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Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho Caderno de Questões Cálculo Diferencial e Integral IV Prof° Serginei Liberato e Prof.ª Sylvia Ferreira da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho Conteúdo 1 Equações Diferenciais Ordinárias de primeira Ordem 3 1.1 Classificação de equações diferenciais e aplicações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1.2 Teorema de Existência e Unicidade. EDO’s separáveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.3 Equações Homogêneas e Exatas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1.4 Equações Lineares, Equações de Bernoulli e Ricatti . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 1.5 Equações Autônomas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.6 Exercícios Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2 Equações Diferenciais Ordinárias de segunda Ordem 10 2.1 Classificação de equações diferenciais e aplicações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 2.2 Equações homogêneas com coeficientes constantes e generalizações . . . . . . . . . . . . . 12 2.3 Método de variação de parâmetros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Cálculo Diferencial e Integral IV 2 Profº Serginei Liberato e Profª. Sylvia Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho Caderno de exercícios para a disciplina de Cálculo 4 i) Este arquivo contém uma série de exercícios que estão separados por temase referem-se aos conteúdos que serão abordados na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I durante todo o semestre letivo. ii) É importante salientar que estes exercícios fazem parte de um material complementar às aulas, donde outros exercícios podem também ser apresentados durantes as mesmas. Além disso, é importante que o(a) aluno(a) não se limite a este material. iii) Com o decorrer do curso, este material poderá sofrer alterações e acréscimos. Sendo assim, é importante fazer o download de sua versão mais atualizada. As versões serão indicadas no nome do arquivo a ser disponibilizado no Sigaa. 1 Equações Diferenciais Ordinárias de primeira Ordem 1.1 Classificação de equações diferenciais e aplicações. 1. Classifique as equações diferenciais dizendo se elas são lineares ou não-lineares. Dê também a ordem de cada equação. (a) (1− x)y − 4xy′ + 5y = cosx; (b) yy′ + 2y = 1 + x2; (c) dy dx = √ 1 + ( d2y dx2 ) ; (d) d2r dt2 = − k r2 ; (e) x2dy + (y − xy − xex)dx = 0 (f) x d3y dx3 − 2 ( dy dx )4 + y = 0. 2. Verifique se a função dada é uma solução da equação diferencial. (a) y′′ − y = 0; y1(t) = et, y2(t) = cosh t; (b) ty′ − y = t2; y = 3t+ t2; (c) y′ + 4y = 32; y = 8; (d) dy dt + 20y = 24; y = 6 5 − 6 5 e−20t; (e) dy dx − 2y = e3x; y = e3x + 10e2x; (f) x2dy + 2xydx = 0; y = − 1 x2 ; (g) dP dt = P (a − bP ); P = ac1e at 1 + bc1eat , a, c1 cons- tantes. (h) dy dx + 4xy = 8x; yc = 2 + ce−2x2 3. Determine o valor de m para que y = xm seja uma solução para cada equação diferencial a seguir (a) x2y′′ − y = 0; (b) x2y′′ + 6xy′ + 4y = 0. 4. Determine o valor de m para os quais f(x) = emx seja uma solução a equação diferencial d3y dx3 − 3 d2y dx2 − 4 dy dx + 12y = 0 5. Mostre que x3 + 3xy2 = 1 é uma solução implícita da equação diferencial 2xy dy dx + x2 + y2 = 0 no intervalo I = [0, 1]. 6. Mostre que y = x lnx satisfaz a equação diferencial x dy dx = x + y mas não é uma solução explícita desta equação no intervalo I = [−1, 1]. Cálculo Diferencial e Integral IV 3 Profº Serginei Liberato e Profª. Sylvia Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho 7. Mostre que y1 = x2 e y2 = x3 são ambas soluções para x2y′′ − 4xy′ + 6y = 0 As funções c1y1 e c2y2, com c1, c2 constantes arbitrárias , são também soluções? A soma y1 + y2 é uma solução? 8. Qual é a equação diferencial para a velocidade v de um corpo de massa m em queda vertical através de um meio (tal como água) que oferece uma resistência proporcional ao quadrado da velocidade? Suponha que a direção positiva é para baixo. 9. A taxa de decaimento de uma substância radioativa é proporcional à quantidade A(t) de substância remanescente no instante t. Determine a equação diferencial para a quantidade A(t). 10. Em teoria da aprendizagem, a taxa à qual um assunto é memorizado é proporcional à quantidade ainda a ser memorizada. Se M denota a quantidade total a ser memorizada e A(t) a quantidade memorizada no instante t, encontre a equação diferencial para A(t). 11. No problema anterior, suponha que a quantidade de material esquecida é proporcional à quantidade memorizada no instante t. Qual é a equação diferencial para A quando o esquecimento é levado em conta? 12. Determine as curvas integrais das equações diferenciais: (a) dy dx = cosx (b) dy dx = sinhx 13. Determine a curva que passa pelo ponto (1, 1) no plano xy e que tem em todos os seus pontos a inclinação − y x . 1.2 Teorema de Existência e Unicidade. EDO’s separáveis. 1. Seja a equação diferencial y′ = (y−1) cosx e suponha que y é uma solução tal que y(1) = 1. Mostre que y(x) = 1, para todo t. 2. Determine uma região no plano xy para a qual a equação diferencial teria uma solução passando por um ponto (x0, y0) na região. (a) dy dx = y 2 3 ; (b) dy dx = √ xy; (c) x dy dx = y; (d) dy dx − y = x; (e) (1 + y3)y′ = x2; (f) (x2 + y2)y′ = y2; (g) (x2 + y2)y′ = y2. 3. Considere a equação diferencial dy dx = 1 + y2 (1) (a) Determine a região do plano xy tal que a equação tenha uma única solução passando por um ponto (x0, y0). (b) Formalmente, mostre que y = tanx satisfaz a equação diferencial e a condição inicial y(0) = 0. (c) Explique porque y = tanx não é uma solução para o problema de valor inicial (1), y(0) = 0 no intervalo (−2, 2). (d) Explique por que y = tanx é ma solução para o problema de valor inicial do item anterior no intervalo (−1, 1). Cálculo Diferencial e Integral IV 4 Profº Serginei Liberato e Profª. Sylvia Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho 4. Considere o PVI dy dx = xy1/2 y(0) = 0 (2) Mostre que y = 0 e y = 1 16x 4 são soluções. Será que isso contradiz o Teorema de Existência e Unicidade? 5. Verifique a unicidade ou não da solução dos seguintes PVI: (a) dy dx = y4 − x4 y(0) = 7 (b) dy dx = 3x− √ 3y − 1 y(2) = 1 6. Resolva a equação dada por separação de variáveis. (a) dy dx = sin 5x; (b) dx+ e3xdy = 0; (c) (x+ 1) dy dx = x+ 6; (d) xy′ = 4y (e) dy dx = y3 x2 ; (f) dx dy = x2y2 1 + x ; (g) dy dx = (x+ 1)2; (h) dx− x2dy = 0; (i) dy dx + 2xy = 0; (j) dy dx = y + 1 x ; (k) dS dr = kS; (l) sec2 xdy + cosec ydx = 0; (m) dy dx = sinx(cos 2y − cos2 y); (n) dN dt +N = Ntet+2; (o) sin 3xdx+ 2y cos3 3xdy = 0; (p) (y − yx2) dy dx = (y + 1)2; (q) 2 dy dx − 1 y = 2x y ; (r) y(4−x2)1/2dy = (4+y2)1/2dx. 7. Resolva a equação diferencial dada sujeita à condição inicial indicada. (a) (e−y + 1) sinxdx = (1 + cosx)dy, y(0) = 0; (b) (1 + x4)dy + x(1 + 4y2)dx = 0, y(1) = 0; (c) ydy = 4x(y2 + 1)1/2dx, y(0) = 1; (d) dy dt + ty = y, y(1) = 3; (e) dx dy = 4(x2 + 1), x (π 4 ) ; (f) dy dx = y2 − 1 x2 − 1 , y(2) = 2; (g) x2y′ = y − xy, y(−1) = −1. 8. Uma pequena mudança (perturbação) na condição inicial ou na própria equação, geralmente corres- ponde a uma mudança radical na solução para uma equação diferencial. Nos itens a seguir compare as soluções dos problemas de valor inicial dados. (a) dy dx = (y − 1)2, y(0) = 1; (b) dy dx = (y − 1)2, y(0) = 1, 01; (c) dy dx = (y − 1)2 + 0, 01, y(0) = 1; (d) dy dx = (y − 1)2 − 0, 01, y(0) = 1. 9. Uma equação diferencial da forma dy dx = f(ax + by + c), b ̸= 0, pode sempre ser reduzida a uma equação com variáveis separáveis por meio da substituição u = ax+by+c. Utilize estas propriedades(a) dx dy = (x+ y + 1)2; (b) dy dx = tan2(x+ y); (c) dy dx = 1− x− y x+ y ; (d) dy dx = sin(x+ y); (e) dy dx = 1 + ey−x+5. Cálculo Diferencial e Integral IV 5 Profº Serginei Liberato e Profª. Sylvia Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho 10. Suponha que o valor y foi investido numa conta de poupança na qual os juros são continuamente capitalizados numa taxa constante de 5.5% ao ano. A equação y′ = ky descreve a taxa de crescimento do montante investido, onde k é a taxa de juros. Se R$5000 foram inicialmente investidos, qual é o montante após 3 anos? 1.3 Equações Homogêneas e Exatas 1. Determine se a função dada é homogênea. Especifique o grau de homogeneidade, quando for o caso. (a) f(x, y) = x3 + 2xy2 − y4/x; (b) f(x, y) = x3y − x2y2 (x+ 8y)2 ; (c) f(x, y) = √ x+ y(4x+ 3y); (d) f(x, y) = x y2 + √ x4 + y4 ; (e) f(x, y) = cos x3 x+ y ; (f) f(x, y) = sin x x+ y ; (g) f(x, y) = lnx2 − 2 ln y; (h) f(x, y) = lnx3 ln y3 . 2. Resolva as equações diferenciais usando uma substituição apropriada. (a) (x− y)dx+ xdy = 0; (b) xdx+ (y − 2x)dy = 0; (c) (y2 + yx)dx− x2dy = 0; (d) dy dx = y − x y + x ; (e) (x+ y)dx+ xdy = 0; (f) ydx = 2(x+ y)dy; (g) (y2 + xy)dx+ x2dy = 0; (h) dy dx = x+ 3y 3x+ y ; (i) −ydx+ (x+ √ xy)dy = 0; (j) x dy dx − y = √ x2 + y2; (k) 2x2ydx = (3x3 + y3)dy; (l) (x2e−y/x + y2)dx = xydy. 3. Resolva as equações diferenciais a seguir sujeitas às condições iniciais indicadas. (a) xy2 dy dx = y3 − x3, y(1) = 2; (b) (x2 + 2y2)dx = xydy, y(−1) = 1; (c) 2x2 dy dx = 3xy + y2, y(1) = −2; (d) (x2 + 2y2)dx = xydy, y(−1) = 1; (e) (x+ √ xy) dy dx + x− y = x−1/2y3/2, y(1) = 1; (f) (√ x+ √ y )2 dx = xdy, y(1) = 0. 4. Suponha que M(x, y)dx+N(x, y)dx = 0 seja uma equação homogênea. Mostre que a substituição x = νy transforma a equação em uma com variáveis separáveis. 5. Suponha que M(x, y)dx+N(x, y)dy = 0 seja uma equação homogênea . Mostre que a substituição x = r cos θ, y = r sin θ leva a uma equação separável. 6. Suponha que M(x, y)dx+N(x, y)dy = 0 seja uma equação homogênea . Mostre que a equação pode ser escrita na forla alternativa dy/dx = G(x, y). 7. Seja f(x, y) uma função homogênea de grau n mostre que x ∂f ∂x + y ∂f ∂y = nf. (3) 8. Verifique se a equação dada é exata e em caso afirmativo, resolva-a. (a) (2x− 1)dx+ (3y + 7)dy = 0; (b) (sin y − y sinx)dx+ (cosx+ x cos y − y)dy = 0; Cálculo Diferencial e Integral IV 6 Profº Serginei Liberato e Profª. Sylvia Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (c) (2y2x− 3)dx+ (2yx2 + 4)dy; (d) ( 2y − 1 x + cos 3x ) dy dx + y x2 − 4x3 + 3y sin 3x = 0; (e) (x3 + y3)dx+ 3xy2dy = 0; (f) 2x y dx− x2 y2 dy = 0; (g) (y3 − y2 sinx− x)dx+ (3xy2 + 2y cosx)dy = 0; (h) (x3 + y3)dx+ 3xy2dy = 0; (i) (x2y3 − 1 1 + 9x2 ) dx dy + x3y2. 9. Encontre o valor de k para que a equação diferencial dada seja exata (a) (y3 + kxy4 − 2x)dx+ (3xy2 + 20x2y3)dy = 0; (b) (2x− y sinxy + ky4)dx− (20xy3 + x sinxy)dy; (c) (2xy2 + yex)dx+ (2x2y + kex − 1)dy = 0 (d) (6xy3 + cos y)dx+ (kx2y2 − x sin y)dy = 0. 10. Determine uma função M(x, y) para que a equação diferencial seja exata M(x, y)dx+ ( xexy + 2xy + 1 x ) dy = 0 (4) 11. Determine uma função N(x, y) para que a seguinte equação diferencial seja exata.( y1/2x−1/2 + x x2 + y ) dx+N(x, y)dy = 0 12. Demonstre o Critério para uma Diferncial Exata a seguir: Sejam M(x, y) e N(x, y) funções contínuas com derivadas parciais contínuas em uma região retan- gular R do plano definida por a < x < b, c < y < d. Então, uma condição necessária e suficiente para que M(x, y)dx+N(x, y)dy (5) seja uma diferencial exata é : ∂M ∂y = ∂N ∂x (6) 1.4 Equações Lineares, Equações de Bernoulli e Ricatti 1. Resolva as EDOs e PVI’s lineares de primeira ordem: (a) y′(x) + 3y(x) = x+ e−2x (b) y′(x)− 2y(x) = x2 + e2x (c) dy dt + 1 t · y(t) = 3 cos(2t), t > 0 (d) (1 + x2)2y′(x) + 4xy(x) = (1 + x2)−2 (e) t · dy dt + 2y(t) = sin t, t > 0 (f) 2y′(t) + y(t) = 3t2 (g) ty′(t) + (t+ 1)y(t) = t, y(ln 2) = 1, t > 0 (h) t · dy dx + 2y(x) = 4x2, y(1) = 2, x > 0 2. A equação y′ + p(x)y + q(x)y2 = f(x) é conhecida como equação de Ricatti. (a) Mostre que se y1(x) e y2(x) são soluções da equação de Ricatti, então a função z(x) = y2(x)− y1(x) é solução da equação de Bernoulli z′ + (p+ 2y2q)z − qz2 = 0. Cálculo Diferencial e Integral IV 7 Profº Serginei Liberato e Profª. Sylvia Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (b) Sabendo que y(x) = x é uma solução de Ricatti y′ + x3y − x2y2 = 1, determine as demais soluções. (c) Sabendo que y(x) = x2 é uma solução de Ricatti y′ = y2 + 2x − x4, determine as demais soluções. 3. Resolva as equações de Bernoulli e Ricatti: (a) dy dx + 1 xy = xy2 (b) dy dx = 2x2 + 1 xy − 2y2, y1(x) = x (c) t2 · dy dt − 2ty = 3y4; y(1) = 1 2 (d) dy dx = − 4 x2 − 1 xy + y2, y1(x) = 2 x (e) y′ + 1 xy = (cosx)y−2, y(1) = 1 (f) y′ + x3y − x2y2 = 1, y(x) = x 4. A equação diferencial da forma y = xy′ + f(y′) é conhecida como Equação de Clairaut. (a) Mostre que uma solução para a Equação de Clairaut é da forma y = cx+f(c), em que c é uma constante arbitrária. (b) Resolva a EDO y = xy′ + 1 2 · (y′)2. 1.5 Equações Autônomas Definição: As equações autônomas são equações da forma dy dx = f(y) Vamos supor que f(y) seja derivável com derivada contínua no intervalo de estudo. Sejam y1, · · · , yk zeros da função f(y). Os pontos yi são chamados pontos críticos ou de equilíbrio da equação dy dx = f(y) e as soluções y(t) = yi são chamadas soluções de equilíbrio ou estacionárias da equação. Um ponto de equilíbrio yi é chamado estável se para y(t0) um pouco diferente de yi , y(t) se aproxima de yi , quando t cresce. Um ponto de equilíbrio yi é chamado instável se para y(t0) um pouco diferente de yi , y(t) se afasta de yi , quando t cresce. 1. Em cada item a seguir, esboce o gráfico de f(y) em função de y, determine os pontos críticos ( de equilíbrio) e classifique cada um como assintoticamente estável, instável ou semiestável. Desenhe a reta de fase e esboce diversos gráficos de soluções no plano ty. (a) dy dt = y2(y2 − 1), −∞ < y0 < ∞; (b) dy dt = y(1− y2), −∞ < y0 < ∞; (c) dy dt = y2(4− y2), −∞ < y0 < ∞; (d) dy dt = y2(1− y)2, −∞ < y0 < ∞. 2. Suponha que determinada população obdece à equação logística dy dt = ry [ 1− y K ] . (a) Se y0 = K 3 , encontre o intante τ no qual a população inicial dobrou. Encontre o valor de τ correspondente a r = 0, 025 por ano. (b) Se y0 K = α, encontre o instante T no qual y(T )/K = β, em que 0 < α, β < 1. Note que T → ∞ quando α → 0 ou β → 1. Encontre o valor de T para r = 0, 025 por ano, α = 0, 1 e β = 0, 9. 3. Uma outra equação utilizada para modelar o crescimento populacional é a equação de Gompertz dy dt = ry ln ( K y ) , (7) (a) Esboce o gráfico de f(y) em função de y, encontre os pontos críticos e determine se cada um deles é assintoticamente estável ou instável. Cálculo Diferencial e Integral IV 8 Profº Serginei Liberato e Profª. Sylvia Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (b) Para 0 ≤ y ≤ K, determine os intervalos em que o gráfico de y em função de t é convexo e onde é côncavo. (c) Para cada y tal que 0 < y ≤ K, mostre que dy dt , como dado pela equação de Gompertz, nunca é menor do que dy dt , como dado pela equação logística. 4. O trabalho de Daniel Bernoulli, em 1760, tinha como objetivo avaliar o quão efetivo estava sendo um programa controverso de inoculação contra a varíola, que era um grande problema de saúde pública na época.Seu modelo aplica-se igualmente bem para qualquer outra doença que, uma vez adquirida, se o paciente sobreviver, ganha imunidade para o resto da vida- também conhecido como "O que não te mata, te deixa mais forte". Considere o conjunto de indivíduos nascidos em um dado ano (t = 0) e seja n(t) o número destes indivíduosque sobrevivem t anos depois. Seja x(t) o número de elementos deste conjunto que ainda não tiveram varíola até o ano t e que são, portanto, suscetíveis. Seja β a taxa segundo a qual indivíduos suscetíveis contraem varíola e seja ν a taxa segundo a qual pessoas que contraem varíola morrem da doença. Finalmente, seja µ(t) a taxa de morte por qualquer outro motivo diferente da varíola. Então, dx dt , a taxa segundo a qual o número de indivíduos suscetíveis varia, é dada por dx dt = −(β + µ(t))x. (8) O primeiro termo na expressão à direita da igualdade na equação (8) é a taxa segundo a qual os indivíduos suscetíveis contraem a doença, e o segundo termo é a taxa segundo a qual eles morrem de outras causas. Temos também que dn dt = −νβx− µ(t)n, (9) em que dn/dt é a taxa de mortalidade do conjunto inteiro, e os dois termos à direta do sinal de igualdade em (9)são as taxas de mortalidade em consequência da varíola e de outras causas, respectivamente. (a) Seja z = x/n, mostre que z satisfaz o problema de valor inicial dz dt = −βz(1− νz), z(0) = 1. (10) (b) Encontre z(t) resolvendo a equação (10). (c) Bernoulli estimou que ν = β = 1/8. Usando estes valores, determine a proporcção de indivíduos com 20 anos que ainda não tiveram varíola. 1.6 Exercícios Gerais 1. Resolva as EDOs e/ou PVI’s: (a) dy dx = 2x √ y − 1 R.: y(x) = 1 + ( x2+C 2 )2 (b) dy dx − 3y = e2x, y(0) = 3 R.: y(x) = 4e3x − e2x (c) dy dx = (x+ y + 3)2, y(0) = −3 R.: y(x) = tanx− x− 3 (d) 2xyy′ = 4x2 + 3y2 R.: y2 = Cx3 − 4x2 (e) x2y′ + 2xy = 5y3 R.: y2 = x 2+Cx5 (f) (6xy − y3) + (4y + 3x2 − 3xy2) dydx = 0 R.: 3x2y − xy3 + 2y2 = C (g) (y2 cosx)dx+ (4 + 5y sinx)dy = 0 R.: y5 sinx+ y4 = C (h) y′ = y2−1 2 R.: ln ∣∣∣y−1 y+1 ∣∣∣ = Kex Cálculo Diferencial e Integral IV 9 Profº Serginei Liberato e Profª. Sylvia Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (i) (x+ y)dx+ x lnxdy = 0 R.: x+ y lnx+ C = 0 (j) x(1− 2y) dydx = y(−2 + x) R.: ln |y| − 2y = −2 ln |x|+ x+ C (k) dy dx = x−y x−y2 R.: x2 2 − xy + y3 3 = C (l) x cos ydy = (x+ 1) sin ydx R.: y = arcsin(x+Kex) (m) ( 2xy + x2y + y3 3 ) + (x2 + y2)y′ = 0 R.: x2yex + 1 3y 3ex = C (n) y′ + y x = −xy2 R.: 1 y = x(x+ C) (o) (2x− y + 4)dy + (x− 2y + 5)dx = 0, y(0) = 2 R.: x− y + 3 = (x+ y − 1)3 2. Determine a solução contínua do PVI{ y′(x) + 2y(x) = f(x), y(0) = 0, onde a função f(x) é dada por f(x) = 0, se x < 1 e−x, se 1 ≤ x ≤ 2 0, se x > 2 R.: y(x) = 0, se x < 1 e−x − e1−2x, se 1 ≤ x ≤ 2 e2−2x − e1−2x, se x > 2 3. Resolva a EDO dy dx + 1 x · y(x) = h(x), onde h(x) = { x, se 1 ≤ x ≤ 2 0, se x > 2 satisfazendo a condição y(1) = 2. R.: h(x) = { 1 3 ( x2 + 5 x ) , se 1 ≤ x ≤ 2 13 3x , se x > 2 4. Considere a EDO que descreve o movimento de queda de um corpo de massa m sujeito a uma força proporcional ao quadrado da velocidade m dv dt = mg − kv2 onde k é uma constante positiva, representando o termo de resistência do ar e g é a aceleração da gravitacional local. Sendo v(0) = 0, obtenha a velocidade limite de queda do corpo. R.: vlim = lim t→∞ v = √ mg k 5. Mostre que toda a solução da EDO y′ + ay = be−cx, onde a e c são constantes positivas e b é um número real qualquer, tende a zero quando x vai para o infinito. 2 Equações Diferenciais Ordinárias de segunda Ordem 2.1 Classificação de equações diferenciais e aplicações. 1. Determine o intervalo de maior amplitude dentro do qual o problema de valor inicial proposto tem uma única solução (Não é necessário determinar tal solução) (a) xy′′ + 3y = x, y(1) = 1 e y′(1) = 0 Cálculo Diferencial e Integral IV 10 Profº Serginei Liberato e Profª. Sylvia Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (b) (x− 3)y′′ + xy′ + (ln |x|)y = 0, y(1) = 0 e y′(1) = 1 (c) x(x− 4) · d2y dx2 + 5x · dy dx + 4y = 3, y(3) = 0 e y′(3) = −1 (d) (x− 1) · d2y dx2 − 3x · dy dx + 4y = sinx, y(−2) = 2 e y′(−2) = 1 2. Mostre que W [y1, y2](x) = e ∫ p(x)dx ̸= 0 para todo x ∈ R, ou seja, y1(x) e y2(x) são LI. Este resultado mostra que se y1(x) é solução da EDO y′′ + p(x)y′ + q(x)y = 0 e tivermos y2(x) = y1(x) · ∫ e− ∫ p(x)dx (y1(x))2 dx então y(x) = c1y1(x) + c2y2(x) é solução geral da EDO. 3. Mostre que se y1(x) e y2(x) são funções tal que W [y1, y2](x0) ̸= 0 (Wronskiano) para algum x0 ∈ I então y1(x) e y2(x) são L.I. em I. 4. As seguintes funções são linearmente independentes no intervalo dado? (a) x, lnx em 0 < x < 10 (b) eax, e−ax em qualquer intervalo (c) 3x2, 2xn em 0 < x < 1 (d) cos2 x, sin2 x em qualquer intervalo (e) x− 2, x+ 2 em −2 < x < 2 (f) 5 sinx cosx, 3 sin(2x) em x > 0 5. Sejam y1(x) = x2 e a EDO x2y′′ − 3xy′ + 4y = 0. (a) Mostre que y1(x) é uma solução da EDO. (b) Determine a solução geral da EDO no intervalo (0,∞). 6. Mostre que y1(x) = x3 é solução da equação diferencial 2x2 · d2y dx2 − x · dy dx − 9y = 0. Encontre uma função v(x) tal que y2(x) = v(x)y1(x) seja solução da equação dada. Prove que as duas soluções são soluções fundamentais. 7. Mostre que y1(x) = x−1, x > 0 é solução da equação diferencial x2y′′ +3xy′ + y = 0. Encontre uma função v(x) tal que y2(x) = v(x)y1(x) seja solução da equação dada. Prove que as duas soluções são soluções fundamentais. 8. (a) Determine qual ou quais das funções z1(x) = x2, z2(x) = x3, z3(x) = e−x são soluções da equação (x+ 3)y′′ + (x+ 2)y′ − y = 0. (b) Seja y1(x) uma das soluções obtidas no item anterior. Determine uma segunda solução y2(x) de forma que y1(x) e y2(x) sejam soluções fundamentais da equação. (c) Determine a solução geral da equação (x+ 3)y′′ + (x+ 2)y′ − y = 0 e obtenha a solução do PVI que tem como condições iniciais y(1) = 1 e y′(1) = 3. Justifique sua resposta. 9. Considere a EDO a · d2y dx2 + b · dy dx + cy = 0 com a, b.c ∈ R tais que b2 − 4ac = 0 e a ̸= 0. Mostre que: (a) y1(x) = e− b 2a x é solução da EDO. (b) y(x) = c1e rx + c2xe rx com r = − b 2a é a solução geral da EDO. 10. As equações de Euler são equações que podem ser escritas na forma x2y′′ + bxy′ + cy = 0 Mostre que existem valores constante r tais que y(x) = xr é uma solução da EDO anterior. Além disso mostre que y(x) = xr é solução da EDO se, e somente se, r2 + (b− 1)r + c = 0, esta equação é chamada equação indicial da EDO. Cálculo Diferencial e Integral IV 11 Profº Serginei Liberato e Profª. Sylvia Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho 11. Mostre que a equação indicial tem duas raízes reais distintas, r1 e r2 então y1(x) = xr1 e y2(x) = xr2 são soluções fundamentais de x2y′′ + bxy′ + cy = 0 e portnto y(x) = c1x r1 + c2x r2 é solução geral da EDO para x > 0. 2.2 Equações homogêneas com coeficientes constantes e generalizações 1. Calcule a solução geral das seguintes equações homogêneas de coeficientes constantes: (a) y′′ − 2y′ + y = 0 R.: y(x) = C1e x + C2xe x (b) y′′ + 3y′ + 2y = 0 R.: y(x) = C1e −x + C2e −2x (c) 4 d2y dx2 − 4 · dy dx − 3y = 0 R.: y(x) = C1e −x 2 + C2e 3x 2 (d) 2 · d2y dx2 − 3 · dy dx + y = 0 R.: y(x) = C1e x 2 + C2e x (e) d2y dx2 + 6 · dy dx + 13y = 0 R.: y(x) = C1e −3x cos(2x) + C2e −3x sin(2x) (f) y′′ + 5y′ = 0 R.: y(x) = C1 + C2e −5x (g) d2y dx2 + 2 · dy dx + 2y = 0 R.: y(x) = C1e −x cosx+ C2e −x sinx (h) 16y′′ + 24y′ + 9y = 0 R.: y(x) = C1e − 3x 4 + C2xe − 3x 4 (i) y′′ − y′ = −3 R.: y(x) = C1e x + C2 − 3 2. Determine a solução geral do problema de valor inicial dado: (a) y′′ + y′ − 2y = 2x, y(0) = 0, y′(0) = 1 R.: y(x) = ex − 1 2e −2x − x− 1 2 (b) d2y dx2 − 2 · dy dx + y = xex + 4, y(0) = 1, dydx(0) = 1 R.: y(x) = 4xex − 3ex + 1 6x 3ex + 4 (c) d2y dx2 − 2 · dy dx − 3y = 3xe2x, y(0) = 1, dydx(0) = 0 R.: y(x) = e3x + 2 3e −x − 2 3e 2x − xe2x (d) y′′ + 4y = x2 + 3ex, y(0) = 0, y′(0) = 2 R.: y(x) = 7 10 sin(2x)− 19 40 cos(2x) + 1 4x 2 − 1 8 + 3 5e x (e) y′′ + 2y′ + 5y = 4e−x cos(2x), y(0) = 1, y′(0) = 0 R.: y(x) = e−x cos(2x) + 1 2e −x sin(2x) + xe−x sin(2x) (f) y′′ − 2y′ + y = x, y(0) = 3, y′(0)= 1 R.: y(x) = e−x − xex + x+ 2 (g) y′′ + 4y′ = −2, y(π8 ) = 1 2 , y ′(π8 ) = 2 R.: y(x) = √ 2 sin(2x)− 1 2 3. Seja a equação diferencial x2y′′+αxy′+βy = 0, x > 0, onde α e β são constantes e (α− 1)2 ≤ 4β. Considere a mudança de variáveis x = ez. Resolva a EDO e determine uma solução para a EDO original (Esta equação é conhecida como equação de Euler). R.: y = x 1−α 2 (C1x ∆ + C2x ∆) onde ∆ = √( α−1 2 )2 − β 4. A EDO de Euler-Cauchy de ordem 2, que tem a forma geral x2 · d 2y dx2 + px · dy dx + qy = 0, para x > 0, onde p e q são constantes. Mostre que: Cálculo Diferencial e Integral IV 12 Profº Serginei Liberato e Profª. Sylvia Ferreira Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (a) y(x) = xr é solução da EDO de Euler-Cauchy e que as soluções satisfazem r(r−1)+pr+q = 0 com r1,2 = −p+ 1± √ (p− 1)2 − 4q 2 ; (b) Mostre que se r1, r2 ∈ R com r1 ̸= r2 a solução geral da EDO é y(x) = C1x r1 + C2x r2 , para x > 0. (c) Mostre que se r1, r2 ∈ R com r1 = r2 a solução geral da EDO é y(x) = xr1(C1 +C2 lnx), para x > 0. (d) Mostre que se r1, r2 ∈ C com r1 = α + βi e r2 = α − βi a solução geral da EDO é y(x) = xα[C1 cos(β lnx) + C2 sin(β lnx)], para x > 0. 2.3 Método de variação de parâmetros 1. Utilize o método de variação dos parâmetros, resolva as EDOs: (a) y′′ − xy′ = 3x3 R.: y(x) = C1 + C2x 3 + x3 (b) x2 · d2y dx2 + x · dy dx − y = x2 R.: y(x) = C1x+ C2 x + x2 3 (c) d2y dx2 + y = secx R.: y(x) = C1 sinx+ C2 cosx+ sinx ln | cosx|+ ln | secx+ tanx| − x cosx+ C3 (d) y′′ + y = 1 tanx R.: y(x) = C1 cosx+ C2 sinx− sinx ln | 1 tanx + 1 sinx | (e) y′′ − 2y′ + y = ex x R.: y(x) = ex(C1 + x(ln |x|+ C2)) 2. Determine a solução geral da EDO y′′ − y′ − 2y = cosh(2x). R.: y = C1e 2x + x 6e 2x + C2e −x + 1 8e −2x 3. (Vibrações mecânicas - sistema massa-mola) Seja u = u(t). A equação que descreve o sistema massa-mola é dada por mü+ cu̇+ ku = F (t), para t > 0, m designa a massa, c o coeficiente de amortecimento e k o coeficiente de estiramento da mola e F (t) a força externa aplicada ao sistema. Suponha que m e k são constantes positivas, c uma constante não negativa e F (t) ≡ 0. (a) Determine a solução geral da EDO quando c > 0. O que acontece com a solução quando t → ∞? R.: u(t) = e− ct 2m (C1e αt + C1e −αt) onde α = 1 2m √ c2 − 4mk (b) Responda o item (a) considerando c = 0. R.: u(t) = C1 sin(wt) + C2 cos(wt), onde w2 = k m Cálculo Diferencial e Integral IV 13 Profº Serginei Liberato e Profª. Sylvia Ferreira Equações Diferenciais Ordinárias de primeira Ordem Classificação de equações diferenciais e aplicações. Teorema de Existência e Unicidade. EDO's separáveis. Equações Homogêneas e Exatas Equações Lineares, Equações de Bernoulli e Ricatti Equações Autônomas Exercícios Gerais Equações Diferenciais Ordinárias de segunda Ordem Classificação de equações diferenciais e aplicações. Equações homogêneas com coeficientes constantes e generalizações Método de variação de parâmetros