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FACULDADE EVOLUÇÃO ALTO OESTE POTIGUAR
CURSO DE ENFERMAGEM
SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA DA ENFERMAGEM I
Aula 10 – Administração de medicamentos II
Administração por via EV e soroterapia
Prof. Migna Jucy
mignajucyviursap@gmail.com
1
Objetivos de Aprendizagem
Conhecer os princípios teóricos da administração de medicamentos via EV
Preparar e administrar medicamento via EV
Identificar os principais cuidados de enfermagem na prática de administração de medicamentos via EV
Terapia Intravenosa
Conjunto	de	conhecimentos	e	técnicas	que	visam	à	administração	de soluções ou fármacos no sistema circulatório. Abrange:
Preparo do paciente;
Escolha, obtenção e manutenção do acesso venoso;
Métodos de preparo e administração de drogas e soluções;
Cuidados referente à freqüência de troca do cateter, curativos, dispositivos de infusão e soluções.
Punção venosa periférica
É a criação de um acesso venoso periférico a fim de administrar soluções ou medicamentos diretamente na corrente sanguínea, para se obter uma ação imediata do medicamento. Necessita dos profissionais que realizam essa prática conhecimentos clínicos específicos e expertise técnica para sua realização.
Vias de acesso
Vias de acesso venoso
Periférico
Central
Longa duração
Curta duração
Punção venosa periférica
Ocorrem em 80% dos pacientes hospitalizados
81% das punções venosas periféricas são realizadas pela equipe de enfermagem
Ocupam 71% do tempo de trabalho da enfermagem
Indicação do acesso venoso
Hidratação
Transfusão
Nutrição parenteral
Quimioterapia
Hemodiálise
Meios de exames em geral (coleta de sangue para exames)
Tipos de infusão
De acordo com FakiH (2000) essas infusões podem ser em:
Bolus: é a administração intravenosa realizada em tempo menor ou igual a 1 minuto. Geralmente através de seringa.
Infusão rápida: é a administração intravenosa realizada entre 1 e 30 minutos. Algumas podem ser realizadas com seringa, porém para infusões em tempo superior a 10 minutos recomenda-se a utilização de bureta.
Infusão lenta: é a administração intravenosa realizada entre 30 e 60 minutos.
Infusão contínua: é a administração realizada em tempo superior a 60minutos,
ininterruptamente.
Administração Intermitente: não contínua, por exemplo de 6 em 6 horas. Para este tipo de terapia é importante a preocupação com a manutenção da permeabilidade do cateter que permanecerá com dispositivo tipo tampinha nos intervalos da medicação.
Tipos de material de cateter periférico
Teflon-Politetrafluoreto- retorna a posição original.
Polímero	rígido,	uma	vez	dobrado	não
Vialon (Poliuretano)- Permanecem mais tempo na veia; a superfície lisa do poliuretano minimiza a adesão bacteriana, a formação de biofilme e, consequentemente, de infecções na corrente sanguínea relacionada ao uso do cateter
Técnica de passagem de punção venosa periférica
1.	Checar a prescrição medica
É necessário uma prescrição médica para iniciar uma Terapia IntraVenosa (TIV)
A prescrição deve ser clara, concisa e legível
Todas as soluções intravenosas devem ser checadas com relação a prescrição médica
2. Lavar as mãos
Técnica de passagem de punção venosa periférica
3. Preparar o material
Técnica de passagem de punção venosa periférica
4. Avaliar o paciente e preparar para o procedimento
Propiciar a privacidade ao paciente
Explicar o procedimento para reduzir a ansiedade
Orientar o paciente em relação aos objetivos da TIV e sobre quais são suas limitações
Técnica de passagem de punção venosa periférica
5. Selecionar o local
De acordo com a terapêutica prescrita, considerando o tipo de solução, condição da veia, duração da terapia, calibre do cateter, idade do paciente, suas preferências e nível de atividade, presença de doenças e cirurgias prévias, fístulas.
Evitar: 
pés de adulto, principalmente os deambulantes
Dobras dos braços
Técnica de passagem de punção venosa periférica
Seleção da veia
O	local	escolhido	não	deve	interferir	com	a	mobilidade.	Assim,	a	fossa antecubital deve ser evitada, exceto como último recurso.
Recomenda-se utilizar primeiro os locais mais distais do braço ou da mão, para que as punções possam ser movidas, progressivamente para cima.
Técnica de passagem de punção venosa periférica
Locais mais utilizados para a punção
	Região	dos	MMSS	-	Braço	(cefálica	e	
	basílica),	antebraço	(cefálica,	cefálica
	acessória,	basílica,	intermediária	do
	antebraço)		
Região da mão
Basilica
Cubital medial
Cefálica acessória
1. Selecionar a veia
Evitar veias lesadas, avermelhadas, veias próximas a áreas previamente infectadas, região de articulação, veia muito pequena para o tamanho do cateter. Se houver necessidade de tricotomia utilizar tricotomizador elétrico ou tesoura.
Técnica de passagem de punção venosa periférica
2. Aplicando o garrote ou torniquete
A finalidade do garrote é dilatar a veia. Pedir para o paciente abrir e fechar a mão ou baixar o membro.
Aplicar o garrote 15 a 20 cm acima do local da punção venosa. Observar se o garrote não está beliscando a pele do paciente.
Cuidado com o uso do mesmo garrote em mais de um paciente. Facilita a infecção cruzada.
Técnica de passagem de punção venosa periférica
3. Calçar as luvas e realizar a antissepsia da pele
As luvas devem ser calçadas antes da punção venosa e mantidas até que o risco de exposição ao sangue tenha sido eliminado.
Alcool	a	70%	ou	com	clorexidina	alcoolica	0,5%,	com	movimentos circulares e em espiral. Deixe secar.
Apenas uma aplicação é suficiente
Não encoste depois que a pele estiver limpa.
Técnica de passagem de punção venosa periférica
4. Punção
Cheque se a iluminação está adequada
Antes de puncionar, puxe a pele para abaixo do local de inserção (com a mão não dominante) com o objetivo de fixar a pele e evitar que a veia se mova. Com a mão dominante segurar a agulha.
Ângulo de punção 15° a 30°
Bisel para cima
Técnica de passagem de punção venosa periférica
Lavar as mãos
Aplicar o torniquete
Antissepsia da pele
Punção da veia
1
Passo a passo
2
3
4
5
6
Fixação com a data, hora e profissional que a punção
Técnica com scalp
1
3
4
5
6
Equipos de infusão
6.Descartar dispositivos
Desprezar todos os papéis e dispositivos de plástico, além do material perfurocortante, em local apropriado de acordo com as orientações do Programa de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde (PGRSS).
7. Orientar o paciente
Sobre limitações de movimento ou mobilidade, e a solicitar assistência se o local de punção venosa tornar-se dolorido ou sensível, apresentar hiperemia ou edema.
8. Calcular a velocidade de infusão
De acordo com prescrição médica e características do medicamento e do paciente.
Técnica de passagem de punção venosa periférica
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO
Se o tempo prescrito for dado em horas:
Se for usado equipo de microgotas:
Microgotas/min =
Onde:	V é volume em ml
T é o tempo em horas
Se for usado equipo de macrogotas:
Macrogotas/min =
Onde:	V é volume em ml
T é o tempo em horas
V T
V
T x 3
Exemplo:
Foram prescritos 500 ml de SF 0,9% para correr em 6 horas. Vamos calcular em micro e macrogotas o gotejamento deste soro. O resultado vai sempre ser gotas ou microgotas/ min
Exemplo:
Foram prescritos 500 ml de SF 0,9% para correr em 6 horas. Vamos calcular em micro e macrogotas o gotejamento deste soro. O resultado vai sempre ser gotas ou microgotas/ min
Microgotas
Qual é o meu volume? 500 ml
Qual é o tempo prescrito? 6 horas  Escolher a fórmula  Microgotas:
V T
=
500	~
6	=
=	83,3333	83 microgotas/ min
 500(volume)/6 (horas) = 83,3333, então foram prescritos: 83 microgotas/min
Macrogotas
Qual é o volume? 500 ml
Qual é o tempo prescrito? 6 horas  Escolher a fórmula  Macrogotas:
V
Tx3
=
500
6x3
=
500	~
18
=
27,7777	28 gotas/ min
Se o tempo prescrito for dado em minutos:
Se for usado equipo de microgotas:
Microgotas/min =
Onde:	V é volume em ml
T é o tempo em minutos
Se for usado equipo de macrogotas:
Macrogotas/min =
Onde:V é volume em ml
T é o tempo em minutos
V x 60 T
V x 20 T
Calculo de reconstituição
Quando é prescrito um medicamento sólido, ou seja, em pó, é preciso reconstituir antes de administrar.
Na clínica podemos ter vários medicamentos que estão em pó e teremos que diluir no próprio solvente que vem junto com o medicamento ou água destilada (AD), OU SF 0,9%, etc.
Exemplo:
Foi prescrito 250 mg de cefalexina. Temos na clínica ampolas de 500 mg.
Passo 1: Inicialmente nós vamos diluir esse medicamento em um solvente. Neste caso vou usar uma ampola de 10 ml de AD.
Passo 2: Se 500 mg (é o que tem na minha ampola na clínica) foram reconstituídos em 10 ml de AD, então quer dizer que nessa solução que temos 500 mg em 10 ml, certo? Mas foram prescritos somente 250 mg, então, quanto dessa solução terei que utilizar?
	500 mg  10 ml 250 mg  X		Isso é uma regra de três: vou multiplicar em cruz. Ou seja, 500 x X será igual a 250 x 10.		
	500 x X = 250 x 10		500X = 2500		
	X = 2500
500			X = 5 ml	
					
Então: Terei que usar 5 ml da solução que foi preparada.
Passo 3: Se depois essa solução for correr em soro, é só acrescentar o volume achado no volume do soro e fazer o cálculo de gotejamento.
Por exemplo, o volume que achamos (5 ml), terá que ser administrado em 500 ml de SF 0,9 % para correr
em 4 horas com um equipo de microgotas, o volume total vai ser 505 ml, depois é só aplicar uma das fórmulas de gotejamento.
V T
=	505	=	126,25	~	126 microgotas/ min
4	=	 	
	Tabela de cálculo de medidas e conversões		
	1 mililitro	=	20 gotas
	20 gotas	=	60 microgotas
	1 gota	=	3 microgotas
	1 grama	=	1.000 miligramas (mg)
	1 litro	=	1.000 mililitros (ml)
	1 colher de sopa	=	15 mililitros (ml)
	1 colher de sobremesa	=	10 mililitros (ml)
	1 colher de chá	=	5 mililitros (ml)
	1 colher de café	=	3 mililitros (ml)
	Tempo e Peso		
	de	para	o que fazer?
	Minutos	Horas	Dividir por 60
	Horas	Minutos	Multiplicar por 60
	Gramas	Miligramas	Multiplicar por 1.000
	Miligramas	Gramas	Dividir por 1.000
	Líquidos		
	de	para	o que fazer?
	Microgotas	Gotas	Dividir por 3
	Gotas	Microgotas	Multiplicar por 3
	Microgotas	Mililitros	Dividir por 60
	Mililitros	Microgotas	Multiplicar por 60
	Gotas	Mililitros	Dividir por 20
	Mililitros	Gotas	Multiplicar por 20
Fracionamento de Doses
Exemplo 1: O médico prescreveu 1,5 mg de cloranfenicol. Mas o medicamento que existe na farmácia é de 1 ml, contendo 2 mg. Como proceder?
Exemplo 2: Foi prescrito 2,5 ml de xarope de tosse para um paciente da ala pediátrica. Isso corresponde a quantas colheres de chá?
Cálculo de Gotas por Minuto
Foi prescrito ao paciente João da Silva, Soro Glicosado – 500 ml a ser administrado no intervalo de 6 em 6 horas.
Cálculo de Microgotas por Minuto
Foi prescrito para a paciente Maria, uma solução de 240 ml para correr em 12 horas. Quantas microgotas por minuto deverão ser infundidas?
Documentar
Anotar no prontuário do paciente a terapia intravenosa instituída descrevendo data da punção venosa, localização, calibre e comprimento do cateter, número de tentativas de punção, bem como reações do paciente ao procedimento.
Lavar as mãos
Lavar as mãos com sabão e água antes da inserção do cateter, segundo recomendações da CCIH ou de protocolos institucionais.
Técnica de passagem de punção venosa periférica
Principais complicações da terapia intravenosa
Flebite – inflamação na veia. O paciente refere dor e o local fica sensível ao toque.
Sinais e sintomas: hiperemia, dor, local quente, edema, velocidade de infusão lenta e presença de cordão fibroso palpável no trajeto da veia
Principais complicações da terapia intravenosa
Tromboflebite – presença de trombose (formação de coágulos) associados à flebite.
Principais complicações da terapia intravenosa
Infiltração - derramamento de solução ou medicamento não vesicante do vaso para o tecido circunvizinho. Pode ocorrer pelo deslocamento do dispositivo EV fora da veia.
Principais complicações da terapia intravenosa
Extravasamento-	é	a	infiltração	de	medicamentos	ou	solução	vesicante (flictena e necrose local).
Principais complicações da terapia intravenosa
Obstrução – quando a infusão é interrompida por algum motivo, como retorno de sangue, clampeamento do equipo por muito tempo.
Bacteremia/fungemia – presença de bactérias/fungos no sangue, comprovadas por meio de hemocultura.
Sepse – resposta inflamatória sistêmica que pode ser atribuída a processo infeccioso. Os sintomas incluem: tremores, calafrios, fraqueza, náusea, vômito, T>=38°C ou <=36°, FR>=20.
Cuidados de enfermagem
finalidade		de	se		prevenir		as	iatrogenias comuns,	quais	sejam:	omissão	de
mais doses;
administração em concentração incorreta; aplicação em horários e vias impróprias; administração de medicamentos em pacientes trocados; ou ainda, administração errônea de fármacos.
.
Troca do cateter em pacientes adultos
Troca dos equipos de soro
Rótulos	de	soro,	faz-se	importante	que	esta	seja realizada corretamente e de forma completa com a
Cuidados de enfermagem
Realizar a troca diária do curativo (se necessário)
Realizar a desinfecção com álcool a 70%, cada vez que tiver acesso ao cateter venoso.
Remover qualquer cateter intravascular cuja a permanência não seja mais necessária.
Avaliar o ponto de inserção a cada plantão e anotar no prontuário. Qualquer sinal de infecção, remover e puncionar em outro local.
Cuidados de Enfermagem na prevenção de IH
Sobre cateter venoso periférico:
Deve ser utilizado um a cada tentativa de punção no mesmo paciente.
limitar no máximo a 2 tentativas de punção por profissional e no máximo , 4 no total.
Realizar o flushing antes de cada administração para prevenir a mistura de medicamentos incompatíveis e a cada infusão para garantir o funcionamento do cateter e prevenir complicações.
(ANVISA, 2017)
Troca de equipo e dispositivos complementares
Equipos	e	dispositivos	complementares	devem	ser	trocados sempre nas trocas dos cateteres venosos.
Equipos	de	infusão	contínua	não	devem	ser	trocados	em	intervalos inferiores a 96 horas.
Trocar equipos de administração intermitente a cada 24 horas.
Com relação a troca de equipos de Bomba de infusão deve ser feita de acordo com a recomendação do fabricante.
(ANVISA, 2017)
PRÁTICA DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO VIA IM
Luvas de procedimento 
Seringa de 3mL ou de 5mL 
Agua destilada 
Agulha para administração 30x7, 30x8 
Bolas de algodão e 
Álcool para assepsia 
PRÁTICA DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO VIA IV
Luvas de procedimento 
Garrote 
Algodão
Álcool 
Cateter agulhado/escalp. 
Cateter gelco
Esparadrapo ou micropore
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