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COMPREENDER a anatomia e 
histologia do Sistema Nervoso Central – formado 
pelo encéfalo (cérebro – diencéfalo e telencéfalo, 
tronco encefálico - mesencéfalo, ponte e bulbo e o 
cerebelo) e medula espinal; 
 COMPREENDER a anatomia e histologia do 
Sistema Nervoso Periférico: 
•Nervos (Espinhais e Cranianos); 
•Gânglios e terminações nervosas; 
 ESTUDAR a anatomia e histologia dos 
neurônios e da neuroglia, EXPLICITAR os tipos de 
neurônios; 
 ENTENDER a fisiologia das sinapses e suas 
classificações quanto a morfologia; 
 ESTUDAR os mecanismos de transmissão 
sináptica, tipos e funções dos neurotransmissores ; 
 
 
 
 
 
 
 
 O sistema Nervoso é responsável por controlar 
as ações voluntárias (correr, falar, andar, etc) e 
ações involuntárias (batimentos cardíacos, respira- 
 
 
 
 
 
ção, digestão, respiração, etc) que o corpo realiza. 
Esse sistema está relacionado com a captação, 
interpretação e resposta a estímulos, além de 
armazenar informações na forma de memória. Ele 
permite que nosso corpo seja capaz de responder a 
estímulos internos e externos. Ele divide-se, nos 
critérios anatômicos em: Sistema Nervoso Central e 
Sistema Nervoso Periférico. (GUYTON, 2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Sistema Nervoso Central é aquele que se 
localiza dentro do esqueleto axial (cavidade 
craniana e canal vertebral); Sistema Nervoso 
Periférico é aquele que se encontra fora do 
esqueleto axial; (MACHADO, 2007) 
*OBS: Esta distinção, embora geralmente utilizada, 
não é perfeitamente exata, pois como é óbvio, os 
nervos e raízes nervosas, para fazer conexão com 
o sistema nervoso central, penetram no crânio e no 
canal vertebral. Além disso, alguns gânglios 
localizam-se dentro do esqueleto axial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Encéfalo é a parte do sistema nervoso central 
situada dentro do crânio: a medula se localiza 
dentro do canal vertebral. No encéfalo temos 
cérebro, cerebelo e tronco encefálico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A ponte separa o bulbo, situado caudalmente, do 
mesencéfalo, situado cranialmente. Dorsalmente à 
ponte e ao bulbo, localiza-se o cerebelo. 
 
 Nervos são cordões esbranquiçados que unem o 
sistema nervoso central aos órgãos periféricos. Se 
a união se faz com o encéfalo, os nervos são 
cranianos; se com a medula, espinhais. 
(MACHADO, 2007) 
 
 Em relação com alguns nervos e raízes nervosas 
existem dilatações constituídas sobretudo de 
corpos de neurônios, que são os gânglios. Do 
ponto de vista funcional, existem gânglios 
sensitivos e gânglios motores viscerais (do 
sistema nervoso autônomo). Na extremidade das 
fibras que constituem os nervos situam-se as 
terminações nervosas que, do ponto de vista 
funcional são de dois tipos: sensitivas (ou 
aferentes) e motoras (ou elerentes). 
 
 
 
 
 
 
 
 Nesta divisão, as partes do sistema nervoso 
central recebem o nome de vesícula encefálica 
primitiva, onde se desenvolvem três dilatações do 
tubo neural: Prosencéfalo, Mesencéfalo e 
Rombencéfalo (ordem craniossacral). Essas três 
vesículas darão origem respectivamente ao cérebro 
(diencéfalo e telencéfalo), mesencéfalo, 
metencéfalo (cerebelo e ponte) e mielencéfalo 
(bulbo). (MACHADO, 2007) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema 
nervoso da vida de relação, ou somático, e sistema 
nervoso da vida vegetativa, ou visceral. 
 é aquele 
que relaciona o organismo com o meio ambiente. 
Apresenta um componente aferente e outro 
eferente. O componente aferente conduz aos 
centros nervosos impulsos originados em 
receptores periféricos, informando-os sobre o que 
se passa no meio ambiente. O componente 
eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o 
comando dos centros nervosos, resultando, pois, 
em movimentos voluntários. (MACHADO, 2007) 
 
 é aquele que 
se relaciona com a inervação e controle das 
estruturas viscerais. É muito importante para a 
integração das diversas vísceras no sentido da 
manutenção da constância do meio interno. Assim 
como no sistema nervoso da vida de relação, 
distingui-se em uma parte aferente e outra eferente. 
O componente aferente conduz os impulsos 
nervosos originados em receptores das vísceras 
(visceroceptores) a áreas específicas do sistema 
nervoso central.O componente eferente leva os 
impulsos originados em certos centros nervosos até 
as vísceras, terminando em glândulas, músculos 
lisos ou músculo cardíaco. (MACHADO, 2007) 
 
 
 
 O 
componente eferente do 
sistema nervoso visceral é 
denominado sistema 
nervoso autônomo e pode 
ser subdividido em simpático e parassimpático. O 
sistema Nervoso Entérico também é um 
componente do Sistema Nervoso Autônomo, Ele 
está localizado fora do SNC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema 
nervoso segmentar e sistema nervoso 
suprassegmentar 
 A segmentação no sistema nervoso é 
evidenciada pela conexão com os nervos. Pertence, 
pois, ao sistema nervoso segmentar todo o sistema 
nervoso periférico mais aquelas partes do sistema 
nervoso central que estão em relação direta com os 
nervos típicos, ou seja: a medula espinhal e o 
tronco encefálico. 
 O cérebro e o cerebelo pertencem ao sistema 
nervoso suprassegmentar. Os nervos olfatório e 
óptico se ligam diretamente ao cérebro, mas estes 
não são nervos típicos. 
 Esta divisão põe em evidência as semelhanças 
estruturais e funcionais existentes entre a medula e 
o tronco encefálico, órgãos do sistema nervoso 
segmentar, em oposição ao cérebro e ao cerebelo, 
órgãos do sistema nervoso suprassegmentar. 
 Assim, nos órgãos do sistema nervoso 
suprassegmentar existe córtex, ou seja, uma 
camada fina de substância cinzenta situada fora da 
substância branca. Já nos órgãos do sistema 
nervoso segmentar não há córtex, e a substância 
cinzenta pode localizar-se dentro da branca, como 
ocorre na medula. O sistema nervoso segmentar 
surgiu, na evolução, antes do suprassegmentar e, 
funcionalmente, pode-se dizer que lhe é 
subordinado. (MACHADO, 2007) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Como já vimos, Sistema Nervoso Central é 
aquele localizado dentro do esqueleto axial, sendo 
formado pelo encéfalo e medula espinal. O encéfalo 
e a medula constituem o neuroeixo. O encéfalo é a 
parte do sistema nervoso central situado dentro do 
crânio; e a medula é localizada dentro do canal 
vertebral. No encéfalo temos cérebro, cerebelo e 
tronco encefálico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro. 
 
 
 O cérebro é o centro de 
integrações e comando do sistema nervoso. 
É constituído por duas partes: o telencéfalo e 
o diencéfalo. 
 
O telencéfalo (grego telos ,extremidade, enkephalos
 – encéfalo), desenvolveu-se rapidamente, 
formando duas grandes massas que ocupam quase 
que toda a cavidade craniana. Essas massas são 
denominadas de hemisférios cerebrais. 
 O desenvolvimento do diencéfalo (do grego dia – 
entre, enkephalos – encéfalo), foi mais restrito, 
limitando-se à região mediana do cérebro. O 
telencéfalo e o diencéfalo apresentam amplas 
conexões, tanto motoras, quanto sensitivas. 
(KANDEL, 2014) 
 O telencéfalo é o centro superior, local de 
controle motor geral, tomadas de decisão e 
interpretação sensitiva. 
 
 O diencéfalo atua modelando o movimento, 
algumas sensibilidades se tornam conscientes 
no diencéfalo, controla a parte autônoma, 
regulação endócrina e circo circadiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 No interior está distribuída a substância 
branca. Essa região não apresenta corpos 
celulares de neurônios e sim seus prolongamentos 
(axônios). 
 A substância cinzenta está localizada 
externamente, formando o córtex cerebral (do 
latim córtex – casca). Os corpos celulares dos 
neurônios se encontramnessa área. (NOBESCHI, 
2021) 
: é formado por corpos de 
neurônios, células da neuróglia e fibras nervosas 
amielínicas. 
 O córtex cerebral é heterogêneo, apresentando 
áreas com seis camadas celulares (neocórtex), 
enquanto que outras áreas apresentam três 
camadas celulares (paleocórtex e arquicórtex). 
 
 
 
 
 
 O córtex cerebral se distribui nos giros do 
telencéfalo, apresentando em cada região uma 
função específica. 
 
 
 
 
 
 
 
(substância branca): constituído 
por axônios mielínicos, aferentes e eferentes ao 
córtex cerebral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O diencéfalo é uma parte importante do encéfalo 
localizada acima do tronco cerebral e abaixo do 
telencéfalo. 
 É composto por várias estruturas que 
desempenham papéis importantes na regulação de 
funções vitais, como a temperatura corporal, a 
sede, a fome e o sono, bem como em processos 
sensoriais e motoras. 
 As principais estruturas do diencéfalo 
são: Tálamo, Hipotálamo, Epitálamo, Subtálamo 
e Metatálamo (considerado por muitos autores 
como uma área pertencente ao tálamo). 
(NOBESCHI, 2021) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 São duas massas ovaladas localizadas 
lateralmente ao IIIº ventrículo. 
 
 Sua porção anterior é denominada 
de tubérculo anterior do tálamo, e está 
localizada próxima ao forame 
interventricular (forame que comunica os 
ventrículos laterais com o IIIº ventrículo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A parte posterior do tálamo é dilatada, 
denominada de pulvinar do tálamo. 
 Inferiormente ao pulvinar do tálamo está 
localizado o metatálamo. 
 O tálamo é constituído, internamente, por vários 
núcleos. A maior parte dos núcleos talâmicos está 
relacionada com estímulos sensitivos tornando o 
tálamo “um relé” para as vias sensitivas. Ele atua 
como uma “estação de retransmissão” para os 
principais sistemas sensitivos (exceto a via 
olfatória). O tálamo está associado ao controle 
somático, visceral e emocional. (MACHADO, 2007) 
 
 Grupo anterior 
 Recebem o trato mamilotalâmico proveniente 
dos corpos mamilares. Os núcleos anteriores do 
tálamo também recebem conexões recíprocas 
do giro do cíngulo e hipotálamo. 
 A função dos núcleos anteriores do tálamo está 
estreitamente associada à do sistema límbico, e 
está relacionada com o tom emocional e os 
mecanismos da memória recente. (BEAR, 2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 Grupo medial 
 A parte medial do tálamo contém o grande 
núcleo medial dorsal e vários núcleos menores. O 
núcleo medial dorsal possui conexões bidirecionais 
com todo o córtex pré-frontal do lobo frontal do 
hemisfério cerebral, possui também conexões 
semelhantes com os núcleos hipotalâmicos. Está 
interconectado com todos os outros grupos de 
núcleos do tálamo. 
 A parte medial do tálamo é responsável pela 
integração de uma grande variedade de 
informações sensitivas, incluindo informações 
somáticas, viscerais e olfatórias, e pela relação 
dessas informações com as sensações emocionais 
e estados subjetivos do indivíduo. (BEAR 2017) 
 Grupo lateral 
 Os núcleos desse grupo são subdivididos em 
fileira dorsal e fileira ventral. 
 Fileira dorsal: A fileira dorsal inclui o 
núcleo dorsolateral, o núcleo postero-
lateral e o pulvinar. 
 Os detalhes das conexões desses núcleos não 
são claros. Entretanto, sabe-se que eles 
possuem interconexões com outros núcleos do 
tálamo e com o lobo parietal, o giro do cíngulo e 
os lobos occipital e temporal. (BEAR, 2017) 
 Fileira ventral 
 A fileira ventral consiste nos seguintes núcleos 
em sequência craniocaudal. 
1 – Núcleo ventral anterior. Esse núcleo está 
conectado à formação reticular, à substância negra, 
ao corpo estriado e ao córtex pré-motor, bem como 
a muitos dos outros núcleos do tálamo. Como ele 
se situa no trajeto entre o corpo estriado e as áreas 
motoras do córtex frontal, esse núcleo 
provavelmente influencia as atividades do córtex 
motor. 
 
 
 
 
 
 
2 – Núcleo ventral lateral. Esse núcleo possui 
conexões semelhantes às do núcleo ventral 
anterior; todavia, além disso, apresenta 
um importante aporte do cerebelo e um pequeno 
aporte do núcleo rubro. Suas principais projeções 
seguem para as regiões motora e pré-motora do 
córtex cerebral. 
3 – Núcleo ventral posterior. Esse núcleo é 
subdividido em núcleo ventral posteromedial e 
núcleo ventral posterolateral. O núcleo ventral 
posteromedial recebe as vias trigeminal e gustatória 
ascendentes; 
 Enquanto o núcleo ventral posterolateral recebe 
os importantes tratos sensitivos ascendentes, 
os lemniscos medial e espinal. As projeções 
talamocorticais desses núcleos importantes 
atravessam o ramo posterior da cápsula interna e a 
coroa radiada até as áreas sensitivas somáticas 
primárias do córtex cerebral no giro pós-central 
(áreas 3, 1 e 2). (NOBESCHI, 2021) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Outros núcleos do tálamo incluem os 
núcleos intralaminares, os núcleos medianos, 
o núcleo reticular, e os corpos geniculados medial e 
lateral. 
1 – Os núcleos intralaminares do tálamo são 
pequenas coleções de células nervosas dentro da 
lâmina medular medial. Acredita-se que esses 
núcleos influenciem os níveis de consciência e 
vigília do indivíduo. 
2 – Os núcleos medianos do tálamo consistem 
em grupos de células nervosas adjacentes ao 
terceiro ventrículo e na aderência intertalâmica. 
Recebem fibras aferentes da formação reticular. 
Suas funções precisas não são conhecidas. 
3 – O núcleo reticular situa-se entre a lâmina 
medular lateral, e o ramo posterior da cápsula 
interna. A função desse núcleo não está totalmente 
elucidada, mas pode estar relacionada com um 
mecanismo pelo qual o córtex cerebral regula a 
atividade do tálamo. 
4 – O corpo geniculado medial forma parte da via 
auditiva e consiste em uma tumefação na face 
posterior do tálamo, embaixo do pulvinar do tálamo. 
Convém lembrar que o colículo inferior recebe a 
terminação das fibras do lemnisco lateral. O corpo 
geniculado medial recebe informações auditivas de 
ambas as orelhas, mas predominantemente da 
orelha oposta. 
5 – O corpo geniculado lateral forma parte da via 
visual e consiste em uma tumefação da face inferior 
do pulvinar do tálamo. Constitui a terminação de 
todas as fibras do trato óptico (exceto as fibras que 
seguem para o núcleo pré-tetal). Cada corpo 
geniculado lateral recebe informações visuais do 
campo visual oposto. 
 As fibras eferentes deixam o corpo geniculado 
lateral para formar a radiação óptica, que segue 
para o córtex visual do lobo occipital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Está localizado inferiormente ao tálamo, 
separado deste pelo sulco hipotalâmico. 
-O hipotálamo é constituído por: 
 Quiasma óptico (cruzamento das fibras 
nasais da retina); 
 Corpos mamilares (duas dilatações 
localizadas na fossa interpeduncular, 
formada por núcleos mamilares); 
 Túber cinéreo (formação triangular 
localizada entre o quiasma óptico e os 
corpos mamilares); 
 Infundíbulo (estende-se do túber cinério até 
a hipófise); 
 Neuro-hipófise. (MACHADO, 2007) 
 
 
 
 
 
 
 No interior do hipotálamo são 
encontrados diversos núcleos. O fórnice divide 
os núcleos hipotalâmicos em 
grupos lateral e medial. 
-O hipotálamo está envolvido com diversas funções 
orgânicas, como: Controle da parte autônoma do 
sistema nervoso, sede, fome, saciedade, regulação 
da temperatura, controle endócrino, sono, vigília, 
regulação da diurese e sensações relacionadas ao 
prazer e raiva. (BEAR, 2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ao exame microscópico, o hipotálamo compõe-
se de pequenas células nervosas dispostas em 
grupos ou núcleos, muitos dos quais estão 
claramente segregados uns dos outros. 
Por motivos funcionais, a área pré-óptica está 
incluída como parte do hipotálamo. 
 Na zona medial, podem ser identificados as 
seguintes áreascom seus respectivos grupos de 
núcleos do hipotálamo, de anterior para posterior: 
1 – Área Pré-óptica Núcleo pré-óptico – 
Relacionado com termorregulação, lesões 
nesta área podem causar Hipertermia; 
2 Área supra-óptica 
 Núcleo supra-quiasmático – Relacionado 
com ritmos circadianos; 
 Núcleo supra-óptico – Relacionado com 
ritmos circadianos e liberação de ocitocina; 
 Núcleo paraventricular – Relacionado com 
liberação de ADH. 
 
 Área tuberal 
 
 Núcleo Arqueado / tuberal – Relacionado 
com liberação de GH e prolactina; 
 Núcleos Ventro-medial e Dorso-medial – 
Relacionados com a saciedade. 
 
 Área Mamilar / posterior 
 
 Núcleo Posterior – Relacionado com 
termorregulação, lesões nesta área podem 
causar Hipotermia; 
 Núcleo Mamilar (dentro do corpo mamilar) – 
Relacionado com emoções, comportamento 
e memória. (NOBESCHI, 2021) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Localizado superiormente ao mesencéfalo e, 
separado deste pela comissura posterior. Apresenta 
formações endócrinas e não endócrinas. 
 A principal formação endócrina é a glândula 
pineal (localizada inferiormente o esplênio do corpo 
caloso). A glândula pineal atua sobre 
as gônadas (testículos ou ovários), e produção 
cíclica de melatonina. (MACHADO, 2007) 
 
 O órgão subcomissural é outra formação 
endócrina do epitálamo, está localizado abaixo da 
comissura posterior e participa do controle 
da glândula suprarrenal. 
-As formações não endócrinas do epitálamo são: 
 Trígono das habênulas (contendo os 
núcleos habenulares); 
 Comissura das habênulas; 
 Estrias medulares; 
 E a comissura posterior. 
Com exceção da comissura posterior, todos os 
outros estão relacionados com o sistema límbico. 
 
 
 
 
 
 
 
 A comissura posterior apresenta fibras nervosas 
provenientes do núcleo parassimpático do nervo 
oculomotor (“núcleo de Edinger Westphal”), 
influenciando no reflexo consensual. 
 
 
 
 Localizado inferiormente ao pulvinar do tálamo, 
apresenta duas formações os corpos geniculados 
lateral e medial. 
 
 
 
 No corpo geniculado lateral está localizado 
o quarto neurônio da via visual, que envia fibras 
nervosas para o lobo occipital (cúneo e giro 
occipitotemporal medial). O corpo geniculado 
lateral estabelece conexão com o colículo 
superior do mesencéfalo, por meio do braço do 
colículo superior. 
 O corpo geniculado medial estabelece conexão 
com o colículo inferior do mesencéfalo por meio do 
braço do colículo inferior. No corpo geniculado 
medial está localizado o quarto neurônio da via 
auditiva. 
 
 Localizado entre o tálamo (superiormente) e o 
mesencéfalo (inferiormente), e entre a cápsula 
interna (lateral) e hipotálamo (medial). 
 O subtálamo é a menor formação diencéfalica, 
sua principal formação é o núcleo subtalâmico, 
relacionado com o controle do movimento somático. 
 
 
 
 
 Formado por duas massas laterais, 
denominadas de hemisférios cerebrais direito e 
esquerdo. São separados parcialmente pela fissura 
longitudinal do cérebro. (MACHADO, 2007) 
 Os hemisférios cerebrais apresentam as 
mesmas características anatômicas, embora 
variações e alterações de massas (volume e 
posição) podem ser encontradas ao se comparar os 
hemisférios, tornando-se assimétricos. 
Funcionalmente é mais distinto, o hemisfério 
esquerdo está relacionado com 
a lógica e raciocínio, enquanto que 
o direito com percepção, abstração e musicalidade. 
 *O padrão motor da maior parte das pessoas é 
comandado pelo hemisfério cerebral esquerdo, que 
controla os músculos da metade direita do corpo. 
 Os hemisférios cerebrais se comunicam, a 
principal estrutura inter-hemisférica de comunicação 
é o corpo caloso (comissura), formado 
exclusivamente por fibras nervosas mielinizadas. 
 No interior do telencéfalo estão localizados os 
ventrículos laterais (direito e esquerdo), em seus 
respectivos hemisférios cerebrais. 
 
 
 
 
 
 No telencéfalo encontramos circunvoluções 
denominadas de giros. Os giros permitiram 
aumentar a superfície para os neurônios, e ao 
mesmo tempo diminuir o tamanho do telencéfalo. 
 
 
 
 
 Os giros do telencéfalo são separados 
por sulcos. 
 O telencéfalo é dividido em partes 
denominadas lobos. São cinco lobos 
anatômicos do telencéfalo e um 
lobo considerado funcional. (MOORE, 2019) 
 
 
 
 
 Dos cinco lobos anatômicos, quatro deles se 
relacionam com os ossos do crânio, recebendo a 
mesma denominação. Os lobos anatômicos do 
telencéfalo são: Frontal, parietal, temporal, 
occipital e insular. 
 O lobo insular não se relaciona com os ossos 
do crânio. O lobo funcional do telencéfalo é o lobo 
límbico, que abrange parte dos lobos frontal, 
parietal e temporal. Lobo límbico em verde: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O estudo do telencéfalo pode ser realizado de 
forma didática levando em consideração as 
suas três faces: Dorso ou Súpero-lateral, inferior 
e medial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Na face súpero-lateral identificamos os 
quatro lobos do telencéfalo (frontal, parietal, 
temporal e occipital). 
 Dois grandes sulcos são visíveis: sulco 
central e sulco lateral. 
 Sulco central (“sulco de Rolando”): separa 
os lobos frontal e parietal. Inicia-se na face 
medial do telencéfalo, terminando no sulco 
lateral. 
 Sulco lateral (“sulco de Sylvius”): separa os 
lobos frontal do temporal e, o temporal do 
parietal. Inicia-se profundamente na base do 
crânio, dirigindo-se para a face súpero-
lateral. Profundamente ao sulco lateral está 
localizado o lobo insular. 
 
 
 
 
 
 
 
 Para a maioria dos sulcos a nomenclatura 
obedece a localização e posição. 
Exemplo: sulco frontal superior ou sulco 
temporal inferior. 
 Poucos são os sulcos que fogem do exemplo, 
como no caso do sulco intraparietal (sulco no 
sentido ântero-posterior, que divide o lobo parietal 
em dois lóbulos: superior e inferior). 
Os giros da face súpero-lateral serão descritos 
abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A face inferior do telencéfalo apoia-se na base 
do crânio (com exceção do polo occipital). 
-Os lobos frontal, temporal e occipital são 
visualizados nessa face. 
 Localizam-se nessa região os giros: temporal 
inferior, occipitotemporal lateral, occipitotemporal 
medial (giro lingual), parahipocampal e o únco. 
 
Cada giro apresenta funções específicas que serão 
mais aprofundadas nas próximas APGs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A face medial do telencéfalo é estudada nos 
cortes sagitais medianos do encéfalo. Evidencia os 
lobos frontal, parietal e occipital, além de estruturas 
não corticais, a substância branca, sendo: corpo 
caloso, fórnice, comissura anterior, lâmina terminal 
e o septo pelúcido. 
 Nessa face, também fica evidente as estruturas 
corticais do lobo límbico, localizadas nos lobos 
frontal e parietal (no lobo temporal estão localizadas 
na face inferior). 
 Abaixo está descrito as estruturas do 
telencéfalo da face medial em uma sequência mais 
simples para o estudo. 
 formado por fibras 
nervosas mielinizadas, é o principal feixe de 
associação inter-hemisférico. 
 
 
 
 
 
 
O corpo caloso é dividido de anterior para posterior 
em: rostro, joelho, tronco e esplênio. 
 
 (do latim fornix – arco): formado 
por fibras mielínicas, que se projetam do 
córtex do hipocampo para os núcleos dos 
corpos mamilares (integra parte do sistema 
límbico – “circuito de Papez”). Será 
aprofundado nos próximos resumos. O 
objetivo dessa APG é realizar uma 
introdução, cada APG seguinte aprofundará 
em um tema específico! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os pilares se unem para formar o corpo do 
fórnice (inferior ao corpo caloso) e, separa-se 
anteriormente, formando as colunas do fórnice, que 
se projetam nos corpos mamilares do hipotálamo. 
 (do latim septum – cerca, 
e pellucidus –transparente): é uma parede 
triangular, ligado superiormente no tronco e 
joelho do corpo caloso, até o fórnice, 
inferiormente. 
 
 
 
 
 
 O septo pelúcido é formado por duas lâminas, 
separadas uma cavidade estreita (cavidade do 
septo pelúcido, essa cavidade pode se apresentar 
dilatada, constituindo o Vº ventrículo). O septo 
pelúcido separa os ventrículos laterais. (machado, 
2007) 
 (do latim cingula – 
cintura): localizado superiormente ao corpo 
caloso. 
 
 
 
 
 
 Seu limite superior é o sulco do cíngulo. 
 O giro do cíngulo tem início no lobo frontal, 
segue para o lobo parietal, contornando 
superiormente o corpo caloso. 
 Em seu trajeto origina o sulco subparietal e o 
ramo marginal do sulco do cíngulo. 
 com início no sulco 
lateral, o sulco central cruza toda a face 
súpero-lateral do telencéfalo, terminando na 
parte superior da face medial. 
Separa o lóbulo paracentral em duas áreas: anterior 
(motora) e posterior (sensitiva). 
 
 
 sulco vertical que 
termina no sulco do cíngulo, separando o 
lóbulo paracentral do giro frontal superior. 
 Próximo ao rostro do corpo caloso é possível 
identificar a comissura anterior, lâmina terminal e a 
área septal. 
 
 
 
 
 
 
 Comissura anterior: fibras de associação 
inter-hemisféricas, localizada inferiormente 
ao rostro do corpo caloso. 
Estabelece união entre os lobos temporais. 
 
 
 
 
 
 Lâmina terminal: lâmina fina de tecido 
nervoso localizada entre a comissura 
anterior (superiormente) e o quiasma óptico 
(inferiormente). 
 No desenvolvimento embrionário, o prosencéfalo 
se divide em duas vesículas, o telencéfalo e o 
diencéfalo. As vesículas telencefálicas são unidas 
medialmente pela lâmina terminal. 
 Área septal: localizada no lobo frontal, 
anteriormente a lâmina terminal. Estabelece 
conexões com o hipotálamo e formação 
reticular. É considerada uma área cerebral 
relacionada com o prazer. 
 Lobo insular (do latim insula – ilha): lobo de 
localização profunda ao sulco lateral, sendo 
recoberto pelos lobos frontal, parietal e 
temporal. 
 Está relacionado com funções emocionais 
(fobias), sensoriais e motoras viscerais, 
vestibulares, movimentos somáticos e fala 
(apraxia). 
 Hipocampo (do grego hippokampos – 
cavalo-marinho): é uma formação profunda, 
localizada no lobo temporal, formando um 
arco sobre o corno temporal do ventrículo 
lateral. É formado pelo córtex mais antigo 
(arquicórtex). (KANDEL, 2014) 
 
 
 
 
 
 A porção anterior do hipocampo é dilatada, e 
denominada de pé do hipocampo (“corno de 
Ammon”). A porção súpero-medial do hipocampo é 
constituída pelo giro denteado. Entre o pé do 
hipocampo e o giro parahipocampal está localizado 
o subículo (do latim subiculum – que suporta). 
O hipocampo está envolvido com função 
de memória de curto prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
 É constituído por estruturas nervosas que 
formam um limbo na face medial do telencéfalo 
(nos lobos frontal, parietal e temporal). É formado 
por estruturas corticais e subcorticais. 
O lobo límbico está envolvido com o 
comportamento emocional,sexual e processamento 
de memorização. 
Componentes corticais do lobo límbico: giro do 
cíngulo, giro parahipocampal e o hipocampo. 
Componentes subcorticais do lobo límbico: corpo 
amigdalóide, área septal, núcleos mamilares, 
núcleos anteriores do tálamo e núcleos 
habenulares. 
 William James foi o primeiro a propor a teoria 
das emoções. Após o indivíduo receber um 
estímulo, o cérebro gera as emoções (taquicardia, 
dispneia, angústia, medo, etc.). (BEAR, 2017) 
 Posteriormente, Walter Cannon propôs outra 
teoria, com a hipótese de que o tálamo seria o 
centro fundamental das emoções, e a partir dele os 
estímulos elétricos seriam enviados ao córtex 
cerebral e ao hipotálamo (ocorrendo alterações 
viscerais, via parte autônoma do sistema nervoso). 
 James Papez demonstrou que não havia apenas 
um centro cerebral envolvido com as emoções. Sua 
teoria é a mais importante contribuição no estudo 
funcional das emoções. 
 Seu trabalho demonstrou um circuito cerebral 
reverberativo, que utiliza de estruturas corticais e 
subcorticais. A direção dos impulsos no circuito 
proposto por Papez é: hipocampo – fórnice – 
núcleos mamilares – fascículo mamilotalâmico – 
núcleos anteriores do tálamo – cápsula interna – 
giro do cíngulo – giro parahipocampal – 
hipocampo. 
Contribuições do trabalho de Paul 
MacLean incluíram outras estruturas encefálicas 
que se conectam com o circuito de Papez, sendo: 
área pré-frontal, corpo amigdalóide, área septal e 
tronco encefálico. (BEAR, 2017) 
 
 Esse centro é formado por fibras nervosas 
mielínicas, divididas em dois grupos: fibras 
nervosas de associação e fibras nervosas de 
projeção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fibras nervosas de associação: conectam 
áreas corticais entre si, podendo ser intra-
hemisféricas ou inter-hemisféricas. 
 Fibras de associação intra-hemisféricas: 
fascículo do cíngulo (conecta os lobos 
frontal e temporal), fascículo longitudinal 
superior (conecta os lobos frontal, parietal e 
occipital), fascículo longitudinal 
inferior (conecta os lobos occipital e 
temporal), fascículo uncinado (conecta os 
lobos frontal e temporal), e cápsula 
extrema (localizada entre o córtex insular e 
o claustro, conecta o córtex insular ao 
córtex do giro frontal inferior). 
 Fibras de associação inter-hemisféricas: 
comissura anterior (conecta os lobos 
temporais), corpo caloso (conecta áreas 
simétricas do córtex cerebral), e comissura 
do fórnice (conecta os hipocampos). 
 Fibras nervosas de projeção: conectam 
áreas corticais com áreas subcorticais. 
 Cápsula interna: ampla faixa branca, em 
forma de letra “V”, cujo vértice se dirige 
medialmente. É constituída por um ramo 
anterior (entre os núcleos caudado e 
lentiforme), um joelho, e um ramo posterior 
(entre o tálamo e o núcleo lentiforme). 
 Acima da margem superior dos núcleos da base, 
a cápsula interna se continua como coroa radiada, 
projetando-se para o córtex cerebral. 
 Inferiormente aos núcleos da base a cápsula 
interna forma os pedúnculos cerebrais (no 
mesencéfalo). (MOORE, 2019) 
 Cápsula externa: localizada entre o claustro 
e o núcleo lentiforme (putamen). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-O tronco encefálico é constituído por três partes: 
Mesencéfalo, ponte e o bulbo (de superior para 
inferior). Está localizado na fossa craniana 
posterior, apoiado no clivo do osso occipital. 
 *O tronco encefálico está no compartimento infra-
tentorial (abaixo da tenda do cerebelo), junto ao 
cerebelo, enquanto que o cérebro está localizado 
no compartimento supra-tentorial (acima da tenda 
do cerebelo). 
*Dez dos doze pares de nervos cranianos possuem 
seus núcleos no tronco encefálico. 
 
É a parte superior do tronco encefálico. 
 
 
 
 
 É atravessado pelo aqueduto do mesencéfalo, 
que conecta o IIIº ventrículo com o IVº ventrículo. 
O mesencéfalo fica interposto ao 
diencéfalo (superiormente), e a ponte 
(inferiormente). O mesencéfalo fica interposto ao 
diencéfalo superiormente e o sulco pontino separa 
o mesencéfalo da ponte, inferiormente. (MOORE, 
2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O mesencéfalo é constituído pelos pedúnculos 
cerebrais, fossa interpeduncular, colículos 
superiores e inferiores e braços dos colículos 
superiores e inferiores. 
 são duas massas 
brancas, formadas por axônios mielínicos, 
provenientes do giro pré-central, com trajeto 
descendente pela coroa radiada e ramo 
posterior da cápsula interna. As fibras 
nervosas são motoras (cada pedúnculo 
possui fibras nervosas homolaterais aos 
giros pré-centrais). As fibras nervosas dos 
pedúnculos passam pela base da ponte, 
pirâmides bulbares, cruzando, parcialmente, 
para o lado oposto no bulbo (formando a 
decussação das pirâmides). 
 espaço 
localizado entre os pedúnculos 
cerebrais. Na fossa interpeduncularestão 
localizados os corpos mamilares 
(hipotálamo). 
 
juntos são denominados de lâmina 
quadrigêmea. Os colículos superiores são 
inferiores à glândula pineal e, estão 
relacionados com reflexos motores do bulbo 
do olho (movimentos verticais). 
 Os colículos inferiores são formados por 
neurônios da via auditiva (terceiro neurônio da via). 
Em secção horizontal, o mesencéfalo é dividido em: 
base do pedúnculo, tegmento e tecto. 
 contém as fibras 
nervosas provenientes do giro pré-
central. São as fibras corticospinais e 
corticonucleares (as primeiras atuam nos 
neurônios da coluna anterior da medula 
espinal, enquanto que as segundas atuam 
nos núcleos dos nervos cranianos). 
 apresenta núcleos da 
formação reticular, núcleos dos nervos 
cranianos (oculomotor, troclear e trigêmeo), 
núcleo rubro (participa da motricidade 
somática para os músculos distais) e a 
substância negra. 
 
 
 
 
 
 
 
A substância negra é formada por neurônios 
dopaminérgicos (o neurotransmissor é a dopamina), 
exercendo conexões com o corpo estriado, 
participando do programa motor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 É a parte média do tronco encefálico, localizada 
entre o mesencéfalo e o bulbo. 
 O limite superior da ponte é o sulco pontino 
superior. 
 Inferiormente é limitada pelo sulco 
bulbopontino (emergência dos nervos 
cranianos: abducente, facial e 
vestíbulococlear). 
 Na face anterior da ponte está localizado o sulco 
basilar (ocupado pela artéria basilar). A ponte 
apresenta uma base e um tegmento. 
 Base da ponte: é a maior porção da ponte, 
sendo atravessada pelas fibras do trato 
corticospinal, corticonuclear e 
corticopontinas. Apresenta fibras 
transversas. 
 Tegmento da ponte: apresenta fibras 
ascendentes, descendentes e 
transversas. O núcleo dos nervos 
abducente, facial e vestibulococlear são 
encontrados no tegmento da ponte. 
Núcleos parassimpáticos como os núcleos 
salivatório superior e lacrimal (que 
constituem parte do nervo facial), têm 
origem no tegmento. (MACHADO, 2007) 
 O nervo trigêmeo apresenta núcleos que se 
originam na ponte. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O bulbo é a parte inferior do tronco encefálico, 
continua-se inferiormente com a medula espinal. 
 
 A emergência do primeiro par de nervos 
espinal é o marco do término do bulbo. 
 Admiti-se que o limite ósseo para o bulbo fosse o 
forame magno, contudo, o bulbo pode invadir o 
canal vertebral. 
 A disposição de sulcos e fissuras no bulbo é 
muito semelhante a da medula espinal, sendo: 
fissura mediana anterior (atravessada 
pela decussação das pirâmides), sulco antero-
lateral, posterolateral, sulco intermédio 
posterior e sulco mediano posterior. 
 Na região anterior do bulbo, lateralmente à 
fissura mediana anterior estão localizadas as 
pirâmides bulbares (formadas por fibras nervosas 
mielínicas provenientes dos giros pré-centrais). 
 As fibras nervosas das pirâmides bulbares 
cruzam o plano mediano, constituindo a 
decussação das pirâmides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nas regiões laterais do bulbo estão localizadas 
as olivas bulbares (formadas por neurônios do 
núcleo olivar inferior, relacionadas com o 
movimento). (MACHADO, 2007) 
 
 
 
 
 
 
 Anteriormente as olivas bulbares emergem 
as fibras dos nervos hipoglossos. 
 Nos sulcos póstero-laterais do bulbo 
emergem os nervos glossofaríngeo, vago e 
acessório. 
 Na região posterior do bulbo, entre o sulco 
póstero-lateral e o sulco intermédio posterior, 
localiza-se o fascículo cuneiforme (conduz impulsos 
proprioceptivos conscientes, originados dos 
membros superiores e metade superior do tronco). 
 Entre o sulco intermédio posterior e o sulco 
mediano posterior está localizado o fascículo grácil 
(fascículo que conduz impulsos proprioceptivos 
conscientes, originados dos membros inferiores e 
metade inferior do tronco). 
 Superiormente a cada fascículo são encontradas 
elevações, denominadas de tubérculos dos 
núcleos: cuneiforme e grácil (formado pelo segundo 
neurônio da via proprioceptiva consciente). 
 A fossa rombóide é o assoalho do IVº 
ventrículo. 
 
 
 
 
 
 Ocupa a região posterior do bulbo e ponte. No 
centro da fossa rombóide está o sulco mediano. 
Mais lateralmente está localizado o sulco limitante. 
 
 
 
 
 
 
 Medialmente ao sulco limitante estão estruturas 
motoras originadas da lâmina basal do tubo neural. 
 Lateralmente ao sulco limitante se localizam 
estruturas sensitivas, originadas da lâmina alar do 
tubo neural. (MOORE, 2019) 
 
 
 
 
 A parte medial ao sulco limitante é denominada 
de eminência medial. 
 Em sua parte superior estão os colículos 
faciais (formados pelo núcleo do nervo 
abducente, circundados pelas fibras do 
nervo facial). 
 Inferiormente, na eminência medial, estão 
localizados os trígonos do nervo hipoglosso 
(medialmente) e do nervo vago 
(lateralmente). Os trígonos são formados 
pelos núcleos dos respectivos nervos. 
 A parte lateral ao sulco limitante é 
denominada de área vestibular e contém os 
núcleos do nervo vestibulococlear. (DRAKE, 
2015) 
 É um agregado de núcleos que se dispõem em 
forma de rede, no interior do tronco encefálico. 
 
 
 
 
 
 
 
 A formação reticular apresenta conexões com o 
cérebro, cerebelo, medula espinal e o núcleo dos 
nervos cranianos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Está envolvido com as funções: 
 Controle vasomotor: localizado no bulbo, 
coordena o calibre dos vasos sanguíneos e 
o ritmo cardíaco. 
 Controle da ventilação: localizado no 
bulbo, controla a inspiração e expiração, 
mantendo o movimento automático para a 
ventilação. 
 Centro do vômito: localizado no bulbo. 
Estímulos provenientes da mucosa 
gastrointestinal aferem o centro do vômito 
por meio do nervo vago, desencadeando o 
reflexo do vômito. 
 Controle do movimento 
somático: localizado no bulbo e na ponte. 
 Controle neuroendócrino: localizada no 
mesencéfalo, estimulando a secreção dos 
hormônios adenocorticotrófico (ACTH, pela 
adenohipófise), e antidiurético (ADH, pela 
neurohipófise). 
 Interação com a parte autônoma do 
sistema nervoso: a formação reticular 
estabelece conexões com as divisões 
simpática e parassimpática da parte 
autônoma do sistema nervoso. 
 Interação com o controle do movimento 
somático: a formação reticular recebe 
informações provenientes do cérebro, 
influenciando no controle motor dos 
músculos axiais, apendiculares proximais e 
os movimentos automáticos. 
 Controle sensitivo: a formação reticular é 
capaz de selecionar informações sensitivas. 
 Ativação cortical cerebral: parte da 
formação reticular um conjunto de fibras 
nervosas com destino ao tálamo, e 
posteriormente, ao córtex cerebral. Essas 
fibras nervosas ativam o córtex cerebral 
(sistema ativador reticular ascendente – 
SARA). 
 Regulação do sono: localizado na ponte, a 
formação reticular contém mecanismos para 
regular o sono. (KANDEL, 2014) 
 Está localizado na fossa cerebelar do osso 
occipital (fossa craniana posterior). 
 O cerebelo está separado do lobo occipital 
(localizado superiormente), por uma prega da dura-
máter, denominada de tentório do cerebelo. 
Anteriormente ao cerebelo localizamos a ponte e o 
bulbo. 
 Os pedúnculos cerebelares (superior, médio e 
inferior) conectam o cerebelo ao tronco encefálico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O cerebelo apresenta uma camada 
cortical externa (córtex do cerebelo), homogênea, 
constituída por três camadas celulares. 
 Internamente, se distribuem a fibras mielínicas, 
compondo o centro medular branco do cerebelo. No 
interior do centro medular branco do cerebelo são 
encontrados núcleos específicos (núcleos do 
cerebelo). (MACHADO, 2007) 
 Anatomicamente o cerebelo é dividido em dois 
hemisférios cerebelares (direito e esquerdo), e uma 
porção mediana,denominada de verme cerebelar. 
 
 
 
 
 
 
-O cerebelo é dividido em lobos: 
 Flóculo-nodular – 
VESTIBULOCEREBELO (relacionado com 
o equilíbrio); 
 Anterior- ESPINOCEREBELO (funções 
relacionadas ao tônus muscular e 
propriocepção); 
 Posterior – NEOCEREBELO OU 
CEREBROCEREBELO (coordenação dos 
movimentos); (BEAR, 2017) 
 
 
 
 
 
 
 
-Os lobos do cerebelo são divididos por fissuras, 
formando lóbulos. 
 Lobo flóculo-nodular: constituído por dois 
flóculos (cada flóculo está localizado abaixo 
do pedúnculo cerebelar inferior), unidos pelo 
nódulo. 
 Lobo anterior do cerebelo: forma parte da 
porção superior do cerebelo. A fissura 
primária separa o lobo anterior do lobo 
posterior. 
 Lóbulo quadrangular anterior está 
localizado anteriormente a fissura primária. 
 Lobo posterior do cerebelo: o maior lobo 
do cerebelo apresenta uma porção superior, 
que se estende formando a porção inferior 
do cerebelo. 
-Os lóbulos e fissuras são (partindo da fissura 
primária): 
 Lóbulo quadrangular posterior; 
 fissura pós-clival; 
 lóbulo semilunar superior; 
 fissura horizontal; 
 lóbulo semilunar inferior; 
 fissura pré-piramidal; 
 lóbulo biventre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A tonsila do cerebelo é uma porção dilatada, 
localizada no lobo posterior, em sua parte ântero-
inferior (superiormente ao forame magno e 
posteriormente ao bulbo). 
 
 O verme do cerebelo apresenta sua divisão, com 
denominação diferente dos hemisférios 
cerebelares, sendo: língula, lóbulo central, cúlmen, 
declive, folha do verme, túber, pirâmide, úvula e 
nódulo. 
 Os núcleos do cerebelo são: denteado, 
emboliforme, globoso e fastigial. 
O núcleo denteado é o maior deles, localizado 
lateralmente. O núcleo fastigial assume uma 
posição medial. (MACHADO, 2007) 
 
 
 
 
 
 
 
 Entre os núcleos denteado e fastigial estão 
localizados os núcleos emboliforme e globoso 
(denominados como núcleo interpósito). 
 Os núcleos do cerebelo exercem influencia 
no controle motor dos músculos estriados 
esqueléticos, o núcleo fastigial controla os 
músculos axiais e proximais dos membros (postura 
e equilíbrio), os núcleos interpósito e denteado 
controlam os músculos distais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A medula espinal é a parte do tubo neural que 
sofreu menos alterações durante o 
desenvolvimento. (MOORE, 2019) 
 
 A medula ocupa parcialmente o canal vertebral, 
terminando em uma porção cônica, o cone medular, 
na altura de LI nos adultos (variações anatômicas 
podem ocorrer, e o término pode ser em TXII ou 
LIII). No recém nascido, a medula espinal se 
estende até a altura do disco intervertebral LII-LIII. 
 Seu início é abaixo do bulbo, na altura do forame 
magno do osso occipital. (MOORE, 2019) 
 
 
 
 
 
 Em duas regiões, a medula 
espinal apresenta dilatações: sendo na região 
cervical (entre os segmentos LII e SIII), dilatação 
denominada de intumescência cervical e; na região 
lombossacral (entre os segmentos CIV e TI), 
denominada de intumescência lombossacral. 
 As intumescências contêm um maior número 
de neurônios, destinados a inervação dos 
membros. (MOORE, 2019) 
 A medula espinal apresenta 31 segmentos, 
em cada um dos segmentos se origina um par de 
nervos espinais. A divisão dos segmentos para 
cada região da medula espinal é: 
 8 segmentos cervicais: o primeiro par de 
nervos espinais emerge entre o osso 
occipital e a margem superior do atlas, 
desta forma entre as vértebras CVII e TI está 
localizado o oitavo par de nervos cervicais. 
 12 segmentos torácicos: que originam 12 
pares de nervos espinais torácicos, que 
emergem nos forames intervertebrais, 
inferiormente a sua vértebra 
correspondente. 
 5 segmentos lombares: que originam cinco 
pares de nervos espinais lombares, que 
emergem nos forames intervertebrais, 
inferiormente a sua vértebra 
correspondente. 
 5 segmentos sacrais: que originam cinco 
pares de nervos espinais sacrais. 
 1 segmento coccígeo:que origina um par 
de nervos espinais coccígeo. 
 
 
 
 
 
 A medula espinal não tem o 
mesmo tamanho que a coluna 
vertebral, desta forma, seus 
segmentos não são totalmente 
correspondentes com as regiões 
da coluna vertebral. A diferença 
de tamanho da medula espinal 
em relação à coluna vertebral 
influencia na emergência dos 
nervos espinais. 
 Os nervos espinais mais 
superiores (cervicais e torácicos 
altos) apresentam emergência 
da medula em um plano quase 
que perpendicular, enquanto 
que, os nervos mais inferiores 
(torácicos baixos, lombares, 
sacrais e coccígeos) emergem 
obliquamente. 
 Os nervos lombares, sacrais 
e coccígeos formam a cauda 
equina, dentro do revestimento 
meníngeo. 
 Na região cervical os 
segmentos da medula espinal 
 são praticamente 
correspondentes as vértebras 
cervicais. 
 Na região torácica os 
segmentos medulares estão 
localizados dois níveis acima em relação as 
vértebras (exemplo: segmento medular T6 está na 
altura da vértebra TIV), desta forma os segmentos 
medulares T11 e T12 estão na altura das vértebras 
TIX e TX. 
 Os segmentos lombares da coluna vertebral 
estão localizados na altura de TXII e TXII. 
 Os segmentos sacrais e coccígeos na altura de 
LI. (MACHADO, 2007) 
 Na medula espinal a substância branca está 
localizada externamente, enquanto que, 
a substância cinzenta é interna. 
 
 A substância branca é constituída por fibras 
nervosas mielínicas que possuem direção 
ascendente ou descendente. Está separada por 
funículos, pelos sulcos da superfície da medula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nos funículos encontramos os principais tratos 
ou fascículos (vias) de condução de estímulos: 
 localizado entre a 
fissura mediana anterior e o sulco ântero-
lateral. 
 Tratos ou fascículos: 
o Trato espinotalâmico anterior (via 
para o tato protopático e pressão); 
o Trato corticospinal anterior (via 
motora, não cruzada na decussão 
das pirâmides); 
o Trato tetospinal (movimento 
reflexos da cabeça por estímulos 
visuais); 
o Trato reticulospinal anterior 
(relacionado com movimentos 
posturais); 
o Trato vestibulospinal anterior 
(controle sobre a musculatura para a 
manutenção do equilíbrio). 
 
 
 
 
 
o 
o 
 
 
 
 
 
 localizado entre os 
sulcos ântero-lateral e póstero-lateral. 
 Tratos ou fascículos: 
o Trato espinotalâmico lateral 
(temperatura e dor); 
o Tratos espinocerebelares anterior 
e posterior (propriocepção 
inconsciente); 
o Trato corticospinal lateral (via 
motora, cruzada na decussação das 
pirâmides); 
o Trato reticulospinal lateral 
(relacionado com movimentos 
posturais e marcha); 
o Trato rubrospinal (controle dos 
músculos distais). 
 
localizado entre os 
sulcos póstero-lateral e mediano 
 Esse funículo é subdividido pelo sulco e septo 
intermédio posterior em duas áreas, fascículo grácil 
(medialmente), e o fascículo cuneiforme 
(lateralmente). 
 
 O fascículo grácil (do latim gracilis – delgado) 
estende-se por toda a medula espinal, carregando 
informações proprioceptivas conscientes e tato 
epicrítico dos membros inferiores e metade inferior 
do tronco. 
 O fascículo cuneiforme (do latim cuneos – 
cunha, e formis – forma de) se forma na região 
torácica alta, seguindo para a região cervical da 
medula. Conduz estímulos proprioceptivos 
conscientes e tato epicrítico da parte superior do 
tronco e membros superiores. 
 A substância cinzenta da medula é constituída 
por corpos de neurônios, fibras nervosas 
amielínicas e células gliais. 
 Apresenta a forma da letra H, a parte 
transversal do H é denominado de coluna 
intermédia, enquanto que, as barras do H são as 
colunas anteriores e posteriores. (MACHADO, 
2007) 
 
 
 
 
 
 As colunas anteriores e posteriores são 
encontradas em todos os segmentos da medula 
espinal, as primeiras são motoras e, as segundas 
sensitivas. 
 Nas regiõestorácica e lombar alta é encontrada 
a coluna lateral (contém neurônios pré-ganglionares 
simpáticos). 
 Coluna anterior: apresenta um grande 
número de neurônios das regiões cervical e 
lombossacral, nessas regiões as colunas 
anteriores apresentam dois grupos de 
neurônios, o grupo medial (para os 
músculos proximais dos membros), e o 
grupo lateral (para os músculos distais dos 
membros). Na região torácica, as colunas 
anteriores apresentam um único 
agrupamento de neurônio (medialmente), 
para os músculos axiais. 
 Coluna posterior: recebe estímulos 
sensitivos. As diferentes categorias 
sensitivas alcançam a coluna posterior em 
pontos determinados. No ápice da coluna 
posterior as aferências são do trato 
espinotalâmico, para a modulação de dor 
(área conhecida como substância 
gelatinosa). 
 Coluna lateral: localiza nas regiões torácica 
e lombar alta. (MACHADO, 2007) 
 Formada pelos corpos celulares dos neurônios 
pré-ganglionares simpáticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O SNP, a partir de um viés fisiológico, pode ser 
dividido em sistema nervoso somático e sistema 
nervoso visceral. Enquanto o primeiro está 
relacionado com a forma que o organismo interage 
com o meio ambiente externo a ele, o segundo está 
relacionado com o controle das vísceras para 
homeostasia corpórea. Tanto a divisão somático, 
como a divisão visceral, possuem um componente 
aferente e um outro eferente. (NOBESCHI, 2021) 
 Um nervo é um feixe de fibras nervosas 
provenientes de muitas células nervosas. As fibras 
se agrupam para obter força contra lesões. São 
cranianos se possuem ligação com o encéfalo e 
espinhais se conectados diretamente com a 
medula. 
 
 Os nervos espinais são formados por um 
conjunto de axônios mielínicos, com origem nos 
segmentos da medula espinal. 
 São 31 pares de nervos espinais (8 cervicais, 12 
torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo). Os 
nervos espinais atravessam o forame intervertebral. 
 
 
 
 
 Nas regiões cervicais e lombossacral os nervos 
espinais se comunicam amplamente, formando uma 
rede denominada de plexo. 
O nervo espinal é formado por duas raízes (anterior 
e posterior), conectadas com a medula espinal. 
Assim, todos os nervos espinhais são MISTOS. 
 Raiz anterior: é formada por fibras 
nervosas mielínicas (radículas) 
provenientes de corpos celulares 
localizados nas colunas anteriores da 
medula espinal. Esses neurônios são 
denominados de neurônios motores 
inferiores (“via motora de Sherrington”). Os 
neurônios motores inferiores recebem 
informações dos neurônios provenientes do 
giro pré-central (neurônios motores 
superiores). 
 Raiz posterior: nessa raiz está localizado o 
gânglio sensitivo do nervo espinal, formado 
por corpos celulares de neurônios 
pseudounipolares. O prolongamento 
central desses neurônios se dirige para a 
medula espinal, na altura do sulco postero-
lateral, comunicando-se com os neurônios 
da coluna posterior da medula espinal. Os 
prolongamentos periféricos convergem com 
os prolongamentos da raiz anterior para 
constituir o nervo espinal. 
 Nervo espinal: formado pela união das 
fibras nervosas provenientes das raízes 
anterior e posterior (função motora e 
sensitiva – misto). 
 No interior do nervo cada fibra nervosa é 
revestida por tecido conjuntivo denominado 
de endoneuro. O conjunto de fibras nervosas 
forma o fascículo nervoso, revestido pelo 
perineuro. A reunião dos fascículos nervosos 
constitui o nervo espinal, revestido externamente 
pelo epineuro. 
 No interior do nervo espinal há vasos sanguínos 
para sua irrigação (vasa nervorum – vasos dos 
nervos). 
 O nervo espinal formado atravessa o forame 
intervertebral, até esse ponto, o nervo recebe o 
revestimento da dura-máter. 
 Após atravessar o forame intervertebral, o nervo 
espinal se divide em dois ramos (anterior e 
posterior). 
 
 
 
 
 
 
 Ramo anterior do nervo espinal: os ramos 
anteriores dos nervos espinais formam os 
plexos nervosos nas regiões cervical e 
lombossacral. Na região torácica o ramo 
anterior do nervo espinal não forma plexo, 
constituindo o nervo intercostal. 
 Ramo posterior do nervo espinal: se 
dirige posteriormente, para inervar a 
musculatura do dorso e região cutânea. Os 
ramos posteriores não formam plexos. 
 Apenas os três primeiros ramos posteriores 
cervicais são nominados (C1 – n. suboccipital, C2 – 
n. occipital maior e C3 – n. occipital terceiro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os 31 pares de nervos espinais (em seus ramos 
anteriores e posteriores) apresentam fibras 
nervosas pré-ganglionares simpáticas (fibras 
autônomas), que estimulam a contração dos vasos 
sanguíneos, músculo eretor do pelo e de glândulas 
sudoríparas. Desta forma, os nervos espinais 
apresentam componentes somáticos e viscerais 
(simpáticos). 
 Os ramos anteriores dos nervos espinais 
constituem os plexos nervosos. 
-Os plexos nervosos são: 
 Plexo cervical: formado pelos ramos 
anteriores de C1 até C4. 
 Plexo braquial: formado pelos ramos 
anteriores de C5 até T1. 
 Plexo lombar: formado pelos ramos 
anteriores de L1 até L4. 
 Plexo sacral: formado pelos ramos 
anteriores de L4 até S5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A função dos nervos cranianos é conduzir, por 
meio de suas fibras, impulsos nervosos do sistema 
nervoso central para a periferia (impulsos eferentes 
– nervo motor), e da periferia para o sistema 
nervoso central (impulsos aferentes – nervo 
sensitivo). 
 Assim, eles são classificados em nervos 
motores, sensitivos ou mistos (quando possuem as 
duas funções – motora e sensitiva). 
 
I – Nervo olfatório 
 O primeiro par craniano possui uma função 
essencial, que é a olfação, sendo assim classificado 
como nervo aferente somático especial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ele é um dos que não se originam no tronco 
encefálico, pois sua origem se dá na região olfatória 
das fossas nasais. 
II – Nervo óptico 
 O segundo par craniano é o nervo óptico, um 
nervo aferente somático especial, responsável pelo 
sentido da visão. Assim como o anterior, não se 
origina no tronco encefálico. 
 Sua origem se dá na retina, nos fotorreceptores, 
e as fibras formadas seguem em direção ao disco 
óptico. 
III – Nervo oculomotor 
 O terceiro par craniano é classificado como 
nervo eferente motor devido à sua principal função, 
que é a movimentação do bulbo do e classificado 
também como eferente visceral geral, por inervar o 
esfíncter da pupila e o músculo ciliar. 
 Sua função é desempenhada juntamente a dois 
outros nervos, os IV e VI pares. 
IV – Nervo troclear O quarto par craniano, o nervo 
troclear, participa também da movimentação do 
bulbo do olho, atuando sobre o músculo oblíquo 
superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
V – Nervo trigêmeo 
 O quinto par craniano, o nervo trigêmeo, é um 
nervo misto, ou seja, possui tanto função sensitiva 
quanto motora. 
 Possui importantes funções, como a 
sensibilidade geral da face, de parte da língua e até 
mesmo da meninge dura-máter e, além disso, 
possui sua função motora, sendo importantíssimo 
para a inervação de músculos responsáveis pela 
mastigação. 
 O trigêmeo possui algumas divisões: em nervo 
oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
VI – Nervo abducente 
 
 O sexto par craniano, o nervo abducente, 
também participa da movimentação do bulbo do 
olho, juntamente ao III e IV pares, inervando o 
músculo reto lateral. 
VII – Nervo facial 
 O sétimo par craniano, o nervo facial, é um 
nervo misto, que possui funções sensitivas, 
sensoriais e motoras. Além do nervo facial 
propriamente dito, que é o responsável pelas 
funções motoras, há também o nervo intermédio, 
que realiza as funções sensoriais. 
 
 
 
 
 
 
 
Ramos terminais do nervo facial 
 A sua funçãosensitiva se dá pela inervação das 
glândulas salivares. Já a sua função sensorial 
corresponde a inervação dos 2/3 anteriores da 
língua, conferindo a gustação. E, por fim, a função 
motora, realizada pela inervação dos músculos da 
mímica facial. 
 
VIII – Nervo vestibulococlear 
 
 O oitavo par craniano, o nervo vestibulococlear, 
é um nervo sensitivo, em que a porção vestibular é 
a responsável pelo equilíbrio, enquanto a porção 
coclear está relacionada à audição. 
 
IX – Nervo glossofaríngeo 
 O nono par craniano, o nervo glossofaríngeo, é 
um nervo misto, pois promove a inervação sensitiva 
especial e geral do 1/3 posterior da língua. Também 
inerva a faringe e suas estruturas. 
X – Nervo vago 
 O décimo par craniano, o conhecido nervo vago, 
é um nervo misto importantíssimo. Realiza a 
inervação das vísceras, garante a inervação 
parassimpática aos órgãos, além de inervar partes 
da laringe e da faringe. 
XI – Nervo acessório 
 O décimo primeiro par craniano, o nervo 
acessório, também é um nervo misto. Sua principal 
função é motora, sendo responsável pela inervação 
de alguns músculos próximos ao ombro, por 
exemplo. 
 Mas, além dessa função motora, possui ação 
sensitiva especial por auxiliar o nervo vago na 
inervação de algumas vísceras. 
XII – Nervo hipoglosso 
 O décimo segundo e último par craniano, o 
nervo hipoglosso, é um nervo motor, cuja função se 
relaciona principalmente à movimentação da língua. 
 Gânglios são conjuntos de corpos 
de neurônios que podem ser encontrados nos ramos 
somáticos e autonômicos do sistema nervoso 
periférico (SNP). (KANDEL, 2014) 
 Os gânglios podem ser considerados pontos de 
sinapse entre os neurônios. As informações chegam 
aos gânglios através dos neurônios pré-sinápticos, 
excitam os neurônios pós-sinápticos, que por sua vez 
deixam os gânglios. Os gânglios podem ser 
amplamente categorizados em dois grupos: 
 Gânglios sensoriais (relacionados com o 
sistema nervoso somático (SNS); 
 Gânglios autonômicos (relacionados com 
o sistema nervoso autônomo (SNA). 
 
 
 
 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/histologia-do-neuronio
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso-periferico
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso-periferico
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso-autonomo
 Os gânglios têm estrutura oval e contêm corpos 
de neurônios (somas), células satélites (um tipo de 
célula glial) e uma camada protetora de tecido 
conjuntivo. 
 Os gânglios autonômicos e sensoriais 
são histologicamente semelhantes, entretanto os 
gânglios autonômicos contêm 
neurônios multipolares e os gânglios sensoriais 
geralmente contêm neurônios unipolares ou pseudo-
unipolares. 
 Os gânglios autonômicos são formações 
bulbosas dos nervosos do SNA, localizados no 
interior de determinados órgãos, como na parede 
do tubo digestivo. 
 Não apresentam cápsula conjuntiva e seu 
estroma é a continuação do próprio estroma do 
órgão em que estão situados. Geralmente esses 
neurônios são multipolares, aparecendo com 
aspecto estrelado nos cortes histológicos, com 
camada incompleta de células satélites envolvendo 
o neurônio. 
 
 As terminações nervosas, localizadas na 
extremidade das fibras constituintes dos nervos, 
também segue a mesma divisão: 
 Motora, formada pela placa motora; 
 Sensitiva, composta pelos exteroceptores 
(recebem estímulos do meio externo), 
visceroceptores (recebem estímulos dos 
órgãos internos) e proprioceptores 
(informam o SNC sobre a posição do corpo 
ou sobre a força necessária para a 
coordenação). 
 
 Na via eferente do sistema nervoso visceral, 
estudamos o simpático e o Parassimpático, 
componentes do Sistema Nervoso Autônomo. Este 
regula o funcionamento do organismo nas diversas 
situações. 
 
 Em geral, o simpático controla atividades de 
fuga, medo e euforia. Diferentemente, o 
parassimpático, faz com que o organismo 
restabeleça o funcionamento após vivenciar uma 
situação mencionada anteriormente. Em resumo, 
enquanto um ativa o outro inibe. 
 O sistema nervoso entérico, por sua vez, regula 
e modula as funções de movimento, de secreção e 
das atividades das células endócrinas do trato 
gastrintestinal (TGI), de forma independente do 
sistema nervoso central, dessa forma o sistema 
nervoso entérico pode ser chamando de “pequeno 
encéfalo”. 
 
 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/histologia-visao-geral
 As células constituem as 
partes central e periférica do sistema nervoso. 
-São compostas por dois grupos celulares distintos: 
 Neurônios (do grego neuronon, diminutivo 
de neuron – nervo): considerado a unidade 
anátomo-funcional do sistema nervoso. 
Possui propriedades 
de gerar, receber e propagar o estímulo 
elétrico para outros neurônios ou outras 
células. Os neurônios formam 
o parênquima do sistema nervoso. (ROSS, 
2019) 
 
 
 Neuróglia ou células gliais (do grego glia – 
cola): esse grupo inclui diversos tipos 
celulares. São células capazes de se 
multiplicar e são muito mais numerosas que 
os neurônios. 
 
 
 
 
 
 
 
As células gliais são: astrócitos, oligodendrócitos, 
micróglia, células ependimárias e neurolemócitos e 
células de Schwann. As células gliais constituem o 
estroma do sistema nervoso. 
*Estrutura do Neurônio: 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Corpo celular, soma ou pericário 
 Contém o núcleo do neurônio, citoplasma e 
organelas citoplasmáticas. Recebe e integra os 
estímulos elétricos (excitatórios ou inibitórios). O 
corpo do neurônio geralmente é esférico. 
 Alguns neurônios apresentam o corpo em forma 
de uma pirâmide, esses são denominados de 
neurônios piramidais (são neurônios motores). 
 
 
 
 
 
Dendritos 
 Do grego dendro – árvore: são prolongamentos 
ramificados que se ligam ao corpo do neurônio, 
aumentando a superfície de contato do corpo 
celular. 
 Os dendritos recebem e integram diversos 
estímulos elétricos recebidos de outros neurônios. 
Neurônios específicos apresentam apenas um 
único dendrito (neurônios bipolares). 
 
 
 
 
 
Axônio 
 Do grego axon – eixo: é um prolongamento que 
se destaca do corpo celular (pode ser denominado 
de fibra nervosa), de comprimento e diâmetro 
variável. 
 Os axônios estão ligados no corpo do celular 
por meio do cone de implantação (local onde inicia 
o potencial de ação). 
Os axônios podem ser revestidos pela bainha de 
mielina (axônios mielínicos), ou não apresentar o 
revestimento (axônios amielínicos). Os axônios são 
capazes de gerar, receber e conduzir estímulos 
elétricos. Os axônios lesionados no SNP 
geralmente regeneram, enquanto os axônios 
seccionados no SNC não são capazes de sofrer 
regeneração. Essa diferença está relacionada com 
a incapacidade dos oligodendrócitos e das células 
da micróglia de fagocitar eficientemente os resíduos 
de mielina 
 No SNP, a lesão neuronal induz inicialmente uma 
degeneração completa de um axônio distal ao local 
de lesão (degeneração walleriana). 
 A degeneração traumática ocorre na parte 
proximal do nervo lesionado, seguida 
de regeneração neural, em que as células de 
Schwann se dividem e desenvolvem bandas 
celulares que orientam os brotos axônicos em 
crescimento para o local efetor. (ROSS, 2019) 
 
 
 
 Os nódulos de Ranvier representados no 
neurônio acima são os espaços entre as bainhas de 
mielina que envolvem o axônio. No sistema nervoso 
periférico, mielina é encontrada nas membranas de 
células de Schwann. No sistema nervoso central, 
oligodendrócitos são responsáveis pela insulação. 
 A bainha de mielina permite a condução dos 
impulsos elétricos ao longo da fibra nervosa com 
velocidade e precisão. No entanto, quando a bainha 
de mielina é lesionada, os nervos não conduzem os 
impulsos de forma adequada. 
 Essespequenos trechos propiciam a 
propagação do impulso em "saltos". O impulso 
nervoso vai "saltitando" e assim torna-se mais 
rápido. 
 
 
 
 
 
 
 
 Os neurônios podem ser classificados quanto a 
sua forma. O fator que influencia na forma é o 
número de prolongamentos. Os tipos de neurônios 
são:Unipolar, bipolar, multipolar e pseudounipol
ar . 
 
 Unipolar: Possuem 
apenas um prolongamento, o axônio. 
 
 Bipolar: Dois prolongamentos deixam o 
corpo do neurônio, sendo um o axônio e 
outro o dendrito (não ramificado). 
 
 Pseudounipolar: Do seu corpo celular 
destaca-se apenas um prolongamento. Não 
há dendritos ramificados. Esse 
prolongamento se divide em T, 
formando dois ramos (um central e outro 
periférico). 
 Multipolar: Apresenta um corpo 
com diversos dendritos. Do seu cone de 
implantação estende-se um axônio. 
(TORTORA, 2018) 
 
 Quanto à categoria funcional os neurônios 
podem ser: motores, sensitivos ou de associação. 
 
 
 
 
 
 
 
 Neurônios motores transmitem informações 
para os órgãos efetores (m. estriado 
esquelético, m. liso, m. estriado cardíaco ou 
glândulas). 
 Neurônios sensitivos enviam informações 
captadas por terminações nervosas. 
 Neurônios de associação são numerosos 
nos vertebrados, realizam a conexão de 
neurônios localizados em diferentes áreas 
do sistema nervoso. (TORTORA, 2018) 
 
 A neuróglia ou glia constitui cerca de metade do 
volume do SNC. Seu nome deriva da ideia dos 
primeiros histologistas de que ela era a “cola” que 
mantinha o tecido nervoso unido. Diferentemente 
dos neurônios, as células da glia não geram ou 
propagam impulsos nervosos e podem se 
multiplicar e se dividir no sistema nervoso maduro. 
 As células gliais são numerosas e estão 
envolvidas com diversas 
funções: sustentação, proteção, produção do 
líquido cerebrospinal e formação da bainha de 
mielina. 
 São as células mais numerosas da neuroglia. 
Sua forma é estrelada. Seus prolongamentos unem 
os neurônios aos capilares (pés vasculares dos 
astrócitos). 
 Os astrócitos protoplasmáticos, que têm muitos 
processos de ramificação curtos e são encontrados 
na substância cinzenta (conforme será descrito a 
seguir); e os fibrosos, que têm muitos processos 
longos não ramificados e estão localizados 
principalmente na substância branca (que também 
será descrito a seguir). Os processos dos astrócitos 
entram em contato com os capilares sanguíneos, 
neurônios e a pia-máter (uma membrana fina ao 
redor do encéfalo e da medula espinal). Os 
astrócitos modulam as atividades neuronais pelo 
tamponamento da concentração de K+ no espaço 
extracelular do encéfalo. 
 
 
 
 
 
 
 As funções dos astrócitos são: sustentação dos 
neurônios, formação da barreira hematoencefálica 
(controlando a composição do meio extracelular) e 
são os principais sítios de armazenamento de 
glicogênio. (TORTORA, 2018) 
 
 
 
 
 São células menores e com poucos 
prolongamentos. 
 São células responsáveis pela formação da 
bainha de mielina nas fibras da parte central do 
sistema nervoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O corpúsculo de Nissl são manchas biofílicas 
espalhadas ao redor dos corpos celulares onde 
estão presentes numerosas cisternas de reticulo 
endoplasmático rugoso e polir ribossomos. Devido 
a presença do corpúsculo de Nissl os neurônios 
tem uma grande capacidade sintética de proteínas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 São células epiteliais, localizadas nos 
ventrículos (assoalho dos ventrículos laterais e teto 
do IIIº e IVº ventrículos). 
 Essas células são revestidas por capilares e 
tecido conjuntivo, constituindo o plexo coróide, 
responsáveis pela formação do líquido 
cerebrospinal. (JUNQUEIRA, 2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 São células pequenas e alongadas, originadas 
da medula óssea. São células com função 
de fagocitose. Os neurônios do SNC e a glia 
central, com exceção das células microgliais, são 
derivados das células neuroectodérmicas do tubo 
neural. Os neurônios do SNC e a glia central, com 
exceção das células microgliais, são derivados das 
células neuroectodérmicas do tubo neural. As 
células ganglionares do SNP e a glia periférica são 
derivadas da crista neural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Também conhecidos como ”Neurolemócitos”. 
São células gliais localizadas na parte 
periférica do sistema nervoso. As células de 
Schwann também se originam das células 
migratórias da crista neural que se tornam 
associadas aos axônios dos nervos embrionários 
iniciais. 
Formam a bainha de mielina das fibras nervosas 
periféricas. 
 
 
 
 
 
 
 Na substância cinzenta são encontrados 
pericários de neurônios em grande quantidade, dos 
quais se destacam os núcleos (setas). 
 
 
 
 
 
 
 Estão presentes também as células da 
neuróglia, reconhecidas pelos seus núcleos de 
dimensões menores que os dos neurônios. 
Prolongamentos individualizados de neurônios, 
exceto os mais espessos, e de células da neuróglia 
dificilmente podem ser observados. Os 
prolongamentos delgados de neurônios e das 
células da glia, assim como seu citoplasma, 
constituem o “fundo” cor-de-rosa que se observa 
entre os núcleos. 
 
 
 
 
 
 
 
Substância cinzenta – córtex cerebral 
 A substância branca tem um aspecto fibrilar, 
devido ao grande número de axônios presentes. 
Observam-se também núcleos de células da glia, 
em grande parte pertencentes a oligodendrócitos, 
formadores de bainhas de mielina em axônios do 
sistema nervoso central. 
 
 
 
 
 
 
Substância Branca 
 
 
 
 
 
 
 Substância cinzenta Substância Branca 
 Além do córtex, ilhotas de substância cinzenta, 
denominadas núcleos, são encontradas nas 
porções profundas do cérebro e cerebelo. 
 O tronco encefálico não está claramente 
organizado em regiões de substância cinzenta e de 
substância branca. No entanto, os núcleos dos 
nervos cranianos localizados no tronco encefálico 
são vistos como ilhas circundadas por tratos mais 
ou menos distintos de substância branca. Os 
núcleos contêm os corpos celulares dos neurônios 
motores dos nervos cranianos e representam os 
equivalentes morfológicos e funcionais dos cornos 
anteriores da medula espinal. Em outros locais do 
tronco encefálico, como na formação reticular, a 
distinção entre a substância branca e a substância 
cinzenta é ainda menos evidente. 
*Camadas córtex cerebral: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-As seis camadas do córtex são designadas e 
descritas da seguinte maneira: 
I.A camada plexiforme (ou camada 
molecular) consiste, em grande parte, em 
fibras, cuja maioria segue um trajeto 
paralelo à superfície, e em um número 
relativamente pequeno de células, 
principalmente células neurogliais e células 
de Cajal horizontais ocasionais. 
II.A camada de células piramidais pequenas 
(ou camada granulosa) consiste 
principalmente em pequenas células 
piramidais e em células granulosas, também 
denominadas células estreladas. 
III.A camada de células piramidais de 
tamanho médio (ou camada de células 
piramidais externas) não é nitidamente 
demarcada da camada II. No entanto, as 
células piramidais são ligeiramente maiores 
e apresentam formato piramidal típico. 
IV.A camada granulosa (ou camada 
granulosa interna) caracteriza-se pela 
existência de muitas células granulosas 
pequenas (células estreladas). 
V.A camada de células piramidais grandes 
(ou camada interna de células piramidais) 
contém células piramidais que, em muitas 
partes do cérebro, são menores que as 
células piramidais da camada III; no entanto, 
na área motora, são extremamente grandes 
e recebem o nome de células de Betz. 
VI.A camada de células polimórficas contém 
células com diversos formatos, muitas das 
quais fusiformes. Essas células são 
denominadas células fusiformes. (ROSS, 
2019)O córtex cerebelar tem três camadas: a 
molecular, mais externa; a central, formada por 
neurônios de grandes dimensões chamados de 
células de Purkinje; e a granulosa, que é a mais 
interna. 
 
 
 
 
 
 A ramificação dos dendritos das células de 
Purkinje é muito exuberante, assumindo o aspecto 
de um leque, Esses dendritos ocupam a maior parte 
da camada molecular; por esse motivo, as células 
dessa região são muito esparsas. A camada 
granulosa é formada por neurônios muito pequenos 
(os menores do organismo) e organizados de modo 
muito compacto. 
 Em cortes transversais da medula espinal, 
observa-se que as substâncias branca e cinzenta 
localizam-se de maneira inversa à do cérebro e 
cerebelo: externamente está a substância branca, e 
internamente, a substância cinzenta, que, em cortes 
transversais da medula, tem a forma de uma 
borboleta ou da letra H. O traço horizontal desse 
“H” tem um orifício, o canal central da medula. Ele é 
revestido pelas células ependimárias (pertencentes 
ao grupo de células da neuróglia) e é um 
remanescente do lúmen do tubo neural 
embrionário. (ROSS, 2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 É uma barreira estrutural e funcional que 
dificulta a passagem de diversas substâncias, como 
antibióticos, agentes químicos e toxinas, do sangue 
para o tecido nervoso. 
 A barreira hematencefálica se deve à menor 
permeabilidade dos capilares sanguíneos do tecido 
nervoso. Seu principal componente estrutural são 
as junções oclusivas entre as células endoteliais. 
Essas células não são fenestradas e mostram raras 
vesículas de pinocitose. É possível que os 
prolongamentos dos astrócitos, que envolvem 
completamente os capilares, também façam parte 
da barreira hematencefálica. Além de uma possível 
participação direta na barreira, há estudos que 
mostram que a formação das junções oclusivas 
desses capilares é induzida pelos prolongamentos 
dos astrócitos. (TORTORA, 2018) 
 Já a barreira hematoliquórica é um mecanismo 
semelhante à barreira hematoencefálica, mas que 
protege o fluido cerebrospinal do sangue periférico. 
 Ela é composta por células especializadas na 
parede dos ventrículos cerebrais, conhecidas 
como plexo coroide. 
 A barreira hematoliquórica também regula a 
composição química do fluido cerebrospinal, 
garantindo que ele forneça aos neurônios os 
nutrientes e a proteção necessários para seu bom 
funcionamento. Em conjunto, essas barreiras são 
vitais para a saúde e integridade do sistema 
nervoso central. (TORTORA, 2018) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os nervos não contêm os corpos celulares dos 
neurônios; esses corpos celulares localizam-se no 
sistema nervoso central ou nos gânglios nervosos, 
que podem ser observados próximos à medula 
espinhal. Quando partem do encéfalo, são 
chamados de cranianos; quando partem da medula 
espinhal, denominam raquidianos. 
 Os nervos permitem a comunicação dos centros 
nervosos com os órgãos receptores (sensoriais) ou, 
ainda, com os órgãos efetores (músculos e 
glândulas). De acordo com o sentido da 
transmissão do impulso nervoso, os nervos podem 
ser: 
 Sensitivos ou aferentes: quando transmitem 
os impulsos nervosos dos órgãos 
receptores até o sistema nervoso central; 
 Motores ou eferentes: quando transmitem 
os impulsos nervosos do sistema nervoso 
central para os órgãos efetores; 
 Misto: quando possuem tanto fibras 
sensitivas quanto fibras motoras. São os 
mais comuns no organismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As fibras nervosas são constituídas por um 
axônio e suas bainhas envoltórias. O tecido 
conjuntivo que reveste um axônio e suas bainhas 
envoltórias é chamado de endoneuro. 
 Um grupo de fibras nervosas formam os feixes 
ou tratos do SNC e os nervos do SNP. As fibras 
nervosas organizam-se em feixes. Cada feixe, por 
sua vez, é envolvido por uma bainha conjuntiva 
denominada perineuro. Vários feixes agrupados 
paralelamente formam um nervo. O nervo também 
é envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo, 
chamada epineuro. (JUNQUEIRA, 2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os acúmulos de pericários de neurônios 
localizados fora do SNC são chamados de 
gânglios. A maioria é de órgãos esféricos, 
envolvidos por cápsulas conjuntivas e associados a 
nervos. Alguns gânglios reduzem-se a pequenos 
grupos de células nervosas situados no interior de 
determinados órgãos, principalmente na parede do 
sistema digestório, constituindo os gânglios 
intramurais. Conforme o tipo de informação que 
retransmitem, os gânglios podem ser sensoriais ou 
do sistema nervoso autônomo (SNA). 
 Conforme a direção do impulso nervoso, os 
gânglios podem ser sensoriais (aferentes) ou 
gânglios do sistema nervoso autônomo (eferentes). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Um potencial de ação é definido como 
uma alteração súbita, rápida e transitória do 
potencial de repouso da membrana, que se 
propaga. Somente neurônios e células musculares 
são capazes de gerar potenciais de ação, uma 
propriedade chamada de excitabilidade. Confere a 
um neurônio a capacidade de transmitir informação 
para um ou mais neurônios e/ou músculos, 
glândulas. (TORTORA, 2018) 
 
 
 
 
 O potencial de ação se forma pela entrada 
súbita de íons Na+ em um local da membrana, 
alterando a polarização local. Na maioria das vezes, 
ele é gerado no segmento inicial dos axônios, e sua 
propagação resulta da entrada sequencial de íons 
Na+ ao longo da membrana. No entanto, em cada 
parte da membrana, logo após a passagem do 
potencial de ação e a entrada local de Na+, ocorre 
a reversão do potencial, com seu retorno ao 
potencial de repouso, e os íons Na+ rapidamente 
são transportados para fora da célula por meio de 
bombas e transportadores. A reversão do potencial 
de ação em um potencial de repouso também se 
propaga ao longo da membrana em seguida à onda 
de propagação do potencial de ação. A duração de 
todo esse processo é de cerca de 5 s. 
 A chegada do potencial de ação à terminação 
axonal provoca vários eventos, que resultam na 
transmissão de informação a outra célula por 
intermédio de uma estrutura denominada sinapse. 
 As sinapses são locais de grande proximidade 
entre neurônios, responsáveis pela transmissão 
unidirecional de sinalização. Há dois tipos: sinapses 
químicas e sinapses elétricas. 
 As sinapses elétricas são constituídas por 
junções do tipo comunicante, que 
possibilitam a passagem de íons de uma 
célula para a outra, promovendo, assim, 
uma conexão elétrica e a transmissão de 
impulsos. Elas existem em vários locais do 
SNC, e a transmissão de informação por 
meio delas é mais rápida, porém com menor 
possibilidade de controle. 
 Na sinapse química, também chamada 
simplesmente de sinapse, que predomina 
sobre o outro tipo, um sinal representado 
pela chegada de um potencial de ação 
(impulso nervoso) ao terminal axonal é 
transmitido a outra célula por sinalização 
química. Esta consiste em moléculas 
denominadas neurotransmissores, que são 
liberadas para o meio extracelular por 
exocitose. 
 
 
 
 
 
 
 Os neurotransmissores geralmente são 
sintetizados no corpo celular do neurônio e 
transportados até os botões sinápticos, onde são 
armazenados em pequenas vesículas chamadas de 
vesículas sinápticas. 
 A maioria dos neurotransmissores são aminas, 
aminoácidos ou pequenos peptídios 
(neuropeptídios). Porém, outros tipos de moléculas 
e até compostos inorgânicos, como o gás óxido 
nítrico, são utilizados pelos neurônios como 
neurotransmissores. (GUYTON, 2019) 
 Os neurotransmissores são exocitados em um 
estreito espaço situado entre as células que formam 
a sinapse e, para que possam agir, devem ser 
reconhecidos por receptores situados na membrana 
da célula que recebe a informação. Nessa 
membrana, os neurotransmissores promovem 
abertura ou fechamento de canaisiônicos, ou 
desencadeiam uma cascata molecular no 
citoplasma, que resulta na produção de segundos 
mensageiros intracelulares. 
 A sinapse de um axônio com o corpo celular de 
outro neurônio chama-se axossomática; a sinapse 
com um dendrito chama-se axodendrítica; e entre 
dois axônios chama-se axoaxônica. 
 
 
 
 
 
 Após ser liberado, são muitos os destinos que 
um neurotransmissor pode tomar. 
 O mais comum, e o que ocorre inicialmente, é a 
ligação do neurotransmissor ao seu receptor pós – 
sináptico, promovendo, assim, o efeito esperado, 
que pode ser em um outro neurônio ou em um 
órgão efetor. 
 A resposta celular uma hora precisa chegar ao 
fim, e, para isso, dois processos podem ocorrer, e 
isso varia de acordo com o tipo de terminal, tipo de 
neurotransmissor, e etc. 
 Uma das formas de encerrar a resposta celular é 
por meio de recaptação neuronal. Assim, o 
neurotransmissor volta ao terminal pré-sináptico, 
onde pode ser reutilizado. Isso ocorre com alguns 
neurotransmissores, como a serotonina e o 
glutamato. Outra forma é por degradação 
enzimática na própria fenda sináptica, como ocorre 
com a acetilcolina, ao ser degradada na fenda 
sináptica pela enzima acetilcolinesterase. 
 
 Um outro destino a ser tomado é quando o 
neurotransmissor se liga ao próprio terminal que o 
liberou, o terminal pré – sináptico, e, assim, modula 
a liberação de neurotransmissores, em um 
processo conhecido como automodulação. 
Também podem se difundir pela corrente 
sanguínea e atuar em locais mais distantes. 
 A reação desencadeada pela liberação de 
neurotransmissores pode excitar ou ativar o 
neurônio pós-sináptico, ou inibir ou bloquear sua 
atividade. Neurônios pós-sinápticos recebem 
múltiplos sinais de neurotransmissores e sinais 
elétricos de muitos neurônios. O neurônio receptor 
por fim reúne os inputs e, se mais sinais excitatórios 
são recebidos, o neurônio dispara e envia sinais 
para outros neurônios. Se a soma dos sinais é 
inibitória, o neurônio não dispara nem influencia a 
atividade de outros neurônios. Esse acréscimo de 
respostas é chamada soma. Assim, os 
neurotransmissores facilitam a comunicação rápida 
entre os neurônios alterando o disparo do potencial 
de ação. (TORTORA, 2018) 
 Quando o impulso nervoso alcança o botão 
sináptico, a reversão da voltagem através da 
membrana produzida pelo impulso (denominada 
despolarização) provoca a abertura dos canais de 
Ca2+ regulados por voltagem na membrana 
plasmática do botão. O influxo de Ca2+ do espaço 
extracelular faz com que as vesículas sinápticas 
migrem, se ancorem e sofram fusão com a 
membrana pré-sináptica, liberando, por exocitose, o 
neurotransmissor na fenda sináptica. 
 Um outro processo que libera neurotransmissor 
após a fusão da vesícula chamado de porocitose, 
no qual as vesículas ancoradas nas zonas ativas 
liberam neurotransmissores através de um poro de 
fusão temporário, que conecta o lúmen da vesícula 
com a fenda sináptica. Ao mesmo tempo, a 
membrana pré-sináptica do botão sináptico que 
liberou o neurotransmissor forma rapidamente 
vesículas endocíticas que retornam ao 
compartimento endossômico do botão para 
reciclagem ou recarga do neurotransmissor. 
 Pelo menos 100 substâncias podem agir como 
neurotransmissores; aproximadamente 18 são de 
grande importância. Várias ocorrem em formas 
ligeiramente distintas. Os neurotransmissores 
podem ser agrupados em diferentes classes, como 
 Moléculas pequenas (p. ex., glutamato, 
ácido gama-aminobutírico, glicina, 
adenosina, acetilcolina, serotonina, 
histamina, noradrenalina) 
 Neuropeptídeos (p. ex., endorfinas) 
 Moléculas gasosas (p. ex., óxido nítrico, 
monóxido de carbono) 
 Endocanabinoides 
 Glutamato e aspartato 
 Os canais de Ca2+ regulados por voltagem na 
membrana pré-sináptica regulam a liberação de 
neurotransmissor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A ligação dos neurotransmissores induz uma 
mudança na conformação dessas proteínas do 
canal, causando a abertura de seus poros. A 
resposta que acaba sendo gerada depende do tipo 
do íon que entra na célula. 
 
 
 
 
 
 
 
*Neurotransmissores: 
Os neurotransmissores atuam sobre receptores 
ionotrópicos para abrir os canais iônicos de 
membrana ou sobre receptores metabotrópicos 
para ativar a cascata de sinalização da proteína G. 
A seguir estão descritos os principais 
neurotransmissores: 
 Esses aminoácidos são os principais 
neurotransmissores excitatórios no sistema nervoso 
central. Estão presentes no córtex cerebral, 
cerebelo e medula espinal. Em neurônios, a síntese 
de óxido nítrico aumenta em resposta ao glutamato. 
O glutamato em excesso pode ser tóxico, causando 
aumento de cálcio intracelular, radicais livres e 
atividade da proteinase. Esses neurotransmissores 
podem contribuir para a tolerância à terapia por 
opioides e mediar a hiperalgesia. 
 O ácido gama-aminobutírico (GABA) é o 
principal neurotransmissor inibitório presente no 
encéfalo. É um aminoácido derivado do ácido 
glutâmico, o qual é descarboxilado por glutamato 
descarboxilase. Após interação com o seu receptor, 
o GABA é recaptado ativamente para o interior da 
terminação nervosa e metabolizado. A glicina, com 
ação similar ao GABA, ocorre principalmente nos 
interneurônios (células de Renshaw) da medula 
espinal e nos circuitos que relaxam os músculos 
agonistas. 
 A serotonina (5-hidroxitriptamina, ou 5-HT) é 
produzida pelos núcleos da rafe e neurônios da 
linha mediana da ponte e da parte superior do 
tronco encefálico. O triptofano é hidroxilado pelo 
triptofano hidroxilase em 5-hidroxitriptofano e este, 
em seguida, é descarboxilado em serotonina. 
 Os níveis de serotonina são controlados pela 
captação de triptofano e pela MAO intraneuronal 
que degrada a serotonina. Finalmente, a serotonina 
é excretada na urina como ácido 5-hidroxi-
indoacético, ou 5-HIAA. 
 Os inibidores seletivos da recaptação de 
serotonina (ISRSs) também podem ser usados para 
tratar vários transtornos de saúde mental (p. ex., 
depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-
compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático). 
 A acetilcolina é o principal neurotransmissor dos 
neurônios motores bulboespinais, fibras pré-
ganglionares autônomas, fibras pós-ganglionares 
colinérgicas (parassimpáticas) e muitos outros 
neurônios do sistema nervoso central (p. ex., nos 
gânglios da base e no córtex motor). 
 É sintetizada a partir da colina e da 
acetilcoenzima A pela colina acetiltransferase e sua 
ação encerra-se rapidamente por hidrólise local em 
colina e acetato pela acetilcolinesterase. Os níveis 
de acetilcolina são regulados pela colina 
acetiltransferase e pela captação de colina. Os 
níveis desse neurotransmissor são mais baixos em 
pacientes com doença de Alzheimer. 
 Classificam-se os receptores colinérgicos como 
nicotínicos N1 (no musculatura esquelética e na 
junção neuromuscular) ou N2 (nos sistemas 
nervosos central e periférico, incluindo os sistemas 
nervosos parassimpático e simpático e a medula 
adrenal) ou muscarínicos M1 a M5 (amplamente 
distribuídos no SNC). O receptor M1 está presente 
no sistema nervoso autônomo, corpo estriado, 
córtex cerebral e hipocampo; o receptor M2 no 
sistema nervoso autônomo, coração, musculatura 
lisa do intestino, ponte, bulbo e cerebelo. 
 A dopamina interage com alguns receptores em 
algumas fibras nervosas periféricas e muitos 
neurônios centrais (p. ex., na substância negra, 
mesencéfalo, área tegmentar ventral e hipotálamo). 
O aminoácido tirosina é captado por neurônios 
dopaminérgicos e convertido pela tirosina 
hidroxilase em 3,4-di-hidroxifenilalanina (dopa), que 
é descarboxilada por l-aminoácido aromático 
descarboxilase em dopamina. Após a liberação e a 
interação com os receptores, a dopamina é 
bombeada ativamente (recaptada) de volta à 
terminação nervosa. A tirosina hidroxilase e a MAO 
(que decompõem a dopamina) regulamos níveis de 
dopamina nas terminações nervosas. 
 Os receptores dopaminérgicos são classificados 
como D1 a D5. Os receptores D3 e D4 atuam no 
controle do pensamento (limitando os sintomas 
negativos da esquizofrenia); a ativação do receptor 
D2 controla o sistema extrapiramidal. Entretanto, a 
afinidade do receptor não prediz a resposta 
funcional (atividade intrínseca). 
 A noradrenalina é o neurotransmissor presente 
na maioria das fibras simpáticas pós-ganglionares e 
em muitos neurônios centrais (p. ex., no lócus 
cerúleo e no hipotálamo). O precursor tirosina é 
convertido em dopamina, que é hidroxilada pela 
dopamina beta-hidroxilase em noradrenalina. Após 
liberação e interação com receptores, uma parte da 
noradrenalina é degradada pela COMT e o restante 
é recaptado pela terminação nervosa, onde é 
degradada pela MAO. A tirosina hidroxilase, a 
dopamina beta-hidroxilase e a MAO regulam os 
níveis intraneuronais de noradrenalina. 
 Os receptores adrenérgicos são classificados 
como alfa-1 (pós-sinápticos no sistema simpático), 
alfa-2 (pré-sinápticos no sistema simpático e pós-
sinápticos no encéfalo), beta-1 (no coração) e beta-
2 (em outras estruturas inervadas pelo sistema 
simpático). 
 As endorfinas são polipeptídeos que ativam 
muitos neurônios centrais (p. ex., no hipotálamo, 
nas tonsilas, no tálamo e no lócus cerúleo). O corpo 
celular contém um polipeptídeo extenso 
denominado pró-opiomelanocortina, o precursor de 
alfa, beta e gama-endorfinas. A pró-
opiomelanocortina é transportada distalmente pelo 
axônio e clivada em fragmentos; uma é a beta-
endorfina, presente em neurônios que se projetam 
para a substância cinzenta central (periaqueductal) 
do mesencéfalo, estruturas límbicas e principais 
neurônios catecolaminérgicos do encéfalo. Após 
liberação e interação com receptores, a beta-
endorfina é hidrolisada por peptidases. 
Encefalinas incluem a met-encefalina e a leu-
encefalina, que são pequenos peptídeos presentes 
em muitos neurônios centrais (p. ex., no globo 
pálido, tálamo, núcleo caudado e na substância 
cinzenta central). A proencefalina, seu precursor, é 
formada no corpo celular e, em seguida, é clivada 
por peptidases específicas em peptídeos ativos. 
 Essas substâncias também estão presentes na 
medula espinal, onde atuam como 
neuromoduladores dos sinais de dor. Os 
neurotransmissores desses sinais, no corno 
posterior da medula espinal, são o glutamato e a 
substância P. As encefalinas diminuem a 
quantidade dos neurotransmissores liberados e 
hiperpolarizam (tornam mais negativa) a membrana 
pós-sináptica, reduzindo a geração dos potenciais 
de ação e percepção de dor no giro pós-central. 
Após liberação e interação com receptores 
peptidérgicos, as encefalinas são hidrolisadas em 
peptídeos menores inativos e aminoácidos. A 
inativação rápida impede que essas substâncias 
sejam clinicamente úteis. Por outro lado, moléculas 
mais estáveis (p. ex., morfina) são usadas como 
analgésicos. 
 
 As dinorfinas são um grupo de 7 peptídeos 
com sequências similares de aminoácidos. 
São opioides, como as encefalinas. 
 
 O peptídeo substância P está presente em 
neurônios centrais (habênula, substância 
negra, gânglios da base, bulbo e 
hipotálamo) e apresenta-se em alta 
concentração nos gânglios sensoriais dos 
nervos espinais. Sua liberação é disparada 
por estímulos dolorosos intensos. Modula a 
resposta neural à dor e ao humor; modula 
náuseas e vômito pela ativação dos 
receptores NK1A localizados no tronco 
encefálico. 
 
 O óxido nítrico é um gás lábil mediador de 
muitos processos neuronais. É produzido a 
partir da arginina pela óxido nítrico sintase. 
Os neurotransmissores que aumentam o 
cálcio intracelular (p. ex., substância P, 
glutamato, acetilcolina) estimulam a síntese 
de óxido nítrico em neurônios que 
expressam a óxido nítrico sintetase. O óxido 
nítrico pode ser um mensageiro intracelular; 
pode difundir-se para fora de um neurônio, 
entrar em um 2º neurônio e produzir 
respostas fisiológicas, p. ex., 
potencialização a longo prazo (fortalecendo 
certas respostas pré-sinápticas e pós-
sinápticas — uma forma de aprendizado), 
ou intensificar a neurotoxicidade mediada 
por receptor de glutamato NMDA (p. ex., na 
doença de Parkinson, acidente vascular 
encefálico ou doença de Alzheimer). O NO 
afeta outros neurotransmissores (p. ex., 
GABA e acetilcolina) alterando o influxo de 
cálcio nas células para aumentar a liberação 
de outros neurotransmissores. 
 
 Neurotransmissores gasosos adicionais 
incluem o monóxido de carbono (CO) e o 
sulfeto de hidrogênio (H2S). Esses 
transmissores são produzidos nas células 
em todo o corpo (incluindo o encéfalo). O 
CO endógeno é produzido a partir do 
metabolismo do heme e pode atuar nos 
processos que envolvem a produção de 
febre, inflamação, sobrevivência celular e 
controle da dilatação dos vasos sanguíneos. 
Várias enzimas estão envolvidas na 
produção de H2S, que se acredita ser 
necessário para o encéfalo formar e reter 
memórias. 
 
 Substâncias com funções não tão bem 
estabelecidas em neurotransmissão incluem 
histamina, vasopressina, peptídeo intestinal 
vasoativo, carnosina, bradicinina, 
colecistocinina, bombesina, somatostatina, 
fator liberador de corticotropina, 
neurotensina e, possivelmente, adenosina. 
 
 Endocanabinoides são neurotransmissores 
endógenos à base de lipídios que modulam 
as funções encefálicas, endócrinas e do 
sistema imunitário. 
 
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