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VIGILÂNCIA SANITÁRIA CLASSIFICAÇÃO DAS DTAs Intoxicação · Ingestão da toxina liberada pelo organismo durante intensa proliferação no alimento. · Staphylococcus aureus, Clostridium botulinum, Bacillus cereus – emético · Náusea, vômito – endotoxina atua no nervo vago; motilidade do esôfago e estômago · Não causa febre (pode ter febre e diarreia, mas moderada) Infecção · Ingestão de microrganismo patogênico no alimento. · Brucella spp, Escherichia coli O157:H7, Shigella spp, Vibrio cholerae, Campylobacter jejuni · Febre aguda, disenteria Toxinfecção · Ingestão de alimento contaminado por microrganismos patogênicos que liberam toxinas no organismo. · Salmonela spp (exceto typhi), Clostridium perfringens, Bacillus cereus – diarreico · Febre moderada e diarreia DTAs CAUSADAS POR BACTÉRIAS GRAM + E – LISTERIOSE Listeria monocytogenes · Infecção alimentar Características do agente · Bacilo gram positiva · Anaeróbia facultativa · Não forma esporos · Temperatura crescimento: 2,5°C a 44°C · pH: 5 a 9 (ótimo 6 a 8) · Aw ótima para crescimento 0,97 · Móvel · Amplamente disseminada na natureza – água de rio, esgoto · Alimentos acometidos: Brasil: leite (inadequadamente não pasteurizado), queijo, carne bovina, suína e de aves (inadequadamente cozidas, peixes, produtos de origem vegetal; comum contaminar silagens; vegetais crus não lavados, frutos do mar e embutidos · Acomete mamíferos, aves e peixe · Porta de saída: TGI inferior favorece disseminação no ambiente · Taxa de mortalidade: 50% · Não há relatos de alteração no produto Forma de transmissão · Via oral, contato direto com animais doentes, canal do parto, transplante de órgãos · Animais: silagem de baixa qualidade, pastagem, ordenha *Agente da mastite Fisiopatogenia · Porta de entrada: intestino – células epiteliais d ápice das microvilosidades · Difusão para interior e entre elas · Ingestão por macrófagos – proteção dos leucócitos Período de incubação: média 3 a 4 semanas (3 a 90 dias) Sintomas · Pode ser assintomático · Semelhantes a gripe com ou sem febre, dores musculares · Meningite, encefalite – casos mais graves · Aborto ou nascimento prematuro – predição pela placenta; infecção intrauterina · Endocardite · Lesões cutâneas · Náusea, vômito, diarreia Sinais clínicos · Encefalite, septicemia, aborto, ceratoconjuntivite, mastite · Assintomáticos Diagnóstico · Isolamento, imuno-histoquímica, histopatologia Tratamento Humanos: antibióticos – penicilina, ampicilina, aminoglicosídeos Animais: antibióticos – ampicilina e gentamicina Listeriose na indústria · Biofilme – capacidade de aderir através de matriz polissacarídica (impregnação com matéria orgânica, minerais) · Encanamento, superfície de manipulação Prevenção e controle · Cuidar no armazenamento · Higiene ordenha · Manter ambiente limpo (acúmulo de fezes) · Silagem de boa qualidade · Pré-dipping e pós-dipping · Higiene de teteira · Eliminação é impossível – bactéria faz parte do ambiente Na indústria · Temperatura máxima 12°C · EPIs · Limpeza adequada · Treinamento funcionários BPF, PPHO, APPCC · Evitar contaminação de carcaça pela pele (por fezes) · Fiscalização dos produtos CLOSTRIDIOSE Clostridium botulinum Clostridium perfringens Clostridium tetani Clostridium difficicle Clostridium botulinum · Intoxicação alimentar · Botulismo infantil: toxinfecção Características do agente · Bactéria gram positiva · Anaeróbico positiva · Produz esporos · Temperatura ótima entre 20°C a 40°C · pH: maior que 4,5 · Célula botulínica é mesofílica · Inativada acima de 80ºC por 15 min · Termoestável · Móvel · Produz neurotoxina · Produz exotoxina – liberada no meio externo · Não libera toxina – célula vegetativa produz · Toxinas termolábeis – inativação a partir de 65ºC · Principal reservatório é o solo · Potente, pequena quantidade já causa doença · Mantém o DNA protegido · 7 tipos sorológicos: A, B, C, D, E, F, G · A, B, E, F: botulismo humano · E: vários surtos – conservas de vegetais pescados enlatados · C e D: botulismo animal · G: sem evidência de qualquer doença · Aquece acima de 110ºC por 15 min – inativa esporos após, fazer resfriamento imediato abaixo de 10ºC · Células vegetativas, esporos e toxinas não são destruídos pelo congelamento · Toxina pré-formada – compromete estruturas do SNC como bulbo comanda movimentos respiratórios, batimentos cardíacos · Compromete o hipotálamo – acetilcolina paralisia muscular · Distribuição mundial, alta mortalidade · Botulismo adulto: ingestão de toxina pré-formada · Botulismo infantil: ingestão de bactérias – esporos; até 1 ano de idade; mel – comumente pode ter esporos Alimentos acidez: ideais para inibição da toxina Alimentos ácidos: inibe metabolismo microrganismos Alimentos baixa acidez Alimentos de maior risco · Contato com solo – vegetais; conservas vegetais, carnes curadas, conservas de peixes, embutido e mel · Alteração no produto: estufamento, alteração de cor e odor Sintomas · Paralisia flácida, visão turva, diplopia, ptose palpebral, dificuldade de deglutição, disfunção dos nervos cranianos · Inibição da liberação da acetilcolina Diagnóstico · Sintomas, exames neurológicos, identificação da toxina no alimento · Laboratorial: amostras clínicas e bromatológicas · Teste da esterilidade comercial: toda conserva – amostra enviada para pesquisa de contaminante anaeróbico · Incubação da embalagem – temperatura 35°C a 37°C por 7 a 14 dias Prevenção e controle · Tratamento térmico · Armazenamento de forma correta · Não ingestão de mel crianças menores de 1 ano · APPCC, higiene, armazenamento, validade · Nitrato/nitrito – baixo pH, libera ácido nitroso · Evita produção toxina: tratamento térmico e uso de aditivos Clostridium perfringens · Toxinfecção alimentar Características da agente · Bactéria gram positiva · Anaeróbico – acrotolerante: suporta poucas doses de O2 (0,5 a 1%) não é letal · Produz esporos · Célula mesofílica · Células viáveis são facilmente destruídas a 60°C · Esporo: resistência térmica · Espécie maior incidência · Reservatório: solo, água, fezes · Microerófilo · Toxina no organismo (in vivo) · 13 tipos de toxinas: mais importante enterotoxina tipo A (ação no enterócito – não tem dano; não tem diarreia; modifica transporte de íons) · Liberada durante processo de esporulação no organismo · Ingestão célula vegetativa – estômago e sofre lise, libera endósporo, atinge intestino delgado e libera endotoxina, causando diarreia e dores abdominais · Não tem diarreia e náusea, não e frequente · São comensais do TGI de homens e animais e no ambiente Alimentos acometidos · Alimentos cárneos de grandes pedaços, com espessura grossa, embalagem a vácuo, condimentos, laticínios, produtos que ficam próximos ao solo · Não apresenta alterações no produto Período de incubação: 8h, podendo ser de 8h a 12h ou 8h a 24h Prevenção · BPF · Higienização · Cuidados no cozimento com temperatura acima de 65ºC, resfriamento imediato – evita forma germinativa passa para esporulada Staphylococcus aureus · Intoxicação alimentar Característica do agente · Bactéria gram positiva · Não produz esporos · Temperatura ótima: 20°C/30°C até 40°C (mesófilos) · Alimento salgados (7,1 a 10%) – halotolerânte · pH ideal: 6,5 a 7 · Resistente ao pH baixo: 5 · Não tem resistência térmica – inativação 65°C a 100°C) · Toxina termoestável · Coagulase positiva (maioria) e negativa · Faz parte da microbiota humana e animal · Associada a infecção hospitalar · Há espécies resistentes a antibioticoterapia · Produção de cápsula: facilita adesão das células na superfície forma biofilme · Relacionada a manipulação incorreta de alimentos Alimentos acometidos · Todos alimentos manipulados são sujeitos de contaminação; comum em presuntos e outras carnes com sal · Não apresenta sinal aparente de contaminação no alimento Período de incubação: 2h a 3h – a partir de 1h Sintomas · Vômitos em jatos, diarreia, sem febre (não tem infecção) · Surto alimentar: doença autolimitante, não está associadaa morte · Síndrome: intoxicação estafilococica – tipos toxinas: B, C1, C2, C3, D, E, G, H, I · A: mais patogênica, mais comum · Mecanismo de ação toxina: estímulo do nervo vago · Autolimitada: duração de 24 a 48h Bacillus cereus · Diarreico: toxinfecção alimentar · Emético: intoxicação alimentar Características do agente · Bactéria gam positiva · 2 tipos: emético (termoestável) e diarreico (termolábel) · Aeróbico facultativo · Produz esporos de elevada resistência térmica (100°C por 15 min) · Células mesofílicas e termofílicas · Reservatórios: solo e água · Surtos nos alimentos orientais, como o arroz (Mal da comida oriental) Síndrome diarreica · Toxina LT: fase log baixa resistência térmica (55°C por 15 min) · Ingestão do alimento com célula vegetativa que libera toxina no trato gastrointestinal Alimentos acometidos: arroz, alimento submetidos a tratamento térmico Período de incubação: 8h a 16h Sintomas: diarreia com perda de muita água e dores abdominais, afeta enterócitos (sem disenteria) Síndrome emética · Toxina ST: fase de esporulação (estacionaria) resistência térmica maior (126°C por 90 min) · Ingestão alimento com toxina Alimentos acometidos: cereais, alimentos desidratados, leite em pó Período de incubação: 1h a 3h Sintomas: vômito em jato e náuseas – afeta nervo vago S. aureus X B. cereus = diferença tipo de alimento Salmonella spp · Toxinfecção alimentar (TGI aves) · Salmonella tiphy: infecção alimentar (febre tifoide) Características do agente · Bastonete gram negativa · 3 síndromes: febre tifoide, febre paratifoide, salmonelose · Anaeróbio facultativo · Não produz esporos · Mesofílica: 20°C a 40°C – ótima 35°C a 37°C · pH ótimo: 4,5 a 9 · Inativação: > 66,6°C mínimo 15 min · Resistência a temperatura de refrigeração e congelamento · Homem: hospedeiro definitivo · Membrana externa – síntese de Ag · Homem: diversos sorovares · Aves: Salmonella gallinarum (disenteria) e Salmonella puttorum · Suínos: Salmonella cholera suis · Acomete répteis, aves silvestres, equídeos, cães, gatos Salmonella enterites (aves) · Toxifecção · Gastroenterite mais severa · Coloniza o ovário, ficando protegida no interior no ovo · pH gema ovo: 6,5 a 8 · 10 cepas (células) já causam doença Alimentos acometidos · Todos produtos de origem animal · Carnes mecanicamente separadas (CMS) – Resolução n° 4/2000 · CMS aves, bovinos, suínos com Salmonella: tratamento térmico no produto (massa cozida) · Produtos com alto teor de umidade e proteínas Transmissão: entre o homem e os animais pelas fezes, água e alimentos contaminados Período de incubação: 8h a 72h Sintomas · Febre moderada a elevada, diarreia, pode ter perda de sangue e muco, dores abdominais, náusea, vômito Febre tifoide e paratifoide · Até 4 semanas · Febre alta, convulsões Fisiopatogenia · Endotoxinas: presente em macrófago e neutrófilos; lisa células, chegando a corrente sanguínea e linfática, vai para o fígado, baço, vesícula biliar (septicemia), afeta hematopoiese Tratamento de suporte · Febre tifoide e paratifoide: antibiótico até 8 semanas · Portador assintomático Controle nas granjas · Coleta de material – swab de ovos, aves de um dia, cloaca, traqueia, coleta do mecônio (1° fezes) · IN 70/MAPA – controle de Salmonella sp nas granjas comerciais de aves · Análise: 25 g ou 25 ml do produto; qualitativo Prevenção em matadouros de aves · Controle de pragas · Utilização de telas · BPF, APPCC · Probióticos na dieta dos animais de produção · Higiene dos manipuladores · Abate lote positivo ao final da matança · Controle de fezes na carcaça Shigella spp · Infecção alimentar · Shigella dysenteriae (mais patogênica) · Shigella flexheri Características do agente · Bacilo gram negativa · Anaeróbico facultativo · Temperatura: 6,1°C a 47°C (sobrevivem até -20°C – mesofílica · pH ótimo: 6 a 8 · Suporta pH 4,9 a 9,3, não resiste abaixo de 4,5 · Destruição acima de 65°C ou pasteurização · Não afetado por redução de Aw · Disenteria bacilar · Tem flagelo · Produz enterotoxina · Reservatório: homem e primatas não humanos · Encontrada em água poluídas com fezes humanas · Frequente em países desenvolvidos · Enteroinvasora – semelhante a EIEC · Manipulação Alimentos envolvidos: arroz cozido, hambúrguer, galinha, peixes e frutos do mar Transmissão: alimentos contaminados com matéria fecal humana Período de incubação: 12h a 4 dias, podendo iniciar até 7 h após ingestão do alimento Sintomas · Diarreia, eventual disenteria · Febre, inflamação da parede intestinal · Muco, pus ou sangue nas fezes (forma grave) · Dore abdominais, cólicas, febre e vômito · Tenesmo · Complicações neurológicas e síndromes de insuficiência renal em crianças Escherichia coli · Enterohemorrágica (EHEC), enteropatogênica (EPEC), enteroinvasiva (EIEC): infecção alimentar · Enterotoxigênica (ETEC): toxinfecção alimentar Características do agente · Enterobactéria gram negativa · Aeróbico · Não forma esporos · Temperatura ótima: 36°C (7 a 46°C), mesófilo · pH: próximo o neutro · Mais de mil tipos antigênicos · Aw mínima: 0,95 · Não apresenta termorresistência · Sorotipos definidos com base nos antígenos somáticos (O), flagelares (H) e capsulares (K) · Quatro classes virulentas: EPEC, ETEC, EIEC, EHEC · Destruídas por desinfectantes clorados e radiação gama · Reservatório: comensal o intestino dos animais e do homem · EHEC sorotipo O157:H7 verotoxigênica é de grande importância para a saúde pública Transmissão: alimentos de origem animal e vegetal contaminados e água não tratada Período de incubação · EHEC: 4 dias, pode variar de 3 a 9 dias · EPEC: 36h, pode variar de 17 a 72h · ETEC: 8 a 44h, média 26h · EIEC: 11h, pode variar 8 a 24h Sintomas EHEC · Colite hemorrágica · Diarreia sanguinolenta profusa · Dor abdominal intensa e vômitos na ausência de quadro febril · Síndrome urêmica-hemolítica (SUH): pródomos com diarreia sanguinolenta, nefropatia aguda, convulsões, coma e morte · Púrpura trombocitopênica trombótica: similar à SUH, caracterizando-se por febre e alterações no SNC EPEC · Diarreia aquosa com muco, náuseas, dores abdominais, vômitos, cefaleia, febre e arrepios EIEC · Diarreia profusa ou disenteria, cólicas abdominais, arrepios, febre, cefaleia e mialgia, muco e vestígios de sangue nas fezes ETEC · Diarreia aquosa, febrícola, cólicas abdominais, mal-estar e náuseas · Quadros agudos: desidratação Vibrio spp · Toxifecção alimentar · Vibrio cholerae (cólera) · Vibrio parahaemolyticus (hemólise, pode ter sangue) · Vibrio vulnificus (pescados) Características do agente · Bacilos gram negativos · Anaeróbicos facultativos · Mesofílico (V. cholerae): 35°C a 37°C (alguns são psicrotróficos, até 20°C) · pH: superior a 7 · Halotoletante: Vibrio cholerae · Halofílico (gosta de sal): Vibrio parahaemolyticus e Vibrio vulnificus · Extremamente sensíveis a temperatura de cocção · Produção de citotoxinas · Reservatórios: ambiente aquático, principalmente marinho; solo e água de dois rios de Índia (V. cholerae) · Doença estritamente humana · Pandemia (em todo o mundo) · Brasil: áreas endêmicas (fronteiras) Alimentos acometidos · Vibrio cholerae: moluscos, algumas epidemias origem água contaminada com despejo · Vibrio parahaemolyticus: camarões e carangueijos, e também isolado em peixes · Vibrio vulnificus: crustáceos e moluscos Período de incubação · Vibrio cholerae: 48h · Vibrio parahaemolyticus: 24h · Vibrio vulnificus: 38h, limite entre 12h e vários dias Sintomas · Pode causar morte – diarreia muito forte, desidratação, choque hipovolêmico, hipotensão – parada respiratória e cardíaca · Pescadores: pequenas lesões na epiderme, causa necrose, raramente no enterócito Brucella spp · Infecção alimentar · Brucella abortus · Brucella melitensus · Brucella suis · Brucella canis · Brucella neotomae Características do agente · Cocos-bacilos gram negativos · Aeróbios · Temperatura ótima: 37°C (20-40°C) – mesófilos · pH: 5,8 a 8,7 (ótimo 6,6 a 7,4 · Intracelular obrigatório (fígado) Alimentos acometidos: leite em pó,leite e derivaos não pasteurizado Transmissão: ingestão de produtos lácteos contaminados Período de incubação: 1 a 3 semanas, podendo prolongar por vários meses Sintomas · Calafrios, suores intensos, elevação da temperatura, febre contínua, intermitente ou irregular · Insônia, impotência sexual, constipação, anorexia, cefaleia, artralgia e dores generalizadas Yersinia enterocolitica · Infecção alimentar Características do agente · Bacilos gramm negativos · Anaeróbico facultativo · Temperatura: -1,3°C e 42°C (25°C a 37°C) – psicrotróficos · pH ótimo: 7,2 · suporta pH até 4,2; >9,2 sem multiplicação · Sensível à irradiação e cocção · Alimentos acometidos: carne suína contamina, carne de boi, carneiro, pescados, leite e água Reservatórios · Intestino de várias espécies animais · Animais destinados ao abate, de estimação, silvestres, aves, repteis, pescados · Frutas e vegetais, além de solo e água Transmissão · Via oral-fecal, contato animal/humano · Ingestão de alimentos e água, transfusão de sangue Período de incubação: 24 a 48h, pode variar de 1 a 11 dias Sintomas · Dores abdominais, febre e diarreia · Dor de garganta, fezes sanguinolentas, erupções cutâneas, náuseas, cefaleia, mal-estar, dores articulares e vômitos Campylobacter · Infecção alimentar · Campylobacter jejuni (95% das infecções) · Campylobacter coli (<5% das infecções) Características do agente · Bacilos gram negativos · Exigem baixa tensão de oxigênio · Não esporulados · Temperatura ótima: 42 a 43°C (mín 32°C, máx 45°C) – mesófilas · Sensíveis ao pH ácido (<4,9) e á desidratação · Aw ideal: 0,997 · Não se multiplicam abaixo de 28°C · Cocção e pasteurização destroem · Reservatórios: C. jejuni comensal do TGI de animais silvestre e domésticos, principalmente ovinos, caprinos, suínos e aves Alimentos envolvidos: leite cru ou insuficientemente pasteurizado e derivados, comum em alimentos congelados, carne de aves, carne vermelha (hambúrguer), gemas de ovos, água não clorada Transmissão · Contato direto com animais infectados · Indireto por alimentos contaminados · Contato sexual ia anal-oral Período de incubação: 2 a 5 dias, pode levar até 10 dias Sintomas · Febre, cefaleia, mal-estar, dores musculares, diarreia aquosa ou mucosa, podendo conter sangue, cólicas e vômitos · C. jejuni: relacionada a síndrome de Guillian-Barré · A longo prazo: casos de apendicite, pancreatite, edema de cólon e colecistite e artrite