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A ERA DO CAPITAL E O 
COTIDIANO DA VIDA 
PRIVADA
Empresa: Modular Criativo
Professora: Kaio Samuel Barboza Gomes
Faculdade Campos Elíseos (FCE) 
São Paulo – 2023
SUMÁRIO
A ERA DO CAPITAL E O COTIDIANO DA VIDA PRIVADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Capitalismo x Comunismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
A era do capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Impactos na vida privada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3
4
A E R A D O C A P I TA L E O C OT I D I A N O DA V I DA 
P R I VA DA
Capitalismo x Comunismo
Figura 05: Charge que retrata a liberdade prometida pelo sistema capitalista em contraposição à 
liberdade, na prática, que, na verdade, não consistia com o discurso prometido.
Ao longo dos estudos da História Contemporânea, é perceptível como o sistema 
capitalista passou a se consolidar no contexto da sociedade ocidental europeia, a partir, 
sobretudo, do ponto de vista das revoluções que marcaram a Idade Moderna e da principal 
revolução, que significou o marco para o início da Idade Contemporânea. É perceptível 
também como os burgueses adentraram na vida social da Inglaterra, berço da Primeira 
Revolução Industrial, criando códigos e leis próprias, visando fundar novas bases para 
a sociedade que emergia num novo sistema político e econômico. Desse modo, as leis 
moralizantes para os outrora camponeses representaram mudanças de hábitos e de 
costumes, que começaram a adentrar a mentalidade da população. 
Assim, nossa proposta a partir deste estudo será ampliar os horizontes acerca 
dos hábitos e costumes e suas mudanças geradas no seio da sociedade europeia, além 
de analisar como esse processo serviu para solidificar as bases do sistema capitalista 
no mundo contemporâneo. Com isso, cabe buscarmos entender detalhadamente 
tal processo de solidificação ao longo dos fins do século XVIII e início do século XIX, 
sobretudo por meio das nuances políticas e econômicas que permearam o contexto. 
5
Quando a Revolução Francesa e seus ideais defendidos fincaram raízes na França, 
o capitalismo inglês estava em voga, sobretudo por meio da revolução industrial. E, nesse 
contexto, a política, como sempre desde os tempos do mundo antigo, se intercalou 
com a economia. Isto se deve ao fato de que se novos poderes estão sendo instituídos, 
logo deverão ser fundamentados não apenas a partir do pano de fundo filosófico ou 
político, nem apenas religioso (como foi o caso da Igreja Católica Apostólica Romana), 
mas também do ponto de vista econômico. Tais áreas servirão de base para justificar 
um aparato de domínio de poderes, que nesse caso permeou todas as esferas da vida 
humana para externar o projeto burguês, que seguindo o ponto de vista exposto por Karl 
Marx, serão constituídos pela infraestrutura e pela superestrutura. 
Para Marx, a fim de que se possa compreender didaticamente a formação do mundo 
burguês, é necessário se imaginar uma grande pirâmide, onde na base se encontra a 
economia (infraestrutura). Portanto, tudo o que diz respeito aos fatores econômicos ligados 
ao mundo capitalista, passando pela produção e chegando até ao consumo, será a base 
de sustentação econômica, por isso a economia como a infraestrutura. Ainda assim, como 
há a interrelação de todas as esferas da vida humana, que para Marx serão influenciadas 
pelo fator econômico, tem-se que seguindo o raciocínio imaginativo de uma pirâmide, o 
quadro político, cultural, jurídico, religioso e tudo o mais que envolver o conjunto de ideias 
propagadas pelo ser humano serão enquadrados no conceito teórico da superestrutura. 
Dessa forma, tal conceito teorizado por Karl Marx se resume no seguinte quadro: 
Figura 06: Representação imagética do quadro conceitual do sociólogo Karl Marx.
6
Por isso, Karl Marx entende que essa conexão entre a infraestrutura e a superestrutura 
não se dá de maneira neutra ou desapegada, mas existe uma interrelação planejada, 
para um fator influenciar e justificar o outro. É neste sentido, que o pensamento burguês, 
segundo o ponto de vista defendido por Marx e pelos seguidores de seu pensamento 
(chamados de marxistas), propõe mudanças e alternativas na superestrutura, como já 
mencionado acerca da forma de organização política (por isso as revoluções burguesas 
serão tão importantes), os usos e costumes, por meio de leis moralizantes, e até mesmo 
alterações jurídicas (Leis de cercamentos) que foram iniciadas em outro regime político 
(absolutismo monárquico), outro sistema econômico (feudalismo) e em outro período 
histórico (Idade Média/Moderna), mas que foram amplamente absorvidas pelos burgueses 
na elaboração prática de seu estilo de domínio, ficando suas raízes nas fábricas e nas 
cidades e inaugurando uma era urbana de organização social, que vinha desde a Idade 
Moderna e perpassou ao mundo contemporâneo por meio da ascensão e consolidação 
do sistema capitalista. 
A título de informação, é bom entendermos a diferença entre marxistas e marxianos. 
Os primeiros são assim chamados porque defendem o pensamento de Marx desde o 
seu início, sem mudanças, são também considerados ortodoxos. Luiz Althusser é um 
exemplo de marxista. Já os marxianos concordam com o pensamento de Marx em 
muitos pontos, mas não em todos, não são considerados ortodoxos. Os pensadores da 
Escola de Frankfurt são alguns exemplos de marxianos. 
Sendo assim, faz todo o sentido pensar na perspectiva da charge que inaugurou 
esta unidade de aprendizagem (imagem 5), além da volta do grande questionamento 
das sensibilidades sobretudo dos novos trabalhadores fabris, uma vez que estes saíram 
de suas terras no campo e forçadamente migraram para as cidades, se depararam 
com cosmovisões que geralmente não estavam habituados (na maioria das vezes era 
o pensamento do protestantismo em confronto com o pensamento católico camponês, 
sobretudo no continente europeu, entendendo que o anglicanismo havia ganhado 
um terreno populacional maior na Inglaterra), uma vez que as ideologias burguesas 
eram passadas pelos seus patrões e estes pareciam ter bem claro em suas mentes o 
objetivo final dessas ideologias serem compartilhadas, que se configurava no lucro e no 
crescimento financeiro de suas empresas/fábricas. 
Assim, permeados por este boom de informações, os trabalhadores migravam para 
a cidade em busca de uma utopia, que do ponto de vista da burguesia e da ascensão 
do patronato, era a tão sonhada liberdade, que mais uma vez entra em cena no palco 
principal da história do ocidente, dessa vez no período histórico da contemporaneidade 
e consolidação do sistema econômico do capitalismo. As revoluções parecem não ter 
acalmado os ânimos no sentido da liberdade, principalmente por parte das massas 
populacionais, por isso o apego tão feroz e aclamado à ideia de que, caso houvesse 
condições, o trabalhador seria livre para fazer o que quisesse, comprar o que quisesse, 
e enriquecer na hora que quisesse. 
7
Nesse sentido, o fato que intriga os trabalhadores percebidos pela história nesse 
contexto é que ao repetirem o discurso difundido pela burguesia organizada e sedenta 
pelo poder, se tornavam “escravos” destes pensamentos e de seus próprios sonhos. 
Desse modo, isso ganha materialidade com a amplificação social do movimento dos 
cartistas, que buscava por direitos trabalhistas que sequer possuíam, melhores condições 
de trabalho e o direito ao voto, que aindanão era universal.
Ademais, os que não aderiram a este pensamento ilusório por compartilhar uma 
pretensa ideia de liberdade, estariam fadados ao pensamento diametralmente oposto 
ao que era difundido pela ideologia burguesa. E, neste sentido, já no século XIX, há a 
efervescência dos movimentos de luta, da busca pelas melhores condições de trabalho e 
pelos primeiros direitos trabalhistas na história ocidental. Sendo assim, fato que acabava 
unindo os trabalhadores em prol de uma causa válida e única, ao representar todos os 
empregados da época. Portanto, à medida que o capitalismo se solidifica enquanto projeto 
econômico e de poder dos burgueses, também traz em sua esteira uma série de outros 
conflitos (externos e internos) em torno da ideia de liberdade. É assim que são trilhados os 
primeiros caminhos abertos pelos movimentos de busca por direitos trabalhistas.
Outrossim, estes movimentos ganham forças, sobretudo teórica, por meio dos 
escritos de Marx e Engels, pois juntos, elaboraram toda a estruturação do modo de 
produção capitalista, com o objetivo de manter coesos os trabalhadores em prol da 
causa trabalhista, a fim de que a partir de uma consciência de classe, pudesse retirar 
do poder quem os estava dominando (a classe burguesa) e instituir um poder formado 
essencialmente pelos trabalhadores, o socialismo (por meio da ditadura do proletariado). 
Porém, esse tipo de governo de substituição não era ainda o definitivo em sua essência. 
Diante disso, Marx defendia que o socialismo seria o sistema de passagem para o 
clímax de todo seu arcabouço teórico, que seria, enfim, a proposta da verdadeira liberdade 
para o proletariado: o comunismo. Desse modo, para Marx, e todos os trabalhadores 
que se subjugavam à chamada consciência de classe, o mundo só poderia encontrar 
uma liberdade verdadeira se pudesse seguir, à risca, esse processo inevitável (portanto, 
teleológico) de passagem do modo de produção capitalista para a transição da ditadura 
do proletariado no socialismo, até chegar no “paraíso” do mundo comunista. 
No comunismo, enfim, todas as pessoas (as que tivessem tomado consciência de 
classe) poderiam gozar a tão almejada liberdade que não seria possível em nenhum outro 
modo de produção. Concernente ao mundo contemporâneo, a estrutura econômica do 
capitalismo estava montada de tal forma que impediria que trabalhadores e burgueses 
(portanto, uma visão dualista/ maniqueísta da sociedade) pudessem ser livres juntos. 
Neste sentido, a liberdade estaria restrita à poucas pessoas, aquelas que possuíam 
o poder inclusive para manipular a mente das massas sociais, organizando-as de tal 
forma que seria impossível a pessoa fugir do círculo vicioso proposto inicialmente pela 
charge já analisada. Desse modo, o comunismo, assim como as demais propostas, desde 
as revoluções burguesas, configura-se também como um ideal utópico de liberdade. 
É assim que se inicia a era do capital, permeado de nuances, transformações 
sociais, mudanças no pensamento, bem como continuidade do processo histórico vivido 
em tempos anteriores ao mundo contemporâneo. Portanto, esse novo tempo, marcado 
inicialmente pela Revolução Francesa, se colocará diante de todos estes contextos. 
8
A era do capital
Inicialmente, a Inglaterra será o berço do capitalismo por ser a base da Primeira 
Revolução Industrial, mas isso não implica dizer que o capitalismo ficará circunscrito 
apenas ao território inglês, sobretudo já a partir do século XIX, ganhando cada vez mais 
terreno no continente europeu, advindo da ilha britânica. É o que nos conta o historiador 
Eric Hobsbawm, ao contextualizar a influência proporcionada pela revolução industrial:
A revolução triunfou através de todo o centro, do continente europeu, mas não de 
sua periferia. Isso inclui países demasiadamente remotos ou isolados em sua história 
para serem diretamente atingidos de alguma maneira (por exemplo, a Península 
Ibérica, a Suécia e Grécia) demasiadamente atrasados para possuir a estratificação 
social politicamente explosiva na zona revolucionária (por exemplo Rússia e Império 
Otomano), mas também os únicos países já industrializados, cujo jogo político já 
estava sendo feito de acordo com regras diferentes como a Inglaterra e a Bélgica. 
Mesmo assim, a zona revolucionária, consistindo essencialmente da França e da 
Confederação Alemã, do Império Austríaco com seus limites no sudeste europeu 
e da Itália era suficientemente heterogênea para incluir regiões tão atrasadas e 
diferentes como Calábria e Transilvânia, tão desenvolvidas como Uhr e a Saxônia, 
tão alfabetizadas como a Prússia e iletradas como a Sicília, tão remotas uma para 
a outra como Kiel e Palermo, Perpignam e Bucarest (HOBSBAWM, 1982, p.27).
Em outro momento de seu texto, o historiador continua a descrever o contexto, 
dessa vez político, na sociedade europeia do período: 
Politicamente, a zona revolucionária era igualmente heterogênea. Excetuando-se 
a França, o que estava em jogo não era meramente o conteúdo político e social 
desses estados, mas sua forma ou mesmo existência. Os alemães tomaram o 
caminho de construir uma “Alemanha” - deveria ser unitária ou federal? – de um 
punhado de principados germânicos de vários tamanhos e características. Os 
italianos tentaram fazer o que o chanceler austríaco Metternich arrogantemente, 
mas não inacuradamente, descreveu como sendo uma ‘mera expressão geográfica’ 
– uma Itália unida. Ambos, com uma visão limitada dos nacionalistas, incluíram em 
seus projetos povos que não se sentiam alemães ou italianos, como os tchecos. 
(HOBSBAWM, 1982, p.28). 
Portanto, percebemos que ao subirmos nos ombros de um gigante da historiografia 
contemporânea chamado Eric Hobsbawm, são feitas declarações importantes sobre o 
momento histórico que vivia o ocidente europeu do início do século XIX. 
Nessa perspectiva, levando em consideração o que se observa na primeira 
citação, compreendemos que o mundo europeu é bastante heterogêneo. Até mesmo 
nos dias atuais, percebemos traços dessa heterogeneidade, mesmo com uma economia 
eminentemente singular, por meio do bloco econômico da União Europeia., os traços 
heterogêneos da Europa são amplamente perceptíveis em seu contexto cultural. 
Porém, ao se deter apenas ao contexto do século XIX, com seu início marcado pela 
Revolução Industrial, Hobsbawm relata que mesmo a Inglaterra e a Bélgica possuindo 
contextos específicos parecidos em relação ao processo revolucionário, o mesmo não 
ocorreu em relação ao restante da Europa, principalmente se for levado em consideração 
o que o historiador chama de locais geográficos periféricos no próprio continente 
europeu, como o caso dos países da Península Ibérica, Portugal e Espanha, e da Grécia, 
que já possuía uma localização geográfica mais afastada do epicentro dos processos 
revolucionários ocorridos na França e na Inglaterra. 
9
De maneira análoga, é possível, por mais que não seja tarefa exclusiva do 
historiador, pensar nas possíveis possibilidades de esta revolução (a industrial) não ter 
chegado à Península Ibérica. Dessa forma, pode-se pensar no fato que ambas as nações 
ainda estavam inseridas numa real preocupação com suas colônias na América, o que é 
válido recordar que não foi de povoamento como a América Inglesa, mas de exploração. 
Além disso, a chancela e o papel e da igreja católica ainda teimava em permanecer 
no contexto da sociedade ibérica, o que levou Portugal a ficar retido nas mãos dos 
ingleses tempos depois, no episódio que ficou conhecido ao longo do século XIX como o 
bloqueio continental, exercido por Napoleão Bonaparte para com a Inglaterra e todos os 
seus aliados. Portugal era um deles. 
Segundo a historiografia, cabe ao historiador discorrer e pensar à história a partir do 
que ocorreu, dos fatos mencionados em suas fontes. Conjecturas fazem parte de outras 
ciências, como as ciências econômicas. Porém, para o contexto citado, torna-se válido 
levantar hipóteses históricas acerca do lento processo de chegadado capitalismo/ 
industrialização na Península Ibérica, como foi o que realmente ocorreu, durante o 
século XIX.
 
Porém, ainda acerca da citação anterior, podemos comentar que no centro do 
continente, em locais como a França, a Alemanha e a Itália, o processo revolucionário e a 
industrialização começam a ganhar terreno de maneira tal que adentra outros contextos, 
invadindo outros locais, que não possuíam condições de ter esse processo. Mas, o fato 
é que o terreno europeu, em suma, torna-se fértil para a semeadura e o florescer desse 
processo de transformação que se solidifica ao longo de todo o século XIX, durante 
o mundo contemporâneo. Desse modo, até mesmo localidades ainda com maioria não 
alfabetizadas e distantes entre si, indiretamente adentram no contexto da revolução e da 
era do capitalismo.
Já em relação à segunda citação pontuada no texto, Hobsbawm discorre acerca do 
contexto político que circundava a Europa no início do século XIX. É perceptível que o autor 
compreende também, assim como na parte geográfica, uma forte ênfase heterogênea do 
processo político europeu na época. Sendo assim, ele inicia sua fala comentando que a 
França foi percebida como uma exceção naquele período, justamente por já implementar, 
por meio da Revolução Burguesa, um regime político validador do domínio da burguesia, 
pois é bom lembrarmos que essencialmente esta revolução possuiu um cunho liberal e 
burguês, atendendo, ao fim e ao cabo, apenas aos interesses desta crescente classe na 
sociedade francesa. Portanto, o tipo de governo constitucional já serviria de base para 
a solidificação do sistema capitalista e de todo o processo de industrialização decorrido 
desse sistema econômico que invadiu o território francês à época. 
Desse modo, como se deu num contexto heterogêneo, o mesmo não ocorreu 
nas demais regiões da Europa. É o caso de dois países significativos e amplamente 
mencionados pelo historiador inglês: Alemanha e Itália. 
10
A Alemanha se deparava com um forte questionamento político: ser ou não 
unificada, federalizada, reunindo todas as suas vizinhanças germânicas em torno de um 
centro de poder administrativo e político. Esse era o principal fator político que mexia 
com o povo germânico, que seria a nação mais rica de toda a Europa (no século XXI). 
Já a Itália também possuía o mesmo senso unificador, na tentativa de reunir 
territórios com características culturais semelhantes e faziam parte de uma vizinhança 
imediata, do ponto de vista geográfico. Esse modelo e forma de unificação fez com que 
outros povos vizinhos, como os austríacos, não gostassem de tais atitudes de unificação, 
chamando o propósito italiano de “mera expansão geográfica”. 
Nesse ínterim, esse contexto político conturbado em meados do século XIX, 
inaugurou uma era de nacionalismos nunca visto no mundo ocidental, e atualmente 
podemos compreender melhor as consequências geradas por todo esse processo 
emancipador ocorrido na Europa. Dessa maneira, a busca pela unificação de determinados 
povos e culturas culminou, no início do século XX, em duas grandes guerras, com 
consequências catastróficas na história da humanidade, ao envolver grande parte dos 
países e das regiões do globo. 
Diante disso, o fato a ser mencionado é que o capitalismo, enquanto modelo 
econômico de poder e de manutenção de poder sobre as massas populares por parte dos 
burgueses/patronato, encontrou nessa “sopa de letrinhas” política, ideológica, cultural 
e geográfica que era a Europa, o terreno fértil para sua efetivação, sobretudo porque 
quando sai das ilhas britânicas, o contexto das revoluções burguesas altera as bases 
de toda uma filosofia que regia o continente europeu, dessa forma, o sistema capitalista 
fornece a base, do ponto de vista teórico de Karl Marx, para estruturar economicamente 
o pensamento burguês. Essa efervescência que borbulhava na Europa é mencionada 
como sendo a “primavera dos povos”, já no século XIX (a partir do ano de 1848), por Eric 
Hobsbawm: 
No início de 1848, o eminente pensador político francês Alexis de Tocqueville 
tomou a tribuna da Câmara dos Deputados para expressar sentimentos que muitos 
europeus partilhavam: ‘nós dormimos sobre um vulcão... os senhores não percebem 
que a terra treme mais uma vez? Sopra o vento das revoluções, a tempestade está 
no horizonte.’ Mais ou menos no mesmo momento, dois exilados alemães, Karl 
Marx com trinta anos e Friedrich Engels com vinte e oito, divulgavam os princípios 
da revolução proletária para provocar aquilo que Tocqueville estava alertando a 
seus colegas, no programa que ambos tinham traçado algumas semanas antes 
para a Liga Comunista Alemã e que tinha sido publicado anonimamente em 
Londres, por volta de 24 de fevereiro de 1848, sob o título (alemão) de Manifesto 
do Partido Comunista, ‘para ser publicado em inglês, alemão, italiano, flamengo e 
dinamarquês (HOBSBAWM, 1982, p.25). 
Portanto, é de notório conhecimento entre os historiadores que a Europa vivia, no 
início do mundo contemporâneo, uma ebulição, em todos os sentidos. Seja no contexto 
das influências geográficas, seja no contexto político, seja no contexto econômico, seja 
no das revoluções. Desse modo, isso fez com que Alexis de Tocqueville anunciasse para 
os membros do parlamento francês, que a Europa estava com suas bases estremecidas, 
utilizando a analogia de um vulcão pronto para o processo de erupção, quando a terra em 
sua volta começa a tremer os temores aparecem. 
11
Em contraposição, o Manifesto do Partido Comunista também serve para dar 
um termômetro desse conturbado momento vivido pela Europa, quando dois alemães 
resolvem escrever um texto incentivando e chamando os trabalhadores para a luta (como 
já mencionado anteriormente). Essa luta não deveria vir apenas da Inglaterra, embora 
tenha sido o primeiro a país a adentrar o contexto da industrialização e o país inicial em 
que o texto foi divulgado, mas o alcance desse texto deveria ser em toda a Europa, por 
isso o enfoque pela escrita também em outras línguas, com o objetivo de atingir a maior 
quantidade possível de trabalhadores que estivessem nas fábricas. 
Ou seja, o capitalismo cria suas bases para servir como dominação da burguesia, 
por meio, por exemplo, das revoluções já amplamente mencionadas. Porém, ao mesmo 
tempo, levantam-se homens que se permitem questionar as bases desse sistema, a ideia 
de liberdade, as influências que esse sistema possuía frente às demais áreas da vida 
humana (a superestrutura).
 Para isso, se defendia, por esses homens, a unificação das massas populares 
em torno de mudanças substanciais, que significava, na prática, a mudança para outro 
sistema de economia e também de governo: o comunismo, com passagem transitória 
pelo socialismo. Obviamente, todos esses fatos históricos ocorriam nos primeiros anos e 
primeiras décadas do novo período histórico: configurou-se assim a era do capitalismo 
no mundo contemporâneo. 
Como já mencionado de maneira significativa, o período histórico que compreende 
o mundo contemporâneo também pode ser explicado a partir do mundo sensível, seus 
usos, costumes, hábitos, estilos de vida e noções culturais, difundidos em permanências 
e descontinuidades. Além do político e econômico, a história também se faz por meio 
das sensibilidades, a fim de que se possa compreender o sentido e a visão da chamada 
micro história, que também passa a ser observada pelos historiadores em suas fontes, 
sobretudo a partir de meados do século XX, onde a terceira e quarta geração da Escola 
dos Annales possibilita um novo mundo de estudos e pesquisas para os historiadores 
culturais. 
Partindo desse pressuposto, temos que a história da vida privada constitui análises 
importantes para o contexto do mundo contemporâneo do século XIX. Compreendemos, 
por exemplo, as relações que passaram a ser estabelecidas entre o que era público e o 
que era privado, a partir do marco da revolução francesa. Nesse sentido, o contexto macro 
da história e dos acontecimentosocorridos, interfere de maneira direta e significativa no 
contexto micro, atraindo uma mudança de olhares na perspectiva do privado e do público, 
como observa a historiadora cultural francesa Michelle Perrot, pontuando que esse novo 
modo de enxergar a coisa pública e a privada passaram a prevalecer sobretudo a partir 
do século XVIII: 
O século XVIII havia apurado a distinção entre o público e o privado. O público tinha 
se desprivatizado até certo ponto, apresentando-se como a ‘coisa’ do Estado. O 
privado, antes insignificante e negativo, havia se revalorizado até se converter em 
sinônimo de felicidade. Assumira um sentido familiar e espacial, que, no entanto, 
estava longe de esgotar a diversidade de suas formas de sociabilidade (PERROT, 
1991, p.14). 
12
Mais à frente, a historiadora Michelle Perrot continua: 
Nesse processo, a Revolução Francesa opera uma ruptura dramática e contraditória, 
sendo preciso, aliás, distinguir seus efeitos a curto e a longo prazo. No nível 
imediato, há a desconfiança de que os ‘interesses privados’, ou particulares, 
oferecem uma sombra propícia aos complôs e às traições. A vida pública postula a 
transparência; ela pretende transformar os ânimos e os costumes, criar um homem 
novo em sua aparência, linguagem e sentimentos, dentro de um tempo e de um 
espaço remodelados, através de uma pedagogia do signo e do gesto que procede 
do exterior para o interior (PERROT, 1991, p.14). 
Há coisas muito válidas a serem pontuadas no excerto da história da vida 
relatada pela Michelle Perrot. Na primeira parte de sua citação, Perrot pontua haver um 
remodelamento na forma da sociedade, e desse ponto de vista é a sociedade da França 
do século XVIII em seu período de revolução que passa a enxergar o intercalar entre o 
público e o privado. 
Nesse sentido, a mentalidade dessa sociedade é transformada no sentido de que, 
anteriormente, a coisa pública era sinônimo de coisa privada. Sendo assim, nada faz 
mais sentido do que isto, uma vez que é importante pensar que desde a Idade Média 
perdurava um pensamento político em que a nobreza e a Igreja Católica Apostólica 
Romana dominavam. Assim sendo, a coisa pública pertencia aqueles que detinham o 
poder, possuindo status e influência para “ditar as regras do jogo”, numa sociedade 
hierarquizada e que via o público, mais do que nunca, se misturar com o privado. 
Esse tipo de mentalidade era o que permeava todas as práticas sociais do mundo 
desde o medievo, passando por continuidades dessa mentalidade no mundo moderno e 
chegando até o mundo contemporâneo, num forte apego à continuidade de pensamento, 
ao invés da ruptura. Portanto, observando a partir deste prisma, é válido pensar numa 
sociedade que enxergava o público como sendo a efetivação do privado, totalmente 
demarcado pelo status, poder e influências de uma minoria que dominava.
Já a partir do século XVIII, essas noções começam a ser modificadas, pois passa-
se a observar algumas rupturas diante desse processo histórico nas mentalidades. Pois, 
como a própria autora argumenta, houve uma “desprivatização” daquilo que é público, ao 
passo que passou a se tornar o que deveria ser, partindo do ponto de vista etimológico, 
a coisa do Estado, portanto, representando os ideais de uma maioria e não mais uma 
minoria, como em tempos anteriores. Sendo assim, inevitavelmente a mentalidade da 
sociedade europeia, ou francesa nesse contexto, começa também a sofrer essas rupturas 
em relação ao que significa o público. 
13
Impactos na vida privada
Concernente ao privado, também se observará mudanças, uma vez que antes o 
privado era tido como algo insignificante e até mesmo negativo, desde então, passa 
a ser valorizado como algo familiar, íntimo e que denotava em sentido espacial, de 
pertencimento. 
Desse ponto de vista, o pensamento cultivado pela burguesia é bastante significativo 
no sentido de modificar esse pensamento na mentalidade social das massas, uma vez 
que com o advento do capitalismo e transformação do sistema econômico que passará 
a priorizar o lucro e a valorização pessoal e individual, além de marcar uma nova forma 
de relacionamento no mundo de trabalho, também findou por estimular novas formas de 
pensar o mundo contemporâneo, estimulando as pessoas a valorizarem o desejo pelo 
privado, pela privatização de suas conquistas e feitos.
Na esteira dessas rupturas em relação ao público, e principalmente ao que passara 
a significar o privado, estão implícitas também as ideias de liberdade e de felicidade, 
como também mencionado pela autora. Do ponto de vista da história das mentalidades, 
isto é bastante significativo, uma vez que estimulou a nova sociedade que estava em 
formação no mundo contemporâneo, que a partir de novo sistema político e econômico 
que emergia através da visão de mundo burguesa, seria precisamente possível ser feliz 
e ser livre.
Neste sentido, felicidade e liberdade se relacionavam entre si, pois ao delegar ao 
Estado aquilo que é a coisa pública e privatizar a realidade individual de cada ser humano, 
também seria possível fazer o que se pretendesse, sem ter que dar contas disso a qualquer 
patrulha religiosa ou até mesmo a uma nobreza e monarquia manipuladora (como era 
em outros tempos). Portanto, ser livre era sinônimo também de ser feliz, a privacidade 
se repaginava ao aderir-se ao conceito de felicidade e liberdade proporcionados pelo 
mundo burguês. 
Foi assim que se lançou as bases que estão na ordem do dia no tempo presente, 
no sentido que quanto mais individualizado alguém se propõe a ser, mais livre e feliz 
esta pessoa será. Entender o cotidiano da vida privada no início do período histórico da 
contemporaneidade também é entender a forma como a mentalidade da sociedade atual 
no ocidente é compreendida. 
Na citação seguinte da Michelle Perrot, a historiadora percebe fatos interessantes 
acerca da sociedade formulada a partir da Revolução Francesa, no final do século XVIII, 
e que foi um marco histórico para o início do mundo contemporâneo. Ao afirmar que essa 
revolução constituiu rupturas nunca vistas, ela pontua que foram seus efeitos os mais 
significativos na sociedade ocidental a partir daquele período, pois embora houvesse a 
elaboração de um contexto do privado e do público, foi a partir da revolução francesa 
que o público passou a significar a transparência para o Estado. 
Outrossim, o público, apesar de dividir espaço com o privado, remodelará como 
o ser humano contemporâneo irá se enxergar diante de tudo o que é sociável e visto 
por todos. Sendo assim, a sociedade ocidental, por meio da coisa pública, passará por 
mudanças significativas desde o curto prazo, até o longo prazo. Isso se deve ao fato de 
que a visão de mundo da burguesia, propagada pela revolução, revolucionou também os 
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costumes, aparências, hábitos e pensamentos de toda uma sociedade ao longo do século 
XIX. Assim, aquilo que é público também interfere de maneira significativa na forma como 
a sociedade irá se relacionar no mundo privado, em suas relações individuais, familiares 
e espaciais. Portanto, Michelle Perrot irá descrever da seguinte forma, o contexto de 
rupturas elevadas pelo público a longo prazo na sociedade francesa:
Num prazo mais longo, a Revolução acentua a definição das esferas pública e 
privada, valoriza a família, diferencia os papéis sexuais estabelecendo uma 
oposição entre homens políticos e mulheres domésticas. Embora patriarcal, ela 
limita os poderes do pai em vários pontos e reconhece o direito do divórcio. Ao 
mesmo tempo, proclama os direitos do indivíduo, esse direito à segurança no qual 
começa a se fazer presente um habeas corpus que, ainda hoje (1986) na França, 
carece de uma garantia mais sólida; ela lhe confere uma primeira base inicial: a 
inviolabilidade do domicílio, cuja transgressão está sujeita, desde 1791, a penas 
severas previstas no artigo 184 do Código Penal (PERROT, 1991, p.14).
Sendo assim, a Revolução Francesa foi a principal responsável por estabelecer 
uma separaçãoconcreta acerca daquilo que é público e daquilo que é privado, utilizando 
até o público para legitimar o que é privado, por meio do ponto de vista jurídico. Além 
disso, como mencionado por Perrot, essas bases criadas ainda no final do século XVIII, 
serviram para influenciar de maneira significativa a formação do Estado Moderno, com 
respingos até os dias atuais, em pleno século XXI. 
Mais uma vez, contudo, as ideias de liberdade e felicidade estão implicitamente 
associadas nesse contexto, pois mesmo que esse fosse um dos ideais da Revolução 
Francesa, foi legitimado com todo um arcabouço político e jurídico que efetivava 
também as garantias individuais que possuíam os cidadãos franceses. Neste 
longo prazo, a Revolução fincou raízes tão profundas que os frutos de sua árvore 
conquistada, inclusive os venenos desses frutos, são sentidos também nos dias de 
hoje. No início do mundo contemporâneo, o cotidiano da vida privada foi influenciado 
significativamente pelo pensamento burguês e pela coisa pública.
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	A era do capital e o cotidiano da vida privada
	Capitalismo x Comunismo
	A era do capital
	Impactos na vida privada
	BIBLIOGRAFIA

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