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FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA

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VICTORIA CHAGAS 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FARMACOCINÉTICA 
E FARMACODINÂMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VICTORIA CHAGAS 
 
2 
 
FARMACOCINÉTICA 
 O que o corpo faz com o medicamento desde a ingestão até a excreção. 
 
❖ ABSORÇÃO 
 
 O processo de passagem do fármaco até o plasma. 
 Há a droga livre e a droga ligada (A droga ligada é absorvida mais rapidamente) 
 Os fármacos devem passar pelas membranas celulares. O peso molecular, disposição 
estrutural, grau de ionização e lipossolubilidade são fatores que influenciam 
 Os fármacos podem atravessar a membrana celular das seguintes formas: 
 
• Difusão passiva através dos lipídios: 
- Forma mais comum de transporte, que ocorre a 
favor do gradiente de concentração. 
- Se o fármaco não for um eletrólito ou não tiver 
carga, pode atingir o equilíbrio. 
- A maioria dos fármacos são ácidos ou bases 
fracas, na forma ionizada ou não. 
- Depende do pH do meio e do PKa da droga (o 
PKa é o pH no qual metade da droga está 
ionizada). 
- Os compostos sem carga (não ionizados) passam 
pela membrana mais facilmente, ou seja, são mais 
lipossolúveis. 
- Para ser eliminado do corpo, é melhor que o 
fármaco seja mais hidrossolúvel. Pelo contrário, para 
ser absorvido, é melhor que seja lipossolúvel. 
• Transporte mediado por transportadores 
- Pode ser transporte ativo ou passivo. 
- Os transportadores são proteínas transmembranas. 
- PASSIVO: glicose, vitaminas, aminoácidos. 
- ATIVO: secreção de HCl no estômago. 
 
• Difusão pelos poros aquosos (aquaporinas): 
Somente fármacos muito pequenos. 
 
• Pinocitose: 
- Ocorre com macromoléculas. 
- Ex: insulina, através da barreira hematoencefálica. 
 
 BIODISPONIBILIDADE: É a porcentagem do fármaco que chegou ao seu local de ação, ou 
seja, que realmente foi absorvido. A biodisponibilidade depende de várias coisas 
(propriedades dos fármacos, pH, PKa da droga). 
- É possível que ocorra o metabolismo da droga pelo fígado e a excreção biliar antes 
mesmo de o fármaco atingir a corrente sanguínea. Também pode ocorrer uma ativação 
do fármaco pelo meio ácido do estômago ou por enzimas intestinais. 
- O que sobra e realmente atinge a corrente sanguínea é a biodisponibilidade. 
 
 
 BIOEQUIVALÊNCIA: Dois medicamentos são equivalentes quando possuem os mesmos 
princípios ativos e possuem idênticas potência, concentração, posologia e via de 
administração. 
VICTORIA CHAGAS 
 
3 
 
- Quando passa pelo teste de equivalência, é um medicamento genérico. 
- O similar não passou pela bioequivalência. 
- O medicamento de referência pode ser trocado pelo similar intercambiado ou pelo 
genérico. Mas o similar intercambiado não pode ser trocado pelo genérico, nem o 
contrário. 
 
❖ VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS FÁRMACOS: 
 
• Via oral: deve haver a deglutição. 
- Ocorre a absorção. 
- Fatores que alteram a absorção gastrointestinal: motilidade GI, fluxo sanguíneo, tamanho, 
vômito, presença de alimentos. Porém, alguns são melhor absorvidos com a presença de 
alimentos (ex. Anita) 
 
• Via sublingual: cai diretamente na circulação sistêmica – drenagem para veia cava 
superior. 
- Absorção muito rápida. 
- Muito usados com fármacos instáveis em PH ácido (pois não passa pelo estômago). 
- Não passa pelo fígado/TGI. 
 
• Via retal: 
- Em pacientes inconscientes, crianças em estado convulsivo, cirurgias n TGI. 
- É muito vascularizado, mas a absorção é irregular e incompleta. 
 
• Injeções parenterais: Via intravenosa, subcutânea, intramuscular e intratecal. 
- Intravenosa: precisa ter exatidão na dose. Pode ser usada para grandes volumes. 
Inadequado para soluções oleosas ou insolúveis. 
Não ocorre absorção. 
- Subcutânea: usada para pequenos volumes. É 
injetado no tecido celular subcutâneo. 
- Intramuscular: os músculos tem muita 
vascularização. O musculo deltóide tem uma 
absorção mais rápida. 
- Intratecal ou epidural: evita a barreira 
hematocefálica. 
 
• Via pulmonar: geralmente usada para doenças pulmonares, para ter um efeito local. 
Usada com fármacos gasosos ou aerossóis. 
 
• Nas superfícies: 
- Poucos medicamentos penetram na pele, apenas os bem lipossolúveis. 
- Usado principalmente com hormônios esteroides (lipossolúveis). 
- Veículos oleosos são melhores e mais rapidamente absorvidos. (veículos = creme, pomada, 
gel, etc.) 
 
 
 
 
❖ DISTRIBUIÇÃO 
VICTORIA CHAGAS 
 
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 É a passagem do fármaco da corrente 
sanguínea para os locais-alvo. 
 Quanto mais vascularizado e maior o 
fluxo sanguíneo da região-alvo, mais 
rapidamente ocorre essa distribuição. 
 Os fármacos podem estar na forma 
ligada ou não ligada a proteínas. 
 FÁRMACOS LIGADOS: são ligados a 
proteínas plasmáticas, geralmente 
albumina e β-globulina. 
 Para passar pelo endotélio capilar, os 
fármacos ficam desligados. 
 As moléculas de fármaco ligadas a proteínas 
ficam retidas para que ocorra o desligamento e a 
passagem. 
 A fração livre de fármaco aumenta em idosos e 
gestantes. Em gestantes isso ocorre pela 
hemodistribuição. 
 A quantidade de fármaco distribuída 
depende: 
• Do fluxo sanguíneo do local 
• Do débito cardíaco 
• Lipossolubilidade 
• Gradiente de PH entre os líquidos intra e 
extracelular 
• Diferença na estrutura do endotélio capilar 
• Ligação as proteínas plasmáticas. 
 
 LIGAÇÃO TECIDUAL: alguns fármacos ficam retidos em certos tecidos, o que pode servir de 
reservatório, podendo prolongar a ação do fármaco naquele tecido. Ocorre muito no 
tecido ósseo e adiposo. 
 
 REDISTRIBUIÇÃO: é a passagem da droga de seu local de ação para outros locais e 
tecidos. O término do efeito de um fármaco geralmente ocorre com seu metabolismo e 
excreção, mas pode ocorrer a redistribuição. Esse processo geralmente ocorre com 
fármacos muito hidrossolúveis. 
DESAFIO: Nilson, 56 anos, diabético, faz uso contínuo de hipoglicemiante oral, mas quando 
sente dores costuma fazer uso do ácido acetilsalicílico (AAS). Sabendo que o AAS se liga 
extensamente a proteínas plasmáticas (taxa de ligação >95%) e que o hipoglicemiante oral 
possui uma taxa de ligação de 90%, qual o principal risco dessa interação? 
R: o risco é a hipoglicemia, pois como os dois fármacos tem alta ligação, eles vão competir 
pela ligação com as proteínas. Assim, vai ficar muito fármaco livre, e o efeito vai ser muito 
grande, podendo causar hipoglicemia. 
 MEIA-VIDA: tempo necessário para que a concentração do fármaco se reduza à 
metade. Muito usado para definir posologia. 
 
 
❖ METABOLISMO OU BIOTRANSFORMAÇÃO 
 
VICTORIA CHAGAS 
 
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 Em geral, ocorre a transformação do fármaco em compostos menores, inativos e mais 
polares, mais facilmente excretados. 
 No entanto, o corpo pode transformar o fármaco em substâncias com propriedades 
tóxicas ou metabólicos ativos de componentes endógenos, como ocorre com a 
biossíntese do colesterol. 
 A farmacogenética estuda essas enzimas responsáveis por essas conversões. 
 A maioria dos fármacos são eliminados pela urina, inalterados ou na forma de metabólitos 
polares. Alguns são secretados pela bile, mas a maioria é reabsorvida no intestino. Em 
algumas ocasiões, são excretados pelas fezes. A excreção pelos pulmões ocorre com 
fármacos voláteis ou gasosos. Alguns fármacos são também eliminados pelo suor ou leite 
materno. 
 Os fármacos são, no geral, metabolizados no fígado, no retículo liso e 
no citosol. → sistema enzimático do citocromo P450 – CYP. 
 As enzimas do P450 são heme-proteicas (Fe+3). O nome P450 vem de 
pink e 450nm de comprimento de onda. Os diferentes membros da 
família apresentam especificidade com o substrato, mas que 
geralmente se sobrepõe (algumas enzimas atuam no mesmo 
substrato em velocidades diferentes). 
 O metabolismo de fármacos é classificado em dois tipos: 
 
• Reações de funcionalização dafase I 
 Ocorre principalmente no retículo endoplasmático liso. 
 Tornam a droga mais ativa 
 Envolve os processos de oxidação, redução, hidrólise, que introduzem ou expõem na 
molécula de fármaco um grupo reativo. 
 Introdução ou retirada de grupos funcionais do composto original, causando, geralmente, 
perda da atividade farmacológica. 
 Alguns fármacos podem perder sua atividade e outros ganharem. 
 Muitas enzimas hepáticas que fazem o metabolismo da fase I (incluindo as do 
cromossomo P450) são associadas a membranas do REL. → enzimas microssômicas 
(fragmentos muito pequenos de REL após centrifugação. 
 Os pró-fármacos são metabolicamente inativos e são ativados quando vão circulando. 
Isso ocorre pois a pró-droga é mais facilmente absorvida. Esses compostos passam por 
reações químicas, geralmente hidrólise de uma ligação éster ou amida, para serem 
ativados. 
 Ex: inibidores da enzima conversora de 
angiotensina (ECA), usado para 
hipertensão, ácido acetilsalicílico, 
captopril (converte angiotensina I em II 
– para pressão), carbidopa. 
 
• Reações de biossíntese da fase II 
(conjugação): 
 Ocorre principalmente no citosol. 
 Realizam uma ligação covalente entre o grupo funcional do composto original ou do 
composto resultante da fase I com o ácido glicurônico, sulfato, glutationa, aminoácidos 
ou acetatos formados pelos processos endógenos. 
 Esses conjugados são altamente polares, inativos e facilmente excretados. 
 
VICTORIA CHAGAS 
 
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 Fatores que alteram o metabolismo: 
• Inibição enzimática: competitiva ou 
não competitiva. 
• Indução enzimática: aumento da 
síntese ou redução da destruição 
enzimática. 
• Variação biológica: redução, 
aumento ou perda da atividade 
catalítica. 
• Idade e sexo: o recém-nascido e os idosos tem diminuição dos processos enzimáticos. 
• Doenças: principalmente doenças que afetam o fígado, insuficiência cardíaca, que reduz 
a perfusão hepática. 
• Dietas e fatores ambientais 
 
 ESTEREOSELETIVIDADE (ISÔMEROS) 
- Quando um fármaco existir na forma de isômero, 
o receptor pode ter afinidade por apenas um dos 
dois ou pode haver competição pela absorção e 
metabolismo. Além disso, os isômeros podem seguir 
vias de metabolismos diferentes entre si, e alguns 
casos de toxicidade são relacionados a apenas 
um dos isômeros (ex talidomida). 
- Há fármacos que produzem metabólitos ativos 
(ex diazepam) e fármacos que produzem 
metabólitos tóxicos (ex paracetamol). 
 
❖ EXCREÇÃO OU ELIMINAÇÃO 
 
 DEPURAÇÃO: É a medida da eficiência do 
organismo para eliminar um fármaco da 
circulação sistêmica. 
 DISTRIBUIÇÃO: O volume de distribuição (V) relaciona a quantidade de fármaco no 
organismo com sua concentração (C) no sangue ou no plasma. V = Q/C 
 Os fármacos podem ser eliminados pelos sistemas: 
• Renal Biliar/fecal 
• Pulmonar 
• Salivar 
• Mamária, sudorípara, lacrimal 
 
 EXCREÇÃO RENAL: envolve os seguintes processos: 
• Filtração glomerular: os fármacos atravessam a barreira glomerular livremente. 
• Secreção tubular ativa: mais eficiente que a filtração glomerular para a eliminação do 
fármaco. Transporte ativo. 
• Difusão passiva pelo túbulo renal (reabsorção): drogas muito polares tem baixa 
permeabilidade tubular, permanecem no túbulo e são excretadas mais rapidamente. 
Há fármacos que são ácidos ou bases fracas. Para aumentar a excreção de uma 
droga ácida, você poderia basidificar a urina. 
 
 
 
FARMACODINÂMICA 
VICTORIA CHAGAS 
 
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 É o estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e dos seus mecanismos de 
ação – o que o fármaco faz com o corpo. 
 FARMACOCINÉTICA: Estudo dos processos de absorção, distribuição, metabolismo e 
excreção de um fármaco pelo organismo. 
 A maioria dos alvos farmacológicos são representados por moléculas proteicas, sendo as 
principais os receptores, enzimas, canais iônicos e moléculas transportadoras. 
 Os fármacos não vão produzir reações celulares ou fisiológicas novas, não há produção 
de alguma via de sinalização, eles só vão estimular ou diminuir a ação 
 A administração de um mesmo medicamento, na mesma dose, via e intervalo de 
administração não produzem efeitos fisiológicos iguais em diferentes pessoas, pois varia 
muito de sexo, idade, metabolismo, etnia, hábitos de vida entre outros. 
 O antagonista e agonista inverso possuem efeitos fisiológicos semelhantes, pois ambos 
vão reduzir a resposta biológica, ou inibir que esta aconteça. 
 AFINIDADE: tendência a ligar-se aos receptores 
 SELETIVIDADE: especificidade de sítio de ligação e de ligante (nenhuma substância atua 
com total especificidade, o que é responsável pelos efeitos colaterais) 
 EFICÁCIA: capacidade de promover efeito na cascata de sinalização 
 DROGA: qualquer substância química de estrutura conhecida, que não seja um nutriente 
ou um ingrediente essencial da dieta, que quando administrada a um organismo vivo, 
produz um efeito biológico 
 MEDICAMENTO: preparação química, que pode conter uma ou mais drogas, administrado 
com a intenção de produzir um efeito terapêutico. 
 FÁRMACO: substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de 
propriedade farmacológica. Sinônimo de princípio ativo. 
 REMÉDIO: tudo aquilo que cura, alivia ou evita uma enfermidade. Abrange não só os 
agentes químicos (medicamentos), como os agentes físicos (duchas, massagens, etc) 
 
❖ ANTAGONISTA 
 É um fármaco capaz de se ligar a um tipo de receptor, mas não é capaz de produzir uma 
resposta bioquímica intracelular 
 Produz seu efeito fisiológico por bloquear a ligação de seu agonista fisiológico 
 TOTAL: atua em vários subtipos de receptores, tendo efeitos mais amplos (efeito máximo) 
- Em casos de intoxicação que atue em grande número de receptores, o antagonista 
total protegeria mais o organismo. 
 PARCIAL: atua apenas em receptores específicos e limitados, deixando outras opções 
para os agonistas. 
- Independente da quantidade, o parcial não vai anular completamente os efeitos de um 
agonista. Em farmacologia, quando mais específico, menos efeitos colaterais (atua 
apenas na fonte do problema), por isso são os mais usados. 
 COMPETITVO: o fármaco se liga ao receptor sem ativá-lo e impede ligação do agonista 
 NÃO COMPETITIVO: não compete com o agonista pelo receptor, pois liga-se em um sítio 
diferente do receptor. Bloqueia a cascata de reações em algum ponto 
 REVERSÍVEL: o agonista consegue deslocar o antagonista. 
- Gráfico sigmoide. A curva é deslocada para a direita, mas não muda a inclinação. 
 IRREVERSÍVEL: o agonista não consegue deslocar o antagonista. 
 ANTAGONISMO QUÍMICO: o antagonista liga-se ao agonista inativando-o. 
VICTORIA CHAGAS 
 
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 ANTAGONISMO FISIOLÓGICO: parecido com o não competitivo, mas ocorre 
fisiologicamente. Há um receptor que faz certa ação e um receptor que causa o efeito 
contrário. 
 ANTAGONISTA FARMACOCINÉTICO: o antagonista altera alguma característica 
farmacocinética do agonista (absorção, distribuição, eliminação), diminuindo sua 
concentração no local de ação. 
 
❖ AGONISTA 
 É um fármaco capaz de se ligar a um tipo de receptor. 
 Pode potencializar/intensificar uma cascata de sinalização intracelular 
 Pode ser total ou parcial dependendo da sua eficácia 
 Certos fármacos não geram resposta máxima por mais que se eleve sua concentração 
 Para que um fármaco agonista exerça seu efeito máximo em um tecido ou órgão não é 
necessário que todos os receptores sejam ocupados pelas moléculas do fármaco, 
depende muito do receptor e do neurotransmissor. 
 
❖ AGONISTA INVERSO 
 Seu efeito vai além do antagonista neutro (que bloqueia sem gerar efeito), ele vai fazer o 
efeito contrário ao agonista. 
 
 
❖ ATIVIDADE CONSTITUTIVA OU INTRÍNSECA 
 Capacidade de um receptor se ativar ou inativar automaticamente mesmo sem um 
ligante. Quando há um ligante agonista, ele tem afinidade com o receptor ativo, assim vai 
potencializar uma cascata de sinalização. 
 Se houver um agonista inverso, ele terá afinidade com o receptor inativo e vai diminuir a 
cascata de sinalização. 
- Se um agonista inverso atuar em um receptor que não tem atividade constitutiva, ele vai 
agir que nem um antagonista, inibindo uma ação, pois vai se ligar ao receptor e impedir 
que um agonista se ligue. 
 O antagonista vai agir em ambos os receptores, inibindo qualquer resposta. 
 
❖ ALVOS PARA AÇÃO DE FÁRMACOS 
• ENZIMAS 
 O substrato liga-se no sítio ativo. 
 O medicamento pode ser um falso substrato → a molécula do medicamento liga-se no 
sítio ativo, mas o substrato é convertido em outro fármaco. 
 Exemplos: ácido acetilsalicílico, captopril (converte angiotensina I em II – para pressão), 
 
 
• MOLÉCULAS TRANSPORTADORAS 
 São proteínas. 
 Pode ser ativo ou passivo (com ou sem gasto energético). 
 Transporte, cotransporte, simporte e antiporte. 
 Exemplos: antidepressivos (alguns que aumentam a quantidade de neurotransmissores, 
inibindo sua recaptação), omeoprazol. 
 
• CANAIS IÔNICOS 
 Compostos por proteínas transmembranas. 
 Podem ser de cátions ou ânions, seletivos ou não seletivos. 
VICTORIA CHAGAS 
 
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• PROTEÍNAS RECEPTORAS 
 Podem ser dos seguintes tipos: 
1. Acoplados a canais iônicos (ionotrópicos): é o mais rápido. 
- Excitatórios: glutamato 
- Inibitórios: GABA 
 
2. Acoplados a proteína G: é mais demorado que canais iônicos. 
- A proteína G atravessa 7 vezes a membrana celular, formando um feixe de 7 α-hélices. 
- A proteína G é transdutora de sinais, ou seja, transmite a informação de que o agonista está 
ligado ao receptor de uma proteína efetora. 
- A proteína G possui uma subunidade α para a ligação do nucleotídeo guanina. 
 
 Principais alvos para a proteína G: 
- Adenilato ciclase: enzima responsável pela formação do AMPc. Converte ATP em AMPc. 
O AMPc ativa várias proteínas quinases, que fosforilam diferentes proteínas alvo 
- Fosfolipase A: quando ativada com a proteína G, atua sobre os fosfolipídios de 
membrana, convertendo-os em ácido araquidônico COX/LOX (ciclo-oxigenase e lipo-
oxigenase). Os Anti-inflamatórios inibem a ação dessas fosfolipases. 
 
 Principais alvos para o AMPc: 
- PKA (holoenzima): em baixas concentrações de AMPc, as subunidades da PKA não 
conseguem se ligar e ela fica inativa. Quando a PKA é ativada, ela se difunde pelo 
citoplasma e fosforila proteínas. 
- PKG (proteinocinase dependente do GMP cíclico). 
 
3. Ligados a enzimas intracelulares quinase 
4. Receptores nucleares

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