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SISTEMA DE ENSINO
LEGISLAÇÃO 
PENAL ESPECIAL
Crimes Hediondos
Livro Eletrônico
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Sérgio Bautzer
Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Crimes Hediondos e Equiparados – Lei n. 8.072/1990 ................................................................. 3
Apresentação ................................................................................................................................................... 3
Conceito de Crime Hediondo ..................................................................................................................... 3
Previsão Constitucional ............................................................................................................................... 4
Sistemas .............................................................................................................................................................5
Tentativa e Consumação .............................................................................................................................5
Rol dos Crimes Hediondos .........................................................................................................................6
Resumo ............................................................................................................................................................ 43
Exercícios......................................................................................................................................................... 53
Gabarito .......................................................................................................................................................... 69
Gabarito Comentado .................................................................................................................................. 70
Referências Bibliográficas ..................................................................................................................... 102
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Sérgio Bautzer
Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS – LEI N. 8.072/1990
ApresentAção
Olá, meu(minha) caro(a) aluno(a), eu sou o professor Sérgio Bautzer, Delegado de Polícia 
Civil do Distrito Federal e leciono as Leis Penais e Processuais Penais há 15 anos. Estou desde 
a fundação no Gran Online, que atualmente é o maior, melhor e mais completo curso virtual 
preparatório para concursos públicos do país. A seguir, você terá a aula sobre os Crimes He‑
diondos e Equiparados. É um tema importante para os concursos das carreiras jurídicas, ainda 
mais com o advento do Pacote Anticrime que tornou mais rigorosa a punição de tais delitos no 
país. Você verá o conceito de crime hediondo e o sistema adotado no Brasil para etiquetá-lo 
como tal. Coloquei um mapa mental com todos os crimes hediondos que estão previstos no 
rol taxativo, e sugiro desde já que você o memorize. O outro mapa mental, faz com que você 
lembre os rigores que a norma impões aos delitos hediondos e equiparados. Eu já ia me esque‑
cendo: os assemelhados aos hediondos são de fácil memorização, basta você se lembra da le‑
tra “T”. Você verá logo mais. Procurei propor questões de acordo com o Pacote Anticrime, para 
que você se familiarize com o assunto. Revisei a prisão temporária nas infrações em comento, 
uma vez que o assunto pode ser cobrado em uma prova subjetiva, em que o examinador exija 
do candidato a elaboração de uma peça prática. Em relação às questões de concursos públi‑
cos já realizados, com temas vinculados à Lei n. 8.072/1990, que você eventualmente resolva,, 
sugiro muito cuidado, uma vez que desde 2009, a norma passou por diversas alterações legis‑
lativas, tendo inclusive entendimentos jurisprudenciais dos mais diversos. Ao final da nossa 
aula, há um resumo e a “letra da lei”, que deve ser lida pelo menos uma vez a cada quinze dias. 
Ah, e não se esqueça, você também deverá ler o Pacote Anticrime pelo menos uma vez por 
semana.
ConCeito de Crime Hediondo
O crime hediondo é aquele considerado repugnante, bárbaro, que causa asco na sociedade.
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Crimes Hediondos
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previsão ConstituCionAl
Dispõe o art. 5º, inciso XLIII, da Lei Fundamental:
Art. 5º A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, 
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, 
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
O dispositivo “supra” é de suma importância, e ele deve ser memorizado tanto para as pro‑
vas de Direito Constitucional como para as provas que versem sobre Leis Penais e Processuais 
Penais Especiais.
Ao dispor sobre os crimes hediondos e equiparados, o Constituinte Originário determinou 
que tais delitos tivessem um tratamento mais rigoroso que os demais.
Além do comando a ser seguido, a Lei Fundamental também determinou que os crimes de 
tráfico de drogas, terrorismo e tortura recebessem o mesmo tratamento rigoroso dado aos cri‑
mes hediondos. Assim, tais infrações foram consideradas como equiparadas aos hediondos. 
Em algumas provas, ao invés de cair a expressão “equiparados”, o examinador pode usar no 
lugar “assemelhados”.
Você deverá memorizar num primeiro momento quais são os crimes equiparados aos he‑
diondos.
Crimes Hediondos
Crimes Equiparados
aos Hediondos
Os previstos no art.  1º 
da Lei n. 8.072/1990, 
tanto na forma tentada 
quanto na forma consu‑
mada.
Tráfico de drogas
Terrorismo
Tortura
Para facilitar a memorização de quais são os crimes equiparados aos hediondos, você 
deve se lembrar que todos começam com a letra “T”.
Acredito que nas próximas provas, o examinador continue cobrando o fato de o crime de 
tráfico de drogas na modalidade privilegiada, ter deixado de ser considerado equiparado ao 
hediondo pelos Tribunais Superiores.
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Crimes Hediondos
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O “Pacote Anticrime” alterou o art. 112 da Lei de Execução Penal e de maneira expressa de‑
terminou aos operadores do Direito que não o crime de tráfico de drogas, quando privilegiado, 
não deve ser considerado hediondo.
O Tráfico de Drogas na modalidade privilegiada está previsto no §4º do artigo 33 da Lei n. 
11.343/2006 e é aquele que o réu é primário e de bons antecedentes, não se dedica a ativida‑
des criminosas e não pertence ao crime organizado.
Você deve ficar atento ao fato de que o privilégio na verdade é uma causa de redução de 
pena e não um delito que foi inserido no ordenamento jurídico pátrio com a edição da Lei n. 
11.343/2006
Nos anos 2000, o Cespe e outras bancas cobraram dos candidatos muitas questões sobre 
o entendimento majoritário da doutrina e da jurisprudência que o crime de associação para o 
tráficodrogas, previsto no artigo 35 da Lei n. 11.343/2006, não ser equiparado ao hediondo.
sistemAs
Para se etiquetar um crime como hediondo, há três sistemas básicos. São eles:
• Sistema Legal: cabe ao legislador definir quais são os crimes considerados hediondos.
• Sistema Judicial: cabe ao juiz, de acordo com o caso concreto, estabelecer os delitos 
que serão considerados hediondos.
• Sistema Misto: como o próprio nome sugere, neste sistema, a lei define os crimes he‑
diondos, facultando ao juiz, diante do caso em concreto, estabelecer outros delitos.
De forma bem clara, no nosso ordenamento jurídico, o caráter hediondo de um crime de‑
pende de previsão legal, sendo assim editada a Lei n. 8.072/1990, ou seja, é vedado ao magis‑
trado ampliar o rol previsto, não podendo conferir hediondez a crime não constante do elenco, 
tampouco desclassificá-lo de hediondo diante de um caso concreto.
tentAtivA e ConsumAção
Como rege a cabeça do art. 1º da Lei n. 8.072/1990, consideram-se hediondos todos os 
crimes arrolados neste artigo, consumados ou tentados.
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Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no DecretoLei n.2.848, de 
7 de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados [...] (Grifo nosso).
Ex: Se o estupro é considerado crime hediondo, a tentativa de estupro também será.
rol dos Crimes Hediondos
É primordial que o(a) candidato(a) memorize o rol dos crimes hediondos. São eles:
• Homicídio, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que 
cometido por um só agente.
O homicídio simples somente é considerado delito hediondo quando praticado em ativida‑
de típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só autor. A Lei n.12.720, de 2012 
acrescentou o § 6º ao art. 121 do Código Penal: 
§6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, 
sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
• Homicídio qualificado.
Para as provas de concurso, você deve seguir o entendimento majoritário da doutrina e da 
jurisprudência de que o homicídio privilegiado qualificado não é hediondo. Vejamos:
Penal. Habeas corpus. Art. 121, §§ 1º e 2º, incisos III e IV, do Código Penal. Progressão 
de regime. Crime hediondo. Por incompatibilidade axiológica e por falta de previsão legal, 
o homicídio qualificado privilegiado não integra o rol dos denominados crimes hediondos 
(Precedentes). Writ concedido. (STJ – HC n.36.317/RJ, 5ª Turma)
Habeas corpus. Homicídio qualificado privilegiado. Tentativa. Crime não elencado como 
hediondo. Regime prisional. Adequação. Possibilidade de progressão.
1. O homicídio qualificado privilegiado não figura no rol dos crimes hediondos. Preceden‑
tes do STJ.
2. Afastada a incidência da Lei n.8.072/1990, o  regime prisional deve ser fixado nos 
termos do disposto no art. 33, § 3º, c/c o art. 59, ambos do Código Penal.
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3. In casu, a pena aplicada ao réu foi de seis anos, dois meses e vinte dias de reclusão, 
e  as instâncias ordinárias consideraram as circunstâncias judiciais favoráveis ao réu. 
Logo, deve ser estabelecido o regime prisional intermediário, consoante dispõe a alínea b 
do § 2º do art. 33 do Código Penal.
4. Ordem concedida para, afastada a hediondez do crime em tela, fixar o regime inicial 
semiaberto para o cumprimento da pena infligida ao ora paciente, garantindo-se lhe a pro‑
gressão, nas condições estabelecidas em lei, a serem oportunamente aferidas pelo Juízo 
das Execuções Penais. (STJ – HC n.41.579/SP, 5ª Turma)
Habeas corpus. Direito Penal. Homicídio qualificado privilegiado. Progressão de regime. 
Possibilidade.
1. O homicídio qualificado privilegiado não é crime hediondo, não se lhe aplicando norma 
que estabelece o regime fechado para o integral cumprimento da pena privativa de liber‑
dade (Lei n.8.072/1990, arts. 1º e 2º, § 1º).
2. Ordem concedida. (STJ – HC n.43.043/MG, 6ª Turma)
Vale lembrar que a Lei n. 13.104/2015, alterou o artigo 121 do Código Penal, para prever o 
feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio, e o art. 1º da Lei n. 8.072, 
de 25 de julho de 1990, para incluí-lo no rol dos crimes hediondos.
A Lei n. 13.142/2015 incluiu o homicídio, a lesão corporal gravíssima e lesão corporal se-
guida de morte, quando praticados contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança 
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro 
ou parente consanguíneo até 3º grau, no elenco taxativo de crimes hediondos.
Com o Pacote Anticrime, foi incluído no rol dos crimes do artigo 121, §2º, o inciso VII. Po‑
rém, o Presidente da República havia vetado este dispositivo. No entanto, em abril de 2021 o 
Congresso Nacional derrubou o veto, sendo que agora o inciso VIII está em vigor como espécie 
de crime hediondo, conforme artigo 1º, inciso I, da Lei n. 8.072/90. O aluno deve ficar atento, 
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Crimes Hediondos
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pois concursos costumam exigir o conhecimento de novidades legislativas. Vejamos o que 
dispõe este inciso:
Art. 121...
§2º Se o homicídio é cometido:
(...)
VIII – com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido.
• Latrocínio
O crime de latrocínio está tipificado no art. 157, § 3º, do Código Penal. O latrocínio é crime 
contra o patrimônio, pois a finalidade do agente é a apropriação de bem alheio móvel, embora 
seja a vítima atingida diretamente, ou seja, o roubo é o crime-fim, enquanto o homicídio carac‑
teriza‑se como crime‑meio.
A doutrina considera o latrocínio um crime complexo, pois contém dois tipos penais na sua 
descrição, o que faz gerar as seguintes hipóteses:
SUBTRAÇÃO MORTE Artigo 157, §  3º, do Código 
Penal (latrocínio)
Consumada Consumada Consumado
Tentada Tentada Tentado
Consumada Tentada Tentado
Tentada Consumada Consumado (STF – 
súmula 610)
Você deve memorizar a tabela “supra”, por conta da grande importância do assunto em 
provas de concursos públicos.
Para que você entenda a tabela acima, trago a primorosa lição de Guilherme de Souza Nuc‑
ci (2009, p. 713):
Neste último caso, dever se ia falar em latrocínio tentado, pois o crime patrimonial não atingiu a 
concretização, embora da violência tenha resultado a morte. Entretanto, como a vida humana está 
acima dos interesses patrimoniais, soa mais justa a punição do agente por latrocínio consumado, 
até mesmo porque o tipo penal menciona “se da violência resulta morte”, seja ela exercida numa 
tentativa ou num delito consumado anterior. É a posição esposada pela Súmula n.610 do Supremo 
Tribunal Federal (“Há crime de latrocínio, quando o homicídiose consuma, ainda que não realize o 
agente a subtração de bens da vítima”) e da maioria da jurisprudência.
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Crimes Hediondos
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Na preocupação de possibilitar para você o conhecimento da jurisprudência do STF, é in‑
dispensável à leitura do Informativo n.520, em que restou firmada posição diversa da anterior‑
mente explanada.
Com o advento do Pacote Anticrime, outras modalidades de roubo passaram a sofrer os 
rigores da Lei dos Crimes Hediondos:
•	 Roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo 
emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B);
•	 Roubo circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V);
•	 Roubo qualificado pelo resultado lesão corporal;
Apesar de não ser crime hediondo, você deverá guardar para as provas dos concursos que 
o “Pacote Anticrime” fez com que o delito de roubo com emprego “branca” deixasse de ser 
considerado simples e voltasse a ser considerado a forma majorada do crime. Assim, roubo 
se tornou MAJORADO quando há o emprego de arma branca (faca, adaga, punhal), porém 
continua não sendo hediondo.
• Extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal 
ou morte
A antiga redação da Lei dos Crimes Hediondos dizia que era apenas hediondo a extorsão 
qualificada pela morte.
Em primeiro lugar, você deve memorizar que o crime de extorsão na forma simples não é 
crime hediondo. Exemplo: gerente do banco é constrangido com emprego de violência para en‑
tregar a senha que dá acesso ao cofre. Até então, estamos diante de um crime de extorsão na 
forma simples. Se houver um resultado morte no contexto daí poderemos falar da hediondez 
do crime.
A extorsão também constitui crime contra o patrimônio, pois tutela, sobretudo, a inviolabi‑
lidade patrimonial e, de forma secundária, a vida, tratando-se de crime complexo. A violação à 
vida da pessoa é meio executório para o ganho da vantagem patrimonial.
Como diferenciar o roubo da extorsão?
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ROUBO EXTORSÃO
Despojamento dos bens da 
vítima.
Há uma mínima contribuição da vítima. 
Exemplo: para acessar o numerário do 
caixa de autoatendimento, o  extorsio‑
nário constrange a vítima, com emprego 
de grave ameaça, para que ela lhe entre‑
gue a senha.
A conduta da vítima é dispen‑
sável.
A conduta da vítima é indispensável.
A vantagem almejada é ime‑
diata.
A vantagem mediata é mediata.
Há previsão da forma cir‑
cunstanciada pela restrição 
de liberdade.
Há previsão da forma qualificada pela 
restrição de liberdade.
O resultado morte faz com 
que haja a incidência da Lei 
8072/90.
O resultado morte faz com que haja a 
incidência da Lei 8072/90
O crime de “sequestro‑relâmpago”, que é uma forma de extorsão com restrição de liberda‑
de, introduzido no Código Penal em 2009, está previsto no § 3º do artigo em estudo:
§ 3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessá‑
ria para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além 
da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2º 
e 3º, respectivamente. (Incluído pela Lei n.11.923, de 2009)
Ainda sobre o parágrafo em estudo, cumpre ressaltar que o crime de sequestro‑relâmpago 
tornou-se hediondo, pois o “Pacote Anticrime” o incluiu no rol taxativo do artigo 1º da Lei n. 
8072/1990.
O crime de extorsão com restrição de liberdade (“sequestro‑relâmpago”) também será con‑
siderado hediondo quando for qualificada pelo resultado morte.
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Antes das alterações promovidas pelo “Pacote Anticrime” já havia quem sustentasse na 
doutrina que a extorsão com restrição de liberdade com resultado morte seria um crime he‑
diondo. Nesse sentido Luiz Flávio Gomes e Rogério Sanches:
Concluindo: o crime de extorsão previsto no § 3º do art. 158 do CP, quando resulta morte, é crime 
hediondo, por força de uma interpretação extensiva do § 2º. Mas nem todas as disposições da lei 
dos crimes hediondos são aplicáveis, ou seja, somente as constitucionalmente legítimas é que po‑
dem ser sustentadas no Estado humanista de Direito, que é a síntese do Estado legal, constitucional 
e internacional de Direito.
Em síntese, entendo que as seguintes modalidades do crime de extorsão são consideradas 
hediondas:
•	 Extorsão com restrição de liberdade com resultado lesão grave;
•	 Extorsão com restrição de liberdade com resultado morte.
• Extorsão mediante sequestro na forma simples e na forma qualificada
O crime de extorsão mediante sequestro é considerado hediondo tanto na forma simples 
como na forma qualificada.
A forma simples está expressa na cabeça do artigo 159 do Estatuto Penal:
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como 
condição ou preço do resgate:
Pena – reclusão, de oito a quinze anos. (Redação dada pela Lei n.8.072, de 25.7.1990)
Trata-se de um crime permanente, que é aquele em que a conduta se prolonga no tempo. 
Enquanto não cessar a permanência, é cabível a prisão em flagrante dos criminosos. Tal tema 
já foi cobrado nos certames que envolvem as carreiras da Polícia Federal.
Nos parágrafos 1º, 2º e 3º do crime em estudo estão dispostas as formas qualificadas do 
crime em estudo:
“§ 1º Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18 (de‑
zoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei 
n.8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei n.10.741, de 2003)
Pena – reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei n.8.072, de 25.7.1990)
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Vide Lei n.8.072, de 25.7.90
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Pena – reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. (Redação dada pela Lei n.8.072, de 25.7.1990)
§ 3º - Se resulta a morte: Vide Lei n.8.072, de 25.7.90
Pena – reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (Redação dada pela Lei n.8.072, de 25.7.1990)”
Haverá a forma simples do crime de extorsão mediante sequestro quando não estiverem 
presentes nenhuma das hipóteses previstas nos parágrafos mencionados.
No § 4º do artigo 159 do Código Penal há a previsão de uma forma de delação premiada:
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso,o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando 
a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei 
n.9.269, de 1996)
Voltarei a falar sobre a delação premiada nas próximas aulas.
Resumindo:
A forma simples do crime em comento está no caput do art. 159 do Código Penal que dis‑
põe: “Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como 
condição ou preço do resgate”.
Já as formas qualificadas estão previstas nos parágrafos do dispositivo ora em estudo: 1) 
se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, 2) se o sequestrado é menor de 18 (de‑
zoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, 3) se o crime é cometido por bando ou quadrilha, 4) se 
do fato resulta lesão corporal de natureza grave ou 5) se resulta a morte da vítima.
A grande celeuma que eu não vi ainda manifestação da jurisprudência é o fato de o crime 
de quadrilha ou bando ter dado lugar para o de associação criminosa. Quando o legislador 
alterou a redação do art. 288 do Código Penal, ele não o fez em relação a outros artigos que 
mencionavam a formação de quadrilha ou bando.
Uma menção importante que eu devo fazer é em relação à previsão na Lei dos Crimes He‑
diondos do delito de formação de quadrilha para a prática de crimes hediondo ou equiparados. 
Mesmo com alteração da redação do art. 288 do CP, houve silenciamento em relação ao crime 
previsto no art. 8º da Lei n. 8.072/1990:
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando 
se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou 
terrorismo.
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Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, 
possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.
Mesmo sendo antiga a redação do tipo, levando em conta as alterações legislativas, no 
ano de 2019, o STJ publicou onze teses (não confunda com Súmulas) sobre a Lei de Drogas e 
dentre elas, há uma que fala sobre a aplicação do art. 8º “supra”, no caso concreto, por conta 
de conflito aparente de normas:
Tratando-se de condenado pelo delito previsto no artigo 14 da Lei n. 6.368/1976, deve-se observar 
as reprimendas mínima e máxima estabelecidas pelo artigo 8º da Lei n. 8.072/1990 (3 a 6 anos de 
reclusão), por ser norma penal mais benéfica ao réu, impondo-se, inclusive, se for o caso, a exclusão 
da pena de multa.
• Estupro
O crime de estupro está descrito no art. 213 do Código Penal, que dispõe:
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a  ter conjunção carnal ou a 
praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) 
ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§ 2º Se da conduta resulta morte:
Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
São considerados hediondos tanto o estupro na forma simples (quando resulta lesão leve 
na vítima ou há o emprego de grave ameaça) como na qualificada (quando resulta lesão grave 
ou morte da vítima).
O crime de estupro previsto no Código Penal Militar não é hediondo.
No passado, por conta da antiga redação da Lei n. 8072/1990, havia quem entendesse não 
ser hediondo o estupro cometido na forma simples, no entanto, não era a posição que prevale‑
cia no Supremo Tribunal Federal, senão vejamos:
Ementa: Habeas corpus. Estupro. Atentado violento ao pudor. Tipo penal básico ou forma 
simples. Inocorrência de lesões corporais graves ou do evento morte. Caracterização, 
ainda assim, da natureza hedionda de tais ilícitos penais (Lei n.8.072/1990). Pedido inde‑
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ferido. Os delitos de estupro e de atentado violento ao pudor, ainda que em sua forma 
simples, configuram modalidades de crime hediondo, sendo irrelevante que a prática de 
qualquer desses ilícitos penais tenha causado, ou não, lesões corporais de natureza grave 
ou morte, que traduzem, nesse contexto, resultados qualificadores do tipo penal, não 
constituindo, por isso mesmo, elementos essenciais e necessários ao reconhecimento 
do caráter hediondo de tais infrações delituosas. Precedentes. Doutrina. (HC n.89.554/
DF, 2ª Turma).
Ementa: Habeas corpus. Processual penal. Atentado violento ao pudor. Forma simples. 
Crime hediondo. Livramento condicional. Requisito objetivo não satisfeito. Exigência. 
Cumprimento de 2/3 da pena. Ausência de plausibilidade jurídica incontestável. Habeas 
corpus denegado. 1. A  decisão do Superior Tribunal de Justiça, questionada neste 
habeas corpus, está em perfeita consonância com o entendimento deste Supremo sobre 
a hediondez dos crimes de estupro e atentado violento ao pudor, mesmo que praticados 
na sua forma simples. Precedentes. 2. Não há sustentação jurídica nos argumentos apre‑
sentados pelo Impetrante para assegurar a concessão do benefício de livramento con‑
dicional ao Paciente, pois não satisfeito o requisito objetivo de cumprimento de 2/3 da 
pena imposta. 3. Habeas corpus denegado. (HC n.90.706/BA, 1ª Turma)
Sobre a hediondez da forma simples do revogado atentado violento ao pudor decidiu a 5ª 
Turma do Superior Tribunal de Justiça:
O delito de atentado violento ao pudor praticado antes da vigência da Lei n. 12.015/2009, 
ainda que na sua forma simples e com violência presumida, configura crime hediondo. 
Precedentes citados: do STJ, AgRg no REsp 1.201.806-MG, Quinta Turma, DJe 20/9/2012, 
e HC 232.337-ES, Quinta Turma, DJe 3/4/2012; e do STF: HC 99.406-RS, Segunda Turma, 
DJe 9/9/2010, e HC 101.860-RS, Primeira Turma, DJe 17/5/2011. AgRg no HC 250.451-
MG, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 19/3/2013.
Vale destacar que, com a nova redação dada ao crime de estupro, restou revogado o crime 
de atentado violento ao pudor (antigo art. 214 do CP), pois o tipo penal do art. 213, caput, abar‑
ca tanto uma quanto outra conduta. Senão vejamos:
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Quando a lei fala em conjunção carnal, está referindo-se ao sexo convencional e quando 
se fala em ato libidinoso diverso de conjunção carnal, está referindo-se aos atos sexuais não 
convencionais tais como os sexos anal, oral, toque etc.
Assim, não há mais que falar da existência do crime de atentado violento ao pudor no or‑
denamento jurídico nacional.
É de suma importância que você leia os julgados do STF e do STJ sobre as Leis Penais e 
Processuais Penais Especiais, que estão previstas no edital, uma vez que o Cespe, em algu-
mas provas, cobrou o entendimento de tais tribunais sobre a matéria. Além de ler a jurispru-
dência sobre o assunto,o candidato deverá memorizar as súmulas do STF e do STJ sobre o 
conteúdo estudado.
• Estupro de Vulnerável
Tanto o crime de estupro de vulnerável na forma simples como na forma qualificada são 
considerados hediondos.
Por vulnerável entende se o menor de 14 (catorze) anos, aquele que, por enfermidade ou 
deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qual‑
quer outra causa, não pode oferecer resistência.
São as antigas hipóteses da violência presumida previstas no art. 224 do Código Penal.
Além disso, cumpre ressaltar que a Suprema Corte também considerava hediondo o crime 
de estupro cometido com violência presumida, cabendo citar algumas decisões:
Ementa: Habeas corpus. Crimes descritos nos arts. 240 e 241 do Estatuto da Criança e 
do Adolescente e no art. 214, c/c o art. 224 do Código Penal. Continuidade delitiva. Ino‑
corrência: espaço de tempo igual a seis meses entre as séries delitivas. Atentado vio‑
lento ao pudor com violência presumida: crime hediondo. Progressão de regime. Ordem 
concedida de ofício. 1. A continuidade delitiva deve ser reconhecida “quando o agente, 
mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie 
e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os 
subsequentes ser havidos como continuação do primeiro” (CP, art. 71). Evidenciado que 
as séries delituosas estão separadas por espaço temporal igual a seis meses, não se há 
de falar em crime continuado, mas em reiteração criminosa, incidindo a regra do concurso 
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material. 2. O atentado violento ao pudor é considerado hediondo em quaisquer de suas 
formas (precedente do Pleno). 3. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, em Sessão reali‑
zada em 23/2/2006, declarou inconstitucional o § 1º do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 (HC 
n. 82.959, Pleno). Ordem concedida, de ofício, para possibilitar a progressão do regime de 
cumprimento da pena do paciente, quanto ao crime de atentado violento ao pudor. (HC n. 
87.495/SP, 1ª Turma)
Ementa: Penal. Processual Penal. Habeas corpus. Crime hediondo. Estupro simples com 
violência presumida. Falta de fundamentação: constrangimento ilegal. Inocorrência. Pro‑
gressão de regime prisional. Possibilidade. I – Não há falar em falta de fundamentação 
do acórdão impugnado quanto ao regime de cumprimento da pena, se há referência 
expressa à Lei n. 8.072/1990. II – A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sen‑
tido de que “os crimes de estupro e de atentado violento ao pudor, tanto nas suas formas 
simples, Código Penal, arts. 213 e 214, como nas qualificadas (Código Penal, art. 223, 
caput e parágrafo único), são crimes hediondos. Leis n. 8.072/1990, redação da Lei n. 
8.930/1994, art. 1º, V e VI.” HC n. 81.288/SC, Plenário, Rel. p/ acórdão Min. Carlos Velloso, 
DJU 25/4/2003. III – Após o julgamento do HC n. 82.929/SP pelo Plenário do STF, não 
mais é vedada a progressão de regime prisional aos condenados pela prática de crimes 
hediondos. IV – Ordem parcialmente concedida. (HC n. 87.281/MG, 1ª Turma)’.
Cumpre ressaltar que a Lei n. 12.015/2009 revogou o art. 224 do Código Penal, não ha‑
vendo que falar mais em violência presumida. Senão vejamos recente julgado do Supremo 
Tribunal Federal:
O eventual consentimento da ofendida – menor de 14 anos – e mesmo sua experiência 
anterior não elidem a presunção de violência para a caracterização do delito de atentado 
violento ao pudor. Com base nesse entendimento, a Turma indeferiu habeas corpus em 
que condenado pela prática do crime de atentado violento ao pudor alegava que o fato 
de a ofendida já ter mantido relações anteriores e haver consentido com a prática dos 
atos imputados ao paciente impediria a configuração do mencionado crime, dado que a 
presunção de violência prevista na alínea a do art. 224 do CP seria relativa. Inicialmente, 
enfatizou-se que a Lei n.12.015/2009, dentre outras alterações, criou o delito de estupro 
de vulnerável, que se caracteriza pela prática de qualquer ato libidinoso com menor de 14 
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anos ou com pessoa que, por enfermidade ou deficiência mental, não tenha o necessário 
discernimento ou não possa oferecer resistência. Frisou-se que o novel diploma também 
revogara o art. 224 do CP, que cuidava das hipóteses de violência presumida, as quais 
passaram a constituir elementos do estupro de vulnerável, com pena mais severa, aban‑
donando-se, desse modo, o sistema da presunção, sendo inserido tipo penal específico 
para tais situações. Em seguida, esclareceu‑se, contudo, que a situação do paciente não 
fora alcançada pelas mudanças promovidas pelo novo diploma, já que a conduta passara 
a ser tratada com mais rigor, sendo incabível a retroatividade da lei penal mais gravosa. 
Considerou-se, por fim, que o acórdão impugnado estaria em consonância com a jurispru‑
dência desta Corte. HC n. 99.993/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, 24/11/2009. 
(HC n. 99.993).
Sobre a modalidade tentada do estupro de vulnerável (que é hedionda, diga‑se de passa‑
gem), a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu:
Na hipótese em que tenha havido a prática de ato libidinoso diverso da conjunção carnal 
contra vulnerável, não é possível ao magistrado – sob o fundamento de aplicação do 
princípio da proporcionalidade – desclassificar o delito para a forma tentada em razão 
de eventual menor gravidade da conduta. De fato, conforme o art. 217-A do CP, a prática 
de atos libidinosos diversos da conjunção carnal contra vulnerável constitui a consuma‑
ção do delito de estupro de vulnerável. Entende o STJ ser inadmissível que o julgador, de 
forma manifestamente contrária à lei e utilizando‑se dos princípios da razoabilidade e 
da proporcionalidade, reconheça a forma tentada do delito, em razão da alegada menor 
gravidade da conduta (REsp 1.313.369-RS, Sexta Turma, DJe 5/8/2013). Nesse contexto, 
o magistrado, ao aplicar a pena, deve sopesar os fatos ante os limites mínimo e máximo 
da reprimenda penal abstratamente prevista, o  que já é suficiente para garantir que a 
pena aplicada seja proporcional à gravidade concreta do comportamento do criminoso. 
REsp 1.353.575-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 5/12/2013.
Para que você tenha facilidade na hora de ler os julgados do STJ, sugiro que leia com mais 
atenção a parte do julgado, cuja marcação em “negrito” foi realizada pelo responsável em 
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divulgar o conteúdo. Jurisprudência – Crimes Hediondos e Equiparados. O STJ possui várias 
Turmas, sendo que a Quinta e a Sexta julgam matérias criminais. Já a 3ª Seção julga matéria 
referente à competência. O CESPE, por exemplo, tem cobrado,até nas provas de nível médio, 
pasmem, a jurisprudência dos Tribunais Superiores. Logo abaixo, dois julgados, da 5ª e 6ª 
Turma do STJ, respectivamente, sobre os assuntos que estamos estudando na aula de hoje.
DIREITO PENAL. CARÁTER HEDIONDO DO CRIME DE ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR 
PRATICADO ANTES DA LEI N. 12.015/2009.
O delito de atentado violento ao pudor praticado antes da vigência da Lei n. 12.015/2009, 
ainda que na sua forma simples e com violência presumida, configura crime hediondo. 
Precedentes citados: do STJ, AgRg n. REsp 1.201.806-MG, Quinta Turma, DJe 20/9/2012, 
e HC n. 232.337-ES, Quinta Turma, DJe 3/4/2012; e do STF: HC n. 99.406-RS, Segunda 
Turma, DJe 9/9/2010, e HC n. 101.860-RS, Primeira Turma, DJe 17/5/2011. AgRg n. HC n. 
250.451-MG, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 19/3/2013.
DIREITO PENAL. ATOS LIBIDINOSOS DIVERSOS DA CONJUNÇÃO CARNAL CONTRA 
VULNERÁVEL.
Na hipótese em que tenha havido a prática de ato libidinoso diverso da conjunção carnal 
contra vulnerável, não é possível ao magistrado – sob o fundamento de aplicação do 
princípio da proporcionalidade – desclassificar o delito para a forma tentada em razão 
de eventual menor gravidade da conduta. De fato, conforme o art. 217-A do CP, a prática 
de atos libidinosos diversos da conjunção carnal contra vulnerável constitui a consuma‑
ção do delito de estupro de vulnerável. Entende o STJ ser inadmissível que o julgador, de 
forma manifestamente contrária à lei e utilizando‑se dos princípios da razoabilidade e da 
proporcionalidade, reconheça a forma tentada do delito, em razão da alegada menor gra‑
vidade da conduta (REsp n. 1.313.369-RS, Sexta Turma, DJe 5/8/2013). Nesse contexto, 
o magistrado, ao aplicar a pena, deve sopesar os fatos ante os limites mínimo e máximo 
da reprimenda penal abstratamente prevista, o  que já é suficiente para garantir que a 
pena aplicada seja proporcional à gravidade concreta do comportamento do criminoso. 
REsp n. 1.353.575-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 5/12/2013.
• Epidemia com resultado morte
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http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC+250451
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC+250451
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp+1353575
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Entende-se por epidemia a propagação de germes patogênicos. Ressalta-se que basta a 
morte de uma só pessoa para a configuração do crime. A transmissão dolosa do vírus HIV não 
configura o crime ora em comento, mas sim crime de lesão corporal.
Cuidado: O crime de epidemia com resultado lesão grave não é hediondo.
• Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêu-
ticos ou medicinais
O presente inciso foi inserido em 1998, após o escândalo nacional dos contraceptivos de 
“farinha”, que foram colocados no mercado consumidor. Cumpre ressaltar que o estudo da 
letra do art. 273 do Código Penal deve ser feito de maneira integral.
O candidato deve ficar atento aos possíveis questionamentos acerca dos incisos. Por 
exemplo: a falsificação de cosméticos, de saneantes ou de produtos usados em diagnóstico 
são crimes hediondos, por incrível que pareça.
Em 2013, a atribuição para investigar tal delito passou a ser da Polícia Federal, conforme se 
depreende da leitura do inciso V do artigo 1º da Lei n. 10.446/2002:
Art. 1º Na forma do inciso I do § 1º do art. 144 da Constituição, quando houver repercussão interes‑
tadual ou internacional que exija repressão uniforme, poderá o Departamento de Polícia Federal do 
Ministério da Justiça, sem prejuízo da responsabilidade dos órgãos de segurança pública arrolados 
no art. 144 da Constituição Federal, em especial das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder 
à investigação, dentre outras, das seguintes infrações penais:
(...)
falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medi‑
cinais e venda, inclusive pela internet, depósito ou distribuição do produto falsificado, corrompido, 
adulterado ou alterado (art. 273 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal). 
(Incluído pela Lei n.12.894, de 2013).
Era questionada a inconstitucionalidade da pena prevista para o crime previsto no inciso 
V, do § 1º-B do art. 273 do CP, por conta de ofensa ao princípio da proporcionalidade, quando 
comparada com outras penas de outros delitos previstos no ordenamento jurídico nacional. 
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Conforme se depreende da leitura do informativo n.559, o STJ decidiu que é inconstitu-
cional a pena do art. 273, § 1º-B, V, do CP (reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa). 
Em substituição a ela, deve-se aplicar ao condenado a pena prevista para o tráfico de drogas 
na modalidade privilegiada, se for o caso. (Corte especial. AI no HC 239.363-PR, Rel. Min. Se‑
bastião Reis Júnior, julgado em 26/2/2015).
O Plenário do STF ainda não se manifestou sobre o tema. No entanto, existem precedentes 
do STF em sentido contrário ao que decidiu o STJ, ou seja, julgados sustentando que o § 1º-B 
do art. 273 é constitucional:
(...) 1. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de 
análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso 
extraordinário.
2. O Poder Judiciário não detém competência para interferir nas opções feitas pelo Poder 
Legislativo a respeito da apenação mais severa daqueles que praticam determinados 
crimes, sob pena de afronta ao princípio da separação dos poderes.
3. In casu, o acórdão extraordinariamente recorrido assentou: PENAL. PROCESSO PENAL. 
ARTIGO 273, § 1º e § 1º-B, INCISOS V e VI DO CÓDIGO PENAL. TRANSNACIONALIDADE. 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. INCONSTITUCIONALIDADE AFASTADA. AUTORIA 
E MATERIALIDADE COMPROVADAS. DOLO DEMONSTRADO. RECONHECIDO CONCURSO 
FORMAL.
4. Agravo regimental DESPROVIDO. (STF. 1ª Turma. RE 829226 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, 
julgado em 10/02/20150.
(...) Alegação de inconstitucionalidade do art. 273, § 1º-B do Código Penal. Constituciona‑
lidade da imputação. Lesão ao bem jurídico saúde pública. Precedentes. 3. Ausência de 
argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 4. Agravo regimental a que se nega 
provimento.
STF. 2ª Turma. RE 844152 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 02/12/2014.
• Crime de genocídio, tentado ou consumado
Cuidado: o crime de genocídio não é equiparado ao hediondo por estar única e simples‑
mente no parágrafo único do art. 1º da Lei n. 8.072/1992. Lembrando você inclusive que com 
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o Pacote Anticrime ganhou alguns “companheiros”, que com ele estão no mencionado dispo‑
sitivo.O Plenário Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE n. 351.487/RR, cujo acórdão 
vale a pena ser lido na íntegra caso você esteja prestando concursos para Juiz Federal ou 
Procurador da República. O julgado ressalta que a lesão à vida, à integridade física ou à liber‑
dade de locomoção são apenas meios de ataque nos diversos meios de ação do criminoso. 
Afirmou-se que o crime de genocídio não visa proteger a vida ou a integridade física, mas sim a 
diversidade humana. Foi asseverado que um eventual homicídio seria mero instrumento para a 
execução do crime de genocídio, enfim, este NÃO é um crime doloso contra a vida, mas contra 
a existência de grupo racial, nacional, étnico e religioso.
Segue a ementa:
1. CRIME. Genocídio. Definição legal. Bem jurídico protegido. Tutela penal da existência 
do grupo racial, étnico, nacional ou religioso, a que pertence a pessoa ou pessoas ime‑
diatamente lesionadas. Delito de caráter coletivo ou transindividual. Crime contra a diver‑
sidade humana como tal. Consumação mediante ações que, lesivas à vida, integridade 
física, liberdade de locomoção e a outros bens jurídicos individuais, constituem moda‑
lidade executórias. Inteligência do art. 1º da Lei n. 2.889/1956, e do art. 2º da Conven‑
ção contra o Genocídio, ratificada pelo Decreto n. 30.822/1952. O tipo penal do delito de 
genocídio protege, em todas as suas modalidades, bem jurídico coletivo ou transindivi‑
dual, figurado na existência do grupo racial, étnico ou religioso, a qual é posta em risco 
por ações que podem também ser ofensivas a bens jurídicos individuais, como o direito 
à vida, a integridade física ou mental, a liberdade de locomoção etc. 2. CONCURSO DE 
CRIMES. Genocídio. Crime unitário. Delito praticado mediante execução de doze homicí‑
dios como crime continuado. Concurso aparente de normas. Não caracterização. Caso 
de concurso formal. Penas cumulativas. Ações criminosas resultantes de desígnios autô‑
nomos. Submissão teórica ao art. 70, caput, segunda parte, do Código Penal. Condena‑
ção dos réus apenas pelo delito de genocídio. Recurso exclusivo da defesa. Impossibi‑
lidade de reformatio in peius. Não podem os réus, que cometeram, em concurso formal, 
na execução do delito de genocídio, doze homicídios, receber a pena destes além da 
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pena daquele, no âmbito de recurso exclusivo da defesa. 3. COMPETÊNCIA CRIMINAL. 
Ação penal. Conexão. Concurso formal entre genocídio e homicídios dolosos agravados. 
Feito da competência da Justiça Federal. Julgamento cometido, em tese, ao tribunal do 
júri. Inteligência do art. 5º, XXXVIII, da CF, e art. 78, I, c/c art. 74, § 1º, do Código de Pro‑
cesso Penal. Condenação exclusiva pelo delito de genocídio, no juízo federal monocrá‑
tico. Recurso exclusivo da defesa. Improvimento. Compete ao tribunal do júri da Justiça 
Federal julgar os delitos de genocídio e de homicídio ou homicídios dolosos que constitu‑
íram modalidade de sua execução.
O crime de envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal era crime 
hediondo. Porém, tal delito continua no elenco dos crimes suscetíveis de decretação de prisão 
temporária, sendo que o prazo da detenção cautelar será de 5 dias, prorrogáveis em caso de 
extrema e comprovada necessidade.
• Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou 
adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º)
A Lei n.12.978/2014 incluiu no rol dos crimes hediondos o delito em comento.
Vale ressaltar que o crime em estudo revogou tacitamente o crime previsto no art. 244-A 
do Estatuto da Criança e do Adolescente.
• Posse ou Porte ilegal de arma de fogo de uso proibido.
No final do ano de 2017, o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito 
foi incluído no rol dos crimes hediondos.
Ocorre que com a edição do “Pacote Anticrime”, o legislador substituiu a expressão “res‑
trito” por “proibido”. Além disto, o legislador retirou a arma de fogo de uso proibido (o objeto 
material do delito, no caso) e criou o §2º do art. 16 do Estatuto do Desarmamento, inclusive au‑
mentando substancialmente a pena, tratando-se de verdade “lei penal mais prejudicial ao réu”.
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Sérgio Bautzer
Crimes Hediondos
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Mesmo tendo a oportunidade, o Legislador quando editou a Lei n. 13.964/2019 não re‑
solveu a questão da aplicação ou não dos rigores da Lei dos Crimes Hediondos para com as 
figuras previstas nos incisos do §1º do art. 16, as chamadas condutas assemelhadas à posse 
ou porte ilegal de arma de fogo de uso permitido ou proibido.
A Sexta Turma do tribunal denegou por unanimidade a ordem de habeas corpus impetrado 
com a mesma fundamentação. Para o os Ministros, a Lei n.13.497/2017 não limitou ao caput a 
aplicação dos rigores da Lei dos Crimes Hediondos:
1. O art. 16 da Lei n. 10.826/2003 prevê gravosas condutas de contato com “arma de fogo, 
acessório ou munição de uso proibido ou restrito”, vindo seu parágrafo único a acrescer 
figuras equiparadas – em gravidade e resposta criminal. 2. Ainda que possam algumas 
das condutas equiparadas ser praticadas com armas de uso permitido, o legislador as 
considerou graves ao ponto de lhes fixar reprovação criminal equivalente às condutas do 
caput. 3. Equiparação é tratamento igual para todos os fins, considerando equivalente o 
dano social e equivalente também a necessária resposta penal, salvo ressalva expressa. 
4. Ao ser qualificado como hediondo o art. 16 da Lei n. 10.826/2003, também as condu‑
tas equiparadas, e assim previstas no mesmo artigo, devem receber igual tratamento. 5. 
Praticado o crime equiparado do parágrafo único do art. 16 da Lei n. 10.826/2003 após 
a publicação da Lei n. 13.497/2017, que inseriu a qualificação de hediondez, incide esse 
tratamento mais gravoso ao fato do processo. 6. Habeas corpus denegado (HC 526.916/
SP, j. 01/10/2019).
• Comércio ilegal de arma de fogo.
O “Pacote Anticrime” inseriu o delito de comércio ilegal de arma de fogo no rol dos delitos, 
além de ter aumentado consideravelmente as penas mínima e máxima da infração penal em 
comento.
• Tráfico internacional de arma de fogo.
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Sérgio Bautzer
Crimes Hediondos
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No mesmo sentido, o “Pacote Anticrime” inseriu o crime previsto no art. 18 do Estatuto do 
Desarmamento no elenco taxativo de crimes hediondos e ainda aumentou consideravelmente 
as penas mínima e máxima da infração penal em comento.
• Furto com emprego de explosivo.
Interessante que o roubo com emprego de explosivo ou roubo de substâncias explosivas 
ou de acessórios não foram inseridos no rol de crimes hediondos. Vejamos a redação do tipo 
penal (siga sempre a dica do Tio Sérgio Bautzer, leia letra da lei):
Art. 157 Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem,mediante grave ameaça ou violência a 
pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena – reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
(...)
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: (Redação dada pela Lei n.13.654, de 2018)
(...)
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, 
possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei n.13.654, de 2018)
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela Lei n.13.654, de 2018)
(...)
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato 
análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei n.13.654, de 2018). (Grifei)
• O crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou 
equiparado.
No material próprio nós iremos estudar a Lei n. 12.850/2013 e voltaremos a falar no assun‑
to em comento.
Mas desde já você deve ficar atento ao disposto no §2º do art. 310 do CPP, que trouxe de 
volta ao ordenamento jurídico pátrio, a liberdade provisória proibida ou vedada:
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) 
horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do 
acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério 
Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
.................................................................................................................
(...).
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§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou 
milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou 
sem medidas cautelares. (Grifei)
Efeitos jurídicos da aplicação dos rigores da Lei n. 8.072/1990
Dispõe o art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal:
a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o trá‑
fico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por 
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
Obs.: � Eu recomendo que você leia a Constituição Federal “seca” todos os dias por uma hora.
O art. 2º desta Lei dispõe que os crimes hediondos e os equiparados são insuscetíveis de 
anistia, graça, indulto e de fiança:
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e 
o terrorismo são insuscetíveis de:
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I – anistia, graça e indulto;
II – fiança. (Redação dada pela Lei n. 11.464, de 2007)
Anistia
É o “esquecimento” jurídico de uma ou mais infrações penais. Conforme o art. 48 da Cons‑
tituição Federal, é atribuição do Congresso Nacional, por meio de lei federal, a concessão da 
anistia. Todos os efeitos de natureza penal deixam de existir.
É causa extintiva da punibilidade do agente, conforme se depreende pela leitura do art. 107 
do Estatuto Penal.
Graça
É a concessão de “perdão” pelo Presidente da República, por meio de decreto. Trata-se de 
uma espécie de perdão estatal.
É causa extintiva da punibilidade, conforme se depreende pela leitura do art. 107 do Código 
Penal.
É correto afirmar que a graça é o indulto individual.
Indulto
Também é concedido pelo Presidente da República por meio de decreto. É coletivo, pois 
possui um caráter de generalidade, ou seja, abrange várias pessoas que atendam a determina‑
das condições previstos no ato presidencial. Você também deve memorizar que é uma causa 
extintiva de punibilidade, também prevista no já mencionado art. 107 do Estatuto Penal.
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A inclusão do indulto no art. 2º da Lei n. 8.072/1990 provocou discussões acerca da sua 
constitucionalidade, já que no art. 5º, XLIII, da Lei Fundamental, proíbe, tão somente, a conces‑
são de graça, a anistia e a fiança.
Mas você há de concordar comigo que é uma questão de raciocínio: se não é possível a 
concessão da graça, que é individual, com mais razão não será possível a concessão do indul‑
to, que é coletivo.
Entretanto, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, na ADI n. 2.795 MC/DF, declarou cons‑
titucional o art. 2º, I, da Lei n. 8.072/1990.
O Guardião da Constituição entendeu que a concessão de indulto aos condenados a penas 
privativas de liberdade insere-se no exercício do poder discricionário do Presidente da Repúbli‑
ca, limitado à vedação prevista no inciso XLIII do art. 5º da CF, de onde o artigo “supra” funda‑
menta a sua validade. Foi arguido que o termo “graça”, previsto no dispositivo constitucional, 
abrange “indulto” e a “comutação de penas”.
Você deve memorizar que, por delegação do Presidente da República, podem conceder in-
dulto ou comutar penas no caso de crimes não hediondos o Ministro de Estado, o Procurador 
Geral da República e o Advogado Geral da União.
Aliás, memorize o § único do art. 84 da Constituição Federal.
Detalhe, os veículos midiáticos confundem a saída temporária com indulto, por conta da 
época em que o segundo é concedido: no natal. Daí vem a expressão “indulto natalino”, que 
é equivocadamente confundido com a “saída” do condenado (que tem direito) para passar as 
festas de final de ano com familiares.
O Pacote Anticrime alterou a Lei de Execução Penal e passou a vedar a saída temporária 
do condenado por crime hediondo com resultado morte. Vejamos:
Art. 122. (...)
§ 1º .........................................................................................................
§  2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o  caput  deste artigo o condenado que 
cumpre pena por praticar crime hediondo com resultado morte. (NR)
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Por fim, vou te lembrar que a comutação de pena significa indulto parcial e que também 
é vedada a concessão quando tratar de crimes hediondos e equiparados. A 6ª Turma do STJ 
decidiu o seguinte:
COMUTAÇÃO. CRIME HEDIONDO. Não há como tachar de ilegal a decisão que indefere 
a comutação de pena (arts. 1º, III, e 2º do Dec. N. 6.294/2007) diante da hediondez do 
crime de latrocínio, visto que o STF reconheceu inconstitucionalidade apenas no tocante 
ao §  1º do art.  2º da Lei n. 8.072/1990 (progressãode regime), deixando incólume a 
vedação do indulto e da comutação. A negativa da comutação, conforme a jurisprudên‑
cia, é discricionariedade conferida ao presidente da República. Precedentes citados: HC 
n. 147.982-MS, DJe 21/6/2010; HC n. 137.223-RS, DJe 29/3/2010; HC n. 142.779-RS, DJe 
1º/2/2010, e HC n. 141.211-RS, DJe 23/11/2009. HC n. 126.077-SP, Rel. Min. Maria The‑
reza de Assis Moura, julgado em 5/10/2010.
Quem comete um crime hediondo ou equiparado não pode ser agraciado, anistiado e tam-
bém não pode receber indulto.
Liberdade Provisória
É um dos temas importantes relacionados aos editais dos concursos das carreiras poli‑
ciais.
E vou te contar um segredo: eu tinha muita dificuldade nessa matéria.
A liberdade provisória pode ser concedida ao indiciado ou ao réu preso cautelosamente, 
para que ele responda ao inquérito ou ao processo provisoriamente em liberdade.
É uma garantia constitucional prevista no art. 5º, LXVI, da CF, assim redigido: “ninguém 
será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem 
fiança”.
A Constituição Federal, o Código de Processo Penal e a Lei n. 8.072/1990 dizem expres‑
samente que os crimes hediondos e equiparados são inafiançáveis, ou seja, que é vedada a 
concessão de liberdade provisória com arbitramento de fiança para tais delitos.
A vedação à liberdade provisória, antes expressamente prevista na Lei n. 8.072/1990, não 
impedia o relaxamento do flagrante quando:
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• ocorresse excesso de prazo da prisão durante o tramitar do processo crime;
• não confirmada a situação flagrancial;
• se reconhecida a nulidade na lavratura do auto de prisão.
Quanto ao tema, devemos nos lembrar da Súmula n. 697/STF, que diz: 
A proibição da liberdade provisória nos processos por crimes hediondos não veda o rela‑
xamento da prisão processual por excesso de prazo.
A Lei n. 11.464/2007, que alterou a Lei dos Crimes Hediondos, possibilitou a concessão de 
liberdade provisória sem arbitramento de fiança, no caso de cometimento de crimes hedion‑
dos ou equiparados.
Nas provas de concurso, você deve ficar atento à expressão “liberdade provisória”, que 
significa que o examinador quer testar os teus conhecimentos acerca da liberdade provisória 
sem fixação de fiança.
Antigamente, existiam vozes que sustentavam, que mesmo com a alteração na Lei dos 
Crimes Hediondos, a proibição de liberdade provisória decorreria da inafiançabilidade prevista 
no art. 5º, XLIII, da CF, ou seja, entende-se que, se a liberdade provisória com fiança não é per‑
mitida, com mais razão não seria a liberdade provisória sem fiança. Nesse sentido, vale citar o 
HC n. 93.229/SP, 1ª Turma, do STF e o HC n. 93.591/MS, 6ª Turma, do STJ.
No que concerne aos crimes de tráfico de drogas, o art. 44 da Lei n. 11.343/2006 também 
vedava de maneira expressa a concessão de liberdade provisória sem fixação de fiança (a cha-
mada “liberdade provisória”, memorize) aos delitos em comento.
O STF chegou a suscitar que a redação conferida ao art. 2º, II, da Lei n. 8.072/1990, pela Lei 
n. 11.464/2007 não preponderava sobre o disposto no art. 44 da Lei n. 11.343/2006, que proibia, 
expressamente, a concessão de liberdade provisória em se tratando de tráfico de drogas – HC 
n. 92.495/PE, 2ª Turma: Informativo n. 508.
No HC n. 94.916/RS (2ª Turma): informativo n. 522, o Ministro Eros Grau enfatizou a excep‑
cionalidade da liberdade provisória nos crimes de tráfico de drogas.
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O mestre Alberto Silva Franco (2002, p. 1.298), antes da alteração promovida pela Lei n. 
11.464/2007, professava:
[...] sob a ótica do princípio fundamental da dignidade da pessoa humana e dos direitos fundamen‑
tais correlacionados do devido processo legal, da presunção da inocência e da liberdade provisória. 
Na medida em que o texto da lei ordinária obsta, sem prévia autorização constitucional, a conces‑
são do direito fundamental à liberdade provisória, nos crimes hediondos e a eles equiparados, e na 
medida em que o mesmo texto transforma o caráter instrumental das medidas cautelares em for‑
mas aflitivas de privação da liberdade para atingir objetivos de prevenção penal, a dignidade da pes‑
soa humana, que serve de base a todos os direitos fundamentais, fica em xeque: a prisão cautelar 
transforma‑se numa penalização desnecessária, sem observância do due process of law, passível 
de censura constitucional e, numa rotulagem inapropriada, o indiciado ou acusado ficam equipara‑
dos à condição de culpado, ofendendo-se claramente o princípio da presunção de inocência.
Em 2012, o Plenário do Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a proibição de 
concessão de liberdade provisória para os que cometerem crimes de tráfico, prevista no artigo 
44 da Lei de Drogas. Era a última modalidade de liberdade provisória proibida ou vedada no 
sistema jurídico brasileiro, que retornou apenas com a edição do Pacote Anticrime, em 2020. 
Vejamos o que dispõe a nova redação do art. 310 do CPP:
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) 
horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do 
acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério 
Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
.................................................................................................................
(...)
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou 
milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou 
sem medidas cautelares. (Grifei)
A tabela abaixo deve ser memorizada, pois resume tudo o que estudamos agora sobre as 
questões jurídicas sobre os crimes Hediondos. Além disso, revisamos o concernente aos cri‑
mes de Tráfico de Drogas, Tortura, Racismo e a Ação de Grupo Armado Civil ou Militar contra o 
Estado Democrático e a Ordem Constitucional:
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Crimes
Hediondos e 
Terrorismo
Tráfico de 
Drogas
Tortura Racismo (crime 
de precon-
ceito – Lei n. 
7.716/1989)
Ação de Grupo 
Armado Civil ou 
Militar contra 
Estado Demo-
crático e a 
Ordem Consti-
tucional
I n a f i a n ç á ‑
‑veis
I n a f i a n ç á ‑
‑veis
Inafiançá-vel Inafiançável Inafiançável
‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ ‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ ‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Imprescritível Imprescritível
I n s u s c e t í ‑
-veis de
1) anistia;
2) graça;
3) indulto.
I n s u s c e t í ‑
-veis de
1) anistia;
2) graça;
3) indulto;
4) “sursis” 
(suspensão 
condicional 
da pena).
Insuscetí-vel de
1) anistia;
2) graça
Punido com 
pena de reclu‑
são
Obs.: � Para a prova, você deve memorizar quecabe liberdade provisória nos crimes hedion‑
dos e equiparados, desde que ausentes os requisitos e fundamentos da prisão preven‑
tiva.
Você deverá ficar atento à mudança feita pelo Pacote Anticrime em relação ao art. 310 
do CPP:
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) 
horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do 
acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério 
Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
.................................................................................................................
(...)
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou 
milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou 
sem medidas cautelares. (Grifei)
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Entendo que a redação dada ao §2º do art. 310 do CPP traz de volta ao ordenamento jurídi‑
co nacional a liberdade provisória vedada ou proibida. Assim, não é possível que o juiz conceda 
a liberdade provisória com ou sem fixação de fiança ao agente é reincidente ou que integra 
organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá 
denegar a liberdade provisória
Progressão de Regime de Cumprimento de Pena
A antiga redação do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 afirmava que a pena privativa de liberdade 
por crime previsto na lei deveria ser cumprida em regime integralmente fechado.
Em 1997, a Lei de Tortura inovou no ordenamento jurídico dispondo que era possível que 
o condenado, por um dos crimes lá previstos (salvo a omissão) pudesse progredir de regime. 
Muitos sustentaram que tal possibilidade deveria ser dada aos demais crimes hediondos e 
equiparados. Porém o Supremo Tribunal Federal, por meio da Súmula n. 698, disse que não se 
estenderia aos demais crimes hediondos e equiparados a admissibilidade de progressão no 
regime de execução da pena aplicada ao crime de tortura.
A súmula n. 698 perdeu a razão de ser com a declaração de inconstitucionalidade da veda‑
ção à progressão de regime prevista na Lei dos Crimes Hediondos e a consequente alteração 
realizada pela Lei n. 11.464, de 2007.
Vale indicar que a antiga redação do art. 2º não encontrava perfeita sintonia com o princí‑
pio constitucional da individualização da pena. Assim, quase 16 anos depois da edição da Lei 
dos Crimes Hediondos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal entendeu, no julgamento do HC 
n. 82.959, que a vedação de progressão de regime ofendia, em sua essência, a regra constitu‑
cional em estudo.
Pena – Regime de cumprimento. Progressão. Razão de ser. A progressão no regime de 
cumprimento da pena, nas espécies fechado, semiaberto e aberto, tem como razão maior 
a ressocialização do preso que, mais dia ou menos dia, voltará ao convívio social. Pena. 
Crimes hediondos. Regime de cumprimento. Progressão. Óbice. Art. 2º, § 1º, da Lei n. 
8.072/1990. Inconstitucionalidade. Evolução Jurisprudencial. Conflita com a garantia da 
individualização da pena – artigo 5º, inciso XLVI, da Constituição Federal – a imposição, 
mediante norma, do cumprimento da pena em regime integralmente fechado. Nova inte‑
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ligência do princípio da individualização da pena, em evolução jurisprudencial, assentada 
a inconstitucionalidade do art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/1990. (STF – HC n. 82.959/SP, 
Pleno)
Com o advento da Lei n. 11.464/2007, o art. 2º, § 1º, a progressão do regime passou a ser 
expressamente admitida, sendo que o condenado deveria iniciar o cumprimento da pena obri‑
gatoriamente em regime fechado.
Assim, se o apenado for primário, a progressão ocorrerá após o cumprimento de 2/5 (dois 
quintos) da pena; se reincidente, após o cumprimento de 3/5 (três quintos).
Em 2012, o Plenário do Supremo Tribunal Federal entendeu inconstitucional a obrigato‑
riedade do início do cumprimento da pena em regime fechado, no caso de condenação por 
crimes hediondos ou equiparados.
O “Pacote Anticrime”, como já mencionado, alterou a Lei de Execução Penal em seu art. 112, 
que traz regra sobre a progressão de regime de pena no Brasil:
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência 
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:
I – 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem 
violência à pessoa ou grave ameaça;
II – 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à 
pessoa ou grave ameaça;
III – 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido 
com violência à pessoa ou grave ameaça;
IV – 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência 
à pessoa ou grave ameaça;
V – 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo 
ou equiparado, se for primário;
VI – 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, 
vedado o livramento condicional;
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada 
para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
VII – 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo 
ou equiparado;
VIII – 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equipa‑
rado com resultado morte, vedado o livramento condicional. (Grifei)
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta 
carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a pro‑
gressão.
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de 
manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na con‑
cessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos 
nas normas vigentes
De agora em diante você deverá memorizar que com a edição do “Pacote Anticrime”, o con‑
denado por crime hediondo ou equiparado deverá cumprir 40% (quarenta por cento) da pena, 
se for primário.
Cumprirá 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for primário e tiver sido con‑
denado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, sendo vedado o 
livramento condicional.
Também cumprirá50% (cinquenta por cento) da pena, o condenado por exercer o coman‑
do, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hedion‑
do ou equiparado.
Cumprirá 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de 
crime hediondo ou equiparado.
Cumprirá 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo 
ou equiparado com resultado morte, sendo vedado o livramento condicional.
O Pacote Anticrime revogou o dispositivo que previa que no caso de condenação por crime 
hediondo ou equiparado o condenado deveria cumprir 2/5 da pena, se primário, e 3/5 se rein‑
cidente.
Possibilidade de se Recorrer em Liberdade no Caso de Condenação por Crime Hediondo 
ou Equiparado
Rege a Lei dos Crimes Hediondos:
§ 3º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar 
em liberdade. (Redação dada pela Lei n. 11.464, de 2007).
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
O Superior Tribunal de Justiça (RHC n. 23.987/SP e HC n. 92.886/SP, 5ª Turma) e o Supre‑
mo Tribunal Federal continuam se manifestando no sentido de que somente será negado ao 
condenado o direito de apelar em liberdade se estiverem presentes os requisitos e fundamen‑
tos da prisão preventiva.
Se estiverem ausentes os requisitos da prisão preventiva, o condenado que permaneceu 
em liberdade durante a instrução criminal poderá apelar da sentença condenatória sem se 
recolher ao cárcere.
Você deve atentar-se para as mudanças promovidas pelo “Pacote Anticrime” no Código de 
Processo Penal no tocante às regras de apelação. Vejamos:
Art. 492.
(...)
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os 
requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) 
anos de reclusão, determinará a execução provisória das penas, com expedição do mandado de 
prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos;
.................................................................................................................
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, deixar de autorizar a execução provisória das penas de 
que trata a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver questão substancial cuja resolução 
pelo tribunal ao qual competir o julgamento possa plausivelmente levar à revisão da condenação.
§ 4º A apelação interposta contra decisão condenatória do Tribunal do Júri a uma pena igual ou 
superior a 15 (quinze) anos de reclusão não terá efeito suspensivo. (Grifei).
Livramento Condicional nos Crimes Hediondos e Equiparados
É a concessão de liberdade antecipada, por meio de decisão judicial, ao condenado, me‑
diante a existência de determinados requisitos e observadas algumas condições durante o 
restante da pena que deveria cumprir preso.
O art. 83, V, do Código Penal, tem a seguinte redação:
V – cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da 
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente 
específico em crimes dessa natureza.
Além dos requisitos já estabelecidos no CP, o condenado deve cumprir mais de 2/3 da 
reprimenda imposta, desde que não seja reincidente específico em crimes hediondos ou equi‑
parados.
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Você deve ficar atento às alterações promovidas pelo “Pacote Anticrime” em relação ao 
instituto do Livramento Condicional no caso de condenação por crimes hediondos e equipara‑
dos:
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência 
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:
I – 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem 
violência à pessoa ou grave ameaça;
II – 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à 
pessoa ou grave ameaça;
III – 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido 
com violência à pessoa ou grave ameaça;
IV – 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência 
à pessoa ou grave ameaça;
V – 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo 
ou equiparado, se for primário;
VI – 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, 
vedado o livramento condicional;
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada 
para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
VII – 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo 
ou equiparado;
VIII – 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equipa‑
rado com resultado morte, vedado o livramento condicional. (Grifei)
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta 
carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a pro‑
gressão.
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de 
manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na con‑
cessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos 
nas normas vigentes.
Você deverá memorizar que a partir do “Pacote Anticrime” o condenado por crime hedion‑
do ou equiparado com resultado morte deverá cumprir 50% (cinquenta por cento) da pena, se 
o apenado for primário, vedado o livramento condicional. Se reincidente em crime hediondo 
ou equiparado com resultado morte, o condenado cumprirá 70% (setenta por cento) da pena, 
sendo vedado o livramento condicional.
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Novamente, se o processo estiver em curso, a nova lei penal não vai retroagir para abarcar 
fatos passados, no caso de ser mais prejudicial ao réu.
Reincidência Específica em Crimes Hediondos e Equiparados.
A primeira corrente, denominada restritiva, diz que é considerado reincidente específico o 
criminoso já condenado por um crime hediondo em sentença transitada em julgado, que vem 
a cometer novamente o mesmo delito.
Ex.: o condenado comete crime de estupro no interior do presídio onde cumpre a pena, após 
ser condenado de maneira definitiva (por estupro).
A segunda corrente, denominada ampliativa, diz que é considerado reincidente específico 
o criminoso que, após ser condenado por um dos crimes hediondosou equiparado, vem a co‑
meter qualquer um destes.
Ex.: o condenado comete crime de homicídio qualificado no interior do presídio onde cumpre a 
pena, após ser condenado de maneira definitiva pela prática de tráfico de drogas.
A Prisão Temporária nos Crimes Hediondos e Equiparados
Vamos revisar o que você já aprendeu sobre a Lei de Prisão Temporária.
A prisão temporária, espécie de prisão cautelar, tem por finalidade assegurar a eficiência 
da investigação criminal (Inquérito Policial) nos crimes graves, hediondos e equiparados.
Você deve memorizar que a lei que versa a prisão temporária afastou de vez a possibili‑
dade da decretação da prisão por averiguação, que não foi recepcionada pela Constituição 
Federal, conforme se depreende da leitura do art. 5º, LXI:
LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de auto‑
ridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, 
definidos em lei;
Tomamos por base os ensinamentos de Ricardo Andreucci1: “O primeiro aduz que a prisão 
temporária é inconstitucional os aspectos formal e material”. Segundo esta corrente, a prisão 
temporária é formalmente inconstitucional por ser oriunda de medida provisória (MP n. 111, 
1 ANDREUCCI, Ricardo Antônio. Legislação Penal Especial, 6ª -São Paulo: Saraiva, 2009, página 500.
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de 1989) e no aspecto material por afrontar o princípio da presunção de inocência (CF, art. 5º, 
LVII). Entretanto, para o Supremo Tribunal Federal, a Lei é constitucional por ter sido a medida 
provisória convertida em Lei, por não se confundir com prisão penal e por ser um “instrumento 
destinado a atuar em benefício da atividade desenvolvida no processo penal” (HC n. 80.719, 
Informativo STF n. 221, Rel. Min. Celso de Melo).
Requisitos da Prisão Temporária
Consoante a disposição do art. 1º da Lei n. 7.960/1989,
Art. 1º Caberá prisão temporária:
I – quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II – quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclare‑
cimento de sua identidade;
III – quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, 
de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2º);
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1º e 2º);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1º e 2º);
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo 
único);
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1º);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte 
(art. 270, caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio (arts. 1º, 2º e 3º da Lei n. 2.889, de 1º de outubro de 1956), em qualquer de sua formas 
típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n. 6.368, de 21 de outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n. 7.492, de 16 de junho de 1986)
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei n. 13.260, de 2016).
Você deve atentar-se ao fato de que o crime de envenenamento de água potável ou subs‑
tância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte ERA hediondo e deixou de ser na década 
de 1990, mas ainda está previsto no rol taxativo de delitos que admitem a prisão temporária.
Mesmo com o advento do Pacote Anticrime não houve a inclusão de novos delitos no rol 
taxativo de crimes que admitem a prisão temporária (Art. 1º da Lei n. 7.960/1989).
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Capez nos ensina que:
Divergência: Sérgio de Oliveira Médici aponta a existência de quatro posições a respeito da 
aplicação da prisão temporária.
• Para Tourinho Filho e Julio Mirabete, é cabível a prisão temporária em qualquer das três 
situações previstas em lei (os requisitos são alternativos: ou um, ou outro).
• Para Antônio Scarance Fernandes, a prisão temporária só pode ser decretada se estive‑
rem presentes as três situações (os requisitos são cumulativos).
• Para Damásio de Jesus e Antônio Magalhães Gomes Filho, a prisão só poderá ser de‑
cretada naqueles crimes apontados pela lei desde que concorra qualquer uma das pri‑
meiras situações. Assim, se a medida for imprescindível para as investigações ou se 
o endereço ou identificação do indiciado forem incertos, caberá prisão cautelar, e se o 
crime for um dos indicados por lei.
• A prisão temporária pode ser decretada em qualquer das situações legais, desde que, 
como ela, concorram os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva 
(art. 312 do CPP) É a posição de Vicente Greco Filho.2
Guilherme Nucci diz que devemos “consertar os equívocos legislativos e fixar como parâ‑
metro a reunião do inciso III com o I ou com o inciso II” (NUCCI, Guilherme de Souza. Leis pe‑
nais e processuais penais comentadas. 3ª edição. Ed. Revista dos Tribunais. 2008, pág. 1008). 
Nesse mesmo sentido está o Professor Maurício Zanoide de Moraes (Leis penais especiais 
e sua interpretação jurisprudencial, V. 2, pág. 2869). Assim como Capez, partilhamos da tese 
defendida por Damásio de Jesus.
Momento de Decretação da Prisão Temporária
A prisão temporária poderá ser decretada em qualquer fase do inquérito policial, não po‑
dendo ser decretada no respectivo processo judicial.
O objetivo principal desta modalidade de prisão é garantir a efetividade das investigações 
criminais, assim, não é cabível a decretação da prisão temporária no curso do processo.
2 CAPEZ, Fernando. Processo Penal/ Fernando Capez – 17ª ed. - Sâo Paulo: Ed. Damásio de Jesus, 2007. Página 188.
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Legitimados para o Pedido de Prisão Temporária
A prisão temporária só será decretada com requerimento do Ministério Público ou repre‑
sentação do Delegado de Polícia. Ao contrário da prisão preventiva, a prisão temporária não 
pode ser decretada de ofício pelo juiz.
O art. 2º da lei supramencionada dispõe que,
Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade poli‑
cial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade.
É importante ressaltarmos que, se a representação for feita pela autoridade policial, o Juiz 
deverá ouvir o Órgão do MP antes de decidir o pedido.
Ocorrendo a prisãotemporária, o despacho do Juiz deverá ser fundamentado e prolatado 
dentro do prazo de 24 horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do reque‑
rimento.
A fundamentação é uma decorrência lógica de toda e qualquer decisão judicial, que deve 
ser fundamentada conforme dispõe o artigo 93, § 9º, da Constituição Federal de 1988. O prazo 
de 24 horas é um prazo impróprio, pois, se porventura o juiz extrapolá-lo, não há que se falar 
em nulidade.
O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado, determi‑
nar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade 
policial e submetê-lo a exame de corpo de delito.
Decretada a prisão temporária, expedir‑se‑á mandado de prisão, em duas vias, uma das 
quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.
A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial.
Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no art. 5º 
da Constituição Federal.
Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais de‑
tentos.
A libertação do preso temporário deverá ser realizada pela própria autoridade policial, sem 
que haja a necessidade do alvará de soltura.
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Aquele que prolongar conscientemente a execução de prisão temporária deixando de ex‑
pedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade responderá por 
crime de abuso de autoridade previsto no art. 12, inciso IV, da Nova Lei de Abuso de Autoridade; 
senão, vejamos:
Prazos de Duração da Prisão Temporária
Para a prova do concurso, você deverá memorizar que o prazo da prisão temporária nos 
crimes hediondos será de 30 dias, prorrogável por igual período, em caso de extrema e com‑
provada necessidade.
Você também deverá memorizar que, para os outros crimes previstos no rol taxativo do ar‑
tigo 1º da Lei n. 7.960/1989, o prazo da prisão temporária é de cinco dias, também prorrogável 
por igual período, em caso de extrema e comprovada necessidade.
É cabível prisão temporária em todos os crimes hediondos e equiparados, mas nem todos 
os crimes previstos na Lei n. 7.960/1989 são hediondos ou equiparados.
Independência do Prazo da Prisão Temporária em Relação ao Inquérito Policial
O Código de Processo Penal diz que o inquérito policial deverá ser encerrado no prazo de 
10 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado 
o prazo. Nessa hipótese, a partir do dia em que executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 
dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
O prazo da prisão temporária não está contido dentro do prazo para a conclusão do Inqué‑
rito Policial. Sendo o crime não hediondo, o prazo da prisão temporária é de cinco dias prorro‑
gáveis por igual período. Após o decurso do prazo de dez dias, a autoridade policial ainda terá 
outros dez dias para o encerramento do inquérito, pois os prazos são independentes e não são 
somados.
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Crime Hediondo Crime não hediondo
Hipótese I
Prazo: 30 + 30 + 10 = 70 dias para 
concluir o inquérito policial
Hipótese II
Prazo: 5 + 5 + 10 = 20 dias para con‑
cluir o inquérito policial.
Há quem sustente que o prazo de prisão temporária está contido no prazo para conclusão 
do inquérito policial. Para tal corrente, o prazo do inquérito policial, se o indiciado estiver preso 
em virtude de prisão temporária, será de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco dias, havendo 
exceção para determinados casos, a exemplo dos crimes de tráfico de drogas ou tortura, em 
que o prazo se estende para 30 dias, prorrogáveis por igual período, em caso de extrema e 
comprovada necessidade.
Encerrado o prazo da prisão temporária, mediante a representação do Delegado de Polícia 
ou do Órgão Ministerial, o Juiz pode decretar a prisão preventiva se estiverem presentes os 
requisitos previstos no Código de Processo Penal, de acordo com a nova redação dada ao as‑
sunto pelo Pacote Anticrime.
O prazo da prisão temporária nos crimes hediondos será de 30 dias, prorrogável por igual 
período, em caso de extrema e comprovada necessidade. Para os outros crimes, o prazo da 
prisão temporária é de cinco dias, também prorrogável por igual período, em caso de extrema 
e comprovada necessidade.
É cabível prisão temporária em todos os crimes hediondos e equiparados, mas nem todos 
os crimes previstos no rol taxativo da Lei n. 7.960/1989 são hediondos ou equiparados
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RESUMO
Equiparados a hediondos Hediondos
T– tráfico de drogas
T– Tortura
T – Terrorismo
Art. 1º da Lei n. 8.072/1990
Rol Taxativo
São considerados hediondos os crimes previstos 
no art. 1º da Lei n. 8.072/1990 tanto na forma ten‑
tada quando na forma consumada.
Como define-se um crime como hediondo? O Critério adotado no Brasil é o legal, ou seja, 
quem define o crime como hediondo é o legislador.
O STF entende que associação para o tráfico de drogas não é crime equiparado ao hediondo.
Elenco taxativo dos crimes hediondos
• Homicídio Simples
Praticado em atividade de grupo de extermínio, ainda que por um só agente.
• Homicídio qualificado
Obs.: � Controvérsia: o CESPE prevalece na doutrina e na jurisprudência de que o crime de 
homicídio privilegiado qualificado não é hediondo. Fundamento: o privilégio não pode 
existir com caráter hediondo de um crime.
• Latrocínio
• Extorsão qualificada pelo resultado morte
a) O crime de extorsão na forma simples não é hediondo.
b) Sequestro relâmpago é uma forma de extorsão com restrição de liberdade, que, na forma 
simples, não é considerado hediondo, apenas nas formas qualificadas.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Para o Professor Luiz Flávio Gomes, o crime de “sequestro relâmpago” com resultado de morte 
é hediondo (é um crime de extorsão com resultado morte).
• Extorsão mediante sequestro
O crime de extorsão mediante sequestro é hediondo na forma simples como na forma 
qualificada.
• Estupro
O crime de estupro é hediondo tanto na forma simples quanto na qualificada.
• Estupro de vulnerável
Foi tema da dissertação de Agente PCDF/2009.
O crime de estupro de vulnerável é hediondo tanto na forma simples quanto na forma qua‑
lificada. Os vulneráveis são:
 – menor de 14 anos;
 – vítima com doença ou enfermidademental;
 – vítima que não apresenta condições de se defender.
• Epidemia com resultado morte
Epidemia: propagação de germes patogênicos num curto espaço de tempo. Temos aqui 
um crime preterdoloso.
• Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins tera-
pêuticos ou medicinais
• Genocídio
• Posse ou porte de arma de fogo de uso proibido
• Exploração sexual do vulnerável
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
• Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida 
de morte (art. 129, § 3º) quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos 
arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Na‑
cional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra 
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição.
• Feminicídio
• Comércio ilegal de arma de fogo.
• Tráfico internacional de arma de fogo.
• Roubo com emprego de arma de fogo.
• Roubo com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido.
• Furto com emprego de explosivo.
• Roubo com restrição de liberdade.
• Roubo com resultado lesão grave.
• Extorsão com restrição de liberdade, com ocorrência de lesão grave ou morte.
• Organização criminosa voltada para a prática de crimes hediondos ou equiparados
• Os crimes hediondos e equiparados são insuscetíveis de graça, anistia e indulto.
Fundamento: a Lei n. 11.464/2007 suprimiu do texto da Lei n. 8.072/1990 a proibição de 
concessão de liberdade provisória nos crimes hediondos e equiparados.
Anistia: é uma causa extintiva de punibilidade.
CP
Art. 107. É o esquecimento jurídico de uma ou mais infrações penais. É concedida pelo Congresso 
Nacional por meio de lei federal
Graça: é uma causa extintiva de punibilidade. É uma espécie de clemência estatal Conce‑
dida pelo Presidente da República; ela é individual.
Indulto: é uma causa extintiva de punibilidade. É uma clemência estatal concedida pelo 
Presidente da República que é dada de maneira coletiva. O PR pode comutar pena, que é o 
indulto parcial, uma redução de pena.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
CF/1988
Art. 84.
Parágrafo único. Por meio de delegação do Presidente da República o AGU, PGR e Ministro de Esta‑
do podem conceder indulto.
Progressão de regime nos crimes hediondos e equiparados
Até a edição do Pacote Anticrime, o condenado por crime hediondo ou equiparado poderá 
começar a cumprir a pena no regime fechado, semiaberto ou aberto, a depender da pena im‑
posta na sentença condenatória. Para obter a progressão, o condenado deveria cumprir 2/5 se 
primário e 3/5 se reincidente.
Agora, com a nova redação do art. 112 da LEP, novos índices deverão ser observados.
Prisão Temporária nos Crimes Hediondos
A prisão temporária é uma modalidade de prisão cautelar, prevista na Lei n. 7.960/1989.
A Prisão temporária é decretada pelo Juiz no curso das investigações criminais durante 
inquérito policial.
Legitimados a requerer a temporária
• Autoridade Policial.
• Membro do MP.
Obs.: � O Juiz não pode decretar de ofício (sem provocação) a prisão temporária.
Hipóteses de cabimento de prisão temporária
• Rol taxativo de crimes previstos na Lei n. 7.960/1989.
• Crimes hediondos e equiparados.
• 
O crime de envenenamento de água potável, produto alimentício e medicinal era hediondo, 
porém admite prisão temporária. Está previsto na Lei n. 7.960/1989.
•	 Prazo de duração da prisão temporária nos crimes hediondos e equiparados é de 30 
dias prorrogados por igual período em caso de extrema necessidade.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
•	 Para outros crimes previstos no rol taxativo previsto no art. 1º da Lei n. 7.960/1989 o 
prazo é de 5 dias prorrogáveis por igual período em caso de extrema necessidade.
Delação Premiada nos crimes hediondos e equiparados
Já falamos sobre o assunto anteriormente (formação de quadrilha ou bando para a prática 
de crimes hediondos ou equiparados). O participante ou associado que denunciar para auto‑
ridades a quadrilha ou bando formado para a prática de crimes hediondos e equiparados terá 
um benefício de redução de pena 1 a 2/3. Vale lembrar que não existe mais o crime de forma‑
ção de quadrilha ou bando no ordenamento jurídico, uma vez que o art. 288 do CP recebeu uma 
nova roupagem em 2012, prevendo agora o crime de formação de associação criminosa. No 
tocante à delação premiada, a melhor norma que trata do assunto é a Lei n. 12.850/13, tam‑
bém conhecida como Lei de Combate ao Crime Organizado.
No art. 159 do CP que trata do crime de extorsão mediante sequestro, há também a previsão 
da delação premiada com redução da pena de 1 a 2/3. O mesmo vale para a Lei de Drogas, em 
seu art. 41.
LETRA DA LEI 
LEI N. 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990.
Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e de‑
termina outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sancio‑
no a seguinte lei:
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei 
n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada 
pela Lei n.8.930, de 1994) (Vide Lei n.7.210, de 1984)
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda 
que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, 
VII e VIII); (Redação dada pela Lei n.13.964, de 2019)
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
I  – A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art.  129, §  2º) e lesão corporal 
seguida de morte (art.  129, §  3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito 
nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Na‑
cional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu 
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; 
(Incluído pela Lei n.13.142, de 2015)
II – roubo: (Redação dada pela Lei n.13.964, de 2019)
a) circunstanciado pela restriçãode liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); (Incluído 
pela Lei n.13.964, de 2019)
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo empre‑
go de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); (Incluído pela Lei n.13.964, 
de 2019)
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); (Incluído pela 
Lei n.13.964, de 2019)
III – extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal 
ou morte (art. 158, § 3º); (Redação dada pela Lei n.13.964, de 2019)
IV – extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2º e 3º); 
(Inciso incluído pela Lei n.8.930, de 1994)
V – estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); (Redação dada pela Lei n.12.015, de 2009)
VI – estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1º, 2º, 3º e 4º); (Redação dada pela Lei 
n.12.015, de 2009)
VII  – epidemia com resultado morte (art.  267, §  1º). (Inciso incluído pela Lei n.8.930, 
de 1994)
VII – A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei n.9.695, de 1998)
VII – B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins tera‑
pêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B, com a redação dada pela Lei 
no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei n.9.695, de 1998)
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9677.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9677.htm
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
VIII – favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança 
ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei n.12.978, 
de 2014)
IX – furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo 
comum (art. 155, § 4º-A). (Incluído pela Lei n.13.964, de 2019)
Parágrafo único. Consideram‑se também hediondos, tentados ou consumados: (Redação 
dada pela Lei n.13.964, de 2019)
I – o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei n.2.889, de 1º de outubro de 
1956; (Incluído pela Lei n.13.964, de 2019)
II – o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da 
Lei n.10.826, de 22 de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei n.13.964, de 2019)
III – o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei n.10.826, de 22 
de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei n.13.964, de 2019)
IV  – o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto 
no art. 18 da Lei n.10.826, de 22 de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei n.13.964, de 2019)
V – o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou 
equiparado. (Incluído pela Lei n.13.964, de 2019)
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins e o terrorismo são insuscetíveis de: (Vide Súmula Vinculante)
I – anistia, graça e indulto;
II – fiança e liberdade provisória.
II – fiança. (Redação dada pela Lei n.11.464, de 2007)
§ 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado. 
(Redação dada pela Lei n.11.464, de 2007)
§ 3º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu pode‑
rá apelar em liberdade. (Redação dada pela Lei n.11.464, de 2007)
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http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/jurisprudenciaSumulaVinculante/anexo/PSV_30.pdf
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§ 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, 
nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período 
em caso de extrema e comprovada necessidade. (Incluído pela Lei n.11.464, de 2007)
Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao 
cumprimento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em 
presídios estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública.
Art. 4º (Vetado).
Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso:
“Art. 83...............................................................
........................................................................
V – cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, 
prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não 
for reincidente específico em crimes dessa natureza.”
Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213; 214; 223, caput e seu pará‑
grafo único; 267, caput e 270; caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte 
redação:
“Art. 157..............................................................
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze 
anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
........................................................................
Art. 159. ...............................................................
Pena – reclusão, de oito a quinze anos.
§ 1º.................................................................
Pena – reclusão, de doze a vinte anos.
§ 2º.................................................................
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/VEP-LEI-8072-1990.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
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Pena – reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.
§ 3º.................................................................
Pena – reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.
........................................................................
Art. 213................................................................
Pena – reclusão, de seis a dez anos.
Art. 214................................................................
Pena – reclusão, de seis a dez anos.
........................................................................
Art. 223................................................................
Pena – reclusão, de oito a doze anos.
Parágrafo único. Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos.
........................................................................
Art. 267................................................................Pena – reclusão, de dez a quinze anos.
........................................................................
Art. 270................................................................
Pena – reclusão, de dez a quinze anos.
.......................................................................”
Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte parágrafo:
“Art. 159...............................................................
........................................................................
§ 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o coautor que denunciá-lo à autoridade, 
facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.”
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, 
quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e dro‑
gas afins ou terrorismo.
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Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou qua‑
drilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.
Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, 
§ 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e pa‑
rágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código 
Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estan‑
do a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal.
Art. 10. O art. 35 da Lei n.6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar acrescido de 
parágrafo único, com a seguinte redação:
“Art. 35.................................................................
Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo serão contados em dobro quan‑
do se tratar dos crimes previstos nos arts. 12, 13 e 14.”
Art. 11. (Vetado).
Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 25 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.
FERNANDO COLLOR
Bernardo Cabral
Este texto não substitui o publicado no DOU de 26.7.1990
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Crimes Hediondos
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EXERCÍCIOS
Questão 1 (CESPE TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) Conforme a Lei n.8.072/1990, 
é considerado hediondo o crime de
a) favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de mulheres.
b) Infanticídio.
c) extorsão qualificada por qualquer resultado.
d) lavagem de dinheiro.
e) epidemia com resultado morte.
Questão 2 (FCC/TJ-MA/ANALISTA JUDICIÁRIO DIREITO/2019) Segundo o que dispõe a le‑
gislação nacional acerca dos crimes hediondos (Lei n. 8.072/1990),
a) o feminicídio não consta do rol dos crimes hediondos.
b) o crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança 
ou adolescente ou de vulnerável é hediondo.
c) o crime de corrupção é definido como hediondo de acordo com o ordenamento jurídico.
d)o delito de exposição a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qual‑
quer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea é hediondo, con‑
forme o Código Penal.
e) o crime de lesão corporal dolosa, em nenhuma de suas modalidades, é, para efeito da lei 
brasileira, hediondo.
Questão 3 (TJ-SC/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS REMOÇÃO/2012) 
Assinale a alternativa correta:
a) Consoante a Lei n. 8.072/1990, os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia, graça, indulto, fiança 
e liberdade provisória.
b) Nos casos de condenação por crime hediondo, a  progressão de regime dar-se-á após o 
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos) 
se reincidente.
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c) Nos termos da Lei n. 11.343/2006, o indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente 
com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou 
partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de conde‑
nação terá pena reduzida de um sexto a dois terços.
d) Segundo a Lei n. 11.343/2006, constitui crime induzir, instigar ou auxiliar alguém a uso inde‑
vido de droga, cuja pena será de reclusão de um a quatro anos, além de multa.
e) Em consonância com a Lei n. 11.343/2006, terá a pena reduzida à metade o agente que, em 
razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, 
era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, intei‑
ramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar‑se de acordo com esse 
entendimento.
Questão 4 (UFPR/COREN-PR/ADVOGADO/2018) São crimes hediondos nos termos da Lei 
n.8.072, de 1990, EXCETO:
a) provocar aborto sem o consentimento da gestante.
b) entregar a consumo produto cosmético adquirido de estabelecimento sem licença da auto‑
ridade sanitária competente.
c) constranger pessoa maior de 18 (dezoito) anos a ter conjunção carnal mediante grave ame‑
aça, sem resultar na morte da vítima.
d) atrair pessoa com 16 (dezesseis) anos à prostituição.
e) portar arma de fogo de uso restrito ao uso pelas forças armadas.
Questão 5 (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2018) Em cada 
item que se segue, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser 
julgada com relação a crime de tortura, crime hediondo, crime previdenciário e crime contra o 
idoso.
Paula, proprietária de uma casa de prostituição, induziu e passou a explorar sexualmente duas 
garotas de quinze anos de idade. Nessa situação, o crime praticado por Paula é hediondo e, por 
isso, insuscetível de anistia, graça e indulto.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Questão 6 (FCC/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO REAPLICAÇÃO/2018) À luz do que dispõe o 
direito brasileiro sobre os crimes hediondos,
a) somente recebem essa classificação os crimes consumados em razão do princípio da re‑
serva legal.
b) é obrigatória a fixação de regime inicial fechado para o cumprimento da pena.
c)todas as modalidades de tráfico de drogas são equiparadas a crime hediondo, o que não 
ocorre no crime de associação para o tráfico.
d)sua prática autoriza a majoração da pena-base acima do mínimo legal.
e) existe vedação legal expressa à concessão dos institutos da graça e do indulto
Questão 7 (NUCEPE/PC-PI/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2018) Acerca dos Crimes he‑
diondos, marque a alternativa CORRETA.
a) São considerados hediondos o Infanticídio e o Estupro.
b) A tentativa de homicídio simples ou de homicídio qualificado constituem-se crimes hedion‑
dos.
c) É possível a liberdade provisória aos autores de crimes hediondos e equiparados.
d) Dependendo da gravidade do crime, é cabível ao juiz classificar o crime como hediondo.
e) Tratando-se de crime hediondo ou equiparado, o condenado por crime de tortura, em qual‑
quer modalidade, deverá iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.
Questão 8 (CESPE/EBSERH/ADVOGADO/2018) Julgue o item seguinte, relativos aos tipos 
penais dispostos no Código Penal e nas leis penais extravagantes.
O ordenamento jurídico nacional adotou o critério legal para a tipificação dos crimes hedion‑
dos, sendo vedado ao juiz, em caso concreto, fixar a hediondez de um delito ou excluí-la em 
razão de sua gravidade ou forma de execução.
(VUNESP/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA/2018)
Considere o seguinte caso hipotético.
Questão 9 (VUNESP/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) A Força Nacional está atuan‑
do legalmente em Salvador. O civil “X”, irmão de um Policial Militar do Estado de São Paulo 
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Crimes Hediondos
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que integra a Força Nacional, residente na referida cidade, se envolveu em acidente de trânsito 
sem vítimas, ao abalroar o veículo do condutor “Y”. Após se identificar como irmão do Militar 
do Estado integrante da Força Nacional, foi violentamente agredido por “Y”, que confessou ter 
assim agido apenas por saber dessa condição. As agressões provocaram lesões corporais 
gravíssimas no civil “X”. Diante do exposto, é correto afirmar que o crime praticado por “Y”
a) não é considerado hediondo, pois a legislação contempla apenas o crime de homicídio do‑
loso perpetrado contra o Militar do Estado.
b) é considerado hediondo, apenas por se tratar de uma lesão corporal dolosa de natureza 
gravíssima, independentemente da condição da eventual vítima.
c) não é considerado hediondo, pois a legislação não contempla lesão corporal dolosa de na‑
tureza gravíssima como crime hediondo.
d) é considerado hediondo, pois o civil “X” foi vítima de lesão corporal dolosa de natureza gra‑
víssima apenas por ser irmão de Militar do Estado em razão de sua função.
e) somente seria considerado hediondo se o crime de lesão corporal dolosa de natureza gravís‑
sima fosse perpetrado contra o próprio Militar do Estado em razão de sua função.
Questão 10 (MPE-SP/MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2017) São considera‑
dos crimes hediondos, dentre outros:
a) o roubo qualificado, o homicídio qualificado, a lesão corporal grave e o estupro.
b) o estupro, o latrocínio, o homicídio qualificado e o estupro de vulnerável.
c) o peculato, o homicídio, o latrocínio e o tráfico de drogas.
d) o tráfico de drogas, o homicídio qualificado, o peculato e a extorsão mediante sequestro.
e) o sequestro, o roubo qualificado, o infanticídio e o peculato.
Questão 11 (FCC/DPE-SC/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO/2017) NÃO sofrem influên‑
cia da reincidência e da hediondez do crime na execução penal os seguintes direitos:
a) Comutação e saída temporária.
b) Indulto e autorização de saída.
c) Progressão de regime e saída temporária.
d) Livramento condicional e remição.
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e) Remição e permissão de saída.
Questão 12 (IBADE/PC-AC/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2017) No que concerne à Lei que 
trata dos crimes Hediondos (Lei n. 8.072/1990 e suas alterações), assinale a alternativa cor‑
reta.
a) A progressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos, dar‑se‑á após o 
cumprimento de 3/5 (três quintos) da pena, se o apenado for primário.
b) O crime de homicídio qualificado previsto no Código Penal Militar é considerado hediondo.
c) O fato de o crime ser considerado hediondo, por si só, não impede a concessão da liberdade 
provisória, de acordo com o entendimento dos Tribunais Superiores.
d) O sistema adotado pela legislação brasileira para rotular uma conduta como hediondo é o 
sistema misto.
e) Dentre os crimes equiparados aos hediondos estão: tortura, tráfico ilícito de drogas e racis‑
mo.
Questão 13 (CONSULPLAN/TRF-2/ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA/2017) “A pro-
gressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos dar-se-á após o cum-
primento de _____ da pena, se o apenado for primário; e de _____, se reincidente.” Assinale a 
alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) 1/3 / 2/3
b) 1/4 / 2/5
c) 1/6 / 1/2
d) 2/5 / 3/5
Questão 14 (INÉDITA/2020) A respeito de crimes hediondos, assinale a opção errada.
a) A tortura, tráfico de drogas e terrorismo são crimes equiparados aos hediondos, bem como 
são insuscetíveis de fiança, anistia, graça e indulto.
b) Para que se considere o crime de homicídio hediondo, ele deve ser qualificado.
c) Considera‑se hediondo o homicídio simples praticado em ação típica de grupo de extermínio 
ainda que praticado por um só agente.
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d) O crime de roubo majorado pelo emprego de arma de fogo é tratado pela lei como hediondo.
e) O furto qualificado pelo emprego de explosivo foi inserido no rol taxativo de crimes hedion‑
dos com o advento do pacote anticrime.
Questão 15 (IESES/TJ-PA/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS PROVI‑
MENTO/2016) De acordo com a Lei de Crimes Hediondos (8.072/90), é correto afirmar:
a) O crime de estupro (art. 213, do CP) somente é considerado hediondo caso praticado na sua 
forma qualificada.
b) Ao contrário do que ocorre com o crime de extorsão, que é considerado hediondo apenas se 
qualificado pelo resultado morte, o delito de extorsão mediante sequestro é etiquetado como 
hediondo independentemente da modalidade.
c) O crime de roubo, do qual resulta lesão corporal grave na vítima, é etiquetado como sendo 
crime hediondo.
d) O crime de Genocídio (Lei 2.889/56) é considerado equiparado a hediondo.
Questão 16 (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS 
PROVIMENTO/2016) De acordo com a Lei n.8.072/1990, é considerado crime hediondo:
a) Estupro de vulnerável tentado.
b) Epidemia com resultado lesão corporal de natureza grave.
c) Concussão.
d) Falsificação de selo público destinado a autenticar atos oficiais da União.
Questão 17 (CESPE/TJ-DFT/JUIZ/2016) Com fundamento na Lei n.11.464/2007, que mo‑
dificou a Lei n.8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos), assinale a opção correta acerca dos 
requisitos objetivos para fins de progressão de regime prisional.
a) O regime integral fechado poderá ser aplicado no caso de prática de crime de tráfico inter‑
nacional de drogas, em que, devido à hediondez da conduta, que atinge população de mais de 
um país, o réu não poderá ser beneficiado com a progressão de regime prisional.
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b) Como exceção à regra prevista na legislação de regência, a progressão de regime prisional 
é vedada ao condenado, que deve cumprir regime integral fechado, pela prática de crime de 
epidemia de que resulte morte de vítimas.
c) Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei 
n.11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no artigo 112 da Lei de Execução Penal para a progres‑
são de regime, que estabelece o cumprimento de um sexto da pena no regime anterior.
d) A Lei dos Crimes Hediondos é especial e possui regra própria quanto aos requisitos objetivos 
para a progressão de regime prisional, devendo seus atuais parâmetros ser aplicados, indepen‑
dentemente de o crime ter sido praticado antes ou depois da vigência da Lei n.11.464/2007, 
com base no princípio da especialidade.
e) Os requisitos objetivos da Lei n.11.464/2007 devem ser aplicados para fins de progressão 
de regime prisional, pelo fato de essa lei ser mais benéfica que a lei anterior, que vedava a pro‑
gressão de regime.
Questão 18 (FGV/TJ-PI/ANALISTA JUDICIÁRIO OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR/2015) 
Constituem crimes hediondos, EXCETO:
a) homicídio em atividade típica de grupo de extermínio praticada por um agente só;
b) epidemia com resultado morte;
c) favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adoles‑
cente ou de vulnerável;
d) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal;
e) lesão corporal seguida de morte, quando praticada contra integrante do sistema prisional.
Questão 19 (CESPE/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIA‑
DOR FEDERAL/2015) A respeito dos crimes hediondos, julgue o item que se segue. 
O crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima é hediondo quando praticado contra 
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo de até terceiro grau, de agente da Polícia Ro‑
doviária Federal e integrante do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, 
em razão dessa condição.
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Questão 20 (VUNESP/MPE-SP/ANALISTA DE PROMOTORIA/2015) A Lei n. 8.072/90 (cri‑
mes hediondos)
a) define no seu artigo 1º os crimes considerados hediondos, todos previstos no Código Penal, 
sem prejuízo, contudo, de outros delitos considerados hediondos pela Legislação Penal Espe‑
cial.
b) não permite a interposição de apelação antes do recolhimento do condenado à prisão, em 
razão do disposto no seu artigo 2º, § 1º (a pena será cumprida em regime inicial fechado).
c) prevê progressão de regime para os condenados pela prática de crime hediondo após o 
cumprimento de 1/6 da pena se o apenado for primário e 2/5 se for reincidente.
d) traz no rol do seu art. 1º o crime de roubo impróprio (art. 157, § 1º, CP), o roubo circunstan‑
ciado (art. 157, § 2º, I, II, III, IV e V, CP) e o roubo qualificado pelo resultado (art. 157, § 3, CP).
e) estabelece o prazo de 30 (trinta) dias (podendo ser prorrogado por mais 30 dias) da prisão 
temporária decretada nas investigações pela prática de crime hediondo.
Questão 21 (CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) A respeito dos delitos tipificados 
na legislação extravagante, julgue o item a seguir, considerando a jurisprudência dos tribunais 
superiores.
O crime de associação para o tráfico é de natureza hedionda e a progressão de regime prisio‑
nal desse tipo de crime ocorre após o cumprimento de dois quintos da pena — se o condenado 
for primário — ou de três quintos da pena — se reincidente.
Questão 22 (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2018) Com refe‑
rência à interceptação de comunicação telefônica, ao crime de tráfico ilícito de entorpecentes, 
ao crime de lavagem de capitais e a crimes cibernéticos, julgue o seguinte item.
A interceptação da comunicação telefônica poderá ser realizada de ofício pela autoridade po‑
licial desde que o IP tenha como objetivo investigar crime hediondo, organização criminosa ou 
tráfico ilícito de entorpecentes.
Questão 23 (CONSULPLAN/TRF-2/ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA/2017) “A pro-
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primento de _____ da pena, se o apenado for primário; e de _____, se reincidente.” Assinale a 
alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) 1/3 / 2/3
b) 1/4 / 2/5
c) 1/6 / 1/2
d) 2/5 / 3/5
Questão 24 (VUNESP/TJM-SP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2016) Nos termos da Lei no 
7.210, de 11 de julho de 1984, os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência 
de natureza grave contra a pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da Lei no 
8.072, de 25 de julho de 1990
a) serão submetidos, obrigatoriamente, à  identificação do perfil genético mediante extração 
de DNA.
b) somente poderão ter a identificação de perfil genético verificada pelo Juiz do processo, ve‑
dado o acesso às autoridades policiais mesmo mediante requerimento.
c) não terão a identificação de perfil genético incluído em banco de dados sigiloso, mas de livre 
acesso às autoridades policiais, independentemente de requerimento.
d) não terão extraído o DNA, se submetidos à Justiça Militar, em razão da excepcionalidade da 
lei de execução.
e) não poderão ser submetidos à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA, 
por falta de permissivo legal.
Questão 25 (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO DIREITO/2014) Lei n.8.072/90: na ação 
penal por crime hediondo a que o acusado responde preso, em caso de sentença de primei‑
ro grau
a) absolutória, o recurso da acusação impede que se lhe coloque imediatamente em liberdade.
b) condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se ele poderá apelar em liberdade.
c) absolutória, deve-se aguardar o trânsito em julgado para que se lhe coloque em liberdade.
d) condenatória, ele deve ser imediatamente recolhido à prisão, iniciando o cumprimento de 
pena em regime fechado.
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e) condenatória, a lei veda que ele aguarde o julgamento de eventual apelação em liberdade.
Questão 26 (INÉDITA/2020) Os crimes hediondos e Equiparados são inafiançáveis, impres‑
critíveis e insuscetíveis de anistia, graça e indulto”
Questão 27 (INÉDITA/2020) A anistia será concedida:
a) Congresso Nacional por meio de Lei Federal.
b) Presidente da República por meio de Decreto.
c) Pelo AGU, pelo PGR ou pelo Min. de Estado a partir de delegação do Presidente da República.
d) Pelo Magistrado na sentença.
Questão 28 (VUNESP/MPE-ES/AGENTE DE PROMOTORIA ASSESSORIA/2013) A prisão tem‑
porária dos acusados por crime hediondo terá o prazo de 30 (trinta) dias,
a) improrrogável.
b) prorrogável por igual período em caso de extrema necessidade.
c) prorrogável por quantos outros tantos períodos de 30 (trinta) dias forem necessários, me‑
diante decisão judicial fundamentada.
d) podendo, contudo, desde o início, ser decretada por período superior, desde que mediante 
decisão judicial fundamentada.
e) automaticamente prorrogável por igual período se não houver revogação da determinação 
judicial que determinou o primeiro período.
Questão 29 (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2015) Gerson, com vinte e um anos 
de idade, e Gilson, com dezesseis anos de idade, foram presos em flagrante pela prática de crime. 
Após regular tramitação de processo nos juízos competentes, Gerson foi condenado pela práti‑
ca de extorsão mediante sequestro e Gilson, por cometimento de infração análoga a esse crime. 
Com relação a essa situação hipotética, julgue o próximo item.
Conforme entendimento dos tribunais superiores, tendo sido condenado pela prática de crime 
hediondo, Gerson deverá ser submetido ao exame criminológico para ter direito à progressão 
de regime
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Questão 30 (VUNESP/PC-CE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DE 1A CLASSE/2015) A Lei 
no 8.078/90 (Crimes Hediondos) tem como fundamento o artigo 5º, inciso XLIII, da Constitui‑
ção Federal e
a) impõe aos condenados por crimes hediondos regime integralmente fechado.
b) autoriza a progressão de regime ao condenado reincidente após o cumprimento de 2/5 da 
sua pena.
c) impede em todos os casos a substituição da pena corporal por restritiva de direitos.
d) considera como hediondo o crime de epidemia, desde que com resultado morte.
e) tem no seu artigo 1º os crimes considerados hediondos pelo legislador, cujo rol é exemplifi‑
cativo.
Questão 31 (FGV/SUSAM/ADVOGADO/2014) A doutrina classifica os crimes, quanto à sua 
gravidade, como sendo de menor potencial ofensivo, de médio potencial ofensivo, de grave 
potencial ofensivo e hediondos. No tocante a estes de maior gravidade, de acordo com a Lei 
n.8.072/90 e a Constituição Federal, atentando-se à jurisprudência majoritária dos Tribunais 
Superiores, assinale a afirmativa correta.
a) O crime de associação para o tráfico é equiparado aos hediondos.
b) O crime de homicídio híbrido (qualificado e privilegiado) ostenta a natureza de crime de 
hediondo.
c) O crime de homicídio simples, em hipótese alguma, é considerado hediondo.
d) O condenado pela prática de crime hediondo ou assemelhado pode iniciar o cumprimento 
da pena privativa de liberdade em regime mais brando do que o fechado.
e) O apenado reincidente específico em crime hediondo deverá cumprir 2/3 da pena para ter 
direito ao livramento condicional e 3/5 da pena para ter direito à progressão de regime.
Questão 32 (NC-UFPR/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO/2014) Em 26.06.2013, Paulo, primá‑
rio, foi preso em flagrante sob a acusação de venda de drogas, em estável associação com 
outros quatro indivíduos, estando incurso nos crimes de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei 
n. 11.343/06, sem a diminuição prevista no §4º do mesmo artigo) e associação para o tráfico 
(art. 35 da Lei n. 11.343/06). Na data de hoje, foi simultaneamente condenado, em decisão de‑
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finitiva, porambos os delitos. Você, Defensor Público em exercício junto à Vara de Execuções 
Penais, atuando na defesa dos interesses de Paulo, deverá requerer a concessão da progres‑
são de regime após o cumprimento de:
a) 2/5 do total da pena aplicada.
b) 3/5 do total da pena aplicada.
c) 2/5 da pena pelo crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei n. 11.343/06), 
mais 1/6 da pena pelo crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/06).
d) 1/4 do total da pena aplicada.
e) 2/5 da pena pelo crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/06), mais 1/6 da 
pena pelo crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei n. 11.343/06).
Questão 33 (FGV/AL-MT/PROCURADOR/2013) Avalie os tipos de crimes listados a seguir. 
 Extorsão mediante sequestro;
I – Estupro;
II – Qualquer homicídio, simples ou qualificado, desde que doloso;
III – Falsificação, corrupção, adulteração ou altera‑
ção de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. 
De acordo com a Lei n. 8.072/90, são considerados crimes hediondos:
a) I e II, somente.
b) I e III, somente.
c) I, II e IV, somente.
d) I, III e IV, somente.
e) II, III e IV, somente.
Questão 34 (CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2002) Indivíduo falsificou milhares de 
comprimidos de um determinado medicamento, utilizando farinha de trigo para sua confecção 
e colocando-os clandestina- mente no mercado para consumo. Nessa situação, o  indivíduo 
praticou o crime de falsificação de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, que é 
hediondo.
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Questão 35 (CESPE/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO TOCANTINS/ANALISTA MI‑
NISTERIAL/ CIÊNCIAS JURÍDICAS/NÍVEL SUPERIOR/2006) Os crimes hediondos, conforme 
a previsão legal, somente podem ser considera dos como tal se ocorrerem em sua forma con‑
sumada, não sendo conferido caráter hediondo às figuras delituosas tentadas.
Questão 36 (INÉDITA/2020) Segundo a Lei de Drogas, o inquérito policial que investigue a 
prática do crime de tráfico de drogas, que é equiparado ao delito hediondo, será concluído no 
prazo de:
a) 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e  de 90 (noventa) dias, quando solto, po‑
dendo os prazos serem duplicados pelo Juiz, a  requerimento da Autoridade Policial. 
b)10 (dez) dias se o indiciado estiver preso, e de 30 (trinta) dias, quando solto.
c)15 (quinze) dias se o indiciado estiver preso ou solto. 
d) 60 (sessenta) dias se estiver preso ou solto.
e) 10 (dez) dias se preso ou solto.
Questão 37 (UEG/PMGO/OFICIAL) É crime hediondo:
a) o crime praticado em razão de preconceito de raça ou de cor (racismo).
b) o homicídio, em qualquer hipótese.
c) o roubo praticado com emprego de arma de fogo.
d) a tentativa de latrocínio e o latrocínio consumado.
Questão 38 (INÉDITA/2020) A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei 
no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes hediondos e equiparados: 
a)terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual pe‑
ríodo em caso de extrema e comprovada necessidade. 
b) terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e compro‑
vada necessidade.
c) não tem prazo a exemplo da prisão preventiva.
d) terá o prazo de 20 (vinte) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e compro‑
vada necessidade.
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e) terá o prazo de 40 (dias), prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade.
Questão 39 (INÉDITA/2020) Segundo a jurisprudência pacífica do STJ, a aplicação da causa 
de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez 
do crime de tráfico de drogas. Julgue certo ou errado.
Questão 40 (CESPE/PC-RN/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL SUBSTITUTO/2009) Em relação 
aos crimes hediondos (Lei n. 8.072/1990) e aos crimes resultantes de preconceitos de raça ou 
de cor (Lei n. 7.716/1989), assinale a opção correta.
a) Os crimes hediondos e a prática de terrorismo são imprescritíveis e insuscetíveis de anistia, 
graça, indulto ou fiança.
b) A pena pela prática de crime hediondo deve ser cumprida em regime integralmente fechado.
c) O participante que denunciar à autoridade a quadrilha formada para prática de crime he‑
diondo, possibilitando seu desmantelamento, ficará isento de pena.
d) Não constitui crime de racismo a simples recusa de atendimento a uma pessoa, na mesa de 
um bar, em razão da cor de sua pele.
e) A Lei n. 7.716/1989 não considera crime de racismo o ato preconceituoso contra homosse‑
xual praticado em razão da opção sexual da vítima.
Questão 41 (CESPE/PC-PB/DELEGADO DE POLÍCIA/2009) Os crimes hediondos ou a eles 
assemelhados não incluem:
a) o atentado violento ao pudor.
b) a extorsão mediante sequestro.
c) a falsificação de produto destinado a fins terapêuticos.
d) a associação permanente para o tráfico ilícito de substância entorpecente.
e) a tentativa de genocídio.
Questão 42 (CESPE/PC-PB/AGENTE DE INVESTIGAÇÃO E ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2009) 
Marcos foi condenado a 14 anos de reclusão pelo crime de homicídio qualificado, praticado 
em 8/8/2006, e está cumprindo pena no regime fechado. Com referência a essa situação hi‑
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potética, assinale a opção correta de acordo com a Lei de Execução Penal (LEP) e a Lei dos 
Crimes Hediondos.
a) Para receber o benefício da progressão de regime, o acusado deve preencher os requisitos 
de natureza objetiva (lapso temporal) e subjetiva (bom comportamento carcerário), sendo 
obrigatória a realização do exame criminológico antes do deferimento da progressão de re‑
gime.
b) A novel legislação dos crimes hediondos estabeleceu prazos mais rigorosos para a progres‑
são prisional, porém pode ser aplicada aos casos ocorridos anteriormente à sua vigência, por 
se tratar de legislação especial em relação à LEP.
c) Marcos deve cumprir a pena integralmente em regime fechado, por se tratar de crime he‑
diondo.
d) Se Marcos for punido por falta grave, não pode perder o direito ao tempo remido, sob pena 
de ofensa ao direito adquirido.
e) Em caso de cometimento de falta grave pelo condenado, será interrompido o cômputo do 
interstício exigido para a concessão do benefício da progressão de regime prisional, qual seja, 
o cumprimento de um sexto da pena no regime anterior.
Questão 43 (CESPE/DELEGADO FEDERAL) Antenor foi condenado a 18 anos de reclusão 
pelo homicídio qualificado de um delegado de Polícia Federal. Nessa situação, Antenor somen‑
te pode progredir para o regime semiaberto após cumprir 12 anos de pena em regime fechado.
Questão 44 (CESPE/MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL/2004) A 
prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz.
Questão 45 (CESPE/MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/DEPARTAMENTODE POLÍCIA FEDERAL/
ESCRIVÃO DE POLÍCIA FEDERAL/2004) Considere a seguinte situação hipotética. Miguel 
teve sua prisão temporária decretada em razão de existirem fundadas razões de que praticara 
o crime de formação de quadrilha ou bando. Nessa situação, decorrido o prazo de 5 dias, Mi‑
guel deverá ser imediatamente posto em liberdade, somente sendo possível manter a restrição 
de liberdade se tiver havido a decretação de sua prisão preventiva.
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Questão 46 (CESPE/PC-RR/PERITO PAPILOSCOPISTA/2003) A prisão temporária poderá 
ser decretada em qualquer fase do inquérito policial ou do respectivo processo judicial.
Questão 47 (CESPE/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE TOCANTINS/OFICIAL DE DI‑
LIGÊNCIAS/INSTITUCIONAL/NÍVEL MÉDIO) A prisão temporária é cabível em qualquer cri‑
me, podendo o juiz ou o representante do Ministério Público decretá-la, desde que a custódia 
seja imprescindível para a investigação criminal.
Questão 48 (INÉDITA/2020) Dos crimes abaixo, qual não é hediondo ou assemelhado:
a) o crime de genocídio
b) o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido
c) o crime de comércio ilegal de armas de fogo
d) o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição
e) o crime de corrupção passiva
Questão 49 (INÉDITA/2020) Dos crimes abaixo, qual não é hediondo ou assemelhado:
a) roubo circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima.
b) roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo ou pelo emprego de arma de fogo de 
uso proibido ou restrito.
c) roubo qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte.
d) extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou 
morte.
e) roubo com emprego de arma branca.
Questão 50 (INÉDITA/2020) Julgue certo ou errado. O condenado por crime hediondo ou 
equiparado com resultado morte deverá cumprir 50% (cinquenta por cento) da pena, se o ape‑
nado for primário sendo vedado o livramento condicional.
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GABARITO 
1. c (desatualizado)
2. b
3. Desatualizado
4. a (desatualizado)
5. C
6. e
7. c
8. C
9. d
10. b
11. e
12. c
13. d
14. b
15. b (desatualizado)
16. a
17. c
18. d
19. C
20. e
21. E
22. E
23. d (desatualizado)
24. a
25. b (desatualizado)
26. E
27. a
28. b
29. E
30. Anulado
31. d
32. e
33. c
34. C
35. E
36. a
37. Desatualizado
38. a
39. E
40. e (desatualizado)
41. d
42. e
43. E (desatualizado)
44. C
45. E
46. E
47. E
48. e
49. e
50. C
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) Conforme a Lei 
n.8.072/1990, é considerado hediondo o crime de
a) favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de mulheres.
b) Infanticídio.
c) extorsão qualificada por qualquer resultado.
d) lavagem de dinheiro.
e) epidemia com resultado morte.
Letra c. (desatualizado)
Com o advento do “Pacote Anticrime”, o popular “sequestro relâmpago” se tornou crime he‑
diondo, o que tornaria a letra C como correta. O crime previsto na letra A será hediondo se 
as vítimas forem crianças, adolescente ou vulneráveis. Os crimes de lavagem de capitais e 
infanticídio não são hediondos, apesar de o último ser um crime doloso contra a vida. Por fim, 
o crime de epidemia com resultado morte é hediondo pois está no rol taxativo de delitos con‑
siderados como hediondos.
Questão 2 (FCC/TJ-MA/ANALISTA JUDICIÁRIO DIREITO/2019) Segundo o que dispõe a le‑
gislação nacional acerca dos crimes hediondos (Lei n. 8.072/1990),
a) o feminicídio não consta do rol dos crimes hediondos.
b) o crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança 
ou adolescente ou de vulnerável é hediondo.
c) o crime de corrupção é definido como hediondo de acordo com o ordenamento jurídico.
d)o delito de exposição a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qual‑
quer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea é hediondo, con‑
forme o Código Penal.
e) o crime de lesão corporal dolosa, em nenhuma de suas modalidades, é, para efeito da lei 
brasileira, hediondo.
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Letra b.
Desde que o “feminicídio” surgiu no ordenamento jurídico pátrio, ele já é considerado hedion‑
do, por estar no rol taxativo do art. 1º da Lei n. 8.072/1990. Já o crime de corrupção não é 
considerado hediondo por não estar previsto no elenco “supra”, o que torna a letra C incorreta. 
O mesmo vale para o delito mencionado na letra D. A letra E está equivocada, uma vez que na 
Lei dos Crimes Hediondos há duas modalidades de lesão que sofrem os efeitos da hediondez:
I – A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de 
morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, 
no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente con‑
sanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei n.13.142, de 2015) (Grifei).
Questão 3 (TJ-SC/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS REMOÇÃO/2012) 
Assinale a alternativa correta:
a) Consoante a Lei n. 8.072/1990, os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia, graça, indulto, fiança 
e liberdade provisória.
b) Nos casos de condenação por crime hediondo, a  progressão de regime dar-se-á após o 
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos) 
se reincidente.
c) Nos termos da Lei n. 11.343/2006, o indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente 
com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou 
partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de conde‑
nação terá pena reduzida de um sexto a dois terços.
d) Segundo a Lei n. 11.343/2006, constitui crime induzir, instigar ou auxiliar alguém a uso inde‑
vido de droga, cuja pena será de reclusão de um a quatro anos, além de multa.
e) Em consonância com a Lei n. 11.343/2006,terá a pena reduzida à metade o agente que, em 
razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, 
era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, intei‑
ramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar‑se de acordo com esse 
entendimento.
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Desatualizado.
Desde o começo dos anos 2010, é admitida a concessão de liberdade provisória nos crimes 
hediondos e equiparados, porém o candidato deve ficar atento com a nova redação do art. 310 
do CPP no que concerne à volta da liberdade provisória proibida ou vedada no ordenamento ju‑
rídico pátrio. Assim, a letra a está equivocada. A letra B seria a correta à época, porém o art.2º, 
§2º da Lei dos Crimes Hediondos foi revogado pelo Pacote Anticrime. A letra c está errada, 
pois na delação premiada prevista no art. 41 da Lei de Drogas a redução de pena é de 1 a 2/3. 
A letra d está errada pois a pena do crime de induzimento, auxílio ou instigação ao uso indevido 
de drogas é de detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa. 
A letra e está errada pois o art. 45 da Lei de Drogas diz que o agente que for inteiramente inca‑
paz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar‑se de acordo com esse entendimento 
será isento de pena. A pegadinha reside em seu misturar o que está disposto no art. 45 com o 
art. 46 ambos da Lei de Drogas. Memorize que o art. 45 da Lei 11.343/06 tem várias palavras 
que começam com a letra “i”: isento, inteiramente e incapaz.
Questão 4 (UFPR/COREN-PR/ADVOGADO/2018) São crimes hediondos nos termos da Lei 
n.8.072, de 1990, EXCETO:
a) provocar aborto sem o consentimento da gestante.
b) entregar a consumo produto cosmético adquirido de estabelecimento sem licença da auto‑
ridade sanitária competente.
c) constranger pessoa maior de 18 (dezoito) anos a ter conjunção carnal mediante grave ame‑
aça, sem resultar na morte da vítima.
d) atrair pessoa com 16 (dezesseis) anos à prostituição.
e) portar arma de fogo de uso restrito ao uso pelas forças armadas.
Letra a. (desatualizado)
O delito que está disposto na letra não é hediondo, apesar de um crime doloso contra a vida. 
O crime que está na letra B é hediondo e está previsto no art. 273 do CP. A letra C traz o crime 
de estupro na forma qualificada, que é hediondo inclusive na forma simples. A letra D traz o 
crime de exploração sexual de adolescente, que está no rol taxativo do art. 1º da Lei 8072/90. 
O porte de arma de fogo de uso restrito deixou de ser crime hediondo, com o advento do Pa‑
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cote Anticrime.
Questão 5 (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2018) Em cada 
item que se segue, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser 
julgada com relação a crime de tortura, crime hediondo, crime previdenciário e crime contra o 
idoso.
Paula, proprietária de uma casa de prostituição, induziu e passou a explorar sexualmente duas 
garotas de quinze anos de idade. Nessa situação, o crime praticado por Paula é hediondo e, por 
isso, insuscetível de anistia, graça e indulto.
Certo.
A exploração sexual de adolescente é um delito hediondo, e assim por expressa disposição 
legal é vedada a concessão de anistia, graça e indulto.
Questão 6 (FCC/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO REAPLICAÇÃO/2018) À luz do que dispõe o 
direito brasileiro sobre os crimes hediondos,
a) somente recebem essa classificação os crimes consumados em razão do princípio da re‑
serva legal.
b) é obrigatória a fixação de regime inicial fechado para o cumprimento da pena.
c)todas as modalidades de tráfico de drogas são equiparadas a crime hediondo, o que não 
ocorre no crime de associação para o tráfico.
d)sua prática autoriza a majoração da pena-base acima do mínimo legal.
e) existe vedação legal expressa à concessão dos institutos da graça e do indulto
Letra e.
A letra E é a correta uma vez que por expressa disposição legal não é possível a concessão da 
graça e do indulto no caso de condenado por crimes hediondos ou equiparados.
A letra A está equivocada, uma vez que o critério adotado para ser definir um crime como he‑
diondo é o legal, ou seja, apenas o legislador pode defini-lo como tal. A letra B está equivocada 
uma vez que o Plenário do STF declarou inconstitucional a obrigatoriedade de se iniciar o cum‑
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primento da pena em regime fechado, no caso de condenação por crime hediondo ou equipa‑
rado. A letra C está errada uma vez que segundo o art. 112 da LEP, com a nova redação dada 
pelo Pacote Anticrime, o tráfico de drogas na forma privilegiada não é equiparado ao hediondo. 
A letra D está equivoca uma vez que não possui fundamento em lei.
Questão 7 (NUCEPE/PC-PI/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2018) Acerca dos Crimes hedion‑
dos, marque a alternativa CORRETA.
a) São considerados hediondos o Infanticídio e o Estupro.
b) A tentativa de homicídio simples ou de homicídio qualificado constituem-se crimes hedion‑
dos.
c) É possível a liberdade provisória aos autores de crimes hediondos e equiparados.
d) Dependendo da gravidade do crime, é cabível ao juiz classificar o crime como hediondo.
e) Tratando-se de crime hediondo ou equiparado, o condenado por crime de tortura, em qual‑
quer modalidade, deverá iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.
Letra c.
A letra A está equivocada pois o infanticídio não é crime hediondo. Já a letra B está errada, 
pois a tentativa de homicídio na forma simples não está no rol taxativo de crimes considerados 
hediondos. A letra D está também equivocada uma vez que o critério para se definir um crime 
como hediondo é o legal, ou seja, quem o define é o legislador, e não o juiz. Por fim, a letra E 
está equivocada, pois o crime de omissão perante a tortura, a depender da pena, fará com que 
o condenado inicie o cumprimento da pena em regime semiaberto ou aberto.
A letra C é a correta, pois apesar de serem inafiançáveis os crimes hediondos e equiparados, 
eles admitem a liberdade provisória sem fixação de fiança (ou com a fixação de medidas cau‑
telares ), desde que ausentes os requisitos e fundamentos para a decretação da prisão preven‑
tiva.
Questão 8 (CESPE/EBSERH/ADVOGADO/2018)Julgue o item seguinte, relativos aos tipos 
penais dispostos no Código Penal e nas leis penais extravagantes.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
O ordenamento jurídico nacional adotou o critério legal para a tipificação dos crimes hedion‑
dos, sendo vedado ao juiz, em caso concreto, fixar a hediondez de um delito ou excluí-la em 
razão de sua gravidade ou forma de execução.
Certo.
A assertiva está de acordo com a doutrina correlata ao assunto que diz que apenas serão 
considerados crimes hediondos aqueles que estão previstos no rol taxativo do art. 1º da Lei 
8072/90, tanto na forma tentada como na forma consumada.
(VUNESP/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Considere o seguinte caso hipotético.
Questão 9 (VUNESP/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) A Força Nacional está atuan‑
do legalmente em Salvador. O civil “X”, irmão de um Policial Militar do Estado de São Paulo 
que integra a Força Nacional, residente na referida cidade, se envolveu em acidente de trânsito 
sem vítimas, ao abalroar o veículo do condutor “Y”. Após se identificar como irmão do Militar 
do Estado integrante da Força Nacional, foi violentamente agredido por “Y”, que confessou ter 
assim agido apenas por saber dessa condição. As agressões provocaram lesões corporais 
gravíssimas no civil “X”. Diante do exposto, é correto afirmar que o crime praticado por “Y”
a) não é considerado hediondo, pois a legislação contempla apenas o crime de homicídio do‑
loso perpetrado contra o Militar do Estado.
b) é considerado hediondo, apenas por se tratar de uma lesão corporal dolosa de natureza 
gravíssima, independentemente da condição da eventual vítima.
c) não é considerado hediondo, pois a legislação não contempla lesão corporal dolosa de na‑
tureza gravíssima como crime hediondo.
d) é considerado hediondo, pois o civil “X” foi vítima de lesão corporal dolosa de natureza gra‑
víssima apenas por ser irmão de Militar do Estado em razão de sua função.
e) somente seria considerado hediondo se o crime de lesão corporal dolosa de natureza gravís‑
sima fosse perpetrado contra o próprio Militar do Estado em razão de sua função.
Letra d.
O gabarito está de acordo com o art. 1º da Lei dos C
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei n.8.930, 
de 1994) (Vide Lei n.7.210, de 1984)
I – A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de 
morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, 
no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente con‑
sanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei n.13.142, de 2015) (Grifei).
Questão 10 (MPE-SP/MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2017) São conside‑
rados crimes hediondos, dentre outros:
a) o roubo qualificado, o homicídio qualificado, a lesão corporal grave e o estupro.
b) o estupro, o latrocínio, o homicídio qualificado e o estupro de vulnerável.
c) o peculato, o homicídio, o latrocínio e o tráfico de drogas.
d) o tráfico de drogas, o homicídio qualificado, o peculato e a extorsão mediante sequestro.
e) o sequestro, o roubo qualificado, o infanticídio e o peculato.
Letra b.
Os crimes de sequestro (ar.148), lesão corporal grave, peculato e infanticídio não são hedion‑
dos. A questão foi feita em 2017, quando algumas modalidades de roubo ainda não consta‑
vam no rol taxativo do art. 1º da Lei n. 8.072/1990. Em dissertações e provas orais, evite o 
termo “qualificado” ao se referir ao roubo, e use “majorado” ou “circunstanciado”.
Questão 11 (FCC/DPE-SC/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO/2017) NÃO sofrem influência 
da reincidência e da hediondez do crime na execução penal os seguintes direitos:
a) Comutação e saída temporária.
b) Indulto e autorização de saída.
c) Progressão de regime e saída temporária.
d) Livramento condicional e remição.
e) Remição e permissão de saída.
Letra e.
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Crimes Hediondos
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A remição e a permissão de saída não sofrem os efeitos da hediondez do crime, porém você 
deverá ficar atento, pois o Pacote Anticrime veda a saída temporária de criminosos que come‑
teram delitos hediondos e equiparados.
Questão 12 (IBADE/PC-AC/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2017) No que concerne à Lei que 
trata dos crimes Hediondos (Lei n. 8.072/1990 e suas alterações), assinale a alternativa cor‑
reta.
a) A progressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos, dar‑se‑á após o 
cumprimento de 3/5 (três quintos) da pena, se o apenado for primário.
b) O crime de homicídio qualificado previsto no Código Penal Militar é considerado hediondo.
c) O fato de o crime ser considerado hediondo, por si só, não impede a concessão da liberdade 
provisória, de acordo com o entendimento dos Tribunais Superiores.
d) O sistema adotado pela legislação brasileira para rotular uma conduta como hediondo é o 
sistema misto.
e) Dentre os crimes equiparados aos hediondos estão: tortura, tráfico ilícito de drogas e racis‑
mo.
Letra c.
A alternativa A está errada, pois antes da alteração do Pacote Anticrime, o condenado por 
crime hediondo ou equiparado deveria cumprir 2/5 da pena, se primário. Por mais que haja 
correspondência no Código Penal Militar, para ser crime hediondo deve haver a previsão do 
delito no rol do art. 1º da Lei 8072/90, assim a alternativa B está equivocada. Apesar de serem 
inafiançáveis, os crimes hediondos e equiparados admitem a concessão de liberdade provisó‑
ria, desde que estejam ausentes os requisitos e fundamentos da prisão preventiva. A letra D 
está errada, uma vez que o critério adotado pelo Brasil é o legal, ou seja, o legislador é quem 
define qual crime é hediondo. A letra E está equivocada uma vez que o crime de racismo não é 
considerado equiparado aohediondo pela Constituição Federal, mas sim o terrorismo.
Questão 13 (CONSULPLAN/TRF-2/ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA/2017) “A pro-
gressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos dar-se-á após o cum-
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primento de _____ da pena, se o apenado for primário; e de _____, se reincidente.” Assinale a 
alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) 1/3 / 2/3
b) 1/4 / 2/5
c) 1/6 / 1/2
d) 2/5 / 3/5
Letra d.
Antes da edição do Pacote anticrime, a alternativa D era a correta. Agora, com novos índices 
previstos no art. 112 da LEP, você deverá memorizá-los. Além disto, será necessário ficar aten‑
to a jurisprudência dos Tribunais Superiores no tocante a incidência ou não do Pacote Anticri‑
me nas execuções penais em curso, por conta irretroatividade da lei penal mais prejudicial.
Questão 14 (INÉDITA/2020) A respeito de crimes hediondos, assinale a opção errada.
a) A tortura, tráfico de drogas e terrorismo são crimes equiparados aos hediondos, bem como 
são insuscetíveis de fiança, anistia, graça e indulto.
b) Para que se considere o crime de homicídio hediondo, ele deve ser qualificado.
c) Considera‑se hediondo o homicídio simples praticado em ação típica de grupo de extermínio 
ainda que praticado por um só agente.
d) O crime de roubo majorado pelo emprego de arma de fogo é tratado pela lei como hediondo.
e) O furto qualificado pelo emprego de explosivo foi inserido no rol taxativo de crimes hedion‑
dos com o advento do pacote anticrime.
Letra b.
A Lei n. 8.072/1990 prevê que algumas formas simples de determinados crimes sofrem os 
efeitos da hediondez da norma tais como o estupro, o estupro de vulnerável e a extorsão me‑
diante sequestro.
Questão 15 (IESES/TJ-PA/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS PROVIMEN‑
TO/2016) De acordo com a Lei de Crimes Hediondos (8.072/90), é correto afirmar:
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a) O crime de estupro (art. 213, do CP) somente é considerado hediondo caso praticado na sua 
forma qualificada.
b) Ao contrário do que ocorre com o crime de extorsão, que é considerado hediondo apenas se 
qualificado pelo resultado morte, o delito de extorsão mediante sequestro é etiquetado como 
hediondo independentemente da modalidade.
c) O crime de roubo, do qual resulta lesão corporal grave na vítima, é etiquetado como sendo 
crime hediondo.
d) O crime de Genocídio (Lei 2.889/56) é considerado equiparado a hediondo.
Letra b. (desatualizado)
A letra A está errada uma vez que o estupro será considerado hediondo tanto na forma simples 
como na forma qualificada. Na letra B, o crime de extorsão mediante sequestro realmente é he‑
diondo tanto na forma simples quanto na forma qualificada. Ocorre que o crime de sequestro 
relâmpago foi incluído na Lei n. 8.072/1990, tanto quanto ocorre lesão grave como no caso de 
morte. Na letra C, o crime de roubo majorado pela lesão grave passou a ser hediondo com o 
advento do Pacote Anticrime. Por fim, a CF não equiparou o genocídio aos hediondos, que na 
verdade, está previsto no rol taxativo do art. 1º da Lei n. 8.072/1990.
Questão 16 (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS 
PROVIMENTO/2016) De acordo com a Lei n.8.072/1990, é considerado crime hediondo:
a) Estupro de vulnerável tentado.
b) Epidemia com resultado lesão corporal de natureza grave.
c) Concussão.
d) Falsificação de selo público destinado a autenticar atos oficiais da União.
Letra a.
Mesmo na forma tentada, o crime de estupro de vulnerável é hediondo.
Questão 17 (CESPE/TJ-DFT/JUIZ/2016) Com fundamento na Lei n.11.464/2007, que mo‑
dificou a Lei n.8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos), assinale a opção correta acerca dos 
requisitos objetivos para fins de progressão de regime prisional.
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a) O regime integral fechado poderá ser aplicado no caso de prática de crime de tráfico inter‑
nacional de drogas, em que, devido à hediondez da conduta, que atinge população de mais de 
um país, o réu não poderá ser beneficiado com a progressão de regime prisional.
b) Como exceção à regra prevista na legislação de regência, a progressão de regime prisional 
é vedada ao condenado, que deve cumprir regime integral fechado, pela prática de crime de 
epidemia de que resulte morte de vítimas.
c) Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei 
n.11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no artigo 112 da Lei de Execução Penal para a progres‑
são de regime, que estabelece o cumprimento de um sexto da pena no regime anterior.
d) A Lei dos Crimes Hediondos é especial e possui regra própria quanto aos requisitos objetivos 
para a progressão de regime prisional, devendo seus atuais parâmetros ser aplicados, indepen‑
dentemente de o crime ter sido praticado antes ou depois da vigência da Lei n.11.464/2007, 
com base no princípio da especialidade.
e) Os requisitos objetivos da Lei n.11.464/2007 devem ser aplicados para fins de progressão 
de regime prisional, pelo fato de essa lei ser mais benéfica que a lei anterior, que vedava a pro‑
gressão de regime.
Letra c.
A letra A está errada, pois o Plenário do STF, em 2012, declarou inconstitucional a obrigato‑
riedade de se iniciar o cumprimento da pena em regime fechado, no caso de condenação por 
crimes hediondos ou equiparados. A letra B está equivocada pois o Plenário do STF, em 2006, 
declarou inconstitucional a proibição de progressão de regime no caso de condenação por 
crimes hediondos e equiparados. A letra C está correta, inclusive está de acordo com matéria 
sumulada pelo STF. A Lei n.11.464/2007 é mais prejudicial ao réu e não deve retroagir para 
atingir fatos pretéritos. A letra D está equivocada pois diz que a Lei n.11.464/2007 deve re‑
troagir mesmo sendo mais prejudicial ao réu, por ser uma lei penal especial. Por fim, a letra E 
desconsidera a já mencionada decisão do Plenário do STF, em 2006, que declarou inconstitu‑cional a proibição de progressão de regime no caso de condenação por crimes hediondos e 
equiparados
Questão 18 (FGV/TJ-PI/ANALISTA JUDICIÁRIO OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR/2015) 
Constituem crimes hediondos, EXCETO:
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Crimes Hediondos
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a) homicídio em atividade típica de grupo de extermínio praticada por um agente só;
b) epidemia com resultado morte;
c) favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adoles‑
cente ou de vulnerável;
d) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal;
e) lesão corporal seguida de morte, quando praticada contra integrante do sistema prisional.
Letra d.
Apesar de ter sido excluído do rol taxativo de crimes hediondos, o delito hediondo o envene‑
namento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal com resultado morte admite 
prisão temporária.
Questão 19 (CESPE/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIA‑
DOR FEDERAL/2015) A respeito dos crimes hediondos, julgue o item que se segue. 
O crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima é hediondo quando praticado contra 
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo de até terceiro grau, de agente da Polícia Ro‑
doviária Federal e integrante do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, 
em razão dessa condição.
Certo.
O Gabarito está de acordo com a letra da Lei dos Crimes Hediondos:
I – A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de 
morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, 
no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente con‑
sanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei n.13.142, de 2015) (Grifei).
Questão 20 (VUNESP/MPE-SP/ANALISTA DE PROMOTORIA/2015) A Lei n. 8.072/90 (crimes 
hediondos)
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Crimes Hediondos
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a) define no seu artigo 1º os crimes considerados hediondos, todos previstos no Código Penal, 
sem prejuízo, contudo, de outros delitos considerados hediondos pela Legislação Penal Espe‑
cial.
b) não permite a interposição de apelação antes do recolhimento do condenado à prisão, em 
razão do disposto no seu artigo 2º, § 1º (a pena será cumprida em regime inicial fechado).
c) prevê progressão de regime para os condenados pela prática de crime hediondo após o 
cumprimento de 1/6 da pena se o apenado for primário e 2/5 se for reincidente.
d) traz no rol do seu art. 1º o crime de roubo impróprio (art. 157, § 1º, CP), o roubo circunstan‑
ciado (art. 157, § 2º, I, II, III, IV e V, CP) e o roubo qualificado pelo resultado (art. 157, § 3, CP).
e) estabelece o prazo de 30 (trinta) dias (podendo ser prorrogado por mais 30 dias) da prisão 
temporária decretada nas investigações pela prática de crime hediondo.
Letra e.
A letra A está equivocada uma vez que o art. 1º da Lei n. 8.072/1990 não considera hediondos 
todos aqueles que estão no Código Penal, o mesmo valendo para as leis penais especiais. 
A letra B também está equivocada uma vez que o condenado por crime hediondo ou equipa‑
rado poderá apelar em liberdade desde que ausentes os requisitos e fundamentos da prisão 
preventiva, lembrando, contudo, que o Pacote anticrime estabeleceu situações no CPP em que 
o condenado não poderá apelar em liberdade. À época, a letra C estava errada pois se conde‑
nado por crime hediondo ou equiparado fosse primário, ele deveria cumprir 2/5, se reincidente 
3/5. A letra D apesar de estar equivocada, faz com que eu te lembre que algumas modalidades 
de roubo se tornaram crimes hediondos com o advento do Pacote Anticrime. A letra E está cor‑
reta uma vez que o prazo de prisão temporária será de 30 dias prorrogáveis por igual período 
em caso de extrema e comprovada responsabilidade.
Questão 21 (CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) A respeito dos delitos tipificados 
na legislação extravagante, julgue o item a seguir, considerando a jurisprudência dos tribunais 
superiores.
O crime de associação para o tráfico é de natureza hedionda e a progressão de regime prisio‑
nal desse tipo de crime ocorre após o cumprimento de dois quintos da pena — se o condenado 
for primário — ou de três quintos da pena — se reincidente.
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Errado.
O crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art. 35 da Lei n. 11.343/1993 não 
é equiparado ao hediondo. Vale lembrar que o art. 2º, §2º da Lei n. 8.072/1990 que previa 2/5 
de cumprimento da pena, para o primário, e 3/5 para o reincidente, foi revogado pelo Pacote 
Anticrime.
Questão 22 (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2018) Com re‑
ferência à interceptação de comunicação telefônica, ao crime de tráfico ilícito de entorpecen‑
tes, ao crime de lavagem de capitais e a crimes cibernéticos, julgue o seguinte item.
A interceptação da comunicação telefônica poderá ser realizada de ofício pela autoridade po‑
licial desde que o IP tenha como objetivo investigar crime hediondo, organização criminosa ou 
tráfico ilícito de entorpecentes.
Errado.
A assertiva está equivocada uma vez eu um dos requisitos para se requerer a interceptação 
das comunicações telefônicas é que o crime seja punido com reclusão. O Delegado de Polícia 
não pode decretar de ofício, apenas o Magistrado é quem pode autorizar a interceptação tele‑
fônica.
Questão 23 (CONSULPLAN/TRF-2/ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA/2017) “A pro-
gressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos dar-se-á após o cum-
primento de _____ da pena, se o apenado for primário; e de _____, se reincidente.” Assinale a 
alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) 1/3 / 2/3
b) 1/4 / 2/5
c) 1/6 / 1/2
d) 2/5 / 3/5
Letra d. (desatualizado)
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Crimes Hediondos
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Até a edição do Pacote Anticrime tais índices deveriam ser observados. Ocorre que o art. 2º, 
§ 2º, da Lei dos Crimes Hediondos foi revogado. Somado a isto, o art. 112 da LEP ganhou uma 
nova roupagem, como já falei exaustivamente até o presente momento.
Questão 24 (VUNESP/TJM-SP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2016) Nos termos da Lei no 
7.210, de 11 de julho de 1984, os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência 
de natureza grave contra a pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da Lei no 
8.072, de 25 de julho de 1990
a) serão submetidos, obrigatoriamente, à  identificação do perfil genético mediante extração 
de DNA.
b) somente poderão ter a identificação de perfil genético verificada pelo Juiz do processo, ve‑
dado o acesso às autoridades policiais mesmo mediante requerimento.
c) não terão a identificação de perfil genético incluído em banco de dados sigiloso, mas de livre 
acesso às autoridades policiais, independentemente de requerimento.
d) não terão extraído o DNA, se submetidos à Justiça Militar, em razão da excepcionalidade da 
lei de execução.
e) não poderão ser submetidos à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA, 
por falta de permissivo legal.
Letra a.
O Pacote Anticrime alterou a Lei n. 12.037/2009 possibilitando a criação de um banco com 
dados biométricos, voz, íris e impressões digitais. Tal norma ainda trata da coleta de material 
genético. A alternativa A está de acordo com o art. 9º da Lei de Execução Penal, já com a reda‑
ção dada pelo Pacote Anticrime:
Art. 9º-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave con‑
tra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, 
serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA 
‑ ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor. (Incluído pela Lei n.12.654, de 2012)
§ 1º A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme re‑
gulamento a ser expedido pelo Executivo. (Incluído pela Lei n.12.654, de 2012)
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção de dados genéticos, 
observando as melhores práticas da genética forense. (Incluído pela Lei n.13.964, de 2019)
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§ 2º A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de in‑
quérito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético. (Incluído pela 
Lei n.12.654, de 2012)
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos 
bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou 
esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa. (Incluído pela Lei n.13.964, de 2019)
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à iden‑
tificação do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá ser subme‑
tido ao procedimento durante o cumprimento da pena. (Incluído pela Lei n.13.964, de 2019)(Grifei).
Questão 25 (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO DIREITO/2014) Lei n.8.072/90: na ação 
penal por crime hediondo a que o acusado responde preso, em caso de sentença de primei‑
ro grau
a) absolutória, o recurso da acusação impede que se lhe coloque imediatamente em liberdade.
b) condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se ele poderá apelar em liberdade.
c) absolutória, deve-se aguardar o trânsito em julgado para que se lhe coloque em liberdade.
d) condenatória, ele deve ser imediatamente recolhido à prisão, iniciando o cumprimento de 
pena em regime fechado.
e) condenatória, a lei veda que ele aguarde o julgamento de eventual apelação em liberdade.
Letra b. (desatualizado)
Até a edição do Pacote Anticrime, o condenado por crime hediondo ou equiparado poderia 
apelar em liberdade, desde que o juiz competente vislumbrasse a ausência dos requisitos e 
fundamento da prisão preventiva. Ocorre que o CPP foi alterado e agora novas regras devem 
ser observadas no tocante à imposição de prisão no caso de condenação.
Questão 26 (INÉDITA/2020) Os crimes hediondos e Equiparados são inafiançáveis, impres‑
critíveis e insuscetíveis de anistia, graça e indulto”
Errado.
Os crimes hediondos e equiparados não são imprescritíveis, pelo contrário, eles prescrevem. 
Detalhe interessante é uma posição do MPF já de mais de uma década, que considera a tortura 
imprescritível, uma vez que invoca os tratados de Direitos Humanos.
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Questão 27 (INÉDITA/2020) A anistia será concedida:
a) Congresso Nacional por meio de Lei Federal.
b) Presidente da República por meio de Decreto.
c) Pelo AGU, pelo PGR ou pelo Min. de Estado a partir de delegação do Presidente da República.
d) Pelo Magistrado na sentença.
Letra a.
Eu mesmo errei questão semelhante na primeira fase do Concurso de Delegado de Polícia Civil 
do Estado de São Paulo, na primeira fase, no ano de 2003. Segundo o art. 48 da CF, quem con‑
cede a anistia é o Congresso Nacional por meio de Lei Federal.
Questão 28 (VUNESP/MPE-ES/AGENTE DE PROMOTORIA ASSESSORIA/2013) A prisão tem‑
porária dos acusados por crime hediondo terá o prazo de 30 (trinta) dias,
a) improrrogável.
b) prorrogável por igual período em caso de extrema necessidade.
c) prorrogável por quantos outros tantos períodos de 30 (trinta) dias forem necessários, me‑
diante decisão judicial fundamentada.
d) podendo, contudo, desde o início, ser decretada por período superior, desde que mediante 
decisão judicial fundamentada.
e) automaticamente prorrogável por igual período se não houver revogação da determinação 
judicial que determinou o primeiro período.
Letra b.
A prisão temporária no caso de crimes hediondos e equiparados terá o prazo de 30 dias, pror‑
rogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Questão 29 (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2015) Gerson, com vinte e um anos 
de idade, e Gilson, com dezesseis anos de idade, foram presos em flagrante pela prática de crime. 
Após regular tramitação de processo nos juízos competentes, Gerson foi condenado pela práti‑
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ca de extorsão mediante sequestro e Gilson, por cometimento de infração análoga a esse crime. 
Com relação a essa situação hipotética, julgue o próximo item.
Conforme entendimento dos tribunais superiores, tendo sido condenado pela prática de crime 
hediondo, Gerson deverá ser submetido ao exame criminológico para ter direito à progressão 
de regime
Errado.
A assertiva contraria o disposto na Súmula Vinculante 26, uma vez que o exame em questão 
é facultativo:
Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou 
equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei 8.072, 
de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requi‑
sitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fun‑
damentado, a realização de exame criminológico
Questão 30 (VUNESP/PC-CE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DE 1A CLASSE/2015) A Lei 
no 8.078/90 (Crimes Hediondos) tem como fundamento o artigo 5º, inciso XLIII, da Constitui‑
ção Federal e
a) impõe aos condenados por crimes hediondos regime integralmente fechado.
b) autoriza a progressão de regime ao condenado reincidente após o cumprimento de 2/5 da 
sua pena.
c) impede em todos os casos a substituição da pena corporal por restritiva de direitos.
d) considera como hediondo o crime de epidemia, desde que com resultado morte.
e) tem no seu artigo 1º os crimes considerados hediondos pelo legislador, cujo rol é exemplifi‑
cativo.
Anulado.
A letra B está errada pois à época o condenado por crime hediondo, se reincidente, deveria 
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cumprir 3/5 da pena para poder progredir. Com o advento do Pacote Anticrime, o art. 2º, § 2º 
da Lei dos Crimes Hediondos foi revogado. A letra C não está tão equivocada uma vez que é 
possível a aplicação do art. 44 do Código Penal, desde que a pena fique dentro dos requisitos, 
o que é difícil de ocorrer no caso concreto. O único crime que vislumbro como possível a con‑
versão é o tráfico de drogas privilegiado, que deixou de ser equiparado ao hediondo em 2015. 
A letra D está correta pois a epidemia com resultado morte é um crime hediondo. A letra E está 
equivocada uma vez que o rol é taxativo e não exemplificativo.
Questão 31 (FGV/SUSAM/ADVOGADO/2014) A doutrina classifica os crimes, quanto à sua 
gravidade, como sendo de menor potencial ofensivo, de médio potencial ofensivo, de grave 
potencial ofensivo e hediondos. No tocante a estes de maior gravidade, de acordo com a Lei 
n.8.072/90 e a Constituição Federal, atentando-se à jurisprudência majoritária dos Tribunais 
Superiores, assinale a afirmativa correta.
a) O crime de associação para o tráfico é equiparado aos hediondos.
b) O crime de homicídio híbrido (qualificado e privilegiado) ostenta a natureza de crime de 
hediondo.
c) O crime de homicídio simples, em hipótese alguma, é considerado hediondo.
d) O condenado pela prática de crime hediondo ou assemelhado pode iniciar o cumprimento 
da pena privativa de liberdade em regime mais brando do que o fechado.
e) O apenado reincidente específico em crime hediondo deverá cumprir 2/3 da pena para ter 
direito ao livramento condicional e 3/5 da pena para ter direito à progressão de regime.
Letra d.
Em 2012, o Plenário do STF declarou inconstitucional a obrigatoriedade de se iniciar o cumpri‑
mento da pena no regime fechado, no caso de condenação por crimes hediondos ou equipa‑
rados.
A letra D estaria correta, se o examinador não tivesse errado o cabeçalho e colocado o Código 
de Defesa do Consumidor ao invés da Lei 8072/90.
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Questão 32 (NC-UFPR/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO/2014) Em 26.06.2013, Paulo, primá‑
rio, foi preso em flagrante sob a acusação de venda de drogas, em estável associação com 
outros quatro indivíduos, estando incurso nos crimes de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei 
n. 11.343/06, sem a diminuição prevista no §4º do mesmo artigo) e associação para o tráfico 
(art. 35 da Lei n. 11.343/06). Na data de hoje, foi simultaneamente condenado, em decisão de‑
finitiva, por ambos os delitos. Você, Defensor Público em exercício junto à Vara de Execuções 
Penais, atuando na defesa dos interesses de Paulo, deverá requerer a concessão da progres‑
são de regime após o cumprimento de:
a) 2/5 do total da pena aplicada.
b) 3/5 do total da pena aplicada.
c) 2/5 da pena pelo crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei n. 11.343/06), 
mais 1/6 da pena pelo crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/06).
d) 1/4 do total da pena aplicada.
e) 2/5 da pena pelo crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/06), mais 1/6 da 
pena pelo crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei n. 11.343/06).
Letra e.
O crime de associação para o tráfico não é equiparado ao hediondo como exaustivamente 
colocamos no material. Assim, à época Paulo deveria cumprir 1/6 da pena por associação ao 
tráfico de drogas e 2/5 pelo crime de tráfico de drogas. Lembro a você que o Pacote Anticrime 
revogou o art. 2º, § 2º da Lei dos Crimes Hediondos.
Questão 33 (FGV/AL-MT/PROCURADOR/2013) Avalie os tipos de crimes listados a seguir.
I – Extorsão mediante sequestro;
II – Estupro;
III – Qualquer homicídio, simples ou qualificado, desde que doloso;
IV – Falsificação, corrupção, adulteração ou altera‑
ção de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. 
De acordo com a Lei n. 8.072/90, são considerados crimes hediondos:
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Crimes Hediondos
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a) I e II, somente.
b) I e III, somente.
c) I, II e IV, somente.
d) I, III e IV, somente.
e) II, III e IV, somente.
Letra c.
O homicídio será considerado hediondo quando qualificado ou sendo simples, desde que pra‑
ticado por grupo de extermínio, ainda que por um só agente.
Questão 34 (CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2002) Indivíduo falsificou milhares de 
comprimidos de um determinado medicamento, utilizando farinha de trigo para sua confecção 
e colocando-os clandestina- mente no mercado para consumo. Nessa situação, o  indivíduo 
praticou o crime de falsificação de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, que é 
hediondo.
Certo.
O crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins te‑
rapêuticos ou medicinais, previsto no art. 273 do Código Penal, é hediondo, pois está previsto 
no rol taxativo do art. 1º da Lei n.8.072/1990.
Questão 35 (CESPE/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO TOCANTINS/ANALISTA MI‑
NISTERIAL/ CIÊNCIAS JURÍDICAS/NÍVEL SUPERIOR/2006) Os crimes hediondos, conforme 
a previsão legal, somente podem ser considera dos como tal se ocorreremem sua forma con‑
sumada, não sendo conferido caráter hediondo às figuras delituosas tentadas.
Errado.
O caráter hediondo também é conferido às figuras delituosas que admitem a modalidade tentada, 
conforme dispõe o art. 1º da Lei n.8.072/1990:
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Crimes Hediondos
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Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipifica- dos no Decreto-Lei n.2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados:
(...)
Questão 36 (INÉDITA/2020) Segundo a Lei de Drogas, o inquérito policial que investigue a 
prática do crime de tráfico de drogas, que é equiparado ao delito hediondo, será concluído no 
prazo de:
a) 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e  de 90 (noventa) dias, quando solto, po‑
dendo os prazos serem duplicados pelo Juiz, a  requerimento da Autoridade Policial. 
b)10 (dez) dias se o indiciado estiver preso, e de 30 (trinta) dias, quando solto.
c)15 (quinze) dias se o indiciado estiver preso ou solto. 
d) 60 (sessenta) dias se estiver preso ou solto.
e) 10 (dez) dias se preso ou solto.
Letra a.
Um dos prazos que foge à regra do art. 10 do Código de Processo Penal, no quesito conclusão 
de inquérito policial é o previsto na Lei 11.343/06. Será de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver 
preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto, podendo os prazos serem duplicados pelo Juiz, 
a requerimento da Autoridade Policial.
Questão 37 (UEG/PMGO/OFICIAL) É crime hediondo:
a) o crime praticado em razão de preconceito de raça ou de cor (racismo).
b) o homicídio, em qualquer hipótese.
c) o roubo praticado com emprego de arma de fogo.
d) a tentativa de latrocínio e o latrocínio consumado.
Desatualizado. 
Atualmente o roubo com emprego de arma de fogo é crime hediondo.
À época, apenas os crimes previstos na letra “d” são hediondos, pois estão no rol taxativo de 
crimes previstos no art. 1º da Lei 8072/90.
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Questão 38 (INÉDITA/2020) A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de 
dezembro de 1989, nos crimes hediondos e equiparados:
a) terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e compro‑
vada necessidade.
b) terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e compro‑
vada necessidade.
c) não tem prazo a exemplo da prisão preventiva.
d) terá o prazo de 20 (vinte) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e compro‑
vada necessidade.
e) terá o prazo de 40 (dias), prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade.
Letra a.
Segundo a letra da Lei dos Crimes Hediondos, a prisão temporária terá o prazo de 30 (trinta) 
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Questão 39 (INÉDITA/2020) Segundo a jurisprudência pacífica do STJ, a aplicação da causa 
de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez 
do crime de tráfico de drogas. Julgue certo ou errado.
Errado.
Comentários: É pacífico na jurisprudência dos Tribunais Superiores que o crime de tráfico de 
drogas na modalidade privilegiada não é equiparado ao hediondo. Ademais, o Pacote Anticri‑
me deixou claro tal posicionamento quando alterou a Lei de Execução Penal.
Questão 40 (CESPE/PC-RN/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL SUBSTITUTO/2009) Em relação 
aos crimes hediondos (Lei n. 8.072/1990) e aos crimes resultantes de preconceitos de raça ou 
de cor (Lei n. 7.716/1989), assinale a opção correta.
a) Os crimes hediondos e a prática de terrorismo são imprescritíveis e insuscetíveis de anistia, 
graça, indulto ou fiança.
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b) A pena pela prática de crime hediondo deve ser cumprida em regime integralmente fechado.
c) O participante que denunciar à autoridade a quadrilha formada para prática de crime he‑
diondo, possibilitando seu desmantelamento, ficará isento de pena.
d) Não constitui crime de racismo a simples recusa de atendimento a uma pessoa, na mesa de 
um bar, em razão da cor de sua pele.
e) A Lei n. 7.716/1989 não considera crime de racismo o ato preconceituoso contra homosse‑
xual praticado em razão da opção sexual da vítima.
Letra e (desatualizado).
a) Errado. Os  crimes hediondos e equiparados são inafiançáveis e insuscetíveis de anistia, 
graça e indulto, mas não são imprescritíveis.
b) Errado. À época da formulação da questão, o condenado por crime hediondo ou equipara‑
do iniciava o cumprimento da pena em regime fechado e acabava por progredir se cumprisse 
os requisitos previstos na Lei n. 8.072/1990.
c) Errado. O participante que denunciar à autoridade a quadrilha formada para a prática de cri‑
me hediondo, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena diminuída de 1/3 a 2/3.
d) Errado. É crime previsto no art. 8º da Lei n. 7.716/1989 a simples recusa de atendimento a uma 
pessoa, na mesa de um bar, em razão da cor de sua pele.
e) À época era a letra a ser apontada pelo candidato, porém com a decisão do STF de se man‑
dar aplicar a Lei 7716/89 no caso de crimes de preconceito por conta da orientação sexual, 
o gabarito restou desatualizado.
Questão 41 (CESPE/PC-PB/DELEGADO DE POLÍCIA/2009) Os crimes hediondos ou a eles 
assemelhados não incluem:
a) o atentado violento ao pudor.
b) a extorsão mediante sequestro.
c) a falsificação de produto destinado a fins terapêuticos.
d) a associação permanente para o tráfico ilícito de substância entorpecente.
e) a tentativa de genocídio.
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Letra d.
A alternativa d traz um crime que não é hediondo nem assemelhado (equiparado).
Lembrando que o crime de atentado violento ao puder deixou o ordenamento jurídico por conta 
do advento da Lei n. 12.015/2019.
Por uma interpretação restritiva do inciso XLIII do art. 5º da CF, o crime de associação para o 
tráfico de drogas não pode ser equiparado ao hediondo. Na Lei Fundamental, na qual se lê 
tráfico de drogas, não deve ser lido associação para o tráfico, por se tratar de uma norma que 
restringe direitos, devendo ser interpretada de maneira restritiva.
Questão 42 (CESPE/PC-PB/AGENTE DE INVESTIGAÇÃO E ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2009) 
Marcos foi condenado a 14 anos de reclusão pelo crime de homicídio qualificado, praticado 
em 8/8/2006, e está cumprindo pena no regime fechado. Com referência a essa situação hi‑
potética, assinale a opção correta de acordo com aLei de Execução Penal (LEP) e a Lei dos 
Crimes Hediondos.
a) Para receber o benefício da progressão de regime, o acusado deve preencher os requisitos 
de natureza objetiva (lapso temporal) e subjetiva (bom comportamento carcerário), sendo 
obrigatória a realização do exame criminológico antes do deferimento da progressão de re‑
gime.
b) A novel legislação dos crimes hediondos estabeleceu prazos mais rigorosos para a progres‑
são prisional, porém pode ser aplicada aos casos ocorridos anteriormente à sua vigência, por 
se tratar de legislação especial em relação à LEP.
c) Marcos deve cumprir a pena integralmente em regime fechado, por se tratar de crime he‑
diondo.
d) Se Marcos for punido por falta grave, não pode perder o direito ao tempo remido, sob pena 
de ofensa ao direito adquirido.
e) Em caso de cometimento de falta grave pelo condenado, será interrompido o cômputo do 
interstício exigido para a concessão do benefício da progressão de regime prisional, qual seja, 
o cumprimento de um sexto da pena no regime anterior.
Letra e.
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A alternativa e está correta, pois Marcos praticou o crime antes da entrada em vigor da Lei n. 
11.464/2007, que alterou a Lei dos Crimes Hediondos. Como a primeira é uma lei mais preju‑
dicial ao condenado, Marcos progredirá de regime se cumprir ao menos 1/6 da pena, além do 
preenchimento dos demais requisitos.
a) Errado. O exame criminológico é facultativo conforme dispõe a Súmula n. 439 do STJ, que 
diz: “Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão 
motivada”.
b) Errado. A Lei n. 11.464/2007, que alterou a Lei n. 8.072/1990, trouxe prazos rigorosos para 
progressão de regime no caso de condenação por crimes hediondos e equiparados. Assim, 
a Lei n. 11.464/2007 não retroage e não atinge fato ocorrido antes de sua entrada em vigor.
c) Errado. À época, o condenado por crime hediondo ou equiparado iniciava o cumprimento 
da pena em regime fechado, podendo progredir se cumpridos os requisitos previstos na Lei n. 
8.072/1990. Vale lembrar que, em 2012, o Plenário do STF declarou inconstitucional a obriga‑
toriedade de se iniciar o cumprimento da pena em regime fechado. Vejamos:
É inconstitucional o § 1º do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 (“Art. 2º Os crimes hediondos, 
a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são 
insuscetíveis de:... § 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente 
em regime fechado”). Com base nesse entendimento, o  Plenário, por maioria, deferiu 
habeas corpus com a finalidade de alterar para semiaberto o regime inicial de pena do 
paciente, o qual fora condenado por tráfico de drogas com reprimenda inferior a 8 anos 
de reclusão e regime inicialmente fechado, por força da Lei n. 11.464/2007, que instituíra 
a obrigatoriedade de imposição desse regime a crimes hediondos e assemelhados – v. 
Informativo 670. Destacou-se que a fixação do regime inicial fechado se dera exclusiva‑
mente com fundamento na lei em vigor. Observou‑se que não se teriam constatado requi‑
sitos subjetivos desfavoráveis ao paciente, considerado tecnicamente primário. Ressal‑
tou‑se que, assim como no caso da vedação legal à substituição de pena privativa de 
liberdade por restritiva de direitos em condenação pelo delito de tráfico– já declarada 
inconstitucional pelo STF —, a definição de regime de– veria sempre ser analisada inde‑
pendentemente da natureza da infração. Ademais, seria imperioso aferir os critérios, de 
forma concreta, por se tratar de direito subjetivo garantido constitucionalmente ao indi‑
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víduo. Consignou‑se que a Constituição contemplaria as restrições a serem impostas 
aos incursos em dispositivos da Lei n. 8.072/1990, e den– tre elas não se encontraria a 
obrigatoriedade de imposição de regime extremo para início de cumprimento de pena. 
Salientou-se que o art. 5º, XLIII, da CF, afastaria somente a fiança, a graça e a anistia, para, 
no inciso XLVI, assegurar, de forma abrangente, a individualização da pena. Vencidos os 
Ministros Luiz Fux, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio, que denegavam a ordem. HC n. 
111.840/ES, rel. Min. Dias Toffoli, 27/6/2012. (HC n. 111.840)
d) Errado. À época, Marcos perderia os dias remidos se cometer falta grave e não haveria ofen‑
sa ao direito adquirido. A alternativa estava de acordo com o que dispõe a Súmula Vinculante n. 
9 do STF. Deve ser observado o que preconiza o art. 127 da Lei de Execução Penal:
Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, obser‑
vado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disci‑
plinar.
Ocorre que o art. 127 da LEP foi alterado no ano de 2011:
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observa‑
do o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. (Reda-
ção dada pela Lei n.12.433, de 2011)
Questão 43 (CESPE/DELEGADO FEDERAL) Antenor foi condenado a 18 anos de reclusão 
pelo homicídio qualificado de um delegado de Polícia Federal. Nessa situação, Antenor somen‑
te pode progredir para o regime semiaberto após cumprir 12 anos de pena em regime fechado.
Errado. (desatualizado)
Sem entrar no mérito de quanto tempo de pena Antenor deveria cumprir para progredir de regi‑
me, na época do concurso, a antiga redação do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 afirmava que a pena 
privativa de liberdade por crime previsto na lei deveria ser cumprida em regime integralmente 
fechado. Em 1997, a Lei de Tortura inovou no ordenamento jurídico, dispondo que era possível 
que o condenado por tal delito pudesse progredir de regime. Muitos sustentaram que tal possi‑
bilidade deveria ser dada aos demais crimes hediondos e equiparados. Porém, o STF, por meio 
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da Súmula n. 698, disse que não se estenderia aos demais crimes hediondos e equiparados 
a admissibilidade de progressão no regime de execução da pena aplicada ao crime de tortura.
A súmula perdeu a razão de ser com a declaração de inconstitucionalidade da vedação à pro‑
gressão de regime prevista na Lei dos Crimes Hediondos e a consequente alteração realizada 
pela Lei n. 11.464/2007.
Vale indicar que a antiga redação do art. 2º não encontrava perfeita sintonia com o princípio 
constitucional da individualização da pena. Assim, quase 16 anos depois da edição da Lei dos 
Crimes Hediondos, o Supremo Tribunal Federal entendeu, no julgamento do HC n. 82.959, que a 
vedação de progressão de regime ofendia, em sua essência, a regra constitucional em estudo.
STF – HC n. 82.959/SP – SÃO PAULO
Ementa
PENA – REGIME DE CUMPRIMENTO – PROGRESSÃO – RAZÃODE SER. A progressão no regime de cumprimento da pena, nas espécies fechado, semia‑
berto e aberto, tem como razão maior a ressocialização do preso que, mais dia ou menos 
dia, voltará ao convívio social. PENA
– CRIMES HEDIONDOS – REGIME DE CUMPRIMENTO – PRO– GRESSÃO – ÓBICE – 
ARTIGO 2º, §  1º, DA LEI N. 8.072/1990 – IN– CONSTITUCIONALIDADE – EVOLUÇÃO 
JURISPRUDENCIAL.
Conflita com a garantia da individualização da pena – artigo 5º, inciso XLVI, da Cons‑
tituição Federal – a imposição, mediante norma, do cumprimento da pena em regime 
integralmente fechado. Nova inteligência do princípio da individualização da pena, em 
evolução juris– prudencial, assentada a inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º, da Lei n. 
8.072/1990. (Grifo nosso)
Com o advento da Lei n. 11.464/2007, art. 2º, § 1º, a progressão do regime passou a ser expres-
samente admitida.
Assim, se o apenado fosse primário, a  progressão ocorreria após o cumprimento de 2/5 
(dois quintos) da pena, se reincidente após o cumprimento de 3/5 (três quintos). O art.2º, §2º, 
da Lei dos Crimes Hediondos, que dispunha sobre os índices acima foi revogado pelo Pacote 
Anticrime.
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Vale lembrar que, em 2012, o Plenário do STF declarou inconstitucional a obrigatoriedade de se 
iniciar o cumprimento da pena em regime fechado. Vejamos:
É inconstitucional o § 1º do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 (“Art. 2º Os crimes hediondos, 
a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são 
insuscetíveis de: § 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em 
regime fechado”). Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, deferiu habeas 
corpus com a finalidade de alterar para semiaberto o regime inicial de pena do paciente, 
o qual fora condenado por tráfico de drogas com reprimenda inferior a 8 anos de reclusão 
e regime inicialmente fechado, por força da Lei n. 11.464/2007, que instituíra a obrigato‑
riedade de imposição desse regime a crimes hediondos e assemelhados – v. Informativo 
670. Destacou-se que a fixação do regime inicial fechado se dera exclusivamente com 
fundamento na lei em vigor. Observou-se que não se teriam constatado requisitos subje‑
tivos desfavoráveis ao paciente, considerado tecnicamente primário. Ressaltou-se que, 
assim como no caso da vedação legal à substituição de pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos em condenação pelo delito de tráfico – já declarada inconstitucional 
pelo STF –, a definição de regime deveria sempre ser analisada independentemente da 
natureza da infração. Ademais, seria imperioso aferir os critérios, de forma concreta, por 
se tratar de direito subjetivo garantido constitucionalmente ao indivíduo. Consignou-se 
que a Constituição contemplaria as restrições a serem impostas aos incursos em dis‑
positivos da Lei n. 8.072/1990, e dentre elas não se encontra– ria a obrigatoriedade de 
imposição de regime extremo para início de cumprimento de pena. Salientou‑se que o 
art. 5º, XLIII, da CF, afastaria somente a fiança, a graça e a anistia, para, no inciso XLVI, 
assegurar, de forma abrangente, a individualização da pena. Vencidos os Ministros Luiz 
Fux, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio, que denegavam a ordem (HC-111840).
Como já frisado, sem se ater ao tempo de cumprimento de pena disposto na assertiva, hoje o 
gabarito deveria ser marcado como correto, pois é possível a progressão. Por fim, na época da 
elaboração da questão, era vedada a progressão de regime de cumprimento de pena nos crimes 
hediondos e equiparados.
Lembrando sempre que o Pacote Anticrime revogou o art.2,§ 2º, da Lei dos Crimes Hediondos.
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Questão 44 (CESPE/MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL/2004) A 
prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz.
Certo.
Comentários: Como rege o art. 2º da Lei n. 7.960/1989, a prisão temporária será decretada 
pelo juiz, em face de representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério 
Público.
Art.  2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade 
policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por 
igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Observa-se, ainda, que o juiz não pode agir de ofício no que tange a decretação da prisão 
temporária, devendo necessariamente haver o impulso por parte do Ministério Público ou da 
autoridade policial.
Questão 45 (CESPE/MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL/
ESCRIVÃO DE POLÍCIA FEDERAL/2004) Considere a seguinte situação hipotética. Miguel 
teve sua prisão temporária decretada em razão de existirem fundadas razões de que praticara 
o crime de formação de quadrilha ou bando. Nessa situação, decorrido o prazo de 5 dias, Mi‑
guel deverá ser imediatamente posto em liberdade, somente sendo possível manter a restrição 
de liberdade se tiver havido a decretação de sua prisão preventiva.
Errado.
O art. 2º da Lei n. 7.960/1989 dispõe que a prisão temporária será decretada pelo Juiz, em 
face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá 
o prazo de cinco dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada neces‑
sidade. Assim, é possível a prorrogação da prisão em estudo, sem a necessidade de se colocar 
Miguel em liberdade ou de se decretar a prisão preventiva.
Questão 46 (CESPE/PC-RR/PERITO PAPILOSCOPISTA/2003) A prisão temporária poderá 
ser decretada em qualquer fase do inquérito policial ou do respectivo processo judicial.
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Errado.
A prisão temporária somente poderá ser decretada em fase de inquérito policial, não podendo, 
em hipótese alguma, ser decretada no curso da ação penal.
Questão 47 (CESPE/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE TOCANTINS/OFICIAL DE DI‑
LIGÊNCIAS/INSTITUCIONAL/NÍVEL MÉDIO) A prisão temporária é cabível em qualquer cri‑
me, podendo o juiz ou o representante do Ministério Público decretá-la, desde que a custódia 
seja imprescindível para a investigação criminal.
Errado.
Como rege o art. 2º da Lei n. 7.960/1989, a prisão temporária será decretada pelo juiz, em 
face de representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público. De 
acordo com a Lei em estudo, não pode o Órgão Ministerial decretar a prisão cautelar de que tra‑
ta a assertiva. Ainda, a prisão temporária é cabível apenas nos crimes previstos nas alíneas 
do inciso III do art. 1º da Lei n. 7.960/1989.
Questão 48 (INÉDITA/2020) Dos crimes abaixo, qual não é hediondo ou assemelhado:
a) o crime de genocídio
b) o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido
c) o crime de comércio ilegal de armasde fogo
d) o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição
e) o crime de corrupção passiva
Letra e.
Mesmo com o advento do Pacote Anticrime, o delito de corrupção passiva não se tornou he‑
diondo.
Questão 49 (INÉDITA/2020) Dos crimes abaixo, qual não é hediondo ou assemelhado:
a) roubo circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima.
b) roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo ou pelo emprego de arma de fogo de 
uso proibido ou restrito.
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c) roubo qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte.
d) extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou 
morte.
e) roubo com emprego de arma branca.
Letra e.
Mesmo com o advento do Pacote Anticrime, o delito de roubo com emprego de arma branca 
não se tornou hediondo.
Questão 50 (INÉDITA/2020) Julgue certo ou errado. O condenado por crime hediondo ou 
equiparado com resultado morte deverá cumprir 50% (cinquenta por cento) da pena, se o ape‑
nado for primário sendo vedado o livramento condicional.
Certo.
A assertiva está de acordo com a nova redação do art. 112 da Lei de Execução Penal. Vejamos:
“Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência 
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:
(...)
VI – 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, 
vedado o livramento condicional; (Grifei)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Curso de Direito Penal - Vol. 4 - Legislação Penal Especial- Ed. Saraiva- Fernando Capez
Livro - Leis Penais e Processuais Penais Comentadas - Vol. 1 -Ed. Forense – Guilherme Nucci.
Sérgio Bautzer
Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal. Bacharel em Direito, Professor de Legislação Especial e Direito 
Processual Penal, Professor de cursos preparatórios, graduação e pós‑graduação.
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	art2§4
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	art4
	art5
	art83v
	art6
	art157§3
	art7
	art8
	art8p
	art9
	art10
	art11
	art12
	art13
	Crimes Hediondos e Equiparados – Lei n. 8.072/1990
	Apresentação
	Conceito de Crime Hediondo
	Previsão Constitucional
	Sistemas
	Tentativa e Consumação
	Rol dos Crimes Hediondos
	Resumo
	Exercícios
	Gabarito 
	Gabarito Comentado
	Referências Bibliográficas
	AVALIAR 5: 
	Página 105:

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