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Karine Andrade de Souza – 3° semestre 
 
TIC – SEMANA 2 
 
 Quais os fatores de risco para a Hipertensão Arterial Sistêmica? 
 
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) trata-se de uma condição multifatorial, que 
depende de fatores genéticos/epigenéticos, ambientais e sociais, sendo uma doença 
crônica não transmissível, de causas multifatoriais associadas a alterações 
funcionais, estruturais e metabólicas. 
Existem os fatores de risco para a HAS não modificáveis, como genética, 
segundo a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial os fatores genéticos podem 
influenciar os níveis de PA entre 30-50%. A idade do indivíduo tem alto poder 
influenciador sobre os níveis de PAS, que se torna um problema significante, já que 
com o envelhecimento ocorre o enrijecimento progressivo e da perda de 
complacência das grandes artérias. Além desses fatores, vale citar que em negros a 
HAS é mais prevalente e também mais grave, quando comparado a outros grupos 
étnicos e que as mulheres costumam ter maior elevação pressórica por década, 
assim na sexta década de vida, a PA entre as mulheres costuma ser mais elevada e 
a prevalência de HA, maior. 
Ademais, existem os fatores de risco para a HAS associados ao estilo de vida e 
esses são chamados de fatores de risco modificáveis, que incluem 
sobrepeso/obesidade, alta ingestão de sódio, baixa ingestão de potássio, 
sedentarismo, tabagismo alta ingestão de álcool, fatores socioeconômicos e muitos 
outros. Além dos fatores clássicos mencionados, é importante destacar que algumas 
medicações, muitas vezes adquiridas sem prescrição médica, e drogas ilícitas têm 
potencial de promover elevação da PA ou dificultar seu controle. Existe a 
hipertensão secundária que é a elevação da pressão arterial em consequência de 
alguma outra condição patológica, mas alguns dos distúrbios que causam 
hipertensão secundária podem ser corrigidos ou curados por intervenção cirúrgica 
ou tratamento clínico específico. 
Valem mencionar alguns fatores, como exemplo o sobrepeso e sua relação direta, 
contínua e quase linear com a elevação da PA, dados na literatura têm demonstrado 
que níveis de PA alterados estão fortemente relacionados à presença de sobrepeso 
e de obesidade e essa associação também pode ser observado até mesmo em 
crianças, porque aumenta a prevalência de doenças cardiovasculares durante a 
infância e, principalmente, durante a fase adulta. Somado a isso, o sedentarismo 
tem estreita relação com a obesidade, eleva os triglicerídeos, reduz o HDL-colesterol 
e converge para o aumento de cintura abdominal, síndrome metabólica e resistência 
à insulina, culminando na elevação da pressão arterial sistêmica. O consumo de 
bebida alcoólica também é um fator preocupante, já que é mundialmente 
comercializado, o álcool eleva a pressão arterial e seus efeitos variam de acordo 
com o sexo, etnia, logo características o risco de consumo de bebidas alcoólicas 
sobre a HAS é determinado pela quantidade e frequência de etanol ingerido. Enfim, 
conclui-se que existem muitos fatores de risco para a HAS e que podem está 
associados ou não ao estilo de vida das pessoas, mas que com algumas mudanças 
no estilo de vida já reduziria bastante a HAS no mundo. 
 
REFERÊNCIAS 
 
NORRIS, L. T. Porth – Fisiopatologia. 10° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
cap. 31, 2021. 
 
BARROSO, W. K. S. et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arquivos 
Brasileiros de Cardiologia, v. 116, n. 3, p. 516-658, 2021. 
 
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<https://doi.org/10.1590/1980-5497201600010004>. Acesso em: 14 de ago. 2021. 
 
FERREIRA, D. S. et al. Prevalência e fatores associados ao sobrepeso/obesidade e 
à hipertensão arterial sistêmica em crianças da rede privada de ensino de 
Divinópolis/MG. Cadernos Saúde Coletiva [online]. 2015, v. 23, n. 3, p. 289-297. 
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1414-462X201400060082>. Acesso em: 14 
de ago. 2021. 
 
https://doi.org/10.1590/1980-5497201600010004
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AZIZ, L. J. Sedentarismo e hipertensão arterial. Revista Brasileira de Hipertensão. 
2014, vol. 21, n. 2, p. 75-82. Disponível em: 
<https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/881411/rbh-v21n2_75-82.pdf>. Acesso 
em: 14 de ago. 2021. 
 
 
 
 
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/881411/rbh-v21n2_75-82.pdf

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