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DOENÇASDOENÇAS
PARASITÁRIASPARASITÁRIAS
SARAH REIS E SARAH ORMONDE
apostila de estudosapostila de estudos
Doenças abordadas
1. Babesiose
2. Febre maculosa (riquetsiose)
3. Erliquiose 
4. Complexo Tristeza Parasitária
5. Mal de Chagas (tripanossomíase)
6. Filaríase (filariose por W. bancrofti)
7. Oncocercose (filariose por Onchocerca spp.)
8. Malária (humana e aviária)
9. Leishmanioses (LTA, LV, LD)
2023.1
Agente etiológico
B A B E S I O S EB A B E S I O S E
Protozoários do gênero Babesia os quais pertencem
a ordem Piroplasmorida e a família Babesidae. 
As principais espécies causadoras de babesiose em
cães são Babesia canis com patogenicidade
moderada, Babesia rossi com alta patogenicidade e
Babesia vogeli com baixa patogenicidade.
Heteroxenos Parasitam hemácias Causam hemólise
Vetor
O principal é o carrapato Rhipicephalus sanguineus
conhecido como “carrapato vermelho do cão”.
Ciclo Biológico
A transmissão se dá através da saliva dos carrapatos
infectados pelo repasto sanguíneo nos cães. Os
protozoários penetram as hemácias, se dividem por
fissão binária e causam rompimento das células.
Com isso, os parasitas são liberados e vão parasitar
novas células. A transmissão entre carrapatos é
transovariana e transestadial.
1
Ciclo heteroxeno Hábito nidícola Hematófagos obrigatórios
B A B E S I O S EB A B E S I O S E
2
Sinais e sintomas
Pode causar quadros subclínicos, mas pode aparecer
em forma aguda, hiperaguda e crônica. Os sinais
mais comuns são anemia hemolítica regenerativa
intravascular ou extravascular, hipertermia, perda de
apetite, apatia, vômito, diarreia, hemoglobinúria,
bilirrubinúria, proteinúria, icterícia, petéquias e
hepatoesplenomegalia.
Nos hemograma e bioquímica sérica é observável
trombocitopenia, anemia regenerativa normocítica
normocrômica, policromasia, anisocitose, leucocitose,
hiperbilirrubinemia e azotemia. 
Diagnósticos
Diagnóstico direto: esfregaço sanguíneo;
imunofluorescência indireta; ELISA; PCR
Diagnóstico indireto: avaliação clínica e laboratorial
Tratamento
Suporte clínico; uso de imidocarb associado à
atropina para evitar efeitos colinérgicos indesejados;
uso de aceturato de diminazeno em dose única em
filhotes (cuidado com efeito neurotóxico); uso de
doxiciclina para controle da doença. 
B A B E S I O S EB A B E S I O S E
3
É uma doença grave e com evolução rápida,
causando óbito se não tratada adequadamente. 
É também uma zoonose transmitida aos humanos
por carrapatos, sendo mais importantes outras
espécies de Babesia.
Controle e profilaxia
Controle do vetor através da limpeza do ambiente e
uso de carrapaticidas; uso de ectoparasiticidas.
Importância em saúde pública ou saúde animal 
https://home.unicruz.edu.br/wp-content/uploads/2021/11/Boletim-
T%C3%A9cnico-Babesiose-Canina-vers%C3%A3o-final-1.pdf
Bibliografia
https://www.msdvetmanual.com/circulatory-system/blood-
parasites/babesiosis-in-animals
https://home.unicruz.edu.br/wp-content/uploads/2021/11/Boletim-T%C3%A9cnico-Babesiose-Canina-vers%C3%A3o-final-1.pdf
https://www.msdvetmanual.com/circulatory-system/blood-parasites/babesiosis-in-animals
Agente etiológico
FEBRE MACULOSAFEBRE MACULOSA
Bactérias do gênero Rickettsia, sendo a mais
importante nas Américas a R. rickettsii
Gram-negativas Intracelulares obrigatórias
Parasitam endoteliócitos Pequenos cocobacilos (0,1-0,3 µm)
Vetor
Principal é o Amblyomma cajennense (conhecido
como carrapato estrela)
Pouca especificidade parasitária Hematófagos obrigatórios
Exige 3 hospedeiros para completar ciclo biológico
Ciclo Biológico
Habitam glândulas salivares e ovários de artrópodes
hospedeiros. São transmitidas quando ocorre a
picada do carrapato infectado na fase ninfal que, ao
final de sua alimentação, elimina grande
quantidade de secreções digestivas. Pode ocorrer
também através de lesões na pele ocasionadas pelo
esmagamento do carrapato ao tentar retirá-lo.
Entre os carrapatos, a infecção ocorre através da via
transovariana, transestadial, pela cópula e
alimentação em um animal que esteja em período
de bacteremia.
4
Sinais e sintomas
Febre, mialgia e cefaleia nos primeiros dias. 
Depois, aparece exantema, edemas generalizados,
anormalidades vasculares e pode levar à sepse com
comprometimento pulmonar, insuficiência
respiratória aguda, problemas renais, lesões
neurológicas e óbito.
Diagnósticos
Diagnóstico direto: reação de imunofluorescência
indireta (RIFI); PCR; imunohistoquímica.
Diagnóstico indireto: sorologia para detecção de
anticorpos; hemograma e bioquímico sérico
apresentam anemia, discreta leucocitose com DNNE,
azotemia, hiponatremia e hipocloremia.
Diagnóstico diferencial: leptospirose, sarampo, febre
tifóide, dengue, febre amarela, meningococcemia,
febre purpúrica brasileira, doença de Lyme , sepsis e
enterovirose. 
5
Tratamento
Uso de antibióticos (com doxiciclina, tetraciclina ou
cloranfenicol) e medicamentos de suporte.
FEBRE MACULOSAFEBRE MACULOSA
É uma zoonose de notificação compulsória para que
sejam detectados e tratados precocemente os casos
suspeitos visando a redução da letalidade e
ocorrência de novos casos.
Controle e profilaxia
Ações educativas para a população, ensinando que
devem evitar áreas infestadas por carrapatos;
controle do vetor com uso de ectoparasiticidas nos
animais e rodízio de pastos da vegetação; uso de
carrapaticidas no ambiente. 
6
Importância em saúde pública ou saúde animal 
https://crmvsp.gov.br/wp-
content/uploads/2021/02/FEBRE_MACULOSA_SERIE_ZOONOSES.pdf
Bibliografia
FEBRE MACULOSAFEBRE MACULOSA
http://www.adivaldofonseca.vet.br/Aulas%20teoricas/Rickettsiose&Borr
eliose.pdf
https://crmvsp.gov.br/wp-content/uploads/2021/02/FEBRE_MACULOSA_SERIE_ZOONOSES.pdf
https://crmvsp.gov.br/wp-content/uploads/2021/02/FEBRE_MACULOSA_SERIE_ZOONOSES.pdf
O carrapato Rhipicephalus sanguineus (conhecido
como carrapato vermelho do cão) é o vetor de maior
importância e parasito natural de cães que
eventualmente pode parasitar outros hospedeiros. 
Agente etiológico
Bactérias do gênero Erlichia, sendo E. canis a mais
importante pelo quadro clínico severo que provoca. 
7
Vetor
ERLIQUIOSEERLIQUIOSE
Gram-negativas Intracelulares obrigatórias
Parasitam leucócitos (polimorfonucleares e monócitos) e plaquetas. 
Ciclo heteroxeno Hábito nidícola Hematófagos obrigatórios
A transmissão entre animais se faz pela inoculação
de sangue proveniente de um cão contaminado
para um cão sadio, por intermédio do carrapato.
Acontece penetração e multiplicação do agente nos
órgãos do sistema mononuclear fagocítico,
causando destruição das células. No carrapato, a E.
canis se multiplica nos hemócitos e nas células da
glândula salivar, propiciando, portanto, a
transmissão transestadial. 
Ciclo biológico
Sinais e sintomas
Fase aguda: febre, anorexia, perda de peso, astenia,
petéquias hemorrágicas, epistaxe, hematúria, edema
de membros, vômitos, sinais pulmonares e
insuficiência hepato-renal. Além disso, em exames
laboratoriais há trombocitopenia, leucopenia,
hiperbilirrubinemia, aumento das enzimas ALT e FA. 
Fase subclínica: normalmente não há sintomas, mas
é possível observar, em alguns casos, perda de
apetite, mucosas hipocoradas, sinais de cegueira e
glomerulonefrite.
Fase crônica: hipoplasia medular levando à uma
anemia aplástica, monocitose, linfocitose e
leucopenia.
8
ERLIQUIOSEERLIQUIOSE
Diagnósticos
Diagnóstico direto: observação em esfregaços
sanguíneos; imunofluorescência indireta; PCR; teste
de Immunocomb
Diagnóstico indireto: a trombocitopenia não permite
que se confirme o diagnóstico, mas em áreas
endêmicas, é a primeira suspeita, ainda mais
encontrando hipoalbuminemia e hiperglobulinemia
associado à trombocitopenia.
Tratamento
Uso de antibióticos que, nesse caso, a doxiciclina é o
antibiótico de eleição no tratamento da erliquiose
em todas as suas fases.
9
ERLIQUIOSEERLIQUIOSE
Controle e profilaxia
Controle do vetor com uso de ectoparasiticidas nos
animais e limpeza do ambiente; uso de
carrapaticidas no ambiente.
Importância em saúde pública ou saúde animal 
É uma doença com sintomatologiaclínica severa,
causando óbito de animais não tratados. Além disso,
seu vetor também pode transmitir babesiose. 
Em humanos, causa apenas irritação de pele e
alergias.
https://www.santelaboratorio.com.br/erliquiose-canina/
Bibliografia
https://www2.ufpel.edu.br/cic/2007/cd/pdf/CB/CB_00422.pdf
https://www.msdvetmanual.com/generalized-conditions/rickettsial-diseases/ehrlichiosis,-
anaplasmosis,-and-related-infections-in-animals?query=ehrlichiosis
https://www.msdvetmanual.com/generalized-conditions/rickettsial-diseases/ehrlichiosis,-anaplasmosis,-and-related-infections-in-animals?query=ehrlichiosis
https://www.santelaboratorio.com.br/erliquiose-canina/
https://www2.ufpel.edu.br/cic/2007/cd/pdf/CB/CB_00422.pdf
https://www.msdvetmanual.com/generalized-conditions/rickettsial-diseases/ehrlichiosis,-anaplasmosis,-and-related-infections-in-animals?query=ehrlichiosis
10
COMPLEXO TRISTEZACOMPLEXO TRISTEZA
PARASITÁRIAPARASITÁRIA
Carrapatos Rhipicephalus (Boophilus) microplus,
também conhecidos como carrapato do boi.
Agente etiológico
Associação dos protozoários Babesia bigemina e
Babesia bovis à Anaplasma marginale. Ainda podem
estar associados com Erlichia bovis.
Vetor
Arredondadas Coloração basofílica Parasitam eritrócitos
Ciclo monoxeno Bovino como hospedeiro preferencial
Escudo castanho-avermelhado
O R. B. microplus, durante o repasto sanguíneo,
inocula no hospedeiro os esporozoítos, que
penetram os eritrócitos, se diferenciam em
trofozoítos e multiplicam-se dando origem aos
merozoítos, rompendo os eritrócitos e invadindo
novas células. 
Os carrapatos se contaminam através da ingestão de
células sanguíneas contaminadas com os
trofozoítos.
Ciclo biológico
11
COMPLEXO TRISTEZACOMPLEXO TRISTEZA
PARASITÁRIAPARASITÁRIA
Sinais e sintomas
Anemia hemolítica regenerativa intravascular ou
extravascular; diarreia, icterícia, hepatopatia,
bilirrubinemia, hemoglobinemia, fezes hipercólicas,
bile espessa e grumosa, esplenomegalia,
hemoglobinúria, febre, cefaléia, incoordenação
motora, sialorréia, encefalites e nefropatias.
Diagnósticos
Diagnóstico direto: esfregaços sanguíneos corados
por Giemsa + hemograma + bioquímico + proteínas
séricas e plasmáticas; urinálise
Diagnóstico indireto: avaliação clínica; ELISA;
imunofluorescência indireta
Tratamento
A B. bovis é mais resistente a babesicidas, então,
neste caso, dependerá do diagnóstico específico
quanto ao agente. É feito uso de diamidinas (B.
bigemina) e derivados do imidocarb (B. bigemina e B.
bovis). Uso de tetraciclinas para A. marginale.
12
COMPLEXO TRISTEZACOMPLEXO TRISTEZA
PARASITÁRIAPARASITÁRIA
Controle e profilaxia
Controle do vetor por sistema de rotação de
pastagens, uso de carrapaticidas e uso de
imunógenos para o B. microplus; controle dos
agentes da doença como vacinação.
Importância em saúde pública ou saúde animal 
Leva a grandes perdas econômicas com os animais
de produção pela alta morbidade e mortalidade,
além do alto custo do tratamento.
https://www.cfmv.gov.br/wp-content/uploads/2019/12/edicao81-
suplemento-cientifico.pdf
Bibliografia
http://www.adivaldofonseca.vet.br/artigos%20publicados/tristeza%20p
arasitaria%20bovina%201-16.pdf
https://www.cfmv.gov.br/wp-content/uploads/2019/12/edicao81-suplemento-cientifico.pdf
https://www.cfmv.gov.br/wp-content/uploads/2019/12/edicao81-suplemento-cientifico.pdf
13
MAL DE CHAGASMAL DE CHAGAS
Barbeiros de três gêneros principais: Triatoma,
Panstrongylus e Rhodnius. 
Agente etiológico
Protozoário Trypanosoma cruzi
Vetor
Flagelo único + única mitocôndria Digenético e polifilético
Tripomastigosta e amastigota em vertebrados
O barbeiro pica o indivíduo e libera as formas
tripomastigotas metacíclicas junto com suas fezes e
urina; o indivíduo coça e possibilita a entrada do
parasita na solução de continuidade. O parasita
invade as células hospedeiras, se multiplica e rompe
as células, infectando outras células. 
O barbeiro se contamina ao ingerir o parasita no
sangue de indivíduos contaminados. 
Ciclo biológico
Tripomastigosta metacíclicos e epimastigotas em vetores
Triatoma : tubérculo antenífero lateral; marrom com dorso clareado
Pastrongylus: tubérculo antenífero dorsal; maior; mais escuro
Rhodnius: tubérculo antenífero rostral; menor; mais claro
14
MAL DE CHAGASMAL DE CHAGAS
Sinais e sintomas
Fase aguda: miocardite, ICC, febre, mal estar, cefaléia,
astenia, hiporexia, edema, hipertrofia de linfonodos,
hepatoesplenomegalia, meningoencefalite e pode
apresentar sinal de porta de entrada aparente. 
Forma indeterminada: infecção assintomática
Fases crônicas: cardíaca (bloqueio completo de ramo
direito, síndrome de insuficiência cardíaca
progressiva, insuficiência cardíaca fulminante,
arritmias graves e morte súbita, tosse, tonturas,
desmaios, sopro sistólico e cardiomegalia), digestiva
(megaesôfago, megacólon, disfagia, regurgitação, dor
retroesternal, odinofagia, soluço, sialorréia, caquexia,
hipertrofia das parótidas, constipação intestinal e
distensão abdominal), mista (forma cardíaca +
digestiva), nervosa (sintomas neurológicos),
congênita (hepatoesplenomegalia, icterícia,
equimoses, crises epileptiformes por hipoglicemia)
Diagnóstico direto: presença do parasita no sangue,
por cultura ou por imunodiagnóstico. 
Diagnóstico indireto: sorologia; imunofluorescência
indireta; ELISA.
Diagnósticos
15
MAL DE CHAGASMAL DE CHAGAS
Uso de benzonidazol ou nifurtimox; tratamento de
suporte dependendo dos sintomas (cardiotônicos,
diuréticos, antiarrítmicos, vasodilatadores, colocação
de marcapasso, dietas, laxativos, lavagens ou
cirurgias).
Tratamento
Controle e profilaxia
Controle de vetores com inseticidas com poder
residual intra e peridomiciliar; construção e melhoria
das habitações, como emassar as paredes para não
permitir que os barbeiros façam ninho nas paredes
de pau a pique; eliminação dos animais domésticos
infectados, uso de cortinados nas casas infestadas
pelos vetores.
Importância em saúde pública ou saúde animal 
Acomete principalmente zona rural e pessoas sem
condições de saneamento básico. Impacto
econômico por conta dos danos causados pela
doença serem permanentes.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_bolso_4ed.pdf
Bibliografia
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_bolso_4ed.pdf
16
FILARÍASEFILARÍASE
O mosquito culicídeo Culex quinquefasciatus. 
Agente etiológico
Nematódeo Wuchereria bancrofti que possui 3
formas evolutivas: verme adulto, microfilárias e
formas larvais (L1, L2 e L3).
Vetor
Heteroxeno
A fêmea pica e elimina a larva L3, que se desenvolve
até a fase adulta nos vasos e nódulos linfáticos; a
fêmea libera as microfilárias que vão para a corrente
sanguínea. A transmissão entre mosquitos é pela
ingestão da microfilária.
Ciclo biológico
Desenvolvimento completo (ovo, larva, pupa e adulto) 
Fêmea > machoFormas L3 é infectante
Fêmea eliminam a microfilária
Macho adulto tem antenas plumosas 
Fêmea adulta tem probóscide e asas escuras revestidas de escamas
Manifestações alérgicas, linfadenite, linfangite, febre,
mal estar, varicocele, hidrocele, linfoscroto,
linfedema, elefantíase e hematoquilúria.
Sinais e sintomas
17
FILARÍASEFILARÍASE
Uso de dietilcarbamazina, exceto em casos que
possuam infecção concomitante com O. volvulus ou
Loa loa, pois pode ocasionar reação adversa
exacerbada, sendo a alternativa de tratamento o uso
da Ivermectina associada com o Albendazol.
Diagnósticos
Diagnóstico direto: pesquisa de microfilárias no
sangue periférico, líquido ascítico e outros 
Diagnóstico indireto: ELISA ou imunocromatografia;
ultrassonografia; exames laboratoriais
Tratamento
Controle e profilaxia
Tratamento dos doentes, controle do vetor com uso
de inseticidas, e conscientização da população.
Importância em saúde pública ou saúde animal 
É uma das maiores causas de incapacidades físicas
permanentes ou de longo prazo, sendo cerca de 112
milhões de pessoas infectadas em todo o mundo.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_bolso_4ed.pdf
Bibliografia
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_bolso_4ed.pdf18
ONCOCERCOSEONCOCERCOSE
Mosquitos holometábolos pequenos do gênero
Simulium conhecidos como borrachudos. 
Agente etiológico
Nematódeos do gênero Onchocerca.
Vetor
Cor geralmente frisado a negro ou tons castanhos amarelos
Fêmeas hematófagos e diópticas com microfacetas 
Machos holópticos com macrofacetas e microfacetas 
Heteroxeno Fêmea > machoFormas L3 é infectante
Hospedeiro definitivo é o homem
Hematófagos
Adultos em oncocercomas
A fêmea pica e elimina a larva L3, que se desenvolve
até a fase adulta no subcutâneo; a fêmea libera as
microfilárias na pele, formando oncocercomas
(nódulos), vasos linfáticos superficiais, sangue
periférico, urina e escarro. A transmissão entre
mosquitos é pela ingestão da microfilária que evolui
até L3 no intestino e migra para probóscide, pronta
para contaminar um novo indivíduo.
Ciclo biológico
19
ONCOCERCOSEONCOCERCOSE
Diagnóstico direto: identificação do verme adulto ou
microfilárias através de biópsia de nódulo ou pele;
punção por agulha e aspiração do nódulo
Diagnóstico indireto: exame oftalmoscópicos do
humor aquoso; urinálise; intradermorreação,
imunofluorescência indireta; ELISA; PCR
Sinais e sintomas
Pode ser assintomática ou causar lesões oculares e
cutâneas, oncocercose no tecido conjuntivo e
subcutâneo adjacente (centro produtor de
microfilária), cegueira, linfedema, hipertrofia
ganglionar e reação inflamatória infecciosa. 
Diagnósticos
Cirúrgico, com a retirada dos nódulos.
Ivermectina em dose única com periodicidade
semestral ou anual, de acordo com posologia,
durante um período de 10 anos.
Tratamento
20
ONCOCERCOSEONCOCERCOSE
Controle e profilaxia
Diagnosticar e tratar as infecções, visando impedir as
sequelas da doença e reduzir o número de indivíduos
infectados; controle do vetor com inseticidas
biodegradáveis e uso de repelentes. 
Importância em saúde pública ou saúde animal 
Terceira causa de cegueira no Brasil; ocorre
principalmente em áreas de povos indígenas.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_bolso_4e
d.pdf
Bibliografia
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia
_filariose_linfatica.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_bolso_4ed.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_filariose_linfatica.pdf
21
MALÁRIAMALÁRIA
Fêmeas dos mosquitos Dipteros do gênero
Anopheles, sendo destaque o Anopheles darlingi,
conhecido como mosquito prego.
Agente etiológico
Protozoários do gênero Plasmodium, sendo destaque
as espécies Plasmodium malariae, P. vivax e P.
falciparum que infectam humanos e Plasmodium de
subgêneros Haemamoeba, Giovannolaia, P. Huffia e
P. Novyella infectam aves. 
Vetor
Gametócito é a forma infectante para o vetor
Esporozoíto é a forma infectante para o vertebrado
P. vivax originam hipnozoítos no fígado
Trofozoítos são pequenos, ameboides, arredondados a ovais
Grande vacúolo desloca o núcleo do parasito formando anel de sinete
Hábitos alimentares crepusculares e noturnos
Fêmeas possuem palpos maxilares tão longos quanto a probóscide
Machos e fêmeas alimentam-se de néctares para obter energia
Após o acasalamento, as fêmeas procuram uma refeição de sangue
para desenvolver os seus ovos
22
MALÁRIAMALÁRIA
Ciclo Biológico
Através da picada da fêmea infectada, os
esporozoítos são inoculados no homem. 
Os mosquitos se contaminam com a ingestão dos
gametócitos ao se alimentarem de indivíduos
infectados e, uma vez dentro do mosquito, o parasita
multiplica-se e desloca-se desde o estômago até às
glândulas salivares.
Sinais e sintomas
Em humanos, acessos maláricos com 3 fases: fase 1
(sensação de frio, calafrios, febre, tremores, náuseas,
vômitos, palidez e pele fria), fase 2 (febre aumenta,
calor intenso, delírios, náuseas e vômitos) e fase 3
(queda da temperatura, sudorese, sensação de alívio,
prostração e sono); outros sintomas são cefaléia,
mialgias, anemia grave, ruptura de baço, icterícia,
oligúria, hemorragia, falta de ar, cianose, aumento de
frequência cardíaca e crises epileptiformes.
Em aves, geralmente é assintomática devido à baixa
parasitemia, mas podem ocorrer casos agudos com
febre, inapetência, anemia, anemia, hemoglobinúria,
leucocitose, linfocitose, aumento de AST, congestão e
aumento dos órgãos, além de sintomas digestivos,
sintomas neurológicos, prostração e morte. 
23
MALÁRIAMALÁRIA
Diagnósticos
Diagnóstico direto: identificação do parasita por
esfregaço sanguíneo; testes imunocromatográficos 
Diagnóstico indireto: PCR
Tratamento
Em humanos, uso de cloroquina, primaquina e
derivados de artemisinina; uso de quinina associada
à clindamicina. Em aves, uso de primaquina (formas
parasitárias teciduais) com cloroquina e quinina
(formas parasitárias sanguíneas).
Controle e profilaxia
Controle do vetor através do uso de inseticidas e
mosquiteiros; educação comunitária.
Importância em saúde pública ou saúde animal 
A doença não pode ser negligenciada, pois tem alta
letalidade e não há vacinação.
HEMOSPORIDEOS AVIARIOS
Bibliografia
https://www.paho.org/hq/dmdocuments/2012/2012-manual-
entomologia-malaria-port.pdf
SANARMED
https://sseditora.com.br/wp-content/uploads/3-HEMOSPORIDEOS-AVIARIOS-%E2%80%93-Plasmodium-sp.-Haemoproteus-sp.-e-Leucocytozoon-sp..pdf
https://www.paho.org/hq/dmdocuments/2012/2012-manual-entomologia-malaria-port.pdf
https://sseditora.com.br/wp-content/uploads/3-HEMOSPORIDEOS-AVIARIOS-%E2%80%93-Plasmodium-sp.-Haemoproteus-sp.-e-Leucocytozoon-sp..pdf
24
LEISHMANIOSESLEISHMANIOSES
Agente etiológico
Protozoários do gênero Leishmania, sendo separada
por complexos: complexo “Leishmania braziliensis”,
complexo “Leishmania mexicana” e complexo
‘Leishmania donovani". No Brasil, as mais
importantes são L. (Leishmania) amazonensis, L.
(Viannia) guyanensis e L. (V.) braziliensis. 
Digenéticos / heteroxenos Promastigota é flagelada e extracelular
Amastigota é intracelular e sem movimentos
Mosquito fêmea de flebotomíneos gênero Lutzomyia
e Phlebotomus, principalmente a espécie Lutzomyia
longipalpis, conhecida como mosquito palha.
Vetor
Penugem e asas mais levantadas Ovopositam em lugares úmidos 
O mosquito contaminado transmite a forma
promastigota metacíclica que pode invadir as células
de forma ativa ou ser fagocitada por macrófagos e
neutrófilos, se diferenciando em amastigotas e
multiplicando para contaminar outras células. Os
mosquitos se contaminam ingerindo a forma
amastigota.
Ciclo biológico
25
LEISHMANIOSESLEISHMANIOSES
Sinais e sintomas
Podem ocorrer casos assintomáticos com reação de
Montenegro positiva; formas subclínicas que
evoluem para cura espontânea; lesões ulcerativas
mais ou menos extensas no local da inoculação.
Leishmaniose Cutânea Localizada (LCL): pode ou
não ter comprometimento do sistema linfático
formando complexo cutâneo ganglionar; lesões
indolores nodulares com bases granulares
Leishmaniose Cutâneo Difusa (LCD) e Leishmaniose
Mucocutânea (LMC) são formas metastáticas.
A difusa começa a partir de um nódulo eritematoso
que se dispersa, dando origem a lesões múltiplas não
ulcerativas pelo corpo inteiro; hipertrofia e
hiperplasia do sistema mononuclear fagocitário.
Na cutânea há pápulas que evoluem para úlceras
indolores com fundo granuloso e bordas infiltradas
em moldura, podendo ser únicas ou múltiplas.
Também pode aparecer como placa verrucosa,
papulosa, nodular, localizada ou difusa; ocorre
hiperplasia e hipertrofia histiocitária, aumento no
número e tamanho dos macrófagos, edema e
infiltração celular, grande número de linfócitos e
hiperplasia do epitélio que recobre a zona inflamada.
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LEISHMANIOSESLEISHMANIOSES
Sinais e sintomas
A forma mucosa, secundária ou não à cutânea,
caracteriza-se por infiltração, ulceração e destruição
dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe.
Pode ocorrer perfuração do septo nasal e/ou do
palato, disfagia, disfonia, insuficiência respiratória por
edema de glote, pneumonia por aspiração e morte;
ocorre propagação hematogênica; nódulos com
focos circunscritos; segmento anterior da mucosa
nasal com raros parasitos e tendência à ulceração.A Leishmaniose Visceral é dividida em 3 períodos
 Período inicial: febre, palidez cutâneo mucosa,
hepatoesplenomegalia, anemia e hiperglobulinemia. 
 Período de estado: febre irregular, emagrecimento
progressivo, palidez cutâneo mucosa e
hepatoesplenomegalia; quadro clínico arrastado,
com mais de dois meses de evolução e muitas vezes
com comprometimento do estado geral.
 Período final: febre, desnutrição, edema de
membros inferiores, hemorragias, icterícia e ascite. 
No geral, ocorre hipertrofia e hiperplasia de
macrófagos viscerais; hepatoesplenomegalia;
alterações da medula óssea; hipertrofia de
linfonodos; comprometimento de órgãos do sistema
mononuclear fagocitário.
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LEISHMANIOSESLEISHMANIOSES
Diagnósticos
Diagnóstico direto: exame parasitológico; exame
histopatológico
Diagnóstico indireto: avaliação clínica; sorologia;
avaliação laboratorial
Tratamento
Visceral: antimoniais pentavalentes; quando não há
melhora clínica, a droga de escolha é a anfotericina
B, é a usada em cão; outro medicamento é a
pentamidina, porém sua eficácia é variável
Cutânea: antimoniais pentavalentes; pentamidina.
Mucosa: antimoniais pentavalentes; pentamidina;
anfotericina B
Controle e profilaxia
Controle do vetor através de inseticidas de largo
espectro e baixo poder de toxicidade, como os
piretróides e uso de mosquiteiros e telas nas janelas e
portas; eutanásia em cães em situações que
apresente lesão cutânea com confirmação
diagnóstica; medidas educativas sobre medidas de
proteção individual, como o uso de roupas
apropriadas, repelentes, etc.
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LEISHMANIOSESLEISHMANIOSES
Importância em saúde pública ou saúde animal 
É uma zoonose, de notificação compulsória ,
considerada inicialmente de transmissão silvestre,
com características de ambientes rurais e
atualmente em expansão para as áreas periurbanas e
urbanas, sendo um crescente problema de saúde
pública no país.
Bibliografia
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_bolso_4e
d.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_bolso_4ed.pdf

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