Prévia do material em texto
FACULDADE DE IMPERATRIZ – FACIMP GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA DIOGO HENRIQUE DE SOUSA GUIMARÃES FARMÁCIA: farmacobotânica Imperatriz - MA 2022 DIOGO HENRIQUE DE SOUSA GUIMARÃES FARMÁCIA: farmacobotânica Trabalho apresentado ao curso de Farmácia da Faculdade de Imperatriz - FACIMP, como requisito obrigatório para obtenção de nota na disciplina de Farmacobotânica. Prof.:Rafaela Imperatriz - MA 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4 2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 5 2.1 Taxonomia e a sua importância no estudo da Farmacobotânica................... 5 2.2 Farmacopeia ...................................................................................................... 6 2.3 Propriedades da Aloe vera ................................................................................ 7 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 19 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 11 4 1 INTRODUÇÃO A ciência está presente no cotidiano, nos laboratórios, por meio da produção de alimentos, nos combustíveis, na produção de energia, nas propagandas, na tecnologia, no meio ambiente em todos os lugares. Portanto, é importante que haja a obtenção do conhecimento, sendo essencial para o desenvolver da sociedade (VOIGT, 2019). O estudo em Farmácia é importante para o setor da saúde e favorece, por meio dos estudos, a melhoria para a saúde e a qualidade de vida e bem-estar. Por meio desse ramo, no dia-a-dia pode ser desenvolvidos fármacos, cosméticos, entre outros, assim também como na produção de vacinas (OLIVEIRA, 2013). Os processos químicos ocorrem por meio de propriedades de átomos e moléculas. Quando é feito o estudo da origem da vida, contudo, é imprescindível não observar que há a composição de estruturas químicas organizadas na natureza e no ser humano (VIEIRA et al., 2022). A abordagem de Ciências Naturais compreende o estudo do conteúdo da Biologia, Física e Química. O objeto de estudo da Química, que faz a aplicação de experimentos, assim também como as matérias e suas alterações e, por meio disso, há a possibilidade de compreender os fenômenos que acontece a nossa volta (MACHADO et al., 2018). Por isso, é importante o estudo sobre a temática, assim também como suas propriedades e sua importância. Por isso, é necessário que haja a compreensão dos conceitos básicos, os componentes que envolvem a aplicação no cotidiano e sua importância para a sociedade (SILVA, 2020). No curso de Farmácia, as plantas estão relacionadas a uso na medicina, assim também como a aplicação na área da cosmética e na botânica forense. A Farmacobotânica está associada com as plantas medicinais, assim também como detalhes da caracterização morfológica externa e da anatomia vegetal. Por isso, o conhecimento da Farmacobotânica colabora para permitir ao farmacêutico atuar no controle de qualidade de plantas medicinais (RAVEN, 2014). 5 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Taxonomia e a sua importância no estudo da Farmacobotânica A Ciência consiste em um processo de distinguir o universo natural através da observação e do experimento utilizando um método científico. O conhecimento científico é melhor processo que a humanidade tem para entender sobre o universo ao nosso redor. A Ciência tem diversos conflitos com outras áreas da atividade humana, mas é impossível pensar em desenvolvimento sustentável, educação e saúde sem ciência (VITOR, 2020). É considerada uma das fundamentais ciências responsáveis pelo desenvolvimento. Faz parte do campo científico sendo um dos principais fatores no desenvolvimento de elementos e tecnologias que incentivam o avanço científico da sociedade. Além disso, é uma área que tem aplicabilidade em diversos setores da indústria nacional (MENEZES; CAREGNATO, 2018). O estudo sobre as propriedades tem como finalidade desenvolver o conhecimento sobre os elementos na natureza, assim como a contribuição para a sociedade, tais como, alimentos e fármacos, além de energia e matérias-primas, transportes, entre outros. Embora a Química esteja presente na sociedade do ser humano, ainda há a falta de conhecimento acerca dessa ciência (SILVA et al., 2020) A taxonomia é o ramo da biologia responsável por descrever, identificar e nomear os seres vivos de acordo com os critérios estabelecidos, como aspectos morfológicos, genéticos, fisiológicos e reprodutivos. As sete categorias taxonômicas são: reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie. É a área da Biologia que classifica, organiza e descreve os seres vivos. Essa sistematização é fundamental porque facilita a compreensão de seus parentescos, o estudo do desenvolvimento e o controle de experimentos (WHEELER, 2008). A taxonomia biológica, aproximadamente definida como a ciência da classificação, é o campo mais importante para as ciências da vida, principalmente para programas de pesquisa voltados para a biodiversidade, conservação e evolução. Paradoxalmente, o conhecimento científico produzido pelos taxonomistas é erroneamente considerado intelectualmente pobre, antiquado (PINTO et al., 2020). Taxonomia reflete a necessidade que o homem tem de entender o padrão de diversidade entre os organismos e de explicar a origem de sua própria espécie. A 6 Taxonomia ou Sistemática Vegetal é uma área da Botânica que visa estabelecer uma imagem completa da grande diversidade de organismos, por meio da organização das plantas em um sistema filogenético, considerando suas características morfológicas internas e externas, suas relações genéticas e suas afinidades (RODRIGUES, 2018). Compreende a identificação, a nomenclatura e a classificação, sendo dinâmica, preocupando-se com a segurança do nome científico atualizado, o qual pode ser modificado à medida que o conhecimento avança, objetivando uma identificação correta das plantas (SILVA et al., 2014). A capacidade de observação e de representação são outras importantes habilidades relacionadas à Botânica, que permitem analisar os organismos destacando suas peculiaridades e reconhecendo semelhanças. Assim também, interpretar estruturas tridimensionais constitui uma habilidade essencial para compreender anatomia vegetal e a relação forma-função em plantas (BARATTO, 2021). O emprego de plantas como recurso terapêutico é amplamente difundido nas comunidades não tradicionais, principalmente como uma forma “natural” de tratamento. Entretanto, é muito comum as pessoas usarem as plantas em comunidades não tradicionais, pela indicação de amigos, vizinhos ou parentes. Esta prática pode levar ao mau uso ou ainda ao uso incorreto do remédio, podendo causar mau a quem o consome (SOUZA; FLORES, 2013). 2.2 Farmacopeia A Farmacopéia é um código que estabelece parâmetros de qualidade e métodos de análise para os insumos e medicamentos. É adotada oficialmente pelo País e, por ser oficial, todos os medicamentos produzidos no País, ou importados, são obrigados a adotá-la e seguir os seus procedimentos de controle de qualidade (GONÇALVES, 2017). A Farmacopeia Brasileira é o código oficial farmacêutico do país, onde se estabelecem os requisitos mínimos de qualidade para insumos farmacêuticos. A Farmacopeia é um compêndio de monografias de medicamentos e métodos que reúne os padrões técnicos para fabricação e controle de qualidade dos produtos farmacêuticos utilizados pela população. A elaboração e atualização deste 7 documento são vistas como ação estratégicapara a autonomia do país na produção de medicamentos e incentivo ao desenvolvimento dos laboratórios nacionais (BRASIL, 2010). São documentos que contêm registros de padrões de qualidade e especificações para produtos farmacêuticos e matérias-primas oficiais em um país ou região. Para atender aos mercados nacionais, há uma constante necessidade de promover o seu aprimoramento, com inclusão de especificações padronizadas, substâncias químicas de referência e métodos gerais. Ao mesmo tempo, é necessário que tais especificações estejam alinhadas ao mercado globalizado que deseja a harmonização (GONÇALVES, 2017). As obras da Farmacopeia Brasileira são construídas em conjunto com a Anvisa, com membros do setor acadêmico brasileiro e com membros do setor regulado, contribuindo, por sua natureza, como um instrumento regulatório essencial para a Anvisa, aplicado tanto no registro como na fiscalização e monitoramento dos produtos sob vigilância sanitária (BRASIL, 2010). 2.3 Propriedades da Aloe vera A Aloe Vera tem a nomenclatura botânica “Aloe vera (L.) Burm. f.”, enquanto que a nomeclatura popular é aloe ou babosa. A história da Aloe vera é antiga e se encontra presente na literatura de diversas culturas, seu nome significa substância amarga e brilhante. Foi conhecida no Egito antigo como a “planta da imortalidade”, utilizada por Cleópatra nos cuidados da pele e do cabelo (BARBOSA FILHO, 2022). Cresce naturalmente em climas secos e quentes. É constituída pelo tecido denominado mucilagem de Aloe Vera, que é composto aproximadamente por 98% de água, os compostos ativos encontram-se nos 2% restantes. No gel da planta há mais de 75 bioativos, dentre eles aloe-emodina, flavonóides, saponinas (FREITAS et al., 2014). A planta é constituída de folhas verdes túrgidas, com formato de roseta, no qual cada folha é composta de duas partes distintas, sendo uma casca verde externa denominada pele e interiormente composta por uma polpa clara denominado gel. São várias propriedades terapêuticas atribuídas a Aloe vera, dentre as mais importantes: ações antibacterianas, purificantes, purgantes, anticancerígeno, antifúngico e antioxidante (SOTILLI, 2015). 8 Ela é uma planta que é utilizada há muito tempo com objetivos fitoterápicos, mas com o passar dos anos também passou a ser aplicada nas indústrias de cosméticos, possuindo uma variedade de produtos. É eficaz para a hidratação, ressecamento da pele e também propicia uma melhora da função de barreira evitando coceiras e erupções (RAMOS, PIMENTA, 2011). A Babosa, como é conhecida, possui bordas envoltas de dentes espinhosos triangulares curtos e espaçados. Suas folhas são estratificadas em duas partes principais, uma externa no qual se destaca a casca verde formada pela epiderme, parênquima clorofiliano e feixes vasculares e outra que em seu interior apresenta um tecido mucilaginoso e incolor, denominado de polpa ou gel da folha (SOUZA et al., 2020). Ela é bastante difundida por suas propriedades bioativas destinadas ao mercado farmacêutico, nutracêutico e estético. A composição química da planta varia, dependendo do clima e condições de crescimento. Em geral, ela contém constituintes potencialmente ativos relatados, como vitaminas, enzimas, minerais, açúcares, lignina, saponinas, ácidos salicílicos e aminoácidos (BARBOSA FILHO, 2022). As babosas são de fácil cultivo, pois não são exigentes quanto ao solo, desde que este seja drenado e permeável, mas são sensíveis à acidez. Conhecida há pelo menos três mil anos, vem sendo bastante usada e teve o interesse da ciência oficial. Atualmente há diversas pesquisas nos hospitais e na indústria cosmética que fazem o estudo e busca suas aplicações nas múltiplas funções, tais como a fitoterapia (NASCIMENTO et al., 2021). 9 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo evidenciou a importância para a compreensão sobre a Farmacobotânica e suas nomenclatura e propriedades, de forma que haja entendimento desse ramo e com isso estar atento aos fenômenos que ocorrem diariamente no meio em que estamos inseridos. Por meio do estudo, o acadêmico tem a potencialidade de ter o entendimento cientificamente das situações do cotidiano, tendo um olhar e aplicações de métodos científicos. Acredita-se que a aplicação do ensino e compreensão sobre a farmacobotânica haja o incentivo acerca dessa temática são necessários para haver cada vez mais o entendimento sobre as características da mesma. Compreender os elementos é cada vez mais necessário, sendo perceptível que ela está presente em cada parte do ser humano e no meio que está inserido. Na natureza é encontrado diversos elementos, de diferentes formas e composições, por isso, é fundamental ter o entendimento do que está ao nosso redor e em nosso funcionamento. O estudo das estruturas moleculares e os processos químicos responsáveis pela vida. Dentre as diversas espécies moleculares e minerais existentes, estão presentes na vida da Terra, em que cada biomoléculas apresenta uma função essencial na célula, dentre essas: carboidratos, aminoácidos, lipídios e ácidos nucleicos. Através do estudo sobre o assunto há o incentivo para a ampliação do estudo sobre a temática, sendo desenvolvido a percepção e análise de seus elementos. É necessário durante no ensino de assunto haja a preocupação de ter busca científica, promovendo avanços fundamentais para o avanço do ramo. 10 REFERÊNCIAS BARBOSA FILHO, José et al.. Propriedades farmacológicas do Aloe vera: uma revisão integrativa. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , [S. l.] , v. 11, n. 3, pág. e6311326062, 2022. Disponível em: <https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26062>. Acesso em: 06 set. 2022. BRANDÃO, Heloisa. Farmacopéia brasileira: o sonho de crescer. Pharmacia Brasileira, v.1, p.13-17, mar/abr, 2001. Disponível em: < https://cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/97/farmacopeia.pdf>. Acesso em: 08 set. 2022. BRASIL. Farmacopeia Brasileira. 5. ed. Brasília: Anvisa, 2010 FREITAS, Vinícius et al. Propriedades farmacológicas da Aloe vera (L.) Burm. f. Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, v.16, n.2, p.299-307, 2014. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/rbpm/a/xVWmRtwnWBjLcSmMJKjcCcN/?format=pdf&lang=pt >. Acesso em: 08 set. 2022. GONÇALVES, Riviane Matos. Situação dos fitoterápicos na Farmacopeia Brasileira: uma avaliação sistematizada. Brasília, 2017. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, 2017. LIPORINI, Tania. O ensino de sistemática e taxonomia biológica no Ensino Médio da Rede Estadual no município de São Paulo-SP. 1ed. São Paulo, 2016. MACHADO, Lucilene et al. A importância da experimentação em química nas aulas de ciências naturais no ensino fundamental: um estudo com os alunos de 8° e 9° ano de uma escola de orizona-GO. Multi-Science Journal. v.1, n.13, p.9-14, 2018. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencias.pdf>. Acesso em: 06 set. 2022. MOURA, Regina. Farmacobotânica. Rio de Janeiro: SESES, 2017. NASCIMENTO, Maria et al. Benefícios da utilização da babosa (Aloe vera) na fitoterapia. Research, Society and Development, v. 10, n. 16, p.14-21, 2021. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i16.24244>. Acesso em: 06 set. 2022. OLIVEIRA, Douglas et al. Experimentação na concepção de professores mestrandos em ensino de Ciências Naturais. REAMEC, v.8, n.1, p.10-28, 2020. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.26571/ reamec.v8i1.9251>. Acesso em: 06 set. 2022. OLIVEIRA, Olga Maria et al. Química. Cultura Acadêmica. ed. 3. Núcleo de Educação, São Paulo, 2013. PINTO, Angelo et al . As publicações sobre taxonomia estão sob ataque? Preprints [online], v.7, n.3, p.13-22, 2020. Disponível 11 em: <https://preprints.scielo.org/index.php/scielo/preprint/view/1164/version/1243>. Acessoem: 06 set. 2022. RAMOS, Antoniela; PIMENTEL, Luciana. Ação da babosa no reparo tecidual e cicatrização. Brazilian Journalof Health. ,v. 2, n. 1, p. 40-48, jan-abril, 2011. Disponível em: <http://inseer.ibict.br/bjh/index.php/bjh/article/viewFile/73/84>. Acesso em: 06 set. 2022. RAVEN, Suzan. Biologia vegetal. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. RODRIGUES, Ana Carolina. Plantas úteis da ordem zingiberales utilizadas pelos agricultores de Magé – Rio de Janeiro : utilizações populares, indicações, cultivo e colheita. 1.ed. Rio de Janeiro : Cerceau, 2018. ROSA, João.; MARTINS, Lúcia. Reflexões sobre o ensino da taxonomia e da sistemática filogenética e o desenvolvimento do pensamento abstrato. Obutchénie. Revista de Didática e Psicologia Pedag´ogica, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 376–410, 2017. DOI: 10.14393/OBv1n2a2017-7. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/Obutchenie/article/view/40835. Acesso em: 8 set. 2022. SILVA, Brenna et al. A Química no Cotidiano: uma Sequência Didática como Ferramenta para a Aprendizagem de Conceitos Químicos Envolvidos nos Primeiros Socorros. Rev. Ens. Educ. Cienc. Human., v. 21, n. 3, p. 357-364, 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.17921/2447-8733.2020v21n3p357-364>. Acesso em: 06 set. 2022. SILVA, Regina et al. Noções morfológicas e taxonômicas para identifi cação botânica. Brasília, DF : Embrapa, 2014. SOTILLI, C. M. Utilização de aloe vera na promoção da saúde e seus riscos em potencial pelo uso Indiscriminado. São Paulo, 2015. SOUZA, Carolinne et al. Atividade antibacteriana direta e combinada do extrato etanólico de Aloe vera (babosa). RevUNILUS Ensino e Pesquisa., v. 17, n.48, p. 171-85, 2020. Disponível em: <http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/1314>. Acesso em: 07 set. 2022. SOUZA, Vinicius; FLORES, Thiago. Introdução à botânica: Morfologia. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2013. VIEIRA, Frederico et al. Habitabilidade cósmica e a possibilidade de existência de vida em outros locais do universo. Rev Bras Ensino de Física, v. 40, n. 4, 2018. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1806-9126-rbef-2017-0325>. Acesso em: 06 set. 2022. VOIGT, Carmen Lúcia. O ensino de química. ed.2, Ponta Grossa: Atena Editora, 2019. https://preprints.scielo.org/index.php/scielo/preprint/view/1164/version/1243 12 WHEELER, Hayashi. Introdutório : Rumo à Nova Taxonomia. The New Taxonomy, Systematics Association Special Volume Series. Boca Raton: CRC Press, 2008.