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MARC 10: HEPATOESPLENOMEGALIA Objetivos 1. conhecer epidemiologia, etiologia, fisiopatologia, fatores de risco, manifestações clínicas, diagnóstico, diagnósticos diferenciais e tratamento da hepatoesplenomegalia, com foco na leishmaniose · Leishmaniose · Leishmaniose tegumentar / Úlcera de Bauru · Afeta pele e mucosas · Etiologia: L. braziliensis (Brasil todo), L. guyanensis (Norte), L. amazonensis (Amazonia) · Vetor: mosquito palha, birigui (Phlebotominae sp.) · Hospedeiros: mamíferos, roedores, edentados, cães, gambas, humanos... · Morfologia: amastigota (intracelular), promastigota (extracelular, móvel) · Fisiopatologia: · Apenas a fêmea é capaz de transmitir / infectar · Reprodução: divisão binária · Infecção: promastigotas metacíclicas · Incubação: 2 semanas - 3 meses · MC: lesão cutânea (nódulo ulceração centro granuloso, bordas elevadas) · Leishmaniose cutânea: · Lesões ulcerosas indolores, localizadas na picada do inseto ou “lesões satélites” · Autolimitada, porém paciente ainda infectado · Leishmaniose mucocutânea: L. braziliensis · As lesões ultrapassam a derme, afetam mucosas · Mucosas oral, nasal, faríngea, garganta... · Destruição parcial ou total (desconfiguração) · Leishmaniose disseminada: imunossupressão · As lesões se espalham pelo corpo · Diagnóstico: · Clínico: áreas endêmicas... · Laboratorial: “procurar o parasita” (bordas da lesão [amastigotas]) esfregaço, imunofluorescência, kato-katz, ELISA, · Teste de Montenegro (72h) · Tratamento: · N-METILGLUCAMINA (Glucantine), IM, 20 dias ou 10-intervalo-10 dias · Mecanismo: atrapalha a produção de energia do parasita · CI: cardiopatas, > 50 anos, nefropatas, hapatopatas, gestantes · ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL, IM · Profilaxia: evitar o inseto flebotomíneo · Inseticidas, evitar acúmulo de lixo orgânico, evitar casas próximas a matas, repelentes, mosquiteiros... · Leishmaniose visceral / Kalazar · Etiologia: L. donovani, L. chagasi L. infantum · Hospedeiros: humanos, cães, raposas, marsupiais · Vetor: mosquito palha Lutzomyia cruzi (MS), Lutzomyia longipalpis (Brasil) · Transmissão: · Humanos: vetor, hematogênica · Cães: sexual, vísceras contaminadas ou carrapatos contaminados · Morfologia: amastigota (intracelular), promastigota (extracelular) · Fisiopatologia: · Apenas a fêmea é capaz de transmitir / infectar · Reprodução: divisão binária · Infecção: promastigotas metacíclicas · Incubação: 2 - 6 meses (humanos), 3 - 7 meses (cães) · MC: · Assintomática · Fase aguda / inicial: MC em órgãos hematopoiéticos · Febre, palidez, linfadenomegalia, 2 picos / 24h, fadiga, fraqueza, perda de peso, esplenomegalia, hepatomegalia, distinção e dor abdominal · Complicações: infecções secundárias oportunistas · Diagnóstico: · Clínico: febre + esplenomegalia + área endêmica · Laboratorial: parasitológicos (amastigotas na medula óssea), imunológicos (RIFI, ELISA, aglutinação indireta), PCR · Tratamento: · Assintomático = não tratar · ANTIMONIAIS PENTAVALENTES · Stibogluconato de sódio · Antimoniato-N-metil glucamina (SUS = Glucantine), IM, 20 - 40 dias · Altamente tóxico (coração, rim, fígado) · ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL, IM · Tóxico, caro · Tratamento cães: MILTEFOSINA (Milteforan): ↓ carga parasitária · Profilaxia: proteção do vetor · Pele minimamente exposta, repelente, telas, mosquiteiros, inseticidas (dentro e fora da casa), evitar acúmulo de lixo orgânico... image1.png image2.png