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22/02/2024 PODER JUDICIÁRIO Prof. Pedro R Campanini MAGISTRATURA - Seleção dos membros • CONCURSO PÚBLICO • Art. 93, I, CF • QUINTO CONSTITUCIONAL • Art. 94, CF Nota: a nomeação dos membros dos tribunais superiores será tratada em momento oportuno [Ministros do STF (art. 101, par. único), STJ (art. 104, par. único), TST (art. 111-A) e STM (art. 123, par. único), Juízes do TRF (art. 107)]. 22/02/2024 MAGISTRATURA - Promoção Art. 93, II, CF - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas em lista de merecimento; b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; MAGISTRATURA – Garantias – Art. 95 CF 1 - Vitaliciedade • Prerrogativa que garante que somente perderão o cargo por meio de decisão judicial transitada em julgado. • Somente é adquirida após o período de estágio probatório de 2 anos (juízes substitutos). 2 - Inamovibilidade • O magistrado não pode ser removido ou promovido (art. 93, II): • A não ser por interesse próprio, quando houver possibilidade no quadro da carreira. • Ou por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII (decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa). 22/02/2024 MAGISTRATURA – Garantias – Art. 95 CF 3 - Irredutibilidade de subsídio • Teto salarial: • O teto salarial para os funcionários públicos no Brasil, de qualquer esfera da federação, será o do art. 37, XI: subsídios dos Ministros do STF. • Para os Ministros dos Tribunais Superiores, corresponderá a 95% do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal (art. 93, V). • Para os demais cargos do Judiciário brasileiro, o CNJ decidiu que os subsídios dos magistrados serão de no máximo 90,25% do teto, respeitando-se assim o art. 37, XI e o 39, § 4º. MAGISTRATURA – Proibições – Art. 95 CF Aos juízes é vedado: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III - dedicar-se à atividade político-partidária. IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 22/02/2024 PODER JUDICIÁRIO - FUNÇÕES • Função típica: jurisdição. • Competência para aplicar a lei ao caso concreto. Transforma a lei, comando geral e abstrato, para resolver um caso individual e concreto, adaptando o conceito legal com uma ordem individual e concreta. • Inércia: atua apenas quando é provocado pelo interessado. • Inafastabilidade da jurisdição: nenhuma lesão ou ameaça a direito será excluída da apreciação do Poder Judiciário (art. 5º, XXXV). • O Judiciário exerce o monopólio da aplicação da lei no Brasil (Exceções, com ressalvas: processos administrativos, processos arbitrais). 22/02/2024 Justiça Estadual • Integrante da justiça comum (como a Justiça Federal), é responsável por julgar matérias que não sejam da competência dos demais segmentos do Judiciário - Federal, Trabalho, Eleitoral e Militar, ou seja, sua competência é residual/remanescente. • Art. 125, § 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. • Cada estado tem a atribuição de organizar a sua justiça. Já o Poder Judiciário do DF é organizado e administrado pela União (art. 22, XVII). • Estrutura: 2 instâncias ou graus de jurisdição: • 1º grau: composto pelos Juízes de Direito, varas, fóruns, tribunais do júri, juizados especiais e suas turmas recursais. • 2º grau: é representado pelos Tribunais de Justiça (TJs). Principais atribuições: julgamento de demandas de competência originária e de recursos interpostos contra decisões proferidas no 1º grau Justiça Estadual • Juizados especiais: Criados pela Lei nº 9.099/1995, têm competência para a conciliação, o processamento, o julgamento e a execução das causas cíveis de menor complexidade (causas cujo valor não exceda a 40 salários mínimos, que não demandem perícia, etc) e das infrações penais de menor potencial ofensivo, ou seja, as contravenções penais e os crimes com pena máxima não superior a dois anos. • As turmas recursais, integradas por juízes em exercício no 1º grau, são encarregadas de julgar recursos apresentados contra decisões dos juizados especiais. 22/02/2024 Justiça Estadual SP Artigo 54, CESP - São órgãos do Poder Judiciário do Estado: I - o Tribunal de Justiça; II - o Tribunal de Justiça Militar; III - os Tribunais do Júri; IV - as Turmas de Recursos; V - os Juízes de Direito; VI - as Auditorias Militares; VII - os Juizados Especiais; VIII - os Juizados de Pequenas Causas. Justiça do Trabalho • Órgãos: • Tribunal Superior do Trabalho (TST) • 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) • Juízes do trabalho, atuantes nas varas do trabalho => Concilia e julga as ações judiciais entre empregados e empregadores, avulsos e seus tomadores de serviços e outras controvérsias decorrentes da relação do trabalho. Estruturada em dois graus de jurisdição: 1º grau: composto pelas varas de trabalho / juízes do trabalho. Competência determinada pela localidade em que o trabalhador presta serviços ao empregador, independentemente do local da contratação (seja de caráter nacional ou internacional). 2º grau: composto pelos TRTs. Neles são julgados recursos ordinários contra decisões das varas do trabalho, os dissídios coletivos, ações originárias, ações rescisórias de suas decisões ou das varas e os mandados de segurança contra atos de seus juízes. 22/02/2024 Competências definidas por Tribunais • A Justiça do Trabalho não é competente: 1. causas instauradas entre o Poder Público e servidores por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo. 2. ações penais. 3. relações contratuais de caráter eminentemente civil, diversa da relação de trabalho. • A Justiça do Trabalho é competente: 1. Danos morais e materiais decorrentes de acidente de trabalho. 2. Indenização proposta por viúva e filhos de empregado morto em serviço. 3. Ação Possessória decorrente do exercício do direito de greve. Justiça Federal • A Justiça Federal é constituída pelos Tribunais Regionais Federais e pelos juízes federais. • As seções judiciárias, localizada nas capitais e no DF, são formadas por um conjunto de varas federais (que podem estar em outras cidades), onde atuam os juízes federais (1º grau de jurisdição). • Nas comarcas onde não houver vara federal, os juízes estaduais são competentes. Ex: causas em que for parte o INSS e que se refiram a benefícios de natureza pecuniária, quando a sede de Vara Federal estiver localizada a mais de 70 km de município (art. 15, Lei nº 5.010/1966). • O 2º grau de jurisdição é composto por 6 Tribunais Regionais Federais: 1. Brasília (TRF 1ª Região). Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás,Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins 2. Rio de Janeiro (TRF 2ª Região). Espírito Santo e Rio de Janeiro 3. São Paulo (TRF 3ª Região). Mato Grosso do Sul e São Paulo 4. Porto Alegre (TRF 4ª Região). Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina 5. Recife (TRF 5ª Região). Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe 6. Belo Horizonte (TRF 6ª Região). Todo Estado de Minas Gerais. 22/02/2024 Competências da Justiça Federal (art. 109) Exemplos: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional; IV - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; V - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar; VI - a disputa sobre direitos indígenas. Justiça Eleitoral • Ramo especializado do Poder Judiciário, responsável pela organização e realização de eleições, referendos e plebiscitos, pelo julgamento de questões eleitorais e pela elaboração de normas referentes ao processo eleitoral. • Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. • A Justiça Eleitoral é estruturada em 2 graus de jurisdição, não possuindo quadro próprio de magistrados: • 1º Grau: composto por um juiz eleitoral em cada zona eleitoral, escolhido dentre os juízes de direito estaduais, • 2º Grau: Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), que possuem em sua composição 2 desembargadores do TJ, 2 juízes estaduais, 1 juiz do TRF (desembargador federal) ou 1 juiz federal e 2 advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral. • Os juízes dos TREs, salvo por motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. 22/02/2024 Justiça Militar Estadual • Ramo especializado do Judiciário, responsável por processar e julgar os militares dos estados (polícia militar e corpo de bombeiros militar) nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil. • Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. • Cada estado tem competência para criar sua Justiça Militar Estadual, desde que possua um efetivo superior a 20 mil integrantes (art. 125, §3º CF). • Todas as unidades da federação possuem Justiça Militar Estadual. Três estados dispõem de Tribunal de Justiça Militar (MG, RS e SP) Justiça Militar da União • Ramo do Poder Judiciário a quem compete processar e julgar militares das Forças Armadas e civis que cometerem crimes militares previstos em lei. • É o segmento de justiça mais antigo do Brasil (o Superior Tribunal Militar foi 1ª Corte do País, criada em 01/04/1808, pelo então Príncipe-Regente de Portugal, Dom João VI). • Estrutura: • 1ª instância: Composta por 19 Auditorias, divididas em 12 Circunscrições Judiciárias Militares (CJM). Os julgamentos são realizados pelos Conselhos de Justiça, formados por quatro oficiais e pelo Juiz-Auditor. • Auditoria de Correição: É exercida pelo Juiz-Auditor Corregedor, com autuação em todo o território nacional. A Auditoria de Correição é um órgão de fiscalização e orientação judiciário-administrativa. • Superior Tribunal Militar - STM: julga recursos às decisões de primeira instância e também, originalmente, os oficiais-generais. 22/02/2024 Tribunais Superiores São os órgãos máximos de seus ramos de justiça, atuando tanto em causas de competência originária quanto como revisores de decisões de 1º ou 2º graus. São eles: • Superior Tribunal de Justiça (STJ) • Superior Tribunal Militar (STM) • Tribunal Superior Eleitoral (TSE) • Tribunal Superior do Trabalho (TST). • Supremo Tribunal Federal (STF) - está acima dos superiores. Os magistrados que compõem esses colegiados são denominados Ministros. Superior Tribunal de Justiça • É o tribunal superior da Justiça comum (estadual e federal) para causas infraconstitucionais, sendo composto por 33 ministros indicados pelo Presidente da República (art. 104, par. único). • Sua principal função é uniformizar e padronizar a interpretação da legislação federal brasileira, ressalvadas as questões de competência das justiças especializadas (Eleitoral e Trabalhista). • Suas competências estão previstas no art. 105 da CF. 22/02/2024 Tribunal Superior Eleitoral • Órgão máximo da Justiça Eleitoral, o TSE é composto por 7 ministros titulares e 7 ministros substitutos. São 3 titulares e 3 substitutos provenientes do STF, 2 titulares e 2 substitutos oriundos do STJ e 2 titulares e 2 substitutos nomeados pela Presidência da República dentre advogados indicados pelo STF (art. 119). • Principal função: zelar pela lisura de todo o processo eleitoral. • O Código Eleitoral define competências para o TSE. Tribunal Superior do Trabalho • Órgão máximo da Justiça do Trabalho, o TST é composto por 27 ministros (art. 111-A). • Sua principal função é a de uniformizar as decisões sobre ações trabalhistas, consolidando a jurisprudência deste ramo do direito. • O TST possui competência para o julgamento de recursos de revista, recursos ordinários e agravos de instrumento contra decisões de TRTs e dissídios coletivos de categorias organizadas em nível nacional, além de mandados de segurança e embargos opostos às suas decisões e ações rescisórias. 22/02/2024 Superior Tribunal Militar • O STM é órgão da Justiça Militar da União, composto por 15 Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovados pelo Senado Federal, sendo 3 oficiais-generais da Marinha, 4 oficiais- generais do Exército, 3 oficiais-generais da Aeronáutica - todos da ativa e do posto mais elevado da carreira - e 5 civis, escolhidos pelo Presidente da República (art. 123). • Tem a atribuição de julgar os recursos oriundos da 1ª instância da Justiça Militar da União, bem como a competência originária para processar e julgar os oficiais-generais e decretar a perda do posto e da patente dos oficiais das Forças Armadas julgados indignos ou incompatíveis para o oficialato. Supremo Tribunal Federal • Órgão de cúpula do Poder Judiciário, e a ele compete, precipuamente, a guarda da Constituição, conforme art. 102 CF. • Composto por 11 Ministros, todos brasileiros natos (art. 12, § 3º, inc. IV, da CF), escolhidos dentre cidadãos com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 101), e nomeados pelo Presidente da República, após aprovação da escolha pela maioria absoluta do Senado Federal (art. 101, parágrafo único). • O STF pode aprovar, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, súmula com efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal (art. 103-A da CF/1988). • Organização: • Tribunal Pleno: todos os 11 Ministros • Turmas: 2 Turmas constituídas por 5 Ministros cada 22/02/2024 Conselho Nacional de Justiça • CNJ – art. 103-B • Conceito: é um órgão voltado à reformulação de quadros e meios no Judiciário, sobretudo no que diz respeito ao controle e à transparência administrativa e processual. • Membros: art. 103-B • Funções: art. 103-B, § 4º • Objetivo principal: Contribuir para que a prestação jurisdicional seja realizada com moralidade, eficiência e efetividade. Para tanto, o CNJ tem como diretrizes principais: • Planejamento estratégico e proposição de políticas judiciárias;• Modernização tecnológica do Judiciário; • Ampliação do acesso à Justiça; • Garantia de efetivo respeito às liberdades públicas Tabelas e gráficos Fonte: Justiça em números – 2019 15ª edição, CNJ in https://www.cnj.jus.br/wp- content/uploads/conteudo/arquivo/2019/08/jus tica_em_numeros20190919.pdf 22/02/2024 22/02/2024 (Bilhões) 22/02/2024 STF – Tabelas e gráficos Relatório de Gestão 2018 • http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/centralDoCidadaoAcessoInformac aoAuditoria/anexo/relatorio_de_gestao_2018.pdf 22/02/2024 22/02/2024 22/02/2024 MINISTÉRIO PÚBLICO Prof. Pedro R Campanini MINISTÉRIO PÚBLICO • O Ministério Público (MP) é conceituado como função essencial à Justiça, assim sendo, não faz parte do Poder Judiciário. É instituição autônoma e independente. • O ingresso na carreira é semelhante ao dos Magistrados: concurso público. • Exceções: Procurador Geral da República - art. 128, §§ 1º e 2º • § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. • § 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. • Impeachment: Lei 1079/50: arts. 2º, 10 e 40 (1 - emitir parecer, quando, por lei, seja suspeito na causa; 2 - recusar-se a prática de ato que lhe incumba; 3 - ser patentemente desidioso no cumprimento de suas atribuições; 4 - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo; 5 – atuar contra lei orçamentária. Procurador-geral De Justiça - art. 128, §§ 3º e 4º • § 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. • § 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. 22/02/2024 DEVERES De acordo com a Constituição Federal de 1988, art. 127, cabe ao Ministério Público brasileiro como função essencial à Justiça: • Defender a ordem jurídica; • Defender o regime democrático; • Defender os interesses sociais; • Defender os interesses individuais indisponíveis. 22/02/2024 PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS 1. Unidade: sob a égide de um só Chefe, o Ministério Público deve ser visto como uma instituição única, sendo a divisão existente meramente funcional. Importante notar, porém, que a unidade se encontra dentro de cada órgão, não se falando em unidade entre o Ministério Público da União (qualquer deles) e o dos Estados, nem entre os ramos daquele (MPT e MPF, por ex.); 2. Indivisibilidade: é possível que um membro do Ministério Público substitua outro, dentro da mesma função, sem que, com isso, exista alguma implicação prática. Quem atua é o MP, não a pessoa do procurador/promotor. 3. Independência funcional: trata-se de autonomia de convicção, na medida em que os membros do Ministério Público não se submetem a nenhum poder hierárquico no exercício de seu mister, podendo agir, no processo, da maneira que melhor entenderem. A hierarquia existente restringe-se às questões de caráter administrativo GARANTIAS INSTITUCIONAIS • Autonomia funcional: inerente à Instituição como um todo e abrangendo todos os órgãos do Ministério Público, está prevista no art. 127, § 2º, da CF/88, no sentido de que, ao cumprir os seus deveres institucionais, o membro do Ministério Público não se submeterá a nenhum outro “poder” (Legislativo, Executivo ou Judiciário). Deve obediência, apenas, à Constituição e às leis. • Autonomia administrativa: consiste na capacidade de autogestão e autoadministração. Assim, o Ministério Público poderá, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, a política remuneratória e os planos de carreira, enfim, sua organização e funcionamento (art. 127, § 2.º) • Autonomia financeira: assegurou-se a capacidade de elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, podendo, autonomamente, administrar os recursos que lhe forem destinados (art. 127, § 3.º). 22/02/2024 FUNÇÕES do MP – art. 129 I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. PROIBIÇÕES – art. 128, § 5º, II, CF Aos membros do MP é vedado: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária; f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. SIMILARIDADE COM A MAGISTRATURA - art. 128, § 6º - Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. 22/02/2024 Conselho Nacional do Ministério Público • Composição: art. 130-A • Competências: art. 130-A, §2º 22/02/2024 POLÍCIAS Prof. Pedro R Campanini SEGURANÇA PÚBLICA • Consiste na preservação da ordem pública interna (incolumidade das pessoas e patrimônio). • Segundo determina o artigo 144, a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, sendo exercida precipuamente através dos seguintes órgãos (rol taxativo): I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 22/02/2024 FUNÇÕES A função policial se divide em duas espécies: 1. Polícia ostensiva: conhecida também como polícia administrativa ou preventiva, que procura impedir a prática de infrações. 2. Polícia judiciária: conhecida também como polícia repressiva ou investigatória, que atua após a ocorrência de crimes, realizando as investigações necessárias (Inquérito Policial) para a instrução dos processos criminais judiciais e aplicação de sanção aos infratores. POLÍCIA FEDERAL - A polícia federal é órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira. Os membros são admitidos por concurso público. - Objetivos (art. 144, § 1º): • Atuação com exclusividade (sem estabelecer convênio com outras polícias): Polícia judiciária da União (inciso IV, do art. 144). • Atuação de forma cumulativacom outras polícias: Prevenção e repressão ao tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, exercendo ainda as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras. Apuração de infrações de interesse Federal (repercussão interestadual ou internacional) que exijam atuação uniforme em todo território nacional (ex: crime organizado, lavagem de dinheiro, extorsão mediante sequestro, etc). 22/02/2024 POLÍCIA FEDERAL A Lei 10.446/2002, regulamentou a questão: Art. 1º - Na forma do inciso I do § 1o do art. 144 da Constituição, quando houver repercussão interestadual ou internacional que exija repressão uniforme, poderá o Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, sem prejuízo da responsabilidade dos órgãos de segurança pública arrolados no art. 144 da Constituição Federal, em especial das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder à investigação, dentre outras, das seguintes infrações penais: I – sequestro, cárcere privado e extorsão mediante sequestro (arts. 148 e 159 do Código Penal), se o agente foi impelido por motivação política ou quando praticado em razão da função pública exercida pela vítima; II – formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4o da Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990); e III – relativas à violação a direitos humanos, que a República Federativa do Brasil se comprometeu a reprimir em decorrência de tratados internacionais de que seja parte; e IV – furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e valores, transportadas em operação interestadual ou internacional, quando houver indícios da atuação de quadrilha ou bando em mais de um Estado da Federação. Parágrafo único. Atendidos os pressupostos do caput, o Departamento de Polícia Federal procederá à apuração de outros casos, desde que tal providência seja autorizada ou determinada pelo Ministro de Estado da Justiça. POLÍCIA RODOVIÁRIA E FERROVIÁRIA FEDERAL (§§ 2º e 3º do artigo 144). - São órgãos permanentes, organizados e mantidos pela União e estruturados em carreira, com objetivo respectivo de prover patrulhamento ostensivo das rodovias e ferrovias federais. POLÍCIA CIVIL DOS ESTADOS e DF - São organizadas sob a subordinação dos governos estaduais ou do DF, com objetivo de exercer, no âmbito de sua região, a polícia judiciária e a apuração de infrações penais (polícia repressiva), exceto as militares (artigo 144, § 4º). - São dirigidas por delegados de polícia de carreira (concursados). 22/02/2024 POLÍCIA MILITAR - São, conforme determinação do art. 144, § 5º, organizadas sob a subordinação dos governos estaduais ou do DF, com objetivo de realização do policiamento ostensivo, bem como a preservação da ordem pública (polícia administrativa). - As Polícias Militares e os Bombeiros Militares (realizam a Defesa Civil) são forças auxiliares e de reserva do Exército (art. 144, § 6º). GUARDA MUNICIPAL - A CF não contemplou as Guardas Municipais (GM) no rol de órgãos de defesa da segurança pública. - Contudo, no § 8º, do artigo 144, fez previsão que os Municípios poderão constituir guardas municipais. - O objetivo das GM é a proteção dos bens, serviços e instalações do Município. Assim sendo, a leitura mais adequada do artigo leva a concluir que as GM não podem realizar as atividades destinadas às Polícias Federal, Civis e Militares. CARREIRA DELEGADO O ingresso na Carreira de Delegado de Polícia Estadual e Delegado da Polícia Federal se dá por meio de concurso público. São requisitos para o ingresso: 1 Delegado de Polícia Civil: nacionalidade brasileira; diploma de Bacharel em Direito; não registrar antecedentes criminais; regularidade com o serviço militar, estar em pleno gozo dos direitos políticos, capacidade física e mental, conduta irrepreensível na vida pública e privada, comprovação de 2 anos de atividade jurídica. O concurso para Delegado prevê 07 fases: prova preambular com questões de múltipla escolha, de caráter eliminatório e classificatório, constituída de questões objetivas, consistentes em testes de múltipla escolha; prova escrita, de caráter eliminatório e classificatório; exame oral, de caráter eliminatório e classificatório; prova de aptidão psicológica - PAP, de caráter eliminatório; prova de aptidão física - PAF, de caráter eliminatório; comprovação de idoneidade e conduta escorreita, mediante investigação social, de caráter eliminatório e prova de títulos, de caráter classificatório. 22/02/2024 CARREIRA DELEGADO 2 Delegado da Polícia Federal: nacionalidade brasileira ou portuguesa; diploma de Bacharel em Direito; não registrar antecedentes criminais; regularidade com o serviço militar e estar em pleno gozo dos direitos políticos. Três anos de atividade jurídica ou policial. O concurso divide-se em etapas, quais sejam: 1ª etapa → consiste na admissão do candidato no Curso de Formação Profissional de Delegado de Polícia Federal, o qual se divide em fases: prova objetiva; prova discursiva; exame de aptidão física; exame médico; prova oral; avaliação psicológica, apresentação de títulos e investigação social. 2ª etapa → consiste em frequência e aproveitamento em Curso de Formação Profissional de Delegado de Polícia, ministrado pela Academia Nacional de Polícia. Organograma – Pedro Lenza 22/02/2024 22/02/2024 22/02/2024 AUTONOMIA HETERONOMIA Autodeterminação - regras próprias de conduta Condição de pessoa ou grupo que segue a lei como um elemento que lhe é exterior ou estranho à razão. Liberdade moral ou intelectual Coação física, financeira, psicológica ou dos costumes. Gera responsabilidade Responsabilidade depende da análise caso a caso. Ética de convicção (Weber): agir de acordo com a consciência. Ética de responsabilidade (Weber): ação que mede e teme as consequências Rousseau in Emilio ou Da educação: “Há no fundo das almas um princípio inato de justiça e de virtude pelo qual julgamos as nossa ações e as do próximo como boas ou más, e é a esse princípio que denomino consciência. Consciência, instinto divino, voz celeste e imortal... juiz infalível do bem e do mal.” Maquiavel: os fins justificam os meios - preocupação com as consequências deve prevalecer em relação à preocupação com a consciência. 22/02/2024 A profissão deve possuir ética própria. Seus agentes devem seguir um padrão único de comportamento, de certo e errado, uma vez que buscam os mesmos objetivos e cumprem as mesmas funções. DEONTOLOGIA JURÍDICA Deontologia: estudo dos princípios, fundamentos e sistemas de moral. Tratado dos deveres. Ciência do dever-ser moral Define as orientações éticas das profissões da área. Fontes da deontologia jurídica: 1. Lei Natural; 2. Lei positiva; 3. Atos normativos reguladores da atividade funcional dos profissionais do Direito (Código de Ética e Disciplina). A profissão deve possuir ética própria. Seus agentes devem seguir um padrão único de comportamento, de certo e errado, uma vez que buscam os mesmos objetivos e cumprem as mesmas funções. DEONTOLOGIA JURÍDICA Deontologia: estudo dos princípios, fundamentos e sistemas de moral. Tratado dos deveres. Ciência do dever-ser moral Define as orientações éticas das profissões da área. Fontes da deontologia jurídica: 1. Lei Natural; 2. Lei positiva; 3. Atos normativos reguladores da atividade funcional dos profissionais do Direito (Código de Ética e Disciplina). 22/02/2024 22/02/2024 MORAL DIREITO 1. Bilateral 2. Autônoma (moral individual) ou heterônoma (moral social) 3. Predeterminação em conceitos próprios (moral individual) ou costumes (moral social) 4. Ser 5. Não tem coercibilidade 6. Não tem sanção 1. Bilateral atributivo 2. Heterônomo 3. Predeterminado pela lei 4. Dever-ser (imperatividade) 5. Coercibilidade (norma desrespeitada autoriza o Estado a reagir). 6. Sanção (para que o Estado possa coagir o sujeito a cumprir a norma, há o poder de sanção). MORAL ≠ DIREITO 22/02/2024 22/02/2024 ADVOGADO/A Prof. Pedro R Campanini • CF, art. 133: O advogado é indispensável à administraçãoda justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. • Código de Ética e Disciplina, art. 2º: O advogado, indispensável à administração da justiça, é defensor do estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. • Lei 8906/1994 - EOAB Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça. § 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social. (...) § 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites desta lei. Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). § 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, além do regime próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional. NOÇÕES 22/02/2024 FINALIDADES DA ADVOCACIA 1. descobrir o direito do cliente e promover sua concreção; 2. colaborar com o Poder Judiciário na composição dos litígios e aplicação do Direito objetivo; 3. cooperar na efetivação da ordem jurídica na comunidade; REPERCUSSÃO DA ADVOCACIA SOBRE A SOCIEDADE 1. O advogado contribui para a efetivação da justiça e da paz social, investigando e interpretando a lei, procurando seu sentido, compondo litígios e defendendo os direitos públicos. 2. Para isso o advogado depende de seu esforço pessoal: para o domínio da ciência jurídica. Deve sempre se aperfeiçoar, conhecer o ordenamento e os princípios filosóficos para sua constituição e interpretação. 3. Seria imprudente aquele que, sem conhecimentos sólidos em determinada matéria, assumisse compromissos voltados a essa mesma matéria. 4. Deverá, acima de tudo, ter consciência de sua responsabilidade perante a sociedade e o cliente, a fim de não violar o Direito e a Justiça. EXAME DA OAB • Constitui-se de duas fases: 1. PROVA OBJETIVA: 80 questões de múltipla escolha sobre várias áreas do Direito (Direito Constitucional, Direito Civil, Direito Empresarial, Direito Penal, Direito do Trabalho, Direito Administrativo, Direito Tributário, Direito Processual Civil, Direito Processual Penal, Direito Ambiental, Código de Defesa Consumidor, Direitos Humanos, Filosofia do Direito, ECA e também questões sobre o Estatuto da OAB, seu Regulamento Geral e o Código de Ética e Disciplina). • Serão considerados habilitados para a 2ª fase os candidatos que tiverem, no mínimo, 50% de acerto das questões da 1ª fase. 2. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL: redação de peça profissional, privativa de advogado, além de questões práticas sob a forma de situações-problema, nas seguintes áreas de Direito: Administrativo, Civil, Constitucional, Trabalho, Empresarial, Penal ou Tributário, bem como direito processual respectivo. 22/02/2024 ADVOCACIA PÚBLICA • Procuradores da União e dos Estados admitidos por concurso público (arts. 131/132) • Os municípios poderão criar suas procuradorias, Apesar de não previsto na CF. FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL 1. Advocacia Geral da União; 2. Procuradoria da Fazenda Nacional; 3. Procuradoria Federal; 4. Procuradoria do Banco Central do Brasil. 1. Procuradoria do Estado 2. Defensoria Pública 3. Procuradoria de instituições públicas 1. Procuradoria municipal 2. Procuradoria de autarquias públicas Advocacia Geral da União - AGU • Instituição que, diretamente ou por meio de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo (art. 131, caput). • A capacidade de representação engloba os diversos órgãos de quaisquer dos Poderes. Por exemplo, o CNJ, órgão do Poder Judiciário, será representado pela AGU nas ações originárias que tramitam no STF. • Já as atividades de consultoria e assessoramento jurídico foram previstas apenas para o Poder Executivo. • Chefiada pelo Advogado Geral da União, que é de livre nomeação e destituição pelo Presidente da República (art. 84, XVI c/c 131, § 1º). • Nota: as procuradorias estaduais desempenham funções semelhantes à AGU 22/02/2024 Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional • Órgão de direção superior da Advocacia-Geral da União, se subordinando direta, técnica e juridicamente ao Advogado-Geral da União. • À Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional compete especialmente: • apurar a dívida ativa da União de natureza tributária, inscrevendo-a para fins de cobrança, amigável ou judicial; • representar privativamente a União, na execução de sua dívida ativa de caráter tributário e causas de natureza fiscal; • examinar previamente a legalidade dos contratos, acordos, ajustes e convênios que interessem ao Ministério da Fazenda, inclusive os referentes à dívida pública externa, e promover a respectiva rescisão por via administrativa ou judicial; • desempenhar as atividades de consultoria e assessoramento jurídicos no âmbito do Ministério da Fazenda e seus órgãos autônomos e entes tutelados. Procuradoria-Geral Federal • Compete a representação judicial e extrajudicial das autarquias (ex: ANATEL, ANVISA, DNIT, IBAMA, INMETRO) e fundações públicas federais (FUNAI, IBGE) • Está vinculada à Advocacia-Geral da União • Tem autonomia administrativa e financeira em relação aos órgãos jurídicos das autarquias e das fundações públicas. 22/02/2024 Procuradoria-Geral do Banco Central • Apesar do BC ser uma autarquia, houve regramento específico e previsão de carreira própria. • Faz parte da estrutura administrativa do Banco Central do Brasil e está em igual sentido vinculada à Advocacia-Geral da União. • É responsável, com exclusividade, pela assessoria jurídica e representação judicial e extrajudicial do BC. Defensoria Pública • Procuradores são admitidos por concurso público (art. 134) • Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente e organizar suas defensorias. • Art. 134, § 2º garantiu autonomia funcional, administrativa e financeira (Pedro Lenza entende que não há vinculação entre a Defensoria e o Poder Executivo). • Instituição permanente incumbindo-lhe, nos termos do inciso LXXIV do art. 5.º, de forma integral e gratuita, a atuação em prol dos necessitados, provendo: • orientação jurídica; • promoção dos direitos humanos; • a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos. 22/02/2024 Defensoria Pública • Princípios institucionais da Defensoria Pública (134, § 4º): • Unidade • Indivisibilidade • Independência funcional • Órgãos • Defensoria Pública da União (atuará nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, junto às Justiças Federal, do Trabalho, Eleitoral, Militar, Tribunais Superiores e instâncias administrativas da União). • Defensoria Pública dos Territórios; • Defensoria Pública dos Estados; • Defensoria Pública do Distrito Federal. Advocacia Privada • Advogados (arts. 133, CF) 22/02/2024 ESTATUTO DA OAB • Lei 8.906/1994 1. Regulamenta a profissão do advogado 2. Dispõe sobre a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB Da Atividade de Advocacia – arts. 1º ao 5º Art. 1º São atividades privativas de advocacia: I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; (Vide ADIN 1.127-8) II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. § 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. • § 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. 22/02/2024 Da Atividade de Advocacia – arts. 1º ao 5º Art. 4ºSão nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas. Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido - no âmbito do impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia. Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato. § 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período. § 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais. § 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo. Dos Direitos do Advogado – arts. 6º ao 7º Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos. Art. 7º São direitos do advogado: I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional; II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; (Redação dada pela Lei nº 11.767, de 2008) III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar; (Vide ADIN 1.127-8) 22/02/2024 Dos Direitos do Advogado – arts. 6º ao 7º VI - ingressar livremente: a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais; Dos Direitos do Advogado – arts. 6º ao 7º VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença; VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada; X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo; 22/02/2024 Dos Direitos do Advogado – arts. 6º ao 7º XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de tomar apontamentos; XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; (exceto em autos sob sigilo e quando houver restrição parcial sobre elementos que possam prejudicar a investigação §§ 10 e 11) Dos Direitos do Advogado – arts. 6º ao 7º XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias; • § 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI: 1) aos processos sob regime de segredo de justiça; 2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada; 3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado. XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela; XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado; 22/02/2024 Dos Direitos do Advogado – arts. 6º ao 7º XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional; XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo. XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: a) apresentar razões e quesitos; § 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. (Vide ADIN 1.127-8) Dos Direitos do Advogado – arts. 6º ao 7º § 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo. § 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle assegurados à OAB. (Vide ADIN 1.127-8) § 6º Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demaisinstrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. § 7º A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co- autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. 22/02/2024 DIREITOS DA ADVOGADA - Incluídos pela Lei 13.363/2016 Art. 7o-A. São direitos da advogada: I - gestante: a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X; b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê; III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição; IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente. DIREITOS DA ADVOGADA - Incluídos pela Lei 13.363/2016 Art. 7o-A. São direitos da advogada: § 1o Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação § 2o Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante ou que der à luz serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 da CLT. 120 dias § 3o O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der à luz será concedido pelo prazo previsto no § 6o do art. 313 do CPC. 30 dias Art. 7º-B Constitui crime violar direito ou prerrogativa de advogado previstos nos incisos II, III, IV e V do caput do art. 7º desta Lei: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 22/02/2024 DA INSCRIÇÃO - art. 8º ao 14 Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário: I - capacidade civil; II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; IV - aprovação em Exame de Ordem; V - não exercer atividade incompatível com a advocacia; VI - idoneidade moral; VII - prestar compromisso perante o conselho. • § 3º A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo 2/3 dos votos de todos os membros do conselho competente. • § 4º Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime infamante, salvo reabilitação judicial. ESTAGIÁRIO – art. 2º, § 2º e 9º Art. 2º, § 2º O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no art. 1º, na forma do regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste. Art. 9º Para inscrição como estagiário é necessário: I - preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art. 8º; II - ter sido admitido em estágio profissional de advocacia. § 1º O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina. § 2º A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico. § 3º O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB. § 4º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem. 22/02/2024 DOMICÍLIO PROFISSIONAL Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral. § 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado. § 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano. § 3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente. § 4º O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou de inscrição suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal. CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que: I - assim o requerer; II - sofrer penalidade de exclusão; III - falecer; IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. § 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido, de ofício, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa. § 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de inscrição anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º. § 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação. 22/02/2024 LICENÇA Art. 12. Licencia-se o profissional que: I - assim o requerer, por motivo justificado; II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; III - sofrer doença mental considerada curável. SOCIEDADE DE ADVOGADOS – art. 15 • Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, que terão personalidade jurídica (CNPJ e n. OAB) com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. • As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte. • Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. • Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interesses opostos. 22/02/2024 SOCIEDADE DE ADVOGADOS – arts. 16 e 17 • Não são admitidas sociedades de advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar. • A razão social deve ter o nome de pelo menos um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. • A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’. • Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. DO ADVOGADO EMPREGADO Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia. Parágrafo único. O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionaisde interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego. Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. I – R$ 3.504,35 mensais, para a jornada de até 4 horas diárias ou 20 horas semanais; II - R$ 5.194,46 mensais, em casos de dedicação exclusiva, para jornada de até 8 horas diárias ou 40 horas semanais. Art. 20. § 1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação. Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em acordo. Res. OAB/DF: 22/02/2024 DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - Arts. 22 ao 26 Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência. • Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por arbitramento judicial, em remuneração compatível com o trabalho e o valor econômico da questão, não podendo ser inferiores aos estabelecidos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB. • Salvo estipulação em contrário, 1/3 dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o restante no final. • Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - Art. 24 e 26 • Os honorários constituem direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor. • A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial. • Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os honorários de sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, são recebidos por seus sucessores ou representantes legais. • O acordo feito pelo cliente do advogado e a parte contrária, salvo aquiescência do profissional, não lhe prejudica os honorários, quer os convencionados, quer os concedidos por sentença. • Art. 26. O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorários sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento. 22/02/2024 EXERCÍCIO DA ADVOCACIA – arts. 27/30 INCOMPATIBILIDADE PROIBIÇÃO TOTAL IMPEDIMENTO PROIBIÇÃO PARCIAL Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades: I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público; IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza; VI - militares de qualquer natureza, na ativa; 22/02/2024 Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades: VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. § 1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente. § 2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico. Art. 29. Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura. Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia: I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos. 22/02/2024 Da Ética do Advogado – Arts. 31/33 • O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia. • Deve manter independência em qualquer circunstância. • Não deve ter receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade. • É responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. • Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria. Deve aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial. • A advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização. • O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no Código de Ética e Disciplina. Código de Ética e Disciplina - Relações com o cliente – arts.9º/26 Art. 9º O advogado deve informar o cliente, de modo claro e inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão advir da demanda. Art. 10. As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança recíproca. Sentindo o advogado que essa confiança lhe falta, é recomendável que externe ao cliente sua impressão e, não se dissipando as dúvidas existentes, promova, em seguida, o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie. Art. 11. O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada. Art. 13. Concluída a causa ou arquivado o processo, presume-se cumprido e extinto o mandato. 22/02/2024 Código de Ética e Disciplina - Relações com o cliente – arts.9º/26 Art. 14. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. Art. 15. O advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo as causas sob seu patrocínio, sendo recomendável que, em face de dificuldades insuperáveis ou inércia do cliente quanto a providências que lhe tenham sido solicitadas, renuncie ao mandato. Art. 16. A renúncia ao patrocínio deve ser feitasem menção do motivo que a determinou, fazendo cessar a responsabilidade profissional pelo acompanhamento da causa, uma vez decorrido o prazo previsto em lei (EAOAB, art. 5º, § 3º). (10 dias) Art. 19. Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele, clientes com interesses opostos. Art. 20. Sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes e não conseguindo o advogado harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional. Código de Ética e Disciplina - Relações com o cliente – arts.9º/26 Art. 21. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou exempregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional. Art. 22. Ao advogado cumpre abster-se de patrocinar causa contrária à validade ou legitimidade de ato jurídico em cuja formação haja colaborado ou intervindo de qualquer maneira; da mesma forma, deve declinar seu impedimento ou o da sociedade que integre quando houver conflito de interesses motivado por intervenção anterior no trato de assunto que se prenda ao patrocínio solicitado. Art. 23. É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado. Parágrafo único. Não há causa criminal indigna de defesa, cumprindo ao advogado agir, como defensor, no sentido de que a todos seja concedido tratamento condizente com a dignidade da pessoa humana, sob a égide das garantias constitucionais. 22/02/2024 Código de Ética e Disciplina - Relações com o cliente – arts.9º/26 Art. 24. O advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com ele atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no processo. Art. 25. É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente. Art. 26. O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, é ato pessoal do advogado da causa. § 1º O substabelecimento do mandato sem reserva de poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente. § 2º O substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus honorários com o substabelecente. Código de Ética e Disciplina – Sigilo profissional – arts. 35/38 Art. 35. O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no exercício da profissão. Art. 36. O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente. § 1º Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente. § 2º O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional. Art. 37. O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria. Art. 38. O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional. 22/02/2024 Código de Ética e Disciplina – Publicidade – arts. 39/47 Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão. Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados: I - a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão; II - o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade; III - as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público; IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras; Código de Ética e Disciplina – Publicidade – arts. 39/47 Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados: V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e- mail; VI - a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela. Parágrafo único. Exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, é permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as diretrizes previstas no artigo 39. Art. 41. As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover, dessa forma, captação de clientela. 22/02/2024 Código de Ética e Disciplina – Publicidade – arts. 39/47 Art. 42. É vedado ao advogado: I - responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social; II - debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado; III - abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega; IV - divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas; V - insinuar-se para reportagens e declarações públicas. Código de Ética e Disciplina – Publicidade – arts. 39/47 Art. 43. O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou entrevista de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão. Parágrafo único. Quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado evitar insinuações com o sentido de promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter sensacionalista. 22/02/2024 Código de Ética e Disciplina – Publicidade – arts. 39/47 Art. 44. Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome ou o da sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB. § 1º Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e- mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido. § 2º É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário. Código de Ética e Disciplina – Publicidade – arts. 39/47 Art. 45. São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico. Art. 46. A publicidade veiculada pela internet ou por outros meios eletrônicos deverá observar as diretrizes estabelecidas neste capítulo. Parágrafo único. A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade, inclusivepara o envio de mensagens a destinatários certos, desde que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou representem forma de captação de clientela. 22/02/2024 Código de Ética e Disciplina – Honorários – arts. 48/54 Art. 48. A prestação de serviços profissionais por advogado, individualmente ou integrado em sociedades, será contratada, preferentemente, por escrito. § 1º O contrato de prestação de serviços de advocacia não exige forma especial, devendo estabelecer, porém, com clareza e precisão, o seu objeto, os honorários ajustados, a forma de pagamento, a extensão do patrocínio, esclarecendo se este abrangerá todos os atos do processo ou limitar-se-á a determinado grau de jurisdição, além de dispor sobre a hipótese de a causa encerrar-se mediante transação ou acordo. § 6º Deverá o advogado observar o valor mínimo da Tabela de Honorários instituída pelo respectivo Conselho Seccional onde for realizado o serviço, inclusive aquele referente às diligências, sob pena de caracterizar-se aviltamento de honorários. Código de Ética e Disciplina – Honorários – arts. 48/54 Art. 49. Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação, atendidos os elementos seguintes: I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas; II - o trabalho e o tempo a ser empregados; III - a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros; IV - o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este resultante do serviço profissional; V - o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual, frequente ou constante; VI - o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do advogado ou de outro; VII - a competência do profissional; VIII - a praxe do foro sobre trabalhos análogos. 22/02/2024 Código de Ética e Disciplina – Honorários – arts. 48/54 Art. 50. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem ser necessariamente representados por pecúnia e, quando acrescidos dos honorários da sucumbência, não podem ser superiores às vantagens advindas a favor do cliente. Art. 53. É lícito ao advogado ou à sociedade de advogados empregar, para o recebimento de honorários, sistema de cartão de crédito, mediante credenciamento junto a empresa operadora do ramo. Código de Ética e Disciplina - ADVOCACIA PRO BONO – art. 30 Art. 30. No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor nomeado, conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, de forma que a parte por ele assistida se sinta amparada e confie no seu patrocínio. § 1º Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional. § 2º A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado. § 3º A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político-partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de clientela.