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Lista de Exercícios de Cálculo 3 Décima Semana Parte A 1. Use o teorema de Green para calcular a circulação anti-horária Γ e o fluxo exterior Φ para o campo de velocidades F e a curva C. (a) F = (x+ y)i− (x2 + y2)j e C : o triângulo limitado por y = 0, x = 1 e y = x. (b) F(x, y) = (x+ y3)i+ (x2 + y)j e C: consiste em um arco da curva y = sinx de (0, 0) a (π, 0) e o segmento de reta de (π, 0) a (0, 0). (c) F(x, y) = (y− ln(x2 + y2))i+ (2 arctan(y/x))j e C: é o círculo (x− 2)2 + (y− 3)2 = 1 orientado no sentido anti-horário. (d) F = xyi + y2j e C: é a curva que limita a região dada pelas curvas y = x e y = x2 no primeiro quadrante. (e) F = − sin yi + x cos yj e C: consiste no quadrado limitado pelas retas x = π/2 e y = π/2 no primeiro quadrante. 2. Use a integral de linha para calcular a área das regiões dadas. (a) R é a região limitada pela elipse x 2 a2 + y2 b2 = 1. (b) R é a região acima do eixo x entre os círculos x2 + y2 = 1 e x2 + y2 = 2. (c) R é a região limitada pela reta y = x e o círculo x2 + y2 = 1, considerando y ≤ x. (d) R é a região limitada pela hipérbole y2 − x2 = 1 e as retas x = ±1. 3. Encontre uma parametrização da superfície. (a) O plano que passa pelo ponto (1, 2,−3) e contém os vetores i + j− k e i− j + k. (b) A porção do cone z = 2 √ x2 + y2 entre os planos z = 2 e z = 4. (c) A porção do cilindro x2 + z2 = 4 acima do plano xy entre os planos y = −2 e y = 2. (d) A superfície cortada do cilindro parabólico z = 4− y2 pelos planos x = 0, x = 2 e z = 0. (e) A parte da esfera x2 + y2 + z2 = 4 que está dentro do cone z = √ x2 + y2. 4. Cálcule as seguintes integrais de superfície. (a) ˜ S zdS, em que S é a parte do parabolóide z = x2 + y2 que está no interior do plano z = 4. (b) Integre g(x, y, z) = x √ y2 + 4 sobre a superfície obtida cortando-se o cilindro parabólico y2 +4z = 16 pelos planos x = 0, x = 1 e z = 0. (c) ˜ S (x2z + y2z)dS, em que S é a parte do plano z = 4 + x+ y que está no interior do cilindro x2 + y2 = 4. (d) ˜ S F · dS, em que F(x, y, z) = xzi− 2yj + 3xk e S é a parte do parabolóide z = x2 + y2 abaixo do plano z = 1 com vetor normal na orientação para cima. 5. Calcule a área das superfícies dadas abaixo. (a) Da calota da esfera x2 + y2 + z2 = 2 cortada pelo cone z = √ x2 + y2. (b) Encontre a área da superfície 2x3/2 + 2y3/2 − 3z = 0 acima do quadrado R : 0 ≤ x, y ≤ 1, no plano xy. (c) O helicóide (ou rampa espiral) que tem equação paramétrica r(u, v) = u cos vi + u sin vj + vk, 0 ≤ u ≤ 1 e 0 ≤ v ≤ π. 1 (d) Da superfície paramétrica S dada por r(u, v) = 2−3/4v2i − 2−1/4uvj + 2−3/4u2k, com 0 ≤ u ≤ 3 e −3 ≤ v ≤ 3. Parte B 1. Seja D uma região limitada pela curva C fechada no plano x− y. Use o teorema de Green para provar que as coordenadas do centróide (x̄, ȳ) da região D é dada por x̄ = 1 2A ˛ C x2dy e ȳ = − 1 2A ˛ C y2dx, em que A é a área da região D. 2. (a) Um toro de revolução (donut) é obtido ao girar um círculo C no plano xz em torno do eixo z no espaço. Se C tem raio r > 0 e centro (R, 0, 0), mostre que a parametrização do torus é r(u, v) = [(R+ r cosu) cos v]i + [(R+ r cosu) sin v]j + (r sinu)k, em que 0 ≤ u ≤ 2π e 0 ≤ v ≤ 2π são os ângulos da parametrização do círculo no plano xz e da rotação no plano xy, respectivamente. (b) Mostre que a área da superfície do toro é A = 4π2Rr. 3. O plano tangente em um ponto P0(f(u0, v0), g(u0, v0), h(u0, v0)) de uma superfície parametrizada r(u, v) = f(u, v)i + g(u, v)j + h(u, v)k é o plano que passa por P0 e é normal ao vetor ru(u0, v0)× rv(u0, v0). Determine o plano tangente as superfícies dadas abaixo. (a) Cilindro parabólico: r(u, v) = vi+uj−u2k, (u, v) ∈ R2, no ponto P0(2, 1,−1) correspondendo ao ponto (u, v) = (1, 2). (b) Cone: r(u, v) = u cos vi + u sin vj + uk, com u ≥ 0 e v ∈ [0, 2π] no ponto P0( √ 2, √ 2, 2) correspondendo ao ponto (u, v) = (2, π/4). 4. Para uma superfície parametrizada diferenciável e regular r(u, v) = x(u, v)i + y(u, v)j + z(u, v)k é possível também definir uma noção de curvatura, como fizemos para curvas no plano e espaço. Para tal, considere o vetor unitário normal a superfície n = ru × rv |ru × rv| , assim definimos as chamadas primeiras formas quadráticas como sendo os números E = ru · ru, F = ru · rv e G = rv · rv; e as segundas formas quadráticas como sendo L = n · ruu, M = n · ruv e N = n · rvv. Finalmente, definimos a partir das formas quadráticas duas noções distintas de curvatura, a curvatura Gaussiana K e a curvatura média H através das seguintes fórmulas: K = LN −M2 EG− F 2 e H = 1 2 EN − 2FM +GL EG− F 2 . As noções de curvatura em superfícies são de particular interesse para a mecânica dos fluidos. As superfícies capilares são aquelas que representa a interface entre dois fluidos diferentes. Esse tipo de superfície não tem espessura, em contraste com a maioria das interfaces entre fluidos reais. As superfícies capilares são de inte- resse também da matemática, pois os problemas envolvidos costumam ser não-lineares e possuem propriedades interessantes. Em particular, superfícies capilares estáticas, na ausência de gravidade, tem curvatura média constante. Determine paras as superfícies abaixo as curvaturas média e Gaussiana. (a) r(u, v) = a cosu sin vi + a sinu sin vj + a cos vk. 2 (b) r(u, v) = u cos vi + u sin vj + avk, com a ∈ R− {0}. 5. Um fluido viscoso está se movendo dentro de um tubo cilíndrico de raio R com campo de velocidades dado por v = v0 e−r − e−R 1− e−R k (m · s−1), em que k é o vetor normal unitário ao longo do centro do tubo, que indica a direção do escoamento, r é a distância do centro do tubo até parede, 0 ≤ r ≤ R, e v0 é uma constante que fornece a velocidade máxima do escoamento (conforme podemos ver na figura ao lado). Considerando o campo de velocidades dado, use uma integral de superfície para calcular a vazão do fluido através de uma seção transversal do tubo. Parte C 1. Seja L a reta de intersecção dos planos cx+ y + z = c e x− cy + cz = −1, em que c é um número real. (a) Determine as equações simétricas para a reta L. (b) Quando o número c varia, a reta L varre uma superfície S. Encontre uma equação para a curva de intersecção da superfície S com o plano horizontal z = t (isto é, o traço de S no plano z = t). (c) Determine o volume do sólido limitado pela superfície S e pelos planos z = 0 e z = 1. 2. Use o teorema de Green para provar a fórmula da mudança de variáveis para uma integral dupla no caso em que f(x, y) = 1 : ¨ R dxdy = ¨ S ∣∣∣∣∂(x, y)∂(u, v) ∣∣∣∣ dudv. Aqui R é a região no plano x− y que corresponde a região S no plano u− v sobre a transformação x = g(u, v) e y = h(u, v). 3. As linhas de corrente de um escoamento plano são curvas suaves traçadas pelas partículas individuais do fluido. Os vetores u = v(x, y)i + w(x, y)j do campo de velocidade do escoamento são vetores tangentes às linhas de corrente. Mostre que se o escoamento acontece em uma região simplesmente conexa R (sem furos ou pontos faltando) e se vx + wy não é nula em em todo R e nem muda de sinal, então nenhuma das linhas de corrente é fechada. Em outras palavras, nenhuma partícula de fluido tem uma trajetória fechada em R. O critério vx + wy 6= 0 é chamado de critério de Bendixson para a não existência de trajetórias fechadas. 3 Resumo do Conteúdo 1. Circulação: considere um campo vetorial u : R2 → R2, u(x, y) = v(x, y)i + w(x, y)j, e C uma curva plana fechada, então a integral de linha Γ = ˛ C u · ds = ˛ C vdx+ wdy é chamada de circulação de u em torno de C. 2. Fluxo: a integral de linha sobre uma curva C da componente normal u · n do campo vetorial u : R2 → R2, u(x, y) = v(x, y)i + w(x, y)j, é chamada de fluxo de u através da curva C e é dada por Φ = ˆ C u · nds = ˆ C −wdx+ vdy. 3. Teorema de Green: considere ∂D uma curva simples fechada derivável e D a região do plano delimitada por ∂D. Além disso, sejam v(x, y) e w(x, y) funções reais com derivadas parciais contínuas numa região contendo D, então ˛ ∂D vdx+ wdy = ¨ D ( ∂w ∂x − ∂v ∂y ) dxdy. 4. Integral de Superfície:considere uma função diferenciável g : S ⊂ R3 → R e uma superfície parametrizada diferenciável s(u, v) = x(u, v)i + y(u, v)j + z(u, v)k, s : D ⊂ R2 → S, definimos a integral de superfície como sendo ¨ S gdS = ¨ D g(s(u, v)) ∣∣∣∣ ∂s∂u × ∂s∂v ∣∣∣∣ dudv. Particularmente, se a superfície é definida pelo gráfico de uma função diferenciável z = f(x, y), então a integral de superfície é simplificada na forma ¨ S gdS = ¨ D g(x, y, f(x, y)) √ 1 + ( ∂f ∂x )2 + ( ∂f ∂y )2 dxdy, em que D é uma região contida no domínio da função f . 4 Gabarito Parte A 1. Respostas (a) Γ = − 76 e Φ = 1 6 (b) Γ = 2π − 43 e Φ = 4 (c) Γ = −π e Φ = 0 (d) Γ = − 112 e Φ = 1 5 (e) Γ = π e Φ = −π 2 8 2. Respostas (a) πab (b) 3π2 (c) π2 (d) 2( √ 2 + arcsinh(1)) 3. Respostas (a) r(u, v) = ui + vj− (1 + v)k, (u, v) ∈ R2 (b) r(u, v) = u cos vi + u sin vj + 2uk, 1 ≤ u ≤ 2 e 0 ≤ v ≤ 2π (c) r(u, v) = 2 cos vi + uj + 2 sin vk, −2 ≤ u ≤ 2 e 0 ≤ v ≤ 2π (d) r(u, v) = ui + vj + (1− v2)k, 0 ≤ u ≤ 2 e −2 ≤ v ≤ 2 (e) r(u, v) = 2 sin v cosui + 2 sin v sinuj + 2 cos vk, 0 ≤ u ≤ 2π e 0 ≤ v ≤ π/4 4. Respostas (a) π60 (1 + 391 √ 17) (b) 21443 (c) 32 √ 3π (d) 2π3 5. Respostas (a) S = 2π(2− √ 2) (b) S = 415 (1− 8 √ 2 + 9 √ 3) (c) S = π2 (√ 2 + arcsinh(1) ) (d) S = 108 Parte B 1. Basta converter as integrais duplas do centróide x̄ = 1 A ¨ R xdA e ȳ = 1 A ¨ R ydA, em integrais de linha. 2. (b) Basta calcular a integral ¨ [0,2π]×[0,2π] |ru × rv| dudv. 3. Respostas (a) 2(y − 1) + (z + 1) = 0 5 (b) √ 2(x− √ 2) + √ 2(y − √ 2)− 2(z − 2) = 0 4. Respostas (a) K = 1/a2 e H = −1/a. (b) K = −a2/(a2 + u2)2 e H = 0. 5. Φ = 2πv0 ( 1 + 1 2 R2 + 2R eR − 1 ) (m3 · s−1) Parte C 1. Respostas (a) x+ 1 2c = y − c 1− c2 = − z − c 1 + c2 (b) x(c) = c 2−2ct−1 c2+1 e y(c) = c2t+2c−t c2+1 , t ∈ R (c) Tem-se que x2(c) + y2(c) = 1 + t2, isto é, o volume a ser calculado é de um tronco de cone cujas bases tem raio 1 e √ 2. Portanto, o volume é V = π3 ( 2 + √ 2 + 1 ) . 2. Note que o lado esquerdo consiste na área da região R. Sabendo que a área pode ser escrita usando a integral de linha A(R) = 1 2 ˛ ∂R xdy − ydx, então converta a integral de linha sobre ∂R para uma integral de linha sobre ∂S e aplique o teorema de Green no plano u− v. 6