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MEU ERRO Os Paralamas do Sucesso Eu quis dizer Você não quis escutar Agora não peça Não me faça promessas... Eu não quero te ver Nem quero acreditar Que vai ser diferente Que tudo mudou... Você diz não saber O que houve de errado E o meu erro foi crer Que estar ao seu lado Bastaria! Ah! Meu Deus! Era tudo o que eu queria Eu dizia o seu nome Não me abandone... Fonte: http://letras.mus.br/os-paralamas-do-sucesso/30123/ Acesso em: 8/12/12. 1. Na canção dos Paralamas do Sucesso, tem-se a manifestação da função poética da linguagem, que é percebida na elaboração artística e criativa da mensagem por meio de combinações sonoras e rítmicas. Pela análise do texto, entretanto, percebe-se, também, a presença marcante da função emotiva ou expressiva por meio da qual o emissor a) imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal, seus sentimentos. b) transmite informações objetivas sobre o tema de que trata a canção. c) busca persuadir o receptor da canção a adotar um certo comportamento. d) procura explicar a própria linguagem que utiliza para construir a canção. e) objetiva verificar ou fortalecer a eficiência da mensagem veiculada. 2. Após a leitura da imagem, podemos entender que ela critica um fato corriqueiro que atinge toda sociedade mundial. Esse fato refere-se: a) Ao desmatamento e à poluição do globo terrestre; b) Ao efeito estufa causado pela emissão de gases poluentes nas cidades grandes; c) Ao consumismo, um problema enfrentado pela sociedade nos dias atuais e que sofre influência direta da mídia; d) A um incentivo ao consumo exagerado; e) Ao preconceito racial que ainda afeta muitos países do globo terrestre. NOVO SLOGAN POLÍTICO Alguém escreveu num muro branco da Universidade do Porto, em Portugal, a sua exigência política: ―Queremos mentiras novas‖. Quem o escreveu sabia das coisas. Sabia que era inútil pedir o impossível: ―Basta de mentiras!‖. Na política, apenas as mentiras são possíveis. Mas ele já estava cansado de mentiras velhas, batidas, como piadas cujo fim já se conhece, que diariamente aparecem nos jornais. Mentiras velhas são um desrespeito à inteligência daqueles a quem são dirigidas. Que mintam, mas que respeitem a minha inteligência! Mintam usando a imaginação. Por isso escrevia, em nome da inteligência, do possível e do humor: ―Queremos mentiras novas‖. ALVES, Rubem. Ostra feliz não faz pérola. São Paulo: Editora Planeta, 2008, p. 17. 3. No texto ―Novo slogan político‖, o objetivo do autor é a) destacar a sua alienação política, revelando que gosta de ser enganado pelos políticos. b) evidenciar a alienação política do povo português que, em vez de exigir verdades dos seus políticos, pede por mentiras. c) revelar seu ceticismo acerca da política, mas exigir um mínimo de respeito dos candidatos, uma vez que mentiras velhas são desrespeito em dobro. d) estimular a imaginação dos políticos, uma vez que o eleitor, sabendo que será ludibriado, prefere que isso seja feito de forma criativa para que ele não perceba. e) questionar um sistema político baseado na mentira e na enganação, incitando os seus leitores a boicotar políticos mentirosos, como fizeram os eleitores portugueses. Asa Branca Quando oiei a terra ardendo Qual fogueira de São João Eu preguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação? Que braseiro, que fornaia Nem um pé de prantação Por farta d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Inté mesmo a asa branca Bateu asas do sertão Intonce eu disse “adeus, Rosinha” Guarda contigo meu coração Hoje longe, muitas légua Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Pra mim vortar pro meu sertão Quando o verde dos teus óio Se espaiar na prantação Eu te asseguro não chore não, viu? Que eu vortarei, viu? Meu coração Luís Gonzaga. Disponível em: http://letras.terra.com.br/luizgonzaga/ 47081. Acesso em 15/03/2012. 4. O Texto Asa Branca, narra a história da: a) separação de um casal sertanejo, motivada pela seca. b) desilusão amorosa de um sertanejo, agora triste e solitário. c) esperança que tem um sertanejo, de viajar e conhecer o mundo. d) despedida de um sertanejo, que foi estudar na cidade grande. e) asa branca, um pássaro do sertão, que está em processo de extinção. Ler ou não ler, eis a questão Com o tempo ocupado pela televisão e pela internet, adolescentes deixam os livros em segundo plano Não existe estudo científico que comprove, mas há uma percepção disseminada sobre a geração atual: ela não gosta de ler. A constatação parte dos professores. Eles se queixam de que só com muito esforço conseguem obrigar seus alunos a ler os clássicos da literatura. [...] Os pais endossam a percepção de repulsa dos jovens pelos livros. Reclamam frequentemente que os filhos padecem de falta de concentração e, por isso, não são capazes de ler as obras básicas para entender a matéria. Por que isso acontece? O que faz com que uma geração leia e outra fuja dos livros? Há diversas explicações, mas todas acabam convergindo para um mesmo ponto. Quando as pessoas recebem a informação mastigada – na televisão, nos gibis, na internet –, acabam tendo preguiça de ler, um ato que exige esforço e reflexão. Extraído de http://veja.abril.com.br/especiais/jovens/p_052.html. Acesso em 14/04/2013. 5. Segundo a reportagem, a principal motivação para o déficit no índice de leitura entre os jovens seria a) a falta de incentivo, por parte dos professores. b) a dinâmica atual de aquisição facilitada de informações. c) a linguagem rebuscada apresentada nos clássicos da literatura. d) a ausência de incentivo dos responsáveis. e) a ausência de tempo livre em sua rotina de atividades. MEU ERRO Os Paralamas do Sucesso Eu quis dizer Você não quis escutar Agora não peça Não me faça promessas... Eu não quero te ver Nem quero acreditar Que vai ser diferente Que tudo mudou... Você diz não saber O que houve de errado E o meu erro foi crer Que estar ao seu lado Bastaria! Ah! Meu Deus! Era tudo o que eu queria Eu dizia o seu nome Não me abandone... Fonte: http://letras.mus.br/os-paralamas-do-sucesso/30123/ Acesso em: 8/12/12. 6. Na canção dos Paralamas do Sucesso, tem-se a manifestação da função poética da linguagem, que é percebida na elaboração artística e criativa da mensagem por meio de combinações sonoras e rítmicas. Pela análise do texto, entretanto, percebe-se, também, a presença marcante da função emotiva ou expressiva por meio da qual o emissor a) imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal, seus sentimentos. b) transmite informações objetivas sobre o tema de que trata a canção. c) busca persuadir o receptor da canção a adotar um certo comportamento. d) procura explicar a própria linguagem que utiliza para construir a canção. e) objetiva verificar ou fortalecer a eficiência da mensagem veiculada. Texto Saí, afastando-me do grupo, e fingindo ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a podridão anônima os alcança a eles mesmos. (ASSIS, Machado de,. Memórias póstumas de Brás Cubas. Fragmento.) 7. O parágrafo anterior apresenta marcas características da linguagem: a) Informal, porque o autor apresenta seu gosto por epitáfios. b) Coloquial, já que o autor confessa estar fingindo. c) Formal, pois está de acordo com a norma culta. d) Oral, porque apresenta ditado popular. e) Regional, notada pelo uso de expressões de determinado local do Brasil. As Palavras Vanessa da Mata Não me acerte Não me cerque Me dê absolvição Faça luz onde há involução Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal Reabilite o meu coração Fonte: http://letras.terra.com.br/vanessa-da-mata/111921 /#selecoes/1756160/ em 6/8/11 8. Neste texto, a função da linguagem predominante é: a) emotiva, porque o texto é escrito em primeira pessoa do plural. b) referencial,porque o texto trata dos problemas relacionados à insônia. c) metalinguística, porque o texto tenta explicar o significado do vocábulo pesadelo. d) conativa, porque o texto faz uso do imperativo para modificar o comportamento do interlocutor. e) fática, porque o autor busca orientar o receptor sobre os problemas derivados da solidão. Tiro ao Álvaro De tanto levá frechada do teu olhar Meu peito até parece sabe o que? Táubua de tiro ao álvaro Não tem mais onde furá Teu olhar mata mais do que bala de carabina Que veneno e estriquinina Que pexeira de baiano Teu olhar mata mais que atropelamento de automóver Mata mais que bala de revórve Adoniran Barbosa. Disponível em: <http://poesiabrasileira.tumblr.com/ post/7581701998/de-tanto-levar-frechada-do-teu-olhar-meu-peito-ate>. Acesso em: 9 out. 2013. (Adapt.). 9. A reflexão sobre as diferentes variantes linguísticas é fundamental para compreendermos que o ideal de língua padrão é, na verdade, muito impreciso e que o estudo da língua vai muito além das regras gramaticais. A variante valorizada na canção de Adoniran Barbosa é a popular, e isso pode ser exemplificado pelo(a) a) omissão do “r” no final de verbos no modo infinitivo, como em “levá” e “furá”. b) utilização de expressões sem sentido esclarecido no contexto, como “bala de revórve”. c) sugestão de imagens pouco prováveis, como em “frechada do teu olhar”. d) processo, feito com muito cuidado pelo autor, de criar rimas e versos decassílabos. e) uso de argumentos que explicam como um olhar pode ser perigoso. Trecho de uma entrevista com o professor Marcos Bagno, do Instituto de Letras da Universidade de Brasília (UnB). Entrevistadora – Qual a sua opinião sobre a escrita não padrão de Chico Bento em relação às influências dessa variação na formação de leitores, uma vez que histórias em quadrinhos do Chico Bento são lidas especialmente por crianças? Marcos Bagno – São muitos os problemas nesse caso. As opções ortográficas do Chico Bento são, na verdade, simples transcrições do modo de falar de praticamente todos os brasileiros. Por exemplo, a preposição que escrevemos “de” aparece no Chico Bento escrita “di”. Ora, com poucas exceções, é “di” ou “dji” que a imensa maioria dos brasileiros fala. Por que escrever “de” quando é a Turma da Mônica, que vive na cidade, e “di” quando é o Chico Bento e sua turma? Esse é só um pequeno exemplo das incoerências ortográficas presentes nas revistas do Chico Bento. Já fiz uma pesquisa e cheguei à conclusão de que mais de 80% das falas do Chico e de sua turma não têm nada de “regional”, mas são simplesmente grafias não oficiais que representam, de fato, o modo de falar da grande maioria dos brasileiros. Se eu pudesse aconselhar o Maurício de Sousa, diria a ele que só registrasse de modo especial o que realmente fosse regional. Disponível em: <http://www.pget.ufsc.br/in-traducoes/edicao_5/Entrevista03-Elisangela- Michelle.pdf>. Acesso em: 28 nov. 2012. 10. De acordo com a fala de Marcos Bagno, o uso social da língua feito pela personagem Chico Bento a) é uma representação verossímil do falar rural brasileiro. b) pode gerar preconceitos contra outros falantes da língua portuguesa. c) traduz a realidade linguística de uma minoria de falantes do português no Brasil. d) apresenta uma série de erros e incorreções gramaticais. e) satiriza os defensores de uma escrita padrão. image1.emf