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DIREITO DO TRABALHO I Prof. Dr. Germano Campos Silva Disciplina: Direito do Trabalho Cronograma/conteúdo 1 - HISTÓRIA DO DIREITO DO TRABALHO. 1.1 – Regimes de trabalho 1.1.1- Escravidão – ser intermediário entre o homem e o animal. 1.1.2- Servidão – semiescravidão, proteção militar e política. 1.1.3- Corporações de Ofício – mestres, companheiros e aprendizes. – suprimidas pela Revolução Francesa (1789). 1.1.4- A Revolução Industrial acabou transformando o trabalho em emprego (Capitalismo) 1.2 – Primeiras Leis Trabalhistas 1802 – Inglaterra – proibiu o trabalho noturno aos menores limitando a jornada em 12 horas por dia. 1839 – Alemanha – disciplinando o trabalho do menor e descanso dominical. 1841 – França – proibiu o trabalho do menor de 8 anos, limite de 8 horas para menores com idade entre 8 a 12 anos e 12 para os menores de 12 a 16 anos. 1843 – Itália – proibiu o trabalho de menor de 9 anos de idade. 1869 – Alemanha – regulamentação legal das questões de trabalho. 1883 – Alemanha – disciplinamento legal do seguro social. 1891 – Igreja – Papa Leão XIII - Encíclica Rerum novarum (coisas novas) – Não pode haver capital sem trabalho, nem trabalho sem capital. 1917 – México – Constitucionalismo das leis de proteção ao trabalho. 1919 – Weimar – Alemanha – constitucionalismo do direito do trabalho 1919 – Tratado de Versalhes - criação da OIT - Organização Internacional do Trabalho, com incumbência de proteger/reger as relações entre empregados e empregadores no âmbito internacional, expedindo convenções e recomendações nesse sentido. 1927 – Itália – Carta del Lavoro sistema coporativista-fascista – inspirou Portugal, Espanha e Brasil. 1948 – A Declaração Universal dos Direitos do Homem – prevê alguns direitos aos trabalhadores como limitação razoável do trabalho, férias remuneradas periódicas, repouso e lazer, sindicalização, etc. 1.3 – No Brasil 1824 – C.F. aboliu as corporações de ofício 1871- Lei do ventre livre (28/09/1871) 1885 – Lei dos sexagenários (60 anos) Lei Saraiva-Cotegipe (28/09/1885). 1888 – Lei Áurea – libertação dos escravos (Lei n. 3.353 de 13/05/1888). 1891 – C.F. genérica - liberdade de associação, sem interferência do estado, exceto para manter a ordem. 1891 – Decreto n. 1.313 cuidou do trabalho dos menores. 1907 – Decreto n. 1.637, criou os sindicatos profissionais. 1919 – Decreto n. 3.274, tratou de acidente do trabalho. 1923 – Decreto n. 16.037 criou o Conselho Nacional do Trabalho (origens dos Tribunais do Trabalho). 1923 – Decreto n. 4.682- Lei Eloy Chaves – implantou as Caixas de Aposentadorias e Pensões para os ferroviários. 1925 – Decreto n. 4.982 – concedia 15 dias de férias anuais aos empregados comerciários, industriários e bancários. 1927 – Decreto n. 17.934-A promulgou o Código de Menores que exigia a idade de 12 anos para admissão no emprego, 14 anos para o trabalho em praça pública e 18 anos para o trabalho noturno e em minas. 1930 – começa a surgir uma política trabalhista idealizada por Getúlio Vargas. Decreto n. 19.433 – Criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, passando a expedir decretos sobre profissões. 1932 – Decreto n. 22.132, criou as Juntas de Conciliação e Julgamento, órgãos pioneiros da Justiça do Trabalho. 1935 – Lei n. 62 ampliou a estabilidade decenal aos trabalhadores. 1939 – Decreto-lei n. 1.237, tratou da organização e do funcionamento da Justiça do Trabalho. 1940 – Decreto-lei n. 2.162, instituiu o salário mínimo no Brasil. 1943 – Decreto-lei n. 5.452, promulgou a CLT. 1946 – Decreto-lei n. 9.070 disciplinou o direito de greve nas atividades acessórias, revogado pela Lei n. 4.330/64; atualmente, o direito de greve é regulamentado pela Lei n. 7.783/89. 1949, Lei 605, com disposições sobre o RSR e feriados civis e religiosos. 1962 – Lei 4.090, instituição a gratificação natalina. 1963 – Lei n. 4.214, dispondo sobre o estatuto do trabalhador rural, revogado pela Lei n. 5.889/73. 1966 – Lei n. 5.107 criou o FGTS. Atualmente lei n. 8.036/90 1970 – Lei Complementar n. 7, instituiu o PIS - programa de Integração Social. 1972 – Lei n. 5.859, dispôs sobre empregado doméstico. Atualmente a Lei Complementar n. 150/15 rege a relação empregatícia doméstica 1973 – Lei n. 5.889/73 – empregado rural. 1986 – Decreto-lei n. 2.283, criou o seguro-desemprego, revogado pelo Decreto-lei n. 2.284. Atualmente a Lei n. 7.998/90 regulamenta o programa do seguro-desemprego, com as alterações introduzidas pelas leis 8.178/91 e 8.900/94. A primeira constituição brasileira a tratar da matéria foi a de 1934; as de 1937, 1946, 1967 e Emenda n. de 1969 também disciplinaram o direito do trabalho, sendo que a atual (1988) normatiza as questões nos artigos 7º a 11º. 2 - DIREITO DO TRABALHO 2.1 Denominação 2.1.1 – Direito Industrial 2.1.2 – Direito Operário 2.1.3 – Direito Corporativo 2.1.4 – Direito Social 2.1.5 – Direito Sindical 2.1.6 – Direito do Trabalho – mais adequada e difundida mundialmente. C.F./88. art. 22 - Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; (grifamos) 2.2 - Conceito. 2.2.1 – Subjetivistas – enfoque nos sujeitos da relação justrabalhista. 2.2.2 – Objetivistas – enfocam a matéria o conteúdo das relações justrabalhistas. 2.2.3 – Mista – procuram combinar, na mesma definição, os dois enfoques – tem melhor aptidão. Maurício Godinho Delgado “complexo de princípios, regras e institutos jurídicos que regulam, no tocante às pessoas e matérias envolvidas, a relação empregatícia de trabalho, além de outras relações laborais normativamente especificadas”. 2.3 – Autonomia – princípios e regras próprias. 2.3.1 – Desenvolvimento legal – art. 7º da C.F., art. 1º a 642 da CLT, Leis esparsas 8.036/90, 605/49, 5.889/73, LC 150/15 etc. 2.3.2 – Desenvolvimento doutrinário – várias obras de fôlego. 2.3.3 – Desenvolvimento didático – cadeira própria nas faculdades de direito. 2.3.4 – Autonomia jurisdicional – justiça especial. 2.3.5 – Autonomia científica – institutos próprios diversos dos demais ramos do direito (605/49, 8036/90, greve 7783/89). 2.4 – Classificação – para efeitos de estudos comporta várias divisões, porém, vamos adotar a divisão em Direito Individual do Trabalho e Direito Coletivo do Trabalho. 2.4.1 – Direito Individual do Trabalho – tem por objeto o contrato individual e as suas cláusulas que lhe são incorporados em virtude da lei, CCT, ACT decisão normativa ou regulamento. 2.4.2 – Direito Coletivo de Trabalho – onde são considerados os interesses coletivos do grupo ou categoria, representado pelas normas que disciplinam a organização sindical, a greve, as negociações coletivas (CCT e ACT), etc. 2.5 - Natureza jurídica.- possui normas de direito público (cogentes, imperativas, irrenunciáveis) e normas de direito privado. 2.5.1- Teoria do direito Público - Miguel Reale – normas de natureza administrativas (fiscalização), normas de natureza tuitiva, de proteção e, portanto, imperativas e irrenunciáveis (natureza pública), e ainda, alguns autores entendem que a empresa é uma instituição e as relações com seus empregados tem natureza pública (administrativa). 2.5.2 – Teoria do Direito Privado – origem do contrato de trabalho do Direito Civil (locação de serviços). Sujeitos do contrato de trabalho (empregado e empregador) são dois particulares. A maioria das regras são de direito privado, que preponderam sobre as de direito público. O Direito Civil também tem normas de ordem pública como as coisas públicas e à família nem por isso é público. 2.5.3 – Teoria do Direito Social – Cesarino Jr. Entende que o DT seria um tertium genus, nem público nem privado. Destinado a amparar o hipossuficiente. Porém, todo direito é pornatureza social (bem estar dos indivíduos perante a sociedade). 2.5.4 – Teoria do Direito Misto – Alfredo Montoya Melgar – coexistência de normas de direito público e privado, transformando em misto. 2.5.5 – Teoria do Direito Unitário – Evaristo de Moraes Filho – defende a tese de fusão das normas de direito público e privado dando origem ao Direito Unitário. 2.5.6 Corrente predominante – Direito Privado. (art. 173, § 1º, II, da C.F.) - Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998). 2. 6 - Relação com outros ramos do Direito. 2.6.1 – Direito Constitucional – art. 7 a 11 da C. F. 2.6.2 – Direito Civil – art. 8º/CLT e art. 652, a, III, da CLT 2.6.3 – Direito comercial – art. 10 e 448, da CLT. 2.6.4 – Direito Internacional – OIT – Declaração Universal dos Direitos do Homem, convenção Européia de Direitos Humanos. 2.6.5 – Direito Penal – Crimes contra a organização do trabalho, do direito de livre associação sindical, frustração de direito assegurado pela lei trabalhista, o aliciamento de trabalhadores, etc. (arts. 197 a 207). Redução a condição análoga de escravo (trabalho degradante) (art. 149/CP). Assédio sexual (art. 216-A/CP). Lei 9.029/95 (discriminação). Punição decorrente do poder de direção do empregador. Justa causa (algumas causas). 2.6.6 – Direito da Seguridade Social – proteção à maternidade (art. 201,II, C.F.), amparo a infância e adolescência (art. 203, e inc. II), a promoção da integração ao mercado de trabalho (art. 203, III, C.F.) 2.6.7 – Direito Administrativo – normas de medicina e segurança do trabalho, fiscalização do trabalho podem ser consideradas atinentes à administração do Estado (SRTs). Estado como empregador (CLT, regime temporário ou precário). Decretos que regulamentam as leis tem natureza administrativa. 2.6.8 – Direito Tributário – fato gerador, incidência de tributos (I.R.) ou contribuições previdenciária sobre certas verbas trabalhistas, base de cálculo. FGTS e PIS-Pasep. 2.6.9 – Direito Econômico – política de pleno emprego (art. 170, VIII, da CF) a valorização do trabalho humano (art. 170/CF). Art. 1º, IV, CF objetivos fundamentais – valor social do trabalho e da livre iniciativa. 2.6.10 – Direito Processual do Trabalho – forma de assegurar o cumprimento do Direito material do trabalho – CLT art. 643 a 910. 2.6.11 Com ouras Áreas – Sociologia, Economia, Administração de Empresas, Contabilidade, medicina, etc. 2.7 - Campo de Aplicação. Abrangência em relação às pessoas e eficácia da norma jurídica trabalhista no tempo e no espaço. 2.7.1 – Aplicação do DT quanto às pessoas – abrange os empregados (art. 3º da CLT). Trabalhadores empregados urbanos, rurais (Lei. n. 5.889/73, a domicilio (art. 6º/CLT), menor aprendiz (art. 403/CLT), etc. 2.7.2 – Aplicação do DT no tempo – eficácia da norma trabalhista no tempo (entrada da lei em vigor). Princípios da irretroatividade e da aplicação imediata da norma. 2.7.2.1 – Princípio da irretroatividade – a eficácia da norma trabalhista é a partir da vigência, não alcançando situações consolidadas. Art. 5º, XXXVI: “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada” 2.7.2.2 – Princípio da aplicação imediata – regra geral a norma trabalhista entra em vigor na data de sua publicação, tendo efeito imediato. Art. 5º, § 1º, da CF “As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais em aplicação imediata”. Por sua vez, a LINDB, art. 6º “A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitando o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada”. A CLT art. 912 “Os dispositivos de caráter imperativo terão aplicação imediata às relações iniciadas, mas não consumadas, antes da vigência desta Consolidação”. Regra geral as normas trabalhistas tem aplicação imediata. Sumula 308, II, do TST - “a norma constitucional que ampliou a prescrição da ação trabalhista para 5 anos é de aplicação imediata, não atingindo as pretensões já alcançadas pela prescrição bienal, quando da promulgação da Constituição de 1988”. 2.7.3 – Aplicação do DT no espaço – aplicam-se a todo trabalhador no território nacional, quer seja trabalhador brasileiro ou estrangeiro. Os conflitos espaciais da leis trabalhistas tem por base dois princípios: 2.7.3.1 – Princípio da territorialidade das leis – No direito do Trabalho, aplica-se a Lei brasileira aos empregados transferidos ou contratados para prestarem serviços no exterior, independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços, conforme previsto no art. 3º da Lei n. 7.064/82 - regula a situação de trabalhadores contratados no Brasil ou transferidos por seus empregadores para prestar serviço no exterior. (Redação da pela Lei nº 11.962/09). Art. 3º - A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe- á, independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços: I - os direitos previstos nesta Lei; II - a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for incompatível com o disposto nesta Lei, quando mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria. Parágrafo único. Respeitadas as disposições especiais desta Lei, aplicar-se-á a legislação brasileira sobre Previdência Social, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS e Programa de Integração Social - PIS/PASEP. 2.7.3.2 – Princípio da norma mais favorável – em caso de conflito das normas do local de prestação e do local de contratação, aplica-se o princípio da norma mais favorável. Atualmente a Lei n. 7.064/82 regula a situação de trabalhadores contratados no Brasil, ou transferidos por empresas prestadoras de serviços no exterior prevendo a aplicação da lei brasileira, notadamente no que tange a previdência social, FGTS e PIS/PASEP, sem prejuízo na norma local mais favorável. Teorias: da acumulação, conglobamento e conglobamento mitigado. 2.8 – Renuncia, Transação e Conciliação. 2.8.1 - Renuncia – abdicação que o titular faz do seu direito – aplicação restrita no DT face ao princípio da irrenunciabilidade de direitos, amenizado pela globalização (art. 7º, VI, XIII e XIV, da CF). Regra geral as lei de DT são consideradas de ordem pública, imperativas cogentes e, consequentemente, irrenunciáveis. Art. 9º/CLT. Súmula n. 276 - “O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de seu cumprimento não exime o empregador de pagar o valor respectivo, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego”. Súmula n. 243/TST (OPÇÃO PELO REGIME TRABALHISTA. SUPRESSÃO DAS VANTAGENS ESTATUTÁRIAS) Exceto na hipótese de previsão contratual ou legal expressa, a opção do funcionário público pelo regime trabalhista implica a renúncia dos direitos inerentes ao regime estatutário). 2.8.2 – Transação – negocio jurídico bilateral pelo qual as partes contratantes põem fim a suas controvérsias mediante concessões recíprocas. Pode ser judicial ou extrajudicial. No DT mais rigor (art. 9º, 444, 468 e 477, § 2º, da CLT). 2.8.3 Conciliação Judicial (acordo em audiência)e extrajudicial (CCP comissão de conciliação prévia - art. 625-A e seguintes da CLT) Lei n. 13.467/17. “Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: I - por metade: a) o aviso prévio, se indenizado; e b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1 o do art. 18 da Lei n o 8.036, de 11 de maio de 1990; II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. § 1 o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei n o 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos. § 2 o A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.” “Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei n o 9.307, de 23 de setembro de 1996.” “Art. 507-B. É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria. Parágrafo único. O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridas mensalmente e dele constará a quitação anual dada pelo empregado, com eficácia liberatória das parcelas nele especificadas.” 3 - PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO. Américo Plá Rodriguez – Princípio da proteção, da irrenunciabilidade de direitos, da continuidade da relação de emprego, da primazia da realidade, da razoabilidade e da boa-fé. Analisar os princípios, inclusive da garantia do não retrocesso prevista no art. 7º da C.F à luz da Lei n. 13.467/17. 3.1 – Princípio da Proteção – superioridade jurídica ao hipossuficiente para compensar a inferioridade econômica. (dispensada por lei). 3.1.1 – in dubio pro operário – na dúvida aplica-se a regra mais favorável ao empregado. 3.1.2 – da aplicação da norma mais favorável ao trabalhador – art. 7º da CF – ... além de outros que visem à melhoria de sua condição social. 3.1.2.1 – a elaboração da norma mais favorável – novas leis devem dispor de forma mais benéfica ao trabalhador. 3.1.2.2 – a hierarquia das normas jurídicas – havendo várias normas a serem aplicadas numa escala hierárquica deve observar a mais favorável ao trabalhador. 3.1.2.3 – a interpretação da norma mais favorável – havendo várias normas a observar deve aplicar a mais benéfica ao trabalhador. 3.1.3 – da aplicação da condição mais benéfica ao trabalhador – vantagens já conquistadas que são mais benéficas não podem ser modificadas. Direito adquirido art. 5º, XXXVI, da CF. (a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada) (aprendiz – salário hora salvo condição melhor – art. 428, § 2º, da CLT - § 2º Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora.) – Súmula n. 51/TST NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro Súmula n. 288/TST: COMPLEMENTAÇÃO DOS PROVENTOS DA APOSENTADORIA (nova redação para o item I e acrescidos os itens III e IV em decorrência do julgamento do processo TST-E-ED-RR-235-20.2010.5.20.0006 pelo Tribunal Pleno em 12.04.2016) - Res. 207/2016, DEJT divulgado em 18, 19 e 20.04.2016 I - A complementação dos proventos de aposentadoria, instituída, regulamentada e paga diretamente pelo empregador, sem vínculo com as entidades de previdência privada fechada, é regida pelas normas em vigor na data de admissão do empregado, ressalvadas as alterações que forem mais benéficas (art. 468 da CLT). II - Na hipótese de coexistência de dois regulamentos de planos de previdência complementar, instituídos pelo empregador ou por entidade de previdência privada, a opção do beneficiário por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do outro. III – Após a entrada em vigor das Leis Complementares nº s 108 e 109, de 29/05/2001, reger-se-á a complementação dos proventos de aposentadoria pelas normas vigentes na data da implementação dos requisitos para obtenção do benefício, ressalvados o direito adquirido do participante que anteriormente implementara os requisitos para o benefício e o direito acumulado do empregado que até então não preenchera tais requisitos. IV – O entendimento da primeira parte do item III aplica-se aos processos em curso no Tribunal Superior do Trabalho em que, em 12/04/2016, ainda não haja sido proferida decisão de mérito por suas Turmas e Seções. 3.2 - Princípio da Irrenunciabilidade de Direitos – em regra os direitos trabalhistas são irrenunciáveis (férias, aviso prévio, etc.,). CLT Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. Súmula n. 276/TST “O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de seu cumprimento não exime o empregador de pagar o valor respectivo, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego”.. 3.3 – Princípio da Primazia da Realidade – Fatos são mais importantes do que documentos. (contrato tipo realidade). OJ n. 233 da SDI-I do TST “A decisão que defere horas extras com base em prova oral ou documental não ficará limitada ao tempo por ela abrangido, desde que o julgador fique convencido de que o procedimento questionado superou aquele período”. 3.4 – Princípio da Continuidade da Relação – Presume-se que o contrato de trabalho é por tempo indeterminado. Súmula n. 212/TST “O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviços e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado”. 4 - FONTES DO DIREITO DO TRABALHO – vários sentidos – sentido de direito objetivo, logo, fonte é a origem do direito, é o modo pelo qual a norma jurídica se constitui e se apresenta a sociedade. Fontes do Direito do Trabalho - Processos de elaboração das normas trabalhistas, ou seja, os meios pelos quais elas se originam. As fontes podem ser: a) heterônomas - imposta por agente externo. Ex. CF, Leis, decretos etc. b) autônomas – elaboradas pelos interessados. Ex. CCT, ACT, contrato de trabalho. Quanto à origem: a) – Estatais – proveniente do Estado. Ex. CF, Leis. b) – extra- estatais – emanadas dos grupos. Ex. contrato de trabalho, costume, CCT, ACT. c) - profissionais – trabalhadores e empregadores. Ex. CCT, ACT. Quanto à vontade das pessoas:a) – voluntárias – vontade das partes. Ex. CCT, ACT, contrato de trabalho. b) imperativas - Alheio a vontade das partes. Ex. CF. Leis, etc. Há fontes comuns a todos os ramos do direito – Constituição, Lei, etc. Há fontes peculiares do DT – CCT, ACT, regulamento de empresas, contrato de trabalho, sentença normativa. O art. 8º da CLT dispõe: “As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerias de direito, principalmente do direito do trabalho e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público”. Para alguns autores a analogia e a eqüidade não são fontes do DT, mas métodos de integração da norma jurídica, assim como o direito comparado. A Jurisprudência também não pode ser considerado como fonte de DT, por não ser obrigatória, exceto o art. 102, § 2º, da CF - As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações declaratórias de constitucionalidade, produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. A doutrina também não pode ser considerada como fonte, embora valioso o critério para a analise do direito. Sendo nesse contexto fontes apenas a Constituição, as leis, os decretos, os costumes, as sentenças normativas, os acordos, as convenções, o regulamento de empresa e os contratos de trabalho. Lei n. 13.467/17 “Art. 8 o ................................................................. § 1 o O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. § 2 o Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. § 3 o No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva.” (NR) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art104 4.1 - Fonte Material – São os fatos (sociais, históricos, econômicos, etc.), as necessidades de proteção (física, jurídica, econômica, etc.) e os movimentos que a sociedade empreende para que surja o direito. Ex. a gratificação natalina - Lei n. 4.090/62. Para alguns o estudo das fontes materiais não são de grande importância quanto às fontes formais, porquanto melhor ser estudada pela sociologia do direito. 4.2 - Fontes Formais – são as formas pelas quais o direito se apresenta, são os modos de revelação do direito para a sociedade. Ex. Lei 4.090/62 – gratificação natalina. 4.2.1 – Fontes Formais comuns a todos os ramos do Direito: A lei, o costume, o uso, a jurisprudência, a doutrina, a eqüidade, os princípios gerias do direito, analogia, o direito comparado. 4.2.2 – Fontes Formais Específicas (próprias) do DT: CCT, ACT, contrato individual do trabalho, a sentença normativa, o regulamento de empresa. 4.3 - Hierarquia das Fontes. No DT impera o princípio da norma mais favorável e mais benéfica para o trabalhador, exceto as proibitivas oriundas do estado (art. 623/CLT-Será nula de pleno direito disposição de Convenção ou Acordo que, direta ou indiretamente, contrarie proibição ou norma disciplinadora da política econômico-financeira do Governo ou concernente à política salarial vigente, não produzindo quaisquer efeitos perante autoridades e repartições públicas, inclusive para fins de revisão de preços e tarifas de mercadorias e serviços. que sempre preservarão sua preponderância, dado revestirem-se do imperium específico da entidade estatal. Teoria da acumulação (permite a fragmentação das normas aproveitando os fragmentos mais favoráveis), do conglobamento (aplica a norma por inteiro sem fragmentar) e do conglobamento mitigado (aplicam-se os institutos das normas – fragmenta apenas os institutos). 5 - INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS NORMAS DE DIREITO DO TRABALHO. (ART. 8º - CLT). FRAUDE À LEGISLAÇÃO TRABALHISTA. O art. 8º da CLT dispõe: As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. Lei n. 13.467/17 “Art. 8º ................................................................. § 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. § 2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. § 3º No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva.” (NR) Para alguns autores a analogia e a eqüidade não são fontes do DT, mas métodos de integração da norma jurídica, assim como o direito comparado. http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/sindicato.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/acordocoletivo.htm A Jurisprudência também não pode ser considerada como fonte de DT, por não ser obrigatória, exceto o art. 102, § 2º, da CF. A doutrina também não pode ser considerada como fonte, embora valioso critério para a analise do direito. 5.1 – Interpretação – decorre da analise da norma jurídica a ser aplicada ao caso concreto. 5.1.1- Formas de interpretação 5.1.1.1 – gramatical ou literal – sentido do texto gramatical 5.1.1.2 – lógica – conexão com vários textos legais interpretados. 5.1.1.3 – teleológica ou finalística – fim colimado pelo legislador. 5.1.1.4 – sistemática – conforme analise do sistema que está inserido. 5.1.1.5 – extensiva ou ampliativa – sentido mais amplo a norma. 5.1.1.6 – restritiva ou limitativa – sentido restrito, limitado. 5.1.1.7 – histórica – processo evolutivo, dos fatos, o pensamento do legislador, exposição de motivos, mensagens emendas. Etc. 5.1.1.8 – autentica – realizada pelo próprio órgão que editou a norma. 5.1.1.9 – sociológica – fins sociais da lei e bem comum. (art. 5º LINDB). 5.2 – Integração – integrar = completar. O intérprete fica autorizado a suprir as lacunas da norma jurídica por meio de técnicas jurídicas. Desdobra-se em: 5.2.1 – Auto-integração – preenchimento das lacunas da lei com recursos da própria fonte que se mostra incompleta (recursos do próprio direito do trabalho). Ex. digitador, art. 72/CLT. Súmula n. 346/TST 5.2.2 – Hetero-integração – fontes extralegais. a) analogia legal externa: recorre à norma de outro ramo do direito b) analogia jurídica externa: recorre a um princípio geral do direito. Faz-se também pela doutrina e jurisprudência não trabalhista. A eqüidade é também forma dehetero-integração – somente por autorização legal (parágrafo único do art. 140/CPC), Sérgio Pinto Martins – Amauri, não precisa de autorização legal, embora a lei reafirme. Possibilidade de suprir lacuna da lei, ou torná-la mais branda de maneira a moldá-la a realidade. Função retificadora das injustiças. Analogia – utilização de uma regra semelhante para o caso em exame. Pressupostos: a) - Caso não previsto em lei; b) - semelhança entre os casos, o não previsto em lei e o previsto e c) – semelhança fundamental e real e não simplesmente acidental entre ambos, aspecto comum central e não momentâneo, esporádico. Há duas espécies de Analogia: analogia legis, aplicação da lei, e a analogia juris, aplicação do princípio de direito. 6 - RELAÇÃO DE TRABALHO. RELAÇÃO DE EMPREGO. Relação de trabalho é gênero e relação de emprego espécie. Relação de emprego – característica = dependência=subordinação jurídica/hierárquica. Teorias: a) dependência econômica; b) dependência técnica; c) da subordinação jurídica/hierárquica e d) dependência social. Onde há relação de trabalho nem sempre existe relação de emprego. Entretanto, onde há relação de emprego, necessariamente a relação de trabalho. O DT só abrange a relação de emprego. 7 - SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO. 7.1 – Empregado – Conceito: art. 3º da CLT: “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário”. Requisitos: a) Pessoa Física: o empregado há que ser sempre pessoa física. b) Pessoalidade: intuitu personae com respeito ao prestador de serviço. c) Não eventualidade. A idéia de permanência tem dois sentidos: a) princípio da continuidade (incentivo à duração máxima dos contratos de trabalho); b) para que haja relação empregatícia é necessário que o trabalho prestado tenha caráter de permanência (ainda que por curto período determinado), não se qualificando como trabalho esporádico. A legislação trabalhista clássica não incide sobre o trabalho eventual, embora subordinado. O conceito de não eventualidade é controvertido. Teorias: c.1) da descontinuidade: eventual é o trabalho, descontinuo e interrupto, com relação ao tomador. Um trabalho que fracione no tempo, perdendo o caráter de fluidez temporal sistemática. Caráter fragmentado, disperso, com rupturas e espaçamentos temporais significativos em respeito ao tomador. Teoria afastada pela CLT quando usa a forma negativa (não eventual), pois a luz da CLT é empregado o sujeito que trabalha por vários meses ao mesmo tomador, embora trabalhando apenas nos finais de semana. (ao contrário do doméstico); c.2) do evento: eventual é o trabalhador admitido em virtude de um determinado fato, acontecimento ou evento, ensejador de certa obra ou serviço, restringindo o trabalho para o tomador à duração do evento esporádico ocorrido.(acontecimento incerto, casual, fortuito); c.3) dos fins do empreendimentos (ou fins da empresa): formulação teórica mais prestigiada, eventual é o trabalhador chamado a realizar tarefa não inserida nos fins normais da empresa, que, por essa razão, serão esporádicas e de estreita duração; c.4) – Teoria da fixação jurídica do tomador dos serviços: eventual é o trabalhador que não se fixa a uma fonte de trabalho, enquanto que empregado é o trabalhador que se fixa numa fonte de trabalho. Amauri: “Eventual é o trabalhador que, embora exercitando continuamente e em caráter profissional, o é para vários destinatários que variam no tempo, de tal modo que se torna impossível à fixação jurídica do trabalhador a qualquer um deles”. O art. 4º da CLT estabelece que: “Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada”. Serviço de natureza não eventual significa serviço contínuo, constante, regular e que deverá corresponder as necessidades normais da atividade da empresa. Lei n. 13.467/17 “Art. 4º ................................................................ § 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho. § 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: I - práticas religiosas; II - descanso; III - lazer; IV - estudo; http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/tempo_contrib_aposent.htm V - alimentação; VI - atividades de relacionamento social; VII - higiene pessoal; VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.” (NR) d) Remuneração (onerosidade): relação de trabalho tem essencial fundo econômico. Não há relação de emprego gratuita. O contrato de trabalho é bilateral, sinalagmático e oneroso por envolver um conjunto definido de prestações e contraprestações recíprocas entre as partes, economicamente mensuráveis. e) Subordinação (dependência): É o elemento principal para diferenciar relação de emprego de relação de trabalho (autônomo). Entende-se dependência como subordinação objetiva a qual o empregado se sujeita ao poder diretivo do empregador. A natureza jurídica de que deriva do contrato de trabalho é jurídica, ou seja, subordinação jurídica que é o polo reflexo do poder de direção empresarial. As teorias de dependência econômica, técnica, social já não são aceitas pela escola moderna. Lei n. 13.467/17 “Art. 456-A. Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta no meio ambiente laboral, sendo lícita a inclusão no uniforme de logomarcas da própria empresa ou de empresas parceiras e de outros itens de identificação relacionados à atividade desempenhada. Parágrafo único. A higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador, salvo nas hipóteses em que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para a higienização das vestimentas de uso comum.” 7.2 – Empregador – art. 2º da CLT: Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria, e dirige prestação pessoal de serviços. Há uma corrente doutrinária que critica a definição supra ao argumento de que a empresa não tem personalidade jurídica e, portanto, não pode ser sujeito do contrato de trabalho. O verdadeiro empregador é a pessoa física ou jurídica proprietária da empresa. Todavia, por ficção jurídica, o empregador é a empresa. Os proprietários da empresa são empresários e não empregadores. A responsabilidade pelas obrigações trabalhistas é da empresa que responderá com seu patrimônio, salvo dolo ou culpa dos sócios. Pela teoria de desconsideração da personalidade jurídica, os bens dos sócios responderão pelas dívidas trabalhistas, facilidade do conceito celetista de empregador. A Lei n. 5.889/73 – art. 3º - conceito de empregador. A Lei n. 10.256/01 – consórcio de empregadores rurais. A Lei n. 8.036/90 – FGTS (art. 15, § 1º,). Enfim empregador é o ente, dotado ou não de personalidade jurídica, com ou sem fins lucrativos, que tiver empregado. É toda pessoa que contrata empregado. 7.2.1 Empregador por equiparação: Art. 2º, § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associaçõesrecreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. Ainda, são considerados empregadores os condomínios, as associações civis, os sindicatos, os clubes, a administração direta e indireta, as autarquias e as fundações, a massa falida, o espólio, etc., 7.2.2 – Poderes do Empregador – Poder disciplinar do empregador, podendo, resguardando certos limites, aplicar as penalidades de advertência, suspensão disciplinar (inferior a 30 dias art. 474/CLT) e dispensa por justa causa (art. 482/CLT). O atleta profissional é cabível a pena de multa. Princípios a serem observados: a) – da imediatidade – penalidade aplicada logo após o ato faltoso; b) – da proporcionalidade – pena proporcional a falta cometida; c) – da unicidade – para cada falta corresponderá apenas uma penalidade; d) – da não aplicabilidade de pena pecuniária – exceção atleta profissional. 7.3 - Empresa e Estabelecimento Vários são os conceitos: Délio Maranhão: Empresa é uma atividade econômica organizada e o estabelecimento a organização, instrumento de sua realização. Evaristo de Morais Filho: Considera-se empresa a unidade organizada que se destina a um objetivo econômico ou ideal, servindo- se de um ou vários estabelecimentos, organizados e vinculados entre si pelo mesmo empresário, pessoa natural ou jurídica. Em síntese- Estabelecimento é o local onde a empresa se instala (se estabelece) para alcançar seu objetivo. A empresa tem um ou vários estabelecimentos. (Ex. Bradesco é uma empresa que tem vários estabelecimentos (agências)). 7.4 - Grupo Econômico/Grupo de empresas – art. 2º, § 2º, da CLT: “Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial, ou qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e a cada uma das subordinadas”. Lei n. 13.467/17 “Art. 2º ................................................................ ..................................................................................... § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.” (NR) 7.5 - Solidariedade de Empresas. Pressupõe a existência de duas ou mais empresas. O art. 265/CC – solidariedade somente por previsão legal, in casu, art. 2º. § 2º, CLT. Teorias: a) Solidariedade passiva – entende que as empresas do grupo econômico não é um empregador único, pois existe apenas responsabilidade comum entre as empresas. Enfim, essa corrente que entende que as empresas do grupo têm que participar da relação jurídica para serem executadas (fase cognitiva – Súmula n. 205/TST já cancelada). Prof. Amauri Mascaro do Nascimento. b) Solidariedade ativa – entende que o empregador é um só (o grupo), sendo que o empregado que trabalha para uma empresa presta serviços para o grupo, razão pela qual não há necessidade de participar da relação jurídica para serem executadas. . Súmula n. 129/TST – “A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário”. 7.6 - Alteração na estrutura jurídica da empresa – Art. 10/CLT: “Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados”. Ex. transformação da sociedade limitada para sociedade anônima, ou empresa individual para sociedade ou vice versa. Transformação - passa de um tipo para outro, independentemente de dissolução e liquidação. Incorporação – uma ou mais sociedades é absorvida por outra (sucessora). Fusão – se unem duas ou mais sociedades para formar uma outra. Cisão – a companhia transfere parcelas de seu patrimônio para uma ou mais sociedades, extinguindo a cindida. Todas caracterizam sucessão de empresários. Lei n. 13.467/17 “Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: I - a empresa devedora; II - os sócios atuais; e III - os sócios retirantes. Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.” 7.7 - Sucessão de Empregadores – Art. 448/CLT: “A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados”. Lei n. 13.467/17 “Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.” A sucessão de empregadores ocorre quando a empresa ou parte dela (um dos estabelecimentos) muda de proprietários sem haver solução de continuidade em suas atividades. São causas: a compra e venda, fusão, transformação, cisão, incorporação, arrendamento, Etc. http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/agenda.htm Vale lembrar que o empregado está vinculado a empresa e não aos seus proprietários. A responsabilidade pelos débitos trabalhistas é da empresa sucessora, respondendo subsidiariamente a empresa sucedida, nos casos de fraude ou insuficiência de garantias. OJ n. 92 SDI-I-TST – “Desmembramento e municípios. Responsabilidade trabalhista. Em caso de criação de novo município por desmembramento, cada uma das novas entidades responsabiliza-se pelos direitos trabalhistas do empregado no período em que figurarem como real empregador”. OJ n. 225 SDI-I-TST – CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. RESPONSA-BILIDADE TRABALHISTA. Celebrado contrato de concessão de serviço público em que uma empresa (primeira concessionária) outorga a outra (segunda concessionária), no todo ou em parte, mediante arrendamento, ou qualquer outra forma contratual, a título transitório, bens de sua propriedade: I - em caso de rescisão do contrato de trabalho após a entrada em vigor da concessão, a segunda concessionária, na condição de sucessora, responde pelos direitos decorrentes do contrato de trabalho, sem prejuízo da responsabilidade subsidiária da primeira concessionária pelos débitos trabalhistas contraídos até a concessão; II - no tocante ao contrato de trabalho extinto antes da vigência da concessão, a responsabilidade pelos direitos dos trabalhadores será exclusivamente da antecessora. OJ n. 261 SDI-I-TST – Bancos. Sucessão trabalhista. As obrigações trabalhistas, inclusive contraídas à época em que os empregados trabalhavam para o banco sucedido, são de responsabilidade do sucessor, uma vez que a este foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e deveres contratuais, caracterizando típica sucessão trabalhista. 8 - TRABALHADOR AUTÔNOMO. AVULSOS. EVENTUAIS. TEMPORÁRIOS. TRABALHADORES INTELECTUAIS E ALTOS EMPREGADOS. ESTAGIÁRIOS. DOMÉSTICOS. EMPREGADO EM DOMICILIO. 8.1– Trabalhador Autônomo - Conceito – art. 12, inciso V, letra h, da Lei 8.212/91 – trabalhador autônomo é “a pessoa física que exerce por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não”. A falta de subordinação é o requisito básico para definir a autonomia, pois o trabalhador autônomo é o seu próprio chefe, não se submete a horários, trabalha em local próprio, tem o dever de cortesia, mas não de obediência. Ex. Advogado, dentista, etc. Há certa semelhança entre o representante comercial regido pela Lei 4.886/65 com as alterações decorrentes da Lei n. 8.420/92 com o vendedor, viajante ou pracista, empregado regido pela Lei n. 3.207/57, tais como zona fechada, entre outros. Lei n. 13.467/17 “Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º desta Consolidação.” 8.2 – Trabalhador eventual – Conceito – art. 12, Inciso V, lera g, da Lei n. 8.212./91 – trabalhador eventual: “aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego”. Figura que mais se aproxima da figura do empregado, pois, em via de regra, há pessoalidade, pessoa física, subordinação e onerosidade, faltando o quesito permanência (não eventualidade). Em linhas pretéritas já estudamos as teorias que caracterizam o trabalhador eventual, tais como, teoria do evento, da descontinuidade, fins do empreendimento (ou fins da empresa) e a teoria da fixação jurídica do tomador dos serviços. 8.2.1 – Cabo Eleitoral – a Lei n. 9.504/97, que estabelece normas para as eleições, preceitua no seu art. 100: “A contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas eleitorais não gera vínculo empregatício com o candidato ou partido contratantes”. 8.3 – Trabalhador Avulso – Conceito – art. 12, inciso VI, da Lei n. 8.212/91 – considera avulso: “que presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbano ou rural definidos no regulamento”. É a pessoa física que presta serviço sem vínculo empregatício a diversas pessoas, sendo sindicalizado ou não, com intermediação obrigatória do sindicato ou do Órgão Gestor de mão-de- obra. Trabalhador Avulso – Sindicato ou O.G.M.O. – tomador. A constituição estabeleceu no art. 7º, XXXIV, igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador Avulso. 8.4 – Trabalhador Temporário – Lei n. 6.019/74 com as alterações promovidas pela Lei n. 13.429/17 – Trabalhador temporário – Empresa de Trabalho Temporário – tomador (ou cliente) Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente.” (NR). É importante ressaltar que, para que a empresa possa contratar o trabalhador temporário, independente do período contratado, devem ser observados alguns requisitos, como o registro no Departamento Nacional de Mão de Obra do Ministério do Trabalho; a existência de contrato escrito entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço ou cliente, com os devidos motivos justificadores da contratação, bem como as modalidades de remuneração desta. Atividade fim – § 3º do art. 9. O Contrato de Trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços." (NR) Prazo máximo 180 dias consecutivos ou não, podendo ser prorrogado por mais 90 dias, consecutivos ou não (§§ 2º e 3º do art. 10 da Lei n. 13.429/17), direito enumerados na própria lei (art. 12 - deve ter sua carteira de trabalho assinada regularmente pela empresa de trabalho temporário, e tem direito à jornada de trabalho de no máximo até oito horas, pagamento de horas extras com 50% de acréscimo, descanso semanal remunerado, férias proporcionais, FGTS, adicional noturno, seguro contra acidente trabalho e 13º salário proporcional. Além disso, tem direito à remuneração equivalente a dos empregados da empresa na qual presta serviços). Reponsabilidade subsidiária da empresa tomadora § 7º do art. art. 10 da Lei n. 13.429/17 (§ 7 o A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.” (NR) ). Lei n. 13.467/17 Art. 2º A Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 4º-A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. ...........................................................................” (NR) “Art. 4º-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4º-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições: I - relativas a: a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios; b) direito de utilizar os serviços de transporte; c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado; http://www.guiatrabalhista.com.br/obras/contratosdetrabalho.htm http://brunomoraesba.jusbrasil.com.br/artigos/127882531/novas-regras-para-trabalhadores-temporarios?utm_campaign=newsletter&utm_medium=email&utm_source=newsletter http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm#art31 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm#art31 d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir. II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço. § 1º Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo. § 2º Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos empregados da contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.” “Art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal. ...........................................................................” (NR) “Art. 5º-C. Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4º-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados. “Art. 5º-D. O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado.” Responsabilidade solidária da empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço em caso de falência (art. 16 da Lei n. 6.019/74). 8.5 – Trabalhadores Intelectuais e altos empregados – Todos são iguais perante a Lei, art. 5º, da CF.O Art. 7º, XXXII, da CF estabelece: “proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre profissionais respectivos”. Por sua vez o parágrafo único do art. 3º da CLT estabelece: “Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e á condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico, e manual”. http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/vinculoempregaticio.htm 8.5.1 O empregado de confiança ou os altos empregados são aqueles superiores hierarquicamente aos demais empregados, percebem salários diferenciados. A legislação trabalhista brasileira fornece uma idéia de confiança progressivamente crescente que se distingue, segundo a doutrina em quatro graus: a) confiança genérica – presente em todos os contratos de trabalho, fidúcia mínima; b) confiança específica – pertinente aos bancários – art. 224/CLT; c) confiança estrita – a que trata o art. 499/CLT; d) confiança excepcional – na qual se enquadra o gerente – art. 62, II, da CLT. 8.5.2 – Diretor de Sociedade anônima – Não uniformidade sobre o tema quanto à relação jurídica. a) O diretor inicia sua atividade na sociedade depois de eleito por assembléia geral. Duas correntes: uma defende a inexistência de pacto laboral; outra defende a existência de vínculo empregatício porque subordinado ao Conselho de administração. b) O empregado eleito por assembléia geral diretor. Para uns o contrato de trabalho interrompe-se, para outros suspende-se, para outros há rescisão do pacto laboral e, finalmente, os que defendem que o contrato de trabalho continua em vigor, não havendo alteração na situação jurídica do empregado. Súmula n. 269/TST – “Diretor eleito – cômputo do período como tempo de serviço. O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço deste período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente a relação de emprego”. 8.6 – Estagiários – A Lei n. 11.788/08, dispõe sobre estágios de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. O estagio não cria vínculo empregatício se observados os requisitos da Lei, a teor do art. 3°. Porém, a inobservância de qualquer dos requisitos caracteriza-se como empregado. O estágio tem função pedagógica e não tem caráter econômico financeiro, porém nos estágios não obrigatório é compulsória a concessão de bolsa e auxílio-transporte. Pode ser obrigatório ou não obrigatório. Tem a exigência de estagiário estar matriculado em instituições de ensino compatível com a modalidade de estágio. É facultativa a inscrição do estagiário no Regime Geral da Previdência Social. 8.7 – Domésticos – A E.C. n. 72 alterou o parágrafo único do art. 7º, da CF - Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013) Lei A Lei Complementar nº 150/2015 revogou a Lei n. 5.859/72 Art. 1o Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481, de 12 de junho de 2008. Para caracterizar o empregado doméstico faz necessários a presença dos cinco requisitos caracterizadores da figura do empregado, pessoa física, pessoalidade (este com maior ênfase), onerosidade, subordinação e o caráter não-eventual. No que tange a esse último http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc72.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6481.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6481.htm duas correntes, a primeira não faz diferença do disposto no art. 1º, de natureza contínua do caráter não-eventual. A Segunda enfoca ao tema sob a ótica de que o legislador quis excluir a diarista (eventual) como doméstica, pela descontinuidade. A LC definiu que a prestação de serviço por mais de dois dias caracteriza vincula empregatício doméstico. Os outros elementos jurídicos especiais são aqueles emergentes do conceito legal (art. 1º), quais sejam: a) finalidade não lucrativa, não produzindo benefícios a terceiros, apenas à família, atividade de mero consumo e não produtiva; b) prestação laboral à pessoa ou família, não há possibilidade da pessoa jurídica ser tomadora de serviços domésticos. Há, pois certa pessoalidade em relação ao empregador doméstico; c) âmbito residencial de prestação laborativa, abrange não só a moradia da família, mas também as unidades estritamente familiares como a chácara de recreio, casa de veraneio, etc. A LC 150/15 também conhecida como a lei dos domésticos, além de instituir o Simples Doméstico - regime no qual o empregador recolherá em um único documento, as contribuições previdenciárias, o Imposto de Renda Retido na Fonte e o FGTS - alterou também o vencimento dos tributos atualmente incidentes sobre os salários pagos aos domésticos para o dia 7 de cada mês. Aspecto polêmico: Multa art. 477/CLT (art. 7, a, CLT não se aplica aos domésticos). 8.8 – Empregado em domicilio – Art. 6º/CLT – “Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego”. A Lei n. 12.551/11 inseriu o parágrafo único ao art. 6°, nos seguintes termos: Art. 6 o . Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. Art. 83/CLT – “É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerando este como o executado na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta de empregador que o remunere”. Lei n. 13.467/17 CAPÍTULO II-A DO TELETRABALHO ‘Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo.’ ‘Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.’ ‘Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. § 1º Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. § 2º Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinaçãodo empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual.’ ‘Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito. Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração do empregado.’ ‘Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo- se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador.’” http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/formas_remuneracao.htm 8.9 – Trabalho voluntário – Lei n. 9.608/98 – Não gera vínculo empregatício – atividade não remunerada. 8.10 Terceirização – Lei n. 6.01974 e alterações promovidas pela lei n. 13.429/17Ver § 3º do art. 9º da Lei n. 13.429/17. § 3 o O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços.” (NR) LEI Nº 13.429, DE 31 DE MARÇO DE 2017. Altera dispositivos da Lei n o 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que dispõe sobre o trabalho temporário nas empresas urbanas e dá outras providências; e dispõe sobre as relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 o Os arts. 1 o , 2 o , 4 o , 5 o , 6 o , 9 o , 10, o parágrafo único do art. 11 e o art. 12 da Lei n o 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º As relações de trabalho na empresa de trabalho temporário, na empresa de prestação de serviços e nas respectivas tomadoras de serviço e contratante regem- se por esta Lei.” (NR) “Art. 2º Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. § 1 o É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei. § 2 o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal.” (NR) “Art. 4º Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente.” (NR) “Art. 5º Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que celebra contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa definida no art. 4 o desta Lei.” (NR) “Art. 6º São requisitos para funcionamento e registro da empresa de trabalho temporário no Ministério do Trabalho: a) (revogada); b) (revogada); c) (revogada); d) (revogada); e) (revogada); f) (revogada); I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), do Ministério da Fazenda; http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.429-2017?OpenDocument http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art1. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art2. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art4. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art5. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art6. II - prova do competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenha sede; III - prova de possuir capital social de, no mínimo, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Parágrafo único. (Revogado).” (NR) “Art. 9º O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e conterá: I - qualificação das partes; II - motivo justificador da demanda de trabalho temporário; III - prazo da prestação de serviços; IV - valor da prestação de serviços; V - disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, independentemente do local de realização do trabalho. § 1 o É responsabilidade da empresa contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou em local por ela designado. § 2 o A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de trabalho temporário o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado. § 3 o O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços.” (NR) “Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário. § 1 o O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. § 2 o O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1 o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram. § 3 o (VETADO). § 4 o Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. § 5 o O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado nos §§ 1 o e 2 o deste artigo somente poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato temporário, após noventa dias do término do contrato anterior. § 6 o A contratação anterior ao prazo previsto no § 5 o deste artigo caracteriza vínculo empregatício com a tomadora. § 7 o A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.” (NR) “Art. 11. ....................................................................... Parágrafo único. (VETADO).” (NR) “Art. 12. (VETADO).” (NR) Art. 2 o A Lei n o 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 4 o -A, 4 o -B, 5 o -A, 5 o -B, 19-A, 19-B e 19-C: “Art. 4º-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos. § 1 o A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. § 2 o Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante.” http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art9. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art10. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm#art31 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm#art31http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art4a “Art. 4º-B. São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de serviços a terceiros: I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); II - registro na Junta Comercial; III - capital social compatível com o número de empregados, observando-se os seguintes parâmetros: a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ 10.000,00 (dez mil reais); b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais); c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais); d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais); e e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).” “Art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços determinados e específicos. § 1 o É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços. § 2 o Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes. § 3 o É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente convencionado em contrato. § 4 o A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado. § 5 o A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991.” “Art. 5º-B. O contrato de prestação de serviços conterá: I - qualificação das partes; II - especificação do serviço a ser prestado; III - prazo para realização do serviço, quando for o caso; IV - valor.” “Art. 19-A. O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita a empresa infratora ao pagamento de multa. Parágrafo único. A fiscalização, a autuação e o processo de imposição das multas reger-se-ão pelo Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943.” “Art. 19-B. O disposto nesta Lei não se aplica às empresas de vigilância e transporte de valores, permanecendo as respectivas relações de trabalho reguladas por legislação especial, e subsidiariamente pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n o 5.452, de 1 o de maio de 1943.” “Art. 19-C. Os contratos em vigência, se as partes assim acordarem, poderão ser adequados aos termos desta Lei.” Art. 3 o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 31 de março de 2017; 196 o da Independência e 129 o da República. Súmula n. 331/TST – alterada em razão da posição do STF em relação a fazenda pública. Administração Pública e suas implicações. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art4b http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art5a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm#art31 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm#art31 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art5b http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art19a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art19b http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art19c Súmula nº 331 do TST CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. Lei n. 13.467/17 Art. 2 o A Lei n o 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 4 o -A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. ...........................................................................” (NR) “Art. 4 o -C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4 o -A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições: I - relativas a: a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios; b) direito de utilizar os serviços de transporte; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado; d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir. II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço. § 1 o Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo. § 2 o Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos empregados da contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.” “Art. 5 o -A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal. ...........................................................................”(NR) “Art. 5 o -C. Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4 o -A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados. “Art. 5 o -D. O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado.” 8.11 – Estatutário – Regido pelo Direito Administrativo, inclusive empregados de Conselhos profissionais, segundo TST ( O STF reconheceu, na ADI 1717 de março/2003, a natureza autárquica dos conselhos profissionais, afastando a natureza jurídica de direito privado, em face da prestação de atividades típicas de Estado, e entendeu que esses conselhos devem observância ao inciso II do artigo 37 da Constituição, que exige a realização de concurso público para a admissão de pessoal, exceto OAB, pois o STF, na ADI - nº 3.026/DF, decidiu que a OAB é uma exceção, configurando como entidade "ímpar", "sui generis", sendo um serviço público independente, sem enquadramento nas categorias existentes em nosso ordenamento, muito menos integrante da Administração Indireta ou Descentralizada. A OAB, sob a visão do STF é uma entidade independente, cuja função é institucional de natureza constitucional. Em virtude de tal classificação, a OAB não se compara às demais autarquias profissionais, possuindo suas próprias regras, quais sejam, não se submetem à regra de realização de concurso público, sendo seu pessoal regido pela CLT) Empregado público regido pela CLT. Regime especial. Estabilidade ver Súmula 390/TST ver também OJ 247 da SBDI-I do TST. Sumula 390 - ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA. ADMINISTRA-ÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL. APLICABILIDA-DE. EMPREGADO DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 229 e 265 da SBDI-1 e da Orientação Jurisprudencial nº 22 da SB-DI-2) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-OJs nºs 265 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002 - e 22 da SBDI-2 - inserida em 20.09.00) II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-OJ nº 229 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) 8.12 – Atleta profissional – Lei n. 9.615/09 - § 4º do art. 28: Aplicam-se ao atleta profissional as normas gerais da legislação trabalhista e da Seguridade Social, ressalvadas as peculiaridades constantes desta Lei, especialmente as seguintes: (Redação dada pela Lei nº 12.395, de 2011). Direitos específicos: incisos I-VI do § 4º do art. 28: I - se conveniente à entidade de prática desportiva, a concentração não poderá ser superior a 3 (três) dias consecutivos por semana, desde que esteja programada qualquer partida, prova ou equivalente, amistosa ou oficial, devendo o atleta ficar à disposição do empregador por ocasião da realização de competição fora da localidade onde tenha sua sede; (Redação dada pela Lei nº 12.395, de 2011). II - o prazo de concentração poderá ser ampliado, independentemente de qualquer pagamento adicional, quando o atleta estiver à disposição da entidade de administração do desporto; (Redação dada pela Lei nº 12.395, de 2011). III - acréscimos remuneratórios em razão de períodos de concentração, viagens, pré- temporada e participação do atleta em partida, prova ou equivalente, conforme previsão contratual; (Redação dada pela Lei nº 12.395, de 2011). IV - repouso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro) horas ininterruptas, preferentemente em dia subsequente à participação do atleta na partida, prova ou equivalente, quando realizada no final de semana; (Redação dada pela Lei nº 12.395, de 2011). V - férias anuais remuneradas de 30 (trinta) dias, acrescidas do abono de férias, coincidentes com o recesso das atividades desportivas; (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011). VI - jornada de trabalho desportiva normal de 44 (quarenta e quatro) horas semanais. Clausula indenizatória e compensatória - Art. 28. A atividade do atleta profissional é caracterizada por remuneração pactuada em contrato especial de trabalho desportivo, firmado com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 entidade de prática desportiva, no qual deverá constar, obrigatoriamente: (Redação dada pela Lei nº 12.395, de 2011). I - cláusula indenizatória desportiva, devida exclusivamente à entidade de prática desportiva à qual está vinculado o atleta, nas seguintes hipóteses: (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011). a) transferência do atleta para outra entidade, nacional ou estrangeira, durante a vigência do contrato especial de trabalho desportivo; ou (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011). b) por ocasião do retorno do atleta às atividades profissionais em outra entidade de prática desportiva, no prazo de até 30 (trinta) meses; e (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011). II - cláusula compensatória desportiva, devida pela entidade de prática desportiva ao atleta, nas hipóteses dos incisos III a V do § 5o. (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011). § 1º O valor da cláusula indenizatória desportiva a que se refere o inciso I do caput deste artigo será livremente pactuado pelas partes e expressamente quantificado no instrumento contratual: Redação dada pela Lei nº 12.395, de 2011). I - até o limite máximo de 2.000 (duas mil) vezes o valor médio do salário contratual, para as transferências nacionais; e (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011). II - sem qualquer limitação, para as transferências internacionais . (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011). § 2º São solidariamente responsáveis pelo pagamento da cláusula indenizatória desportiva de que trata o inciso I do caput deste artigo o atleta e a nova entidade de prática desportiva empregadora. (Redação dada pela Lei nº 12.395, de 2011). § 3º O valor da cláusula compensatória desportiva a que se refere o inciso II do caput deste artigo será livremente pactuado entre as partes e formalizado no contrato especial de trabalho desportivo, observando-se, como limite máximo, 400 (quatrocentas) vezes o valor do salário mensal no momento da rescisão e, como limite mínimo, o valor total de salários mensais a que teria direito o atleta até o término do referido contrato. (Redação dada pela Lei nº 12.395, de 2011). Duração: Art. 30. O contrato de trabalho do atleta profissional terá prazo determinado, com vigência nunca inferior a três meses nem superior a cinco anos. Direito de Arena: Regulado pelo art. 42 da Lei n 9.615/09 com as alterações da Lei n. 12.395/11 - O direito de arena decorre da comercialização - pelas entidades desportivas - dos direitos de emissão, transmissão, retransmissão ou a reprodução de imagens de seus eventos, popularmente conhecidos como “direitos de televisão”. Refere-se à veiculação da imagem do atleta enquanto partícipe do espetáculo, nos jogos veiculados pela mídia televisivae tem natureza civil. Art. 42. Pertence às entidades de prática desportiva o direito de arena, consistente na prerrogativa exclusiva de negociar, autorizar ou proibir a captação, a fixação, a emissão, a transmissão, a retransmissão ou a reprodução de imagens, por qualquer meio ou processo, de espetáculo desportivo de que participem. (Redação dada pela Lei nº 12.395, de 2011). § 1º Salvo convenção coletiva de trabalho em contrário, 5% (cinco por cento) da receita proveniente da exploração de direitos desportivos audiovisuais serão repassados aos sindicatos de atletas profissionais, e estes distribuirão, em partes iguais, aos atletas profissionais participantes do espetáculo, como parcela de natureza civil. (Redação dada pela Lei nº 12.395, de 2011). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art1 Direito de imagem: A exposição individual do atleta profissional, esta é protegida e remunerada por meio do direito de imagem, consagrado de forma genérica no artigo 5º, V e X/ c/c o artigo 20/CC, e mais especificamente, para atletas profissionais, no artigo 87-A da Lei Pelé que lhe confere natureza civil. Art. 87-A. O direito ao uso da imagem do atleta pode ser por ele cedido ou explorado, mediante ajuste contratual de natureza civil e com fixação de direitos, deveres e condições inconfundíveis com o contrato especial de trabalho desportivo. (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011). Parágrafo único. Quando houver, por parte do atleta, a cessão de direitos ao uso de sua imagem para a entidade de prática desportiva detentora do contrato especial de trabalho desportivo, o valor correspondente ao uso da imagem não poderá ultrapassar 40% (quarenta por cento) da remuneração total paga ao atleta, composta pela soma do salário e dos valores pagos pelo direito ao uso da imagem. (Incluído pela Lei nº 13.155, de 2015) 9 - TRABALHADOR RURAL – Lei n. 5.889/73 – CF/88 equiparou o rurícula ao urbano. EC. N. 28 igualou a prescrição do rural ao urbano – art. 7º inciso XXIX, - O Art. 2º -“Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob dependência deste e mediante salário”. Os requisitos de definição do empregado rural são os mesmos do empregado urbano (art. 3º/CLT). Porém, possui dois aspectos especiais: a) Enquadramento rurícula do empregador, não importa, pois, o tipo de trabalho prestado pelo obreiro e muito menos os métodos e fins de seu trabalho. o que importa são as circunstâncias de o trabalhador vincular-se a um empregador rural (uma fazenda de café), laborando no respectivo espaço rural ou prédio rústico. Assim, o administrador, o digitador, o almoxarife, serão considerados empregados rurais, exceto dos de categorias diferenciadas. A OJ n. 38-SDI-I do TST firmou entendimento de que as empresas de florestamento e reflorestamento, embora sejam enquadradas jurídica e administrativamente como empresas urbanas, seus empregados são considerados como rurícula. B) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12395.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13155.htm#art38 imóvel rural ou Prédio rústico – segundo elemento especial do empregado rural é o local de sua prestação de serviços. Imóvel rural não encerra muitas dúvidas. Quanto ao prédio rústico é utilizado para permitir o enquadramento como rurícula daqueles trabalhadores que efetivamente exerçam atividades agropastoris para empregadores eu explorem atividades eminentemente campestres, porém em local urbano. Assim, será rurícula o lavrador que cultiva horta no centro de São Paulo. O art. 3º, da Lei n. 5.889/73 conceitua a figura de empregador rural que certamente caracterizará o empregado rural: Empregador rural é “a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados’. O art. 2° e seus §§, do Decreto n. 73.626/74, estatui sobre a atividade econômica a exploração industrial em estabelecimento agrário, considerando como tal o beneficiamento, a primeira modificação e o preparo dos produtos agropecuários e hortigranjeiros e das matérias-primas de origem animal ou vegetal para posterior venda ou industrialização. Ainda estabelece que não será considerada indústria rural aquela, que, operando a primeira transformação do produto agrário, altere a sua natureza, retirando-lhe a condição de matéria prima. Horário Noturno: Lavoura, das 21 horas às 05 horas do dia seguinte. Pecuária: das 20 horas às 04 horas do dia seguinte. Adicional de 25%. Hora noturna de 60 minutos. Vedado o trabalho noturno ao menor de 18 anos (art. 7º). Salário in natura 20% por ocupação de moradia e 25% por alimentação sadia e farta atendidos os preços da região (art. 9º, a, b). Tem prazo de 30 dias para desocupar a casa que reside na rescisão (art. 9º,§ 3º). Intervalo intrajornada conforme os costumes da região. Interjornada de 11 horas (igual a regra geral art. 66/CLT). Trabalho intermitente, necessidade de anotação na CTPS, para que o período de intervalo não seja computado na jornada diária de trabalho. Contrato por safra – Lei n. 5.889/73 - Art. 14. Expirado normalmente o contrato, a empresa pagará ao safrista, a título de indenização do tempo de serviço, importância correspondente a 1/12 (um doze avos) do salário mensal, por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. Parágrafo único. Considera-se contrato de safra o que tenha sua duração dependente de variações estacionais da atividade agrária. Consorcio de Empregadores rurais: Lei n. 10.256/01 "Art. 14A. Equipara- se ao empregador rural pessoa física o consórcio simplificado de produtores rurais, formado pela união de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento registrado em cartório de títulos e documentos. § 1º O documento de que trata o caput deverá conter a identificação de cada produtor, seu endereço pessoal e o de sua propriedade rural, bem como o respectivo registro no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA ou informações relativas a parceria, arrendamento ou equivalente e a matrícula no Instituto Nacional do Seguro Social - INSS de cada um dos produtores rurais. § 2º O consórcio deverá ser matriculado no INSS em nome do empregador a quem hajam sido outorgados os poderes, na forma do regulamento. § 3º Os produtores rurais integrantes do consórcio de que trata o caput serão responsáveis solidários em relação às obrigações previdenciárias". A Medida Provisória n. 410/07 introduziu o art. 14-A no texto da Lei n. 5.889/73 estabelecendo o contrato rural por pequeno prazo, sendo que se passarde dois meses dentro do período de um ano torna-se pó prazo indeterminado. Obrigatoriedade de inscrição no INSS, porém desobriga o registro na CTPS. 10 - CONTRATO DE TRABALHO. 10.1 – Conceito – Sérgio Pinto Martins: “Contrato de Trabalho é o negocio jurídico entre uma pessoa física (empregado) e uma pessoa física ou jurídica (empregador) sobre condições de trabalho”. 10.2 – Definição legal – Art. 442, caput, da CLT “Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego”. Lei n. 13.467/17 “Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º desta Consolidação.” 10.3 – Denominação – Divergência: a) contrato individual de trabalho – CLT – Título IV; b) contrato de emprego – denominação defendida por José Martins Catharino; c) contrato de trabalho – denominação usada popularmente (relação de emprego). 10.4 – Características do Contrato Individual de Trabalho a) – contrato de direito privado – em razão da igualdade jurídica dos contratantes e da natureza essencialmente privada das partes contratantes, pelos interesses envolvidos e pela relação jurídica. b) – consensual – a celebração do pacto laboral depende do simples consentimento, tácito ou expresso, da vontade das partes. c) – bilateral - envolve o empregado e empregador. d) – oneroso – envolve pagamento de salário. e) – sinalagmático – reciprocidade de obrigações entre as partes. f) – comutativo – em face das obrigações das partes serem certas, equivalentes e bem definidas. g) – pessoalidade – em relação ao empregado o contrato e celebrado de forma pessoal (intuito personae). h) - subordinação – jurídica hierárquica, característica diferenciadora desse tipo de contrato. i) – sucessividade (continuidade)– regra geral, o contrato de trabalho é feito para durar no tempo, ou seja, mesmo havendo cumprimento das obrigações por parte dos sujeitos do contrato, nem por isso ele se finda. (contratos dos contratos). j) – alteridade – o empregado presta serviços por conta alheia. Pode participar dos lucros porém, jamais dos prejuízos. 10.5 – Natureza jurídica – Existem várias teorias dentre elas: a) – Teoria contratualista - Art. 444/CLT – As relações contratuais de trabalho, podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção do trabalho, aos contratos coletivos (atualmente CCT e ACT) que lhe sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes”. Pelo artigo em comento a legislação pátria considera a relação entre empregado e empregador um contrato. b) – Teoria anticontratualista – Também denominada institucionalista ou estatutarista, defendem que há simples inserção do trabalhador na empresa e negam o caráter contratual da relação de emprego, entendendo que as cláusulas do contrato individual do trabalho são impostas pela Lei, tolhendo a autonomia da vontade das partes. c) – Teoria mista – junção das duas corrente anteriores: admite a autonomia da vontade das partes, associada a consciência do empregado de integração na empresa. Justificam com base no art. 442, caput, da CLT: “Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente a relação de emprego”. 10.6 – Classificação – Pode ser classificado de várias formas: Quanto a jornada: a) tempo total, 8 horas/dia = 44 horas/semanais (art. 58/CLT, 7º, XIII, CF); b) tempo parcial, 4 ou 5 horas/dia =máximo 25 horas/semana (art. 58-A/CLT). Quanto a manifestação da vontade: expresso ou tácito. Quanto a duração: a) prazo determinado; b) prazo indeterminado. 10.7 – Requisitos para validade – os elementos jurídicos-formais do contrato individual do trabalho são aqueles enumerados pela legislação civil: capacidade das partes, licitude do objeto, forma prescrita ou não vedada por lei. Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. 10.7.1 – ELEMENTOS ESSENCIAIS a) Capacidade das partes – No Direito do Trabalho, a capacidade plena é atingida aos 18 anos de idade. Dos 16 aos 18 anos, relativamente capaz, devendo estar assistido pelo pai ou responsável legal e o menor de 16 anos absolutamente incapaz de realizar contrato de trabalho (representação), exceto o menor aprendiz (art. 7º, XXXIII, da CF). CCB, art. 5º, parágrafo único, V, que a capacidade relativa (16 a 18 anos) cessará pela existência de relação de emprego, desde que, em função dela, o maior de 16 anos completos e menor de 18 tenha economia própria. b) Licitude – O objeto do contrato tem que ser lícito, ou seja, de acordo com a Lei. Há que se distinguir ilicitude de irregularidade do trabalho. Ilícito é o trabalho que concorre com um tipo legal penal ou concorre diretamente para ele. Ex. jogo de bicho OJ n. 199-SDI- I/TST. JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO ILÍCITO (título alterado e inserido dispositivo) - DEJT divulgado em 16, 17 e 18.11.2010 É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico. Irregular é o trabalho que se realiza em desrespeito a norma imperativa. Trabalho proibido. Ex. Súmula n. 363/TST - CONTRATO NULO. EFEITOS. A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. Outro aspecto que há que se considerar é se o empregado tinha ou não conhecimento da atividade ilícita, fator preponderante nos reflexos do respectivo contrato de trabalho. c) Forma Regular ou não proibida – A forma do negocio jurídico contrato de trabalho é livre. Art. 443/CLT: “O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado”. Alguns tipos de contrato de trabalho, a lei exige forma escrita. Ex. atleta profissional, artista, aprendizagem, etc. Lei n. 13.467/17 “Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. .................................................................................... § 3º Considera-se como intermitente o Contrato de Trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.” (NR) http://www.guiatrabalhista.com.br/obras/contratosdetrabalho.htm 10.7.2 – ELEMENTOS ACIDENTAIS – Condição e Termo. Condição – Art. 121/CCB “Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negocio jurídico a evento futuro e incerto”. Pode ser: suspensiva ou resolutiva (arts. 127, 127 e 128/CCB) Termo – é a cláusula acessória do contrato de trabalho que subordina o seu efeito a evento futuro e certo. Pode ser inicial ou final (arts. 131 a 135/CCB). No contrato de trabalho a condição suspensiva e o termo inicial praticamente não existem campo de incidência, em face de ambos dilatarem o início de eficácia do contrato de trabalho. A condição resolutivaou do termo final no contrato de trabalho serve para distinguir o contrato por prazo determinado do contrato por prazo indeterminado. Ex. Contrato de trabalho por prazo determinado de 45 dias, tem seu termo final certo. O contrato de trabalho por obra certa ou serviço certo, ou de safra, tem seu termo final incerto, ou seja, condição resolutiva. 10.8 – Conteúdo – O objeto do contrato de trabalho é a prestação de serviço subordinado, não eventual do empregado ao empregador, mediante pagamento de salário. 10.9 – Prova – 10.9.1 – CTPS – Melhor meio de prova. A CLT no Título II, Capítulo I, trata da identificação profissional. Realizado contrato de trabalho, a lei exige certas formalidades como registro do empregado e anotação na CTPS, que são o melhor meio de prova. Art. 40 - As Carteiras de Trabalho e Previdência Social regularmente emitidas e anotadas servirão de prova nos atos em que sejam exigidas carteiras de identidade e especialmente: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) I - Nos casos de dissídio na Justiça do Trabalho entre a empresa e o empregado por motivo de salário, férias ou tempo de serviço; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) II - Perante a Previdência Social, para o efeito de declaração de dependentes; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) III - Para cálculo de indenização por acidente do trabalho ou moléstia profissional. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967). Art. 456 - A prova do contrato individual do trabalho será feita pelas anotações constantes da Carteira de Trabalho e Previdência Social ou por instrumento escrito e suprida por todos os meios permitidos em direito. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 926, de 10.10.1969) Parágrafo único - À falta de prova ou inexistindo cláusula expressa a tal respeito, entender-se-á que o empregado se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com a sua condição pessoal. Todavia, deve-se atentar pelas anotações feitas na CTPS. Súmula n. 12/TST - “Carteira profissional – Valor das anotações. As anotações apostas pelo empregador na Carteira Profissional do Empregado não geram presunção juris et de jure, mas apenas juris tantum”. Súmula 225/STF – “Carteira Profissional – Valor probatório. Não é absoluto o valor probatório das anotações da carteira profissional”. Lei n. 13.467/17 “Art. 456-A. Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta no meio ambiente laboral, sendo lícita a inclusão no uniforme de logomarcas da própria empresa ou de empresas parceiras e de outros itens de identificação relacionados à atividade desempenhada. Parágrafo único. A higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador, salvo nas hipóteses em que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para a higienização das vestimentas de uso comum.” 10.9.2 – Obrigatoriedade – Para o exercício de qualquer emprego é obrigatória a CTPS. Art. 13 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada. 10.9.3 – Emissão – Ministério do Trabalho e Emprego, DRTs, mediante convênios, mediante apresentação de certos documento. Arts. 14 a 21 da CLT. Art. 14 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será emitida pelas Delegacias Regionais do Trabalho ou, mediante convênio, pelos órgãos federais, estaduais e municipais da administração direta ou indireta. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 926, de 10.10.1969) Parágrafo único - Inexistindo convênio com os órgãos indicados ou na inexistência destes, poderá ser admitido convênio com sindicatos para o mesmo fim. (Redação dada pela Lei nº 5.686, de 3.8.1971) Art. 15 - Para obtenção da Carteira de Trabalho e Previdência Social o interessado comparecerá pessoalmente ao órgão emitente, onde será identificado e prestará as declarações necessárias. (Redação dada pelo Decreto-lei n. 926, de 10.10.1969) Art. 16. A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), além do número, série, data de emissão e folhas destinadas às anotações pertinentes ao contrato de trabalho e as de interesse da Previdência Social, conterá: (Redação dada pela Lei n. 8.260, de 12.12.1991) I - fotografia, de frente, modelo 3 X 4; (Redação dada pela Lei n. 8.260, de 12.12.1991) II - nome, filiação, data e lugar de nascimento e assinatura;(Redação dada pela Lei n. 8.260, de 12.12.1991) III - nome, idade e estado civil dos dependentes; (Redação dada pela Lei n. 8.260, de 12.12.1991) IV - número do documento de naturalização ou data da chegada ao Brasil, e demais elementos constantes da identidade de estrangeiro, quando for o caso;(Redação dada pela Lei n. 8.260, de 12.12.1991) Parágrafo único - A Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS será fornecida mediante a apresentação de: (redação dada pela Lei n. 8.260, de 12.12.1991) a) duas fotografias com as características mencionadas no inciso I; (Redação dada pela Lei n. 8.260, de 12.12.1991) b) qualquer documento oficial de identificação pessoal do interessado, no qual possam ser colhidos dados referentes ao nome completo, filiação, data e lugar de nascimento. (Redação dada pela Lei n. 8.260, de 12.12.1991) Art. 17 - Na impossibilidade de apresentação, pelo interessado, de documento idôneo que o qualifique, a Carteira de Trabalho e Previdência Social será fornecida com base em declarações verbais confirmadas por 2 (duas) testemunhas, lavrando-se, na primeira folha de anotações gerais da carteira, termo assinado pelas mesmas testemunhas. (Redação dada pelo Decreto-lei n. 926, de 10.10.1969) § 1º - Tratando-se de menor de 18 (dezoito) anos, as declarações previstas neste artigo serão prestadas por seu responsável legal. (Redação dada pelo Decreto-lei n. 926, de 10.10.1969) § 2º - Se o interessado não souber ou não puder assinar sua carteira, ela será fornecida mediante impressão digital ou assinatura a rogo. (Redação dada pelo Decreto-lei n. 926, de 10.10.1969) Arts. 18 e 19 - (Revogados pela Lei n. 7.855, de 24.10.1989) Art. 20 - As anotações relativas a alteração do estado civil e aos dependentes do portador da Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e somente em sua falta, por qualquer dos órgãos emitentes. (Redação dada pelo Decreto-lei n. 926, de 10.10.1969) Art. 21 - Em caso de imprestabilidade ou esgotamento do espaço destinado a registros e anotações, o interessado deverá obter outra carteira, conservando-se o número e a série da anterior. (Redação dada pela Lei n. 5.686, de 3.8.1971) 10.9.4 – Apresentação e anotação – mediante recibo ao empregador e vice e versa. O empregador tem 48 horas para anotar a CTPS. Art. 29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. (Redação dada pela Lei n. 7.855, de 24.10.1989) § 1º - As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. (Redação dada pela Lei n. 7.855, de 24.10.1989) § 2º - As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas: (Redação dada pela Lei n. 7.855, de 24.10.1989) a) na data-base; (Redação dada pela Lei n. 7.855, de 24.10.1989) b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador; (Redação dada pela Lei n. 7.855,de 24.10.1989) c) no caso de rescisão contratual; ou (Redação dada pela Lei n. 7.855, de 24.10.1989) d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social. (Redação dada pela Lei n. 7.855, de 24.10.1989) § 3º - A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação. (Parágrafo incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967 e alterado pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) § 4º É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.270, de 29.8.2001) § 5º O descumprimento do disposto no § 4o deste artigo submeterá o empregador ao pagamento de multa prevista no art. 52 deste Capítulo.(Parágrafo incluído pela Lei nº 10.270, de 29.8.2001) Art. 30 - Os acidentes do trabalho serão obrigatoriamente anotados pelo Instituto Nacional de Previdência Social na carteira do acidentado. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 926, de 10.10.1969) Art. 31 - Aos portadores de Carteiras de Trabalho e Previdência Social assegurado o direito de as apresentar aos órgãos autorizados, para o fim de ser anotado o que for cabível, não podendo ser recusada a solicitação, nem cobrado emolumento não previsto em lei. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Art. 32 - As anotações relativas a alterações no estado civil dos portadores de Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas mediante prova documental. As declarações referentes aos dependentes serão registradas nas fichas respectivas, pelo funcionário encarregado da identificação profissional, a pedido do próprio declarante, que as assinará. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Parágrafo único. As Delegacias Regionais e os órgãos autorizados deverão comunicação ao Departamento Nacional de Mão-de-Obra todas as alterações que anotarem nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Art. 33 - As Anotações nas fichas de declaração e nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social serão feitas seguramente sem abreviaturas, ressalvando-se no fim de cada assentamento as emendas. Entrelinhas quaisquer circunstâncias que possam ocasionar dúvidas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Art. 34 - Tratando-se de serviço de profissionais de qualquer atividade, exercido por empreitada individual ou coletiva, com ou sem fiscalização da outra parte contratante, a carteira será anotada pelo respectivo sindicato profissional ou pelo representante legal de sua cooperativa. 10.9.5 - Recusa das anotações, retenção ou devolução – Reclamação administrativa – Na recusa poderá comparecer na DRT ou órgão autorizado e apresentar reclamação. Art. 36 - Recusando-se a empresa fazer às anotações a que se refere o art. 29 ou a devolver a Carteira de Trabalho e Previdência Social recebida, poderá o empregado comparecer, pessoalmente ou intermédio de seu sindicato perante a Delegacia Regional ou órgão autorizado, para apresentar reclamação. (Redação dada pelo Decreto- lei nº 229, de 28.2.1967) Art. 37 - No caso do art. 36, lavrado o termo de reclamação, determinar-se-á a realizarão de diligência para instrução do feito, observado, se for o caso o disposto no § 2º do art. 29, notificando-se posteriormente o reclamado por carta registrada, caso persista a recusa, para que, em dia e hora previamente designados, venha prestar esclarecimentos ou efetuar as devidas anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social ou sua entrega. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Parágrafo único. Não comparecendo o reclamado, lavrar-se-á termo de ausência, sendo considerado revel e confesso sobre os termos da reclamação feita, devendo as anotações serem efetuadas por despacho da autoridade que tenha processado a reclamação. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Art. 38 - Comparecendo o empregador e recusando-se a fazer as anotações reclamadas, será lavrado um termo de comparecimento, que deverá conter, entre outras indicações, o lugar, o dia e hora de sua lavratura, o nome e a residência do empregador, assegurando-se- lhe o prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a contar do termo, para apresentar defesa. Parágrafo único - Findo o prazo para a defesa, subirá o processo à autoridade administrativa de primeira instância, para se ordenarem diligências, que completem a instrução do feito, ou para julgamento, se o caso estiver suficientemente esclarecido. Art. 39 - Verificando-se que as alegações feitas pelo reclamado versam sobre a não existência de relação de emprego ou sendo impossível verificar essa condição pelos meios administrativos, será o processo encaminhado a Justiça do Trabalho ficando, nesse caso, sobrestado o julgamento do auto de infração que houver sido lavrado. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) § 1º - Se não houver acordo, a Junta de Conciliação e Julgamento, em sua sentença ordenará que a Secretaria efetue as devidas anotações uma vez transitada em julgado, e faça a comunicação à autoridade competente para o fim de aplicar a multa cabível. (Parágrafo incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) § 2º - Igual procedimento observar-se-á no caso de processo trabalhista de qualquer natureza, quando for verificada a falta de anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social, devendo o Juiz, nesta hipótese, mandar proceder, desde logo, àquelas sobre as quais não houver controvérsia. (Parágrafo incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) A CTPS é documento pessoal e não poderá ser retida pelo empregador por mais de 5 dias, sob pena de multa e prisão simples de 3 meses a 1 ano do infrator (Lei n. 5.553/68). 10.9.6 – Registro do empregado – Admitido o empregado além de anotar a CTPS o empregador é obrigado a proceder o registro do empregado em ficha ou livro. Art. 41 - Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) Parágrafo único - Além da qualificação civil ou profissional de cada trabalhador, deverão ser anotados todos os dados relativos à sua admissão no emprego, duração e efetividade do trabalho, a férias, acidentes e demais circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) Art. 47 - A empresa que mantiver empregado não registrado nos termos do art. 41 e seu parágrafo único, incorrerá na multa de valor igual a 1 (um) salário-mínimo regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Parágrafo único. As demais infrações referentes ao registro de empregados sujeitarão a empresa à multa de valor igual à metade do salário-mínimo regional, dobrada na reincidência. (Parágrafo incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Art. 48 - As multas previstas nesta Seção serão aplicadas pelas Delegacias Regionais do Trabalho. Lei n. 13.467/17 “Art. 47. O empregador que mantiver empregado não registrado nos termos do art. 41 desta Consolidação ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência. § 1º Especificamente quanto à infração a que se refere o caput deste artigo, o valor final da multa aplicada será de R$ 800,00 (oitocentos reais) por empregado não registrado, quando se tratar de microempresa ou empresa de pequeno porte. § 2º A infração deque trata o caput deste artigo constitui exceção ao critério da dupla visita.” (NR) “Art. 47-A. Na hipótese de não serem informados os dados a que se refere o parágrafo único do art. 41 desta Consolidação, o empregador ficará sujeito à multa de R$ 600,00 (seiscentos reais) por empregado prejudicado.” Das Penalidades Art. 49 - Para os efeitos da emissão, substituição ou anotação de Carteiras de Trabalho e Previdência Social, considerar-se-á, crime de falsidade, com as penalidades previstas no art. 299 do Código Penal: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) I - Fazer, no todo ou em parte, qualquer documento falso ou alterar o verdadeiro; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) II - Afirmar falsamente a sua própria identidade, filiação, lugar de nascimento, residência, profissão ou estado civil e beneficiários, ou atestar os de outra pessoa; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) III - Servir-se de documentos, por qualquer forma falsificados; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) IV - falsificar, fabricando ou alterando, ou vender, usar ou possuir Carteira de Trabalho e Previdência Social assim alteradas; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) V - Anotar dolosamente em Carteira de Trabalho e Previdência Social ou registro de empregado, ou confessar ou declarar em juízo ou fora dele, data de admissão em emprego diversa da verdadeira. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Art. 50 - Comprovando-se falsidade, quer nas declarações para emissão de Carteira de Trabalho e Previdência Social, quer nas respectivas anotações, o fato será levado ao conhecimento da autoridade que houver emitido a carteira, para fins de direito. Art. 51 - Incorrerá em multa de valor igual a 3 (três) vezes o salário- mínimo regional aquele que, comerciante ou não, vender ou expuser à venda qualquer tipo de carteira igual ou semelhante ao tipo oficialmente adotado. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Art. 52 - O extravio ou inutilização da Carteira de Trabalho e Previdência Social por culpa da empresa sujeitará esta à multa de valor igual á metade do salário mínimo regional. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 926, de 10.10.1969) Art. 53 - A empresa que receber Carteira de Trabalho e Previdência Social para anotar e a retiver por mais de 48 (quarenta e oito) horas ficará sujeita à multa de valor igual à metade do salário-mínimo regional. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Art. 54 - A empresa que, tendo sido intimada, não comparecer para anotar a Carteira de Trabalho e Previdência Social de seu empregado, ou cujas alegações para recusa tenham sido julgadas improcedentes, ficará sujeita à multa de valor igual a 1 (um) salário-mínimo regional. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Art. 55 - Incorrerá na multa de valor igual a 1 (um) salário-mínimo regional a empresa que infringir o art. 13 e seus parágrafos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Art. 56 - O sindicato que cobrar remuneração pela entrega de Carteira de Trabalho e Previdência Social ficará sujeito à multa de valor igual a 3 (três) vezes a salário-mínimo regional. (Redação dada pelo Decreto- lei nº 229, de 28.2.1967) Lei n. 13.467/17 “Art. 634. ............................................................. § 1 o ...................................................................... § 2 o Os valores das multas administrativas expressos em moeda corrente serão reajustados anualmente pela Taxa Referencial (TR), divulgada pelo Banco Central do Brasil, ou pelo índice que vier a substituí-lo.” (NR) 10.11 - Nulidades – O contrato de trabalho como negocio jurídico, é eficaz quando produz os efeitos visados pelas partes e autorizados por lei. A CLT determina que, serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação (art. 9º da CLT). Art. 468/CLT consagra o princípio da inalterabilidade lesiva. O art. 8º da CLT prevê que o direito comum será fonte subsidiária do DT. Porém, a questão da natureza e dos efeitos das nulidades do contrato de trabalho não é unânime na doutrina juslaboral. Para uns os efeitos da declaração de nulidade retroage ao passado (ex tunc) para outros operam apenas para o futuro (ex nunc). Via de regra o ato nulo não produz efeito, porém essa regra, no âmbito do DT sofre algumas restrições tendo em vista a impossibilidade de devolução da força de trabalho pelo empregado. No DT a regra geral é de irretroatividade das nulidades. Ex. Súmula n. 363/TST - CONTRATO NULO. EFEITOS - A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. OJ n. 199-SDI-I-TST - JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJE-TO ILÍCITO. ARTS. 82 E 145 DO CÓDIGO CIVIL. OJ n. 321-SDI-I-TST - VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PERÍODO ANTERIOR À CF/1988. (nova redação, DJ 20.04.2005). Salvo os casos de trabalho temporário e de serviço de vigilância, previstos nas Leis nºs 6.019, de 03.01.74, e 7.102, de 20.06.83, é ilegal a contratação de tra-balhadores por empresa interposta, formando-se o vínculo empregatício direta-mente com o tomador dos serviços, inclusive ente público, em relação ao período anterior à vigência da CF/88. 11 – Duração – Os contratos de trabalho podem ser, quanto a duração, por prazo determinado ou por prazo indeterminado. A regra geral é que os contratos de trabalho são por prazo indeterminado. A condição resolutiva e termo final servem para distinguir o contrato de trabalho por prazo determinado do indeterminado. Art. 442-A. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. (Redação dada pela Lei nº 11.644, de 2008). Os contratos de trabalho por prazo determinado não podem ser realizados à vontade. Os §§ 1º e 2º do artigo 443/CLT, exige certas condições: Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. § 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível e previsão aproximada. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11644.htm#art1 § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo. b) de atividade empresariais de caráter transitório. c) de contrato de experiência. Lei n. 13.467/17 “Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. .................................................................................... § 3º Considera-se como intermitente o Contrato de Trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.” (NR) 11.1 – Limite à determinação do prazo – o contrato por prazo determinadonão poderá exceder a 2 anos e o de experiência 90 dias, permitido em ambos apenas uma prorrogação. Art. 445/CLT - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias. (Parágrafo incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. http://www.guiatrabalhista.com.br/obras/contratosdetrabalho.htm 11.2 – Renovação contratual – Art. 452/CLT – “Considera-se por prazo indeterminado todo o contrato que suceder dentro de 6 meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certo acontecimentos”. Ainda o contrato por prazo determinado será considerado por prazo indeterminado. a) – quando descumpridas as condições estabelecidas nos parágrafos do art. 443/CLT. b) Quando atendidos os requisitos do art. 481/CLT. Além dos tipos de contratos por prazo determinado apontados no art. 443/CLT, existem outros previstos em Lei: a) – técnico estrangeiro – Dec.-lei n. 691/69. b) - Atleta profissional – Leis. nrs. 6.354/76 e 9.615/98. c) – artistas – Lei n. 6.533/78. d) – menor aprendiz – Lei n. 10.097/00. (Art. 428, § 3º, da CLT; Lei n. 11.180/05 – limite até 24 anos de idade) e) – por obra ou serviço certo – Lei n. 2.959/58. f) – safra – Lei n. 5.889/73. g) - Trabalho temporário – Lei n. 6.019/74. h) – especial por prazo determinado – Lei n. 9.601/98. Lei n. 13.467/17 “Art. 452-A. O Contrato de Trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. § 1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. http://www.guiatrabalhista.com.br/obras/contratosdetrabalho.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/salario_minimo.htm § 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. § 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. § 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. § 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes. § 6º Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: I - remuneração; II - Férias proporcionais com acréscimo de um terço; III - décimo terceiro salário proporcional; IV - repouso semanal remunerado; e V - adicionais legais. § 7º O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6º deste artigo. § 8º O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do tempo de serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. § 9º A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de Férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador.” 12 – EFEITOS – O contrato de trabalho é ato bilateral, produz efeitos que são obrigações das partes. Os direitos do empregados são os deveres do empregador. As obrigações do empregador são: proceder o registro do empregado; oferecer trabalho ao empregado, pagar corretamente o salário; cumprir com as obrigações contratuais e respeitar a pessoa do empregado. As obrigações do empregado são: prestar pessoalmente o serviço; com diligência e desvelo, respeito e obediência ao empregador e dever de fidelidade, lealdade para com o empregador. http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/formas_remuneracao.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/formas_remuneracao.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/ferias.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/tabela_inss_empregados.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/tempo_contrib_aposent.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/ferias.htm Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Lei n. 13.467/17 “Art. 444. ........................................................... Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.” (NR) 13 - ALTERAÇÕES, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. 13.1 – ALTERAÇÕES Impera no DT o princípio da imodificabilidade do contrato de trabalho, caracterizada pela forte intervenção do estado na proteção do hipossuficiente. Trata-se de norma pública de ordem cogente que limita a autonomia da vontade das partes. 13.1.1 – Classificação: Alterações do contrato de trabalho podem ser feitas de várias formas: 13.2.1 – Quanto à origem: a) obrigatórias – decorrente de lei ou norma coletiva. b) Voluntárias – decorrentes da vontade das partes. 13.2.2 – Quanto ao objeto: a) qualitativas – envolve a natureza do trabalho do trabalho. Ex. mudança de função determinada pelo empregador. b) Quantitativas – redução do salário. Podem ser lícitas ou ilícitas. É possível a alteração do contrato de trabalho: a) por mútuo consentimento; desde que não haja prejuízo ao empregado. (art. 468/CLT). Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. Art. 7º, VI, CF permite a redução salarial mediante ACT ou CCT, restando revogado o art. 503/CLT - Art. 503 - É lícita, em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados, a redução geral dos salários dos empregados da empresa, proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), respeitado, em qualquer caso, o salário mínimo da região. Parágrafo único - Cessados os efeitos decorrentes do motivo de força maior, é garantido o restabelecimento dos salários reduzidos. Lei n. 13.467/17 “Art. 468. ............................................................. § 1º ....................................................................... § 2º A alteração de que trata o § 1º deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutençãodo pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função.” (NR) JUS VARIANDI Decorre do poder de direção do empregador que poderá promover pequenas alterações no contrato de trabalho desde que não venha afetar significativamente o contrato original. Ex. Alterar o horário de trabalho, noturno para diurno. Súmula n. 265/TST – “Adicional noturno. Alteração de turno de trabalho. Possibilidade de supressão. A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno”. Art. 61, § 3º, da CLT – permite o empregador prorrogar unilateralmente a jornada de trabalho para recuperação de paralisação. Art. 461, § 4º, da CLT – permite a readaptação em nova função do empregado deficiente físico mental, comprovado pelo INSS. Art. 499, § 1º, da CLT – garante ao empregado estável, salvo falta grave, o retorno ao cargo efetivo anteriormente ocupado. Além do Jus variandi, a lei assegura a faculdade de o empregador fazer certas alterações no contrato de trabalho: Art. 468, parágrafo único, da CLT – reversão do cargo efetivo do empregado que ocupa cargo de confiança. Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. Súmula n. 372/TST - GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. SUPRESSÃO OU REDUÇÃO. LIMITES I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. II - Mantido o empregado no exercício da função comissionada, não pode o empregador reduzir o valor da gratificação. Art. 450, da CLT – garantia da contagem do tempo e retorno ao cargo do empregado que, interinamente, ou em substituição eventual ou temporária, exerça cargo em comissão. Jurisprudência: Súmula n. 51/TST - NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO RE-GULAMENTO. ART. 468 DA CLT I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. Súmula n. 265/TST (adicional noturno) ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO. A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. OJ SDI-I/TST n. 159 (data de pagamento de salário). - DATA DE PAGAMENTO. SALÁRIOS. ALTERAÇÃO. Diante da inexistência de previsão expressa em contrato ou em instrumento normativo, a alteração de data de pagamento pelo empregador não viola o art. 468, desde que observado o parágrafo único, do art. 459, ambos da CLT. OJ n. 244 SDI-I-TST. PROFESSOR. REDUÇÃO DA CARGA HORÁRIA. POSSIBILIDADE. A redução da carga horária do professor, em virtude da diminuição do número de alunos, não constitui alteração contratual, uma vez que não implica redução do valor da hora-aula. OJ n. 308 SDI-I-TST - JORNADA DE TRABALHO. ALTERAÇÃO. RETORNO À JORNADA INICIALMENTE CONTRATADA. SERVIDOR PÚBLICO. O retorno do servidor público (administração direta, autárquica e fundacional) à jornada inicialmente contratada não se insere nas vedações do art. 468 da CLT, sendo a sua jornada definida em lei e no contrato de trabalho firmado entre as partes. Jus resistentiae – o empregado pode opor-se a certas modificações que lhe causem prejuízos ou ilegais, podendo pleitear a rescisão indireta do contrato de trabalho, nos termos do art. 483/CLT – Rescisão indireta do contrato de trabalho. Art. 469, da CLT – Transferência de empregado – Jus variandi a) – Art. 469, caput, CLT – “Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança de seu domicilio. - transferência do empregado que não acarretar necessariamente a mudança de seu domicílio (=residência) – Súmula n. 29/TST - “transferência – Despesas de transporte. Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte”. b) Art. 469, § 1º, da CLT – Não estão compreendidos na proibição deste artigo os empregados que exerçam cargos de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explicita, a transferência quando esta decorra de real necessidade de serviços. Cargo de confiança – permitido a transferência, inclusive sem exigir a comprovação de necessidade de serviço. Clausula Implícita – subentendida no contrato. Ex. aeronauta, ferroviário, motorista rodoviário, vendedor viajante, marítimo, atleta profissional, artista de teatro, empregado da construção civil. Clausula Explicita – expressa escrita, inclusive em regulamento de empresa, quando o contrato faz remissão como parte integrante. Súmula Nº 43 TRANSFERÊNCIA Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço. c) – Art. 469, § 2º, da CLT – É lícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhe o empregado. Comentário. Dirigente sindical - indenização (Súmula 221/STF - A transferência de estabelecimento, ou a sua extinção parcial, por motivo que não seja de força maior, não justifica a transferência de empregado estável) e perda do mandato (art. 543, § 1º, da CLT- § 1º - O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita). d) Art. 469, § 3º, da CLT – Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento), dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. – transferência provisória. Ex. montar uma máquina ou equipamentos. Art. 470/CLT – As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador. Transferência definitiva e provisório e retorno. 13.2 – SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO Distinção: A CLT não define os institutos. Octavio Bueno Magano – “suspensão é a cessação provisória, mas total da execução do contrato de trabalho, e interrupção e a cessação provisória e parcial do contrato de trabalho”. Suspensão o empregado não trabalha, não recebe salários e não é contado o tempo de afastamento para fins legais. Interrupção o empregado não trabalha, recebe salário e é contado o tempo de afastamento para algum fim legal. Obs.: Orlando Gomes e Elson Gottschalk - CURSO DE DIREITO DO TRABALHO - 18ª edição - atualizada por: José Augusto Rodrigues Pinto e Otávio Augusto Reis de Souza. SUSPENSÃO pode ser TOTAL ou PARCIAL. Dá-se, totalmente, quando as duas obrigações fundamentais, a de prestar o serviço e a de pagar o salário, se tornam reciprocamente inexigíveis. Há suspensão parcial quando o empregado não trabalha e, não obstante, faz jus ao salário. Interrupção: a lei assegura a todo empregado o direito de deixar de comparecer ao serviço, por prazo curto, se ocorrem certos fatos. Diz- se, então, que há interrupção. Corresponde esta a uma espécie de suspensão parcial de efeitos do contrato, mas tão rápida que se qualifica à parte. Ex. art. 473/CLT, licença paternidade. Causas de suspensão a) – Doença do empregado – auxílio doença – Art. 476/CLT (Art. 476 - Emcaso de seguro-doença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado em licença não remunerada, durante o prazo desse benefício.) c/c art. 59 da Lei n. 8.213/91 e Art. 131, III (Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado: ... III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133) c/c art. 133, IV, da CLT (IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos). Os 15 (quinze), primeiros dias (interrupção) e a partir do 16º dia suspensão. (Obs.: efeitos nas férias: interrupção, após seis meses suspensão). b) – Art. 476-A – afastamento para qualificação profissional. c) – Art. 475/CLT – Aposentadoria por invalidez (provisória) - Art. 475 - O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do benefício. Súmula n. 160/TST APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo após cinco anos, o trabalhador terá direito de retornar ao emprego, facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da lei. Súmula n. 217/STF - Tem direito de retornar ao emprego, ou ser indenizado em caso de recusa do empregador, o aposentado que recupera a capacidade de trabalho dentro de cinco anos, a contar da aposentadoria, que se torna definitiva após esse prazo. Súmula n. 220/STF - A indenização devida a empregado estável, que não é readmitido, ao cessar sua aposentadoria, deve ser paga em dobro. d) – Art. 472/CLT - Encargo público. (prefeito, vereador, etc.) - Art. 472 - O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de outro encargo público, não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador. § 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado. § 2º - Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação. e) – Art. 543, § 2º, da CLT – dirigente sindical - § 2º - Considera-se de licença não remunerada, salvo assentimento da empresa ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho no desempenho das funções a que se refere este artigo. f) – licença não remunerada concedida pelo empregador. g) – suspensão disciplinar – não pode ser por mais de 30 dias (art. 474/CLT - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho). h) – inquérito para apuração de falta grave julgado procedente – Art. 494 c/c 853, da CLT. i) – greve – Lei n. 7.783/89 art. 7º - salvo ajuste em contrário. Causas de Interrupção a) – Doença do empregado – 15 primeiros dias – só será considerado suspensão após seis meses. b) – Períodos de descanso – férias anuais, RSR e feriados. c) – Licença remunerada concedida pelo empregador. d) – Motivo relevante de interesse para a segurança Nacional – art. 472, § § 3º, 4º e 5º, da CLT - § 3º - Ocorrendo motivo relevante de interesse para a segurança nacional, poderá a autoridade competente solicitar o afastamento do empregado do serviço ou do local de trabalho, sem que se configure a suspensão do contrato de trabalho. (Parágrafo incluído pelo Decreto-lei nº 3, de 27.1.1966) § 4º - O afastamento a que se refere o parágrafo anterior será solicitado pela autoridade competente diretamente ao empregador, em representação fundamentada com audiência da Procuradoria Regional do Trabalho, que providenciará desde logo a instauração do competente inquérito administrativo. (Parágrafo incluído pelo Decreto-lei nº 3, de 27.1.1966) § 5º - Durante os primeiros 90 (noventa) dias desse afastamento, o empregado continuará percebendo sua remuneração. (Parágrafo incluído pelo Decreto-lei nº 3, de 27.1.1966). e) – faltas ao serviço – art. 473/CLT Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; - II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; - III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; (05 dias – Art. 10, II, b, § 1º, do ADCT). - IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada. V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. - VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei n. 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). - VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. - VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.) - IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. A Lei nº 13.257/2016, acrescentou os incisos X e XI ao art. 473/CLT - X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira; XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.” (NR). Obs.: art. 320, § 3º, CLT (§ 3º - Não serão descontadas, no decurso de 9 (nove) dias, as faltas verificadas por motivo de gala ou de luto em conseqüência de falecimento do cônjuge, do pai ou mãe, ou de filho), art. 822/CLT (As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas) Súmula n. 155/TST (AUSÊNCIA AO SERVIÇO. As horas em que o empregado falta ao serviço para comparecimento necessário, como parte, à Justiça do Trabalho não serão descontadas de seus salário) e art. 625-B/CLT (§ 2º O representante dos empregados desenvolverá seu trabalho normal na empresa afastando-se de suas atividades apenas quando convocado para atuar como conciliador, sendo computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nessa atividade). f) – Inquérito para apuração de falta grave julgado improcedente – art. 495/CLT (Reconhecida a inexistência de falta grave praticada pelo empregado, fica o empregador obrigado a readmiti-lo no serviço e a pagar-lhe os salários a que teria direito no período da suspensão). g) – Prestação do serviço militar e acidente de trabalho – art. 4º, parágrafo único, da CLT - Parágrafo único - Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar ... (VETADO) ... e por motivo de acidente do trabalho). FGTS obrigatório art. 15, § 5º, da Lei n. 8.036/90 (os depósitos de que trata o caput deste ar. É obrigatório nos casos de afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho). h) – Licença-maternidade – tempo é contado para efeitos de fériase 13º salário (art. 131, II, da CLT - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado: Il - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social). A lei n. 13.301/16 aumentou a licença maternidade para 180 dias para mães de crianças acometidas por sequelas neurológicas decorrentes de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. i) – Aborto não criminoso – art. 395/CLT (Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando- lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. j) – Convocação para prestação de serviço eleitoral – Lei n. 9.504/97 art. 98. k) – Locaute – Lei n. 7.783/89 art. 17 e parágrafo único. 14 - CONTRATO DE TRABALHO E OS CONTRATOS AFINS. Empreitada – pequena empreitada – art. 652, a, III, e art. 455, da CLT. Representação Comercial – Lei n. 4.886/65 e vendedor pracista viajante – Lei n. 3.207/57 Mandato – procuração, ausência de subordinação Sociedade – desejo da sociedade para um objetivo – divisão lucros e prejuízos Parceria – divisão dos frutos, dos ônus e encargos. 15 – REMUNERAÇÃO – Art. 457/CLT “Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber”. LEI Nº 13.419, DE 13 DE MARÇO DE 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n o 5.452, de 1 o de maio de 1943, para disciplinar o rateio, entre empregados, da cobrança adicional sobre as despesas em bares, restaurantes, hotéis, motéis e estabelecimentos similares. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o Esta Lei altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para disciplinar o rateio, entre empregados, da cobrança adicional sobre as despesas em bares, restaurantes, hotéis, motéis e estabelecimentos similares. Art. 2o O art. 457 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 457. ................................................................... ..................................................................................... § 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos empregados. § 4o A gorjeta mencionada no § 3o não constitui receita própria dos empregadores, destina-se aos trabalhadores e será distribuída segundo critérios de custeio e de rateio definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho. § 5o Inexistindo previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, os critérios de rateio e distribuição da gorjeta e os percentuais de retenção previstos nos §§ 6o e 7o deste http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.419-2017?OpenDocument http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art457%C2%A73 artigo serão definidos em assembleia geral dos trabalhadores, na forma do art. 612 desta Consolidação. § 6o As empresas que cobrarem a gorjeta de que trata o § 3o deverão: I - para as empresas inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 20% (vinte por cento) da arrecadação correspondente, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua integração à remuneração dos empregados, devendo o valor remanescente ser revertido integralmente em favor do trabalhador; II - para as empresas não inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 33% (trinta e três por cento) da arrecadação correspondente, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua integração à remuneração dos empregados, devendo o valor remanescente ser revertido integralmente em favor do trabalhador; III - anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no contracheque de seus empregados o salário contratual fixo e o percentual percebido a título de gorjeta. § 7o A gorjeta, quando entregue pelo consumidor diretamente ao empregado, terá seus critérios definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho, facultada a retenção nos parâmetros do § 6o deste artigo. § 8o As empresas deverão anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social de seus empregados o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referente aos últimos doze meses. § 9o Cessada pela empresa a cobrança da gorjeta de que trata o § 3o deste artigo, desde que cobrada por mais de doze meses, essa se incorporará ao salário do empregado, tendo como base a média dos últimos doze meses, salvo o estabelecido em convenção ou acordo coletivo de trabalho. § 10. Para empresas com mais de sessenta empregados, será constituída comissão de empregados, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para acompanhamento e fiscalização da regularidade da cobrança e distribuição da gorjeta de que trata o § 3o deste artigo, cujos representantes serão eleitos em assembleia geral convocada para esse fim pelo sindicato laboral e gozarão de garantia de emprego vinculada ao desempenho das funções para que foram eleitos, e, para as demais empresas, será constituída comissão intersindical para o referido fim. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art612 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art612 § 11. Comprovado o descumprimento do disposto nos §§ 4o, 6o, 7o e 9o deste artigo, o empregador pagará ao trabalhador prejudicado, a título de multa, o valor correspondente a 1/30 (um trinta avos) da média da gorjeta por dia de atraso, limitada ao piso da categoria, assegurados em qualquer hipótese o contraditório e a ampla defesa, observadas as seguintes regras: I - a limitação prevista neste parágrafo será triplicada caso o empregador seja reincidente; II - considera-se reincidente o empregador que, durante o período de doze meses, descumpre o disposto nos §§ 4o, 6o, 7o e 9o deste artigo por mais de sessenta dias.” (NR) Art. 3o Esta Lei entra em vigor após decorridos sessenta dias de sua publicação oficial. Brasília, 13 de março de 2017; 196 o da Independência e 129 o da República. MICHEL TEMER Osmar Serraglio Marcos Pereira Lei n. 13.467/17 “Art. 457. ........................................................... § 1 o Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. § 2 o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio- alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. ............................................................................................. § 4 o Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens,serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.” (NR) 15.1 - Conceito: Sérgio Pinto Martins: “É o conjunto de prestações recebidas habitualmente pelo empregado pela prestação de serviços, seja em dinheiro ou em utilidades, provenientes do empregador ou de terceiros, mas decorrentes do contrato de trabalho, de modo a satisfazer suas necessidades básicas e de sua família”. 15.2 - Distinção entre remuneração e salário Remuneração = salário + gorjetas, gorjetas integram a remuneração mas não integram o salário. Logo, as gorjetas não incidirão no aviso prévio, adicionais e RSR. Nesse sentido é a Súmula n. 354/TST “Gorjetas – natureza jurídica – Repercussões. As gorjetas cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado”. Gueltas: As gueltas surgiram no direito alemão e foram introduzidas no Brasil por volta dos anos sessenta, no setor farmacêutico. Atualmente ocorrem em outros setores. Elas podem ser definidas como a prática pela qual o fabricante, fornecedor ou prestador de serviços, com o objetivo de estimular a venda de sua marca, oferece uma gratificação ao vendedor para que ele ofereça e convença o consumidor a adquirir seus produtos. É o caso, por exemplo, do atendente da farmácia que sugere determinado medicamento, em vez do genérico, ou nos postos de combustível, quando o frentista oferece o aditivo, o pagamento de um prêmio pelas seguradoras aos vendedores de automóveis quando da indicação e negociação de seus serviços de seguro através do empregado da concessionária de veículos. A questão é saber se as gueltas são ou não salário, já que pagas por terceiros. Na verdade há divergência de entendimentos. Existe um grande embate jurídico acerca da natureza jurídica da supracitada verba. A primeira corrente entende que se trata de uma mera relação entre empregado e terceiro, inexistindo qualquer relação entre o empregador e o seu pagamento. Seguindo essa corrente, não há que se falar no caráter salarial das gueltas. Já o outro entendimento vislumbra que existe, na realidade, uma relação entre terceiro e empregador, sendo o empregado apenas o executor dentro do contrato de emprego. Portanto, as gueltas teriam natureza remuneratória como as gorjetas (art. 457 da CLT) e refletiriam na base de cálculo de algumas verbas salariais (13º salário, férias, FGTS), como dispõe de forma análoga a Súmula 354 do TST 15.3 - Composição Art. 457, § 1º, da CLT – “integram o salário, não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador”. § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagens que não excedam de cinqüenta por cento do salário percebido pelo empregado. Lei n. 13.467/17 “Art. 457. ........................................................... § 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. § 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio- alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao Contrato de Trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. ............................................................................................. § 4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.” (NR) 15.3.1 - Salário base Importância paga pelo empregador que poderá ser acrescido de outras parcelas. Podem ser : fixo, variável e misto. a) - Salário fixo: determinado em razão do tempo em que o empregado fica à disposição do empregador. Ex. por hora, dia, semana, quinzena ou mês. OJ Nº 358. SALÁRIO MÍNIMO E PISO SALARIAL PROPORCIONAL À JORNADA REDUZIDA. EMPREGADO. SERVIDOR PÚBLICO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.02.2016) - Res. 202/2016, DEJT divulgado em 19, 22 e 23.02.2016 I - Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado. II – Na Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado público inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. b) – salário variável: depende da produção do empregado, ficando assegurado o valor do salário mínimo mensal (art. 1º, da Lei n. 8.716/93). Ex. comissão, peça, tarefa, etc. Jurisprudência: Súmula n. 27/TST – Comissionista. É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias feriados ao empregado comissionista, ainda que pracista. (RA 57/1970, DO-GB 27.11.1970). http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/formas_remuneracao.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/obras/contratosdetrabalho.htm Súmula n. 93/TST - Bancário Integra a remuneração do bancário a vantagem pecuniária por ele auferida na colocação ou na venda de papéis ou valores mobiliários de empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico, se exercida essa atividade no horário e no local de trabalho e com o consentimento, tácito ou expresso, do banco empregador. (RA 121/1979, DJ 27.11.1979) Súmula n. 340/TST - Comissionista. Horas extras (Nova redação - Res. 121/2003 - DJ 19.11.2003). O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. OJ n. 181 da SDI-I/TST - Comissões. Correção monetária. Cálculo. (Inserida em 08.11.2000). O valor das comissões deve ser corrigido monetariamente para em seguida obter-se a média para efeito de cálculo de férias, 13º salário e verbas rescisórias. OJ n. 235 da SDI-I/TST -O empregado que recebe salário por produção e trabalha em sobrejornada tem direito à percepção apenas do adicional de horas extras, exceto no caso do empregado cortador de cana, a quem é devido o pagamento das horas extras e do adicional respectivo. c) – misto: parte fixa e parte variável, ficando assegurado o valor do salário mínimo mensal. 15.3.2 – Complementos salariais: tipos especiais de salário. Ex. adicionais noturno, de insalubridade, periculosidade, de horas extras, gratificações ajustadas, etc. 15.3.2.1 – Percentagens: compreende as várias espécies de adicionais, que acréscimos salariais relacionados a uma condição especial, geralmente ocasional ou transitória. Regra geral tem natureza de salário-condição, calculado em percentagem sobre uma determinada parâmetro salarial. 15.3.2.2 – Adicional de horas extras: Art. 7º, XVI, da CF. Súmulas nrs. 24, 45, 115, 172, 226, 264, 376 do TST e OJ nrs. 60 e 97 da SDI- I/TST. 15.3.2.3 – Adicional noturno: Art. 73/CLT e art. 7º, da Lei n. 5.889/73. 15.3.2.4 – Adicional de Insalubridade: Art. 7º, XXIII, da CF, art. 192/CLT. O art. 192/CLT estabelece como base de calculo o salário mínimo, porém, o art. 7º, inciso IV/CF veda a vinculação do salário mínimo para qualquer fim. A Súmula vinculante n. 4 do STF também é no mesmo sentido. A Súmula n. 228/TST, cuja eficácia está suspensa peloSTF, estabelecia como base de calculo o salário base. Contudo, o STF em reclamação da Federação Nacional da Indústria, decidiu que, enquanto não vier lei para regulamentar, o adicional continua tendo como bse de calculo o salário mínimo. SÚMULA 228. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CALCULO. A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. A mesma resolução que altera a Súmula nº 228 ainda cancela a Súmula nº 17 e a Orientação Jurisprudencial nº 02 da Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) e confere nova redação à Orientação Jurisprudencial nº 47 da SDI-1, nos seguintes termos: 47. HORA EXTRA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. A base de cálculo da hora extra é o resultado da soma do salário contratual mais o adicional de insalubridade.. 15.3.2.5 – Adicional de Periculosidade: Art. 7º, XXIII, da CF, art. 193, da CLT. A Lei n. 12.740/12 alterou a redação do inciso I do art. 193 estabelecendo adicional de periculosidade para a exposição permanente do trabalhador a inflamáveis, explosivos ou energia elétrica. Inseriu também o inciso II estabelecendo o adicional de periculosidade para a exposição permanente do trabalhador a roubos ou outra espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. A lei n. 12.997/14 inseriu o § 4º ao art. 193/CLT concedendo adicional de periculosidade para as atividades com motocicletas. Súmulas 39 (frentista de posto de gasolina). Eletricitários – Lei n. 7.369/85 e súmula 361/TST. Exposição intermitente – fixação do percentual por CCT/ACT - súmula 364/TST. 15.3.2.6 – Adicional de atividade penosa: Art. 7º, XXIII, da CF não há lei regulamentando. 15.3.2.7 – Adicional de transferência: Art. 469, § 3º, da CLT. OJ n. 113 da SDI-I/TST- cargo de confiança - devido em transferência provisória. 15.3.2.8 – Adicionais diversos e convencionais: Existem outros adicionais previstos em lei como no caso de acumulação de função de vendedor (Lei n. 3.207/57) e de empregado radialista (Lei n. 6.615/78) e outros previstos em contrato de trabalho, regulamento de empresa, CCT ou ACT. 15.3.3 – Gratificações ajustadas: As gratificações ajustadas integram o salário. São aquelas que têm por finalidade recompensar o empregado pela maior responsabilidade no desempenho da função, pelo tempo de serviço ou pelo sucesso alcançado pelo empreendimento empresarial. As gratificações pagas por liberalidade não integram o salário. Jurisprudência: Súmulas do TST nrs. 115, 152, 226, 253. Súmulas do STF nrs. 207, 459. 15.3.3.1 – Gratificação de função: em função da maior responsabilidade do cargo. Ex. 224, § 2º, da CLT e 62, parágrafo único, da CLT. A gratificação percebida por mais de 10 anos integra a remuneração obreira. Súmulas do TST nrs. 102, 109, 202, 240, 372. 15.3.3.2 – Gratificação quebra-de-caixa: Súmula n./ 247/TST 15.3.3.3 – Gratificação por tempo de serviço: CLT não disciplina a matéria. Surge por regulamento de empresa, contato de trabalho, ACT e CCT. Jurisprudência: Súmulas do TST nrs. 202, 203, 225 e 226. 15.3.4 – Prêmios: forma de incentivo com intuito de estimular a produção. Em princípio não integram a remuneração porque pago por mera liberalidade do empregador. Mais conhecidos são: por fidelidade, por assiduidade, por produção, por qualidade, etc. 15.3.5 – Participação nos lucros da empresa: art. 7º, XI, da CF não tem natureza salarial. Lei n. 10.101/00. 15.3.6 – Diárias para viagens: art. 457, § 2º, da CLT. Súmula n. 101 e 318/TST. 15.3.7 – Ajuda de custo: pagamento feito pelo empregador, esporadicamente, para cobrir certas despesas efetuadas pelo empregado. Não tem natureza salarial. 15.3.8 – Abonos: Adiantamentos salariais, integram o salário. 15.4 - Normas de proteção ao salário: Art. 7º, X, da CF. Convenção n. 95/49 da OIT. Dado a natureza alimentar o salário goza de certas garantias legais contra abusos do empregador, contra credores do empregado e contra credores do empregador. 15.4.1 – Contra abusos do empregador: a legislação trabalhista disciplinou a forma de pagamento de salário, do pagamento em dinheiro, cheque ou depósito bancário, do pagamento em dinheiro e utilidades, do prazo para pagamento, da prova do pagamento, da irredutibilidade e dos descontos. Vedação a descontos nos salários, salvo quando resultar de adiantamentos, dispositivo de lei ou CCT, ACT- art. 462/CLT. Clawback clauses ou clawback provisions ou cláusula clawback são mecanismos de reembolso e clausulas de regresso. Como define Boucinhas Filho as Clawback clauses, também chamadas clawback Provisions, consistem em previsões contratuais que obrigam altos executivos a, quando restar caracterizada fraude em sua gestão ou grave imprudência na condução dos negócios ou simples pedido de demissão para trabalhar em empresa concorrente, restituir ao empregador os bônus que recebeu antecipadamente (LTr vol. 75, n. 5 pág 588/594). Em recente decisão o TST entendeu que "é lícita a cláusula que prevê a perda de “ações fantasmas” (unidades monetárias de incentivo) pelo empregado que pedir demissão antes de decorrido o prazo de carência (“vesting”)" (ARR-2843- 80.2011.5.02.0030, Relatora Ministra: Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Data de Julgamento: 18/11/2015, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 20/11/2015). 15.4.1.1. – Forma de pagamento de salário: A convenção n. 95/49 da OIT, ratificada pelo Brasil. pagamento em dinheiro (art. 463/CLT) ou em dinheiro e utilidades (serviços ou bens), cheque, ou depósito bancário. Proíbe o truck system, pagamento por meio de vales ou bônus com o fim de forçar o empregado a adquirir mercadorias em estabelecimento do empregador. 15.4.1.2 – Pagamento do salário em dinheiro e Utilidades ou salário in natura: Art. 458/CLT e art. 81-82/CLT. Para o trabalho não é considerado salário. Pelo trabalho é considerado salário. Permite 30% em dinheiro e 70% de forma in natura. Rurícula Lei n. 5.889/73 art. 9º (habitação e alimentação). Jurisprudência: Súmula n. 241, 367 do TST. OJ-SDI-I/TST n. 123. Lei n. 13.467/17 “Art. 458. ........................................................... .................................................................................... § 5º O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9º do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.”(NR) 15.4.1.3 – Prazo para pagamento: Art. 459/CLT c/c 465, 466 e 467/CLT. Jurisprudência: Súmulas do TST nrs. 13, 69, 113, 381. 15.4.1.4 – Salário complessivo. Inadmissibilidade: Salário que engloba várias parcelas. Art. 477, § 2º, da CLT. Súmula n. 91/TST 15.4.1.5 – Irredutibilidade de salário: Art. 7º, VI, da CF e art. 468/CLT. Revogado o art. 503/CLT. 15.4.1.6 – Descontos no salário: Art. 7º, X, da CF – “proteção do salário na forma da lei, constituindo crime a sua retenção dolosa”. Art. 462/CLT. Jurisprudência: OJ nrs. 160, 251 da SDI-I/TST e OJ n. 18 da SDC/TST. 15.4.2 – Contra os credores do empregado: Natureza alimentar. Impenhorável, salvo prestação alimentícia. Art. 833, IV, do CPC. Convenção n. 95 da OIT. Restrição a compensação – art. 767 c/c 477, § 5º, da CLT. Jurisprudência: Súmulas do TST nrs. 18 e 48. Salários devem ser corrigidos, porém o débito do empregado não Súmula n. 187/TST. 15.4.3 – Contra credores doempregador: Convenção n. 95 da OIT. Art. 449, § 1º, da CLT – crédito privilegiado em caso de falência, hoje recuperação judicial. Limite de 150 salários mínimos – Art. 83, I, da Lei n. 11.101/05. Doutrina entende que a indenização acidentária prefere o crédito trabalhista. Nos demais precede os demais, tributários, previdenciários e civis em sentido lato. 15.5 - Salário mínimo: Art. 7º, IV, da CF. Art. 76-83/CLT. Variável-art. 7º, VII, da CF. Comissão, peça tarefa (art. 76/CLT). Mistos art. 2º, da Lei n. 8.716/93. Menor aprendiz (art. 428, § 2º, da CLT). Trabalhador http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/tabela_inss_empregados.htm em domicílio (art. 83/CLT). Nunca inferior ao mínimo art. 117 e 118/CLT. Salário Profissional: Art. 7º, V, da CF. Valor mínimo para determinada categoria profissional. Normalmente estipulado por lei (médico, dentista, engenheiro). Salário normativo: estabelecido em sentença normativa, CCT ou ACT. 15.6 - Equiparação salarial: Art. 7º, XXX, da CF c/c art. 5º/CLT. Igualdade. Equiparação: art. 461/CLT: “Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade”. Requisitos: a) identidade de função (mesmos atos e operações); b) trabalho de igual valor (art. 461, § 1º, da CLT); c) mesmo empregador (Súmula n. 6/TST); d) mesma localidade; e) simultaneidade na prestação de serviços (trabalhadas juntas em alguma oportunidade – Súmula n. 6/TST); f) Inexistência de quadro organizado de carreira (homologado pelo Ministério do trabalho – Súmula n. 6/TST. Ver também Súmula n. 19, 127/TST). Lei n. 13.467/17 “Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. § 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. § 2º Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. § 3º No caso do § 2º deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. ...................................................................................... § 5º A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/tempo_contrib_aposent.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/tempo_contrib_aposent.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/salarios_pgto.htm § 6º No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social.” (NR) 15.7 – Equivalência salarial: Art. 460/CLT – Requisitos: a) em caso de não ser estipulado o salário; b) nem exista prova da importância ajustada. Salário de serviço equivalente. 15.8 – Salário substituição: Art. 450/CLT. Súmula n. 159/TST. 15.9 – Desvio de função: em razão de exercer função diversa. Súmula 223 do Ex-TFR: “Diferença salarial – Desvio de função. O empregado, durante o desvio funcional, tem direito à diferença salarial, ainda que o empregador possua quadro de pessoal organizado em carreira”. 15.8 - Política Nacional de Salários: Não existe no momento lei de política salarial. A Lei n. 10.192/01 – salários fixados revisados na data base anual da categoria, livre negociação (art. 10). Art. 13 veda que nas CCT e ACT reajuste automático vinculado a índice de preços. Décimo terceiro salário. Gratificação de Natal: CF art. 7º, VIII, Lei n. 4.090/62 e 4.749/65, Decreto n. 57.155/65. Jurisprudência: Súmulas do TST nrs. 45, 46, 50 e 253. 16 - DURAÇÃO DO TRABALHO: O tempo de trabalho, ou o tempo de disponibilidade contratual, traduz em três conceitos correlatos: a) Duração do Trabalho; b) Jornada de trabalho e c) horário de trabalho. 16.1 – Duração do Trabalho: Noção mais ampla, pois abrange o lapso temporal de trabalho ou de disponibilidade do empregado perante o empregador por força do contrato de trabalho. Envolve dia (duração diária, ou jornada), semana (duração semanal), mês http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/direitoprevidenciario.htm (duração mensal) e ano (duração anual). CLT capítulo II – Duração do Trabalho, Título II - artigos 57/75. 16.2 - Jornada de trabalho: Tempo diário que o empregado coloca-se a disposição do empregador. Lapso temporal diário. Inclui os períodos de tempo de trabalho, tempo à disposição (art. 4º/CLT), tempo de intervalo remunerados. Ex. oito horas diárias. 16.3 – Horário de trabalho: Lapso temporal entre o início e o fim de certa jornada de trabalho. Abrange também a semana com intervalos intrajornadas. Tipos de jornada de trabalho: a) jornadas controladas (art. 74, § § 2º, da CLT). b) jornadas não controladas (art. 62, I e II, da CLT). 16.4 – Composição da Jornada de trabalho: Três critérios 16.4.1 – Tempo efetivamente laborado: rejeitado pelo nosso ordenamento jurídico – art. 4º/CLT. 16.4.2 – Tempo à disposição: art. 4º/CLT. Sumula 429/TST. Lei n. 13.467/17 “Art. 4º ................................................................ § 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho. § 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: I - práticas religiosas; II - descanso; III - lazer; IV - estudo; V - alimentação; http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/tempo_contrib_aposent.htm VI - atividades de relacionamento social; VII - higiene pessoal; VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.” (NR) 16.4.3 – Tempo de deslocamento: Residência-trabalho-residência. Adotado pela legislação acidentária do trabalho (art. 21, IV, “d”, da Lei n. 8.213/91). Regra geral não se aplica no Brasil, exceção: ferroviários (turmas de conservação de ferrovias), art. 238, § 3º, da CLT. Horas in itinere: Construção jurisprudencial Súmulas nrs. 90, 320/TST. Incorporado à legislação Lei n. 10.243/01 – art. 58, § 2º, da CLT. Requisitos a) transporte fornecido pelo empregador; b) local de difícil acesso ou que o local de trabalho não esteja servido por transporte regular público (alternativa). Microempresa e empresa de pequeno porte – natureza do pagamento – art. 58, § 3º, da CLT. Lei n. 13.467/17 “Art. 58. ................................................................ ......................................................................................§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. § 3º (Revogado).” (NR) 16.4.4 – Critérios especiais de fixação de jornada: específico de certas categorias profissionais: a) Tempo de prontidão (art. Art. 244, § 3º, da CLT); b) Tempo de sobreaviso (art. 244, § 2º, da CLT). Aparelhos telemáticos - BIPs, Pager, Telefones Celulares – Súmula 428/TST. 16. 5 - Alteração da jornada: Art. 7º, XIII, XIV e XVI da CF. http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/jornada_computo_horas.htm Lei n. 13.467/17 “Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. § 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. ...................................................................................... § 3º Na hipótese de rescisão do Contrato de Trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2º e 5º deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. § 4º (Revogado). § 5º O banco de horas de que trata o § 2º deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. § 6º É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.” (NR) “Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.” “Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas.” “Art. 61. ................................................................. § 1º O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 16.5.1 – Horas suplementares: Componentes suplementares da jornada de trabalho (art. 59 a 61/CLT), exceto o tempo residual (art. 58, § 1º, da CLT). http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/horas_extras.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/sindicato.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/acordocoletivo.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/formas_remuneracao.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/obras/contratosdetrabalho.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/horas_extras.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/formas_remuneracao.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/banco_horas.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/sindicato.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/intervalos_descanso.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/formas_remuneracao.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/horas_extras.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/acordo_compensacao_horas.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/acordo_compensacao_horas.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/banco_horas.htm 16.5.2 – Compensação de horário: Ajuste individual OJ n. 182-SDI- I/TST e Súmula n. 85/TST. 16.5.3 – Redução da jornada: Art. 7º, XIII, XIV, da CF. ACT ou CCT. 16.6 - Trabalho noturno: Urbanos – 22 h. às 05 h (art. 73, § 2º, da CLT). Rural: agricultura, das 21 h às 05 h; pecuária, das 20 h às 04 h. (art. 7º, da Lei n. 5.889/73). Advogado, das 20 às 05 (art. 20, § 3º, da Lei n. 8.906/94). Devido também em turnos de revezamento (Súmula 213/STF). 16.6.1 – Adicional Noturno: Urbano: 20% (art. 73/CLT), Rural: 25% (art. 7º, parágrafo único, da Lei n. 5.889/73), Advogados: 25% (art. 20, § 3º, da Lei n. 8.906/94). Devido quando há prorrogação do horário noturno para o diurno (Súmula n. 60, II, do TST). Domésticos excluídos. 16.6.2 – Hora reduzida: Art. 73, § 1º, da CLT: 52h30min. 17 - REPOUSO INTRAJORNADA E INTERJORNADA. REPOUSO SEMANAL E NOS FERIADOS. 17.1 – Repouso (intervalo) Intrajornada: são aqueles feitos dentro da própria jornada de trabalho para alimentar ou descansar (art. 71/CLT). Dependem da duração da jornada. 17.1.1 – intervalo de 1 a 2 horas: Art. 71, caput, da CLT. (superior a 6 horas continuas). Havendo desrespeito é devido o valor da hora de intervalo c/ acréscimo de 50% (art. 71, § 4º, da CLT). Pagamento do tempo integral (Súmula n. 437/TST). Natureza salarial (Súmula n. 437/TST). Rurícula: uso e costume da região (art. 5º, da Lei n. 5.889/73). Lei n. 13.467/17 “Art. 71. ................................................................. ....................................................................................... § 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. 17.1.2 – intervalo superior a 2 horas: poderá ser elastecido por acordo escrito entre empregado e empregador. Rural: possibilidade do serviço intermitente, porém a ser anotada na CTPS (art. 6º da Lei n. 5.889/73). 17.1.3 – intervalo inferior a 1 hora: Art. 71, § 3º/CLT - § 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. Exceção, motoristas, cobradores e fiscal: § 5o do art. 71/CLT - O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1 o poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem. (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) A jurisprudência não admite a redução do intervalo mínimo de 01 hora por ACT ou CCT, OJ n. 31-SDC-TST. 17.1.4 – intervalo de 15 minutos; ultrapassar de 4 e não superior a 6 horas (art. 71, § 1º, da CLT). 17.1.5 – Não computação na jornada: Regra geral os intervalo não são computados na jornada ou duração do trabalho (art. 71, § 2º, da CLT).OJ n. 178 – SDI-I-TST. http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/intervalos_descanso.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/formas_remuneracao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13103.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13103.htm#art4 17.1.6 – Computação dos intervalos na jornada: existe algumas exceções legais que autorizam a computação do intervalo na jornada de trabalho: Ex.: Serviço permanente de mecanografia e, por analogia, digitador (art. 72/CLT e Súmula n. 346/TST) 10 minutos a cada 90 trabalhado; Ferroviários (art. 238, § 5º, da CLT) refeição; Câmaras frigoríficas (art. 253/CLT) 20 minutos a cada 100 minutos trabalhado: Minas de subsolo (art. 298/CLT) 15 minutos a cada 3 horas. 17.2 – Repouso (descanso) interjornada: Regra geral: 11 horas – art. 66/CLT. Igual para o rural (art. 5º, da Lei n. 5.889/73). Pagamento como horas extras OJ n. 355-SDI-I-TST. 17.2.1 – Exceções: telegrafistas/telefonistas: 17 horas (art. 229/CLT); operadores cinematográficos: 12 horas (art. 235, § 2º, da CLT); ferroviários/equipagem: 10 horas (art. 239, § 1º, da CLT); ferroviários/cabineiros: 14 horas (art. 245/CLT) e jornalistas profissionais: 10 horas (art. 308/CLT). 17.3 – Repouso (descanso) Semanal Remunerado e nos Feriados: Art. 7º, XV, da CF. Art. 67-70, da CLT. Lei n. 605/49, regulamentada pelo Decreto n. 27.04849. Preferencialmente aos domingos. 17.3.1 – Duração: 24 horas + 11 do intervalo interjornada = 35 horas. Súmula n. 110/TST. 17.3.2 – Remuneração, assiduidade – Faltas legais: Remuneração (art. 7º, da Lei n. 605/49). Necessários trabalhar toda a semana. Faltas legais ou justificáveis pelo empregador (art. 473/CLT). Faltas injustificáveis perde o direito ao RSR, inclusive feriados, se houver na semana. 17.3.3 – Trabalho aos domingos e feriados: outro dia de folga ou pagamento em dobro (art. 9° da Lei n. 605/49 – Súmula 146/TST). Feriados civis e religiosos (Lei n. 9.093/95, que revogou o art. 11, da Lei n. 605/49). Mulher, revezamento, domingos (art. 386/CLT, a cada 15 dias coincidir com o Domingo). Homem – revezamento mensal – parágrafo único do art. 67/CLT. 18 - FÉRIAS ANUAIS: Art. 7º, XVII, da CF; CLT; Título II, Capitulo IV (arts. 129 a 153); Convenção 132 da OIT. Jurisprudência: Sumulas do TST: 7, 10, 14, 46, 60, 81, 89, 149, 159, 171, 203, 253, 261, 328 e 347. Súmulas do STF nrs. 198 e 199. OJ Transitória n. 50 da SDI-I- TST. 18.1 – Fundamentos das férias: a) natureza biológica: combater os problemas psicofisiológicos oriundas da fadiga e da excessiva racionalização do serviço; b) de caráter social: possibilita o trabalhador a viver como ser humano, na coletividade a que pertence, gozando os prazeres materiais e espirituais; c) de índole econômica: restringe o desemprego e acarreta, pelo combate a fadiga, melhor desempenho e rendimento do empregado. 18.2 – natureza jurídica: dupla: a) para o empregador, obrigação de fazer (consentir no afastamento) e de dar (pagar os salários equivalentes); b) para o empregado, um direito (exigir do empregador) e uma obrigação (abster do trabalho) 18.3 – Direito e Duração das férias 18.3.1 – Direito a férias: Art. 129/CLT “Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração”. CF art. 7º, XVIII – “gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal”. 18.3.1.1 – Período aquisitivo: Art. 130/CLT “Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias...”. 18.3.1.2 – Período concessivo de férias: Art. 134/CLT – “As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, os 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito”. Lei n. 13.467/17 “Art. 134. ............................................................. § 1º Desde que haja concordância do empregado, as Férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. § 2º (Revogado). § 3º É vedado o início das Férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.” (NR) 18.3.1.3 – Período de duração das férias: Art. 130/CLT proporcional ao numero de faltas injustificadas: 30 dias, até 5 faltas injustificadas no período aquisitivo; 24 dias, de 6 a 14, 18 dias, de 15 a 23, 12 dias, de 24 a 32 e acima de 32 faltas injustificadas perde o direito a férias. No regime de tempo parcial: Proporcional a duração semanal do trabalho – Art. 130-A/CLT: 18 dias, duração do trabalho semanal acima 22 horas até 25 horas; 16 dias, acima de 20 até 22 horas; 14 dias, acima de 15 até 20 horas; 12 dias, acima de 10 até 15; 10 dias, acima de 5 até 10 horas, e 8 dias, igual ou inferior a 5 horas. Sete faltas injustificadas reduz pela metade as férias. (parágrafo único do art. 130-A/CLT) 18.3.1.4 – Proibição do descontos de faltas: Art. 130, § 1º, da CLT “É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço”. 18.3.1.5 – Cômputo do período de férias: interrupção do contrato de trabalho é contado para todos os efeitos legais. Art. 130, § 2º, da CLT. 18.3.1.6 – Faltas que não prejudicam as férias: Art. 131/CLT. http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/ferias.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/ferias.htm 18.3.1.7 – Serviço militar obrigatório: Art. 132/CLT. (duas situações: se retornar antes de 90 dias conta o período anterior, caso contrário perde aquele período). 18.4 – Perda do direito a férias: Art. 133/CLT. 18.5 – Adicional constitucional: art. 7º, XVII, da CF. Súmula n. 328/TST. No caso do item 18.4, as previsões contidas nos incisos II (licença remunerada por mais d 30 dias) e III (deixar de trabalhar, com percepção de salário por mais de 30 dias) do art. 133/CLT, refere-se a gozo antecipado de férias sendo devido o adicional constitucional de 1/3. 18.6 – Concessão das férias: art. 134/CLT em um único período, exceção, casos excepcionais, permite o parcelamento em dois períodos, sendo um dos quais, nunca inferior a 10 dias. (art. 134, § 1º, da CLT). Menores de 18 anos e maiores de 50 anos, as férias serão concedidas de uma só vez (art. 134, § 2º, da CLT). Aviso deverá ser expedido ao empregado com antecedência mínima de 30 dias (art. 135/CLT). Modificação do período concessivo (art. 133, § 2º, da CLT). Lei n. 13.467/17 “Art. 134. ............................................................. § 1º Desde que haja concordância do empregado, as Férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. § 2º (Revogado). § 3º É vedado o início das Férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.” (NR) 18.7 – Época da concessão: Regra geral compete ao empregador definir a data (art. 136, caput, da CLT). Exceções: membros da mesma família, desde que não resulte prejuízo ao serviço (art. 136, § 1º, da http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/ferias.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/ferias.htm CLT); menor estudante, coincidir com férias escolares (art. 136, § 2º, da CLT). As férias concedidas fora do prazo haverão de ser pagas em dobro (art. 137, caput, da CLT). Gozo na época própria com pagamento fora do prazo – pagamento em dobro – Súmula 450/TST). Exceção: Ex. acidente de trabalho no período concessivo impedido o gozo. É vedado o trabalho no período d férias (art. 138/CLT). 18.8 – FÉRIAS COLETIVAS: Art. 139/CLT – “poderão ser concedidas férias coletivas a todos empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa”. Permitido o parcelamentoem dois períodos, desde que um deles não seja inferior a 10 dias (art. 139, § 1º, da CLT). Aviso de férias deverá ser dado com antecedência mínima de 15 dias, aos empregado e MTE. O empregado com menos de um ano gozará férias proporcionais (art. 140/CLT). Registro na CTPS (art. 141/CLT). 18.9 – Remuneração de férias: Natureza jurídica: contrato em vigor: natureza salarial; na cessação: natureza indenizatória. Art. 148/CLT. Valor da remuneração: Art. 142, caput, da CLT e Súmula n. 328/TST (1/3). Salário pago por hora – média das horas período aquisitivo e valor do período concessivo (art. 142, § 1º, da CLT). Salário pago por tarefa – média do período aquisitivo e valor do período concessivo (art. 142, § 2º, da CLT e Súmula n. 149/TST). Salário pago por percentagem, comissão ou viagem – média dos 12 meses que precederem a concessão (art. 142, § 3º, da CLT). Salário parte em utilidades – de acordo com a CTPS (art. 142, § 4º, da CLT). Adicionais variados – média duodecimal do período aquisitivo (art. 142, § 6º, da CLT). Jurisprudência: Súmulas do TST: 60, 149, 159, 203, 253, 328 e 347. OJ Transitória n. 50 da SDI-I-TST. 18.10 – Abono de férias: Art. 143/CLT “É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes”. Deve ser requerido 15 dias antes do término do período aquisitivo (art. 143, § 1º, da CLT). Coletiva depende de CCT ou ACT (art. 143, § 2º, da CLT). Não se aplica aos empregados em regime de tempo parcial (art. 143, § 3º, da CLT). 18.11 – Data do pagamento das férias e do abono: 2 dias antes do gozo (art. 145, caput, CLT). 18.12 – Efeitos na cessação do contrato: Empregado com + de um ano: férias simples ou dobro (art. 146, caput, da CLT). Férias proporcionais (art. 146, parágrafo único, da CLT) exceto na despedida por justa causa – Súmula 171/TST. Culpa recíproca (Súmula n. 14/TST- 50% das férias prop.). Empregado com menos de um ano: art. 147/CLT e Súmula 261/TST. 18.13 – Prescrição: Art. 149/CLT- período concessivo. F I M 1. Bibliografia ALVARENGA, Maria Amália de Figueiredo Pereira, ROSA, Maria Virgínia de Figueiredo Pereira do Couto. Apontamento de metodologia para a ciência e técnicas de redação científica. 2. ed. Porto Alegre. Fabris, 2001. CARRION, Valentin. Comentários à consolidação das leis do trabalho. 26ª ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 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