Prévia do material em texto
Cultura da Soja, Glycine max Prof. Dr. Danilo Ricardo Yamane Prof Dr Humberto Vinícius Vescove Aula de Agricultura- UNIARA Engenharia Agronômica http://artesdors.webnode.com.br/agricultura/ http://artesdors.webnode.com.br/agricultura/ Motivos para aumento plantio no Brasil. - Aproveitamento das terras cultivadas com outras culturas. - Facilidade de mecanização. - Crescimento da população mundial = aumento da demanda por alimentos. - Crescimento da demanda por óleos comestíveis. - Crescimento dos rebanhos mundiais, aumento principalmente Europa. - Crescimento da demanda de proteína do farelo de soja. - Aumento no consumo mundial, inclusive nos Estados Unidos - Europa e Japão não querem mais ficar dependentes dos EUA e iniciam compras de soja do Brasil e Argentina. - Política de “coexistência pacífica” dos EUA em relação a China e URSS, aumento dos negócios. - Disponibilidade nacional de tecnologia de produção. - Apoio oficial a programas de pesquisa sobre a cultura da soja. - Programa nacional de crédito agrícola = “investimento + custeio”. - Linha de financiamento para a agroindústria moageira. - Programa de incentivo ao “Cooperativismo da Produção” (insumos, assistência técnica, crédito-BNCC, assentamento, armazenamento e comercialização). - Expansão da avicultura nacional. - Aumento do parque industrial moageiro do Brasil. - Aproveitamento de áreas de cerrado (“baixas latitudes”). http://www.lpv.esalq.usp.br/lpv584/584%20Soja%2001%20-%20Apostila%20Texto%20%20Agronegocio%20Soja%202011.pdf http://www.lpv.esalq.usp.br/lpv584/584 Soja 01 - Apostila Texto Agronegocio Soja 2011.pdf Importância econômica do complexo soja Adubação Verde: Adubação Verde como leguminosa fixadora biológica de nitrogênio, a soja pode e já foi utilizada no passado como adubo verde. Alimentação Humana óleo, margarina, panificação, massas alimentícias, simulados de carne, leite de soja, alimentos dietéticos, biscoitos, soja cozida, brotos de soja, balas, alimentos infantis, molhos, etc. Alimentação animal - Nutrição Animal: planta fenada, silagem, farelo, soja torrada. Usos nas Indústrias adesivos, veículo para antibióticos e outros produtos medicinais, tintas, fabricação de fibras, isolantes, inseticidas, tecidos, sabões, cosméticos, massas para vidraçarias, solvente para tintas de impressão gráfica, biopolímeros para fabricação de plástico biodegradável, Usos em potencial adesivos para madeira, plásticos biodegradáveis, espalhante adesivo para defensivos agrícolas, agentes de controle de erosão, adesivos para embalagens biodegradáveis, materiais poliméricos para construção, revestimentos e filmes comestíveis, hidrogéis, concreto anti-cogelamento, substitutos de poliacrilatos (detergentes, tratamento de água), etc. http://www.lpv.esalq.usp.br/lpv584/584%20Soja%2001%20- %20Apostila%20Texto%20%20Agronegocio%20Soja%202011.pdf http://www.lpv.esalq.usp.br/lpv584/584 Soja 01 - Apostila Texto Agronegocio Soja 2011.pdf Soja no Mundo Fonte: FAOstat, 2015 Soja no Mundo Fonte: FAOstat, 2015 Maiores produtores de Soja no mundo Fonte: FAOstat, 2015 Comparativo entre área, produção e produtividade no Brasil Safras 14/15 15/16 Área plantada (1000 ha) Soja 32.093,1 33.243,7 Produtividade (kg/ha) Soja 2.999 3.066 Produção (1000 t) Soja 96.243,3 101.911,7 Fonte: CONAB, 2015 Produção, exportação, consumo e estoque final no Brasil das 10 últimas safras (mil toneladas) Produção Agrícola de Soja Fonte: CONAB, 2015 Área, produção e Produtividade Fonte: CONAB, 2015 Fonte: CONAB, 2015 Área, produção e Produtividade Calendário de Plantio e Colheita Preços Internacionais da Soja (2015)- Bolsa de mercadorias de Chicago (CBOT) Fonte: CONAB, 2015 Preços médios mensais pago ao produtor Fonte: CONAB, 2015 Indicador de preços Soja Paraná Custos de produção Soja-Safra 2015-2016 Origem e distribuição geográfica A soja (Glycine max (L.) Merrill) teve origem inicial no continente asiático, a região correspondente à China Antiga. Há várias referências bibliográficas, segundo as quais, essa leguminosa constituía-se em base alimentar do povo chinês há mais de 5.000 anos!!!!!. Difusão da soja no Mundo 2838 a.C. 1o registro no herbário PEN TS’ AO KANG MU. 1500 a 1027 a.C. Cultivada na dinastia CHANG. Séculos II a.C. a III d.C. Introduzida na Coréia e Japão. 1739 1o plantio experimental na Europa: (Jardim Botânico de Paris). 1790 Jardim Botânico Real em Kew (Inglaterra). 1804 Pensilvânia - EUA: Promissora planta forrageira e produtora de grãos. 1880 EUA: cultivada como planta forrageira. 1873 Universidade de Viena (Áustria): Expõe 19 variedades do Japão e da China. 1876 Friedrich Hamberlandt (Áustria) envia sementes para Alemanha, Polônia, Hungria, Suíça e Holanda. 1882 Introduzida no Brasil (Bahia) por Gustavo D’utra. 1909 Introduzida na Argentina (Estação Experimental de Córdoba). 1921 Introduzida no Paraguai. 1928 Introduzida na Colômbia. Fontes: Bonetti (1977); Bonato e Bonato (1987) Disfusão da soja no Brasil 1882 Introduzida na Bahia por Gustavo D’utra. 1889 1a referência escrita no Brasil: D’UTRA, G. Cultura do feijão chinês. Boletim do Instituto Agronômico, Campinas, 10 (3): 131-9. 1889. 2a referência escrita no Brasil: D’UTRA, G. Nova cultura experimental de soja. Boletim do Instituto Agronômico, Campinas. 1892 Introdução de cultivares em São Paulo - IAC (Daffert). 1908 São Paulo: imigração japonesa revela o uso da soja na alimentação humana 1914 1a introdução no RS pelo Professor CRAIG: Escola Superior de Agronomia e Veterinária da Universidade Técnica (atual UFRS). 1921 HENRIQUE LÖBBE: Campo Experimental de Sementes de São Simão do IAC (introdução de 5 variedades da China). 1926 HENRIQUE LÖBBE (IAC): introdução de 48 cultivares dos EUA. 1930 EUA: início da cultura como produtora de grãos. 1931-33: Estudos de variedades na Estação Experimental . Piracicaba SP 1941 RS: soja surge pela 1a vez nas estatísticas oficiais desse estado. 1941 RS: construída a 1a indústria processadora de soja. 1945 São Paulo: soja surge pela 1a vez nas estatísticas oficiais desse Estado 1949 China: Revolução Cultural de Mao Tse Tung (abertura de espaço no mercado mundial de oleaginosas e proteínas 1949 Brasil (RS): 1a exportação = 18.000 t de grãos. (aparece pela 1a vez nas estatísticas internacionais). 1954 PR: ocorrência de geada na cafeicultura que estimula soja no verão. 1960-70 Grande impulso na produção em função do binômio soja x trigo. 1970-80 Expansão da soja para o Brasil Central (baixas latitudes). Fontes: Bonetti (1977); Bonato e Bonato (1987) Classificação Botânica da soja A soja cultivada comercialmente hoje (Glycine max (L) Merrill) é uma planta herbácea, incluída na classe Dicotyledoneae, ordem Rosales, família Leguminosae, subfamília das Papilionoideae, gênero Glycine L. É uma planta com grande variabilidade genética, tanto no ciclo vegetativo (período compreendido da emergência da plântula até a abertura das primeiras flores), como no reprodutivo (período do início da floração até o fim do ciclo da cultura), sendo também influenciada pelo meio ambiente. Há grande diversidade de ciclo. De modo geral, os cultivares brasileiros têm ciclos entre 100 e 160 dias, e podem ser classificados em grupos de maturação precoce, semi precoce, médio, semi tardio e tardio, dependendo da região. A altura da planta depende da interação da região (condições ambientais) e do cultivar (genótipo). Os cultivares plantados comercialmente no país oscilam de 60 até 120 dias. http://www.cisoja.com.br/index.php?p=aspectos_botanicos http://www.cisoja.com.br/index.php?p=aspectos_botanicos Aspectos botânicos da soja Como acontece com outras leguminosas, por exemplo o feijão-comum, a soja pode apresentar três tipos de crescimento, diretamente correlacionados com o porte da planta: indeterminado, semi determinado e determinado. A planta de soja é fortemente influenciada pelo comprimentodo dia (período de iluminação). Em regiões ou épocas de foto período mais curto, durante a fase vegetativa da planta, ela tende a induzir o florescimento precoce, e apresentar consecutiva queda de produção. Para controlar este problema, alguns “melhoristas” utilizam o artifício do uso do período juvenil longo para retardar o florescimento em dias curtos. Pois, na fase juvenil, a soja não floresce, mesmo quando submetida ao foto período indutivo, permitindo assim maior crescimento vegetativo e evitando quebra na produção. http://www.cisoja.com.br/index.php?p=aspectos_botanicos http://www.cisoja.com.br/index.php?p=aspectos_botanicos Estrutura das plantas de soja Folhas: Durante todo o ciclo da planta são distinguidos quatro tipos de folha: cotiledonares, folhas primárias ou simples, folhas trifolioladas ou compostas e prófilos simples. Sua cor, na maioria dos cultivares, é verde pálida e, em outras, verde escura. Caule: O caule é ramoso, híspido, com tamanho que varia entre 80 e 150 cm, dependendo da variedade e do tempo de exposição diário à luz. Sua terminação apresenta racemo, em variedades de crescimento determinado, ou sem racemo terminal, em variedades de crescimento indeterminado. Flor: A soja é essencialmente uma espécie autógama, ou seja, uma planta polinizada por ela mesma e não por outras plantas, mesmo que vizinhas a ela, com flores perfeitas e órgãos masculinos e femininos protegidos dentro da corola. Insetos, principalmente abelhas, podem transportar o pólen e realizar a polinização de flores de diferentes plantas, mas a taxa de fecundação cruzada, em geral, é menor que 1 %. As flores de soja podem apresentar coloração branca, púrpura diluída ou roxa, de 3 até 8mm de diâmetro. O início da floração dá-se quando a planta apresenta de 10 até 12 folhas trifolioladas, onde os botões axilares mostram racemos com 2 até 35 flores cada um. http://www.cisoja.com.br/index.php?p=aspectos_botanicos http://www.cisoja.com.br/index.php?p=aspectos_botanicos Raiz: O sistema radicular da soja é constituído de um eixo principal e grande número de raízes secundárias, sendo classificado com um sistema difuso. O comprimento das raízes pode chegar a até 1,80 m. A maior parte delas encontra-se a 15 cm de profundidade. Vagem: O legume da soja é levemente arqueado, peludo, formado por duas valvas de um carpelo simples, medindo de 2 até 7cm, onde aloja de 1 até 5 sementes. A cor da vagem da soja varia entre amarela-palha, cinza e preta, dependendo do estágio de desenvolvimento da planta. Semente: As sementes de soja são lisas, ovais, globosas ou elípticas. Podem também ser encontradas nas cores amarela, preta ou verde. O hilo é geralmente marrom, preto ou cinza. Estrutura das plantas de soja http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/exigencias.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/exigencias.htm Fotos das estruturas da planta de soja http://www.ebah.com.br/content/ABAAABDkUAJ/como-a-planta-soja-se-desenvolve http://www.ebah.com.br/content/ABAAABDkUAJ/como-a-planta-soja-se-desenvolve Fotos da semente da soja http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/semente/semente-6.php http://www.canaldoprodutor.com.br/comunicacao/noti cias/faet-solicita-prorrogacao-do-plantio-de-semente- de-soja-no-tocantins http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/semente/semente-6.php http://www.canaldoprodutor.com.br/comunicacao/noticias/faet-solicita-prorrogacao-do-plantio-de-semente-de-soja-no-tocantins Estádios de desenvolvimento da soja Ajuda nas aplicações de: - Fungicidas - Inseticidas - Foliares nutricionais - Experimentos Entre outros!! Condições Edafoclimáticas EXIGÊNCIA DE ÁGUA: A água é 90% do peso da planta. A água é importante em todos os períodos de desenvolvimento da soja, com mais importância na germinação, emergência, floração e enchimento de grãos. Durante o primeiro período, tanto o excesso quanto o déficit de água são prejudiciais. A semente de soja necessita absorver, no mínimo, 50% de seu peso em água para assegurar boa germinação. A necessidade de água é maior durante a fase defloração até enchimento de grãos (7 a 8 mm/dia), decrescendo após esse período. Déficits hídricos proporcionam; fechamento estomático e o enrolamento de folhas , queda prematura de folhas e de flores e abortamento de vagens e no final reduz rendimento de grãos. Durante todo o ciclo a cultura exige em torno de 450 a 800 mm/ciclo http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/exigencias.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/exigencias.htm CONDIÇÕES DE TEMERATURA E FOTOPERÍODO: A soja melhor se adapta a temperaturas entre 20oC e 30oC, a temperatura ideal para seu crescimento e desenvolvimento está em torno de 30◦C. Recomenda-se que a semeadura da soja não deve ser realizada quando a temperatura do solo estiver abaixo de 20oC porque prejudica a germinação e a emergência. A faixa de temperatura do solo adequada para semeadura varia de 20oC a 30oC, sendo 25oC a temperatura ideal para uma emergência rápida e uniforme. O crescimento vegetativo da soja é pequeno ou nulo a temperaturas menores ou iguais a 10oC. Temperaturas acima de 40oC têm efeito adverso na taxa de crescimento, provocam distúrbios na floração e diminuem a capacidade de retenção de vagens. Esses problemas se acentuam com a ocorrência de déficits hídricos. A floração da soja somente é induzida quando ocorrem temperaturas acima de 13oC. As diferenças de data de floração, entre anos, apresentadas por uma cultivar semeada numa mesma época, são devido às variações de temperatura. Assim, a floração precoce ocorre, principalmente, em decorrência de temperaturas mais altas, podendo acarretar diminuição na altura de planta http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/exigencias.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/exigencias.htm A maturação pode ser acelerada pela ocorrência de altas temperaturas. Quando associadas a períodos de alta umidade, as altas temperaturas contribuem para diminuir a qualidade da semente e quando associadas à condições de baixa umidade, predispõem a semente a danos mecânicos durante a colheita. Temperaturas baixas na fase da colheita, associadas a período chuvoso ou de alta umidade, podem provocar atraso na data de colheita, bem como haste verde e retenção foliar. A adaptação de diferentes cultivares a determinadas regiões depende, além das exigências hídricas e térmicas, de sua exigência fotoperiódica. A sensibilidade ao fotoperíodo é característica variável entre cultivares, ou seja, cada cultivar possui seu fotoperíodo crítico, acima do qual o florescimento é atrasado. A soja é considerada planta de dia curto com faixa de adaptabilidade de cada cultivar variando à medida que se desloca em direção ao norte ou ao sul. Variedades que apresentam a característica “período juvenil longo” possuem adaptabilidade mais ampla, possibilitando sua utilização em faixas mais abrangentes de latitudes (locais) e de épocas de semeadura. http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/exigencias.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/exigencias.htm Preparo de solo para o plantio O preparo do solo consiste num conjunto de operações realizadas com objetivos de propiciar condições favoráveis à semeadura, ao desenvolvimento e à produção das plantas de soja. Passo importantes: - Análise do solo!! Verificação da necessidade de correção do solo e/ou utilização de gesso para neutralização do alumínio tóxico as plantas - Dependerá muito da área a ser planta, pode-se fazer as seguintes operações abaixo descritas: 1- gradage pesada (áreas ainda não cultivada?) 2- Aração (é necessária?) 3- subsolagem (quando utilizar) 4- grade niveladora (é importante sua utilização?) - E o plantio direto, é muito utilizado? Quais as principais características desse sistema de plantio? Sistema de plantio direto(SPD) É um sistema de plantio e produção conservacionista, que se contrasta ao sistema tradicional de manejo. Tem o uso intensivo de técnicas para produzir, preservando a qualidade ambiental. Baseia-se na ausência depreparo do solo e na cobertura permanente do terreno através de rotação com outras culturas. O abreviado SPD pode ser a melhor opção para diminuir os problemas de compactação e “encrostamento” do solo, pois o uso contínuo das tecnologias do SPD proporciona efeitos significativos na conservação e na melhoria do solo, da água, no aproveitamento dos recursos e insumos como os fertilizantes/adubos, na redução dos custos de produção, na estabilidade de produção e nas condições de vida do produtor de grãos e de uma forma geral da sociedade, sempre em busca da sustentabilidade e viabilidade econômica dentro da atividade. O cultivo da soja em SPD, em áreas de cerrado, com correções superficiais e sem incorporação, embora haja alguns exemplos de sucesso no Rio Grande do Sul e no Paraná, ainda não está indicada para as condições dos Cerrados. SPD continuação A utilização do SPD caracteriza-se pela menor intensidade de mobilização ou movimentação do solo e pela redução do tráfego de máquinas sobre a área a ser plantada e por manter sobre a superfície do solo grande quantidade de cobertura morta vegetal por meio de rotações de culturas. Qual a sua opinião referente ao plantio convencional e direto? Deve ser regionalizado? A decomposição da material orgânico é igual em todo o Brasil? Deve-se avaliar e muito a necessidade de correções mais profundas pois o cerrado Brasileiro apresenta solos de baixa fertilidade? Rotação de culturas: Plantio e semeadura Sementes: Inoculação das sementes de soja: Fixação biológica do nitrogênio (FBN) - Pode ser considerada a principal fonte de N para a cultura da soja. Bactérias do gênero Bradyrhizobium, entram em contato com as raízes da soja, infectam as raízes, via pelos radiculares, formando os nódulos. A FBN pode, dependendo de sua eficiência, fornecer todo o N que a soja necessita. Além da inoculação de Bradyrhizobium, pode-se adicionar fungicidas, inseticidas e alguns micronutrientes que favoreceram o desenvolvimento do sistema radicular da soja deixando-a mais resistente e protegida de intemperes. Uma boa semente é de extrema relevância para o bom desempenho da lavoura Como avaliar a semente? Semeadura: Mecanismos da semeadora - A qualidade da semeadura é função, entre outros fatores, do tipo de máquina semeadora, especialmente o tipo de dosador de semente, do controlador de profundidade e do compactador de sulco. Tipo de dosador de semente - Entre os tipos existentes, destacam-se os de disco horizontal e os pneumáticos. Os pneumáticos apresentam maior precisão, ausência de danos à semente e são mais caros. No caso do disco horizontal, de uso mais comum, indica-se os com linhas duplas de furos (alvéolos), por garantir melhor distribuição das sementes ao longo do sulco. Para maior precisão, primar pela utilização de discos com furos adequados ao tamanho das sementes. Limitador de profundidade - O sistema com roda flutuante acompanha melhor o relevo do solo, mantendo sempre a mesma profundidade de semeadura. Compactador de sulco - O tipo em "V" aperta o solo contra a semente, eliminando as bolsas de ar sem compactar a superfície do solo sobre a linha de corte do sulco, como ocorre com o tipo de roda única traseira. http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/instalacao.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/instalacao.htm Semeadura Velocidade de operação da semeadora - A velocidade de deslocamento da semeadora influi na uniformidade de distribuição e nos danos provocados às sementes, especialmente nos dosadores mecânicos (não pneumáticos). A velocidade ideal de deslocamento está entre 4 km/h e 6 km/h. Nesse intervalo, a variação de velocidade depende, principalmente, da uniformidade da superfície do terreno. Profundidade - Efetuar a semeadura a uma profundidade de 3 a 5 cm. Semeaduras em profundidades maiores dificultam a emergência, principalmente em solos arenosos, sujeitos a assoreamento, ou onde ocorre compactação superficial do solo. Posição semente/adubo - O adubo deve ser distribuído ao lado e abaixo da semente, pois o contato direto prejudica a absorção da água pela semente, podendo até matar a plântula em crescimento, principalmente em caso de dose alta de cloreto de potássio no sulco (acima de 80 kg de KCl/ha). Compatibilidade dos produtos químicos - Produtos químicos como fungicidas e herbicidas, nas doses recomendadas, normalmente, não afetam a germinação da semente de soja. Porém, em doses excessivas, prejudicam tanto a germinação da semente de soja. Porém, em doses excessivas, prejudicam tanto a germinação quanto o desenvolvimento inicial da plântula. http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/instalacao.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/instalacao.htm Época de semeadura por região Região Centro-Oeste - De modo geral, o período preferencial para a semeadura de soja vai de 20 de outubro e 10 de dezembro. Entretanto, é no mês de novembro que se obtém as maiores produtividades e altura de planta adequada. Em áreas bem fertilizadas e com alta tecnologia, pode-se conseguir boa produção em semeaduras realizadas até 20 de dezembro. Nas áreas mais ao norte, as melhores produções são obtidas em semeaduras de novembro e dezembro. Para semeaduras de dezembro, recomenda-se evitar o uso de cultivares de muito tardias o precoces, dando preferência a cultivares de ciclo médio ou semi tardio de porte alto. Na maioria dos casos, semeaduras de final de dezembro e de janeiro podem ocasionar reduções de rendimento de até 50%, em relação a novembro. De janeiro em diante as perdas podem ser ainda maiores. Para viabilizar a sucessão de culturas, recomenda-se a utilização de cultivares precoces. Estas informações são válidas, também, para Rondônia e sul de Tocantins. Época de semeadura da soja por região: Regiões Norte e Nordeste - As áreas de cultivo de soja estão distribuídas em uma vasta região, em áreas que se diferenciam muito quanto ao período de ocorrência de chuvas. Assim, a época mais indicada para semeadura da soja, varia de estado para estado e dentro de um mesmo estado, conforme descrito a seguir. - Maranhão - no sul, novembro a 15 de dezembro; no norte, janeiro. - Pará - no sul (Redenção), novembro a 15 de dezembro; no nordeste (Paragominas), 15 de dezembro e janeiro; no noroeste (Santarém), 10 de março a abril. - Piauí - no sudoeste (Uruçuí - Bom Jesus), novembro a 15 de dezembro. - Tocantins - no norte (Pedro Afonso), novembro a 15 de dezembro. - Roraima - na região central (Boa Vista), maio. Densidade de semeadura http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/tab/tab_8_1.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/tab/tab_8_1.htm Plantadora de soja https://www.google.com.br/search?q=plantadeira+de+soja&newwindow=1&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=LgUdUsnAJoK2sASbgIGYBw& ved=0CEQQsAQ&biw=1366&bih=667#facrc=_&imgdii=-TG3vkhjpbaiWM%3A%3BO9CPmt8S9v-cpM%3B-TG3vkhjpbaiWM%3A&imgrc=- TG3vkhjpbaiWM%3A%3BgtYBlRk1HJKH5M%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.agrolink.com.br%252Fupload%252Fagromaquinas%252F7421_2.jpg% 3Bhttp%253A%252F%252Fwww.agrolink.com.br%252Fagromaquinas%252Fo-credito-certo-para-colher-lucros_7421.html%3B700%3B456 https://www.google.com.br/search?q=plantadeira+de+soja&newwindow=1&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=LgUdUsnAJoK2sASbgIGYBw&ved=0CEQQsAQ&biw=1366&bih=667#facrc=_&imgdii=-TG3vkhjpbaiWM%3A%3BO9CPmt8S9v-cpM%3B-TG3vkhjpbaiWM%3A&imgrc=-TG3vkhjpbaiWM%3A%3BgtYBlRk1HJKH5M%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.agrolink.com.br%252Fupload%252Fagromaquinas%252F7421_2.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.agrolink.com.br%252Fagromaquinas%252Fo-credito-certo-para-colher-lucros_7421.html%3B700%3B456 Plantadora de soja O que é soja transgênica? Existem vários tipos de soja transgênicas sendo desenvolvidas atualmente. A mais conhecida e plantada comercialmente é uma planta que recebeu, por meio de técnicas da biotecnologia, um gene de um outro organismo capaz de torná-la tolerante ao uso de um tipo de herbicida, o glifosato. Esse gene foi extraído de uma bactéria do solo, conhecidapor Agrobacterium, e patenteado por uma empresa privada com o nome CP4-EPSPS. Estruturalmente, é muito parecido com os genes que compõem o genoma de uma planta. Quando inserido no genoma da soja, tornou a planta resistente à aplicação do herbicida. Essa novidade chegou ao campo pela primeira vez nos Estados Unidos, na safra de 1996. No ano seguinte, os agricultores argentinos também já aderiram à novidade. Com a nova tecnologia, fico mais fácil para os agricultores controlarem a planta daninha sem afetar a soja. * O glifosato é um produto comumente utilizado pelos agricultores no controle de plantas daninhas e limpeza de áreas antes do plantio de uma cultura. Suas moléculas se ligam a uma proteína vital da planta, impedindo seu funcionamento e ocasionando sua morte. http://www.cnpso.embrapa.br/box.php?op_page=114&cod_pai=27 http://www.cnpso.embrapa.br/box.php?op_page=114&cod_pai=27 Calagem e Adubação da soja Adubação e Calagem Princípais pragas da Soja http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/tab/tab_10_1.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/tab/tab_10_1.htm Principais pragas da soja http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/tab/tab_10_1.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/tab/tab_10_1.htm Lagarta-da-soja, lagarta-verde (Anticarsia gemmatalis) Os adultos são mariposas com cerca de 5 cm de envergadura e coloração parda, cinza ou marrom. Quando estão em repouso, suas asas permanecem abertas e fica visível uma linha transversal que as corta de ponta a ponta. Embora essa listra possa ser menos evidente em alguns espécimes, ela é uma característica que facilita a identificação dessa espécie. São insetos de hábitos noturnos e abrigam-se em áreas sombreadas durante o dia, geralmente entre as folhas ou abaixo delas. As fêmeas põem seus ovos no final da tarde e durante a noite. Os locais preferidos para a postura são a face inferior das folhas, ramos, hastes e caule. A coloração inicial dos ovos é verde-clara e, de acordo com o desenvolvimento do embrião, estes se tornam escuros. As lagartas eclodem poucos dias após a postura dos ovos. No primeiro momento, possuem coloração verde-clara e as patas abdominais ainda não se desenvolveram completamente, fazendo-as andar em movimentos do tipo mede-palmo. Na fase seguinte, já não andam mais medindo palmos e fica evidente a quantidade de pernas: três pares na região torácica, quatro abdominais e um anal. A coloração também muda durante o seu desenvolvimento. Podem continuar verdes ou ficarem escuras, porém sempre com três linhas longitudinais claras no dorso. No final da fase larval, o inseto migra para o solo, onde se enterra a poucos centímetros de profundidade e se transforma em pupa. As lagartas, inicialmente, apenas raspam pequenas áreas das folhas deixando para trás uma membrana translúcida e perfurações. Quando estão maiores, alimentam-se de toda a superfície foliar, inclusive de nervuras, pecíolos e hastes mais finas. Nesse caso, as folhas atacadas ficam com grandes áreas recortadas ou são completamente consumidas. Fonte:http://www.agrolink.com.br/downloads/Manual_de_pragas_de_soja%20(1).pdf Fonte:http://www.agrolink.com.br/downloads/Manual_de_pragas_de_soja%20(1).pdf Lagarta-medideira, lagarta-mede-palmo (Pseudoplusia includen) São mariposas que chegam a 4 cm de envergadura e possuem um tufo de pelos sobre o tórax. Têm coloração geral amarronzada com várias manchas claras ou escuras. No centro de cada asa anterior existem duas marcas prateadas de formato quase circular. As lagartas são verdes com linhas brancas longitudinais e podem chegar a 5 cm de comprimento. Elas possuem três pares de pernas torácicas, geralmente escuras, dois pares abdominais e um anal. São chamadas de medideiras porque andam em movimentos do tipo “mede-palmo”. As pupas são encontradas na face inferior das folhas, envoltas por fios de seda. Elas são verdes no início e gradualmente se tornam marrons. Inicialmente, as lagartas apenas raspam as folhas e deixam para trás uma membrana translúcida no local de alimentação. Com o seu crescimento, passam a fazer pequenos buracos no limbo e, quando completamente desenvolvidas, devoram praticamente toda a folha. As folhas atacadas ficam com aspecto rendilhado, pois as lagartas não consomem as nervuras. Fonte:http://www.agrolink.com.br/downloads/Manual_de_pragas_de_soja%20(1).pdf Fonte:http://www.agrolink.com.br/downloads/Manual_de_pragas_de_soja%20(1).pdf Percevejo-marrom (Euschistos heros) Os adultos medem aproximadamente 1 cm de comprimento e têm coloração marrom, inclusive no abdome. No protórax, existem dois espinhos laterais e há uma mancha branca em formato de meia-lua no dorso, acima da parte membranosa das asas. As fêmeas depositam os ovos nas folhas e vagens. Eles são depositados em pequenos grupos e em fileiras, geralmente duas. No início, os ovos são beges e, de acordo com o desenvolvimento do embrião, adquirem coloração rósea. As ninfas mais jovens podem ser amareladas, esverdeadas ou cinzas e possuem manchas nas bordas e sobre o abdome. As mais velhas são marrons ou cinzas, com algumas manchas claras e escuras. O ciclo biológico, do ovo ao adulto, dura aproximadamente 40 dias. Causam basicamente três tipos de danos às culturas: enrugamento ou chochamento dos grãos, provocado pela sucção da seiva das vagens ainda verdes; retenção foliar ou “soja louca”, caracterizada pela permanência de folhas verdes nas plantas quando as vagens já estão em ponto de colheita; e o favorecimento da ação de doenças sobre os grãos e as sementes, que provocam danos antes e após a colheita. Fonte:http://www.agrolink.com.br/downloads/Manual_de_pragas_de_soja%20(1).pdf Ninfa Fonte:http://www.agrolink.com.br/downloads/Manual_de_pragas_de_soja%20(1).pdf Percevejo-verde (Nezara viridula) Percevejos com até 2 cm de comprimento e coloração verde, sendo a barriga mais clara do que a área dorsal. Os ovos são branco-amarelados e tornam-se rosados próximo da eclosão. A postura dos ovos é feita na face inferior das folhas ou em locais mais protegidos no interior da copa. São postos em grupos que formam Figuras similares a um hexágono. As ninfas inicialmente são escuras com manchas claras espalhadas no dorso e vivem aglomeradas. Quando estão mais próximas da fase adulta se tornam verdes com algumas manchas brancas de formato circular. O ciclo do ovo ao adulto dura, em média, 46 dias. Os adultos têm uma longevidade de aproximadamente 60 dias. Esses insetos introduzem o aparelho bucal nos tecidos das plantas para se alimentar da seiva. Os resultados do ataque são: queda das folhas durante o período de produção, causando redução na produção; retenção foliar ou “soja louca”; e a formação de grãos chochos ou manchados. Fonte:http://www.agrolink.com.br/downloads/Manual_de_pragas_de_soja%20(1).pdf Ninfas (Primeiros estágios) Ninfa Adultos Fonte:http://www.agrolink.com.br/downloads/Manual_de_pragas_de_soja%20(1).pdf Tamanduá-da-soja, bicudo-da-soja (Sternechus subsignatus) Besouros com menos de 1 cm de comprimento e coloração escura, com linhas amarelas ou esbranquiçadas bem características no pronoto e nos élitros. Além dessas linhas, os élitros são também pontuados. Os adultos alimentam-se da casca do caule e das hastes da soja e causam o desfiamento dos tecidos nessas áreas. Para a postura dos ovos, as fêmeas desfiam um anel completo no caule. As larvas desenvolvem-se no interior desse anel e alimentam-se da parte interna do caule. À medida que se desenvolvem, causam o alargamento dessa área, formando uma galha. O inseto, na fase larval, é ápode e esbranquiçado, com a cabeça castanha ou marrom. Pode hibernar durante vários meses, especialmente em regiões de clima frio. Próximo do fim dessa fase, migra para o solo e forma a pupa, a poucos centímetros de profundidade. Ocorre apenas uma geração por ano. É uma importante praga da soja, especialmente no início da cultura, pois, nessa fase, as plantas não conseguem se recuperar e morrem. Quando a cultura está mais desenvolvida, a mortalidadeé menor, mas os ramos atacados quebram com facilidade e as plantas podem tombar. Além disso, há restrição na circulação de nutrientes e água, o que compromete o crescimento e a produção. Geralmente, o ataque ocorre em reboleiras e é mais comum em áreas de plantio direto e onde não se realiza rotação de culturas. Fonte:http://www.agrolink.com.br/downloads/Manual_de_pragas_de_soja%20(1).pdf Fonte:http://www.agrolink.com.br/downloads/Manual_de_pragas_de_soja%20(1).pdf Manejo de pragas da soja http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/tab/tab_10_1.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/tab/tab_10_1.htm Manejo de pragas da soja http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/tab/tab_10_1.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/tab/tab_10_1.htm Doenças da soja As perdas ocasionadas na produção devido a doenças pode chegar de 15- 20% e algumas até a 100%. Sem dúvida é um dos principais fatores que limitam a obtenção de altos rendimentos em soja estão as doenças. Aproximadamente 40 doenças causadas por fungos, bactérias, nematóides e vírus já foram identificadas no Brasil. A ferrugem da soja causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, foi detectada desde o Rio Grande do sul até o Mato Grosso e na safra seguinte espalhou-se em praticamente todas regiões produtoras representando uma ameaça para a cultura em função dos prejuízos causados e do aumento de custo de produção para seu controle, faz necessário o uso intenso de fungícidas. Boa parte dos patógenos é transmitida através das sementes e, portanto, o uso de sementes sadias ou o tratamento das sementes é essencial para a prevenção ou a redução das perdas. Doenças das folhas Doenças nas folhas http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/doenca.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/doenca.htm Doenças da haste, vagem e sementes http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/doenca.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/doenca.htm Doenças do sistema radicular E tem mais... Doenças causadas por bactérias, vírus e nematóide!!!! http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/doenca.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/doenca.htm Ferrugem da soja (Phakopsorapachyrhizi) A disseminação ocorre pela ação dos ventos e pela chuva. As maiores severidades da ferrugem são observadas nos períodos de molhamento foliar prolongado, associado a temperatura média diária menor do que 28 °C. Para a formação da urédia, é necessário um período de incubação de nove a dez dias, e a formação dos uredósporos ocorre após três semanas. Os sintomas da ferrugem são mais visíveis a partir da fase de florescimento pleno (fase R2) até o final de ciclo da cultura ou de desfolha natural (fase R8), devido ao longo período de molhamento foliar e temperaturas amenas, que são necessárias à infecção e esporulação do fungo. Inicialmente, as lesões apresentam uma cor verde-acinzentada, que evolui para uma cor marrom-escura ou marrom avermelhada. A variação da cor das lesões está relacionada com a sua idade e a interação entre o genótipo da soja e a raça do patógeno. No início de desenvolvimento da esporulação, as lesões podem ser confundidas com pústulas bacterianas. As pústulas ocorrem principalmente na face inferior dos folíolos e são visíveis. As lesões são angulares, delimitadas pelas nervuras foliares. O estádio de télia ocorre subepidermicamente e próximo às urédias, apresentando cor marrom-escura ou preta, mostrando maturidade. Fonte: https://www.fmcagricola.com.br/portal/manuais/doencas_soja/files/assets/common/downloads/publication.pdf Fonte: https://www.fmcagricola.com.br/portal/manuais/doencas_soja/files/assets/common/downloads/publication.pdf Crestamento foliar de cercóspora, mancha- púrpura (Cercosporakikuchii) A disseminação ocorre por meio das sementes infectadas, por restos culturais infectados e pela chuva associada ao ventoTemperaturas variando de 22 ºC a 30 °C são favoráveis à evolução da doença. A esporulação ocorre de três a cinco dias após a penetração do fungo na planta. Períodos longos de molhamento foliar aumentam a severidade da doença. O fungo ataca todas as partes da planta, pode ser responsável por severa redução no rendimento e qualidade das sementes. No início, os sintomas são pontuações castanho-avermelhadas. As folhas infectadas apresentam uma cor púrpura escura que pode se estender por toda a superfície da folha. Nas infecções severas, ocorre um desfolhamento prematuro, confundido com senescência precoce. Fonte: https://www.fmcagricola.com.br/portal/manuais/doencas_soja/files/assets/common/downloads/publication.pdf Fonte: https://www.fmcagricola.com.br/portal/manuais/doencas_soja/files/assets/common/downloads/publication.pdf Seca da haste e da vagem (Diaporthephaseolorumvar. sojae) A disseminação ocorre pelas sementes infectadas. Os respingos de chuva carregam o inóculo a partir dos restos culturais e dão início à infecção, que evolui de forma sistêmica. É disseminado pelo vento a longas distâncias e ocorre em reboleiras ou manchas ao acaso nas lavouras. As condições favoráveis para o estabelecimento e a ocorrência da doença são a alta umidade e altas temperaturas durante a maturação das sementes. Períodos de intensa precipitação, altas densidades populacionais e acamamentos favorecem o surgimento precoce e severo da doença, mas normalmente os sintomas e danos só são visualizados na senescência das plantas. Os sintomas são vagens que ficam chochas ou apodrecem. As vagens infectadas adquirem uma cor esbranquiçada a castanho clara. Quando o fungo se desenvolve, ocorre a frutificação negra, disposta de forma linear. As sementes apresentam enrugamento e rachaduras no tegumento, ficam sem brilho e cobertas com micélio de coloração esbranquiçada a bege. Fonte: https://www.fmcagricola.com.br/portal/manuais/doencas_soja/files/assets/common/downloads/publication.pdf Fonte: https://www.fmcagricola.com.br/portal/manuais/doencas_soja/files/assets/common/downloads/publication.pdf Tombamento,damping-off, morte em reboleira (Rhizoctonia solaniKühn) O fungo ocorre pelo solo contaminado por escleródios e por restos de cultura. A disseminação ocorre pela semente, e a distribuição na lavoura é observada na forma de reboleiras ou manchas ao acaso. Ocorre sob condições de temperatura e umidade elevadas. O sintoma se inicia com uma podridão castanha e de aspecto aquoso na haste, próximo ao solo. Com a evolução dos sintomas, as lesões evoluem para cima e para baixo da lesão inicial. Posteriormente, as raízes se escurecem e o tecido cortical fica mole e solta-se com facilidade. É bastante frequente a ocorrência de estrangulamento do colo no nível do solo, o que resulta na murcha, tombamento ou sobrevivência temporária das plântulas que emitem raízes adventícias acima da região afetada, mas tombam antes do florescimento. Fonte: https://www.fmcagricola.com.br/portal/manuais/doencas_soja/files/assets/common/downloads/publication.pdf Fonte: https://www.fmcagricola.com.br/portal/manuais/doencas_soja/files/assets/common/downloads/publication.pdf Oídio da soja (Microsphaeradiffusa) O fungo é disseminado pelo vento a longas distâncias e se espalha por toda a lavoura de forma generalizada. A ocorrência do oídio é mais favorecida em condições de temperaturas entre 18 ºC e 24 °C. Temperaturas superiores a 30 °C inibem o desenvolvimento da doença. Precipitações intensas e frequentes podem constituir um fator inibidor ao desenvolvimento do oídio. Os sintomas observados são uma massa de micélios e esporos (conídios) na forma de fina camada de cor esbranquiçada e de aspecto cotonoso, formados na superfície das folhas, dos ramos e das vagens. Fonte: https://www.fmcagricola.com.br/portal/manuais/doencas_soja/files/assets/common/downloads/publication.pdf Fonte: https://www.fmcagricola.com.br/portal/manuais/doencas_soja/files/assets/common/downloads/publication.pdf Manejo de doenças na soja http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/doenca.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/doenca.htm Aplicar fungicidano momento certo é fundamental para enfrentar a ferrugem nas lavouras de soja A ferrugem da soja é, sem dúvida, o grande desafio da agricultura hoje. Para atenuar esse problema existem estratégias. Uma boa parte dos agricultores fazem uma aplicação de fungicida de forma preventiva. Uns quando aparece a primeira flor, outros entre o estádio vegetativo V5 e V6. O momento certo das aplicações é fundamental, uma vez que o sucesso na primeira pulverização acarreta o êxito nas aplicações seguintes, podendo ser mais uma ou mais três ou até quatro, dependendo do ciclo e época de semeadura. As condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da ferrugem são as temperaturas entre 18°C a 28° C, horas de molhamento foliar acima de 10 horas, tempo chuvoso e presença de orvalho por mais de 6 horas, condições que ocorreram com menor frequência na safra passada. http://sojabrasil.ruralbr.com.br/noticia/2012/12/aplicar-fungicida-no-momento-certo-e-fundamental- para-enfrentar-a-ferrugem-nas-lavouras-de-soja-3972801.html http://sojabrasil.ruralbr.com.br/noticia/2012/12/aplicar-fungicida-no-momento-certo-e-fundamental-para-enfrentar-a-ferrugem-nas-lavouras-de-soja-3972801.html Manejo de plantas daninhas As práticas sugeridas (Gazziero et al., 1989) para evitar disseminação das invasoras são as seguintes: 1- utilizar sementes de soja de boa qualidade provenientes de campos controlados e livres de sementes de plantas daninhas. 2- promover a limpeza rigorosa de todos os equipamentos (máquinas e implementos) antes de serem levados de um local, infestados de plantas daninhas, para áreas onde estas não existem ou para áreas onde estas ocorram em baixa populações, 3- não permitir que os animais se tornem veículos de disseminação; 4- controlar o desenvolvimento de invasoras, impedindo ao máximo a produção de sementes e/ou estruturas de reprodução nas margens de cercas, estradas, terraços, pátios, canais de irrigação ou em qualquer lugar da propriedade. 5- para o controle de focos de infestação podem ser utilizados quaisquer método de controle, desde a catação manual até a aplicação localizada de herbicidas. A catação manual constitui-se em excelente meio de eliminação, principalmente no caso das espécies de difícil controle. 6- utilizar a rotação de culturas como meio para diversificar o controle e os produtos químicos. A rotação de culturas permite alterar a composição da flora invasora, possibilitando a redução populacional de algumas espécies Manejo de plantas daninhas Uso de herbicidas: http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/tab/tab_9_2.htm http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/tab/tab_9_2.htm Irrigação em soja 25/01/2013 | Assuntos econômicos e meio ambiente http://www.canaldoprodutor.com.br/comunicacao/noticias/irrigacao-aumenta-produtividade-de-milho-e-soja-em-cerca-de-60 O sistema de irrigação aumenta a produtividade da soja em 60%, com rendimento de até 80 sacas por hectare, superior as 50 sacas por hectare da oleaginosa cultivada sem a irrigação. Com o milho, o resultado chega a 6 toneladas de grão por hectare, 57% acima das 3,8 toneladas por hectare sem a tecnologia. Os dados foram apresentados durante o Showtec 2013. https://www.google.com.br/search?q=Sistemas+de+irriga%C3%A7%C3%A3o+e m+soja&newwindow=1&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=3JcgUuXMF 7OmsQShw4E4&ved=0CGUQsAQ&biw=1366&bih=624#facrc=_&imgdii=_&img rc=UeZWY7- ndVbMdM%3A%3BjMUCQHq7bWSYWM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.pla netaarroz.com.br%252Fsite%252Fimagens%252Fnoticias%252Fnoticia11884.jp g%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.planetaarroz.com.br%252Fsite%252Fnotici as_detalhe.php%253FidNoticia%253D11884%3B600%3B361 http://www.aprosojams.org.br/sgc/uploads/irrigao_1.jpg http://www.canaldoprodutor.com.br/comunicacao/noticias/irrigacao-aumenta-produtividade-de-milho-e-soja-em-cerca-de-60 https://www.google.com.br/search?q=Sistemas+de+irriga%C3%A7%C3%A3o+em+soja&newwindow=1&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=3JcgUuXMF7OmsQShw4E4&ved=0CGUQsAQ&biw=1366&bih=624#facrc=_&imgdii=_&imgrc=UeZWY7-ndVbMdM%3A%3BjMUCQHq7bWSYWM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.planetaarroz.com.br%252Fsite%252Fimagens%252Fnoticias%252Fnoticia11884.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.planetaarroz.com.br%252Fsite%252Fnoticias_detalhe.php%253FidNoticia%253D11884%3B600%3B361 Colheita da soja A colhedora mecânica é uma importante aliada no processo produtivo da soja, principalmente pelos riscos a que está sujeita a lavoura destinada ao consumo ou à produção de sementes. A colheita deve ser iniciada tão logo a soja atinja o estádio R8 (ponto de colheita), a fim de evitar perdas na qualidade do produto, por isso deve-se sempre levar em conta velocidade e regulagens adequadas durante a colheita com uso de colhedora mecânica (EMBRAPA CERRADOS, 2011). EMBRAPA CERRADOS. A origem da soja no Brasil, 2011. Perdas na colheita da soja 1- Perdas antes da colheita, causadas por deiscência ou pelas vagens caídas ao solo antes da colheita 2- perdas por trilha, separação e limpeza, que ocorrem nos grãos que tenham passado através da colheitadeira. 3- perdas causadas pela plataforma de colheita que incluem as perdas por debulhas, as perdas devidas à baixa altura de inserção das vagens e as perdas por acamamento das plantas na lavoura. 4- velocidade de trabalho, declividade da área, operador, horário do dia Segundo a literatura 80 a 85% das perdas ocorrem pela ação dos mecanismos da plataforma de corte das colhedeiras (molinete, barra de corte e caracol), 12% são ocasionadas pelos mecanismos internos (trilha, separação e limpeza) e 3% são causadas por deiscência natural. Para avaliar perdas ocorridas, principalmente durante a colheita, recomenda- se a utilização do método volumétrico, utilizando um copo medidor de perdas, que permiti uma determinação direta de perdas em sacas/ha de soja. Pós colheita (armazenamento) Perda física ou quebra: ocorre quando o produto sofre uma perda de peso pelos danos causados, principalmente por ataque de insetos. Outros agentes como os roedores e pássaros apresentam, regra geral, níveis baixos de ação quanto à perda de peso. Perda de qualidade: é aquela que ocorre quando as qualidades intrínsecas, essenciais do produto, são alteradas, principalmente, pela ação de fungos, os quais causam fermentações, modificações organolépticas (alterações do gosto e cheiro natural do produto) e redução do valor nutritivo dos grãos. As contaminações por matérias estranhas e outros danos que afetam a qualidade da matéria-prima para a agroindústria estão incluídas entre as perdas de qualidade. Silos: https://www.google.com.br/search?q=fotos+de+silo+de+soja&new window=1&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=WAwlUuChN vOn4AOCs4DQCQ&ved=0CDAQsAQ&biw=1366&bih=624#facrc=_&i mgdii=_&imgrc=oyNSIs-uPaMCDM%3A%3BJfH5m0XaXkjG- M%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.guaranoticias.com.br%252Fcon teudo%252F0ed4ab4041f922203f0fd9be6125137e.jpg%3Bhttp%25 3A%252F%252Fwww.guaranoticias.com.br%252Fnoticias%252Fler %252Fid%252F8618%252Findex.php%3B372%3B247 https://www.google.com.br/search?q=fotos+de+silo+de+soja&newwindow=1&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=WAwlUuChNvOn4AOCs4DQCQ&ved=0CDAQsAQ&biw=1366&bih=624#facrc=_&imgdii=_&imgrc=oyNSIs-uPaMCDM%3A%3BJfH5m0XaXkjG-M%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.guaranoticias.com.br%252Fconteudo%252F0ed4ab4041f922203f0fd9be6125137e.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.guaranoticias.com.br%252Fnoticias%252Fler%252Fid%252F8618%252Findex.php%3B372%3B247 Últimas Notícias..... Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/01/ma-distribuicao-da-chuva-em-mato-grosso-prejudica-lavouras-de-soja.html Literatura utilizada ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE ÓLEOS VEGETAIS. Disponível em http://www.abiove.com.br. Acesso em: 31 out. 2011. BLACK, R. J. Complexo soja: fundamentos, situação atual e perspectivas. In: CÂMARA, G. M. S. (Ed.). Soja: tecnologia da produção II. Piracicaba: ESALQ, LPV, 2000. p. 1-18. BONATO, E. R.; BONATO, A. L. V. A soja no Brasil: história e estatística. Londrina: EMBRAPA, CNPSo, 1987. 61 p. (EMBRAPA. CNPSo. Documentos, 21). BONETTI,L. P. Distribuição da soja no mundo. In: MIYASAKA, S.; MEDINA, J. C. A soja no Brasil. Campinas: Instituto de Tecnologia de Alimentos, 1977. p. 1-6. BORDINGNON, J. R.; MANDARINO, J. M. G. Soja: composição química, valor nutricional e sabor. Londrina: EMBRAPA, CNPSo. 1994. 32 p. (EMBRAPA. CNPSo. Documentos, 70). CÂMARA, G.M.S. Soja: tecnologia da produção. Piracicaba: O Autor, 1998. 293 p. ______. Soja: tecnologia da produção II. Piracicaba: ESALQ, LPV, 2000. 450 p. CARRÃO-PANIZZI, M. C. Valor nutritivo da soja e potencial de utilização na dieta brasileira. Londrina: EMBRAPA, CNPSo. 1988. 13 p. (EMBRAPA. CNPSo. Documentos, 29). HYMOWITZ, T. On the domestication of the soybean. Economic Botany, New York, v. 24, p. 408-421, 1970. Prof. Gil Câmara - USP/ESALQ – Departamento de Produção Vegetal - nove ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE ÓLEOS VEGETAIS. Disponível em http://www.abiove.com.br. Acesso em: 31 out. 2011. BLACK, R. J. Complexo soja: fundamentos, situação atual e perspectivas. In: CÂMARA, G. M. S. (Ed.). Soja: tecnologia da produção II. Piracicaba: ESALQ, LPV, 2000. p. 1-18. BONATO, E. R.; BONATO, A. L. V. A soja no Brasil: história e estatística. Londrina: EMBRAPA, CNPSo, 1987. 61 p. (EMBRAPA. CNPSo. Documentos, 21). BONETTI, L. P. Distribuição da soja no mundo. In: MIYASAKA, S.; MEDINA, J. C. A soja no Brasil. Campinas: Instituto de Tecnologia de Alimentos, 1977. p. 1-6. BORDINGNON, J. R.; MANDARINO, J. M. G. Soja: composição química, valor nutricional e sabor. Londrina: EMBRAPA, CNPSo. 1994. 32 p. (EMBRAPA. CNPSo. Documentos, 70). CÂMARA, G.M.S. Soja: tecnologia da produção. Piracicaba: O Autor, 1998. 293 p. ______. Soja: tecnologia da produção II. Piracicaba: ESALQ, LPV, 2000. 450 p. CARRÃO-PANIZZI, M. C. Valor nutritivo da soja e potencial de utilização na dieta brasileira. Londrina: EMBRAPA, CNPSo. 1988. 13 p. (EMBRAPA. CNPSo. Documentos, 29). HYMOWITZ, T. On the domestication of the soybean. Economic Botany, New York, v. 24, p. 408-421, 1970. Prof. Gil Câmara - USP/ESALQ – Departamento de Produção Vegetal - novembro/2011 28 IGREJA, A.C.M.; PACKER, M.F.; ROCHA, M.B. A evolução da soja no estado de Goiás e seu impacto na composição agrícola. São Paulo: Instituto de Economia Agrícola, 1988. 20p. MARCOS FILHO, J.; GODOY, O. P.; CÂMARA, G. M. S. Tecnologia da produção. In: CÂMARA, G. M. S.; GODOY, O. P.; MARCOS FILHO, J.; D,ARCE, M. A . B. R. Soja: produção, pré-processamento e transformação agroindustrial. São Paulo: Secretaria da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia, 1982. p. 1-39. MIYASAKA, S.; MEDINA, J. C. A soja no Brasil. Campinas: Instituto de Tecnologia de Alimentos. 1977. 1062 p. Piracicaba, 10 de novembro de 2011 GOMES, Pimentel: A soja. 5ª ed. São Paulo. Nobel 149p. 1990 BORÉM, Aluizio: Melhoramento de Espécies Cultivadas. 2ª ed. Viçosa. Ed. UFV 969p. 2005 http://www.cnpso.embrapa.br http://www.cnpso.embrapa.br/