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Cálculo Diferencial e Integral IV Anderson Cruz Curso: Bacharelado em Ciências Exatas e Tecnológicas Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas 2023.1 Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 1 / 37 1 Superfícies Parametrizadas e suas Áreas 2 Integral de Superfície de Campos Escalares 3 Integrais de Superfície de Campos Vetoriais Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 2 / 37 Superfícies Parametrizadas e suas Áreas Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 3 / 37 Definição Até agora temos considerado tipos especiais de superfícies: cilindros, superfícies quádricas, gráficos de funções de duas variáveis e superfícies de nível de funções de três variáveis. Aqui, usaremos funções vetoriais para descrever superfícies mais gerais, chamadas superfícies parametrizadas e calcularemos suas áreas. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 4 / 37 Definição Definição 1 (Superfícies Parametrizadas) Suponhamos que r(u, v) = x(u, v)i + y(u, v)j + z(u, v)k seja uma função a valores vetoriais definida sobre uma região D do plano uv. Então x, y e z, os componentes de funções de r, serão funções das duas variáveis u e v com domínio D. O conjunto de todos os pontos (x, y, z) ∈ R3 tal que x = x(u, v) y = y(u, v) z = z(u, v) e (u, v) varia ao longo de D, é chamado de superfície parametrizada S e as equações acima são chamadas equações parametrizadas de S. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 5 / 37 Superfícies Parametrizadas Superfícies Parametrizadas Cada escolha de u e v resulta um ponto em S; fazendo todas as escolhas, temos todos os pontos de S. Em outras palavras, a superfície é traçada pela ponta do vetor posição r(u, v) enquanto (u, v) se move ao longo da região D. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 6 / 37 Parametrização Definição 2 (Superfícies Parametrizadas) Seja S ⊂ R3 uma superfície. Definimos uma Parametrização de S como uma função r : D ⊂ R2 → R3 tal que r(D) = S e dada por r(u, v) = (x(u, v), y(u, v), z(u, v)), onde x, y, z : D ⊂ R2 → R são chamadas funções coordenadas de r. Cada escolha de u e v resulta um ponto em S; fazendo todas as escolhas, temos todos os pontos de S. Dito de outro modo, S é traçada pela ponta do vetor posição r(u, v) à medida que (u, v) se move ao longo da região D. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 7 / 37 Parametrização Definição 2 (Superfícies Parametrizadas) Seja S ⊂ R3 uma superfície. Definimos uma Parametrização de S como uma função r : D ⊂ R2 → R3 tal que r(D) = S e dada por r(u, v) = (x(u, v), y(u, v), z(u, v)), onde x, y, z : D ⊂ R2 → R são chamadas funções coordenadas de r. Cada escolha de u e v resulta um ponto em S; fazendo todas as escolhas, temos todos os pontos de S. Dito de outro modo, S é traçada pela ponta do vetor posição r(u, v) à medida que (u, v) se move ao longo da região D. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 7 / 37 Exemplos Exemplo 1 (Superfícies dadas pelo gráfico de uma função) Recordemos que o gráfico, Gr(f), de uma função f : D ⊂ R2 → R é dado por Gr(f) = {(x, y) ∈ D; (x, y, f(x, y)) ∈ R3}. Uma parametrização r para este tipo de superfície é dada por r(x, y) = (x, y, f(x, y)), ∀ (x, y) ∈ Dom(f), de modo que r(D) = Gr(f). 1 (Paraboloide Circular: z = f(x, y) = a2(x2 + y2), a uma constante) Uma parametrização para esta superfície é dada por r(x, y) = (x, y, a2(x2 + y2)), (x, y) ∈ R2. 2 (Paraboloide Hiperbólico: z = g(x, y) = b2(x2 − y2), b uma constante) Uma parametrização para esta quádrica é dada por r(x, y) = (x, y, b2(x2 − y2)), (x, y) ∈ R2. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 8 / 37 Exemplos Exemplo 1 (Superfícies dadas pelo gráfico de uma função) Recordemos que o gráfico, Gr(f), de uma função f : D ⊂ R2 → R é dado por Gr(f) = {(x, y) ∈ D; (x, y, f(x, y)) ∈ R3}. Uma parametrização r para este tipo de superfície é dada por r(x, y) = (x, y, f(x, y)), ∀ (x, y) ∈ Dom(f), de modo que r(D) = Gr(f). 1 (Paraboloide Circular: z = f(x, y) = a2(x2 + y2), a uma constante) Uma parametrização para esta superfície é dada por r(x, y) = (x, y, a2(x2 + y2)), (x, y) ∈ R2. 2 (Paraboloide Hiperbólico: z = g(x, y) = b2(x2 − y2), b uma constante) Uma parametrização para esta quádrica é dada por r(x, y) = (x, y, b2(x2 − y2)), (x, y) ∈ R2. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 8 / 37 Exemplos Exemplo 1 (Superfícies dadas pelo gráfico de uma função) Recordemos que o gráfico, Gr(f), de uma função f : D ⊂ R2 → R é dado por Gr(f) = {(x, y) ∈ D; (x, y, f(x, y)) ∈ R3}. Uma parametrização r para este tipo de superfície é dada por r(x, y) = (x, y, f(x, y)), ∀ (x, y) ∈ Dom(f), de modo que r(D) = Gr(f). 1 (Paraboloide Circular: z = f(x, y) = a2(x2 + y2), a uma constante) Uma parametrização para esta superfície é dada por r(x, y) = (x, y, a2(x2 + y2)), (x, y) ∈ R2. 2 (Paraboloide Hiperbólico: z = g(x, y) = b2(x2 − y2), b uma constante) Uma parametrização para esta quádrica é dada por r(x, y) = (x, y, b2(x2 − y2)), (x, y) ∈ R2. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 8 / 37 Exemplos Exemplo 2 (Superfícies de Revolução) Seja S a superfície gerada pela rotação da curva γ(x) = (x, f(x)), x ∈ [a, b] e f(x) ≥ 0, em torno do eixo-x. Uma parametrização r para este tipo de superfície é dada por r(x, θ) = (x, f(x) cos θ, f(x) sen θ), onde x, f : [a, b]→ R são funções contínuas, f(x) ≥ 0, ∀ x ∈ [a, b] e θ ∈ [0, 2π]. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 9 / 37 Exemplos Exemplo 3 (Esferas) Considere a esfera S = {(x, y, z) ∈ R3; x2 + y2 + z2 = a2, a > 0}. Uma parametrização para a esfera pode ser obtida usando coordenadas esféricas, ∀ (φ, θ) ∈ [0, π]× [0, 2π], r(φ, θ) = (a senφ cos θ, a senφ sen θ, a cosφ). Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 10 / 37 Exemplos Exemplo 3 (Esferas) Considere a esfera S = {(x, y, z) ∈ R3; x2 + y2 + z2 = a2, a > 0}. Uma parametrização para a esfera pode ser obtida usando coordenadas esféricas, ∀ (φ, θ) ∈ [0, π]× [0, 2π], r(φ, θ) = (a senφ cos θ, a senφ sen θ, a cosφ). Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 10 / 37 Exemplos Exemplo 4 (Cilindros) Se a curva C, diretriz do cilindro, é parametrizada por γ(t) = (x(t), y(t)), t ∈ I ⊂ R, então uma parametrização para o cilindro, ao longo do eixo-z, é dada por: r(t, z) = (x(t), y(t), z), (t, z) ∈ I × R. 1 Se C é uma elipse dada por γ(t) = (a cos t, b sen t), t ∈ [0, 2π] e a, b 6= 0, então uma parametrização para o cilindro elíptico ao longo do eixo-z é dada por r(t, z) = (a cos t, b sen t, z), (t, z) ∈ [0, 2π]× R. 2 Se C é uma parábola dada por γ(t) = (t, ct2), t ∈ I ⊂ R e c 6= 0, então uma parametrização para o cilindro parabólico ao longo do eixo-z é dada por r(t, z) = (t, ct2, z), (t, z) ∈ I × R. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 11 / 37 Exemplos Exemplo 4 (Cilindros) Se a curva C, diretriz do cilindro, é parametrizada por γ(t) = (x(t), y(t)), t ∈ I ⊂ R, então uma parametrização para o cilindro, ao longo do eixo-z, é dada por: r(t, z) = (x(t), y(t), z), (t, z) ∈ I × R. 1 Se C é uma elipse dada por γ(t) = (a cos t, b sen t), t ∈ [0, 2π] e a, b 6= 0, então uma parametrização para o cilindro elíptico ao longo do eixo-z é dada por r(t, z) = (a cos t, b sen t, z), (t, z) ∈ [0, 2π]× R. 2 Se C é uma parábola dada por γ(t) = (t, ct2), t ∈ I ⊂ R e c 6= 0, então uma parametrização para o cilindro parabólico ao longo do eixo-z é dada por r(t, z) = (t, ct2, z), (t, z) ∈ I × R. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 11 / 37 Exemplos Exemplo 4 (Cilindros) Se a curva C, diretriz do cilindro, é parametrizada por γ(t) = (x(t), y(t)), t ∈ I ⊂ R, então uma parametrização para o cilindro, ao longo do eixo-z, é dada por: r(t, z) = (x(t), y(t), z), (t, z) ∈ I × R. 1 Se C é uma elipse dada por γ(t) = (a cos t, b sen t), t ∈ [0, 2π] e a, b 6= 0, então uma parametrização para o cilindro elíptico ao longo do eixo-z é dada por r(t, z) = (a cos t, b sen t, z), (t, z) ∈ [0, 2π]× R. 2 Se C é uma parábola dada por γ(t) = (t, ct2), t ∈ I ⊂ R e c 6= 0, então uma parametrização para o cilindro parabólico ao longo do eixo-z é dada por r(t, z) = (t, ct2, z), (t, z) ∈ I × R. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 11 / 37 Exemplos Observação1 (Cilindros) 1 À medida que mudamos a curva diretriz do cilindro, teremos outros formatos para a superfície. 1 Por exemplo, se a diretriz do cilindro é um círculo, obtemos o cilindro circular reto, que mais usamos, em geral. Neste caso, inclusive, podemos usar as coordenadas cilíndricas para parametrizá-lo. 2 No caso da função y(t) = a sen t, a 6= 0, se C é a curva dada por γ(t) = (t, a sen t), t ∈ I ⊂ R teremos um cilindro senoidal. 2 A parametrização vista no exemplo anterior descreve um cilindro ao longo do eixo-z. É claro que, com as devidas adaptações, teremos uma parametrização para cilindros ao longo do eixo-x e do eixo-y. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 12 / 37 Exemplos Observação 1 (Cilindros) 1 À medida que mudamos a curva diretriz do cilindro, teremos outros formatos para a superfície. 1 Por exemplo, se a diretriz do cilindro é um círculo, obtemos o cilindro circular reto, que mais usamos, em geral. Neste caso, inclusive, podemos usar as coordenadas cilíndricas para parametrizá-lo. 2 No caso da função y(t) = a sen t, a 6= 0, se C é a curva dada por γ(t) = (t, a sen t), t ∈ I ⊂ R teremos um cilindro senoidal. 2 A parametrização vista no exemplo anterior descreve um cilindro ao longo do eixo-z. É claro que, com as devidas adaptações, teremos uma parametrização para cilindros ao longo do eixo-x e do eixo-y. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 12 / 37 Exercícios Exercício 1 1 Identifique a superfície cuja equação paramétrica é r(u, v) = (2 senu, 3 cosu, v), onde 0 ≤ v ≤ 2. 2 Qual é a superfície que tem por parametrização r(u, v) = (v sen(2u), v2, v cos(2u))? Exercício 2 Determine uma parametrização para: 1 a parte do elipsoide x2 + 2y2 + 3z2 = 1 que está situada à esquerda do plano x0z. 2 a parte da esfera x2+ y2+ z2 = 16 que se encontra entre os planos z = −2 e z = 2. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 13 / 37 Exercícios Exercício 1 1 Identifique a superfície cuja equação paramétrica é r(u, v) = (2 senu, 3 cosu, v), onde 0 ≤ v ≤ 2. 2 Qual é a superfície que tem por parametrização r(u, v) = (v sen(2u), v2, v cos(2u))? Exercício 2 Determine uma parametrização para: 1 a parte do elipsoide x2 + 2y2 + 3z2 = 1 que está situada à esquerda do plano x0z. 2 a parte da esfera x2+ y2+ z2 = 16 que se encontra entre os planos z = −2 e z = 2. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 13 / 37 Exercícios Exercício 1 1 Identifique a superfície cuja equação paramétrica é r(u, v) = (2 senu, 3 cosu, v), onde 0 ≤ v ≤ 2. 2 Qual é a superfície que tem por parametrização r(u, v) = (v sen(2u), v2, v cos(2u))? Exercício 2 Determine uma parametrização para: 1 a parte do elipsoide x2 + 2y2 + 3z2 = 1 que está situada à esquerda do plano x0z. 2 a parte da esfera x2+ y2+ z2 = 16 que se encontra entre os planos z = −2 e z = 2. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 13 / 37 Exercícios Exercício 1 1 Identifique a superfície cuja equação paramétrica é r(u, v) = (2 senu, 3 cosu, v), onde 0 ≤ v ≤ 2. 2 Qual é a superfície que tem por parametrização r(u, v) = (v sen(2u), v2, v cos(2u))? Exercício 2 Determine uma parametrização para: 1 a parte do elipsoide x2 + 2y2 + 3z2 = 1 que está situada à esquerda do plano x0z. 2 a parte da esfera x2+ y2+ z2 = 16 que se encontra entre os planos z = −2 e z = 2. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 13 / 37 Planos Tangentes Superfícies Parametrizadas - Planos Tangentes Agora, nosso objetivo é determinar o plano tangente a uma superfície parametrizada S, determinada pela função vetorial r(u, v) = x(u, v)i + y(u, v)j + z(u, v)k, em um ponto P0 com vetor posição r(u0, v0). Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 14 / 37 Planos tangentes Superfícies Parametrizadas - Planos Tangentes Se mantivermos u constante usando u = u0, então r(u0, v) torna-se uma função vetorial do parâmetro único v e define uma curva da grade C1 em S. (Veja a Figura a seguir.) O vetor tangente a C1 em P0 é obtido tomando-se a derivada parcial de r em relação a v: rv = ∂x ∂v (u0, v0)i + ∂y ∂v (u0, v0)j + ∂z ∂v (u0, v0)k. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 15 / 37 Planos tangentes Superfícies Parametrizadas - Planos Tangentes Analogamente, se mantivermos v constante tomando v = v0, obteremos a curva da grade C2 dada por r(u, v0) que está em S, e cujo vetor tangente em P0 é ru = ∂x ∂u (u0, v0)i + ∂y ∂u (u0, v0)j + ∂z ∂u (u0, v0)k. Se ru × rv 6= 0, então a superfície S é dita suave (sem “bicos”). Definição 3 Para uma superfície suave, definimos o plano tangente como aquele que contém os vetores tangentes ru e rv e tem como vetor normal ru × rv. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 16 / 37 Planos tangentes Superfícies Parametrizadas - Planos Tangentes Analogamente, se mantivermos v constante tomando v = v0, obteremos a curva da grade C2 dada por r(u, v0) que está em S, e cujo vetor tangente em P0 é ru = ∂x ∂u (u0, v0)i + ∂y ∂u (u0, v0)j + ∂z ∂u (u0, v0)k. Se ru × rv 6= 0, então a superfície S é dita suave (sem “bicos”). Definição 3 Para uma superfície suave, definimos o plano tangente como aquele que contém os vetores tangentes ru e rv e tem como vetor normal ru × rv. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 16 / 37 Exercícios Exercício 3 Determine a equação do plano tangente T à superfície S no ponto dado: 1 S1 : r(u, v) = (u2 + 1, v3 + 1, u+ v), (5, 2, 3). 2 S2 : r(u, v) = (senu, cosu sen v, sen v), u = v = π 6 . Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 17 / 37 Exercícios Exercício 3 Determine a equação do plano tangente T à superfície S no ponto dado: 1 S1 : r(u, v) = (u2 + 1, v3 + 1, u+ v), (5, 2, 3). 2 S2 : r(u, v) = (senu, cosu sen v, sen v), u = v = π 6 . Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 17 / 37 Área da superfície Definição 4 (Área) Se uma superfície parametrizada suave S é dada pela equação r(u, v) = x(u, v)i + y(u, v)j + z(u, v)k, (u, v) ∈ D, e S é coberta uma única vez quando (u, v) abrange todo o domínio D dos parâmetros, então a área da superfície S é A(S) = ∫∫ D |ru × rv| dA, onde ru = ∂x ∂u i + ∂y ∂u j + ∂z ∂u k e rv = ∂x ∂v i + ∂y ∂v j + ∂z ∂v k. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 18 / 37 Área de Gráficos Observação 2 Se a superfície S é dada pelo gráfico de uma função então r(x, y) = (x, y, f(x, y)). Daí, rx = i + ( ∂f ∂x ) k, ry = j + ( ∂f ∂y ) k e rx × ry = ( −∂f ∂x ) i− ( ∂f ∂y ) j + k. Portanto, A(S) = ∫∫ D √ 1 + ( ∂f ∂x )2 + ( ∂f ∂y )2 dA. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 19 / 37 Área de superfícies de revolução Observação 3 Se a superfície S é de revolução e é dada por: r(x, θ) = (x, f(x) cos θ, f(x) sen θ), f(x) ≥ 0, ∀ x ∈ [a, b] e θ ∈ [0, 2π], então rx = i + f ′(x) cos θj + f ′(x) sen θk, rθ = −f(x) sen θj + f(x) cos θk e rx × rθ = f(x)f ′(x)i− f(x) cos θj− f(x) sen θk. Logo, A(S) = ∫∫ D f(x) √ 1 + [f ′(x)]2 dA = 2π ∫ b a f(x) √ 1 + [f ′(x)]2 dx. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 20 / 37 Exercícios Exercício 4 Considere a superfície S como sendo a parte de C : z = √ x2 + y2 que se encontra entre P1 : y = x e C2 : y = x2. Determine a área de S. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 21 / 37 Exercícios Exercício 5 1 Calcule a área do catenoide S gerado pela rotação da catenária γ(t) = ( t, a cosh ( t a )) , t ∈ [−b, b], a, b > 0 no semiplano superior, em torno do eixo-x. Resp.: aπ(2b+ a senh(2b/a)) 2 Ache a área do Helicoide, cuja parametrização é r(u, v) = (u cos v, u sen v, v), (u, v) ∈ [−1, 1]× [0, 2π]. Resp.: 2π( √ 2− ln( √ 2− 1)) Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 22 / 37 Exercícios Exercício 5 1 Calcule a área do catenoide S gerado pela rotação da catenária γ(t) = ( t, a cosh ( t a )) , t ∈ [−b, b], a, b > 0 no semiplano superior, em torno do eixo-x. Resp.: aπ(2b+ a senh(2b/a)) 2 Ache a área do Helicoide, cuja parametrização é r(u, v) = (u cos v, u sen v, v), (u, v) ∈ [−1, 1]× [0, 2π]. Resp.: 2π( √ 2− ln( √ 2− 1)) Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 22 / 37 Integral de Superfície de Campos Escalares Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 23 / 37 Integral de superfície Definição 5 (Integral de Superfície de Campos Escalares) Suponhamosque a superfície parametrizada suave S tenha equação vetorial r(u, v) = x(u, v)i + y(u, v)j + z(u, v)k sobre uma região D do plano uv. Dado um campo escalar f : R3 −→ R, cujo domínio contém S, a integral de superfície de f na superfície S é∫∫ S f(x, y, z) dS = ∫∫ D f(r(u, v))|ru × rv| dA, (1) onde f(r(u, v)) = f ( x(u, v), y(u, v), z(u, v) ) . Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 24 / 37 Observações Observação 4 A definição 1 permite calcular uma integral de superfície, convertendo-a em uma integral dupla sobre uma região D do plano uv. Existe uma analogia entre a equação (1) e a definição de integral de linha sobre uma curva. A área da superfície é obtida tomando f(x, y, z) = 1 na equação (1), isto é,∫∫ S 1 dS = ∫∫ D |ru × rv| dA = A(S). (2) Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 25 / 37 Exemplos Exemplo 5 Seja S uma esfera de raio 1 no espaço xyz com centro na origem. Calcule a integral de superfície ∫∫ S (x2 + z) dS. Resp: 4 3 π Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 26 / 37 Exemplos Exemplo 5 Seja S uma esfera de raio 1 no espaço xyz com centro na origem. Calcule a integral de superfície ∫∫ S (x2 + z) dS. Resp: 4 3 π Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 26 / 37 Integral de superfície sobre Gráficos Integral de Superfície dada como Gráfico Uma superfície S dada por z = g(x, y) pode ser escrita como r(x, y) = xi + yj + g(x, y)k sobre uma região D do plano xy. Assim, rx = i + gxk e ry = j + gyk. Portanto, a integral de f sobre S é∫∫ S f(x, y, z) dS = ∫∫ D f(x, y, g(x, y)) √ 1 + g2x + g2y dA. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 27 / 37 Integral de superfície sobre Gráficos Integral de Superfície dada como Gráfico Analogamente, se as equações das superfícies S e K forem respectivamente dadas por x = t(y, z) e y = h(x, z), então as integrais de f sobre S e K são∫∫ S f(x, y, z) dS = ∫∫ D1 f(t(y, z), y, z) √ 1 + t2y + t2z dA e ∫∫ K f(x, y, z) dS = ∫∫ D2 f(x, h(x, z), z) √ 1 + h2x + h2z dA. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 28 / 37 Exemplos Exemplo 6 Calcule a integral de superfície ∫∫ S (x2z2) dS, em que S é a parte do cone x2 + y2 = z2 entre os planos z = 1 e z = 2. (Dica: Use coordenadas polares para resolver a integral dupla) Resp: 21√ 2 π Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 29 / 37 Integrais de Superfície de Campos Vetoriais Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 30 / 37 Orientação Superfícies Orientadas Considere uma superfície S que tenha um plano tangente em qualquer ponto (x, y, z) no interior de S. Se for possível escolher um vetor normal unitário n em cada ponto (x, y, z) de modo que n varie continuamente sobre S, então S é chamada superfície orientada e a escolha dada de n indica uma orientação para S. Existem dois vetores normais unitários n e −n em cada ponto (x, y, z) de S. Como uma consequência, existem duas possíveis orientações para uma superfície orientada. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 31 / 37 Superfície não-orientada Faixa de Möbius A faixa de Möbius é um exemplo de superfície não-orientada! Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 32 / 37 Superfície dada como gráfico Vetor normal de Superfície dada como Gráfico Para uma superfície z = g(x, y) dada como o gráfico de g, temos a orientação induzida que é dada pelo vetor normal unitário n = −gxi− gyj + k√ 1 + g2x + g2y . A componente na direção k é positiva. Desta forma, dizemos que a orientação é positiva ascendente da superfície. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 33 / 37 Vetor normal Vetor normal de Superfície Orientada Suave Se S for uma superfície orientada suave dada na forma parametrizada pela equação vetorial r(u, v), então ela está associada à orientação do vetor normal unitário n = ru × rv |ru × rv| e a orientação oposta é dada por −n. Para uma superfície fechada (como esfera), 1 a convenção é que a orientação positiva é aquela para a qual os vetores normais apontam para fora; 2 os vetores normais que apontam para dentro correspondem à orientação negativa. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 34 / 37 Integral de superfície Definição 6 (Integral de Superfície de Campos Vetoriais) Seja F um campo vetorial contínuo definido sobre uma superfície orientada S com vetor normal unitário n. A integral de superfície (ou integral de fluxo) de F em S é∫∫ S F · dS = ∫∫ S F · n dS. (3) Observação 5 Em palavras, a integral de superfície de um campo vetorial sobre S é igual à integral de superfície de sua componente normal sobre S. Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 35 / 37 Observação Observação 6 1 Se S é uma função vetorial dada por r(u, v), então n = ru × rv |ru × rv| . Segue que a integral de superfície de F em S pode ser escrita como ∫∫ S F · dS = ∫∫ D F(r(u, v)) · (ru × rv) dA. (4) 2 No caso de uma superfície S dada por um gráfico z = g(x, y) e F=Pi + Qj + Rk, a integral fluxo de F em S pode ser definida por ∫∫ S F · dS = ∫∫ D (−Pgx −Qgy +R) dA. (5) Esta fórmula pressupõe uma orientação ascendente S, para uma orientação descendente, multiplique por −1. Além disso, fórmulas semelhantes podem ser estabelecidas se S é dada por y = h(x, z) ou x = t(y, z). Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 36 / 37 Exemplos Exemplo 7 Encontre o fluxo do campo vetorial F(x, y, z) = zk através da esfera x2 + y2 + z2 = a2 orientada para fora. Resp: 4 3 πa3 Exemplo 8 O campo de velocidades de um fluido é dado por F(x, y, z) = yi− xj+ 8k e a superfície S é a parte da esfera x2 + y2 + z2 = 9 que está acima da região D no plano xy, encerrada pela circunferência x2 + y2 = 4. Ache o fluxo de F através de S. Resp: 32π Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 37 / 37 Exemplos Exemplo 7 Encontre o fluxo do campo vetorial F(x, y, z) = zk através da esfera x2 + y2 + z2 = a2 orientada para fora. Resp: 4 3 πa3 Exemplo 8 O campo de velocidades de um fluido é dado por F(x, y, z) = yi− xj+ 8k e a superfície S é a parte da esfera x2 + y2 + z2 = 9 que está acima da região D no plano xy, encerrada pela circunferência x2 + y2 = 4. Ache o fluxo de F através de S. Resp: 32π Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 37 / 37 Exemplos Exemplo 7 Encontre o fluxo do campo vetorial F(x, y, z) = zk através da esfera x2 + y2 + z2 = a2 orientada para fora. Resp: 4 3 πa3 Exemplo 8 O campo de velocidades de um fluido é dado por F(x, y, z) = yi− xj+ 8k e a superfície S é a parte da esfera x2 + y2 + z2 = 9 que está acima da região D no plano xy, encerrada pela circunferência x2 + y2 = 4. Ache o fluxo de F através de S. Resp: 32π Anderson (UFRB) Cálculo IV 2023.1 37 / 37 Superfícies Parametrizadas e suas Áreas Integral de Superfície de Campos Escalares Integrais de Superfície de Campos Vetoriais