Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA - UEM LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II FILTRAÇÃO Acadêmicos: Ana Lavinia Kotacho Mainardes RA: 124184 Luana Marques Bussolo RA: 123982 Mateus Notari Bartnik RA: 119784 Pedro Antonio Galacci Reinert RA: 125101 Professor Drº Wardleison Martins Moreira MARINGÁ, 13 DE AGOSTO DE 2024 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 3 1.1. Objetivos...............................................................................................................4 2. MÉTODOS/MEMORIAL DE CÁLCULO..................................................................4 2.1. Métodos............................................................................................................... 4 2.2. Memorial de Cálculo............................................................................................ 5 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................10 4. CONCLUSÃO........................................................................................................14 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 15 1. INTRODUÇÃO A filtração é uma operação unitária que consiste na separação das fases sólidas e fluidas de uma suspensão, através de um meio poroso, onde a fase particulada é retida. Este meio poroso, que normalmente é uma membrana, é chamado de filtro ou meio filtrante, o que passa por ele recebe o nome de filtrado, já o que fica acumulado sobre o filtro é conhecido como torta de filtração (Cremasco, 2012). Muitas vezes é necessário que a suspensão passe mais de uma vez pelo filtro para que alcance um melhor resultado de separação, quando isto acontece a torta de filtração que foi formada anteriormente acaba se tornando um meio de filtragem (Isenmann, 2012). Durante o processo é necessário ficar atento a pontos com o aumento da altura da torta e sua estrutura , a perda de pressão e que ao aumentar a pressão, a permeabilidade da torta diminui pois a mesma é comprimida, isso só ocorre com alteração de pressão, a torta também pode ser incompressível onde a compressão que acontece é baixíssima (Isenmann, 2012). Existem diversos tipos de filtros que podem variar desde serem operados em batelada, de maneira contínua, pela pressão ou vácuo. Já os meios filtrantes podem variar conforme a resistência à fissuras, distribuição adequada dos poros, baixo custo, retirada fácil da torta, fácil limpeza, tudo isso para que o produto filtrado tenha qualidade. Todos os constituintes dessa operação devem ser escolhidos conforme a necessidade que o produto necessita (Cremasco, 2012). O uso da filtração nas indústrias é essencial em diversas áreas para garantir pureza, proteger alguns equipamentos que não podem receber partículas sólidas, para controle de qualidade do produto e segurança ambiental, para que impurezas não sejam lançadas ao meio ambiente. Existe uma lei sobre o controle da poluição do meio ambiente para as indústrias instaladas em território nacional que exige a prevenção ou correção dos inconvenientes prejuízos da poluição. Um meio de correção que muitas empresas utilizam são os filtros instalados em chaminés para que impurezas não sejam lançadas na atmosfera (Aspersul, 2020). Como possui diferentes funções, também pode ser aplicada nas mais diferentes indústrias, desde alimentícia, farmacêutica, química, petroquímica, automobilística e tantas outras (Linter, 2022). 1.1. Objetivos ● Determinar os parâmetros de filtração, através de dados obtidos em laboratório utilizando um filtro à vácuo operando à pressão constante. 2. MÉTODOS/MEMORIAL DE CÁLCULO A seguir serão descritas a metodologia do experimento e a linha de raciocínio desenvolvida para a elaboração dos resultados. 2.1. Métodos Quanto à metodologia utilizada na execução dos experimentos: 1. Verificar inicialmente o nível dos tanques 1 e 2; 2. Em seguida, com a válvula V2 aberta e a válvula V1 fechada, ligar a bomba 2 (bomba de circulação). Com a bomba ligada, abrir cuidadosamente a válvula V1, de forma que o tanque 1 não transborde. Ligar o agitador e deixar o tanque 1 homogeneizar; 3. Com o tanque 1 homogeneizado, ligar a bomba 1 (bomba de vácuo) e regulá- la para o máximo. Abaixar a haste na qual o filtro está preso até que alcance o nível desejado; 4. Observar o início da filtração através do reservatório de filtrado. Com o cronômetro marcar o tempo necessário para que o nível de filtrado alcance o volume indicado no reservatório. Verificar também a pressão indicada no manômetro. Anotar os valores da pressão, o tempo e o volume de filtrado de acordo com critério adotado pelo professor responsável. Sugestão: Medir o tempo para cada 0,25 litros recolhidos, até 1,5 litros para o primeiro P; para o segundo P, medir para cada 0,25 litros recolhidos até 3,0 litros; 5. Decorrido certo tempo, desligar a bomba 1, limpar o filtro com o auxílio de uma espátula, mergulhá-lo novamente no tanque 1 e reiniciar o processo para outro valor de pressão. Reiniciado o processo, anotar tempo, volume de filtrado e pressão no manômetro; 6. Repetir o processo anterior para várias pressões. Sugestão para os P ́s: 150 mmHg, 250 mmHg, 350 mmHg e 450 mmHg; 7. Ao finalizar a tomada de dados, desligar a bomba 01 (bomba de vácuo), fechar a válvula V1 e em seguida desligar a bomba de circulação. Desligar também o misturador. 2.2. Memorial de Cálculo Na operação da filtração uma suspensão é forçada através de um leito poroso, sendo o sólido presente retido sobre o chamado meio filtrante, o que forma um depósito conhecido como torta cuja espessura aumenta gradativamente com o decorrer do processo. Então, de forma simples, tem-se uma fase fluida, geralmente líquida, movimentando-se através de uma barreira física porosa, sendo a presença dessa o diferencial quanto a outras operações. Quanto à força motriz, tem-se que o processo pode ser promovido por variação de pressão, especialmente em valores inferiores à atmosférica, caracterizando o vácuo, campo gravitacional ou centrífugo. Nesse contexto, para projetar sistemas de filtração industriais, é muito comum realizar ensaios em escala de laboratório a fim de determinar parâmetros essenciais da operação, a citar a resistência do meio filtrante (Rm) e da torta (𝛼) e se há uma dependência com a diferença de pressão, definindo se a torta é incompressível ou compressível. Esse último quesito é muito importante, visto que tal estrutura representa uma resistência adicional ao escoamento da suspensão, então é essencial aferir se ela é compactada ou não no decorrer da operação para evitar problemas como entupimento de poros, danificação do meio filtrante e gastos excessivos de bombeamento. Para isso, o presente experimento foi proposto: em um filtro à vácuo operando à pressão constante serão realizados 4 ensaios a diferentes diferenças de pressão ajustadas em manômetros nos quais serão coletados o volume de clarificado e os respectivos intervalos de tempo para que determinada quantidade fosse filtrada. A suspensão utilizada corresponde a 15 g/L de carbonato de cálcio em água, e é fundamental que entre os ensaios sejam repostas as quantidades de água e sólido recolhidas pela filtração, as quais podem ser feitas respectivamente pela reposição da água referente ao volume total de clarificação e pelo retorno da torta formada à suspensão original. A Figura 1 apresenta uma esquematização da operação de filtração, já a Figura 2 ilustra o módulo experimental. Figura 1 - Elementos básicos de operação de um filtro. Fonte: Apostila LAB II EQ, 2024. Figura 2 - Módulo de Filtração. Fonte: Autoria própria, 2024. A seguir será desenvolvido o equacionamento utilizado para a presente prática experimental. A diferença total de pressão na filtração é dada pela atuaçãotanto do meio filtrante (m) quanto da torta: ∆𝑃 𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 = ∆𝑃 𝑚 + ∆𝑃 𝑇𝑂𝑅𝑇𝐴 (1) É válido destacar que a altura da torta aumenta gradativamente com o decorrer do tempo (t). Dessa forma, a partir da Equação de Darcy, define-se: ∆𝑃 𝑚 = 𝑞.µ.𝐿 𝑚 𝑘 𝑚 (2) ∆𝑃 𝑇𝑂𝑅𝑇𝐴 = 𝑞.µ.𝐿(𝑡) 𝑘 (3) Sendo, q: velocidade superficial; L: comprimento do meio filtrante (m) ou da torta; : viscosidade do fluido;µ k: permeabilidade do meio filtrante ou da torta. Como Eqs. (1) - (3) não são empíricas, as unidades das grandezas não são restritas a nenhum sistema específico, o mesmo é válido para as demais equações apresentadas, sendo as exceções mencionadas. Substituindo Eq.(2) e (3) em (1) e isolando a velocidade superficial: 𝑞 = ∆𝑃 𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 µ.( 𝐿 𝑚 𝑘 𝑚 + 𝐿(𝑡) 𝑘 ) (4) Para simplificar, os índices 1, 2 e 3 serão adotados respectivamente para sólido na suspensão, líquido retido na torta e líquido recolhido. Então, para a torta e suspensão: ε = 𝑉 𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜𝑠 𝑉 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑉 𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜𝑠 𝐴.𝐿 𝑚 1 = ρ 1 . 𝑉 1 = ρ 1 . 𝐴. 𝐿. (1 − ε) Sendo, : fração de vazios da torta;ε V: volume; A: área de filtração (diâmetro de 0,0836 m => );𝐴 = π.(0,0836)2 4 = 0, 00549 𝑚2 m: massa; : massa específica.ρ Para a suspensão e considerando que a massa de líquido recolhido é bastante superior a que fica retida na torta: 𝑠 = 𝑚 1 𝑚 2 +𝑚 3 ≈ 𝑚 1 𝑚 3 = ρ 1 .𝐴.𝐿.(1−ε) ρ 3 .𝑉 3 (5) Sendo s a razão mássica entre sólido na suspensão e líquido Isolando L na última equação e substituindo em Eq.(4): 𝑞 = ∆𝑃 𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 µ.( 𝐿 𝑚 𝑘 𝑚 + 𝑠.ρ 3 .𝑉 3 𝑘.ρ 1 .𝐴.(1−ε) ) (6) A partir de Eq.(6), define-se os parâmetros operacionais das resistências específicas do meio filtrante (Rm ,m-1) e da torta (𝛼, m/kg): 𝑅 𝑚 = 𝐿 𝑚 𝑘 𝑚 (7) α = 1 𝑘.ρ 1 .(1−ε) (8) Logo: 𝑞 = 1 ( 𝑅 𝑚 + ρ 3 .𝑠.α. 𝑉 3 𝐴 ) . ∆𝑃 𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 µ (9) Considerando a definição basilar de velocidade superficial e que para um filtro operando a queda de pressão constante ocorre variação na vazão de clarificado, tem-se: 𝑞 = 𝑉𝐴𝑍Ã𝑂 𝑉𝑂𝐿𝑈𝑀É𝑇𝑅𝐼𝐶𝐴 𝐴 = 1 𝐴 . 𝑑𝑉 𝑑𝑡 (10) Igualando as Eqs. (9) e (10), separando as variáveis e integrando (t: 0 → t e V: 0 → V3, ou simplesmente, V para indicar o volume de líquido recolhido): 𝑡 𝑉 = α.µ.𝑠.ρ 3 2.𝐴2.∆𝑃 𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 . 𝑉 + µ 𝐴.∆𝑃 𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 . 𝑅 𝑚 (11) A Eq.(11) foi escrita propositalmente nesse formato para que seja realizada a regressão linear a partir de dados de (t/V) e V, fornecendo as resistências específicas da torta e do meio filtrante pela inclinação e intercepção respectivamente. Lembrando que corresponde à diferença de pressão∆𝑃 𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 ajustada inicialmente no manômetro para cada ensaio e que corresponde a𝑠. ρ 3 concentração C da suspensão de carbonato de cálcio 15 g/L. Quanto às propriedades físicas do fluido, foram considerados os valores para a água líquida a 25°C em 1 atm retirados da literatura: ρ 3 = 997 𝑘𝑔/𝑚3 µ = 0, 891. 10−3 𝑘𝑔/𝑚𝑠 Por fim, para aferir quanto à compressibilidade da torta, tem-se que caso ela seja incompressível o valor da sua resistência específica deve ser o mesmo para cada diferença de pressão, e, como os ensaios foram realizados para diferentes valores, é possível tal caracterização. Ilustrando: α = α 0 . (∆𝑃 𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 )𝑛 (12) Linearizando: 𝑙𝑛(α) = 𝑙𝑛(α 0 ) + 𝑛. 𝑙𝑛(∆𝑃 𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 ) (13) Dessa forma, a partir dos valores obtidos da resistência específica da torta com a respectiva queda de pressão, é possível obter o valor de n: caso ele seja nulo, tem-se que a torta é incompressível, caso contrário, é compressível. Por mais que tal artifício não seja extremamente necessário para aferir isso, pois se os valores de resistência a diferentes pressões forem iguais já pode-se caracterizar a torta, ele é importante para prever o comportamento de uma torta compressível em queda de pressões diferentes da qual se realizou o experimento ( ).α 0 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES A partir do processo experimental, foram coletados os dados e organizados nas Tabelas 1, 2, 3 e 4. As tabelas contam com as cinco aferições de tempo com seus respectivos volumes e a relação entre tempo e volume. Tabela 1 - Dados experimentais de volume e tempo para a primeira pressão. P1 = 550 mmHg∆ i tempo (s) Volume de filtrado (m3) t/V (s/m3) 1 94, 48 2, 5 · 10−4 3, 78 · 105 2 188, 03 5, 0 · 10−4 3, 76 · 105 3 294, 41 7, 5 · 10−4 3, 93 · 105 4 414, 58 1, 0 · 10−4 4, 15 · 105 5 539, 03 1, 25 · 10−4 4, 31 · 105 Fonte: Autoria própria, 2024. Tabela 2 - Dados experimentais de volume e tempo para a segunda pressão. P2 = 200 mmHg∆ i tempo (s) Volume de filtrado (m3) t/V (s/m3) 1 105, 23 2, 5 · 10−4 4, 21 · 105 2 262, 81 5, 0 · 10−4 5, 26 · 105 3 498, 79 7, 5 · 10−4 6, 55 · 105 4 768, 9 1, 0 · 10−4 7, 69 · 105 5 1036, 93 1, 25 · 10−4 8, 30 · 105 Fonte: Autoria própria, 2024. Tabela 3 - Dados experimentais de volume e tempo para a terceira pressão. P3 = 250 mmHg∆ i tempo (s) Volume de filtrado (m3) t/V (s/m3) 1 136, 92 2, 5 · 10−4 5, 48 · 105 2 277, 09 5, 0 · 10−4 5, 54 · 105 3 443, 18 7, 5 · 10−4 5, 91 · 105 4 645, 85 1, 0 · 10−4 6, 46 · 105 5 869, 01 1, 25 · 10−4 6, 95 · 105 Fonte: Autoria própria, 2024. Tabela 4 - Dados experimentais de volume e tempo para a quarta pressão. P4 = 450 mmHg∆ i tempo (s) Volume de filtrado (m3) t/V (s/m3) 1 81, 61 2, 5 · 10−4 3, 26 · 105 2 180, 28 5, 0 · 10−4 3, 61 · 105 3 292, 22 7, 5 · 10−4 3, 90 · 105 4 413, 97 1, 0 · 10−4 4, 14 · 105 5 563, 82 1, 25 · 10−4 4, 51 · 105 Fonte: Autoria própria, 2024. A partir dos dados apresentados é possível traçar uma relação entre tempo dividido por volume e o volume ( t/V versus V) para cada pressão aferida. Figura 3 - Gráfico t/V versus V para cada medida de pressão Fonte: Autoria própria, 2024. É possível analisar o comportamento linear para as quatro relações. Assim é possível notar que de acordo com o aumento do volume de líquido recolhido, maior o valor da razão tempo/volume. Como o processo de filtração a pressão constante é possível obter os valores dos coeficientes angular (a) e linear (b) de cada reta, que correspondem a valores específicos da Eq.(11) que foi apresentada propositalmente na forma de equação de primeiro grau e nos deixando com as Eqs. (15) e (16) 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 (15) 𝑡 𝑉 = 𝑎 𝑉 + 𝑏 (16) Da mesma forma, tem-se que os coeficientes angulares e lineares, obtidos por meio das equações de reta plotada nos gráficos acima, podem ser comparados com as seguintes Eqs. (17) e (18), que são usadas para calcular os valores de eα .𝑅 𝑚 𝑎 = α µ 𝑠 ρ 𝐿𝐼𝑄 2 𝐴² ∆𝑃 (17) 𝑏 = µ 𝑅 𝑚 𝐴 ∆𝑃 (18) A partir da medida do diâmetro, calcula-se a área do filtro, que será aplicada no cálculo de e , bem como as propriedades físicas do fluido.α 𝑅 𝑚 𝐴 = π 𝐷 𝐹𝐼𝐿𝑇𝑅𝑂 2 4 = π (0,0836 )2 4 = 5, 49 · 10−3 𝑚2 Assim, obtém-se a Tabela 5, contendo os resultados e para os quatroα 𝑅 𝑚 ensaios realizados. Tabela 5 - Valores calculados de e .α 𝑅 𝑚 Ensaio (kPa)∆𝑃 α 𝑅 𝑚 1 73,33 19,19 160,34 2 26,7 51,00 146,30 3 33,3 23,25 221,69 4 60 32,75 134,41 Fonte: Autoria própria, 2024. Na análise de compressibilidade ou incompressibilidade da torta, calcula-se a resistência específica com suas respectivas quedas de pressão usando Eqs. (12) e (13). Assim, de acordo com a Tabela 6 é possível dimensionar graficamente o comportamento e realizar as devidas discussões. Tabela 6 - Valores calculados de ln( ) e ln( )∆𝑃 α Ensaio ln( )∆𝑃 ln( ) α 1 4,294933017 2,954545521 2 3,283332106 3,9318050674 3 3,506475657 0,146214339 4 4,094262322 3,488809303 Fonte: Autoria própria, 2024. Com isso, constrói-se o seguinte gráfico, Figura 4, no qual pela linearização foi possível obter o coeficiente de compressibilidade n, o qual, segundo a literatura, deveria ser não negativo, o que não corresponde ao obtido pelo experimento. Isso não invalida os dados coletados nem a práticarealizada, porém pode ser indicativo de possíveis limitações experimentais, como a impregnação de suspensão no filtro entre os ensaios e variações na concentração C, pois não era possível retirar toda a torta, a qual de um ensaio para outro se compactava cada vez mais. No entanto, mesmo com isso, pode-se afirmar que claramente a torta é compressível, pois ela apresentou diferentes valores de para diferentes pressões.α Figura 4 - Classificação da torta Fonte: Autoria própria, 2024. 4. CONCLUSÃO Devido ao amplo uso da filtração em indústrias, conhecer de maneira prática seu funcionamento complementou a parte teórica já vista. Ao realizar o experimento conseguimos obter a determinação dos parâmetros do processo, fazendo assim que o objetivo principal do experimento fosse atingido. Também, foi possível perceber que a torta é compressível devido aos diferentes valores de alfa apresentados para diferentes quedas de pressão, por mais que houvesse limitação quanto ao fator de compressibilidade n. REFERÊNCIAS Apostila de Laboratório de Engenharia Química II - DEQ/UEM, Prática: FILTRAÇÃO, 2024, p.93-105. ASPERSUL. Conheça a Lei Federal que exige o uso de filtros para o controle ambiental. ln: Grupo Arpi. Aspersul. Presidente Vargas Caxias do Sul, 29 jan. 2020. Disponível em: https://grupoarpiaspersul.com.br/conheca-a-lei-federal-que-exige-o-uso-de-filtros-par a-o-controle-ambiental/. Acesso em: 9 ago. 2024. ÇENGEL, Y. A.; CIMBALA, J. M. Mecânica dos fluidos. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. p.942. CREMASCO, M. A. Operações unitárias em sistemas particulados e fluidodinâmicos. 1 ed. São Paulo: Blucher, 2012. p. 355-361, 367-371. ISENMANN, A. F. Operações Unitárias na Indústria Química. 2. ed. Timóteo: Edição do autor, 2012. p. 91-93. LINTER. O importante papel dos filtros de ar nas indústrias. Linter, a brand of Hengst Filtration. São Paulo, 7 out. 2022. Disponível em: https://linterfiltros.com.br/o-importante-papel-dos-filtros-de-ar/#:~:text=Os%20filtros %20de%20ar%20s%C3%A3o%20obrigat%C3%B3rios%20por%20lei%20nos%20pr ocessos,polui%C3%A7%C3%A3o%20gerada%20no%20processo%20industrial.. Acesso em: 9 ago. 2024.