Pão integral com margarina ou cuscuz com linhaça ou beiju com linhaça Intervalo da manhã Pão francês ou bolachas de sal Café com adoçante Fruta Almoço Arroz branco Bife Feijão Alface Tomate Arroz integral ou com gergelim Bife Feijão Alface Tomate Chuchu cozido Repolho cru Proteínas Alimentos: carnes, ovos, frango, peixes, leite, iogurtes, queijos, feijão, lentilha, ervilha, soja, grão de bico, oleaginosas: castanhas, amendoim, amêndoas... Recomendação de proteínas: 15 - 20% 0,8 a 1,0 g de proteínas/ kg/ dia *Restrição proteica nas nefropatias ( 0,6 g/kg/dia) Função de construção e reparação dos tecidos Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapicoli@ gmail.c om 120 A dieta hiperproteica surgiu nos anos 70 pelo cardiologista Robert Atking que prega que o que faz as pessoas engordarem são os carboidratos e não as gorduras e proteínas. Dieta rica em proteína e lipídios. Restrição radical ao consumo de carboidratos, ou seja, massas, doces, açúcares, e até mesmo frutas e verduras. Estudos de revisão sobre o efeito de dietas pobres em carboidratos mostram que a perda de peso é relacionada com a duração da dieta e a restrição da ingestão de energia, mas não com a restrição exclusiva deste macronutriente. Há a redução na aderência a dieta devido a sintomas como fraqueza, cansaço, dores de cabeça e mau hálito. A deficiência de vitaminas e minerais se dá pela redução da ingestão de frutas e hortaliças, além disso a redução da ingestão de fibras que pode ocasionar constipação. O excesso de gorduras pode leva a doenças cardiovasculares (DCV). A perda de peso por ser rápida promove a perda de massa muscular. Principais refeições: Dieta Hiperproteica é útil no emagrecimento? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 121 Lanches intermediários: Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 122 Gorduras e açúcares Alimentos: gorduras e doces em gerais. Recomendação gorduras totais: até 30% - Ácidos graxos saturados: < 7% - Ácidos graxos poli-insaturados: até 10% - Ácidos graxos monoinsaturados: 5-15% - Colesterol: < 300mg/ dia Alimentos com baixo teor de gorduras, evitar frituras e preferir as versões desnatadas. Evitar excessos; Preferir gorduras de melhor qualidade. MACARRÃO AO SUGO Porção 90g Valor Calórico: 113,5 kcal Gorduras Totais: 1,51g Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 123 MACARRÃO INSTANTÂNEO Porção 90g Valor Calórico: 400 Kcal Gorduras Totais: 15g BATATA COZIDA Porção 100g Valor Calórico: 174kcal Gorduras Totais: 0,4g BATATA CHIPS Porção 100g Valor Calórico: 552kcal Gorduras Totais: 38g FRANGO COXA COZIDA Porção 104g (2 und) Valor Calórico: 175,8kcal Gorduras Totais: 6,2g Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 124 Características da dieta Álcool 1 grama álcool = 7 Kcal “CALORIA VAZIA”; Álcool inibe a neoglicogênese hipoglicemia; Preferir a ingestão associada a alimentos = oferta de glicose. Recomendações: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes – SBD 2011 FRANGO COXA FRITA Porção 104g (2 und) Valor Calórico: 254,8kcal Gorduras Totais: 14,6g Mulheres: 1 dose. Homens: 2 doses. OU OU Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 125 Bressam.Arq Bras Endocrinol Metab, 2009. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 126 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 127 Alimentos versus inflamação Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 128 SAIBA MAIS: Alimentos anti-inflamatórios e alimentos inflamatórios Anti-inflamatórios Abacaxi Nozes Alho e cebola Azeite de oliva Cúrcuma Gengibre Cerejas Abacate Brócolis e espinafre Alimentos laranja Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 129 Inflamatórios Consumo de açúcar nas diferentes classes sociais brasileiras Xaropes e refrigerantes Frituras Glúten Embutidos Cártamo, girassol, soja e milho Fast foods Carnes, laticínios e ovos Total de calorias de alimentos adquiridos para consumo residencial 16,4% açúcares livres (adicionados) Em todas as classes sociais Limite recomendado: 10% Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 130 IF (Inflammation Factor) Rating Fornece uma estimativa do efeito do alimento na inflamação. IF Rating negativo: o alimento é considerado inflamatório, por possuir em sua composição nutrientes com ação inflamatória. IF Rating positivo: o alimento é considerado anti-inflamatório, por possuir em sua composição nutrientes com ação anti-inflamatória (relação dos lipídios essenciais e índice glicêmico). IF (Inflammation Factor) Rating dos principais alimentos: Alimento FI Salmão selvagem 901 Azeite 1137 Óleo de linhaça 2297 Brócolis cozido 231 Macarrão integral -39 Alcachofra cozida -2 Aspargos cozidos 41 Repolho cozido 413 Cenoura 16 Couve-flor 21 Maçã -50 Blueberries -23 Suco de limão 38 Suco de laranja -65 Mamão papaya -6 Uvas -106 Castanha do Pará 146 Noz Pecã 202 Bebida de soja 10 *Alguns alimentos ricos em antioxidantes são classificados como inflamatórios devido ao teor de carboidratos. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 131 Fator de inflamação (FI) na alimentação: Refeição Alimento FI Desjejum Leite integral (150ml) -36,8 Café (50ml) +0,21 Açúcar (20g) -135,3 Pão francês (50g) -234,3 Manteiga (20g) -63,4 Sub-total -469,6 Colação 4 biscoitos cream-cracker (20g) -40 Almoço 3 colheres de servir de arroz (150g) -60 1 concha de feijão (120g) +8 1 bife grelhado (100g) +3,5 Alface (30g) +36 Tomate (30g) -06 Gelatina de morango (80g) -20 Sub-total -73,1 Lanche da tarde Vitamina de frutas Leite integral -22,1 Maçã (20g) -8 Banana (20g) -19,1 Mamão (20g) -0,9 Açúcar (20g) -135,3 Sub-total -184,5 Jantar 2 colheres de servir de arroz (120g) -48 1 concha pequena de feijão (80g) +5,3 1 filé de frango grelhado (120g) -24,9 Espinafre refogado (50g) +129, 1 Laranja (100g) -8,8 Sub-total +53 Total -674,2 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 132 Fator de inflamação (FI) cardápio funcional Refeição Alimento FI Desjejum Suco funcional: Couve (1 folha) Gengibre (1 colher de café) Maçã (1/2 unidade) Hortelã (2 folhas) Polpa da banana verde (1 colher de sopa) +5,0 +64,0 -12,0 0,0 -23,6 2 fatias de pão integral (50g) -60,9 Pasta de tofu (20g) +8,8 Bebida a base de soja (200ml) +8,16 Sub-total +36,86 Colação 1 copo de água de coco (20ml) -10,8 Abacate +26,0 Sub-total +15,2 15 min antes do almoço Óleo de amêndoa (2 colheres de sopa) +78,0 Semente de abóbora (2 colheres de sopa) +14,0 Almoço 3 colheres de sopa de arroz integral (90g) Açafrão -37,8 -5,0 2 colheres de sopa de feijão(60g) +4 1 filé de pescada grelhado (120g) +233,6 Couve refogada (80g) +26,1 Brócolis (30g) +24,5 Beterraba (30g) +3,0 Tomate (30g) -0,6 Azeite de oliva (10ml) +52,6 1 Goiabada (100g) +63 Sub-total +455,4 Lanche da tarde 1 copo de chá de ervas (200ml) +1 Amêndoas (30g) +56,8 Sub-total +57,8 Jantar Repolho (30g) +8,08 Cenoura (30g) +45,02 Alface (30g) +36 Azeite de oliva (10ml) +52,6 3 colheres de sopa de arroz integral (90g) -37,8 1 filé de frango grelhado (120g) Molho de tomate -24,9 -11,6 Espinafre refogado (50g) +129,4 1 cacho de uvas (60g) -10,9 Sub-total +195,9 Ceia 1 copo de bebida a base de soja (200ml) +8,16 Total +759,32 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 133 Desequilíbrio funcional Alimentos funcionais Benefícios a saúde; Valor nutritivo; Composição química. Papel potencial benéfico na redução do risco de doenças crônico-degenerativas (Taipina, 2002). São apresentados na forma de alimentos comuns e consumidos em dietas convencionais (Moraes e Colla, 2006). Esta classe de compostos pertence a Nutrição e não a Farmacologia (Moraes e Colla, 2006). Concentrado mais na redução dos riscos do que na prevenção ou tratamento (Moraes e Colla, 2006). Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 134 SAIBA MAIS – Alimentos funcionais Origem: Na década de trinta, Dr. Minoru Shirota iniciou no Japão a investigação e desenvolvimento de um leite fermentado, para prevenção de doenças gastrointestinais. ...História 1950 - Doenças crónicas degenerativas e nutrição; 1970 - 1ª geração: alimento “saudável” (pão integral, iogurte); 1980 - Japão: Alimento Funcional; 1980 - 2ª geração: algo removido (baixo teor de sal, açúcar...); 1988 - Japão 1º funcional: Fibre Mini (regulação intestinal); 1990 - Europa: Alimento Funcional; 1990 - 3ª geração: algo adicionado (com vitaminas, minerais, fibras); 1991 - Japão: Alimento funcional —► FOSHU (2001: 271 alimentos); 1996 - FDA aprova Olestra; Yakult (probiótico) é sucesso no UK; 1997 - FDA: alegação de saúde para aveia e psyllium (doença coronária); 1998 - Unilever: 1ª margarina com esteróis. Alimentos Funcionais – 3ª geração de alimentos saudáveis. • 1ª geração – alimentos light; • 2ª geração – alimentos enriquecidos; • 3ª geração – alimentos funcionais – consumo em quantidades compatíveis com uma dieta equilibrada. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 135 Definição 1999: Brasil – ANVISA: “Alimento ou ingrediente que, além das funções nutritivas básicas, quando consumido como parte da dieta usual produza efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica”. (Portaria nº 398 de 30/04/99 – Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde). Alimentos funcionais: Funções nutricionais básicas; Efeitos benéficos à saúde; Seguro para o consumo sem supervisão médica; FDA (Food and Drug Administration) regula os alimentos funcionais o Uso que se pretende dar ao produto; o Descrição presente nos rótulos; o Ingredientes do produto. Consumidores: prevenção de doenças: o Diminuição de gastos médicos; o Envelhecimento com saúde; o Qualidade de vida; o Desenvolvimento sustentável; Em 2000: vendas de cerca de US$ 70 bilhões/ano; Japão: 200 tipos de diferentes de alimentos funcionais. Alimentos Funcionais - ANVISA Ácidos graxos ômega-3; Fibras alimentares; Licopeno; Luteína; Zeaxantina; Fitosteróis; Probióticos; Proteína de soja; Polióis (manitol, xilitol, sorbitol). Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 136 Níveis de evidência científica de acordo com o FDA Ranking Científico Nível de evidência científica Categoria FDA Linguagem proposta Nível 1 Alto A Há evidências suficientes de acordo com os padrões de significância científica. Nível 2 Moderado B Apesar de haver evidências estas ainda não são conclusivas. Nível 3 Baixo C Alguns estudos sugerem, porém os dados ainda são limitados e inconclusivos. Nível 4 Muito baixo D Estudos bastante escassos em nível preliminar. Alimento funcional Composto bioativo Benefício à saúde Grau de evidência Margarina fortificada Esterol e ésteres estanol Reduz CT e LDL Muito forte Psyllium Fibra solúvel Reduz CT e LDL Muito forte Soja Proteína Reduz CT e LDL Muito forte Aveia integral Β-glucanos Reduz CT e LDL Muito forte Peixes de alto teor de gordura Ácidos graxos n-3 Reduz TGs, risco de DCV e IAM. Forte a muito forte Alho Compostos organosulfurados Reduz CT e LDL Fraco a moderado Chá verde Catequinas Reduz risco de alguns tipos de câncer Moderado Espinafre, couve Luteína e zeaxantina Reduz risco de degeneração macular Fraco a moderado Tomate e derivados Licopeno Reduz risco de câncer de próstata Moderado Vegetais crucíferos Glicosinolatos e indóis Reduz risco de alguns tipos de câncer Fraco a moderado Oleaginosas Vit. E e ác. Graxos monoinstaturados Reduz riscos de DCVs Moderado Suco de uva e vinho tinto Resveratrol Reduz agregação plaquetária Moderado a forte Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 137 Ômega-3 “O consumo de ácidos graxos ômega-3 auxilia na manutenção de níveis saudáveis de lipídeos, desde que associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.” Ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa: Ácido docohexaenoico (DHA); Ácido eicosapentaenoico (EPA); Ácido alfa-linolênico (ALA). Propriedades atribuídas ao EPA e DHA: Redução do risco de DCV; Redução dos níveis séricos de TGs; Prevenção da progressão da placa aterosclerótica; Melhora da função endotelial; Redução da PA; Efeitos anti-inflamatórios. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 138 EPA: Promovem vasodilatação, inibem agregação plaquetária: ação anti-aterogênica e antitrombótica. DHA: Captado pelo cérebro; Incorporado nas membranas das células do cérebro e retina. Fontes: Cérebro e ômega-3: DHA é essencial para o crescimento e desenvolvimento do cérebro (durante a infância) e para manutenção da fluidez de membrana e manutenção das funções cerebrais normais no adulto. DEPRESSÃO: • Pessoas com baixo consumo de ômega-3 tem risco aumentado de depressão; • Estudos clínicos mostraram que em pacientes com depressão grave (internados), os níveis de ômega-3 estavam baixos e/ou a relação ω6-ω3 estava muito alta; • Em indivíduos com depressão a inclusão de peixes gordos 2-3x/semana melhorou os sintomas depressivos em 5 semanas. Silvers KM, Woolley CC, Hamilton FC et al. Prostaglandins Leukot Essent Fatty Acids. 2005;72:211-8. Consumo de peixe semanal: 1 porção 2x/semana. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 139 Recentemente: estudos com ênfase no transtorno bipolar, esquizofrenia e demências • Foram estudados 1219 idosos (> 65 anos, cognitivamente saudáveis),participantes de um estudo de coorte. • Pessoas que apresentam maiores quantidades de ômega-3 no sangue, apresentam menores níveis de beta-amilóide, proteína associada à presença da doença de Alzheimer. E mais ômega-3... Ácido alfa-linolênico (ALA): Linhaça: Além de ser rica em ALA... • Fibras solúveis e insolúveis; • Solúveis: pectinas, gomas e mucilagens; • Insolúveis: celulose, ligninas; • Melhor fonte de lignanas (tipo de fitoestrógeno). CHIA Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 140 PROPRIEDADES ATRIBUÍDAS: • Prevenção da agregação plaquetária; • Redução dos TGs; • Redução da PA; • Efeitos anti-inflamatórios; • Auxílio ao hábito intestinal. Azeite de Oliva COMPOSTOS FENÓLICOS • Compostos fenólicos (tirosol e hidroxitirosol); • Lignanas; • Fitoesteróis: β-sitosterol; • Alta concentração de ácido oleico (ω-9). PROPRIEDADES ATRIBUÍDAS: • Ação antiaterogênica; • Anti-cancerígena; • Hipotensora. Foram examinados os efeitos de 2 tipos de azeite de oliva: • Virgem (620mg/L de compostos fenólicos); • Refinado (sem compostos fenólicos); - Desenho experimental cruzado: 3 semanas de suplementação (30ml/dia) . Consumo: 1 – 2 colheres (sopa)/dia. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 141 Torre-Carbot, et al. J. Nutr. Vol. 140, No. 3, 501-508, 2010. Estudo clínico randomizado controlado: voluntários (90), entre 20 e 50 anos. 3 grupos: 1) Dieta mediterrânea (DM) com azeite virgem (AV) = 328mg/Kg polifenois; 2) DM com azeite virgem lavado (AVL) = 55mg/Kg polifenois; 3) Controle. Redução de marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo em monócitos na dieta com azeite de oliva rico em polifenois. Konstantinidou et al. FASEB J. Published online before print February 23, 2010. Fibras alimentares Somente o azeite virgem reduziu marcadores de estresse oxidativo e oxidação do LDL. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 142 Concentrações de β-glucana Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 143 Papel das fibras alimentares no controle glicêmico Fibras dietéticas: prevenção e tratamento da Diabetes. Jemkins, et al 2004: Matanálise demonstrou redução significativa na glicemia pós prandial, LDL-colesterol e triglicérides em resposta a uma alimentação rica em fibras; Camilleri, 2010 demonstrou que os efeitos benéficos das fibras podem estar relacionados ao tipo de fibra ingerido, nessa revisão as fibras solúveis demonstraram efeito na redução da glicose pós prandial e sensibilidade à insulina em indivíduos diabéticos e não diabéticos, entretanto o efeito das fibras insolúveis foi praticamente nulo; Reinanen, 2003 e Folson, 2000 demonstraram efeitos de consumo de fibras insolúveis na redução de risco para DM. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 144 Probióticos e prebióticos Probióticos Bifidobactéria, lactobacillus. Prebióticos Amido, fibras não solúveis, oligossacarídeos. Redução de casos diarreia, câncer de cólon, hipertensão, colesterol, intolerância à lactose; Melhora integridade da mucosa intestinal e resistência à infeção (Sistema Imune). Probióticos “Suplemento alimentar com micro-organismos vivos capazes de beneficiar o hospedeiro animal, promovendo um equilíbrio da microbiota intestinal.” Prebióticos “Ingredientes alimentares não digeríveis, que beneficiam a microbiota intestinal, estimulando seu crescimento ou atividade, ajudando a manter a saúde do organismo”. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 145 Oligossacarídeos: Fontes alimentares Alho, aspargos e chicória Benefícios para saúde Estimulação da função imune, inibição da tumorigênese e redução do colesterol sérico. Possíveis mecanismos e funções Probióticos: substrato efetivo para bifidobactéria; Estimulação do sistema imune; Redução de infecções; Modulação do metabolismo de lipídios. Oligossacarídeo versus fibra dietética Oligossacarídeo Fibra dietética Vantagens de oligossacarídeos: - Textura e sabor adequado; - São totalmente solúveis em água; - Não são viscosos; - Não se liga aos Minerais; - São fisicamente estáveis; - São incorporadas facilmente aos alimentos e bebidas processados; - Possuem fator de crescimento da Bifidobactéria. 3 gramas 15 gramas Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 146 O aumento do consumo de fibras pode promover a perda de peso: Howarth NC, Saltzman E, Roberts SB. Dietary fiber and weight regulation. Nutrition Reviews 2001;59:129-139.; Krauss RM, Deckelbaum RJ, Ernst N, et al. Dietary guidelines for healthy American adults. Circulation 1996;94:1795-1899. A fibra dietética pode promover a perda de peso, aumentando a saciação (nível de plenitude, que regula a quantidade de alimento consumida durante uma refeição) e saciedade (nível de plenitude após uma refeição, que determina a frequência de comer). Durante a ingestão de alimentos ad libitum, o aumento da fibra alimentar está associado à diminuição da ingestão de energia e à perda de peso corporal. Esta figura mostra os dados compostos de 12 estudos de intervenção na dieta ad libitum, demonstrando um efeito de perda de peso da terapia de curto prazo (média: 4 meses) com fibra dietética. A perda de peso não foi afetada pelo tipo de fibra e foi similar naqueles que consomem fibra solúvel ou insolúvel, e naqueles que consomem suplementos de fibras ou alimentos ricos em fibras. A American Heart Association recomenda 25 a 30 g/d de fibra dietética diariamente; a ingestão média nos Estados Unidos é atualmente apenas cerca de 15 g/d. R a te o f W e ig h t L o s s ( g /d ) P = 0.003 0 -20 -10 -30 -40 Low-fiber diet High-fiber Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 147 Quantidade de calorias (Kcal) das dietas populares mais divulgadas Dietas do Dr. Atkins 1.139 Sugar Busters 1.375 Total health makeover 925 Every cooking with Dean Ornish 1.360 Eat more, weigh less diet 1.758 Dieta do Dr. Pritikin 1.224 Dieta do tipo sanguíneo AB 1.714 Dieta do tipo sanguíneo O 1.742 Dieta do ponto Z 1.655 The Ômega Diet 1.363 Eating well for optimum health 1.565 Dieta Realage 1.640 VLCDs do not produce greater long-term weight loss than LCDs Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 148 As dietas muito baixas em calorias (VLCDs) geralmente fornecem 400-800 kcal / d e produzem uma perda média de peso de aproximadamente 20 kg durante 12 a 16 semanas. No entanto, essas dietas podem não resultar em maior perda de peso a longo prazo do que as dietas padrão de baixa caloria (LCD),que fornecem 1200-1500 kcal / d, devido à maior recuperação do peso perdido. Esta figura ilustra os dados de um estudo prospectivo randomizado realizado em 49 mulheres obesas que compararam o efeito de um VLCD com um LCD sobre perda de peso a curto e longo prazo. Os indivíduos foram randomizados para terapia de comportamento combinados com um LCD (1200 kcal / d) ao longo do tratamento ou com uso curto de um VLCD (420 kcal / d) durante 16 semanas seguido de uma dieta de 1200 kcal / d posteriormente. Todos os indivíduos participaram de sessões semanais de terapia de comportamento em grupo durante 52 semanas e, em seguida, sessões quinzenais por mais 26 semanas. A perda inicial de peso foi mais rápida e de maior magnitude naquelas aleatorizadas para um VLCD do que um LCD; na semana 26, o grupo VLCD perdeu significativamente mais peso do que o grupo LCD (21,5 kg vs 11,9 kg). No entanto, o grupo VLCD recuperou o peso rapidamente, então a perda de peso total foi semelhante em ambos os grupos em 78 semanas. O uso de um VLCD requer mais supervisão médica do que o uso de um LCD, pois a perda rápida de peso associada aos VLCDs aumenta o risco de formação de cálculos biliares, desidratação e anormalidades eletrolíticas. Conclusão O maior impacto para a perda de peso é restrição de calorias. O maior impacto para a manutenção do peso corporal é a composição da dieta. Todas as dietas de 1200 a 1500 calorias favorecem a redução de peso corporal de adultos. American Diabetes Association, 2011 American Heart Association, 2011. Obesity Guidelines. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 149 Prato saudável Importante ferramenta ilustrativa para trabalhar o conceito da substituição “Tão importante como saber o que é preciso comer, é saber quando comer” Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 150 Distribua os nutrientes por 6 a 7 refeições diárias com intervalos de 2 horas e meia e 3 horas entre cada uma delas; O fracionamento alimentar facilita o emagrecimento. Fracionamento Café da manhã Lanches intermediários Almoço e jantar Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 151 Hábitos atuais Crescimento de doenças no mundo! Transição nutricional... Diminuição da desnutrição em adultos e aumento de obesos é a tendência no país desde os anos 80; A prevalência de obesidade grave na população brasileira é de 2% em homens e 4% em mulheres (3% da população geral); Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 152 Segundo POF-IBGE (2003) – famílias de baixo poder aquisitivo estão mais expostas à obesidade; Comprar alimentos de baixa qualidade nutricional e elevada densidade energética – a preços mais acessíveis – é mais viável economicamente que adquirir verduras, frutas, legumes e carnes magras. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 153 Hábitos alimentares • Alimentos processados, de alta densidade energética, altos teores de lipídios e carboidratos; • Crescimento progressivo das porções de alimentos. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 154 Sedentarismo Estilo de vida inadequado Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 155 Percentual de óbtos Doenças Cardiovasculares Prevalência e Incidência A doença cardiovascular mata anualmente mais pessoas do que várias causas conjuntas de morte (American Heart Association, 1997); Maior problema de saúde pública. o 1 entre 9 mulheres e 1 entre 6 homens, com idade entre 45 e 64 anos; o Apresentam alguma forma de doença cardíaca. FISIOPATOLOGIA E ETIOLOGIA Doença arterial coronariana (DAC) – resulta na carência de fluxo sanguíneo para a rede de vasos sanguíneos que circundam o coração e suprem o miocárdio. Principal causa da DAC – aterosclerose – mudanças estruturais e de composição na camada íntima das arterias. Aterosclerose é a principal causa do ataque cardíaco, de acidente vascular cerebral e gangrena nas extremidades As artérias mais atingidas são a aorta abdominal, a artéria cerebral e coronária. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 156 Aterosclerose Inicia-se na infância, leva décadas de progressão. Patogênese multifatorial As lesões resultam de: o Proliferação das células do músculo liso, macrófagos e linfócitos (células envolvidas na resposta inflamatória); o Formação das células do músculo liso na matriz de tecido conjuntivo; o Acúmulo de lipídios e de colesterol na matriz ao redor das células. Placa ou ateroma: o Depósito de gorduras e de outros produtos resultantes da degradação celular como cálcio e fibrina que se acumulam na camada íntima das artérias. o São formadas em resposta às agressões ao endotélio na parede da artéria. Fatores: o Hipercolesterolemia, LDL (Lipoproteína de baixa densidade oxidada); o Hipertensão, Diabetes, Obesidade; o Tabagismo; o Homocisteína; o Dietas ricas em colesterol e gorduras saturadas. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 157 Fisiopatologia da aterosclerose Classificação das lesões da aterosclerose: o Lesões intermediárias; o Placas fibrosas; o Lesões complexas; Cinco fases de aterogênese Fase I – assintomática: o Camadas de gordura não obstrutiva; o Macrófagos e células do músculo liso com gordura (resposta à agressão crônica); o Nem sempre evoluem para lesões avançadas. Fase II: o Placas com grande conteúdo lipídico; o Propensão à ruptura; o Lipídio derivada da LDL que penetra da parede endotelial; o Instabilidade; o Pode evoluir para Fase III ou IV. Fase III: o Lesões agudas complexas com ruptura e trombos não oclusivos; o Podem progredir para a Fase V. Fase IV: o Lesões agudas complexas com trombos oclusivos; o Associação à angina e infarto do miocárdio; o Morte súbita. Fase V: o Fibrótica ou oclusiva; o Consequências semelhantes. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 158 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 159 LDL oxidada: o transforma os macrófagos em células esponjosas. HDL impede o acúmulo de gordura na parede arterial: o Inibindo a oxidação da LDL; o Transporte de colesterol para o fígado; o Risco : valores abaixo de 35 mg/dl; Maioria das mortes súbitas por infarto no miocárdio: o Resultam da ruptura de lesões complexas levando à hemorragia na placa, trombose e oclusão da artéria. Pequenos trombos podemter efeitos clínicos agudos. Progressão da lesão aterótica: o Não linear ou previsível. Alterações Vasculares Endoteliais na Aterosclerose Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 160 Avaliação clínica da Aterosclerose Eletrocardiograma e ecocardiografia; Angiografia invasiva (cateterismo cardíaco); o Visibilidade de estreitamentos e oclusões da aterosclerose. Lesões pequenas (Fase II) nem sempre visíveis podem causar eventos isquêmicos agudos; Ultrassom intravascular – detecta e mapeia as placas; Variações de fibrinogênio e células brancas podem indicar lesões ateróticas ativas e instáveis. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 161 Consequências da Aterosclerose Oclusão significante das artérias pode levar a: o Angina instável; o Infarto do miocárdio; + Isquemia; + Falta de oxigênio e nutrientes; + A capacidade do coração continuar batendo depende da extensão da musculatura envolvida , da presença de circulação colateral e da necessidade de oxigênio. Morte súbita. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 162 Consequências da Aterosclerose Trombose: o Formação de trombos e ativação plaquetária + Críticos na formação da placa, na manifestação de angina e infarto do miocárdio. o Fatores de risco trombogênico + Grau de ruptura da placa, grau de estenose e vasoconstrição. + Hábito de fumar, estresse. + Níveis de colesterol, diabetes. + fibrinólise impedida. o Papel da dieta na trombose : controverso. AVC isquêmico AVC isquêmico transitório Infarto do miocárdio Angina: • Estável • Instável Doença vascular periférica: • Claudicação intermitente; • Dor em repouso; • Gangrena e necrose Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 163 Fatores de Risco para Doença Arterial Coronariana (DAC) Categoria I: o (intervenções diminuem o risco de DAC); o Tabagismo; o Níveis de LDL-colesterol; o Hipertensão; o Hipertrofia do ventrículo esquerdo; o Fatores trombogênicos. Categoria II: (Intervenções têm probabilidade de diminuir o risco de DAC) o Diabetes; o Inatividade física; o HDL; o Obesidade; o Menopausa. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 164 Categoria III: o (não há evidências concretas sobre a eficácia da intervenção na redução do risco de DAC); o Fatores Psicossociais; o Consumo de álcool; + Consumo moderado associado à redução de 40 a 50% no risco de DAC; + Uso de álcool como intervenção? NÃO RECOMENDADO!!!!; o Triglicerídeos; o Lipoproteína-a. o Homocisteína + Aumentada pelo baixo consumo de folato, B12 e B6 + Atividade pré-coagulante + Agressão endotelial o Estresse oxidativo + LDL- oxidada + pode ser reduzido pela vit. C e E, betacaroteno, selênio, flavonoides, magnésio e gorduras monoinsaturadas. Categoria IV o (não podem ser modificadas) o Idade o História familiar + Doença prematura; + Hiperlipidemias herdáveis; + Influencia na intensidade dos fatores de risco. Lipídios sanguíneos e lipoproteínas Os lipídeos sanguíneos (colesterol, triglicerídeos e fosfolipídeos) são transportados no sangue ligados às proteínas. As lipoproteínas são formadas de quantidades variadas de triglicerídeos, colesterol, fosfolipídeos e proteínas. A proporção proteína-gordura determina a densidade da lipoproteína. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 165 Classes de lipoproteínas: o Quilomícrons; o Lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL); o Lipoproteínas de densidade intermediária (IDL); o Lipoproteína de baixa densidade (LDL); o Lipoproteína de alta densidade (HDL). Colesterol total Lípides Valores (em miligramas por decilitro de sangue = mg/dL) Desejável Limítrofe Aumentado Colesterol total <200 200-239 ≥240 LDL-colesterol <130 130-159 ≥160 HDL-colesterol ≥35 - - Triglicérides ≤200 - >200 Colesterol total = colesterol contido em todas frações lipoproteicas o 70 %= LDL; o 20 a 30 %= HDL; o 10 a 15 %= VLDL. Primeiro lipídio na avaliação de risco: o Relação direta positiva entre colesterol total e DAC; Consumo elevado de ácidos graxos saturados: o Aumenta níveis de colesterol sanguíneo e risco de DAC; Níveis de colesterol sanguíneo elevado: o Forte preditor de morte por DAC; o Hipercolesterolemia (acima de 240 mg/dl). Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 166 Triglicerídeos totais • Lipoproteínas ricas em triglicerídeos: o Incluem quilomicrons,VLDL, produtos intermediários de catabolismo; o Aterogênicos. • Medidas pós-prandiais são mais significativas do que em jejum para avaliar riscos de DAC. • Níveis muito elevados de triglicérides o Risco de pancreatite; o Hiperquilomicronemia; o Dietas de baixo teor de gordura. • Dislipidemia familiar – triglicérides limítrofes • Deficiência de lipoproteína lipase (LPL) o Triglicerídeos muito elevados; o Dietas com 10% de gordura. Perfil lipoproteico • Inclui medidas em jejum do: o Colesterol total; o LDL; o HDL; o Colesterol; o Triglicerídeos. Dislipidemias • Alterações dos níveis sanguíneos dos lípides circulantes o Hiperlipidemias; o Hipercolesterolemia; o Hipertrigliceridemia. • Relação com o surgimento da doença arterial coronariana • Podem ser o Primárias – origem genética ou ambiental; o Secundárias – associadas a outras doenças ou uso de medicamentos. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 167 Tipos de Dislipidemias (Exames Laboratoriais) • Hipercolesterolemia isolada; • Hipertrigliceridemia isolada; • Hiperlipidemia mista; o Aumento de colesterol e triglicérides; • Hipoalfalipoproteinemia o Redução de HDLc isolada ou associada a alterações do LDLc; • Hiperalfalipoproteinemia o Aumento de HDLc isolada ou associada a alterações de HLDLc. Mecanismo de ação do consumo de ácidos graxos saturados • Redução dos receptores hepáticos de LDL (redutores B-E); • Inibição da remoção plasmática de LDL; • Aumento dos níveis de triglicerídeos; o Em função da secreção hepática de triglicerídeos sob forma de VLDL. Lion Diet Heart Study Racional: menor mortalidade por doenças cardiovasculares entre populações marginais ao mar mediterrâneo (em relação ao norte europeu). Objetivo: avaliar o efeito da dieta do mediterrâneo sobre a morbidade e mortalidade cardiovascular em uma população de alto risco. Metodologia: 605 indivíduos de ambos os sexos em prevenção secundária. Tempo médio de 46 meses. Prospectivo, randomizado, aberto, controlado. Dieta do mediterrâneo: composta principalmente de frutas, cereais, azeite de oliva e outros alimentos ricos em ácidos graxos monoinsaturados e alguns poli-insaturados. Fontes de polifenois, que têm sido associado a efeitos cardioprotetores possivelmente inibindo a peroxidação lipídica. Monoe poli-insaturados Ácidos graxos – compostos com longa cadeia de átomos de C: Formados apenas por ligações simples: Saturados (C-C-C...); Presença de uma ligação dupla: Monoinsaturado (C-C=C-C...); Mais de uma ligação dupla: Poli-insaturados (C-C=C-C-C=C...). Estudos clássicos de Keys (*) e Hegsted (**): A ingestão de ácidos saturados está associada a uma elevação nas concentrações de LDL-c, enquanto que a ingesta de monoinsaturados (MUFA) eleva o HDL-c. (*) Keys, A. et al. Metabolism. 1965; 14:776-87. (**) Hegsted, D. M. Am. J. Clin. Nutr. 1965; 17:281-95. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 168 Ingestão de ácidos graxos poli-insaturados (PUFA) e, em menor grau, de monoinsaturados (MUFA): ↓ risco de DAC. PUFA (ácidos graxos poli-insaturados) Duas categorias: Ômega-6 – representante principal: ácido linoleico; Ômega-3 – eicosapentanoico (EPA) e docosahexanoico (DHA). Presentes na gordura do peixe. Especial atenção após o estudo “Lion Diet Heart Study” (Lancet 1994; 143:1454-9 e Circulation 1999; 99:779-85): grande diferença de mortalidade entre o países do mar mediterrâneo comparada com à dos países do norte da Europa (70% maior nestes últimos), atribuída à uma maior ingestão de ômega-3 e MUFA na dieta. Summary of Scientific Conference on Dietary Fatty Acids and Cardiovascular Health. The Nutrition Committee of the American Heart Association (Circulation 2001; 103:1034-1039). Ácidos graxos dietéticos e saúde cardiovascular: Efeitos dos ácidos graxos e ativação endotelial: estudos in vitro evidenciaram que o n-3 ácido docosahexaenoico (DHA) reduz a expressão endotelial de moléculas de adesão. Efeitos dos ácidos graxos na função das plaquetas: dietas ricas em ácidos graxos n-3 parecem causar menos agregação plaquetária. Ácido docosahexaenoico (DHA) reduz a expressão endotelial de: adesão celular vascular e molécula-1 (VCAM-1); E-selectin, ICAM-1. Interleucina 6 (IL-6); IL-8 em resposta a IL-1, IL-4, e fator de necrose tumoral. n-3 e n-6: MUFA como inibidor in vitro dos efeitos das interações leucocitárias endoteliais. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 169 Inibição de moléculas de adesão: Alguns estudos com óleo de peixe e CAD: DART (Duas refeições com peixe/semana): ↓ mortalidade total em 29%. GISSI prevenzione trial: Lancet 1999: 885mg de óleo de peixe em cápsulas; 11.324 pacientes (3 meses após infarto do miocárdio); Seguimento: 2 anos; Grupos: o n-3: 1g/dia; o vit. E: 300mg/dia; o n-3 + vit. E: 1g/dia + 300mg/dia; o Controle. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 170 Resultados: o n-3: ↓10-15% infarto agudo do miocárdio/AVC/morte súbita; o n-3 + vit. E: similar; o Vit. E: sem efeito. Benefícios: o ↓ 14% - 20% mortalidade total; o 17% - 30% mortalidade cardiovascular; o Eventos cardiovasculares fatais: sem efeito. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 171 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 172 Recomendações sobre ingestão de ômega-3 A ingestão de gorduras na dieta não deve ultrapassar 35% do total de calorias diárias; Destes 35%, até 20% devem ser de monoinsaturadas, até 10% de poli- insaturadas, e até 5% de saturadas; Dentre as poli-insaturadas, a proporção de ômega-3 e ômega-6 deve ser de 5:1. American Heart Association – Guidelines 2001. NCEP – JAMA 2001; 285:2486-97. Recomendações: Ingestão diária: Preventiva: 1g/dia; Terapêutica: 4g/dia (hipertrigliceridemia resistente aos fibratos, após esgotadas as medidas para mudança de estilo de vida). Lancet 199; vol. 354, n. 917: 447-455 III NCEP /2001 JAMA 2001; 285:2486-97. Concentração de ômega-3 em animais marinhos: Alimento g ômega-3/100g Cavala 1,8 – 5,1 Arenque 1,2 – 3,1 Sardinha 1,7 Salmão 1,0 – 1,4 Atum 0,5 – 1,6 Truta 0,5 – 1,6 Camarão 0,2 – 0,5 Lagosta 0,3 – 0,4 Bacalhau 0,2 – 0,3 Linguado 0,2 Benefícios do ômega-3 na prevenção de DAC: Melhora do perfil lipídico; ↓ pressão arterial; ↓ agregação plaquetária; ↓ a viscosidade do sangue; ↓ pool circulante de catecolaminas; ↑ relaxamento do endotélio. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 173 Paradoxo Francês Apesar de consumirem quantidades elevadas de ácidos graxos saturados, sabidamente aterogênicos, os franceses apresentam um dos índices de doenças cardiovasculares mais baixos do mundo. Polifenois Processo oxidativo Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 174 Flavonoides: São compostos polifenolicos; Ação antioxidante: ↓ da oxidação da fração LDL-c. Zutphen Elderly Study: Flavonoides média: 25mg/dia; Fonte: chá, cebola e maçã; ↓ morte cardiovascular AVC. Fontes São uma das maiores classes de metabólitos derivados das plantas. São compostos fenólicos subdivididos em diversas famílias, dentre as quais, os flavonoides. São substâncias que quimicamente têm a capacidade de serem doadoras de elétrons, o que as confere propriedades antioxidantes. Catequinas (flavonoides) e fenois: vinho tindo e suco de uva, chá verde e preto, chocolate. Antocianinas: amora e uva. Bioflavonoides: frutas cítricas, alho e cebola. Curcumina: açafrão-da-terra, mostarda e milho. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 175 Chá verde Café e infarto do miocárdio (N. Engl. J. Med. 1973; 289: 63-7). Flavonoides antioxidantes dietéticos e o risco de doença cardíaca coronária. (Lancet 1993; 342:1007-11). Flavonoidres dietéticos, vitaminas antioxidantes, e incidência de AVC. (Arc. Intern. Med 1996; 156:637-42). Necessidade de confirmação em estudos in vivo: o Rápido tempo de metabolização dos compostos fenólicos; o Influência de diversas variáveis biológicas: Flora bacteriana intestinal; Absorção; Metabolização hepática; Interação com substâncias no plasma e nos tecidos. Estudos em humanos: o Indivíduos sadios: resultados contraditórios; Flavonoide intake and long term risk of coronary heart disease and cancer in the Seven Countries Study (Arch. Intern. Med. 1995; 155:381-6). Flavonoid intake and coronary cortality in Finland: a cohort study (BMJ 1996; 312:478-81). Consumo de chá: Xícaras Não usuários Menor 14 xíc./ semana Maior 14 Número 1019 615 266 Mortes (%) 191 (19) 86 (14) 37 (14) Mortes cardiovasculares (%) 141 (14) 67 (11) 26 (10) Pessoas/ ano 3747 2278 981 Evidências de estudos clínicos sugerem sua ação na prevenção de doenças cardiovasculares. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 176 Efficacy of a green tea extract rich in catechin polyphenols and caffeine in increasing 24h energy expenditure and fat oxidation in humans. Conclusão: parece haver umincremento no gasto energético diário com o consumo do chá verde decorrente de uma maior ativação do sistema nervoso simpático. Resultados independem da cafeína. Não limitado! Fitosterois Sementes (soja, gergelim); Óleos vegetais; Legumes; Verduras; Frutas. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 177 Fitosterois versus colesterol Precipitação do colesterol e dos fitoesterois: competição nos espaços das micelas. ↓ absorção de colesterol - ↓ níveis plasmáticos de colesterol. Recomendação: A ingestão de 3g – 4g/dia pode ser utilizada como adjuvante ao tratamento hipolipemiante. Vitaminas Estudos n Vit. Efeito Iowa Women’s 34486 C + E Sem efeito ATBC 22071(H) B+E ↑ mort. DAC CARET 18314(H) B+A ↑ câncer Physicians 22071(H) B Sem efeito CHAOS 2002(H) E ↓ IAM não fatal Gissi 11324(M/H) E Sem efeito HOPE 9400(M/H) E Sem efeito Conclusão: não há evidência de que vitaminas antioxidantes previnam manifestações clínicas da aterosclerose, portanto essas não são recomendadas. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 178 Fitoestrógenos Proteína de soja e lípides Meta-análise (38 estudos) Efeitos hipolipemiantes dos fitoestrógenos: possíveis mecanismos ↑ excreção de ácidos biliares; ↑remoção das LDL e VLDL pelos hepatócitos. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 179 Benefícios: ↓ colesterol total; ↓ oxidação das LDL; ↓ lesões ateroscleróticas; ↓ agregação plaquetária; ↓ expressão da ICAM-1 e VCAM-1; ↓ proliferação neoplásica; ↓ perda óssea. Recomendação: Proteína de soja: 25g/dia como parte de uma dieta com baixos teores de colesterol e gordura saturada. Na prática: Para atingir 40mg de isoflavonas/dia é necessário consumir: 57g de soja cozida – 2 a 3 colheres de sopa; 1 litro de leite de soja; 60g de carne de soja – 1 bife pequeno ou 2 colheres picado; 80g de tofu – 02 fatias médias. Fibras solúveis – Fontes Polpa de frutas; Aveia e farelo de aveia (beta glucana); Legumes; Leguminosas (parte interna de feijões); Guar parcialmente hidrolisado. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 180 Mecanismos de ação das fibras dietéticas e seus benefícios sobre os fatores de risco cardiovasculares: Fibra solúvel – 5g ↓ transporte e absorção de lipídeos (colesterol); ↓ níveis séricos de CT e frações, exceto HDL-c (-10%). Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 181 Exemplo de cardápio Desjejum Leite desnatado com café Pão integral Margarina com fitosterol Mamão Fibras Fitosterol Fibras/beta caroteno Almoço Arroz Feijão Filé de frango cebolado Abobrinha sauté Salada de folhas variadas Salada de frutas Suco de uva Fibras Flavonoides Fitosterol Fibras Fibras Flavonoides Lanche Chá verde Torrada com requeijão light Flavonoides Jantar Macarrão ao sugo com almôndega de soja Legumes refogados Maçã Suco de laranja Fitoestrogenos Fibras Flavonoides/Fibras Vitaminas C Desjejum Bebida de soja Pão Francês com margarina Salada de frutas com aveia Fitoestrogenos Vitaminas/Fibras Almoço Arroz Feijão Peixe grelhado Cenoura sauté Salada de folhas Suco de abacaxi Goiaba Fibras Ômega-3 Betacaroteno/Fitoesterol Fibras Vitamina C Flavonoides/Fibras Lanche Iogurte desnatado com granola Fibras Jantar Sanduíche de pão integral com berinjela e queijo branco Gelatina Refresco de chá preto com limão Flavonoides/Fibras Flavonoides Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 182 Sedentarismo: Altamente prevalente no mundo moderno; Facilidades tecnológicas; Relacionado ao conceito de conforto; 300.000 mortes/ano nos EUA; 70 a 80% dos norte-americanos são sedentários. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 183 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 184 Oficina de nutrição Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 185 Gorduras Tipos de gorduras BENÉFICAS: Insaturadas (monoinsaturadas, poli-insaturadas) Esses 2 tipos de gorduras insaturadas têm um efeito positivo para a saúde. Ajuda a diminuir o nível de colesterol no sangue. O corpo necessita de gorduras para que o corpo absorva as vitaminas A, D, E e K. Monoinsaturadas podem ser encontradas nos seguintes alimentos: abacate, óleo de canola, azeite de oliva, óleo de girassol, óleo de gergelim e óleo de amendoim. Poli-insaturadas podem ser encontradas nos seguintes alimentos: peixes e frutos do mar (Ômega-3, 6, 9), soja, óleo de peixe e grãos. Tipos de gorduras PREJUDICIAIS: Saturadas: Gorduras relacionadas com o aumento de problemas cardíacos. Aumenta o colesterol e abaixa o HDL. Encontradas nos seguintes alimentos: óleo e derivados de coco, bacon, banha de porco, óleo de algodão, óleo de palma (dendê), carnes gordurosas e laticínios integrais. Gorduras Trans: As gorduras trans são encontradas em produtos industrializados, após um processo de hidrogenação de óleos vegetais, como acontece com a margarina. A gordura trans deve ser evitada, pois estudos indicam que o consumo de gorduras trans em maiores quantidades está ligado ao desenvolvimento de doenças do coração. Contra filé cru Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 186 Contra filé empanado Sobrecoxa SEM pele assada Sobrecoxa COM pele assada Linguiça toscana crua Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 187 Linguiça toscana grelhada TN - Dislipidemia Orientações para redução do LDL-c (mudanças quali-quantitativas). Grupos Alimentares Alimentos Recomendados Alimentos - Uso Moderado Alimentos – Para Evitar CEREAIS Pão Integral, cereais integrais, arroz integral, massas integrais Arroz branco, massas em geral (sem recheio) Croissant e Brioche LATICÍNIOS Leite desnatado; Queijos magros ex. queijo fresco; queijo branco, requeijão; light, cream cheese light, iogurte desnatado / 0% de gordura. Leite semidesnatado; Leite integral, leite condensado, natas, queijos amarelos, iogurtes integrais SOPAS Caldos; Sopas de Vegetais --- Sopa creme, sopa com bacon e linguiça CARNE DE BOI E AVES Peru, Frango, Lombo, Peixes , hambúrguer de peru Carne de boi, salsicha de frango, salsicha de peru, linguiça de frango. Carne, frango e peixe fritos, costela, cordeiro, pato, linguiça, salsicha. FRUTOS DO MAROstras, Vieiras, Polvo, Lula Lagosta, Lagostim, Mexilhão Camarão GORDURAS Azeite de oliva, óleo de linhaça, óleo de noz pecã, óleo de semente de uva, óleo de canola, óleo de girassol Óleo de milho, óleo de soja Manteiga, Toucinho, Banha, Óleo de Palma, Margarinas, Manteiga, Gordura Hidrogenada. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 188 FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES Todos --- Atenção ao modo de preparo: evitar couve flor À milanesa, por exemplo SOBREMESAS Sorvete à base de água ou iogurte (não a base de leite gordo), Gelatinas, Pudins com leite magro; Salada de fruta, chocolate com 70% de cacau, chocolate de soja, doces a base de frutas (ex. goiabada) Bolos simples: laranja, fubá, iogurte, maracujá Sorvetes de massa ou picolé a base de leite, cremes, bombas, sonhos, chocolates, bolos com recheios cremosos TN - Hipertensão Ingestão de sódio entre 2000mg/dia; Princípios da dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension); Abundância no consumo de hortaliças diversificadas; Variedade de frutas/ dia; Preferência por cereais integrais e leguminosas; Inclusão de oleaginosas à rotina alimentar; Redução no consumo de sódio/sal, produtos industrializados e doces. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 189 • Incentivar o uso de especiarias / temperos naturais: alho, cebola, salsa, cebolinha, cominho, coentro, noz moscada... • Evitar conservas (azeitonas, picles...), enlatados, alimentos concentrados em pó (sopas, temperos), caldos em cubos, embutidos (salsicha, mortadela, linguiça, salame, presunto...); • Orientar sobre a leitura do rótulo. Sódio • Em grandes quantidades o sódio pode elevar a pressão arterial. • Está presente em vários alimentos, como enlatados, embutidos, frutos do mar, caldos e defumados. • Para diminuir a quantidade de sal nos alimentos, deve-se utilizar as ervas aromáticas, pois elas realçam o sabor. Recomendações: Segundo a Organização Mundial de Saúde, a recomendação de sal ao dia para um adulto é de no máximo 5 gramas. 1g sal = 400mg sódio Teor máximo de consumo de sódio /dia = 2000 mg TEOR DE SÓDIO em 100g DE ALIMENTO: Alto teor > 1000mg Moderado teor < 1000mg Baixo teor <200mg Baixíssimo teor <35 mg Teor desprezível < 5mg Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 190 Sódio nos alimentos: Alimento Porção Medida caseira Sódio Biscoito cream cracker 30g 6 biscoitos 90mg Biscoito água e sal 30g 6 biscoitos 317mg Caldo de carne 9,5g 1 tablete 2080mg Caldo de galinha 4,75g ½ tablete 1014mg Linguiça calabresa 60g 1 unidade 780mg Linguiça de frango 50g 1 unidade 487mg Macarrão instantâneo carne 90g 1 pacote 2080mg Macarrão instantâneo legumes 90g 1 pacote 2090mg Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 191 Caldo de carne X Caldo de carne light Porção de 8 g - 1 Cubo Sódio: 2260 mg Porção de 8 g - 1 Cubo Sódio: 1924 mg 25 Kcal Carboidrato: 1 g Proteína: 0 g Lipídeo: 2 g 0 Kcal Carboidrato: 1,4 g Proteína: 0g Lipídeo: 0 g RECEITA: MIX DE ERVAS Ingredientes: 2 colheres de chá de alho em pó 1 colher de chá de manjericão 1 colher de chá de orégano 1 colher de chá de raspa de limão ralada Preparo: Bater os ingredientes no liquidificador. Armazenar em um recipiente para sal e utilizar como substituto deste na hora de temperar os alimentos. Dica: Acrescentar alguns grãos de arroz para evitar que fique empedrado. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 192 Rotulagem nutricional Alimentação saudável. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 193 Diet versus light Chocolate tradicional X Chocolate diet Porção de 25 g - 4 Quadradinhos Carboidrato: 13 g Porção de 25 g - 4 Quadradinhos Carboidrato: 12 g 137 Kcal Lipídeo: 8,5 g Proteína: 1,7g Sódio: 15 mg 129 Kcal Lipídeo: 9,9 g Proteína: 1,6 g Sódio: 9,7 mg Alimentos Light • São aqueles que apresentam a quantidade de algum nutriente ou valor energético reduzida quando comparado a um alimento convencional. São definidos os teores de cada nutriente e ou valor energético para que o alimento seja considerado light. Por exemplo, iogurte com redução de 30% de gordura é considerado light. Alimentos Diet • São os alimentos especialmente formulados para grupos da população que apresentam condições fisiológicas específicas. Como por exemplo, geléia para dietas com restrição de açúcar. São feitas modificações no conteúdo de nutrientes, adequado-os a dietas de indivíduos que pertençam a esses grupos da população. Apresentam na sua composição quantidades insignificantes ou são totalmente isentos de algum nutriente. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 194 Achocolatado light X Achocolatado tradicional Porção de 20 g – 2 Colheres de Sopa Carboidrato: 16,2 g Porção de 20 g – 2 Colheres de Sopa Carboidrato: 19 g 74 Kcal Lipídeo: 0 g Proteína: 1,2 g Sódio: 50 mg 80 Kcal Lipídeo: 0,0 g Proteína: 0,5 g Sódio: 28 mg Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 195 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 196 Controle glicêmico • No Brasil e no resto do mundo: controle da glicemia ainda é bastante precário. • Estudo brasileiro recente: 6.700 pacientes diabéticos do tipo 1 (DM1) e do tipo 2 (DM2), distribuídos por 10 cidades, em 8 Estados e no Distrito Federal. Como controlar o diabetes? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 197 Por que controlar? Alimentação Exercício físico Controle da glicemia Medicamentos Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 198 Complicações crônicas Determinantes: • Duração do diabetes; • Grau de controle metabólico; • Susceptibilidade genética; • Tabagismo; • Etilismo; • Hipertensão Arterial. A1C DCCT 9.1% - 7.3% Kumamoto 9.4% - 7.1% UKPDS 7.9% - 7.0% Retinopatia ↓ 63% ↓ 69% ↓ 17% - 21% Nefropatia ↓ 54% ↓ 70% ↓ 24% - 33% Neuropatia ↓ 60% Melhora significante - Doença Macrovascular ↓ 41% - ↓ 16% *Not statistically significant DCCT Research Group. N Engl J Med. 1993;329:977-986. Ohkubo Y, et al. Diabetes Res Clin Pract. 1995;28:103-117. UKPDS Group. Lancet. 1998;352:837-853. Avaliação do controle glicêmico Metas Terapêuticas para o Controle Glicêmico, Conforme Recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes e da American Diabetes Association Parâmetro laboratorial Metasterapêuticas SDB ADA Hemoglobina Glicada (A1C) <7,0% <7% Glicemia de Jejum <110 90-130 Glicemia pré-prandial <110 90-130 Glicemia pós-prandial (2h) <160 <180 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 199 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 200 Antidiabéticos orais: mecanismos de ação Plano alimentar versus controle glicêmico Plano alimentar individualizado Normoglicemia Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 201 Plano alimentar versus diário glicêmico Hipoglicemia Será que o paciente não realizou a última refeição? Não realizou os lanches intermediários? Está inapetente? O padrão alimentar das refeições está adequado? Fez uso de bebida alcoólica? Hipoglicemia: como tratar? 15g de carboidrato de rápida absorção. Amenizar fatores que possam causar complicações agudas. Água c/1 col. sopa açúcar ou 5 torrões. 1 col. de sopa ou 3 sachês Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 202 Obs: Se houver necessidade adiantar a próxima refeição. Hiperglicemia O paciente se alimentou muito na refeição anterior? A refeição foi realizada fora do horário determinado? A alimentação do paciente está fora do padrão alimentar usual? Houve um excesso de consumo de carboidratos ? Ele se alimentou pela madrugada? O paciente está submedicado? A monitorização foi realizada no horário correto? 6 unidades ou 4 unidades 1 sachê de glicose 5 pastilhas 1 copo de 150/200ml Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 203 Contribuição da glicose pós prandial para o nível de A1c Contagem de carboidratos Utilizada desde 1935 na Europa e foi uma das estratégias utilizadas no Diabetes Control and Complications Trial (DCCT). A partir do relatório da ADA, em 1994, passou a ser recomendada como mais uma ferramenta nutricional. No Brasil começou a ser utilizada de forma isolada em 1997, e, hoje, vários grupos têm utilizado a contagem de carboidratos. The role of diet behaviors in achieving improved Glycemic control in intensivel treated patients in the Diabetes Control and Complications Trial – DCCT 623 Indivíduos - Contagem de Carboidratos; Ajuste da insulina em resposta ao tamanho da refeição; Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 204 Adesão > 90% ao plano alimentar prescrito; Redução 0,9% Hb1Ac; Rápido tratamento da hiperglicemia; Evitar o supertratamento da hipoglicemia. Método que permite ajustar a dose de insulina de acordo com a quantidade de carboidrato que você deseja ingerir → normoglicemia. O que é contagem de carboidratos? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 205 E os outros nutrientes? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 206 Como começar? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 207 Orientação profissional: Avaliação do estado nutricional; Definição do Valor Calórico Total (VCT); Definição dos gramas de carboidratos e divisão por refeição; Definição do tipo de metodologia a ser aplicada. OBJETIVO: atingir melhor controle metabólico e melhora na QUALIDADE DE VIDA! Metodologia Rótulos; Tabelas de composição dos alimentos; Soma da quantidade (em gramas) de CHO de cada refeição. ATENÇÃO: peso (g) do alimento ≠ total de CHO 1 fatia (60g) = 30g/CHO Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 208 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 209 Lista de substituição das escolhas 01 porção de carboidrato = 15g A quantidade em carboidrato por porção é quem determinará a equivalência da substituição. Substituições: Grupo CHO Quantidades Substituto Pães 15g 01 fatia de pão de forma, ½ pão francês 03 colheres de sopa de arroz 01 Leite 12g 01 copo (240ml) de leite 01 copo de iogurte natural 01 Fruta 15g 01 maçã pequena 01 copo (150ml) de salada de frutas 01 Vegetais 05g 01 pires chá cru 02 colheres de sopa cozido 00 Carne 0g -- 00 Gorduras 0g -- 00 08 – 22 g = 01 substituição Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 210 Exemplo de substituição de carboidratos 1 copo 200ml = 1 substituição 1 xícara de café = -- 1 unidade = 2 substituições 1 unidade pequena = 1 substituição 1 fatia = -- 1 colher de sopa = -- Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 211 Alimento Substituição 1 copo de leite integral 200ml 01 1 xícara de café com adoçante 00 1 pão francês 02 1 colher de sopa margarina 00 1 maçã 01 1 fatia de queijo 00 TOTAL EM GRAMAS 04 1 copo 200ml = 10g 1 xícara = 0g 1 unidade = 30g 1 colher de sopa = 0 1 unidade pequena = 10g 1 fatia = 0g Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 212 Alimento Gramas 1 copo de leite integral 200ml 10g 1 xícara de café com adoçante 00 1 pão francês 30g 1 colher de sopa margarina 00 1 maçã 10g 1 fatia de queijo 00 TOTAL EM GRAMAS 50g Análise dos métodos de contagem de carboidratos Alimento Substituição 1 copo de leite integral 200ml 01 1 xícara de café com adoçante 00 1 pão francês 02 1 colher de sopa margarina 00 1 maçã 01 1 fatia de queijo 00 TOTAL EM GRAMAS 04 Alimento Gramas 1 copo de leite integral 200ml 10g 1 xícara de café com adoçante 00 1 pão francês 30g 1 colher de sopa margarina 00 1 maçã 10g 1 fatia de queijo 00 TOTAL EM GRAMAS 50g 04 Substituições = 4 x 15g = 60g CHO Total de carboidratos = 50g Maior precisão Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 213 Insulinoterapia Intensiva ou Basal-Bolus É o tratamento que tenta imitar o funcionamento do pâncreas, com monitorização frequente da glicemia para determinar a quantidade de Insulina a ser aplicada. Perfis de ação das insulinasGlicose Insulina Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 214 Secreção normal de insulina Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 215 Produção de insulina basal: • Corresponde a 50% da produção total; • Ação inibitória da gliconeogenese e da lipólise; • Mantém a glicemia de jejum e inter-prandial. Secreção prandial da insulina: bolus • Cobre a refeição e corresponde a 50% da necessidade de insulina. Esquema de insulina basal-bolus Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 216 Esquema bolus: insulina R ou UR Conceitos na contagem de carboidratos Bolus de Alimentação: é a quantidade de insulina rápida ou ultrarrápida necessária para cobrir os CHO. Fator de Sensibilidade (FS): quanto uma unidade de insulina rápida ou ultrarrápida reduz a glicemia. Bolus de Correção: é o cálculo para determinar a dose necessária de insulina para correção da hiperglicemia. Bolus de alimentação I – regra geral: Adultos: 1 unidade de insulina rápida ou ultrarrápida cobre 15g CHO. Crianças: 1 unidade de insulina rápida ou ultrarrápida cobre 20 - 30g CHO. II - regra 550: Crianças: nesta regra, divide-se 500 pela dose total de insulina administrada nas 24 horas. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 217 É NECESSÁRIO SABER: METAS GLICÊMICAS: Pré e pós-refeição FS: Quanto 1 UI de insulina reduz a glicemia II – Peso corporal Peso (Kg) Unidade/ g CHO 45 - 49 1:16 49,5 - 58 1:15 58,5 – 62,5 1:14 63 – 67 1:13 67,5 - 76 1:12 76,5 – 80,5 1:11 81 - 85 1:10 85,5 – 89,5 1:9 90 – 98,5 1:8 99 – 107,5 1:7 >108 1:6 Bolus de correção É o cálculo para determinar a dose necessária de insulina para correção da hiperglicemia. Quando Utilizar: • Situação de hiperglicemia. O que é necessário: • Definição de metas pré e pós prandial; • Total de insulina/dia; • Definição do fator sensibilidade. Como calcular: Hiperglicemia documentada – Meta de glicemia Fator de Sensibilidade Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 218 Fator de Sensibilidade (FS) Davidson PCBolus and Suplemental insulin. The insulin Pump Theraphy Book, 1995: 59-71. Discussão de caso Lucas Idade: 9 anos Diabetes tipo 1: 3 anos Peso: 30kg Estatura: 1,36m IMC: 16,2kg/m2 Percentil: 50 Tratamento atual: 24U Glargina + Asparte de acordo com a prescrição abaixo: Bolus de Alimentação: 1U Asparte para cada 10g de carboidratos Fator de Sensibilidade: 50 (Corrigir as glicemias acima de 150mg/dl) Meta de glicemia em Jejum: 100mg/dl Lucas acordou com uma glicemia de 250mg/dl. Insulina UR 1800 DTID Exemplo: 30 NPH + 6UR/dia FS: 1800 = 50 36 Insulina R 1500 DTID Exemplo: 30 NPH + 6R/dia FS: 1500 = 41 36 OU Quantas unidades de insulina Asparte deverá ser aplicada no café da manhã para correção da glicemia e alimentação? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 219 Na prática... 50g Carboidratos = 50 = 5U (Alimentação) 10g 10 Glicemia atual – meta = 250 – 100 = 3U (Glicemia) FS 50 Café da manhã: 50g CHO Bolus de Alimentação 1U para cada 10g CHO Glicemia 250mg/dl Bolus de Correção FS: 50 Dose total de insulina UR ou R: 8U E a cirurgia? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 220 O paciente deve estar bem orientado, no sentido de que: • A cirurgia bariátrica é um procedimento complexo, comportando riscos cirúrgicos; • Necessidade de aderência ao programa durante muito tempo, para que os resultados gerais sejam satisfatórios. • A cirurgia bariátrica, demanda um acompanhamento nutricional diferenciado dos tratamentos convencionais para perda de peso. O objetivo maior é proporcionar: • Emagrecimento rápido e consistente, respeitando a nova fisiologia gástrica e intestinal. • Fazer o cliente se acostumar a ingerir a quantidade e a consistência ideal de cada alimento, buscando a saciedade (satisfação), sem prejuízo nutricional. Só que esse processo não acontece de uma hora para outra. No começo, o impacto visual de ver a comida sumir do prato é um grande desafio. É preciso um trabalho em equipe. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 221 Equipe Interdisciplinar Abordagens Integradas das Áreas de Atuação Aspectos nutricionais Escolhas compartilhadas; Fornecer suporte nutricional: as diretrizes auxiliam na melhora da entrega e redução das complicações; Orientar as decisões práticas dentro da equipe; Reduzir as variações na prática; Melhorar a qualidade; A educação alimentar tem como objetivo, construir uma alimentação saudável, sem deixar de lado o que faz parte da cultura de cada indivíduo; Educação alimentar, e não reeducação alimentar; EDUCAÇÃO é mais constante, não derruba o que é feito pelo indivíduo, apenas modifica algumas atitudes e valorizam outras. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 222 Ensino aprendizagem Educação nutricional – obesidade • Vínculo entre paciente e profissional (e/ou familiares e cuidadores); • Autonomia e Independência; • Estímulo ao auto-cuidado: estratégia educativa, onde o profissional é facilitador do processo de mudança (Cervato et al, 2005); • Orientação à família e cuidadores: envolvimento ao tratamento; • Individualização do processo; • Estabelecer metas reais e acessíveis; • Promover reforço positivo = os pequenos ganhos; • Valorizar os cuidadores e familiares envolvidos; • Desmistificar tabus / mitos alimentares; • Estimular novos sabores = estabelecer desafios / negociações • Repetir, repetir, repetir! Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om 223 Não existe fórmula mágica para perder peso... É necessário uma mudança no hábito de vida a partir de uma REEDUCAÇÃO ALIMENTAR! Prevenir é melhor que tratar! REFERÊNCIAS NASCIMENTO, I. B.; FLEIG, R.; SILVA, J. C. Relação entre obesidade e estresse no ambiente ocupacional: fundamentos sobre causas e consequências. R. bras. Qual. Vida, Ponta Grossa, v. 8, n. 4, p. 296-311, out./dez. 2016. ARAÚJO, M. F. M. et al. Obesidade infantil: uma reflexão sobre dinâmica familiar numa visão etnográfica. Rev. RENE, v. 7, n. 1, p. 103-108, 2006. Trabalho em equipe Orientação Planejamento Educação Monitorização Adaptação Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Flávia Aparecid a Pico li E-m ail: f lavin hapico li@ gmail.c om