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Professor Wagner Damazio 
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Gabarito: Letra A. 
2. 2018/CESPE/PGE-PE/Procurador do Estado 
De acordo com a conceituação dada pela doutrina pertinente, o ato administrativo unilateral, 
discricionário e precário pelo qual a administração consente na utilização privativa de bem 
público para fins de interesse público é denominado 
a) permissão de uso de bem público. 
b) autorização de uso de bem público. 
c) concessão de direito real de uso de bem público. 
d) concessão de uso de bem público. 
e) cessão de uso de bem público. 
Comentários 
a) Correto. Segundo Hely Lopes Meirelles (p.644, 2016), 
Permissão de uso é o ato negocial, unilateral, discricionário e precário através do qual a 
Administração faculta ao particular a utilização individual de determinado bem público. Como ato 
negocial, pode ser com ou sem condições, gratuito ou remunerado, por tempo certo ou 
indeterminado, conforme estabelecido no termo próprio, mas sempre modificável e revogável 
unilateralmente pela Administração, quando o interesse público o exigir, dados sua natureza 
precária e o poder discricionário do permitente para consentir e retirar o uso especial do bem 
público. A revogação faz-se, em geral, sem indenização, salvo se em contrário se dispuser, pois a 
regra é a revogabilidade sem ônus para a Administração. O ato da revogação deve ser idêntico ao 
do deferimento da permissão e atender às condições nele previstas. 
 
b) Incorreto. Segundo Hely Lopes Meirelles (p.643 e 644, 2016): 
 
A autorização de Uso é o ato unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração consente 
na prática de determinada atividade individual incidente sobre um bem público. Não tem forma 
nem requisitos especiais para sua efetivação, pois visa apenas a atividades transitórias e 
irrelevantes para o Poder Público, bastando que se consubstancie em ato escrito, revogável 
sumariamente a qualquer tempo e sem ônus para a Administração. Essas autorizações são comuns 
para a ocupação de terrenos baldios, para a retirada de água em fontes não abertas ao uso comum 
do povo e para outras utilizações de interesse de certos particulares, desde que não prejudiquem 
a comunidade nem embaracem o serviço público. Tais autorizações não geram privilégios contra a 
Administração ainda que remuneradas e fruídas por muito tempo, e, por isso mesmo, dispensam 
lei autorizativa e licitação para seu deferimento. (grifos não constantes do original) 
c) Incorreto. Segundo Hely Lopes Meirelles (p.649, 2016), 
a concessão de direito real de uso é o contrato pelo qual a Administração transfere o uso 
remunerado ou gratuito de terreno público a particular, como direito real resolúvel, para que dele 
se utilize em fins específicos de regularização fundiária de interesse social, urbanização, 
industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação 
das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras modalidades de interesse 
social em áreas urbanas. (grifos não constantes do original) 
 
d) Incorreto. Segundo Hely Lopes Meirelles (p.646, 2016), 
 
 
 
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Concessão de uso é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público atribui a utilização exclusiva 
de um bem de seu domínio a particular, para que o explore segundo sua destinação específica. 
O que caracteriza a concessão de uso e a distingue dos demais institutos assemelhados - 
autorização e permissão de uso - é o caráter contratual e estável da outorga do uso do bem público 
ao particular, para que o utilize com exclusividade e nas condições convencionadas com a 
Administração. (grifos não constantes do original) 
 
e) Incorreto. Segundo Hely Lopes Meirelles (p.645, 2016), 
 
Cessão de uso é a transferência gratuita da posse de um bem público de uma entidade ou órgão 
para outro, a fim de que o cessionário o utilize nas condições estabelecidas no respectivo termo, 
por tempo certo ou indeterminado. É ato de colaboração entre repartições públicas, em que aquela 
que tem bens desnecessários aos seus serviços cede o uso a outra que deles está precisando. 
(grifos não constantes do original) 
 
Gabarito: Letra A. 
3. 2018/VUNESP/PAULIPREV-SP/Procurador Autárquico 
No tocante a bem público, é correto afirmar que a 
a) alienação de bens imóveis, como regra, dependerá de autorização legislativa, de avaliação 
prévia e de licitação, realizada na modalidade de concorrência. 
b) afetação de bem a uso comum dependerá de avaliação prévia, assim como de autorização 
legislativa ou decreto. 
c) alienação poderá decorrer de retrocessão, que não se confunde com concessão de uso, 
porque é forma de alienação hoje admitida apenas para terras devolutas da União, Estados e 
Municípios. 
d) afetação e a desafetação de qualquer bem sempre dependerão de lei. 
e) alienação poderá decorrer de concessão de domínio, que ocorre sempre que a 
Administração não mais necessita do bem expropriado, e o particular o aceita em retorno. 
Comentários 
a) Correto. Para Hely Lopes Meirelles (p.654, 2016): 
A alienação de bens imóveis está disciplinada, em geral, na legislação própria das entidades 
estatais, a qual, comumente, exige autorização legislativa, avaliação prévia e concorrência, 
inexigível esta nos casos de doação, permuta, legitimação de posse e investidura, cujos contratos, 
por visarem a pessoas ou imóvel certo, são incompatíveis com o procedimento licitatório. (grifos 
não constantes do original) 
 
b) Incorreto. A afetação de um bem público comum ou especial pode ocorrer de forma expressa ou 
tácita, segundo a doutrina. Para Maria Sylvia de Pietro (p.850, 2018): 
Pelos conceitos de afetação e desafetação, verifica-se que uma e outra podem ser expressas ou 
tácitas. Na primeira hipótese, decorrem de ato administrativo ou de lei; na segunda, resultam de 
atuação direta da Administração sem manifestação expressa de sua vontade, ou de fato da 
natureza. Por exemplo, a Administração pode baixar decreto estabelecendo que determinado 
imóvel, integrado na categoria dos bens dominicais, será destinado à instalação de uma escola; ou 
pode simplesmente instalar essa escola no prédio, sem qualquer declaração expressa. Em um e 
 
 
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outro caso, o bem está afetado ao uso especial da Administração, passando a integrar a categoria 
de bem de uso especial. A operação inversa também pode ocorrer, mediante declaração expressa 
ou pela simples desocupação do imóvel, que fica sem destinação. (grifos não constantes do original) 
 
A assertiva tentou induzir o candidato ao erro ao elencar os requisitos da alienação como se fossem 
os da afetação (com exceção da informação de que por decreto não se autoriza a alienação). Para 
fins de alienação são necessários os seguintes procedimentos, nos termos da mesma autora (p.857, 
2018) 
 
Na esfera federal, os requisitos para alienação constam do artigo 17 da Lei nº 8.666, de 21-6-93, 
a qual exige demonstração de interesse público, prévia avaliação, licitação e autorização legislativa, 
este último requisito somente exigível quando se trate de bem imóvel. A inobservância dessas 
exigências invalida a alienação. A Lei nº 9.636, de 5-5-98, exige para alienação de bens imóveis 
da União, autorização do Presidente da República (art. 22). (grifos não constantes do original) 
 
c) Incorreto. A retrocessão é uma das formas de alienação do poder público ao particular.Para Maria 
Sylvia de Pietro, (p.216 e 218, 2018): 
 
A retrocessão é o direito que tem o expropriado de exigir de volta o seu imóvel caso o mesmo não 
tenha o destino para que se desapropriou. 
 
A retrocessão cabe quando o poder público não dê ao imóvel a utilização para a qual se fez a 
desapropriação, estando pacífica na jurisprudência a tese de que o expropriado não pode 
fazer valer o seu direito quando o expropriante dê ao imóvel uma destinação pública 
diversa daquela mencionada no ato expropriatório; por outras palavras, desde que o 
imóvel seja utilizado para um fim público qualquer, ainda que não o especificado 
originariamente, não ocorre o direito de retrocessão. Este só é possível em caso de 
desvio de poder (finalidade contrária ao interesse público, como, por exemplo, 
perseguição ou favoritismo a pessoas determinadas), também chamado, na 
desapropriação, de predestinação, ou quando o imóvel seja transferido a terceiros, a 
qualquer título, nas hipóteses em que essa transferência não era possível. grifos não 
constantes do original) 
 
Em síntese: anteriormente o particular foi compelido a alienar seu imóvel ao poder público sob 
justificativa de uso no interesse público. Assim, caso o poder público não promova a destinação do 
bem a um fim público, nascerá o direito de o ex-proprietário ter novamente a propriedade do imóvel, 
mediante pagamento nas mesmas condições da operação jurídica anterior de desapropriação. 
 Por fim, temos a alienação de terras devolutas denominada de legitimação de posse. Para Hely 
Lopes Meirelles (p.659, 2016), 
 
Legitimação de posse: legitimação de posse é modo excepcional de transferência de domínio de 
terra devoluta ou área pública sem utilização, ocupada por longo tempo por particular que nela se 
 
 
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instala, cultivando-a ou levantando edificação para seu uso. A legitimação da posse há que ser feita 
na forma da legislação pertinente, sendo que, para as terras da União, o Estatuto da Terra (Lei 
4.504/64) já disciplina seu procedimento e a expedição do título (arts. 11 e 97 a 102), para o 
devido registro do imóvel em nome do legitimado. Quanto às terras estaduais e municipais, são 
igualmente passíveis de legitimação de posse para transferência do domínio público ao particular 
ocupante, na forma administrativa estabelecida na legislação pertinente. (grifos não constantes do 
original) 
d) Incorreto. Tanto a afetação quanto a desafetação (que são diferentes de alienação) podem 
decorrer de ato administrativo ou de lei ou ainda de forma tácita, segundo a doutrina. 
Para Maria Sylvia de Pietro (p.850, 2018): 
Pelos conceitos de afetação e desafetação, verifica-se que uma e outra podem ser expressas ou 
tácitas. Na primeira hipótese, decorrem de ato administrativo ou de lei; na segunda, resultam de 
atuação direta da Administração sem manifestação expressa de sua vontade, ou de fato da 
natureza. Por exemplo, a Administração pode baixar decreto estabelecendo que determinado 
imóvel, integrado na categoria dos bens dominicais, será destinado à instalação de uma escola; ou 
pode simplesmente instalar essa escola no prédio, sem qualquer declaração expressa. Em um e 
outro caso, o bem está afetado ao uso especial da Administração, passando a integrar a categoria 
de bem de uso especial. A operação inversa também pode ocorrer, mediante declaração expressa 
ou pela simples desocupação do imóvel, que fica sem destinação. 
Não há uniformidade de pensamento entre os doutrinadores a respeito da possibilidade de a 
desafetação decorrer de um fato (desafetação tácita), e não de uma manifestação de vontade 
(desafetação expressa); por exemplo rio que seca ou tem seu curso alterado; um incêndio que 
provoca a destruição dos livros de uma biblioteca ou das obras de um museu. Alguns acham que 
mesmo nesses casos seria necessário um ato de desafetação. Isto, no entanto, constitui excesso 
de formalismo se se levar em consideração o fato de que o bem se tornou materialmente 
inaproveitável para o fim ao qual estava afetado. 
O que é inaceitável é a desafetação pelo não uso, ainda que prolongado, como, por exemplo, no 
caso de uma rua que deixa de ser utilizada. Em hipótese como essa, torna-se necessário um ato 
expresso de desafetação, pois inexiste a fixação de um momento a partir do qual o não uso pudesse 
significar desafetação. Sem essa restrição, a cessação da dominialidade pública poderia ocorrer 
arbitrariamente, em prejuízo do interesse coletivo. (grifos não constantes do original) 
 
e) Incorreto. O enunciado se aproxima do conceito de retrocessão, quando o poder público não dá 
a destinação a que havia justificado para a apropriação do bem de particular. 
Gabarito: Letra A. 
4. 2018/FC/PGE-TO/Procurador do Estado 
Uma gleba de terras devolutas estaduais foi arrecadada por ação discriminatória e o Governo 
do Estado, por meio de lei, declarou-a como indispensável à proteção de um relevante 
ecossistema local, incluindo-a na área de parque estadual já constituído para esse fim. Tal gleba 
deve ser considerada bem 
a) privado sob domínio estatal. 
b) público dominical. 
c) público de uso comum do povo. 
d) público de uso especial. 
e) privado sob regime especial de proteção. 
 
 
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Comentários 
As terras devolutas declaradas como indispensáveis à proteção de um relevante ecossistema local 
são classificadas como bens de uso especial, segundo Maria Sylvia de Pietro, (p.849, 2018): 
São exemplos de bens de uso especial os imóveis onde estão instaladas repartições públicas, os 
bens móveis utilizados pela Administração, museus, bibliotecas, veículos oficiais, terras dos 
silvícolas, cemitérios públicos, aeroportos, mercados e agora, pela nova Constituição, as terras 
devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos 
ecossistemas naturais. 
Gabarito: Letra D. 
5. 2018/FCC/PGE-TO/Procurador do Estado 
O Governo do Estado pretende que a iniciativa privada administre, mediante contrato, os 
terminais de ônibus intermunicipais existentes no Estado, sendo que, em contrapartida dos 
gastos de manutenção, os empresários possam explorar, por prazo determinado, a área dos 
terminais com a construção de lojas, escritórios, hotéis etc. Pelas características anunciadas, o 
negócio deve ser enquadrado como 
a) autorização de uso de bem público. 
b) concessão de uso de bem público. 
c) permissão de uso de bem público. 
d) direito de superfície. 
e) outorga onerosa de potencial construtivo. 
Comentários 
Segundo Hely Lopes Meirelles (p.646, 2016): 
 
Concessão de uso é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público atribui a utilização exclusiva 
de um bem de seu domínio a particular, para que o explore segundo sua destinação específica. 
O que caracteriza a concessão de uso e a distingue dos demais institutos assemelhados - 
autorização e permissão de uso - é o caráter contratual e estável da outorga do uso do bem público 
ao particular, para que o utilize com exclusividade e nas condições convencionadas com a 
Administração. (grifos não constantes do original) 
Gabarito: Letra B. 
6. 2018/FAUEL/PREFEITURA DE PARANAVAÍ-PR/Procurador Municipal 
Sobre os bens públicos, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) Apesar de o Código Civil de 2002 não incluir no conceito de bens públicos aqueles 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado e atrelados à prestação de serviços 
públicos, o Superior Tribunal de Justiça reconhece a impenhorabilidade desses bens. 
b) Os bens públicos não estão sujeitos à usucapião, modalidade deaquisição derivada da 
propriedade, mas é plenamente possível bens particulares serem usucapidos pelo Poder 
Público. 
c) Os potenciais de energia hidroelétrica pertencem à União, mesmo se localizados em rios 
estaduais. 
 
 
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d) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, ressalvadas as terras que eram possuídas 
pelos nativos no passado remoto, são de propriedade da União. 
e) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencer. 
Comentários 
a) Correto. Veja abaixo o posicionamento da jurisprudência do STJ sobre o tema: 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA.PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇO PÚBLICO. BENS. IMPENHORABILIDADE. SÚMULA 7/STJ. 
 
1. Cuida-se de Agravo em Recurso Especial interposto contra acórdão que afastou a penhora, no 
atual estágio do procedimento, uma vez que nem sequer houve a liquidação, além de assentar a 
impenhorabilidade dos bens de sociedade de economia mista que sejam necessários à continuidade 
do serviço público. 2. Pretende a recorrente o reconhecimento da impenhorabilidade dos valores 
depositados em conta- corrente, que, segundo ela, são destinados exclusivamente à execução do 
serviço público. 3. Não se conhece da alegada ofensa ao art. 535 do CPC quando aparte limita-se 
a apresentar alegações genéricas no sentido de que o Tribunal a quo não apreciou todas as questões 
levantadas, sem indicar concretamente em que consistiu a suposta omissão. Aplicação da Súmula 
284/STF. 4. No que tange à questão da impenhorabilidade dos bens afetados ao serviço público, o 
julgado recorrido não diverge da orientação do STJ, segundo a qual são impenhoráveis os bens de 
sociedade de economia mista prestadora de serviço público, desde que destinados à prestação do 
serviço ou que o ato constritivo possa comprometer a execução da atividade de interesse público 
(cf. AgRg no REsp1.070.735/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado 
em 18.11.2008; AgRg no REsp 1.075.160/AL, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, 
julgado em 10.11.2009; REsp521.047/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, julgado 
em20.11.2003). 5. Hipótese na qual o acórdão recorrido afastou, nessa fase do procedimento, a 
determinação da penhora, não tendo, por conseguinte, analisado a natureza dos bens que a 
recorrente busca proteger, nem a sua vinculação à regular prestação do serviço público, o que lhe 
caberá demonstrar no momento processual oportuno. Dessarte, é impossível conhecer, no Recurso 
Especial, da imprescindibilidade à execução do serviço público dos valores que se pretendem 
resguardar, sob pena de ofensa à Súmula 7/STJ: "A pretensão de simples reexame de prova não 
enseja recurso especial".6. Agravo Regimental não provido. (AgRg no AREsp 37.545/SP, Rel. 
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/02/2012, DJe 13/04/2012) (grifos 
não constantes do original) 
b) Incorreto. Nos termos da Súmula nº 340, “desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, 
como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião”. A assertiva afirma que a 
usucapião é uma modalidade de aquisição derivada da propriedade, quando o correto é defini-la 
como aquisição originária da propriedade. 
 
Além disso, o ente público pode adquirir bem de particular por usucapião. Segundo José dos Santos 
Carvalho Filho (p. 1142, 2012): 
 
Outra forma de aquisição de bens públicos é através de usucapião. O Código Civil admite 
expressamente o usucapião como forma de aquisição de bens (art. 1.238, Código Civil) e estabelece 
algumas condições necessárias à consumação aquisitiva, como a posse do bem por determinado 
período, a boa-fé em alguns casos e a sentença declaratória da propriedade. Poder-se-ia indagar 
se a União, um Estado ou Município, ou ainda uma autarquia podem adquirir bens por usucapião. 
A resposta é positiva. A lei civil, ao estabelecer os requisitos para a aquisição da propriedade por 
 
 
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usucapião, não descartou o Estado como possível titular do direito. Segue-se, pois, que, observados 
os requisitos legais exigidos para os possuidores particulares de modo geral, podem as pessoas de 
direito público adquirir bens por usucapião. Esses bens, uma vez consumado o processo aquisitivo, 
tomar-se-ão bens públicos. 
 
c) Correto. Nos termos do inciso VIII, art. 20, da CF/88, in verbis: “Art. 20. São bens da União: VIII - 
os potenciais de energia hidráulica;” 
d) Correto. É o que dizem os incisos I e II do art. 20 da CF/88 c/c súmula 650 do STF, in verbis: 
 
Constituição Federal 1988 
 
Art. 20. São bens da União: 
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; 
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
 
Súmula 650 STF: Os incisos I e XI do art. 20 da Constituição Federal não alcançam terras de 
aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto. 
e) Correto. O uso dos bens de uso comum do povo pode ser gratuito ou retribuído, conforme Maria 
Sylvia de Pietro (p.863, 2018): 
O uso comum tem, em regra, as seguintes características: 
1. é aberto a todos ou a uma coletividade de pessoas, para ser exercido anonimamente, em 
igualdade de condições, sem necessidade de consentimento expresso e individualizado por parte 
da Administração; 
2. é, em geral, gratuito, mas pode, excepcionalmente, ser remunerado; no direito brasileiro, o 
artigo 68 do Código Civil expressamente permite que o uso de bens públicos seja gratuito ou 
remunerado, conforme as leis da União, dos Estados, dos Municípios, a cuja administração 
pertencerem; (grifos não constantes do original) 
Gabarito: Letra B. 
7. 2018/CESPE/DPE-PE/Defensor Público 
Com relação à disciplina dos bens públicos, assinale a opção correta. 
a) À exceção dos bens dominiais não afetados a qualquer finalidade pública, os bens públicos 
são impenhoráveis. 
b) A ocupação irregular de bem público não impede que o particular retenha o imóvel até que 
lhe seja paga indenização por acessões ou benfeitorias por ele realizadas, conforme 
entendimento do Superior Tribunal de Justiça. 
c) Aos municípios pertencem as terras devolutas não compreendidas entre aquelas 
pertencentes à União. 
d) As terras tradicionalmente reservadas aos índios são consideradas bens públicos de uso 
especial da União. 
e) Bens de uso comum do povo, destinados à coletividade em geral, não podem, em nenhuma 
hipótese, ser privativamente utilizados por particulares. 
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a) Incorreto. Os bens públicos são impenhoráveis, devendo os credores se submeterem à regra dos 
precatórios, nos termos do caput do art. 100 da CF/1988, in verbis: 
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, 
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação 
dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas 
nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. 
Porém, em algumas situações o poder judiciário vem decidindo pelo sequestro de bens de entes 
públicos com o fim de assegurar o acesso aos direitos da saúde, como veremos no julgado do STJ 
nesse sentido: 
 
PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL.SUS. CUSTEIO DETRATAMENTO MÉDICO. MOLÉSTIA 
GRAVE. DIREITO À VIDA E À SAÚDE.BLOQUEIO DE VALORES EM CONTAS PÚBLICAS. POSSIBILIDADE. ART. 461 
DOCPC. I - A Constituição Federal excepcionou da exigência do precatório os créditos de natureza alimentícia, 
entre os quais incluem-se aqueles relacionados com a garantia da manutenção da vida, como os decorrentes do 
fornecimento de medicamentos pelo Estado. II - É lícito ao magistrado determinar o bloqueio de valores em 
contas públicas para garantir o custeio de tratamento médico indispensável, como meio de concretizar o 
princípio da dignidade da pessoa humana e do direito à vida e à saúde. Nessas situações, a norma contida no 
art. 461, § 5º, do Código de Processo Civil deve ser interpretada de acordo com esses princípios e normas 
constitucionais, sendo permitido, inclusive, a mitigação da impenhorabilidade dos bens públicos. III - Recurso 
especial parcialmente conhecido e, nessa parte, improvido. (grifos não constantes do original) 
b) Incorreto. Veja abaixo julgado no informativo 551/ STJ 2014: 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO E CIVIL. INEXISTÊNCIA DE DIREITO A INDENIZAÇÃO PELAS ACESSÕES 
E DE RETENÇÃO PELAS BENFEITORIAS EM BEM PÚBLICO IRREGULARMENTE OCUPADO. 
Quando irregularmente ocupado o bem público, não há que se falar em direito de retenção pelas 
benfeitorias realizadas, tampouco em direito a indenização pelas acessões, ainda que as 
benfeitorias tenham sido realizadas de boa-fé. Isso porque nesta hipótese não há posse, mas mera 
detenção, de natureza precária. Dessa forma, configurada a ocupação indevida do bem público, 
resta afastado o direito de retenção por benfeitorias e o pleito indenizatório à luz da alegada boa-
fé. Precedentes citados: AgRg no AREsp 456.758-SP, Segunda Turma, DJe 29/4/2014; e REsp 
850.970-DF, Primeira Turma, DJe 11/3/2011. AgRg no REsp 1.470.182-RN, Rel. Min. Mauro 
Campbell Marques, julgado em 4/11/2014. (grifos não constantes do original) 
c) Incorreto. A competência de terras devolutas não compreendidas na competência da União 
pertence aos Estados, nos termos do inciso IV, art. 26, da CF/88. 
d) Correto. As terras tradicionalmente reservadas aos índios são consideradas bens públicos de uso 
especial segundo Maria Sylvia de Pietro, (p.849, 2018), 
São exemplos de bens de uso especial os imóveis onde estão instaladas repartições públicas, os 
bens móveis utilizados pela Administração, museus, bibliotecas, veículos oficiais, terras dos 
silvícolas, cemitérios públicos, aeroportos, mercados e agora, pela nova Constituição, as terras 
devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos 
ecossistemas naturais. (grifos não constantes do original) 
e) Incorreto. Pode ocorrer de o poder público delegar o uso de bem público nas modalidades de 
concessão de uso de bem público, autorização de uso, permissão de uso, etc. 
 
 
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Gabarito: Letra D. 
8. 2017/MPE-SP/MPE-SP/Promotor de Justiça 
Assinale a alternativa correta. 
a) Os bens dominicais e os bens públicos de uso comum só podem ser outorgados a particulares 
por meio de autorização e concessão, institutos sujeitos ao regime de direito público. 
b) A concessão, contrato administrativo pelo qual a Administração faculta ao particular a utilização 
privativa do bem público para que a exerça conforme sua destinação, depende de licitação e impõe a 
fixação de prazo. 
c) A autorização, permissão e concessão de uso privativo de bens públicos são atos 
administrativos que apresentam como características comuns a unilateralidade, a 
discricionariedade e a precariedade. 
d ) A autorização, ato administrativo em que a Administração consente que o particular se 
utilize de bem público com exclusividade, depende de licitação e cria para o usuário um dever 
de utilização. 
e) A permissão de uso, ato administrativo pelo qual a Administração faculta a utilização de bem público, 
para fins de interesse público, tem sempre a forma onerosa e tempo determinado. 
Comentários 
a) Incorreto. Os bens públicos de uso comum e, acrescentando, os de uso especial, podem ser 
outorgados a particulares por meio da autorização de uso, concessão de uso e permissão de uso, 
todos sujeitos ao regime de direito público. Já os bens dominicais, por estarem aptos a serem 
negociados, além das três já citadas formas de outorgas, também podem se utilizar de institutos do 
direito privado como locação e arrendamento. Segundo a lição de Maria Sylvia de Pietro 
(p.867,2018): 
 
Com relação aos instrumentos jurídicos de outorga do uso privativo ao particular, mais uma vez se 
torna relevante a distinção entre, de um lado, os bens de uso comum do povo e uso especial e, de 
outro, os bens dominicais, já que apenas estes últimos são coisas que estão no comércio jurídico 
de direito privado, sujeitos, portanto, a regime jurídico um pouco diverso quanto às formas de sua 
utilização. 
Os bens das duas primeiras modalidades estão fora do comércio jurídico de direito privado, de 
modo que só podem ser objeto de relações jurídicas regidas pelo direito público; assim, para fins 
de uso privativo, os instrumentos possíveis são apenas a autorização, a permissão e a concessão 
de uso. 
(...) 
Diversa é a situação dos bens dominicais, já que estes são coisas que estão no comércio jurídico 
de direito privado. Embora possam ser cedidos aos particulares por meio dos mesmos institutos de 
direito público já mencionados, também podem ser objeto de contratos regidos pelo Código Civil, 
como a locação, o arrendamento, o comodato, a concessão de direito real de uso, a enfiteuse. 
(grifos não constantes do original) 
 
b) Correto. Segundo Hely Lopes Meirelles (p.646, 2016): 
 
 
 
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Concessão de uso é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público atribui a utilização exclusiva 
de um bem de seu domínio a particular, para que o explore segundo sua destinação específica. 
O que caracteriza a concessão de uso e a distingue dos demais institutos assemelhados - 
autorização e permissão de uso - é o caráter contratual e estável da outorga do uso do bem público 
ao particular, para que o utilize com exclusividade e nas condições convencionadas com a 
Administração. (grifos não constantes do original) 
 
c) Incorreto. A concessão de uso possui características diversas da permissão de uso e autorização 
de uso, conforme lição de Maria Sylvia de Pietro (2018): 
 
 
Autorização de uso é o ato administrativo unilateral e discricionário, pelo qual a Administração 
consente, a título precário, que o particular se utilize de bem público com exclusividade. 
(p.867,2018) 
 
Concessão de uso é o contrato administrativo pelo qual a Administração Pública faculta ao 
particular a utilização privativa de bem público, para que a exerça conforme a sua destinação. Sua 
natureza é a de contrato de direito público, sinalagmático, oneroso ou gratuito, comutativo e 
realizado intuitu personae. (p.871,2018) 
 
Permissão de uso é o ato administrativo unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso, 
pelo qual a Administração Pública faculta a utilização privativa de bem público, para fins de 
interesse público. (p.868,2018) 
 
d) Incorreto. A autorização de uso não depende de licitação e não cria para o usuário um dever de 
utilização. Para Maria Sylvia de Pietro (p.867,2018): 
 
Autorização de uso é o ato administrativo unilateral e discricionário, pelo qual a Administração 
consente, a título precário, que o particular se utilize de bem público com exclusividade. 
(...) 
A utilização não é conferida comvistas à utilidade pública, mas no interesse privado do utente. 
Aliás, essa é uma das características que distingue a autorização da permissão e da concessão. 
Do fato de tratar-se de utilização exercida no interesse particular do beneficiário decorrem 
importantes efeitos: 
1. a autorização reveste-se de maior precariedade do que a permissão e a concessão; 
2. é outorgada, em geral, em caráter transitório; 
3. confere menores poderes e garantias ao usuário; 
4. dispensa licitação e autorização legislativa; 
5. não cria para o usuário um dever de utilização, mas simples faculdade. (grifos não constantes 
do original) 
 
e) Incorreto. A permissão de uso pode ser feita de forma gratuita e, em regra, não possui prazo, já 
que tem a característica de ser precária. 
 
Permissão de uso é o ato administrativo unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso, 
pelo qual a Administração Pública faculta a utilização privativa de bem público, para fins de 
interesse público. 
 
 
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(...) 
 
Quanto à fixação de prazo na permissão, vale a mesma observação já feita para a autorização. Ao 
outorgar permissão qualificada ou condicionada de uso, a Administração tem que ter em vista que 
a fixação de prazo reduz a precariedade do ato, constituindo, em conseqüência, uma autolimitação 
ao seu poder de revogá-lo, o que somente será possível quando a utilização se tornar incompatível 
com a afetação do bem ou se revelar contrária ao interesse coletivo, sujeitando, em qualquer 
hipótese, a Fazenda Pública a compensar pecuniariamente o permissionário pelo sacrifício de seu 
direito antes do termo estabelecido. (grifos não constantes do original) 
Gabarito: Letra B. 
9. 2017/CESPE/DPE-AC/Defensor Público 
Com referência à disciplina constitucional dos bens públicos, assinale a opção correta. 
a) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são exemplos de bens de uso especial e pertencem 
aos estados. 
b) As terras devolutas, não se encontrando afetadas a nenhuma finalidade pública específica, 
são bens públicos dominiais. 
c) Salvo a hipótese de usucapião especial para fins de moradia prevista na CF, não é permitido 
usucapião de bens públicos. 
d) A utilização dos bens de uso comum do povo, os quais são destinados à utilização geral pelos 
indivíduos, não pode sofrer restrições por ato do poder público. 
e) Os bens de uso especial são aqueles que, por ato formal da administração pública, são destinados à 
execução dos serviços administrativos e serviços públicos em geral. 
Comentários 
a) Incorreto. As terras ocupadas pelos índios são de domínio da União: 
Constituição Federal 1988 
 
Art. 20. São bens da União: 
(...) 
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
Além disso, as terras tradicionalmente reservadas aos índios são consideradas bens públicos de uso 
especial segundo Maria Sylvia de Pietro, (p.849, 2018): 
São exemplos de bens de uso especial os imóveis onde estão instaladas repartições públicas, os 
bens móveis utilizados pela Administração, museus, bibliotecas, veículos oficiais, terras dos 
silvícolas, cemitérios públicos, aeroportos, mercados e agora, pela nova Constituição, as terras 
devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos 
ecossistemas naturais. (grifos não constantes do original) 
b) Correto. As terras devolutas são classificadas como bens públicos dominiais, segundo Maria Sylvia 
de Pietro, (p.894, 2018): 
As terras devolutas constituem uma das espécies do gênero terras públicas, ao lado de tantas 
outras, como terrenos reservados, terrenos de Marinha, terras dos índios, ilhas etc. 
Elas integram a categoria de bens dominicais, precisamente pelo fato de não terem 
qualquer destinação pública. Isto significa que elas são disponíveis. (grifos não 
constantes do original)

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