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Política e Ética em Aristóteles
Aristóteles (384- 322 a. C)
Discípulo de Platão, Aristóteles se afastou das ideias de seu mestre, rejeitando sua teoria das ideias;
Teria escrito mais de 200 livros;
É chamado de pai da lógica;
Antecede uma posição importante na teoria do conhecimento: o empirismo.
discordância com Platão
preponderância da experiência (epistemologia);
hylemorfismo (ontologia);
o papel do hábito no desenvolvimento de virtudes (ética);
a busca por uma descrição da política mais do que uma idealização - como na República de Platão.
Ética em Aristóteles
Na perspectiva aristotélica a ética está centrada na ideia de eudaimonia (que poderia ser traduzida por felicidade ou florescimento, desenvolvimento).
É um tipo de felicidade que vem de dentro, de se tornar um tipo específico de pessoa. Tem a ver com as características que desenvolvemos ao longo da vida: paciência, justiça, coragem, temperança são visto como virtudes.
Ética da Virtude
•O foco é no caráter e não na ação.
•Não quer saber que ações estão certas ou erradas, mas que tipo de pessoa devo ser, que tipo de qualidades levam a uma vida boa e que tipo de qualidades devo evitar.
•O que faz uma pessoa virtuosa? O que é a virtude? Como posso desenvolver a virtude em mim?
Virtude como meio termo
Virtude é o meio entre dois vícios, a virtude da coragem, por exemplo, é o meio ponto entre ser muito covarde e muito destemido:
Um bombeiro vê um incêndio bastante perigoso num prédio prestes a entrar em colapso, frente a esse cenário poderíamos pensar em 3 respostas:
1- ele vira as costas e volta para casa, com medo do incêndio -> covardia.
2- ele entra correndo loucamente no prédio em chamas sem tomar as precauções devidas e sem se preocupar com trabalho em time: destemido demais -> não é bravura, é tolice.
3- ele supera o medo, toma as devidas precauções, trabalha em time. -> aí sim temos um ato de coragem.
O hábito
Dessa forma, a virtude para Aristóteles é algo que desenvolvemos: vemos pessoas virtuosas e aprendemos pelo exemplo. Isso quer dizer que a virtude pode ser ensinada, não é inata, resulta do hábito (ethos).
Assim, a ética é uma reflexão sobre a prática. Na verdade, trata-se de um saber prático, voltado para a noção de prudência.
Desenvolvemos virtudes assim como desenvolvemos nossa habilidade de tocar um violão: trata-se de praticar.
Política na Grécia Antiga
Costuma-se dizer que os gregos antigos inventaram a política. 
Buscando evitar a concentração de poder na mão de déspotas e a violência entre possuidores e despossuídos, a política aparece como solução. 
Em Atenas, todos os cidadãos naturais de um demos tinham direito de participar diretamente do poder na cidade - nascia a democracia.
características da política grega
-Separação entre espaço público e privado - impedindo a identificação do poder político com a pessoa do governante;
- laicização do poder - impedindo a divinização dos governantes;
- lei surge como expressão da vontade coletiva que define direitos e deveres para todos;
- instituição do erário público;
criação do espaço político ou público no qual os cidadãos podiam discutir suas opiniões, defender interesses, deliberar em conjunto e decidiam pelo voto.
Política em Aristóteles
No texto Ética a Nicômaco, Aristóteles afirma que a felicidade é resultado do desenvolvimento da virtude. Na Política, investiga qual o papel que a comunidade política desempenha na busca por uma vida virtuosa. 
A Política é, portanto, continuidade da ética. A ética dirige-se ao bem individual, enquanto a política volta-se para o bem comum.
Teleologia na análise política: a vida em comunidade tem uma finalidade - a felicidade, o bem comum.
a eudaimonia
A felicidade ou o bem, que em Aristóteles tem um caráter de auto-realização.
A eudaimonia (ou felicidade) se conecta as virtudes, ou a areté (excelência grega)
A ética do "meio termo" e o hábito como caminho para alcançar a vida virtuosa
A educação se volta para a instauração de hábitos que gerarão virtudes e que contribuirão para a vida comum e feliz na pólis. Ela é, portanto, vital para vida pública e para a vida privada
para que serve a cidade em A Política
O homem é, por sua natureza, como dissemos desde o começo ao falarmos do governo doméstico e do dos escravos, um animal feito para a sociedade civil. Assim, mesmo que não tivéssemos necessidade uns dos outros, não deixaríamos de desejar viver juntos. Na verdade, o interesse comum também nos une, pois cada um aí encontra meios de viver melhor. Eis, portanto, o nosso fim principal, comum a todos e a cada um em particular.
(...)	
Mas não é apenas para viver juntos, mas sim para bem viver juntos que se fez o Estado, sem o quê, a sociedade compreenderia os escravos e até mesmo os outros animais. Ora, não é assim. Esses seres não participam de forma alguma da felicidade pública, nem vivem conforme suas próprias vontades.
A justiça distributiva
Para saber o que é justiça é necessário distinguir dois tipos de bens:
os partilháveis - é quantificável e pode ser dividido/distribuído
os participáveis - não é quantificável, não é distribuível (ex: o poder político)
Justiça distributiva: dar a cada um o que lhe é devido. Tratar desigualmente os desiguais para que recebam os partilháveis segundo suas condições e necessidades.
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