Arquitetura e Circulação Vertical

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Nome: Isabella Oliveira Costa e Silva
Arquitetura e Circulação Vertical
Obra: Museu de Arte Moderna da Bahia
Endereço: Avenida Contorno, S/N - Comercio, Salvador - BA, 40060-060, Brasil
Ano de conclusão: 1962
Ano do Projeto: 1959
Autora: Lina Bo Bardi
Ano de Tombamento: 1943
Análise textual sobre as mudanças feitas por Lina Bo Bardi na restauração do
conjunto Solar do Unhão no Museu de Arte Moderna da Bahia. É um edifício
histórico que fica à beira-mar, e que representa diretamente a arquitetura regional
com seu grande telhado e uso de grandes estruturas de madeira para harmonizar
com a paisagem praiana.
Era um exemplo de arquitetura colonial que se esvaiu com o tempo, com suas
colunas de madeira, seus arcos proeminentes e janelas com vista para o mar. A
antiga escada era de degrau simples, fechado, formado por piso e espelho. É o tipo
de escada mais simples e que oferece a vantagem de segurança. São indicadas
para casas com crianças e idosos. Mas a condição do casarão estava muito
precária e a estrutura da escada estava corrompida, então não poderia ser
reaproveitada.
A restauração de Lina foi alvo de críticas, e principalmente a escolha da arquiteta
em substituir as escadas antigas por uma construção de escada no interior do Solar.
A escada helicoidal projetada com degraus vazados com piso e= 7cm e pilar de
madeira de ipê amarelo de 40cm de diâmetro.
A estrutura da escada foi projetada por Lina utilizando-se do sistema de encaixes
dos antigos carros de boi e suas peças, para que houvesse essa ligação do antigo e
moderno que ela propôs. A escada pode ser vista até mesmo do lado de fora e age
não só como fator estrutural mas uma peça estética e artísticas, agindo como
espécie de “coluna do edificio”. O que gerou opiniões controversas que iam da linha
tênue entre manter o estilo simples e seguro ou fazê-la totalmente moderna e
revolucionária.
Outra controvérsia é de que Lina não respeitou o
entorno visual, que a escada moderna está inserida de
forma não harmoniosa com as formas, cores e texturas
do ambiente que se insere.
No fim acredito que houve cuidado na escolha da
escada para o projeto e que foi sim, pensado para
respeitar a história e tradição do lugar. No contexto
artístico que se insere ela cumpre o papel de simbolismo
e plasticidade. Mas não acho que seja símbolo de
conforto e segurança, ou que esse seja o principal
propósito.