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TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 1 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE � Estudar os transtornos de ansiedade, em especial o transtorno do pânico (agorafobia, transtorno de ansiedade generalizada e fobia social); � Estudar a sintomatologia, prevalênci a, diagnóstico e tratamento dos transtornos de ansiedade; � Estudar a prescrição racional dos medicamentos benzodiazepínicos (ansiolíticos). Antes de tudo, é interessante entendermos o que é a ansiedade. A ansiedade é um estado mental movido em antecipação a uma ameaça ou a uma ameaça potencial, que resulta em um estado de maior vigilância. É caracterizada por experiencias subjetivas, como preocupações, tensão e alterações fisiológicas (sudorese, tontura, aumento da PA e da FC. Essa ansiedade é parte normal da experiencia humana, porém, quando persistente, disruptiva ou desproporcional ao perigo real, ela pode ser debilitante e considerada patológica. → PREVALÊNCIA Segundo a OMS, 1 em cada 4 indivíduos apresenta ou já apresentou um transtorno de ansiedade. Além disso, mais da metade dos pacientes com transtorno de ansiedade apresenta múltiplos transtornos de ansiedade comórbidos. Grande parte dos transtornos de ansiedade se manifesta já na infância. Fobias e TAS (transtorno de ansiedade social) tem inicio precoce, com maior risco de incidencia entre os 6 e 17 anos, enquanto o TAG geralmente surge na idade adulta e no final da vida. → FATORES DE RISCO Vários fatores de risco podem favorecer a modificação do curso da ansiedade normal para a patológica, incluindo ser do sexo feminino (duplica o risco), utilizar drogas e apresentar histórico familiar de transtornos de ansiedade ou TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 2 depressão (filhos de individuos que apresentam pelo menos 1 transtorno de ansiedade tem risco aumentado em 2 a 4 vezes). Outros fatores de risco incluem alterações temperamentais específicas, como temperamento inibido, interações entre pais e filhos caracterizadas por controle e negatividade, além de sociabilidade reduzida. Em adultos jovens, fatores estressores da vida, como estresse financeiro, doença familiar e divórcio podem prever sintomas e diagnósticos de transtorno de ansiedade subsequentes. O tabagismo e o alcoolismo também são fatores de risco, estando associados epidemiologicamente. → DIVISÃO O DSM5 divide a ansiedade patológica nos seguintes transtornos: transtorno de ansiedade de separação TAS, mutismo seletivo, fobia específica, transtorno de pânico TP, agorafobia, transtorno de ansiedade generalizada TAG, transtorno de ansiedade devido a outra condição médica, outro transtorno de ansiedade não especificado. O que difere o diagnóstico serão os estímulos precipitantes. No entanto, em todos os casos, as manifestações somáticas, cognitivas e comportamentais da ansiedade podem interferir no funcionamento normal e levar ao sofrimento, com prejuízos pessoais e economicos. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 3 TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG) O TAG é caracterizado como preocupação excessiva e prolongada, generalizada, isto é, ocorre mesmo sem a presença de claros estímulos agressores ou, ainda, é desproporcional ao evento, durando pelo menos seis meses. Uma pessoa com TAG normalmente pode sentir inquietação, fadiga fácil e tensão muscular, ranger de dentes (bruxismo), entre outros sintomas. É uma das principais queixas na atenção básica, estando entre os 10 motivos mais comuns de consulta médica. → ABORDAGEM DAS ESCOLAS DE PENSAMENTO EM RELAÇÃO AO TAG: Segundo a corrente cognitivo-comportamental, pessoas ansiosas reagem de maneira exagerada e incorreta aos estímulos normalmente captados. Isso ocorreria devido à êfase aos detalhes negativos, distorcendo informações percebidas, minimizando pontos positivos e generalizando estímulos potencialmente perigosos. A psicanálise levanta a hipótese de que a ansiedade seja um sintoma advindo de conflitos internos e inconscientes não resolvidos. Freud postulou que a principal função da ansiedade é sinalizar que um impulso reprimido ou inconsciente está tentando vir à tona, ou seja, tornar-se consciente. → DIAGNÓSTICO DO TAG Caracteriza-se por um padrão de apreensão, tensão e ansiedade frequentes, persistentes e desproporcionais à importância do evento, situação ou acontecimento que é o foco da preocupação. Causa um sofrimento importante ao paciente e gera prejuízo funcional, seja nas relações sociais, laborais, acadêmicas ou na vida afetiva. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 4 O diagnostico do TAG é clinico. Contudo, pacientes com essa sindrome costumam procurar um clínico geral ou um cardiologista em busca de ajuda para um sintoma físico, como dor no peito, dores musculares, refluxo ou cansaço. Nesses casos, o exame físico na maioria das vezes é normal. A história clínica geralmente traz pistas sobre os padrôes de funcionamento do paciente. Além disso, é comum coletar na entrevista um histórico familiar de depressão e ansiedade. Muitas vezes, a ajuda de um acompanhante para coletar a história é fundamental para o diagnóstico, pois o paciente crê que seus sintomas são explicados por uma doença clínica, duvidando que os sintomas tenham uma origem mental. → EPIDEMIOLOGIA DO TAG Estimativas indicam que o TAG afeta entre 5% e 10% da nossa população, sendo um dos transtornos psiquiátricos mais prevalentes na população geral. O sexo feminino, assim como nos transtornos fo humor, é cerca de 2 a 3x mais afetado que o sexo masculino. → CURSO E PROGNÓSTICO DO TAG Um paciente com TAG define-se como “ansiosoˮ e normalmente relata que sempre apresentou esse comportamento, conseguindo lembrar-se de situações de ansiedade desde a infância. → TRATAMENTO DO TAG TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 5 A combinação de métodos é o tratamento mais eficaz, como o tratamento farmacológico e o psicoterápico. Os ISRS são considerados como primeira linha de tratamento, devido ao seu perfil de efeitos colaterais mais tolerável e menor interação medicamentosa. ADTs e IRSN (duais) são considerados de segunda linha o tratamento. Em caso de falhas terapêuticas das primeiras e segundas linhas. deverão ser utilizados antidepressivos atípicos. 💡 O anticonvulsivante Pregabalina é muito útil no tratamento do TAG, podendo ser indicado como tratamento de primeira ou segunda linha. Apresenta efeitos ansiolíticos e sedativos, com um perfil de poucos efeitos colaterais e quase nenhuma interação medicamentosa. Além disso, a pregabalina também apresenta importante efeito analgésico, ideal para aqueles pacientes com sintomas dolorosos crônicos. Os benzodiazepínicos têm sido uma classe muito usada nos transtornos de ansiedade. Podem ser prescritos conforme a necessidade clínica, podendo ser tomados quandos os pacientes se sentirem ansiosos ou antes de se exporem a eventos que geram ansiedade. Apesar disso, o foco do tratamento é com uso de um antidepressivo, especialmente ISRS, e o uso de benzodiazepínicos deve ocorrer, preferencialmente, em doses baixas e apenas no inicio do tratamento, durante as 2 primeiras semanas, quando os efeitos das medicações de primeira linha ainda não controlarem os sintomas clínicos. Depois disso, deve ser retirado gradualmente no período de até 2 semanas. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 6 PSICOTERAPIA Tratamentos psicoterapeuticos também podem ser utilizados no TAG, como a psicoterapia orientada ao insight e a TCC. Ambas podem contribuir para melhora aguda do quadro e na manutenção a longo prazo, podendo ser aplicadas em conjunto aos psicofármacos ou isoladamente. DURAÇÃO DOS TRATAMENTOS Em geral, o tratamento medicamentoso deve continuar por até 12 a 24 meses após a remissão dos sintomas. Contudo, parte dos pacientes precisará de medicamentos por periodos muito prolongados, devido ao curso cronico da doença e ao grau de disfuncionalidade causado por ela na vida do indivíduo. TRANSTORNO DE PÂNICO Refere-se à ocorrência de ataques de pânico, normalmente inesperados, incapacitantes e recorrentes, por pelo menos1 mês. Um ataque de pânico é uma combinação de sintomas agudos e intensos, que podem incluir medo, preocupação ou insegurança, que alcança seu ápice em poucos minutos, associados a outros sintomas psicológicos ou somáticos. → DIAGNÓSTICO DO PÂNICO Geralmente começa rapidamente, com sintomas de intensidade ascendente, atingindo seu auge em cerca de 10 minutos. Os principais sintomas psíquicos durante a crise são sensação de morte iminente, medo de enloqueucer ou perder o controle de si ou da situação. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 7 Preocupações com o risco de morrer por problemas cardíacos e respiratórios podem ser a principal angústia durante o ataque. Muitos pacientes podem crer que as palpitações e a dor no peito indicam uma doença cardiaca iminente, como um infarto. → EPIDEMIOLOGIA DO PÂNICO Apresenta prevalencia de cerca de 2% a 4% na população geral e é até 3x mais comum no sexo feminino, tendo, quase como regra, outra comorbidade psiquiátrica associada. → PROGNÓSTICO E CURSO DO PÂNICO Inicia-se geralmente entre o fim da segunda década de vida e o inicio da terceira. Em alguns pacientes, geralmete os mais graves, pode ter inicio ainda durante a infancia. O curso habitual da doença é cronico e flutuante. Alguns pacientes podem ter remissões que duram anos, interrompidas por um novo ciclo da doença. Em outras pessoas, pode haver um curso constante da doença por toda a vida, sem períodos significativos de remissão, causand grandes prejuizos sociais e laborais. Poucos ppacientes com esse diagnostico tem remissao completa do quadro sem novos episódios durante a vida. Estima-se que pelo menos metade dos pacientes permaneça com sintomas leves pelo resto da vida. → TRATAMENTO DO PÂNICO TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 8 Os dois tratamentos mais eficazes são a terapia farmacologica e métodos psicoterápicos, principalmente a TCC. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Os ISRS são eficientes (primeira linha), sendo utilizados em doses semelhantes às empregadas no tratamento da depressão. Triciclicos, especialmente a clomipramina, e os duais também podem ser utilizados com sucesso. Os efeitos do ISRS sobre os sitomas aparece após 2 a 4 semanas do inicio do seu uso. Os benzodiazepínicos tem o inicio de seu efeito em poucos minutos e podem ser instituidos no inicio do tratamento. Muitos pacientes levam sempre consigo um benzo pois se sente mais seguro. → DURAÇÃO DO TRATAMENTO NO TRANSTORNO DE PÂNICO Uma vez eficaz, o tratamento medicamentoso deve ser mantido por aé cerca de 12 meses após a remissão do quadro. Caso seja descontinuado de forma precoce ou abrupta, os sintomas podem retornar e o quadro clínico do transtorno de pânico pode recorrer em ate 90% dos pacientes. PSICOTERAPIA As principais metas são a instrução sobre as falsas crenças do individuo e a correta informação e orientação sobre os ataques de panico, para que o paciente condicione as respostas adequadas ao estimulo. O primeiro ponto concentra-se na tendencia do paciente a interpretar de forma iadequada as sensações corporais e somáticas com indicios iminentes de ataques de panico, tragédia ou morte. O outro ponto fornece as explicações de que, quando os ataques de pânico ocorrem, são por um tempo limitado e que não ameaçam a vida do individuo. AGORAFOBIA Indivíduos com o diagnóstico de agorafobia sofrem episodios intensos de medo e ansiedade se expostos a lugares ou situações em que consideram dificeis de conseguir ajuda ou, ainda, em situações em que o socorro pode não estar facilmente acessivel. Pessoas com agorafobia podem ter medo de circular por locais públicos ou lotados, como estádios e shoppings, passar por ruas movimentadas, atravessar TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 9 uma ponte, viajar de ônibus ou avião, frequentar bares ou restaurantes, ou até mesmo sair de casa, em casos graves. OBS É possível que a agorafobia seja a mais incapacitante das fobias, porque prejudica, de maneira substancial, a capacidade funcional do paciente. → DIAGNÓSTICO DA AGORAFOBIA É dado quando o paciente apresenta um padrão recorrente de comportamento “agorafóbico ,ˮ geralmente por um periodo de duração superior a seis meses. Isso pode incluir evitação ativa a essas situações, quando o paciente teme sofrer uma crise caso seja exposto às condições agorafóbicas. → EPIDEMIOLOGIA DA AGORAFOBIA A prevalencia é de cerca de 6% da população. É 2 a 4x mais comum no sexo feminino. → PROGNÓSTICO E CURSO DA AGORAFOBIA O curso é persistente e crônico, iniciando-se no final da adolescencia. Poucos pacientes conseguem remissão sem tratamento, que ameniza os sintomas na maioria dos individuos tratados adequadamente. Frequentemente está acompanhada de transtorno de pânico. Isso se deve ao fato de que o paciente com panico tem crises recorrentes e passa a ter medo da próxima crise, restringindo-se à sua própria casa cada vez mais. → TRATAMENTO DA AGORAFOBIA Como se acredita que a maioria dos casos de agorafobia aconteça secundariamente ao transtorno de pânico, o tratamento deve ser direcionado para esse último. Os ISRS são considerados como primeira linha para o transtorno agorafóbico. Os benzodiazepínicos são medicamentos com rapido inicio de ação, melhorando os sintomas fóbicos, e podem ser usados antes de situações que tipicamente geram desconforto no paciente. FOBIA SOCIAL OU TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (TAS) TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 10 A fobia social ou transtorno de ansiedade social TAS trata-se da ocorrencia de medo ou ansiedade intensos em situações do convívio social, em que o indivíduo pode ser avaliado ou observado por outras pessoas. Quando exposto a essas situações, o individuo tem o receio de ser julgado negativamente. Essas pessoas também podem appresentar medo ou insegurança especificos em relação a sua capacidade de desempenhar tarefas, como falar ou apresentar-se na presença dos outros. O sujeito que sofre com a fobia social apresenta comprometimento do funcionamento e desempenho em papéis sociais, como produtividade no trabalho, relacionamentos sociais e afetivos, além de apresentarem uma tendencia diminuída de procurar ajuda. → DIAGNÓSTICO DO TAS O diagnóstico é dado quando se observa um padrão de comportamento recorrente de esquiva ou evitação, durando mais de 6 meses, a situações do convivio social, como manter um dialogo em público, encontrar pessoas que nao são familiares, ser observado em atitudes cotidianas, como comer ou pegar um transporte coletivo. Também costuma ser notado em situações de desempenho, como dar uma aula ou fazer uma apresentação, ou, ainda, quando essas situações são vivenciadas com grande ansiedade ou medo, desproporcionais ao evento. → EPIDEMIOLOGIA E CURSO DO TAS O transtorno de ansiedade social é um dos transtornos psiquiátricos mais prevalentes, pois cerca de 13% das pessoas apresentam o quadro durante a vida, sendo mais comum no sexo feminino. O TAS geralmente começa o fim da infancia ou inicio da adolescencia e costuma ser cronico. → TRATAMENTO DO TAS Tanto o farmacológico quanto a psicoterapia são uteis no tratamento do TAS, sendo sua aplicação combinada associada a melhores resultados. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 11 Os ISRS é considerada como primeira escolha do tratamento farmacoterápico. Antidepressivos duais também podem ser utilizados como primeiro linha de tratamento. Por sua vez, os triciclicos são considerados como segunda linha. Os benzodiazepinicos podem ser indicados inicialmente para os pacientes com sintomas intensos que trazem prejuizos sociais importantes, pois promovem alivio rapido do desconforto e podem melhorar a performance social do invididuo. Além disso, a utilização de betabloqueadores um pouco antes da exposição fóbica pode ajudar a diminuir sintomas somáticos autonomicos, devendo ser utilizados ate 1 h antes do evento. Atenolol e propanolol). PSICOTERAPIA O tratamento psicoterapico tambem ser considerado como indiciação de primeira linha para TAS e normalmente envolve uma mistura de metodospsicoterapeuticos, comportamentais e cognitivos, incluindo treinamentos de dessensibilização, melhora da autoestima e simulações de situações e circunstancias fóbicas, de maneira controlada. PRESCRIÇÃO RACIONAL DE BENZODIAZEPÍNICOS Cerca de 400 milhões de pessoas sofrem atualmente de desordens mentais ou de problemas psicossociais relacionados ao abuso de drogas ou de álcool. Nesse contexto, o consumo de medicamentos psicotrópicos ganha destaque. Os benzodiazepínicos, em especial, estão entre os mais prescritos no mundo. Estima-se que 50 milhões de pessoas façam uso diário destas substancias e que 1 em cada 10 adultos recebam prescrições de benzodiazepínicos a cada ano, a maioria feita por médicos generalistas. No Brasil esse quadro se reproduz. Vários estudos vem relatando o uso indiscriminado de benzodiazepinicos pela população, inclusive na cidade do RJ, e que este consumo é crescente entre mulheres e idosos. Diante dessa questão, a Coordenação de Programas de Saúde Mental da SMS/RJ elegeu como uma de suas prioridades para o ano de 2006, a promoção do uso racional de benzodiazepínicos. O uso crônico de benzodiazepínicos pode causar dependência física, conforme evidenciado pela síndrome de abstinência de benzodiazepínicos TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 12 observada em muitas pessoas que usam benzodiazepínicos por um longo prazo após a interrupção do medicamento. Os principais efeitos farmacológicos dos benzodiazepínicos são: redução da ansiedade e da agressão, sedação e indução do sono, redução do tônus muscular e coordenação e ação anticonvulsivante. Dentre os principais efeitos colaterais dos benzodiazepínicos pode-se ressaltar: a diminuição da atividade psicomotora, o prejuízo da memória, tonteira e zumbidos e reação paradoxal (excitação, agressividade e desinibição). → TEMPO DE USO E DEPENDÊNCIA A dose diária e o tempo de uso continuado são fatores importantes para a instalação de um quadro de dependencia. A partir do terceiro mês de uso até 12 meses o risco de dependenci aumenta de 10% a 15% e por mais de 12 meses, o risco aumenta entre 25% e 40%. Ao contrário do que se observa atualmente, os benzodiazepinicos devem ser utilizados por periodos curtos de tempo 4 a 6 semanas). → POR QUE OS MÉDICOS PRESCREVEM INADEQUADAMENTE BENZODIAZEPÍNICOS? Teve um estudo realizado na Noruega em 1996 que tentou responder essa questão. Dentre as justificativas citadas estão: pacientes já chegam ao consultório fazendo uso destas substancias receitadas por outro médico, não querem interferir no direito de escolha do paciente, acham adequado dar um alento à vida do paciente, alegam que não há regras explícitas quanto à prescrição continuada de benzodiazepinicos, tem dificuldade em negar a receita médica que o paciente deseja e também o hábito de repetição de receitas sem o contato com o paciente. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 13