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Pedro

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Questões resolvidas

O desfazimento dos atos administrativos é uma tarefa corriqueira da Administração. É essencial que se mantenham respeitados os princípios da Administração Pública e as regras do ordenamento positivo, a partir da ideia de que o agente público não dispõe dos meios administrativos segundo a sua vontade. Considerando essa realidade, assinale a alternativa correta.
a) A revogação é ato administrativo que desfaz o ato anterior desde que haja a constatação de algum vício.
b) A revogação dos atos administrativos pode ser realizada tanto pela Administração Pública quanto pelo Poder Judiciário.
c) A Constituição Federal veda expressamente a convalidação judicial de atos administrativos.
d) Segundo a legislação regente da matéria, a convalidação é um ato administrativo que somente pode ser realizado por uma autoridade superior à autoridade que praticou o ato convalidado.
e) Em que pese os seus característicos efeitos ex tunc, a anulação de um ato administrativo pode, excepcionalmente, não acarretar efeitos retroativos plenos.
a) A revogação é ato administrativo que desfaz o ato anterior desde que haja a constatação de algum vício.
b) A revogação dos atos administrativos pode ser realizada tanto pela Administração Pública quanto pelo Poder Judiciário.
c) A Constituição Federal veda expressamente a convalidação judicial de atos administrativos.
d) Segundo a legislação regente da matéria, a convalidação é um ato administrativo que somente pode ser realizado por uma autoridade superior à autoridade que praticou o ato convalidado.
e) Em que pese os seus característicos efeitos ex tunc, a anulação de um ato administrativo pode, excepcionalmente, não acarretar efeitos retroativos plenos.

Custódio Bocaiúva é Chefe de Gabinete de uma Secretaria de determinado Estado. Certo dia, em vista da ausência do Secretário Estadual, que saíra para uma reunião com o Governador, Custódio assinou o ato de nomeação de um candidato aprovado em primeiro lugar para cargo efetivo, em concurso promovido pela Secretaria Estadual. No dia seguinte, tal ato saiu publicado no Diário Oficial do Estado. Sabendo-se que a legislação estadual havia atribuído ao Secretário a competência de promover tal nomeação, permitindo que este a delegasse a outras autoridades hierarquicamente subordinadas, é correto concluir que o ato praticado é:
a) válido, pois havia direito subjetivo do candidato a ser nomeado para o cargo efetivo.
b) inexistente, haja vista que não reúne os mínimos elementos que permitam seu reconhecimento como ato jurídico.
c) válido, em vista da teoria do funcionário de fato, amplamente reconhecida na doutrina administrativa.
d) inválido, pois, segundo a Constituição Federal, a nomeação de servidores é atribuição exclusiva e indelegável do Chefe do Poder Executivo, regra sujeita à observância em âmbito estadual, por conta do princípio da simetria.
e) inválido, porém sujeito à convalidação pelo Secretário de Estado, desde que não estejam presentes vícios relativos ao objeto, motivo ou finalidade do ato.
a) válido, pois havia direito subjetivo do candidato a ser nomeado para o cargo efetivo.
b) inexistente, haja vista que não reúne os mínimos elementos que permitam seu reconhecimento como ato jurídico.
c) válido, em vista da teoria do funcionário de fato, amplamente reconhecida na doutrina administrativa.
d) inválido, pois, segundo a Constituição Federal, a nomeação de servidores é atribuição exclusiva e indelegável do Chefe do Poder Executivo, regra sujeita à observância em âmbito estadual, por conta do princípio da simetria.
e) inválido, porém sujeito à convalidação pelo Secretário de Estado, desde que não estejam presentes vícios relativos ao objeto, motivo ou finalidade do ato.

Determinado Secretário Municipal de Saúde, ao tomar posse na secretaria municipal, por estrita motivação pessoal, decide favorecer servidor partidário, lotando-o em unidade de saúde central no município. Para tanto, o citado Secretário removeu João, adversário político, para atuar na unidade de zona rural, ocupando a antiga vaga de seu partidário. Indignado com a situação, João procurou a Administração Municipal informando do caráter pessoal da modificação. Diante da comprovação de que o ato foi motivado por razões pessoais, deverá a Administração, quanto à remoção de João:

a) anular o ato, com efeito ex nunc, vez que conveniente à Administração.
b) declarar nulo o ato, retroagindo os efeitos à época do ato, vez que ilegal.
c) revogar o ato com eficácia ex nunc, vez que eivados de vício de legalidade.
d) revogar o ato com eficácia extunc, retroagindo os efeitos à época da origem do ato.

Suponha que um agente público da Secretaria de Estado da Educação, após longo período de greve dos professores da rede pública, objetivando desincentivar novas paralisações, tenha transferido os grevistas para ministrarem aulas no período noturno em outras escolas, mais distantes. Ato contínuo, promoveu o fechamento de diversas classes do período da manhã de estabelecimento de ensino no qual estavam lotados a maioria dos docentes transferidos, justificando o ato assim praticado em uma circular aos pais dos alunos na qual afirmou ter ocorrido inesperada redução do número de docentes, decorrente da necessidade de transferência para outras unidades como forma de melhor atender à demanda da sociedade. Nesse contexto:

a) os aspectos relacionados à finalidade e motivação dos atos administrativos em questão dizem respeito ao mérito, ensejando, apenas, impugnação na esfera administrativa, com base no princípio da tutela.
b) apenas os atos de transferência dos docentes são passíveis de anulação, em face de abuso de poder, ostentado vício de motivação passível de controle administrativo e judicial.
c) descabe impugnação judicial dos atos em questão, eis que praticados no âmbito da discricionariedade legitimamente conferida à autoridade administrativa.
d) apenas o ato de fechamento de salas de aula poderá ser questionado judicialmente, com base em vício de motivação, sendo os demais legítimos no âmbito da gestão administrativa.

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Questões resolvidas

O desfazimento dos atos administrativos é uma tarefa corriqueira da Administração. É essencial que se mantenham respeitados os princípios da Administração Pública e as regras do ordenamento positivo, a partir da ideia de que o agente público não dispõe dos meios administrativos segundo a sua vontade. Considerando essa realidade, assinale a alternativa correta.
a) A revogação é ato administrativo que desfaz o ato anterior desde que haja a constatação de algum vício.
b) A revogação dos atos administrativos pode ser realizada tanto pela Administração Pública quanto pelo Poder Judiciário.
c) A Constituição Federal veda expressamente a convalidação judicial de atos administrativos.
d) Segundo a legislação regente da matéria, a convalidação é um ato administrativo que somente pode ser realizado por uma autoridade superior à autoridade que praticou o ato convalidado.
e) Em que pese os seus característicos efeitos ex tunc, a anulação de um ato administrativo pode, excepcionalmente, não acarretar efeitos retroativos plenos.
a) A revogação é ato administrativo que desfaz o ato anterior desde que haja a constatação de algum vício.
b) A revogação dos atos administrativos pode ser realizada tanto pela Administração Pública quanto pelo Poder Judiciário.
c) A Constituição Federal veda expressamente a convalidação judicial de atos administrativos.
d) Segundo a legislação regente da matéria, a convalidação é um ato administrativo que somente pode ser realizado por uma autoridade superior à autoridade que praticou o ato convalidado.
e) Em que pese os seus característicos efeitos ex tunc, a anulação de um ato administrativo pode, excepcionalmente, não acarretar efeitos retroativos plenos.

Custódio Bocaiúva é Chefe de Gabinete de uma Secretaria de determinado Estado. Certo dia, em vista da ausência do Secretário Estadual, que saíra para uma reunião com o Governador, Custódio assinou o ato de nomeação de um candidato aprovado em primeiro lugar para cargo efetivo, em concurso promovido pela Secretaria Estadual. No dia seguinte, tal ato saiu publicado no Diário Oficial do Estado. Sabendo-se que a legislação estadual havia atribuído ao Secretário a competência de promover tal nomeação, permitindo que este a delegasse a outras autoridades hierarquicamente subordinadas, é correto concluir que o ato praticado é:
a) válido, pois havia direito subjetivo do candidato a ser nomeado para o cargo efetivo.
b) inexistente, haja vista que não reúne os mínimos elementos que permitam seu reconhecimento como ato jurídico.
c) válido, em vista da teoria do funcionário de fato, amplamente reconhecida na doutrina administrativa.
d) inválido, pois, segundo a Constituição Federal, a nomeação de servidores é atribuição exclusiva e indelegável do Chefe do Poder Executivo, regra sujeita à observância em âmbito estadual, por conta do princípio da simetria.
e) inválido, porém sujeito à convalidação pelo Secretário de Estado, desde que não estejam presentes vícios relativos ao objeto, motivo ou finalidade do ato.
a) válido, pois havia direito subjetivo do candidato a ser nomeado para o cargo efetivo.
b) inexistente, haja vista que não reúne os mínimos elementos que permitam seu reconhecimento como ato jurídico.
c) válido, em vista da teoria do funcionário de fato, amplamente reconhecida na doutrina administrativa.
d) inválido, pois, segundo a Constituição Federal, a nomeação de servidores é atribuição exclusiva e indelegável do Chefe do Poder Executivo, regra sujeita à observância em âmbito estadual, por conta do princípio da simetria.
e) inválido, porém sujeito à convalidação pelo Secretário de Estado, desde que não estejam presentes vícios relativos ao objeto, motivo ou finalidade do ato.

Determinado Secretário Municipal de Saúde, ao tomar posse na secretaria municipal, por estrita motivação pessoal, decide favorecer servidor partidário, lotando-o em unidade de saúde central no município. Para tanto, o citado Secretário removeu João, adversário político, para atuar na unidade de zona rural, ocupando a antiga vaga de seu partidário. Indignado com a situação, João procurou a Administração Municipal informando do caráter pessoal da modificação. Diante da comprovação de que o ato foi motivado por razões pessoais, deverá a Administração, quanto à remoção de João:

a) anular o ato, com efeito ex nunc, vez que conveniente à Administração.
b) declarar nulo o ato, retroagindo os efeitos à época do ato, vez que ilegal.
c) revogar o ato com eficácia ex nunc, vez que eivados de vício de legalidade.
d) revogar o ato com eficácia extunc, retroagindo os efeitos à época da origem do ato.

Suponha que um agente público da Secretaria de Estado da Educação, após longo período de greve dos professores da rede pública, objetivando desincentivar novas paralisações, tenha transferido os grevistas para ministrarem aulas no período noturno em outras escolas, mais distantes. Ato contínuo, promoveu o fechamento de diversas classes do período da manhã de estabelecimento de ensino no qual estavam lotados a maioria dos docentes transferidos, justificando o ato assim praticado em uma circular aos pais dos alunos na qual afirmou ter ocorrido inesperada redução do número de docentes, decorrente da necessidade de transferência para outras unidades como forma de melhor atender à demanda da sociedade. Nesse contexto:

a) os aspectos relacionados à finalidade e motivação dos atos administrativos em questão dizem respeito ao mérito, ensejando, apenas, impugnação na esfera administrativa, com base no princípio da tutela.
b) apenas os atos de transferência dos docentes são passíveis de anulação, em face de abuso de poder, ostentado vício de motivação passível de controle administrativo e judicial.
c) descabe impugnação judicial dos atos em questão, eis que praticados no âmbito da discricionariedade legitimamente conferida à autoridade administrativa.
d) apenas o ato de fechamento de salas de aula poderá ser questionado judicialmente, com base em vício de motivação, sendo os demais legítimos no âmbito da gestão administrativa.

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(todos os cinco elementos dos atos administrativo estão definidos em lei – competência, forma, 
finalidade, motivo e objeto). 
Incorreta a alternativa “c” porque fatos da administração são aqueles acontecimentos praticados 
pela Administração Pública que não apresentam nenhuma repercussão no âmbito do Direito 
Administrativo. Não confunda Fato DA Administração com Fato Administrativo. Este “tem ode 
atividade material no exercício da função administrativa que visa a efeitos de ordem prática para a 
Administração” (José dos Santos Carvalho Filho – Manual de Direito Administrativo, 31ª edição, p 
101). 
Incorreta a alternativa “d” porque não há no texto constitucional qualquer vedação expressa à 
revogação de atos vinculados. Segundo parte da doutrina, de fato, os atos vinculados não podem 
ser revogados. 
Incorreta a alternativa “e” porque atos administrativos complexos são aqueles que se originam da 
manifestação da vontade de mais de um órgão administrativo, podendo ser singulares ou 
colegiados. Há um concurso de vontade homogênea de órgãos para a produção do um único ato 
administrativo. Logo, podem sim ser discricionários. Exemplo: assinatura de um Decreto pelo Chefe 
do Poder Executivo, referendado pelo Ministro ou Secretário. 
Gabarito: alternativa A. 
2. 2019/UFPR/PGM-Curitiba/Procurador Municipal 
O desfazimento dos atos administrativos é uma tarefa corriqueira da Administração. É essencial 
que se mantenham respeitados os princípios da Administração Pública e as regras do 
ordenamento positivo, a partir da ideia de que o agente público não dispõe dos meios 
administrativos segundo a sua vontade. Considerando essa realidade, assinale a alternativa 
correta. 
a) A revogação é ato administrativo que desfaz o ato anterior desde que haja a constatação de 
algum vício. 
b) A revogação dos atos administrativos pode ser realizada tanto pela Administração Pública 
quanto pelo Poder Judiciário. 
c) A Constituição Federal veda expressamente a convalidação judicial de atos administrativos. 
d) Segundo a legislação regente da matéria, a convalidação é um ato administrativo que 
somente pode ser realizado por uma autoridade superior à autoridade que praticou o ato 
convalidado. 
e) Em que pese os seus característicos efeitos ex tunc, a anulação de um ato administrativo 
pode, excepcionalmente, não acarretar efeitos retroativos plenos. 
Comentários: 
 
 
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Incorreta a alternativa “a” porque a revogação é o desfazimento de um ato administrativo por 
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos (art. 53 da Lei nº 9.784, 
de 1999). Quando eivado de vício, a Administração Pública tem o poder-dever de anulá-lo. 
Nessa linha, a Súmula 473 do STF: 
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, 
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
Incorreta a alternativa “b” porque ao Poder Judiciário é vedado adentrar ao mérito administrativo. 
O controle jurisdicional poderá ocorrer em caso de ilegalidade. 
Incorreta a alternativa “c” porque não há no texto constitucional vedação expressa no sentido de 
que ao Poder Judiciário descabe convalidar atos administrativos. 
Incorreta a alternativa “d” porque o art. 55 da Lei nº 9.784, de 1999, não obriga que a convalidação 
seja feita pela autoridade superior àquela que praticou o ato. Pode ser, inclusive, pela própria 
autoridade que o produziu. 
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo 
a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria 
Administração. 
Correta a alternativa “e” porque em linha com a posicão doutrinária. De fato, a regra é que a 
anulação do ato administrativo produza efeitos ex tunc (retroativos, desde a origem). Contudo, 
excepcionalmente, quando o prejuízo resultante da anulação retroativa for maior do que o prejuízo 
dos efeitos produzidos pelo ato, a Administração deverá ser norteada pelo interesse público. Nessa 
linha, a professora Maria Sylvia (Direito Administrativo, 30ª edição, pp 279 e 280). 
Gabarito: alternativa E. 
3. 2019/CESPE/PGM-Campo Grande/Procurador Municipal 
Acerca de atos administrativos, julgue os itens que se seguem. 
1. A administração pública poderá revogar atos administrativos que possuam vício que os torne 
ilegais, ainda que o ato revogatório não tenha sido determinado pelo Poder Judiciário. 
2. Ato administrativo vinculado que tenha vício de competência poderá ser convalidado por 
meio de ratificação, desde que não seja de competência exclusiva. 
Comentários: 
A assertiva 1 está ERRADA e a 2 CERTA. 
A 1 está errada porque, de acordo com a Súmula 473 do STF, a administração pode anular seus 
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; 
ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e 
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
 
 
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Portanto, não se pode confundir anulação e revogação. Anulação se refere a ato ilegal (efeitos ex 
tunc). Revogação se refere a ato legal que deixou de ser conveniente e oportuno para a 
Administração (efeitos ex nunc). 
A 2 está correta porque em linha com o que ensina a doutrina. Nas palavras, por exemplo, da 
professora Maria Sylvia, tem-se que: 
“Quanto ao sujeito, se o ato for praticado com vício de incompetência, admite-se a convalidação, 
que nesse caso recebe o nome de ratificação, desde que não se trate de competência outorgada 
com exclusividade, hipótese em que se exclui a possibilidade de delegação ou de avocação”. 
 
4. 2018/MPE-MS/MPE-MS/ Promotor de Justiça 
Quanto aos atos administrativos, assinale a alternativa correta. 
a) Resoluções, instruções e portarias são atos administrativos normativos. 
b) Instruções, avisos e certidões são atos administrativos ordinatórios. 
c) Parecer vinculante e obrigatório possuem o mesmo significado. 
d) No parecer vinculante, a manifestação de teor jurídico deixa de ser meramente opinativa, 
não podendo a decisão do administrador colidir com a sua conclusão. 
e) São espécies de ato administrativo, segundo entendimento doutrinário tradicional: 
normativos, ordinatórios, negociais, vinculativos e punitivos. 
Comentários 
Resposta: alternativa “d”. 
Correta a alternativa “d” porque os pareceres podem ser facultativos (é meramente opcional), 
obrigatórios (exige-se o parecer para a realização do ato, mas é mera opinião, podendo a autoridade 
dele divergir) ou vinculantes (a autoridade não pode dele divergir, deixa de ser mera opinião). 
Incorreta a alternativa “a” porque instruções e portarias são atos ordinatórios (aqueles que 
disciplinam o funcionamento da Administração Pública, incluindo as condutas dos seus agentes) e 
não atos normativos (em regra, comandos gerais e abstratos). Cuidado para não confundir a teoria 
dos atos administrativos com eventuais práticas incorretas adotas pelos órgãos públicos. Resolução 
sim é ato normativo. 
Incorreta a alternativa “b” porque certidões são atos administrativos enunciativos (externam ou 
declaram uma situação existente em registros, processo ou arquivospúblicos sem qualquer 
manifestação de vontade original da Administração). De fato, instruções e avisos são atos 
ordinatórios. 
Incorreta a alternativa “c” porque parecer vinculante e parecer obrigatório são diferentes, como 
visto na explicação da alternativa “d”. 
 
 
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Incorreta a alternativa “e” porque são espécies de atos administrativos segundo a doutrina 
tradicional: normativo, ordinatório, negocial, enunciativo e punitivo. Não incluído, portanto, atos 
vinculativos. 
 
5. 2018/FCC/PGE-TO/Procurador do Estado 
Custódio Bocaiúva é Chefe de Gabinete de uma Secretaria de determinado Estado. Certo dia, 
em vista da ausência do Secretário Estadual, que saíra para uma reunião com o Governador, 
Custódio assinou o ato de nomeação de um candidato aprovado em primeiro lugar para cargo 
efetivo, em concurso promovido pela Secretaria Estadual. No dia seguinte, tal ato saiu 
publicado no Diário Oficial do Estado. Sabendo-se que a legislação estadual havia atribuído ao 
Secretário a competência de promover tal nomeação, permitindo que este a delegasse a outras 
autoridades hierarquicamente subordinadas, é correto concluir que o ato praticado é: 
a) válido, pois havia direito subjetivo do candidato a ser nomeado para o cargo efetivo. 
b) inexistente, haja vista que não reúne os mínimos elementos que permitam seu 
reconhecimento como ato jurídico. 
c) válido, em vista da teoria do funcionário de fato, amplamente reconhecida na doutrina 
administrativa. 
d) inválido, pois, segundo a Constituição Federal, a nomeação de servidores é atribuição 
exclusiva e indelegável do Chefe do Poder Executivo, regra sujeita à observância em âmbito 
estadual, por conta do princípio da simetria. 
e) inválido, porém sujeito à convalidação pelo Secretário de Estado, desde que não estejam 
presentes vícios relativos ao objeto, motivo ou finalidade do ato. 
Comentários 
Resposta: alternativa “e”. 
Correta a alternativa “e” porque, como o vício no ato administrativo foi no elemento competência e 
esta não era exclusiva (art. 84, XXV, combinado com o seu parágrafo único, da CRFB), cabe a 
convalidação pelo Secretário Estadual (neste caso denomina-se ratificação). Lembre-se que a 
convalidação, que é possibilidade de a autoridade competente regularizar determinado vício 
existente em um ato administrativo com efeitos retroativos à data em que praticado, em regra, 
somente se aplica em vícios nos elementos forma e competência e, ainda, desde que a forma não 
seja essencial e competência não seja exclusiva ou em razão da matéria (cuidado com a posição do 
professor José dos Santos Carvalho Filho no sentido de também caber convalidação quanto ao 
elemento objeto quando plúrimo). Portanto, se o vício for nos elementos finalidade, motivo ou 
objeto não cabe convalidação (objeto quando único). 
 
 
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Incorreta a alternativa “a” porque o eventual direito subjetivo do candidato aprovado em 1º lugar 
em concurso público para provimento efetivo não tem o condão de sanear ato administrativo 
inválido. 
Incorreta a alternativa “b” porque o ato praticado existe, mas é inválido por ter sido expedido por 
autoridade incompetente. A existência dos atos administrativos está relacionada à presença de 
todos os elementos, ainda que haja deficiência em um ou mais deles. 
Incorreta a alternativa “c” porque o ato da nomeação é inválido porque um dos elementos, a 
competência, não foi produzido de acordo com a lei. Em que pese pela Teoria da Aparência os atos 
praticados pelo agente putativo ou funcionário de fato poderem ser convalidados, em respeito à 
boa-fé do administrado, isso não torna o ato da nomeação válido, mas sim os eventuais atos por ele 
praticados. Inclusive, lembre-se que, de acordo com o STF, não se aplica a Teoria do Fato Consumado 
nos casos em que se pleiteia a permanência em cargo público, cuja posse tenha ocorrido de forma 
precária, em razão de decisão judicial não definitiva (RE 405964). 
Incorreta a alternativa “d”, em função da previsão do art. 84, XXV (primeira parte), combinado com 
o seu parágrafo único, da CRFB, em que se autoriza ao Presidente delegar as atribuições 
mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral 
da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas 
delegações. Por simetria, pode o Governador do Estado delegar ao Secretário de Estado. 
 
6. 2018/FCC/DPE-AP/Defensor Público 
Como é cediço, o controle judicial dos atos administrativos diz respeito a aspectos de 
legalidade, descabendo avaliação do mérito de atos discricionários. Considere a situação 
hipotética: em sede de ação popular, foi proferida decisão judicial anulando o ato de 
fechamento de uma unidade básica de saúde, tendo em vista que restou comprovado que os 
motivos declinados pelo Secretário da Saúde para a prática do ato − ausência de demanda da 
população local − estavam em total desconformidade com a realidade. Referida decisão 
afigura-se. 
a) legítima, apenas se comprovado desvio de finalidade na prática do ato, sendo descabido o 
controle judicial do motivo invocado pela autoridade prolatora. 
b) legítima, com base na teoria dos motivos determinantes, não extrapolando o âmbito do 
controle judicial. 
c) ilegítima, pois a questão diz respeito a critérios de conveniência e oportunidade, que 
refogem ao controle judicial. 
d) ilegítima, eis que o controle judicial somente é exercido em relação a atos vinculados. 
 
 
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e) legítima, desde que comprovado, adicionalmente ao vício de motivo, falha em aspectos 
relativos à discricionariedade técnica. 
Comentários 
Resposta: alternativa “b”. 
Correta a alternativa “b”, já que o enunciado representa bem a aplicação da Teoria dos Motivos 
Determinantes. Essa teoria foi acolhida no Brasil para fixar que o fundamento exteriorizado para a 
tomada de decisão ou para a prática de uma ação ou omissão vincula-se à validade do ato 
administrativo discricionário ou vinculado. Assim, existindo a exteriorização do motivo como o 
determinante a justificar a realização do ato administrativo, caso fique comprovado não ter este 
ocorrido ou não representar a realidade, o ato será ilegal. Sendo ilegal, abre-se margem para o 
controle pelo Poder Judiciário. Não se trata aí de mérito administrativo (conveniência e 
oportunidade) e sim de uma ilegalidade. 
Incorretas as alternativas “a”, “c” e “d” porque, no caso descrito, abriu-se a possibilidade do controle 
judicial em função do motivo externado no ato administrativo ser incompatível com a realidade. 
Logo, o ato judicial foi legítimo, ainda que se tratasse de ato discricionário na origem, mas que 
passou a ser vinculado ao motivo após a sua externalização. 
Incorreta a alternativa “e” porque a legitimidade do ato judicial não está condicionada a vício na 
discricionariedade técnica. Ademais, ao Poder Judiciário não cabe adentrar e invalidar ato político 
(discricionário) da Administração Pública sob a alegação de que se utilizou metodologia técnica, 
como fixado pela Doutrina Chenery (STJ AgInt na SLS 2240/SP). 
 
7. 2018/CESPE/PGE-PE/Procurador do Estado 
À luz da doutrina e da jurisprudência, assinale a opção correta acerca de atos administrativos. 
a) Admite-se a convalidação de ato administrativo por meio de decisão judicial, desde que não 
haja dano ao interessepúblico nem prejuízo a terceiros. 
b) A nomeação dos ministros de tribunais superiores no Brasil é um ato administrativo 
complexo. 
c) Por ser a competência administrativa improrrogável, atos praticados por agente 
incompetente não se sujeitam a convalidação. 
d) Por serem os ocupantes de cargo em comissão demissíveis ad nutum, é sempre inviável a 
anulação do ato de exoneração de ocupante de cargo em comissão com fundamento na teoria 
dos motivos determinantes. 
 
 
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e) Independentemente de novo posicionamento judicial, havendo modificação da situação de 
fato ou de direito, a administração poderá suprimir vantagem funcional incorporada em 
decorrência de decisão judicial transitada em julgado. 
Comentários 
Resposta: alternativa “b”. 
Em que pese haver discordância na doutrina, a CESPE considerou a alternativa “b” correta, ou seja, 
para esta banca a nomeação de ministros de tribunais superiores no Brasil é um ato complexo, ou 
seja, há concorrência da manifestação da vontade de dois órgãos, e não ato composto, no qual há 
manifestação da vontade de um órgão em um ato administrativo principal e a participação de outro 
órgão para dar-lhe eficácia. Frise-se que, de acordo com o inciso XIV do art. 84 da CRFB, cabe ao 
Presidente da República a nomeação dos Ministros do STF e dos Tribunais Superiores, após 
aprovação pelo Senado Federal. Para a professora Maria Sylvia, que defende a posição de ato 
composto, embora haja a participação de mais de um órgão, a vontade é apenas de um deles. O ato 
principal é a nomeação (indica e nomeia). O ato acessório é a aprovação pelo Senado). Para o 
professor José dos Santos Carvalho Filho, trata-se de ato complexo sendo necessária a manifestação 
da vontade de dois órgãos diversos. 
Incorreta a alternativa “a” porque ao Poder Judiciário cabe anular atos administrativos ilegais e não 
a sua convalidação. A convalidação compete à própria Administração Pública ou, excepcionalmente, 
ao administrado. 
Incorreta a alternativa “c” porque, em que pese a competência ser improrrogável (órgão ou agente 
incompetente não se torna competente pelo exercício da atividade, exceto por lei), pode haver 
convalidação de ato administrativo com vício de competência, desde que esta não seja exclusiva ou 
em função da matéria (denomina-se a convalidação no elemento competência de ratificação ou 
confirmação, a depender da autoridade que sanear o ato). 
Incorreta a alternativa “d” porque se o administrador público externar o motivo pelo qual praticou 
a exoneração, o ato administrativo estará vinculado a este motivo. Demonstrada, portanto, sua 
incompatibilidade com a realidade haverá uma ilegalidade. Logo, passível de controle pelo Poder 
Judiciário. 
Outra alternativa polêmica é a “e”, considerada incorreta. De fato, de acordo com a jurisprudência 
tradicional do STF, não pode a Administração Pública desrespeitar a coisa julgada e, por conseguinte, 
a segurança jurídica e a proteção à confiança, para afastar vantagem de servidor incorporada em 
função de mudança na situação de fato ou de direito (STF AgR no RE 394638, julgado de 2004, e MS 
30780, julgado de 2013). Nessa linha, realmente incorreta a alternativa, já que dependeria de novo 
provimento judicial. Contudo, no julgado do MS 32435, o próprio STF decidiu que “a força vinculativa 
das sentenças sobre relações jurídicas de trato continuado atua rebus sic stantibus: sua eficácia 
 
 
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permanece enquanto se mantiverem inalterados os pressupostos fáticos e jurídicos adotados para o 
juízo de certeza estabelecido pelo provimento sentencial. A superveniente alteração de qualquer 
desses pressupostos determina a imediata cessação da eficácia executiva do julgado, 
independentemente de ação rescisória ou, salvo em estritas hipóteses previstas em lei, de ação 
revisional”. De todo modo, a banca seguiu a jurisprudência anteriormente firmada. 
 
8. 2018/CONSULPLAN/CÂMARA DE BELO HORIZONTE-MG/Procurador 
Determinado Secretário Municipal de Saúde, ao tomar posse na secretaria municipal, por 
estrita motivação pessoal, decide favorecer servidor partidário, lotando-o em unidade de 
saúde central no município. Para tanto, o citado Secretário removeu João, adversário político, 
para atuar na unidade de zona rural, ocupando a antiga vaga de seu partidário. Indignado com 
a situação, João procurou a Administração Municipal informando do caráter pessoal da 
modificação. Diante da comprovação de que o ato foi motivado por razões pessoais, deverá a 
Administração, quanto à remoção de João, 
a) anular o ato, com efeito ex nunc, vez que conveniente à Administração. 
b) declarar nulo o ato, retroagindo os efeitos à época do ato, vez que ilegal. 
c) revogar o ato com eficácia ex nunc, vez que eivados de vício de legalidade. 
d) revogar o ato com eficácia extunc, retroagindo os efeitos à época da origem do ato. 
Comentários 
Resposta: alternativa “b”. A situação descrita caracteriza abuso de autoridade em sua espécie desvio 
de finalidade. Ou seja, a finalidade do ato administrativo deve sempre ser o interesse público. Fato 
incompatível com a realização da alteração de lotação do servidor com intuito de prejudicar 
adversário político e, por outro lado, beneficiar parceiro político. Havendo o desvio de finalidade, 
não é possível se falar em convalidação e, portanto, não se trata de ato anulável e sim de ato nulo, 
já que contém vício insanável. Assim, os efeitos do ato nulo são ex tunc, retroagindo desde o 
momento de sua produção. 
Incorreta a alternativa “a” porque não é ato anulável (vício na finalidade não pode ser convalidado, 
mas só na competência e forma – ou no objeto quando plúrimo) e sim nulo. Ademais os efeitos são 
ex tunc (desde a origem) e não ex nunc (a partir do ato). 
Incorretas as alternativas “c” e “d” porque não se pode revogar ato viciado. Ato viciado é nulo ou 
anulável. 
 
 
 
 
 
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9. 2018/FCC/DPE-AM/Defensor Público 
Suponha que um agente público da Secretaria de Estado da Educação, após longo período de 
greve dos professores da rede pública, objetivando desincentivar novas paralisações, tenha 
transferido os grevistas para ministrarem aulas no período noturno em outras escolas, mais 
distantes. Ato contínuo, promoveu o fechamento de diversas classes do período da manhã de 
estabelecimento de ensino no qual estavam lotados a maioria dos docentes transferidos, 
justificando o ato assim praticado em uma circular aos pais dos alunos na qual afirmou ter 
ocorrido inesperada redução do número de docentes, decorrente da necessidade de 
transferência para outras unidades como forma de melhor atender à demanda da sociedade. 
Nesse contexto, 
 
a) os aspectos relacionados à finalidade e motivação dos atos administrativos em questão 
dizem respeito ao mérito, ensejando, apenas, impugnação na esfera administrativa, com base 
no princípio da tutela. 
b) apenas os atos de transferência dos docentes são passíveis de anulação, em face de abuso 
de poder, ostentado vício de motivação passível de controle administrativo e judicial. 
c) descabe impugnação judicial dos atos em questão, eis que praticados no âmbito da 
discricionariedade legitimamente conferida à autoridade administrativa. 
d) apenas o ato de fechamento de salas de aula poderá ser questionado judicialmente, com 
base em vício de motivação, sendo os demais legítimos no âmbitoda gestão administrativa. 
e) o poder judiciário poderá anular as transferências dos docentes por desvio de finalidade, 
bem como o fechamento das salas por vício de motivo com base na teoria dos motivos 
determinantes. 
Comentários 
Resposta: alternativa “e”. 
Correta a alternativa “e” porque a situação descrita caracteriza abuso de autoridade em sua espécie 
desvio de finalidade, em função de a transferência dos docentes ter ocorrido não para atender ao 
interesse público. Logo, cabe controle do Poder Judiciário. Ademais, os atos de fechar as turmas 
matutinas e enviar a circular com o motivo não verdadeiro aos pais dos alunos caracterizam vício no 
motivo, também controlável pelo Poder Judiciário. Frise-se que cabe o controle do Poder Judiciário 
inclusive em atos discricionários em que tenha sido externado motivo, em função da Teoria dos 
Motivos Determinantes, em caso de o motivo alegado não representar a realidade. 
Incorreta a alternativa “a” porque a situação descrita caracteriza abuso de autoridade em sua 
espécie desvio de finalidade. Não pode haver desvirtuamento do interesse público. Assim, como ato 
ilegal, tanto por vício na finalidade quanto o motivo, pode haver o controle do Poder Judiciário e não 
só da própria Administração Pública. 
 
 
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Incorreta a alternativa “b” porque tanto o ato de transferência dos servidores quanto o fechamento 
das classes matutinas e a circular expedida aos pais dos alunos estão viciados e, portanto, são 
inválidos. 
Incorreta a alternativa “c” porque cabe controle do Poder Judiciário em atos ilegais, bem como em 
atos discricionários em que tenha sido externado motivo, em função da Teoria dos Motivos 
Determinantes. 
Incorreta a alternativa “d” porque tanto o ato de transferência dos servidores quanto o fechamento 
das classes matutinas e a circular expedida aos pais dos alunos estão viciados e, portanto, são 
inválidos. 
 
10. 2018/FAUEL/PREFEITURA DE PARANAVAÍ-PR/Procurador Municipal 
Assinale a alternativa correta, a respeito dos atos administrativos. 
a) A licença é o ato vinculado por meio do qual a Administração confere ao interessado 
consentimento para o desempenho de certa atividade. 
b) A aprovação é o ato administrativo que confere ao indivíduo, desde que preencha os 
requisitos legais, o direito de receber o serviço público desenvolvido em determinado 
estabelecimento oficial. 
c) A homologação é a manifestação discricionária do administrador a respeito de outro ato. 
Pode ser prévia ou posterior. 
d) A concessão é o ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração 
consente que o particular execute serviço de utilidade pública ou utilize privativamente bem 
público. 
e) Atestado é o instrumento formal expedido pela Administração, que, através dele, expressa 
aquiescência no sentido de ser desenvolvida certa atividade pelo particular. 
Comentários 
Resposta: alternativa “a”. 
Correta a alternativa “a” porque a licença é um ato administrativo negocial vinculado em que a 
Administração Pública, verificando o cumprimento de todos os requisitos legais pelo particular, 
consente a realização de uma atividade ou fruição de alguma situação jurídica. 
Incorreta a alternativa “b” porque é a admissão e não a aprovação o ato vinculado ao cumprimento 
dos requisitos legais que confere ao administrado a fruição de serviço público desenvolvido em 
determinado estabelecimento oficial. 
 
 
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Incorreta a alternativa “c” porque a homologação é ato negocial vinculado e por ser ato de controle 
ocorre após o ato controlado. A alternativa apresenta a definição de “aprovação”. 
Incorreta a alternativa “d” porque concessão não é um ato administrativo, mas um contrato 
(bilateral) com regras próprias previstas em lei, em especial na Lei nº 8.987, de 1995. A alternativa 
apresenta definição da permissão. Incorreta a alternativa “e” porque o atestado é ato enunciativo 
pelo qual a Administração comprova um fato ou uma informação de seu conhecimento. A alternativa 
apresenta definição de alvará. 
 
11. 2017/VUNESP/PREFEITURA DE MARÍLIA-SP/Procurador 
Segundo o disposto na Constituição Federal, se um ato administrativo aplicar indevidamente 
determinada súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que 
a) poderá ser anulado por meio de recurso ordinário a ser interposto diretamente perante o 
Supremo Tribunal Federal. 
b) deverá ser impugnado por meio da arguição de descumprimento de preceito fundamental. 
c) poderá ser anulado por meio de reclamação ao Supremo Tribunal Federal. 
d) deverá ser impugnado por meio de ação própria em primeira instância da Justiça Federal. 
e) poderá ser objeto de ação declaratória de constitucionalidade, para dirimir a divergência sobre a 
aplicação corretada súmula vinculante. 
Comentários 
Resposta: alternativa “c”. 
Correta a alternativa “c” que está em linha com o §3º do art. 103-A da CRFB que prevê: do ato 
administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, 
caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato 
administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com 
ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. 
 
12. 2017/MPE-SP/MPE-SP/Promotor de Justiça 
Assinale a alternativa correta. 
a) A autoridade competente para a prática de um ato administrativo tem sempre, em razão de 
seu poder hierárquico, a possibilidade de delegação e avocação. 
b) Nos atos discricionários, o Poder Judiciário não pode, em hipótese alguma, apreciar o mérito 
do ato, assim considerada a análise da conveniência ou oportunidade.

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