Logo Passei Direto
Buscar

filosofia-lista-04

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

(Uem 2013) “Para Sartre, principal representante do existencialismo francês, só as coisas e os animais são ‘em si’, isto é, teriam uma essência. O ser humano, dotado de consciência, é um ‘ser-para-si’, ou seja, é também consciência de si. Isso significa que é um ser aberto à possibilidade de construir ele próprio sua existência. Por isso, é possível referir-se à essência de uma mesa (...) ou à essência de um animal (...), mas não existe uma natureza humana encontrada de forma igual em todas as pessoas, pois ‘o ser humano não é mais que o que ele faz’.” (ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Temas de filosofia. 3.ª ed. revista. São Paulo: Moderna, 2005. p. 39). Com base na citação e nos seus conhecimentos sobre o existencialismo, assinale o que for correto. 01) As coisas e os animais não têm consciência de si. 02) O ser em si não pode ser senão aquilo que é, ao passo que, ao ser-para-si, é permitida a liberdade de ser o que fizer de si. 04) A consciência humana é um fator histórico e contingente. 08) O homem possui uma natureza preestabelecida. 16) O existencialismo é uma metafísica de concepção essencialista.

01) As coisas e os animais não têm consciência de si.
02) O ser em si não pode ser senão aquilo que é, ao passo que, ao ser-para-si, é permitida a liberdade de ser o que fizer de si.
04) A consciência humana é um fator histórico e contingente.
08) O homem possui uma natureza preestabelecida.
16) O existencialismo é uma metafísica de concepção essencialista.

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Questões resolvidas

(Uem 2013) “Para Sartre, principal representante do existencialismo francês, só as coisas e os animais são ‘em si’, isto é, teriam uma essência. O ser humano, dotado de consciência, é um ‘ser-para-si’, ou seja, é também consciência de si. Isso significa que é um ser aberto à possibilidade de construir ele próprio sua existência. Por isso, é possível referir-se à essência de uma mesa (...) ou à essência de um animal (...), mas não existe uma natureza humana encontrada de forma igual em todas as pessoas, pois ‘o ser humano não é mais que o que ele faz’.” (ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Temas de filosofia. 3.ª ed. revista. São Paulo: Moderna, 2005. p. 39). Com base na citação e nos seus conhecimentos sobre o existencialismo, assinale o que for correto. 01) As coisas e os animais não têm consciência de si. 02) O ser em si não pode ser senão aquilo que é, ao passo que, ao ser-para-si, é permitida a liberdade de ser o que fizer de si. 04) A consciência humana é um fator histórico e contingente. 08) O homem possui uma natureza preestabelecida. 16) O existencialismo é uma metafísica de concepção essencialista.

01) As coisas e os animais não têm consciência de si.
02) O ser em si não pode ser senão aquilo que é, ao passo que, ao ser-para-si, é permitida a liberdade de ser o que fizer de si.
04) A consciência humana é um fator histórico e contingente.
08) O homem possui uma natureza preestabelecida.
16) O existencialismo é uma metafísica de concepção essencialista.

Prévia do material em texto

http://historiaonline.com.br 
FILOSOFIA – MÓDULO 04 - LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
 Prof. Rodolfo 
 
1. (Ufsj 2013) Leia atentamente os fragmentos abaixo. 
 
I. “Também tem sido frequentemente ensinado que a fé e a 
santidade não podem ser atingidas pelo estudo e pela razão, 
mas sim por inspiração sobrenatural, ou infusão, o que, uma 
vez aceita, não vejo por que razão alguém deveria justificar 
a sua fé...”. 
II. “O homem não é a consequência duma intenção própria 
duma vontade, dum fim; com ele não se fazem ensaios 
para obter-se um ideal de humanidade; um ideal de 
felicidade ou um ideal de moralidade; é absurdo desviar 
seu ser para um fim qualquer”. 
III. “(...) podemos estabelecer como máxima indubitável que 
nenhuma ação pode ser virtuosa ou moralmente boa, a 
menos que haja na natureza humana algum motivo que a 
produza, distinto do senso de sua moralidade”. 
IV. “A má-fé é evidentemente uma mentira, porque dissimula 
a total liberdade do compromisso. No mesmo plano, direi 
que há também má-fé, escolho declarar que certos valores 
existem antes de mim (...).” 
 
Os quatro fragmentos de texto acima são, respectivamente, 
atribuídos aos seguintes pensadores 
a) Nietzsche, Sartre, Hobbes, Hume. 
b) Hobbes, Nietzsche, Hume, Sartre. 
c) Hume, Nietzsche, Sartre, Hobbes. 
d) Sartre, Hume, Hobbes, Nietzsche. 
 
2. (Ufsj 2013) Na filosofia de Friedrich Nietzsche, é 
fundamental entender a crítica que ele faz à metafísica. Nesse 
sentido, é CORRETO afirmar que essa crítica 
a) tem o sentido, na tradição filosófica, de contentamento, 
plenitude. 
b) é a inauguração de uma nova forma de pensar sem 
metafísica através do método genealógico. 
c) é o discernimento proposto por Nietzsche para levar à 
supressão da tendência que o homem tem à 
individualidade radical. 
d) pressupõe que nenhum homem, de posse de sua razão, 
tem como conceber uma metafísica qualquer, que não 
tenha recebido a chancela da observação. 
 
3. (Ufsj 2013) “Os leitores de jornais dizem: este partido foi 
destruído devido a esta ou aquela falta que cometeu. Minha 
política superior contesta: um partido que comete esta ou 
aquela falta agoniza, não possui a segurança do instinto”. 
 
Esse comentário é emblemático e foi propalado por 
a) Joaquim Barbosa, ao condenar cinco réus na sua primeira 
leitura no escândalo político do mensalão, que assombra o 
país desde 2005. 
b) Friedrich Nietzsche, ao buscar a explicação para o erro da 
confusão entre a causa e o efeito. 
c) Jean-Paul Sartre, referindo-se ao partido comunista do 
início do século XX. 
d) Thomas Hobbes, ao defender o unipartidarismo absoluto. 
 
4. (Ufu 2013) Para J.P. Sartre, o conceito de “para-si” diz 
respeito 
a) a uma criação divina, cujo agir depende de princípio 
metafísico regulador. 
b) apenas à pura manutenção do ser pleno, completo, da 
totalidade no seio do que é. 
c) ao nada, na medida em que ele se especifica pelo poder 
nadificador que o constitui. 
d) a algo empastado de si mesmo e, por isso, não se pode 
realizar, não se pode afirmar, porque está cheio, completo. 
 
5. (Uem 2013) “Para Sartre, principal representante do 
existencialismo francês, só as coisas e os animais são ‘em si’, 
isto é, teriam uma essência. O ser humano, dotado de 
consciência, é um ‘ser-para-si’, ou seja, é também consciência 
de si. Isso significa que é um ser aberto à possibilidade de 
construir ele próprio sua existência. Por isso, é possível referir-
se à essência de uma mesa (...) ou à essência de um animal 
(...), mas não existe uma natureza humana encontrada de 
forma igual em todas as pessoas, pois ‘o ser humano não é 
mais que o que ele faz’.” 
 
(ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Temas de filosofia. 3.ª 
ed. revista. São Paulo: Moderna, 2005. p. 39). 
 
 
Com base na citação e nos seus conhecimentos sobre o 
existencialismo, assinale o que for correto. 
01) As coisas e os animais não têm consciência de si. 
02) O ser em si não pode ser senão aquilo que é, ao passo 
que, ao ser-para-si, é permitida a liberdade de ser o que 
fizer de si. 
04) A consciência humana é um fator histórico e contingente. 
08) O homem possui uma natureza preestabelecida. 
16) O existencialismo é uma metafísica de concepção 
essencialista. 
 
6. (Uem 2013) “‘Se Deus não existisse, tudo seria permitido’. 
Eis o ponto de partida do existencialismo. De fato, tudo é 
permitido se Deus não existe, e, por conseguinte, o homem 
está desamparado porque não encontra nele próprio nem 
fora dele nada a que se agarrar. (...) Com efeito, se a 
existência precede a essência, nada poderá jamais ser 
explicado por referência a uma natureza humana dada ou 
definitiva; ou seja, não existe determinismo, o homem é livre, 
o homem é liberdade. Por outro lado, se Deus não existe, não 
encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam 
legitimar a nossa conduta. Assim, não teremos nem atrás de 
nós, nem na nossa frente, no reino luminoso dos valores, 
nenhuma justificativa e nenhuma desculpa. Estamos sós, sem 
desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem 
está condenado a ser livre.” 
 
(SARTRE, J. P. O existencialismo é um humanismo. Tradução de 
Rita Correia Guedes. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 9) 
 
Com base no excerto citado, assinale o que for correto. 
01) O existencialismo é uma filosofia teológica que procura a 
razão de ser no mundo a partir da moral estabelecida. 
http://historiaonline.com.br 
FILOSOFIA – MÓDULO 04 - LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
 Prof. Rodolfo 
 
02) A afirmação “o homem está condenado a ser livre” é uma 
contradição, pois não há liberdade onde há a obrigação de 
ser livre. 
04) O existencialismo fundamenta a liberdade, 
independentemente dos valores e das leis da sociedade. 
08) Ser livre significa, rigorosamente, ser, pois não há nada 
que determine o ser humano, a não ser ele mesmo. 
16) A existência de Deus é necessária, pois, sem ele, o homem 
deixaria de ser livre. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
“Enquanto o indivíduo, em contraposição a outros indivíduos, 
quer conservar-se, ele usa o intelecto, em um estado natural 
das coisas, no mais das vezes somente para a representação: 
mas, porque o homem, ao mesmo tempo por necessidade e 
tédio, quer existir socialmente e em rebanho, ele precisa de 
um acordo de paz e se esforça para que pelo menos a 
máquina bellum omnium contra omnes (a guerra de todos 
contra todos) desapareça de seu mundo. Esse tratado de paz 
traz consigo algo que parece ser o primeiro passo para 
alcançar aquele enigmático impulso à verdade. (...) Os 
homens, nisso, não procuram tanto evitar serem enganados, 
quanto serem prejudicados pelo engano: o que odeiam, 
mesmo nesse nível, no fundo não é a ilusão, mas as 
consequências nocivas, hostis, de certas espécies de ilusões. É 
também em um sentido restrito semelhante que o homem 
quer somente a verdade: deseja as consequências da verdade 
que são agradáveis e conservam a vida: diante do 
conhecimento puro sem consequências ele é indiferente, 
diante das verdades talvez perniciosas e destrutivas ele tem 
disposição até mesmo hostil. 
 
(Nietzsche, “Sobre Verdade e Mentira no Sentido Extra-
Moral”, § 1) 
 
 
7. (Ufpr 2013) No texto acima, Nietzsche afirma que o que 
“deve ser verdade” é o resultado de um “acordo de paz”. Isso 
seria o mesmo que dizer que a busca da verdade é, em última 
instância, determinada por necessidades sociais? Por quê? 
 
8. (Ufsj 2012) “O homem projetou em torno de si seus três 
dados interiores, nos quais cria firmemente: a vontade, o 
espírito e o eu. Primeiramente, deduzo a noção do ser da 
noção do eu, representando-se as coisas como existentes a 
sua imagem e semelhança, de acordo com sua noção do eu 
enquanto causa. Que tem de estranho que depois tenha 
encontrado nas coisas apenas aquilo que eu mesmo tinha 
colocado nelas?” 
 
O fragmento acima representauma 
a) descrição da máxima nietzscheana fundada na ideia da 
vontade de poder, em que “o poder nos leva a acreditar 
num mundo objetivamente construído”, o que se constitui 
no erro da causalidade. 
b) crítica ferrenha de Nietzsche a toda manifestação apolínea 
fundada na subjetividade ou na construção do eu a partir 
de uma vontade imanente declarada no erro da confusão 
entre a causa e o efeito. 
c) posição nietzscheana sobre as causas imaginárias, que 
revela o fracasso da existência humana a partir da crença 
que nutrimos em relação ao eu e ao ser e ao ordenamento 
que insistimos em dar para as coisas reafirmadas num 
logos. 
d) consideração na qual Nietzsche aprofunda as suas 
convicções acerca do erro como causalidade falsa e 
repercute a ideia da crença que temos num mundo interior 
repleto de fantasmas e de reflexos enganosos. 
 
9. (Ufsj 2012) Nietzsche identificou os deuses gregos Apolo e 
Dionísio, respectivamente, como 
a) complexidade e ingenuidade: extremos de um mesmo 
segmento moral, no qual se inserem as paixões humanas. 
b) movimento e niilismo: polos de tensão na existência 
humana. 
c) alteridade e virtu: expressões dinâmicas de intervenção e 
subversão de toda moral humana. 
d) razão e desordem: dimensões complementares da 
realidade. 
 
10. (Uem 2012) No texto O existencialismo é um humanismo, 
Jean-Paul Sartre argumenta contra as acusações feitas ao 
existencialismo e declara: “O homem é não apenas tal como 
ele se concebe, mas como ele se quer, e como ele se concebe 
depois da existência, o homem nada mais é do que aquilo que 
ele faz de si mesmo. Tal é o primeiro princípio do 
existencialismo.” 
 
(SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. In: 
Antologia de textos filosóficos. MARÇAL, Jairo (org.). Curitiba: 
SEED-PR, 2009, p.620). 
 
Sobre a filosofia de Sartre, assinale o que for correto. 
01) Ao expressar o primeiro princípio do existencialismo, Jean-
Paul Sartre defende a filosofia existencialista das 
acusações dos comunistas, que a consideravam 
contemplativa e subjetivista. 
02) Jean-Paul Sartre defende-se dos críticos que alegam ser 
sua filosofia existencialista desumana, declarando que 
seus princípios filosóficos se fundamentam no humanismo 
cristão. 
04) A ética sartreana é individualista, pois considera que o 
homem, para ser livre, deve agir sempre no sentido de 
alcançar objetivos que atendam estritamente a seus 
interesses. 
08) Jean-Paul Sartre considera que há dois tipos de 
existencialismo, ou seja, um existencialismo cristão e 
outro ateu; ambos têm o pressuposto de que a existência 
precede à essência. 
16) Para Jean-Paul Sartre, o homem está condenado a ser 
livre. Condenado porque não se criou a si mesmo, e, 
todavia, livre, pois, uma vez lançado no mundo, ele é 
responsável por tudo o que faz. 
 
http://historiaonline.com.br 
FILOSOFIA – MÓDULO 04 - LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
 Prof. Rodolfo 
 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [B] 
 
Thomas Hobbes (1588-1679) foi um filósofo inglês que hoje é 
mais conhecido pela sua filosofia política. Na sua principal 
obra, o Leviatã, o autor estabelece a fundação de uma grande 
tradição do pensamento político, a tradição contratualista. 
Apesar de favorecer na sua teoria o governo absoluto de um 
monarca, ele também desenvolveu pontos decisivos do 
liberalismo: o direito individual, a necessidade do caráter 
representativo do poder político, etc. 
Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi um filósofo alemão 
ocupado principalmente com a questão da fundamentação da 
moral. Para ele não há qualquer fundamento indiscutível para 
a moral e, por conseguinte, a ação se justifica por ela mesma e 
não pela sua conformação com algum código. Sua filosofia é 
extremamente inspirada nos pensadores pré-socráticos e se 
organiza através de um método genealógico. 
David Hume (1711-1776) foi um filósofo escocês dedicado ao 
desenvolvimento do empirismo e do ceticismo. No seu 
pensamento a ação moral não possui um caráter 
absolutamente racional, pois uma ação não pode ser movida 
unicamente pela razão, ela necessita também das paixões. 
Jean-Paul Sartre (1905-1980) foi um filósofo francês central 
para o desenvolvimento da tradição existencialista. Sua ideia 
fundamental era a de que os homens são condenados a ser 
livres e com isso ele promove uma inversão, a saber, que a 
existência precede a essência, ou seja, não existe um criador 
que nos forma, porém nos formamos durante nossa existência 
através daquilo que projetamos e realizamos. A existência é 
primordialmente uma responsabilidade. 
 
Resposta da questão 2: 
 [B] 
 
O método genealógico de Nietzsche impõe em última 
instância que nada é sagrado, isto é, nada é separado deste 
mundo e tudo possui uma origem artificial e artificiosa. Desse 
modo, não há maneira de afirmar nenhuma espécie de 
transcendental; tudo possui uma origem imanente e se afirma 
a si mesmo. A genealogia expõe essas origens e desmascara os 
dogmatismos disfarçados de verdade última que desvela a 
realidade do mundo. 
 
Resposta da questão 3: 
 [B] 
 
O partido comete a falta porque já estava primeiramente 
destruído. A verdadeira educação moral leva à segurança do 
instinto. Seguindo o corpóreo como fio condutor, Nietzsche 
crê descrever o processo fisiológico mesmo. E isso em vista da 
espiritualização da paixão, como se essa decorresse 
naturalmente dos processos fisiológicos. Com o conceito de 
espiritualização ele retorna ao problema da moral numa 
moralização afirmadora. A vontade de poder como moral 
pode ser compreendida como uma moralização positiva dos 
impulsos, do instinto. 
 
Resposta da questão 4: 
 [C] 
 
O homem é uma entidade que combina características 
mutuamente exclusivas, a saber, o ser para-si e o ser em-si. O 
ser em-si se diz pela identidade, pela inércia, já o ser para-si se 
diz pela diferença, pela dinâmica, isto é, o ser para-si depende 
da negação do ser em-si. Dessa maneira, a essência, ou seja, 
aquilo que define a identidade não garante a exposição 
daquilo que é livre. Isso que é livre apenas é não sendo aquilo 
que lhe define circunstancialmente. O homem sendo livre é 
um projeto, um vir a ser dependente da sua escolha a qual 
está condenado a realizar devido a sua condição fundamental. 
 
 
Resposta da questão 5: 
 01 + 02 = 03. 
 
Sartre diz que o ser em si e o ser para si possuem 
características mutuamente exclusivas, todavia a vida do 
homem combina ambas. Aí se encontra a ambiguidade 
ontológica da nossa existência. O em si é sólido, idêntico a si 
mesmo, passivo, inerte; já o para si é fluido, diferente de si 
mesmo, ativo, dinâmico. O primeiro apenas é, o segundo é sua 
própria negação. De maneira mais concreta podemos dizer 
que um é "facticidade" e o outro é "transcendência". Os dados 
da nossa situação como falantes de certa língua, ambientados 
em certo entorno, fazendo escolhas e sendo em si constituem 
nossa "facticidade". Como indivíduos conscientes 
"transcendemos" isso que é dado. Ou seja, somos situados, 
porém na direção da indeterminação. Somos sempre mais do 
que a situação na qual estamos e isto é o fundamento 
ontológico de nossa liberdade. Estamos, como Sartre diz, 
condenados a sermos livres. 
 
Resposta da questão 6: 
 04 + 08 = 12. 
 
Para Sartre todo agente possui naturalmente liberdade 
ilimitada. Essa afirmação pode parecer confusa, pois 
observamos corriqueiramente nossas limitações. Não 
possuímos liberdade ilimitada para fazermos tudo o que 
desejamos, nem fisicamente e nem socialmente. Porém, essas 
limitações são dados os quais o ser para-si como 
transcendência supera, isto é, através da conscientização de 
uma situação nos movemos para além dela. A fundamentação 
ontológica da liberdade é justamente este fato de que o 
homem está situado, porém sempre é mais do que esta 
situação. Desse modo, podemos escolher livremente, 
espontaneamente e sem motivos fundamentais, durante 
nossas vidas entre, porexemplo, aceitar as nossas condições 
sociais precárias ou modificar estas condições, entretanto a 
consequência dessa escolha livre sempre será significativa ao 
ser para-si. De tal modo que a liberdade é escolher, todavia 
http://historiaonline.com.br 
FILOSOFIA – MÓDULO 04 - LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
 Prof. Rodolfo 
 
nunca deixar de não escolher e sempre se responsabilizar pela 
escolha. 
 
 
Resposta da questão 7: 
 O impulso à verdade, para Nietzsche, é resultante de um 
tratado de paz que retira do mundo a guerra de todos contra 
todos, isto é, a verdade é uma convenção apaziguadora dada 
através da uniformidade de designações válidas e obrigatórias 
sobre as coisas. A verdade, por conseguinte, possui origem 
convencional e por esquecimento disso o homem poderia 
supor ser sua linguagem algo mais que determinações 
subjetivas. 
 
“Somente por esquecimento pode o homem alguma vez 
chegar a supor que possui uma “verdade” no grau acima 
designado. [...] Como poderíamos nós, se somente o ponto de 
vista da certeza fosse decisivo nas designações, como 
poderíamos no entanto dizer: a pedra é dura: como se para 
nós esse “dura” fosse conhecido ainda de outro modo, e não 
somente como uma estimulação inteiramente subjetiva! 
Dividimos as coisas por gêneros, designamos a árvore como 
feminina, o vegetal como masculino: que transposições 
arbitrárias! A que distância voamos do cânone da certeza!”. 
(NIETZSCHE, F. Sobre verdade e mentira no sentido extra-
moral. In: Coleção Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 
1978, p. 47) 
 
Resposta da questão 8: 
 [D] 
 
A alternativa [D] é a única correta. A citação do enunciado 
está inserida na explicação de Nietzsche a respeito do erro 
como causalidade falsa. Com isso, Nietzsche põe em questão a 
noção de vontade, bem como faz uma crítica às 
interpretações da psicologia. 
 
Resposta da questão 9: 
 [D] 
 
Primeiramente, o apolíneo e o dionisíaco representam na 
filosofia nietzschiana conceitos estéticos, não conceitos 
ontológicos, isto é, são conceitos referentes à experiência 
sensível, mas não ao ser ou ao real, por conseguinte, eles não 
podem ser classificados como “dimensões complementares da 
realidade”. Segundamente, o apolíneo representa um estado 
de excitação do olhar, um estado no qual está o sentimento 
de acréscimo e plenitude da visão para exigir a transformação 
de algo na sua perfeição, para exigir a transformação de algo 
em arte. O apolíneo representa o visionário; é a embriaguez 
do pintor, do escultor, do poeta épico. Já o dionisíaco 
representa um estado de excitação e intensificação de todo o 
sistema afetivo, “de modo que ele descarrega de uma vez 
todos os seus meios de expressão e, ao mesmo tempo, põe 
para fora a força de representação, imitação, transfiguração, 
transformação, toda espécie de mímica e atuação” (F. 
Nietzsche. Crepúsculo dos ídolos, IX, 10). 
Vale também lembrar que Nietzsche possui uma posição 
crítica extremamente dura com a razão transformando-a no 
engano que os antigos racionalistas diziam estar nos sentidos 
(cf. F. Nietzsche, Crepúsculo dos ídolos, III). 
 
Resposta da questão 10: 
 01 + 08 + 16 = 25. 
 
Dentre as afirmativas, somente a [02] e a [04] são falsas. O 
existencialismo de Sartre é justamente o existencialismo ateu, 
e não o cristão. Também não se pode dizer que a ética 
sartreana seja individualista. Pelo contrário, a liberdade do 
homem implica em uma responsabilidade diante do mundo, o 
que acaba por gerar um estado de angústia no homem, 
justamente por não poder fugir de tal responsabilidade.

Mais conteúdos dessa disciplina