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Prof. Dr. Valmir Pozzetti
Prof. Esp. Geraldo Uchôa
CENTRO DE MÍDIAS 
DIREITO
BIOÉTICA
AULA 2.1
TEMAS
- Microbioética e 
biodireito
- Princípios da bioética
- Transplante de face e 
de órgãos e legislação 
correlata
AULA 2.1
OBJETIVOS
Abordar e discutir os 
assuntos dos temas 
da aula.
MICROBIOÉTICA
É a área relacionada aos avanços médico-científico-
tecnológicos, que se têm utilizado dos termos 
“microbioética” e “biodireito”, no sentido de proteção da vida 
humana, principalmente com o intuito de proteger todos 
os seres humanos que estejam direta, ou indiretamente, 
envolvidos em experimentos científicos.
BIOÉTICAAULA 4
CONCEITO DE BIODIREITO
É a positivação – ou a tentativa de positivação – das 
normas bioéticas.
Biodireito seria, portanto, a positivação jurídica de 
permissões de comportamentos médico-científicos e de 
sanções pelo descumprimento dessas normas.
Biodireito é um termo que pode ser entendido, também, 
no sentido de abranger todo o conjunto de regras jurídicas 
já positivadas e voltadas a impor – ou proibir – uma 
conduta médico-científica e que sujeitem seus infratores 
às sanções por elas previstas.
BIOÉTICAAULA 5
CONCEITO DE BIODIREITO
Ou seja, biodireito é o conjunto de leis positivas que 
visam estabelecer a obrigatoriedade de observância 
dos mandamentos bioéticos e, ao mesmo tempo, é a 
discussão sobre a adequação – necessidade de ampliação 
ou restrição – dessas legislações.
Por exemplo: clonagem de seres humanos; utilização de 
seres humanos em experimentos como a lobotomia etc.
BIOÉTICAAULA 6
PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
O que são princípios?
São a base da formação das leis, da construção do 
ordenamento jurídico de um povo.
O que eles refletem?
Aquilo que determinada sociedade entende como correto, 
como justo, como honesto.
Alguns doutrinadores o consideram como “norma”.
Os princípios possuem previsão legal?
BIOÉTICAAULA 7
POSSUEM PREVISÃO LEGAL?
Sim, artigo 4.º da LINDB – DL n.º 4657/1942
Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com 
a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
BIOÉTICAAULA 8
PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
De forma geral, a doutrina majoritária concorda que os 
principais princípios da bioética – e, portanto, do biodireito – 
seriam os seguintes: 
1) da autonomia; 
2) do consentimento informado; 
3) da beneficência; 
4) da não maleficência, 
5) da sacralidade da vida humana; 
6) da justiça; e
7) da dignidade da pessoa humana.
BIOÉTICAAULA 9
PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
Como a bioética se divide em macro (meio ambiente) e 
microbioética (vida), pode-se dizer que o biodireito seria 
uma restrição do objeto do direito ambiental – apesar 
de com ele não se confundir – de forma que existiriam 
outros princípios comumente aceitos no âmbito do direito 
ambiental, e que também deveriam ser considerados 
como princípios ligados ao biodireito, tais como:
BIOÉTICAAULA 10
PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
1) da ubiquidade;
2) da cooperação entre os povos;
3) do desenvolvimento sustentável; 
4) da preservação da espécie humana;
5) da precaução; e 
6) da prevenção.
BIOÉTICAAULA 11
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA
• Refere-se à capacidade da 
pessoa de se dar à própria lei, 
de decidir o que é “bom”, o que 
é adequado para si, de acordo 
com seus valores, necessidades e 
interesses. 
Imagem: Gerado por IA - Adobe Firefly
BIOÉTICAAULA 12
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA
• A pessoa autônoma, equilibrando 
razão, emoção e sentimentos, 
delibera e escolhe livremente entre 
as opções possíveis e é capaz de 
agir conforme suas deliberações, 
tornando-se responsável pelas 
consequências de seus atos. 
Rebeca Cerqueira: se estou doente 
com muita dor, tenho autonomia? Se 
estou com fome, tenho autonomia?
Imagem: Gerado por IA - Adobe Firefly
BIOÉTICAAULA 13
1. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA
Conforme Varella, Fontes e Rocha (2015, p. 228), o 
princípio da autonomia “[...] refere-se à capacidade de 
autogoverno do homem, de tomar suas próprias decisões, 
de o cientista saber ponderar, avaliar e decidir sobre 
qual método ou qual rumo deve dar a suas pesquisas 
para atingir os fins desejados, sobre o delineamento 
dos valores morais aceitos e de o paciente se sujeitar 
àquelas experiências, ser objeto de estudo, utilizar uma 
nova droga em fase de testes, por exemplo. 
BIOÉTICAAULA 14
1. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA
O centro das decisões deve deixar de ser apenas o médico, 
e passar a ser o médico em conjunto com o paciente, 
relativizando as relações existentes entre os sujeitos 
participantes [...]”.
O paciente sempre terá autonomia para decidir?
BIOÉTICAAULA 15
1. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA
Como esclarece Almeida (2014, p. 7) , “o princípio da 
autonomia está diretamente ligado ao livre consentimento 
do paciente na medida em que este deve ser sempre 
informado; em outras palavras, o indivíduo tem a liberdade 
de fazer o que quiser, mas, para que esta liberdade seja 
plena, é necessário oferecer a completa informação para que 
o consentimento seja realmente livre e consciente.” 
Por exemplo: vou usar uma droga que pode te curar, mas 
trará o efeito colateral de não te permitir andar mais.
BIOÉTICAAULA 16
Diedrich, citada por Santos (2016, p. 219), acrescenta que esse 
princípio, segundo o Relatório Belmont publicado em 1978, 
"[...] abrange ao menos duas convicções éticas: 
1. os indivíduos devem ser tratados como agentes 
autônomos e
2. as pessoas com autonomia diminuída têm direito à 
proteção (se eu estou com muita dor, tenho condições de 
decidir?). 
BIOÉTICAAULA 17
Salientando que pessoa autônoma é aquela “capaz 
de deliberar sobre seus objetivos pessoais e agir sob a 
orientação dessa deliberação”. A comissão que compôs o 
Relatório Belmont reconheceu que nem todo ser humano é 
capaz de se autodeterminar, necessitando de mais proteção. 
BIOÉTICAAULA 18
“Considera-se que, na maioria das pesquisas envolvendo 
seres humanos, o princípio da autonomia determina que os 
seres humanos só participem da pesquisa ‘voluntariamente 
e com informação adequada’” (in Maria Celeste Cordeiro 
Leite Santos, Biodireito, pág. 219).
Exemplo: aquele que está com câncer sofrendo dores 
lancinantes tem autonomia para decidir entre parar a dor e 
ter problemas de diabetes mais tarde?
BIOÉTICAAULA 19
“O princípio da autonomia está diretamente ligado ao livre 
consentimento do paciente na medida em que este deve ser 
sempre informado; ou seja, o indivíduo tem a liberdade de 
fazer o que quiser, mas, para que esta liberdade seja plena, 
é necessário oferecer a completa informação para que o 
consentimento seja realmente livre e consciente”. 
Por exemplo: sobre coquetéis para amenizar os efeitos da 
AIDS testados pelos laboratórios americanos, na África, 
ainda em fase de experimentação, as cobaias não foram 
informadas.
BIOÉTICAAULA 20
2. PRINCÍPIO DO CONSENTIMENTO 
LIVRE E INFORMADO
A informação na relação entre médico e paciente, no 
momento em que envolve procedimentos, qualquer deles, 
inclusive receita de medicamentos, é requisito de grande 
valor jurídico. 
BIOÉTICAAULA 21
2. PRINCÍPIO DO CONSENTIMENTO 
LIVRE E INFORMADO
O paciente deve ter em seu conhecimento todas as 
informações possíveis sobre seu estado de saúde, para 
tomar a decisão que lhe seja mais conveniente, diante do 
quadro apresentado pelo médico. 
Além do seu estado de saúde, o paciente tem o direito 
de saber os efeitos e as consequências de qualquer 
intervenção médica, para que tenha o poder de decidir por 
conta própria. 
BIOÉTICAAULA 22
2. PRINCÍPIO DO CONSENTIMENTO 
LIVRE E INFORMADO
O requisito da informação determina ao médico que 
esclareça quais os caminhos e as consequências de 
eventual decisão do paciente. 
Mas o paciente deve, obrigatoriamente, ser capaz, do 
ponto de vista civil, para decidir. De nada adiantará haver 
consentimento de paciente absolutamente incapaz. O 
efeito jurídico será irrelevante e o médico acabaria sendo 
responsável por eventual consequência negativa.
BIOÉTICAAULA 23
2. PRINCÍPIO DOCONSENTIMENTO 
LIVRE E INFORMADO
É importante registrar do discernimento do paciente: 
capacidade de compreender, perfeitamente, as condições 
de saúde em que se encontra, para que possa tomar decisão 
com validade jurídica.
BIOÉTICAAULA 24
TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO (MODELO que pode ser lido pela 
paciente e gravado por vídeo ou gravador de voz)
Maria Fonseca, brasileira, solteira, empresária, inscrita no CPF sob o n.º ................., 
ID n.º ....................., com endereço na rua .............................., n.º 10, bairro Centro, CEP 
69045-100, Manaus/AM, DECLARA, por meio do presente instrumento de 
CONSENTIMENTO LIVRE E INFORMADO, ter sido informada pelo médico 
Dr. ......................, brasileiro, casado, médico cirurgião, inscrito no CPF sob o n.º 
..........................., ID n.º ....................., com clínica médica no endereço Av. ...................., n.º 
2, sala 3, bairro Belvedere, Manaus/AM, a respeito de todas as repercussões que 
envolve a cirurgia bariátrica, bem como sobre todos os efeitos, indicações e 
contraindicações referentes ao consumo do medicamento XYZ, não havendo 
qualquer dúvida a ser sanada, em virtude da prestação médica ocorrida dia 
X/Y/Z, na própria clínica onde exerce seu trabalho. A signatária concorda com 
todos os procedimentos, sabendo das consequências e dos efeitos positivos e 
negativos. Pagou pela prestação de serviços o valor de R$ 60.000,00.
BIOÉTICAAULA 25
DECLARA para todos os efeitos, tendo em vista o princípio do consentimento 
livre e informado, que concorda, espontaneamente, em submeter-me à 
cirurgia bariátrica, bem como com o consumo dos medicamentos WTQ. 
Assume total responsabilidade pelos riscos de eventuais efeitos não desejáveis, 
provenientes de tratamento e uso de medicamentos indicados pelo médico. 
Manaus/AM, 18 de abril de 2021. 
_______________________________
Maria Fonseca
BIOÉTICAAULA 26
• Assinar este “termo de consentimento informado” no 
dia da cirurgia é válido ou há vicio?
• Qual orientação, como advogado, você daria a um 
cliente seu? 
BIOÉTICAAULA 27
3. PRINCÍPIO DA BENEFICÊNCIA
Varella, Fontes e Rocha (2015, pág. 228) esclarecem que “o 
presente princípio está intimamente ligado ao juramento 
de Hipócrates”, que afirma: “aplicarei os regimes para o 
bem dos doentes, segundo o meu saber e a minha razão, 
e nunca para prejudicar ou fazer o mal a quem quer que 
seja”, e significa “a ponderação entre riscos e benefícios, 
tanto atuais como potenciais, individuais ou coletivos, 
comprometendo-se com o máximo de benefícios e o 
mínimo de danos e riscos [...]” (2015, pág. 227).
BIOÉTICAAULA 28
3. PRINCÍPIO DA BENEFICÊNCIA
Esse princípio também é identificado, por alguns autores, 
como princípio da não maleficência, uma vez que ordena 
a médicos e cientistas que se abstenham de realizar 
qualquer atividade que venha, ou possa vir, a causar mal 
despropositado ao paciente.
Mas a doutrina majoritária diferencia os princípios da 
beneficência do princípio da não maleficência.
BIOÉTICAAULA 29
4. PRINCÍPIO DA NÃO MALEFICÊNCIA
• O que é maleficência? Substantivo feminino com 
característica do que é maléfico; qualidade daquilo que 
faz mal. Tendência para fazer o mal.
• O princípio nos faz buscar minimizar o risco e/ou o 
dano ao paciente.
• Esse princípio abarca regras morais específicas, 
como as de não matar; não causar dor ou sofrimento, 
incapacitação e/ou ofensa a outros e não despojar 
alguém dos prazeres da vida.
BIOÉTICAAULA 30
4. PRINCÍPIO DA NÃO MALEFICÊNCIA
• Trata-se de proibir condutas que, apesar de poderem 
gerar algum conhecimento novo ou alguma descoberta 
revolucionária, sejam igualmente capazes de gerar algum 
malefício ao paciente. Ex.: usar coelhos como cobaias.
BIOÉTICAAULA 31
4. PRINCÍPIO DA NÃO MALEFICÊNCIA
Enquanto o princípio da não maleficência é o que determina 
a obrigação de não infligir danos a quem quer que seja de 
maneira intencional, o princípio da beneficência não nos diz 
como distribuir o bem e o mal. Só nos manda promover o 
primeiro (bem) e evitar o segundo (mal). Por exemplo, devo 
aplicar NM nas pesquisas com animais em clínicas veterinárias 
que lhes quebra a espinha dorsal para fins de estudo; o uso de 
coelhos para testar maquiagem feminina etc.
BIOÉTICAAULA 32
4. PRINCÍPIO DA NÃO MALEFICÊNCIA 
(profissional/comunitária)
• Conter a violência em nome do bem 
(parto humanizado).
• Respeitar a individualidade, o 
diferente (respeitar o idoso).
• A vida não é privilégio de alguns nem 
depende de “tempo de duração” ou 
de lugar (médico sem medicamento 
pode optar por qual vida?).
Imagem: Blue Jean Images - AdobeStock
BIOÉTICAAULA 33
4. PRINCÍPIO DA NÃO MALEFICÊNCIA 
(profissional/comunitária)
• Não relativizar a compreensão 
do direito à vida, mesmo que 
vegetativa (a medicina avança).
• Hipossuficiência, inocência e 
diferença – não transaciona 
(povos indígenas).
Imagem: Blue Jean Images - AdobeStock
BIOÉTICAAULA 34
5. PRINCÍPIO DA SACRALIDADE DA VIDA
Esse princípio envolve a questão da vida humana como 
sendo um valor em si mesma. A vida humana é sagrada 
(sacro, no sentido religioso: só Deus pode tirá-la).
Presente de forma clara no meio científico desde Kant, 
para quem o ser humano é um fim, e nunca um meio, 
esse princípio toma vulto após as atrocidades nazifascistas 
cometidas durante a Segunda Guerra Mundial.
BIOÉTICAAULA 35
5. PRINCÍPIO DA SACRALIDADE DA VIDA
Por esse princípio, portanto, a vida humana deve ser, sempre, 
respeitada e protegida contra agressões. 
Trata-se de respeitar a vida, decorrência lógica do princípio 
da dignidade da pessoa humana, o qual considera o ser 
humano como valor em si mesmo.
BIOÉTICAAULA 36
5. PRINCÍPIO DA SACRALIDADE DA VIDA
“[...] são os princípios norteadores da bioética, na medida 
em que consideram a vida como sagrada e inviolável. 
Nesse sentido, não se justifica a causa do sofrimento e da 
dor desnecessária, a imputação de ônus superior ao que a 
pessoa possa suportar, ainda que, por decisão sua e mesmo 
que para realização de pesquisas ou qualquer atividade 
científica” (Varella, 1998, p. 230).
BIOÉTICAAULA 37
CF/1988
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia 
Nacional Constituinte para instituir um estado democrático, destinado 
a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, 
a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça 
como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem 
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem 
interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, 
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Alguns doutrinadores destacam que o preâmbulo da CF não autoriza a 
eutanásia e o aborto no Brasil. O que você acha?
BIOÉTICAAULA 38
O QUE É PREÂMBULO DE UMA LEI?
As leis já publicadas trazem em seu corpo o PREÂMBULO, 
localizado entre a ementa e o artigo inicial da norma. 
Porém, a aposição do preâmbulo não acontece no ato da 
proposição do projeto de lei e, sim, durante a sua fase de 
promulgação. 
Também chamado de fórmula de promulgação, tem como 
finalidade indicar:
- a autoridade ou a instituição competente para a prática do ato;
- a base constitucional ou legal;
- a ordem de execução ou mandado de cumprimento.
BIOÉTICAAULA 39
O QUE É PREÂMBULO DE UMA LEI?
José Afonso da Silva (Comentário contextual à Constituição. 6. 
ed. São Paulo: Malheiros, 2008, p. 22.), destaca que “o preâmbulo 
vale para orientação e aplicação das normas constitucionais, 
reconhecendo, assim, sua eficácia interpretativa e integrativa”.
Vai além, dispondo que, quando contiver uma declaração de 
direitos não reproduzida por norma constante da Constituição, 
o preâmbulo vale, a esse respeito, como se tratasse de uma 
regra ou princípio articulado no texto magno.
BIOÉTICAAULA 40
6. PRINCÍPIO DA JUSTIÇA
No âmbito da “justiça”, diferencie isonomia,igualdade e 
equidade.
Os diferentes tipos de justiça:
• Distributiva (garante que cada pessoa receba uma parte 
justa dos recursos públicos). 
• Procedimental (garantia de processo justo de tomada de 
decisões e solução de disputas).
• Retributiva (garante punição aos transgressores).
BIOÉTICAAULA 41
6. PRINCÍPIO DA JUSTIÇA
• Reparadora (tenta reparar danos cometidos no 
passado). Há uma corrente que defende a necessidade 
de o Brasil indenizar afrodescendentes pela escravidão. 
Qual é a tua opinião, baseada na justiça reparadora?
• Social (combinação dos tipos anteriores, aplicada 
a uma sociedade na qual os indivíduos e os grupos 
recebem tratamento justo e uma parte justa dos 
benefícios da sociedade).
BIOÉTICAAULA 42
CF/1988
Art. 3.º Constituem objetivos fundamentais da República 
Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as 
desigualdades sociais e regionais;
BIOÉTICAAULA 43
CF/1988
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação.
• Como você interpreta o inciso I, no tocante a “uma 
sociedade justa”? 
BIOÉTICAAULA 44
6. PRINCÍPIO DA JUSTIÇA
Pode-se dividir o princípio da justiça em três questões 
básicas: 
1. o ônus do encargo da pesquisa científica; 
2. a aplicação dos recursos destinados à pesquisa; e 
3. a destinação dos resultados práticos obtidos dessas 
pesquisas.
BIOÉTICAAULA 45
6. PRINCÍPIO DA JUSTIÇA
Sobre o primeiro ponto, todos os membros da sociedade 
devem, de forma igualitária, e na medida de suas 
forças, arcar com o ônus da manutenção das pesquisas 
e da aplicação dos resultados. Ex.: inoculação do vírus da 
AIDs em mulheres e homens africanos. Por que só neles?
BIOÉTICAAULA 46
6. PRINCÍPIO DA JUSTIÇA
Pelo segundo tópico, segundo Varella, Fontes e Rocha 
(2015, pág. 228) esse princípio implica em “[...] distribuição 
justa e equitativa dos recursos financeiros e técnicos da 
atividade científica e dos serviços de saúde, não só para a 
solução dos problemas do “primeiro mundo”, mas também 
para a busca de soluções para problemas típicos dos países 
subdesenvolvidos”. 
BIOÉTICAAULA 47
6. PRINCÍPIO DA JUSTIÇA
E, pelo terceiro ponto, a ciência deve ser aplicada de forma 
igual para todos os membros da espécie humana, não 
devendo existir distinção em função de classe social ou 
capacidade econômica daquele que necessita de tratamento 
médico. Mudança de sexo só para quem pode pagar?
BIOÉTICAAULA 48
7. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
Há autores que defendem como princípio bioético o da vida 
humana digna (ou dignidade da pessoa humana).
Segundo esses autores, só seria merecedora de proteção a 
vida humana que conferisse dignidade ao ser humano que a 
possui. Os argumentos trazidos por esses estudiosos são no 
intuito de se autorizar condutas como a do abortamento e da 
eutanásia.
BIOÉTICAAULA 49
7. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
Conforme Marcelo Varella, Eliana Fontes e Rocha (2015, p. 
231), “[...] muitos teóricos consideram admissível o sacrifício 
de vidas humanas, quando não possam viver em iguais 
condições às dos demais homens, como no caso dos 
excepcionais e idosos inconscientes. O debate renasce a cada 
fórum de discussões [...]” (2015, págs. 230 e 231).
Porém, o correto seria considerar que toda vida humana, por 
si só, já é um componente que confere dignidade àquele que 
a possui, mesmo porque, conforme corretamente indagam 
Varella, Fontes e Rocha (2015, pág. 231) “o que seria vida com 
qualidade?”.
BIOÉTICAAULA 50
Admitir-se a hipótese da possibilidade do sacrifício de “vidas 
sem qualidade" (ciganos, negros e judeus eram considerados 
“vidas” sem qualidade) seria autorizar condutas como as 
praticadas durante a Segunda Guerra Mundial pelas forças 
nazifascistas, onde deficientes físicos, idosos, homossexuais 
e até judeus jovens, fisicamente perfeitos e heterossexuais, 
eram considerados objetos absolutamente descartáveis, 
servindo, quando muito, como cobaias humanas para 
experimentos científicos de toda sorte.
BIOÉTICAAULA 51
O entendimento de que toda vida humana merece ser 
respeitada como finalidade e jamais como meio já é, há 
algum tempo, pacífico no mundo jurídico – salvo breves 
espaços temporais, como na época da citada Segunda Guerra 
Mundial –, principalmente na era pós-kantiana.
BIOÉTICAAULA 52
CF/1988
Art. 1.º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos estados e municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em estado democrático de direito e tem como 
fundamentos:
I - a soberania; 
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV- os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
 V - o pluralismo político.
BIOÉTICAAULA 53
VÍDEO
RESPONDA: O QUE VÊM PRIMEIRO, O 
DIREITO À VIDA (SACRALIDADE) OU 
O DIREITO À DIGNIDADE DA PESSOA 
HUMANA? 
VEJAM O FILME “UM ATO DE 
ESPERANÇA”.
Um Ato de Esperança - Trailer
Fonte: A2 Filmes - YouTube 
 
Duração: 2:19
https://www.youtube.com/
watch?app=desktop&v=VcVkHH3hLF4
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=VcVkHH3hLF4
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=VcVkHH3hLF4
OUTROS PRINCÍPIOS ATRELADOS 
AO MACROBIODIREITO E QUE SE 
CONECTAM COM O BIODIREITO
BIOÉTICAAULA 55
8. PRINCÍPIO DA UBIQUIDADE
No âmbito do direito ambiental, tem-se que, pelo princípio da 
ubiquidade, o bem ambiental é onipresente, de forma que 
uma agressão ao meio ambiente em determinada localidade 
é capaz de causar reflexos negativos para todo o planeta 
Terra e, consequentemente, a todos os povos e a todos os 
indivíduos; não só para os membros da espécie humana, mas 
para todas as espécies habitantes do planeta.
Ex.: vimos recentemente o fogo na floresta canadense que 
avançou limites dentro dos EUA. 
BIOÉTICAAULA 56
9. PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO ENTRE OS POVOS
Édis Milaré (2016, p. 125) afirma que a Declaração sobre o 
Ambiente Humano elaborada pela 1.ª Conferência Mundial 
sobre Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, em 1972, 
“[...] enfatizou a necessidade do livre intercâmbio de 
experiências científicas e do mútuo auxílio tecnológico 
e financeiro entre os países, a fim de facilitar a solução 
dos problemas ambientais” (2016, pág. 126), ressalvando 
pouco mais adiante que “[...] a implementação do princípio 
não importa em renúncia à soberania do estado ou à 
autodeterminação dos povos [...]”.
BIOÉTICAAULA 57
CF/1988: Art. 4.º A República Federativa do Brasil rege-se nas 
suas relações internacionais pelos seguintes princípios: 
IX - cooperação entre os povos para o progresso 
da humanidade.
No âmbito do biodireito, encontra fundamentos na 
necessidade de proteção global contra experimentações 
indevidas, sobretudo as que envolvam alteração de células 
germinativas humanas.
Por outro lado, trata-se de princípio que decorre de outro 
princípio também aplicável ao biodireito, o princípio da 
justiça.
BIOÉTICAAULA 58
Ex. 1: quebra de patente do coquetel da AIDs por Lula e 
distribuição gratuita aos países pobres. 
Ex. 2: poluição transfronteiriça. 
Ex. 3: rios voadores da Amazônia, que beneficiam 
Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile etc.
BIOÉTICAAULA 59
10. PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DA 
ESPÉCIE HUMANA
Quanto ao desenvolvimento sustentável do direito ambiental, 
Édis Milaré (2016, p. 122) esclarece tratar-se de duplo direito: 
“[...] o direito do ser humano de desenvolver-se e realizar 
as suas potencialidades, quer individual quer socialmente, 
e o direito de assegurar aos seus pósteros as mesmas 
condições favoráveis. Nesse princípio, talvez mais do que 
em outro, surge tão evidente a reciprocidade entre direito e 
dever, porquanto o desenvolver-se e usufruir de um planeta 
plenamente habitável não é apenas direito, é dever precípuo das 
pessoas e da sociedade. Direito e dever como contrapartidas 
inquestionáveis”.
BIOÉTICAAULA 60
Assim, na esfera dobiodireito, esse princípio significa que 
o ser humano é livre para realizar as pesquisas que julgue 
úteis para seu aprimoramento enquanto espécie, sem, 
entretanto, esquecer-se, jamais, de sua responsabilidade 
perante as futuras gerações, o que implica no dever de 
preservação das características essenciais da espécie 
humana, impondo-se limites objetivos às experimentações 
científicas que sejam capazes de alterar o ser humano, não 
apenas como indivíduo, mas também como espécie: 
criar clone com 10 cabeças.
BIOÉTICAAULA 61
11. PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
No âmbito do biodireito, tal princípio implicaria na 
impossibilidade de se efetuarem toda e qualquer pesquisa 
científica até que se comprovem a inexistência de 
consequências maléficas – diretas ou indiretas – para o ser 
humano.
Não se trata de se provar o risco da atividade para, só depois, 
impedir sua continuação. Muito mais do que isso, trata-se de 
impor ao interessado na realização da atividade o dever de 
comprovar a inexistência de risco, sob pena de proibição da 
prática da atividade científica que se deseja praticar.
BIOÉTICAAULA 62
11. PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
Esse princípio, no âmbito do biodireito, decorreria dos princípios 
da preservação da espécie humana, da dignidade da pessoa 
humana, da sacralidade da vida e da ubiquidade, uma vez 
que, em decorrência desses princípios, todos os membros da 
espécie humana estão obrigados, em decorrência da dignidade 
intrínseca de todo ser humano e da vida humana como objeto 
sagrado, a garantir a preservação das condições de vida 
necessárias à preservação da espécie humana. 
Ex.: clonagem (o que fará meu clone?), eutanásia (quem me 
garante que morrer é melhor do que enfrentar as dores do 
agora?)
BIOÉTICAAULA 63
11. PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
O ponto de maior aplicação desse princípio seria o da 
problemática relacionada à questão dos organismos 
geneticamente modificados, também chamados de 
transgênicos. 
Eles fazem bem ou mal à saúde humana? E ao meio ambiente? 
BIOÉTICAAULA 64
VÍDEO
CRIANÇA CRIADA EM 
LABORATÓRIO
GATTACA | Não existe gene para 
o espírito humano
Fonte: Elegante - YouTube 
 
Duração: 13:20
https://www.youtube.com/watch?v=TlB-
XIVb5dg
https://www.youtube.com/watch?v=TlB-XIVb5dg
https://www.youtube.com/watch?v=TlB-XIVb5dg
12. PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO
No âmbito ambiental, conforme o professor Marcelo 
Abelha (2014, p. 36), a aplicação desse princípio depende 
da “existência de riscos para o meio ambiente, de forma 
que a autorização para o exercício da atividade só poderá 
ser concedida em caso de o meio ambiente ser capaz de 
suportar os riscos e, ainda, se o responsável pela atividade se 
comprometer a evitar ao máximo possível as externalidades 
negativas que possam advir da atividade desenvolvida”.
BIOÉTICAAULA 66
12. PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO
Assim, transportando-se o princípio da prevenção para o 
biodireito, ter-se-ia que a pesquisa científica só poderá 
ser realizada se existirem meios de impedir a sua 
irreversibilidade e, nesse caso, os membros das equipes 
envolvidas com a pesquisa em questão estão obrigados 
a tomar todas as medidas possíveis e necessárias para 
impedir que ocorram problemas decorrentes da pesquisa a 
ser realizada.
BIOÉTICAAULA 67
12. PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO
Pode-se considerar esse princípio como um reforço do 
princípio da precaução, de forma que é necessário que os 
interessados comprovem a inexistência de riscos para a 
espécie humana na pesquisa a ser realizada para, só depois, 
poderem praticar a pesquisa, tomando, ainda, todos os 
cuidados para minimizar as consequências adversas das 
pesquisas a serem realizadas.
BIOÉTICAAULA 68
13. PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Correlaciona-se com a pesquisa de qualidade.
a) Preservar o meio ambiente com qualidade de vida 
(alimentos transgênicos e prejuízo à saúde).
b) Produzir alimentos que proporcionem saúde e qualidade 
de vida.
c) Não explorar, como escravos, clones humanos.
d) Nanotecnologia (para onde irão as bactérias de 
despoluição?).
BIOÉTICAAULA 69
13. PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
CF/1988:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do 
trabalho humano e na livre iniciativa tem por fim assegurar a 
todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, 
observados os seguintes princípios:
(...)
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento 
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e 
serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
BIOÉTICAAULA 70
BIODIREITO
No âmbito da microbioética é preciso destacar que os 
princípios estão ligados às atividades médicas, como: 
TRANSPLANTE DE FACE E RESPONSABILIDADE 
CIVIL DO MÉDICO.
BIOÉTICAAULA 71
TRANSPLANTE DE FACE E RESPONSABILIDADE 
CIVIL DO MÉDICO
Imagem: AIDigitalart - AdobeStock
BIOÉTICAAULA 72
RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO
Definição de erro médico dada por Júlio Cezar Meirelles Gomes:
• "Erro médico é a conduta profissional inadequada que supõe 
inobservância técnica, capaz de produzir dano à vida ou à 
saúde de outrem, caracterizada por imperícia, imprudência 
ou negligência".
• A culpa médica se expressa numa ação ou omissão 
consciente, ou seja, uma maneira de deliberadamente procurar 
por meio de certa conduta obter um resultado desejado 
ou quando se manifestar presente imperícia, negligência ou 
imprudência na conduta profissional de um médico.
BIOÉTICAAULA 73
RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO
• Imperícia é um tipo de culpa – por ação – que pode 
ocorrer quando o médico se conduz de maneira errada ou 
equivocada, seja por falta de experiência, por despreparo 
técnico ou por falta de conhecimento específico, em 
determinada área.
• “Consiste, portanto, a imperícia na falta de cabedal 
normalmente indispensável ao exercício de uma 
profissão ou arte. Na imperícia o agente, embora 
diplomado médico, é, ao menos parcialmente, falto de 
conhecimentos técnicos, teóricos ou práticos ao executar 
um ato profissional”.
BIOÉTICAAULA 74
RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO
• Negligência: é a omissão daquilo que razoavelmente se faz, 
ajustadas as condições emergentes às considerações que 
regem a conduta normal dos negócios humanos. É, portanto, 
negligência a omissão dos deveres que as circunstâncias exigem.
BIOÉTICAAULA 75
RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO
Imprudência: é denominada pela doutrina como forma 
ativa ou militante de culpa; é uma atitude em que o agente 
exerce determinada atividade, que guarda necessariamente 
relação com arte ou profissão, com intempestividade, 
precipitação, afoiteza ou insensatez, deixando de empregar 
as precauções indicadas pela experiência como capazes de 
prevenir possíveis resultados lesivos.
BIOÉTICAAULA 76
RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO
Portanto, para responsabilizar o médico por erro em paciente, 
que cause danos a ele, é necessário que uma destas formas 
tradicionais de culpa em sentido estrito esteja presente, e 
devidamente comprovado, na sua conduta.
A responsabilidade do profissional liberal é subjetiva cabendo 
ao lesado comprovar a ação ou omissão que desencadeou 
o dano, por meio da inobservância de um dever, por 
negligência, imprudência ou imperícia no desempenho da 
atividade contratada e cabendo ao profissional provar que 
não agiu culposamente. 
BIOÉTICAAULA 77
RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO
Código Civil de 2002:
Artigo 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a 
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Conclui-se que a responsabilidade do profissional liberal 
é subjetiva, cabendo ao lesado comprovar a ação ou a 
omissão que desencadeou o dano, por meio da inobservância 
de um dever, por negligência, imprudência ou imperícia 
no desempenho da atividade contratada e cabendo ao 
profissional provar que não agiu culposamente. 
BIOÉTICAAULA 78
CASO 1
Connie Culp
BIOÉTICAAULA 79
PACIENTE QUE PASSOU PELO PRIMEIRO 
TRANSPLANTE DE ROSTO NOSEUA
A americana Connie Culp, com 46 anos, teve parte da face 
destruída por um tiro disparado pelo próprio marido em 2004. 
Como a bala atingiu seu nariz, as bochechas, o maxilar e um 
olho de Culp, ela vivia com centenas de fragmentos do projétil 
e de ossos alojados no rosto. Para respirar, teve de ser feita 
uma abertura na traqueia.
BIOÉTICAAULA 80
PACIENTE QUE PASSOU PELO PRIMEIRO 
TRANSPLANTE DE ROSTO NOS EUA
Após passar por 30 procedimentos 
médicos nos últimos cinco anos, ela 
recebeu o transplante no dia 10 de 
dezembro de 2004, numa clínica de 
Cleveland. Hoje, Culp voltou a falar, 
sentir cheiros, provar alimentos e 
também sorrir.
https://www.dailymail.co.uk/
news/article-8581843/Woman-
underwent-face-transplant-U-S-
died-age-57.html
BIOÉTICAAULA 81
https://www.dailymail.co.uk/news/article-8581843/Woman-underwent-face-transplant-U-S-died-age-57.html
https://www.dailymail.co.uk/news/article-8581843/Woman-underwent-face-transplant-U-S-died-age-57.html
https://www.dailymail.co.uk/news/article-8581843/Woman-underwent-face-transplant-U-S-died-age-57.html
https://www.dailymail.co.uk/news/article-8581843/Woman-underwent-face-transplant-U-S-died-age-57.html
Imagem mostra a estrutura facial de Connie Culp 
antes e depois da cirurgia 
https://g1.globo.com/Noticias/
Ciencia/0,,MUL1384247-5603,00-MUL
HER+QUE+PASSOU+POR+TRANSPLA
NTE+DE+ROSTO+EVOLUI+BEM.html
BIOÉTICAAULA 82
https://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1384247-5603,00-MULHER+QUE+PASSOU+POR+TRANSPLANTE+DE+ROSTO+EVOLUI+BEM.html
https://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1384247-5603,00-MULHER+QUE+PASSOU+POR+TRANSPLANTE+DE+ROSTO+EVOLUI+BEM.html
https://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1384247-5603,00-MULHER+QUE+PASSOU+POR+TRANSPLANTE+DE+ROSTO+EVOLUI+BEM.html
https://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1384247-5603,00-MULHER+QUE+PASSOU+POR+TRANSPLANTE+DE+ROSTO+EVOLUI+BEM.html
PACIENTE QUE PASSOU PELO PRIMEIRO 
TRANSPLANTE DE ROSTO NOS EUA
Connie Culp, com 46 anos, teve parte 
da face destruída em 2004 por um 
tiro disparado pelo marido; a cirurgia 
realizada em dezembro/2004 fez ela 
voltar a falar, cheirar e sorrir.
https://www.atlantico.net/
articulo/sociedad/connie-culp-
evoluciona-someterse-trasplante-
facial/20090716204811067865.html
BIOÉTICAAULA 83
https://www.atlantico.net/articulo/sociedad/connie-culp-evoluciona-someterse-trasplante-facial/20090716204811067865.html
https://www.atlantico.net/articulo/sociedad/connie-culp-evoluciona-someterse-trasplante-facial/20090716204811067865.html
https://www.atlantico.net/articulo/sociedad/connie-culp-evoluciona-someterse-trasplante-facial/20090716204811067865.html
https://www.atlantico.net/articulo/sociedad/connie-culp-evoluciona-someterse-trasplante-facial/20090716204811067865.html
PACIENTE QUE PASSOU PELO PRIMEIRO 
TRANSPLANTE DE ROSTO NOS EUA
“Eu não sou um monstro”, afirmou 
a paciente durante a coletiva de 
imprensa na qual foi apresentada. 
http://www.huffingtonpost.
com/2009/05/05/connie-culp-
nations-first_n_197187.html, Fair 
use, https://en.wikipedia.org/w/
index.php?curid=22707697
BIOÉTICAAULA 84
http://www.huffingtonpost.com/2009/05/05/connie-culp-nations-first_n_197187.html, Fair use, https://en.wikipedia.org/w/index.php?curid=22707697
http://www.huffingtonpost.com/2009/05/05/connie-culp-nations-first_n_197187.html, Fair use, https://en.wikipedia.org/w/index.php?curid=22707697
http://www.huffingtonpost.com/2009/05/05/connie-culp-nations-first_n_197187.html, Fair use, https://en.wikipedia.org/w/index.php?curid=22707697
http://www.huffingtonpost.com/2009/05/05/connie-culp-nations-first_n_197187.html, Fair use, https://en.wikipedia.org/w/index.php?curid=22707697
http://www.huffingtonpost.com/2009/05/05/connie-culp-nations-first_n_197187.html, Fair use, https://en.wikipedia.org/w/index.php?curid=22707697
Equipe de médicos olha para um modelo do rosto de Connie 
durante a cirurgia.
https://istoedinheiro.com.br/primeira-receptora-
de-transplante-facial-nos-eua-morre-12-anos-
apos-cirurgia/
BIOÉTICAAULA 85
https://istoedinheiro.com.br/primeira-receptora-de-transplante-facial-nos-eua-morre-12-anos-apos-cir
https://istoedinheiro.com.br/primeira-receptora-de-transplante-facial-nos-eua-morre-12-anos-apos-cir
https://istoedinheiro.com.br/primeira-receptora-de-transplante-facial-nos-eua-morre-12-anos-apos-cir
Ainda existem grandes massas 
de pele pendendo do rosto dela, 
o que será corrigido com outras 
futuras cirurgias plásticas de 
cunho estético e corretivo.
https://hypescience.com/
paciente-de-transplante-facial-
conta-sua-historia-e-comenta-os-
resultados/
BIOÉTICAAULA 86
https://hypescience.com/paciente-de-transplante-facial-conta-sua-historia-e-comenta-os-resultados/
https://hypescience.com/paciente-de-transplante-facial-conta-sua-historia-e-comenta-os-resultados/
https://hypescience.com/paciente-de-transplante-facial-conta-sua-historia-e-comenta-os-resultados/
https://hypescience.com/paciente-de-transplante-facial-conta-sua-historia-e-comenta-os-resultados/
• A cirurgia na qual Connie recebeu 80% da face de 
uma doadora levou 22 horas. Os médicos precisaram 
transplantar ossos, músculos, nervos, pele e vasos 
sanguíneos. Na época, foi a quinta vez que esse tipo de 
procedimento foi realizado no mundo, mas o primeiro com 
essa proporção.
• Morreu aos 57 anos, em 30/08/2020, em uma clínica em 
Ohio. A causa da morte não foi revelada. As informações 
foram publicadas pela NBC.
BIOÉTICAAULA 87
O que ocorreu com o 
MARIDO dela?
BIOÉTICAAULA 88
RESPOSTA: 
Ele ficou preso por sete anos e ela o perdoou.
“Ele foi o meu primeiro amor. Sempre vou 
amá-lo”, disse Connie, com seu novo rosto.
BIOÉTICAAULA 89
CASO 2
 Li Guoxing
BIOÉTICAAULA 90
Chinês atacado por urso recebe transplante de face.
https://www.mz.de/panorama/
china-mann-mit-fremden-
gesicht-stirbt-2377624
BIOÉTICAAULA 91
https://www.mz.de/panorama/china-mann-mit-fremden-gesicht-stirbt-2377624
https://www.mz.de/panorama/china-mann-mit-fremden-gesicht-stirbt-2377624
https://www.mz.de/panorama/china-mann-mit-fremden-gesicht-stirbt-2377624
CHINÊS ATACADO POR UM URSO RECEBE 
TRANSPLANTE DE FACE
Médicos chineses realizaram o 
primeiro transplante de face do país, 
a segunda cirurgia desse tipo no 
mundo. O paciente, de 30 anos, havia 
sido atacado por um urso e teve dois 
terços de sua face repostos em uma 
operação de 14 horas.
https://www.fr.de/wissen/china-
meldet-weltweit-zweite-gesichtst
ransplantation-11666312.html
BIOÉTICAAULA 92
https://www.fr.de/wissen/china-meldet-weltweit-zweite-gesichtstransplantation-11666312.html
https://www.fr.de/wissen/china-meldet-weltweit-zweite-gesichtstransplantation-11666312.html
https://www.fr.de/wissen/china-meldet-weltweit-zweite-gesichtstransplantation-11666312.html
CASO 3
Isabelle Dinoire
BIOÉTICAAULA 93
O PRIMEIRO TRANSPLANTE DE ROSTO NO MUNDO
A primeira paciente de um 
transplante de rosto no mundo 
ainda não se acostumou com o 
novo visual. A francesa Isabelle, 
em 2005, foi atacada por sua 
cadela e teve o rosto destruído. 
Seis meses depois, recebeu o 
rosto de uma mulher que havia se 
suicidado. 
https://www.dailymail.co.uk/health/
article-3777666/Cancer-killed-world-s-face-
transplant-recipient-NOT-caused-anti-rejection-
drugs-unrelated-tumour-doctors-reveal.html
BIOÉTICAAULA 94
https://www.dailymail.co.uk/health/article-3777666/Cancer-killed-world-s-face-transplant-recipient-NOT-caused-anti-rejection-drugs-unrelated-tumour-doctors-reveal.html
https://www.dailymail.co.uk/health/article-3777666/Cancer-killed-world-s-face-transplant-recipient-NOT-caused-anti-rejection-drugs-unrelated-tumour-doctors-reveal.html
https://www.dailymail.co.uk/health/article-3777666/Cancer-killed-world-s-face-transplant-recipient-NOT-caused-anti-rejection-drugs-unrelated-tumour-doctors-reveal.html
https://www.dailymail.co.uk/health/article-3777666/Cancer-killed-world-s-face-transplant-recipient-NOT-caused-anti-rejection-drugs-unrelated-tumour-doctors-reveal.html
PRINCÍPIOS BIOÉTICOS APLICADOS AO 
TRANSPLANTE DE ROSTO
1. Beneficência(maximizar o bem e minimizar o mal – no 
contexto da atuação do profissional médico, é agir sempre 
em favor do paciente). 
2. Justiça (isonomia). 
3. Autonomia (dar ao paciente a possibilidade de decidir 
sobre o que é melhor para si).
BIOÉTICAAULA 95
TRANSPLANTE DE 
ÓRGÃOS E TECIDOS
Im
ag
em
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ra
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A
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ob
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BIOÉTICAAULA 96
Transplante é procedimento cirúrgico que consiste na 
reposição de órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) 
ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa 
doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um 
doador vivo ou morto. 
BIOÉTICAAULA 97
Pagar por órgão ou tecido é ato criminoso que tem que 
ser fortemente reprimido e denunciado. A venda de 
qualquer parte do corpo humano ataca todo o ideal de 
dignidade e leva a um cruel comércio ilegal que se baseia 
na discriminação social daqueles que, por falta de condições 
econômicas, são levados a agredir o próprio organismo em 
busca de melhor situação de vida.
BIOÉTICAAULA 98
Em hipótese alguma a doação pode ser influenciada por 
fatores econômicos, seja no caso de doação pós-morte ou no 
caso de doação em vida. Tal ato é crime e atenta de maneira 
direta à dignidade humana e ao ideal de doação de órgãos 
sem discriminações. 
O tráfico de órgãos deve ser urgentemente denunciado.
BIOÉTICAAULA 99
FONTES DO DIREITO
• Legislação.
• Costumes.
• Jurisprudência.
• Ato negocial.
Miguel Reale
Fontes e modelos 
do direito: para um 
novo paradigma 
hermenêutico.
Imagem: Por Desconhecido - Arquivo Nacional, Domínio público, https://
commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=73412901
BIOÉTICAAULA 100
LEGISLAÇÃO
Transplantes
• Brasil. Lei n.º 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, dispõe sobre 
remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para 
fins de transplante e tratamento e dá outras providências.
• Os decretos que regulamentavam essa lei foram revogados 
duas vezes: o atual que rege os transplantes no Brasil é o 
DECRETO N.º 9.175, DE 18 DE OUTUBRO DE 2017.
BIOÉTICAAULA 101
DECRETO N.º 9.175, DE 18 DE OUTUBRO DE 2017 – DOAÇÃO 
DE ÓRGÃOS (REGULAMENTA A LEI N.º 9.434/1997)
Art. 17. A retirada de órgãos, tecidos, células e partes do corpo 
humano poderá ser efetuada após morte encefálica, com 
consentimento expresso da família, conforme estabelecido na 
seção II deste capítulo.
§ 1.º O diagnóstico de morte encefálica será confirmado com base 
nos critérios neurológicos definidos em resolução específica do 
Conselho Federal de Medicina – CFM.
§ 2.º São dispensáveis os procedimentos previstos para o 
diagnóstico de morte encefálica quando ela decorrer de parada 
cardíaca irreversível, diagnosticada por critérios circulatórios.
BIOÉTICAAULA 102
DECRETO N.º 9.175, DE 18 DE OUTUBRO DE 2017 – DOAÇÃO 
DE ÓRGÃOS (REGULAMENTA A LEI N.º 9.434/1997)
§ 3.º Os médicos participantes do processo de diagnóstico da 
morte encefálica deverão estar especificamente capacitados e 
não poderão ser integrantes das equipes de retirada e transplante.
§ 4.º Os familiares que estiverem em companhia do paciente ou 
que tenham oferecido meios de contato serão obrigatoriamente 
informados do início do procedimento para diagnóstico da 
morte encefálica.
§ 5.º Caso a família do paciente solicite, será admitida a presença 
de médico de sua confiança no ato de diagnóstico da morte 
encefálica.
BIOÉTICAAULA 103
DECRETO N.º 9.175, DE 18 DE OUTUBRO DE 2017
Art. 18. Os hospitais deverão notificar a morte encefálica 
diagnosticada em suas dependências à CET da unidade 
federativa a que estiver vinculada, em caráter urgente e 
obrigatório. (CET – Central Estadual de Transplante)
Parágrafo único. Por ocasião da investigação da morte 
encefálica, na hipótese de o hospital necessitar de apoio 
para o diagnóstico, a CET deverá prover os profissionais 
ou os serviços necessários para efetuar os procedimentos, 
observado o disposto no artigo 13.
BIOÉTICAAULA 104
DECRETO N.º 9.175, DE 18 DE OUTUBRO DE 2017
Art. 19. Após a declaração da morte encefálica, a família do 
falecido deverá ser consultada sobre a possibilidade de doação 
de órgãos, tecidos, células e partes do corpo humano para 
transplante, atendido o disposto na seção II do capítulo III.
Parágrafo único. Nos casos em que a doação não for viável, 
por quaisquer motivos, o suporte terapêutico artificial ao 
funcionamento dos órgãos será descontinuado, hipótese 
em que o corpo será entregue aos familiares ou à instituição 
responsável pela necropsia, nos casos em que se aplique.
BIOÉTICAAULA 105
DECRETO N.º 9.175, DE 18 DE OUTUBRO DE 2017
Consentimento familiar
Art. 20. A retirada de órgãos, tecidos, células e partes do corpo 
humano, após a morte, somente poderá ser realizada com 
o consentimento livre e esclarecido da família do falecido, 
consignado de forma expressa em termo específico de 
autorização.
§ 1.º A autorização deverá ser do cônjuge, do companheiro ou 
de parente consanguíneo, de maior idade e juridicamente 
capaz, na linha reta ou colateral, até o segundo grau, e firmada 
em documento subscrito por duas testemunhas presentes à 
verificação da morte.
BIOÉTICAAULA 106
DECRETO N.º 9.175, DE 18 DE OUTUBRO DE 2017
§ 2.º Caso seja utilizada autorização de parente de segundo 
grau, deverão estar circunstanciadas, no termo de 
autorização, as razões de impedimento dos familiares de 
primeiro grau.
§ 3.º A retirada de órgãos, tecidos, células e partes do corpo 
humano de falecidos incapazes, nos termos da lei civil, 
dependerá de autorização expressa de ambos os pais, se 
vivos, ou de quem lhes detinha, ao tempo da morte, o poder 
familiar exclusivo, a tutela ou a curatela.
BIOÉTICAAULA 107
DECRETO N.º 9.175, DE 18 DE OUTUBRO DE 2017
§ 4.º Os casos que não se enquadrem nas hipóteses previstas 
no § 1.º ao § 3º dependerão de prévia autorização judicial.
Art. 21. Fica proibida a doação de órgãos, tecidos, células e 
partes do corpo humano em casos de não identificação do 
potencial doador falecido.
Parágrafo único. Não supre as exigências do caput o simples 
reconhecimento de familiares se nenhum dos documentos 
de identificação do falecido for encontrado, exceto nas 
hipóteses em que autoridade oficial que detenha fé pública 
certifique a identidade.
BIOÉTICAAULA 108
DECRETO N.º 9.175, DE 18 DE OUTUBRO DE 2017
Da disposição do corpo vivo
Art. 27. Qualquer pessoa capaz, nos termos da lei civil, poderá 
dispor de órgãos, tecidos, células e partes de seu corpo para 
serem retirados, em vida, para fins de transplantes ou enxerto em 
receptores cônjuges, companheiros ou parentes até o quarto grau, 
na linha reta ou colateral.
Art. 28. As doações entre indivíduos vivos não relacionados 
dependerão de autorização judicial, que será dispensada no caso 
de medula óssea.
Parágrafo único. É considerada como doação de medula óssea a 
doação de outros progenitores hematopoiéticos.
BIOÉTICAAULA 109
DECRETO N.º 9.175, DE 18 DE OUTUBRO DE 2017
Da disposição do corpo vivo
Art. 29. Somente será permitida a doação referida nesta seção 
quando se tratar de órgãos duplos, de partes de órgãos, tecidos, 
células e partes do corpo cuja retirada não impeça o organismo 
do doador de continuar vivendo sem risco para sua integridade 
e não represente grave comprometimento de suas aptidões vitais 
e de sua saúde mental e não cause mutilação ou deformação 
inaceitável.
§ 1.º A retirada nas condições estabelecidas neste artigo somente 
será permitida se corresponder a uma necessidade terapêutica, 
comprovadamente indispensável para a pessoa receptora.
BIOÉTICAAULA 110
§ 2.º O doador vivo será prévia e obrigatoriamente esclarecido 
sobre as consequências e os riscos decorrentes da retirada do 
órgão, tecido, células ou parte do seu corpo para a doação.
§ 3.º Os esclarecimentos de que trata o § 2.º serão consignados 
em documento lavrado e lido na presença do doador e de duas 
testemunhas.
§ 4.º O doador especificará, em documento escrito, firmado por 
duas testemunhas:
I - o tecido, o órgão, a célulaou a parte do seu corpo que doará 
para transplante ou enxerto;
II - o nome da pessoa beneficiada; e
III - a qualificação e o endereço dos envolvidos.
BIOÉTICAAULA 111
DO TRANSPLANTE OU ENXERTO – DECRETO 
N.º 9.175/2017
Art. 32. O transplante ou o enxerto somente será feito com 
o consentimento expresso do receptor, após devidamente 
aconselhado sobre a excepcionalidade e os riscos do procedimento, 
por meio da autorização a que se refere o § 2.º.
§ 1.º Na hipótese de o receptor ser juridicamente incapaz ou estar 
privado de meio de comunicação oral ou escrita, o consentimento 
para a realização do transplante será dado pelo cônjuge, pelo 
companheiro ou por parente consanguíneo ou afim, de maior 
idade e juridicamente capaz, na linha reta ou colateral, até o 
quarto grau, inclusive, firmada em documento subscrito por duas 
testemunhas presentes na assinatura do termo.
BIOÉTICAAULA 112
DO TRANSPLANTE OU ENXERTO – DECRETO 
N.º 9.175/2017
§ 2.º A autorização será aposta em documento que conterá as 
informações sobre o procedimento e as perspectivas de êxito, 
insucesso e as possíveis sequelas e que serão transmitidas ao 
receptor ou, se for o caso, às pessoas indicadas no § 1.º.
§ 3.º Os riscos considerados aceitáveis pela equipe de transplante 
ou enxerto, em razão dos testes aplicados ao doador, serão 
esclarecidos ao receptor ou às pessoas indicadas no § 1.º, que 
poderão assumi-los, mediante expressa concordância, aposta no 
documento referido no § 2.º.
BIOÉTICAAULA 113
COMO FUNCIONA O SISTEMA DE 
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS NO BRASIL?
A equipe transplantadora que acompanha a situação 
clínica do receptor aceita o órgão, que é enviado pela 
Central de Transplantes ao hospital onde está o receptor, 
para que seja implantado; o receptor pode desistir de 
receber o órgão doado, que então passará ao próximo 
receptor compatível da lista única.
BIOÉTICAAULA 114
COMO FUNCIONA O SISTEMA DE 
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS NO BRASIL?
O único que ainda não é possível é o cérebro. Será que 
conseguiremos passar o cérebro de uma pessoa para outra? 
Para o chefe do Serviço de Imunologia do Hospital de Clínicas 
de Porto Alegre, Luiz Fernando Jobim, o cérebro é o grande 
órgão que nunca foi e não vai ser tão cedo transplantado.
Qual a idade limite para doação de órgãos?
Em geral, aceita-se os seguintes limites, em anos: rim (75), 
fígado (70), coração e pulmão (55), pâncreas (50), válvulas 
cardíacas (65), córneas (sem limite), pele e ossos (65).
BIOÉTICAAULA 115
QUAIS SÃO OS MOTIVOS PARA A RECUSA 
DE PERMITIR TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS?
Quanto aos motivos de recusa da doação dos órgãos, foram 
revelados: 
1. a crença religiosa; 
2. a espera de um milagre; 
3. a não compreensão do diagnóstico de morte encefálica e a crença 
na reversão do quadro; 
4. a não aceitação da manipulação do corpo; 
5. o medo da reação da família; 
6. a inadequação da informação e a ausência de autorização.
BIOÉTICAAULA 116
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS DE CADÁVER
Brasil, Lei n.º 10.211, 23 de março de 2001.
Art. 4.º A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de 
pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade 
terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou 
parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, 
reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em 
documento subscrito por duas testemunhas presentes à 
verificação da morte. 
BIOÉTICAAULA 117
LEGISLAÇÃO 
CONSTATAÇÃO DO ÓBITO
Conselho Federal de Medicina
Critérios para a caracterização de morte encefálica
RESOLUÇÃO N.º 1.480, 8 DE AGOSTO DE 1997.
CONSIDERANDO que a Lei n.º 9.434/1997, que dispõe sobre a 
retirada de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins 
de transplante e tratamento, determina em seu artigo 3.º que 
compete ao Conselho Federal de Medicina definir os critérios para 
diagnóstico de morte encefálica. 
Considerando que a parada total e irreversível das funções 
encefálicas equivale à morte, conforme critérios já bem 
estabelecidos pela comunidade científica mundial.
BIOÉTICAAULA 118
LEGISLAÇÃO 
SISTEMA DE TRANSPLANTES
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lançou 
nesta quinta-feira (25/09/2008), um conjunto de medidas 
para ampliar o número de transplantes feitos no Brasil. 
Entre elas, o reajuste de até 40% no valor pago pelos 
transplantes, a bonificação de 100% na remuneração de 
procedimentos realizados pelas equipes hospitalares de 
captação de órgãos que resultarem efetivamente em 
transplante e a autorização para que hospitais particulares 
passem a retirar órgãos para doação com custeio pelo 
Sistema Único de Saúde (SUS).
BIOÉTICAAULA 119
CONSTATAÇÃO DO ÓBITO
Parecer do CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA sobre 
morte encefálica
Processo-consulta CFM n.º 7.311/1997.
INTERESSADO: Hospital São Lucas, da PUCRS.
EMENTA: Os critérios para verificação de morte encefálica 
não se aplicam apenas às situações de transplantes de 
órgãos. Os médicos devem comunicar aos familiares a 
ocorrência e o significado da morte encefálica antes da 
suspensão da terapêutica.
BIOÉTICAAULA 120
CONSTATAÇÃO DO ÓBITO
PORTARIA GM/MS n.º 487, DE 2 DE MARÇO DE 2007.
(Gabinete do Ministro/Ministério da Saúde)
Dispõe sobre a remoção de órgãos e/ou tecidos de neonato 
anencéfalo para fins de transplante ou tratamento. 
Art. 1.º A retirada de órgãos e/ou tecidos de neonato 
anencéfalo para fins de transplante ou tratamento deverá ser 
precedida de diagnóstico de parada cardíaca irreversível. 
BIOÉTICAAULA 121
Tempo para retirada e transplante de órgãos 
(PCR = parada cardíaca respiratória)
Órgãos Tempo/retirada Tempo/Tx.
Córneas 6 h pós-PCR 7 dias 
Coração Antes PCR 4 a 6 h
Pulmões Antes PCR 4 a 6 h
Rins Até 30’ pós-PCR Até 48 h
Fígado Antes PCR 12 a 24 h
Pâncreas Antes PCR 12 a 24 h
Ossos Após PCR Até 5 anos
BIOÉTICAAULA 122
DINÂMICA 
LOCAL
VÍDEO
EXERCÍCIO AVALIATIVO SOBRE 
O DOCUMENTÁRIO “NÃO 
MATARÁS”, DE NINA ROSA
Instituto Nina Rosa - Não 
Matarás
Fonte: Instituto Nina Rosa - 
YouTube 
 
Duração: 1:03:35
https://www.youtube.com/
watch?v=CiaATsYM1qk
https://www.youtube.com/watch?v=CiaATsYM1qk
https://www.youtube.com/watch?v=CiaATsYM1qk
O documentário é dividido em 2 partes: 
1) o uso de animais no ensino;
2) o uso de animais na pesquisa.
BIOÉTICA 125
AULA
DL
Exercício avaliativo em grupos de 3 alunos, com acréscimo 
de 1,0 ponto na 1.ª nota – AP1
1. O uso de animais no ensino provoca que reflexo na vida e 
na psiquê dos estudantes? (0,25)
2. Faça um comentário sobre o texto: “O depoimento de 
uma acadêmica e de um professor do curso de medicina 
veterinária da USP destacam que uma profissão que 
deveria zelar pela vida dos animais não pode permitir que 
eles sejam cortados vivos dessa forma”. (0,25)
BIOÉTICA 126
AULA
DL
3. Você tem o hábito de verificar a composição dos 
produtos que você usa, como batom, creme para o corpo 
ou cabelo? (0,25)
4. Você faz uma análise das empresas de quem compra, 
para saber quais são as técnicas de produção que ela 
utiliza para fornecer o produto que você consome? (0,25)
BIOÉTICA 127
AULA
DL
TRANSPLANTE E DOAÇÃO
• Aspectos religiosos
Uso de sangue
Restrição total
• Testemunhas de Jeová
"Quanto a qualquer homem da casa de Israel ou algum residente 
forasteiro que reside no vosso meio, que comer qualquer espécie de 
sangue, eu certamente porei minha face contra a alma que comer o 
sangue, e deveras o deceparei dentre seu povo."
Levítico 17:10
BIOÉTICAAULA 128
Restrição parcial (origem do clã)
• Islamismo.
• Religiões indígenas (Guarani-Kaingang).
BIOÉTICAAULA 129
MORAL 
CIRCUNSTÂNCIAS
Aspectos religiosos
Doador cadáver
• Respeito pelo cadáver.
• Judaísmo.
• Islamismo.
• Budismo.
BIOÉTICAAULA 130
REFERENCIAL TEÓRICO 
PRINCÍPIOS NA DOAÇÃO
Beneficência 
• Negativa: evitar o mal.
• Positiva: fazer o bem.
Respeito à pessoa
• Privacidade.
• Veracidade.
• Autodeterminação.
• Voluntariedade.
BIOÉTICAAULA 131
REFERENCIAL TEÓRICO 
PRINCÍPIOS NA DOAÇÃO
Justiça
• Não discriminação.
• Vulnerabilidade.
• Controlesocial.
The Belmont Report: Ethical Guidelines for the Protection of Human Subjects. 
Washington: DHEW Publications (OS) 78-0012, 1978 Beauchamp TL, Childress JF. 
The Principles of biomedical ethics. 4ed. New York: Oxford, 1978.
Outro
Indivíduo
Deveres Direitos
BIOÉTICAAULA 132
REFERENCIAL TEÓRICO 
PRINCÍPIOS NA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Deveres prima facie
• Beneficência.
• Relação risco-dano/benefício.
BIOÉTICAAULA 133
REFERENCIAL TEÓRICO 
PRINCÍPIOS NA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Álcool e transplante de fígado
Não 
transplantar
Transplantar 
somente os 
regenerados
História de 
alcoolismo 
como critério 
negativo 
menor
Transplantar 
todos, inclusive 
os alcoolistas 
ativos
BIOÉTICAAULA 134
REFERENCIAL TEÓRICO 
PRINCÍPIOS
• Beneficência.
• Relação risco-dano/benefício.
Riscos voluntários à saúde e transplantes
Alcoolismo – Fígado 
Tabagismo – Pulmão 
Dieta – Coração 
Sedentarismo – Coração 
Estilo de vida – Rins e pâncreas 
BIOÉTICAAULA 135
VÍNCULOS
Doação de cadáver
• 50% das mortes encefálicas 
não são comunicadas.
• 20% das famílias concordam 
com a doação de órgãos.
• 10% captação.
Mortes encefálicas não comunicadas.
Mortes encefálicas comunicadas.
Doações de órgãos de cadáver.
BIOÉTICAAULA 136
ALTERNATIVAS
Transplantes de órgãos
Outras formas de obtenção de órgãos
• Doação intervivos.
• Pena de “doação compulsória”.
• Doação de anencéfalos.
• Uso de condenados à morte.
• Comercialização de órgãos.
• Outras espécies animais.
BIOÉTICAAULA 137
ALTERNATIVAS
Outras formas de tratar
• Células-tronco somáticas.
• Células-tronco embrionárias.
BIOÉTICAAULA 138
CONSEQUÊNCIAS
Doação intervivos
• Ato de amor por uma pessoa querida.
• Atendimento adequado.
• Constrangimento.
• Conflitos.
• Transplante preemptivo (doação de rim ou transplante em 
vida, antes da morte).
BIOÉTICAAULA 139
CONSEQUÊNCIAS
Pena de “doação compulsória”
• Projeto de lei apresentado e arquivado em 2004.
• Dois ou mais homicídios com pena superior a 30 anos de 
reclusão.
• Rim, pulmão, córnea, 1/3 do fígado ou medula óssea.
• “A escolha do órgão a ser compulsoriamente doado 
dependerá da necessidade das filas de transplante e da 
compatibilidade entre doador e receptor”.
BIOÉTICAAULA 140
CONSEQUÊNCIAS
Apropriação de órgãos de condenados à morte
China permite:
• transporte dos órgãos;
• remoção do condenado.
BIOÉTICAAULA 141
CONSEQUÊNCIAS
Comercialização de órgãos
Índia e China permitem:
• compra e venda de órgãos;
• apropriação – prisioneiros;
• vulnerabilidade – coerção familiar.
Outros países:
• oferecimento de vantagens;
• vulnerabilidade – coerção econômica.
Imagem: Destina - AdobeStock
BIOÉTICAAULA 142
CONSEQUÊNCIAS
Xenotransplantes
O xenotransplante (xenoTx), 
ou transplante interespécie, 
é definido como transplante 
de órgãos, tecidos ou células 
entre diferentes espécies e 
representa uma das propostas 
mais interessantes para 
resolver a escassez de doadores.
Ilustração: freshidea - AdobeStock
BIOÉTICAAULA 143
CONSEQUÊNCIAS
• Problema de direito natural.
• Problema dos direitos 
dos animais.
• Problema das intervenções 
não terapêuticas.
• Problema da alocação 
de recursos.
• Problemas imunológicos (vírus/príons). 
Ilustração: freshidea - AdobeStock
BIOÉTICAAULA 144
BIOÉTICA COMPLEXA
Bioética
Reflexão sobre a adequação 
das ações que envolvem a 
vida e o viver.
Moral – respeito 
à regra
Direito 
Legislação – Costumes – 
Jurisprudência – Ato negocial
Ética 
Deveres – Direitos – Virtudes – Alteridade
BIOÉTICAAULA 145
BIOÉTICA COMPLEXA
Bioética
Reflexão sobre a adequação 
das ações que envolvem a 
vida e o viver.
Direito Política Economia
Ciência
Educação
História
PsicologiaBiologiaAmbiente
Cultura
Moral 
Sociedade
Espiritualidade
Ética
Exercício 
profissional
BIOÉTICAAULA 146
REFERÊNCIAS
APCível. N. 230.209.06. Rel. Dês. Juiz Ferreira Esteves. 1Cam Criminal do TAMG. Diário 
do judiciário. Minas Gerais, n. 80, de 1 de maio de 1997.
BARROSO, Luis Alberto. Gestação de fetos anencefálicos e pesquisas com células-
tronco: dois temas acerca da vida e da dignidade na constituição. In: SARMENTO, 
Daniel, Galdino, Flávio (Org.). Direitos fundamentais. Rio de Janeiro: Renovar, 2006.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2002.
COSTA, Paulo José da. Aborto eugênico ou necessário. Revista jurídica, ano XLIV, 
n. 229, novembro de 1996.
DIAS, Maria Berenice. Vida ou morte: aborto e eutanásia. In: Biodireito e bioética. 
Rio de Janeiro: América jurídica, 2003.
BIOÉTICAAULA 147
REFERÊNCIAS
DINIZ, Maria Helena. O estado atual do biodireito. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
DWORKIN, Ronaldo. Domínio da vida – aborto, eutanásia e liberdades individuais. 
São Paulo: Martins Fontes, 2003.
FAZOLLI, Fabrício. Anencefalia e aborto. Jus Navigandi, Teresina, ano 8, n. 372, 14 jul. 
2004. Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5444. Acesso em: 
23.04.2008.
NORONHA, E. Magalhães. Direito penal. São Paulo: Saraiva, 1995. 
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal: parte geral e parte especial. 3. 
ed. São Paulo: RT, 2007.
PAPALEO, Celso Cezar. Aborto e contracepção: atualidade e complexidade da 
questão. Rio de Janeiro: Renovar, 1993.
BIOÉTICAAULA 148
REFERÊNCIAS
PEDROSO, Fernando Almeida de. Homicídio. Participação em suicídio, infanticídio e 
aborto. Rio de Janeiro: Aide, 1995.
PENICHE, Andréa. Elas somos nós: o direito ao aborto como reivindicação 
democrática e cidadã. Porto: Afrontamento, 2007.
PRADO, Danda. Que é aborto?. São Paulo: Editora Brasiliense, 2007.
REVISTA DOS TRIBUNAIS, 708, 752, 756, 854 e 858.
SANTIN, Wilhan. Folha compra abortivo em camelódromo. Jornal Folha de 
Londrina, 27 de abril de 2008.
BIOÉTICAAULA 149
REFERÊNCIAS
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Paulo: LTr, 2003.
VARELLA, Marcelo Dias; FONTES, Eliana; ROCHA, Fernando Galvão da. 
Biossegurança e biodiversidade: contexto científico regulamentar. (trechos) 1ª ed., 
Belo Horizonte: Del Rey, 1998. p.230.
BIOÉTICAAULA 150
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