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Análise de Riscos Apostila Análise de Riscos Sumário Introdução ........................................................................................................................ 5 Sobre a apostila ........................................................................................................... 5 Licenças desta obra .................................................................................................... 5 Objetivo Geral do Treinamento ............................................................................... 6 Análise de Riscos ............................................................................................................. 7 ISO 31000 .................................................................................................................... 7 ISO 31000 .................................................................................................................... 8 Normas da ISO ............................................................................................................ 9 O que são Riscos? ..................................................................................................... 10 Agentes Causadores de Acidentes ........................................................................ 11 O que é Prevenção? ................................................................................................. 12 Tarefa e Riscos .......................................................................................................... 13 Exemplo ...................................................................................................................... 14 Gerenciamento de Riscos ........................................................................................ 15 Procedimentos e medidas ....................................................................................... 16 Metodologias de Análise de Riscos ........................................................................... 18 Introdução .................................................................................................................. 18 Introdução .................................................................................................................. 20 Metodologias de Análise de Riscos ....................................................................... 21 Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR) ............................................... 22 Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR) ............................................... 23 What-If ........................................................................................................................ 24 HAZOP ........................................................................................................................ 25 Análise de Modos e Efeitos de Falhas .................................................................. 27 Análise Por Árvore de Falhas (AAF) ...................................................................... 28 Análise Por Árvore de Eventos (AAE) ................................................................... 30 Análise Quantitativa de Riscos ............................................................................... 31 Análise Quantitativa de Riscos ............................................................................... 32 Requisitos Mínimos para Aplicação ....................................................................... 34 Controle de Riscos ........................................................................................................ 35 Reconhecimento, Avaliação e Controle de Riscos ............................................. 35 Riscos Ergonômicos .................................................................................................. 37 Riscos no manuseio de Máquinas e Equipamentos ........................................... 38 Ambiente......................................................................................................................... 39 Riscos Relativos ao Ambiente ................................................................................ 39 Riscos no manuseio de Máquinas e Equipamentos ........................................... 40 Riscos Adicionais ....................................................................................................... 41 Causas Básicas de Acidentes .................................................................................. 42 Fatores Humanos ...................................................................................................... 43 Fatores técnicos ........................................................................................................ 44 Responsabilidades ......................................................................................................... 45 Introdução .................................................................................................................. 45 Pessoal e Funções para o Desenvolvimento da Permissão de Trabalho ....... 46 Requisitante ............................................................................................................... 47 Emitente ...................................................................................................................... 49 Executante .................................................................................................................. 51 Preenchimento da Permissão para Trabalho ....................................................... 53 Etiquetas de Advertência ........................................................................................ 56 Introdução Sobre a apostila Esta apostila faz parte do material didático oferecido como complemento do treinamento digital. Não é permitida a distribuição desta apostila para fins não comerciais, no qual cabe o direito a comercialização das empresas devidamente credenciadas. Licenças desta obra O conteúdo desta apostila está protegido nos termos da licença CreativeCommonsAtribuição –Uso Não Comercial –Não a Obras Derivadas (by-nc-nd). Para qualquer reutilização ou distribuição, você deve deixar claro a terceiros os termos da licença a que se encontra submetida esta obra. Para uso comercial, você deverá comprar os direitos de uso limitados a um número específico de alunos. Neste caso, fale com a nossa área comercial. 6 Notas: Objetivo Geral do Treinamento • Entender a importância da Análise de Riscos; • Utilizar corretamente as técnicas e ferramentas de Análise de Riscos para identificar e prevenir os riscos em diversas atividades • Diferenciar os diferentes tipos de metodologias aplicáveis. • Utilizar o documento de Permissão de Trabalho; • Seguir etapas de desenvolvimento da Permissão de Trabalho; • Realizar os procedimentos que envolvem a utilização da Permissão de Trabalho. 7 Notas: Análise de Riscos ISO 31000 Na realização de qualquer atividade, por mais simples que seja, a ausência de alguns cuidados pode resultar em um acidente. Tenha sempre atenção durante a realização de suas tarefas na empresa e considere qualquer possibilidade, por mais simples ou remota que seja, uma geradora de acidente. 8 Notas: ISO 31000 São riscos gerais relativos às máquinas e equipamentos instalados no ambiente e que afetam a todos os que trabalham na área independentemente de suas atribuições. • Insuficiência de espaço para realizar o trabalho; • Insuficiência de espaço para movimentação de objetos e pessoas; • Passagem ou caminho bloqueados; • Controle inadequado de trânsito nas dependências da empresa; • Ventilação inadequada; • Existência de ruído; • Iluminaçãoinadequada (luz insuficiente, reflexos, etc.); • Existência de vibração; • Falta de aterramento. 9 Notas: Normas da ISO A ISO 31000 é composta por três normas: ISO 31000 Informações básicas, princípios e diretrizes para a implementação da gestão de riscos. ISO/IEC 31010 Técnicas de avaliação e gestão de riscos. ISO Guia 73 Vocabulário relacionado à gestão de riscos. 10 Notas: O que são Riscos? Podemos considerar que o risco de acidentes é inerente à vida. Não importa o lugar onde estivermos, ou o que estejamos fazendo, estaremos sempre expostos a um determinado risco de sofrer um acidente. Podemos também ser os responsáveis, involuntariamente ou não, pela exposição de outras pessoas ou de nós mesmos a esses riscos e suas consequências. 11 Notas: Agentes Causadores de Acidentes Coisa, substância ou ambiente que, sendo inerente à condição ambiente de insegurança, tenha provocado o acidente. Fator pessoal de insegurança (fator pessoal) Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do acidente ou à prática do ato inseguro. Ato inseguro Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente. Condição ambiente de insegurança (condição ambiente) Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência. 12 Notas: O que é Prevenção? A prevenção é um conjunto de medidas indispensáveis para evitar a ocorrência de fatos indesejáveis, tais como acidentes, e minimizar os seus efeitos, caso ainda assim venham a ocorrer. É indispensável a integração da empresa e dos empregados. Todos são responsáveis em manter as instalações adequadas e aperfeiçoar seus conhecimentos sobre segurança no trabalho. 13 Notas: Tarefa e Riscos Na realização de qualquer atividade, por mais simples que seja, a ausência de alguns cuidados pode resultar em um acidente. Tenha sempre atenção durante a realização de suas tarefas na empresa e considere qualquer possibilidade, por mais simples ou remota que seja, uma geradora de acidente. 14 Notas: Exemplo Um trabalhador deve operar uma máquina, mesmo sem ser capacitado conforme a norma regulamentadora. Além disso, a máquina não possui checklist, nem o manual do fabricante, e não se sabe quando foi a última manutenção. A empresa não tem descritos os procedimentos operacionais e nem treinou seus trabalhadores. Você aceitaria operar esta máquina nessas condições? Provavelmente, NÃO! Os riscos de sofre um acidente grave são muito altos, concorda? 15 Notas: Gerenciamento de Riscos O gerenciamento de riscos é caracterizado por um conjunto de procedimentos que visam o controle, a redução ou manutenção dos níveis dos riscos, seguindo alguns critérios. Dentre estes procedimentos e medidas, podemos destacar: Implementar sistemas de supervisão, controle e segurança nas operações consideradas críticas. 16 Notas: Procedimentos e medidas Veja a seguir alguns procedimentos que podem tornar o ambiente de trabalho mais seguro: • Oferecer treinamentos e capacitação profissionais adequados às pessoas envolvidas na adoção dos procedimentos que previnem acidentes. • Adotar critérios para o controle da garantia da qualidade de componentes e sistemas. • Reduzir o inventário de produtos perigosos envolvidos no processo, estoque, armazenamento, embalagem e etc. • Organizar as instalações com distâncias apropriadas para eliminar e/ou minimizar a ocorrência de eventos conhecidos como efeito "dominó". • Utilizar sistemas de contenção e limitação dos danos provocados por incêndios, explosões ou vazamentos de gases tóxicos, vapores e líquidos inflamáveis, etc. • Instalar sinalização, acessos e sistemas de comunicação adequados para informação de riscos e procedimentos de prevenção, bem como para casos de emergência. 17 Notas: • Realizar rotinas operacionais de manutenção, inspeção, segurança, proteção ambiental e testes de dispositivos de proteção e de emergência. • Promover auditorias internas e externas. 18 Notas: Metodologias de Análise de Riscos Introdução De forma simples, é uma metodologia de análise do ambiente de trabalho para identificar os possíveis riscos existentes e suas consequências. Esta análise possibilita uma maior compreensão das possíveis falhas, permitindo criar planos de ação e executar ações preventivas para minimizar os riscos. 19 Notas: A Análise de Risco pode ser medida de duas formas: • Qualitativa: onde se avalia a magnitude e extensão das perdas; • Quantitativa: onde se avalia o número de lesões, mortes, percentual de perda material, percentual de produção e custos de recuperação. 20 Notas: Introdução Este tipo de metodologia como um conjunto de métodos e técnicas, e sua escolha depende do nível da análise desejada. Veja a seguir, algumas metodologias de análise de riscos. 21 Notas: Metodologias de Análise de Riscos Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR) • What-If (E se?) • Análise de Riscos e Operabilidade (HAZOP) • Análise de Modos e Efeitos de Falhas (FMEA/FMECA) • Análise Por Árvore de Falhas (AAF) • Análise Por Árvore de Eventos (AAE) • Análise Quantitativa de Riscos (AQR) • Requisitos Mínimos para Aplicação 22 Notas: Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR) A Metodologia de Análise Preliminar de Perigos e Riscos (APP/APR) é utilizada na identificação de possíveis riscos nos processos. Seu objetivo é mostrar os riscos que possam causar danos às instalações, aos operadores, ao público ou ao meio ambiente. Esta metodologia se divide em: APP Análise Preliminar de Perigos Identifica os macrocenários onde existe situações potenciais de acidentes que podem ultrapassar os limites da instalação. Ex.: vazamentos de gases, incêndio e explosões. 23 Notas: Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR) Nesta metodologia estão compreendidas as seguintes tarefas: • Definição das fronteiras das instalações analisadas; • Coleta de informações sobre as instalações e características das substâncias perigosas envolvidas; • Definição dos módulos de análise; • Realização da APP/APR propriamente dita (preenchimento da planilha para cada módulo de análise); • Elaboração das estatísticas dos cenários por categorias de frequência e severidade, e da lista de sugestões geradas no estudo; • Análise dos resultados e preparação do relatório. 24 Notas: What-If Também conhecida como Lista de Verificação, é um procedimento de revisão de riscos nos processos, podendo ser utilizada em qualquer atividade através de listas prontas (checklist), criadas a partir de informações históricas dos projetos. 25 Notas: HAZOP HAZOP - Hazard and Operability Studies, é uma ferramenta que classifica os perigos e problemas de operação na instalação de um processo, buscando variáveis através de uma revisão detalhada do projeto. Etapa 1 Planejamento dos trabalhos antes do início do estudo de análise de risco • Formação da Equipe para o estudo; • Capacitação profissional para o estudo; • Estabelecimento do cronograma de trabalho; • Caracterização do empreendimento. Etapa 2 26 Notas: Desenvolvimento dos estudos Hazop • Registro da data de início e de término do estudo; • Registro da equipe participante do estudo; • Descriçãodetalhada do processo em estudo; • Identificação e nomeação das salvaguardas do processo; • Revisão dos riscos gerais de processo; • Definição do modelo da planilha para o estudo; • Desenvolvimento da planilha. Etapa 3 Análise dos resultados com o estudo. Etapa 4 Consolidação das ações para tornar o risco de nível aceitável. 27 Notas: Análise de Modos e Efeitos de Falhas A Metodologia de Análise de Modos e Efeitos das Falhas (FMEA/FMECA) permite avaliar as causas e consequências de uma falha, assim como os meios de detecção, prevenção e redução dos seus efeitos. O símbolo C na sigla FMECA representa a análise de criticidade do método, e caracteriza sua importância no funcionamento do sistema. • Análise e hierarquização do sistema; • Seleção e subsistema a analisar; • Estudo funcional e seleção de um estado de funcionamento; • Identificação dos efeitos possíveis do modo falha; • Identificação das respectivas causas; • Identificação dos métodos de detecção e de prevenção. 28 Notas: Análise Por Árvore de Falhas (AAF) A Análise por Árvore de Falhas - AAF (ou FTA - Fault Tree Analysis) é um método gráfico que utiliza símbolos para indicar relação entre os eventos que podem resultar na ocorrência de falha, e pode ser medido de forma qualitativa e quantitativa. Para utilização desta metodologia, execute as seguintes etapas: • Seleção do “Evento-Topo”, definido a partir de uma hipótese acidental, identificada anteriormente. • Construção da árvore de falhas, determinando os eventos que contribuem para a ocorrência do evento-topo, estabelecendo as relações lógicas entre os mesmos; • Execução destes procedimentos para eventos intermediários até a identificação dos eventos básicos em “ramo” da árvore; 29 Notas: • Realizar uma avaliação qualitativa da árvore elaborada, dando especial atenção para a ocorrência de eventos repetidos; • Aplicação das probabilidades ou frequências nos eventos básicos; • Cálculo das frequências dos eventos intermediários, de acordo com as relações lógicas estabelecidas, até a determinação da probabilidade ou frequência do evento-topo. 30 Notas: Análise Por Árvore de Eventos (AAE) A metodologia de Análise por Árvore de Eventos - AAE, ou ETA - Event Tree Analysis, é uma análise quantitativa que calcula a probabilidade de ocorrências a partir de um determinado evento e resultando em falhas relevantes. • Defina o evento inicial que pode conduzir ao acidente; • Defina as ações que podem amortecer o efeito do evento inicial; • Estruture em uma árvore lógica as várias sequências de acontecimentos que podem surgir a partir do evento inicial; • Uma vez estruturada a árvore, calcule as probabilidades associadas a cada ramo do sistema que conduz a alguma falha. 31 Notas: Análise Quantitativa de Riscos O processo de Análise Quantitativa de Risco (AQR) analisa a probabilidade de cada risco levantado e sua respectiva consequência nos objetivos do projeto. • Determinar a probabilidade de se conquistar um objetivo específico do projeto. • Quantificar a exposição do risco para o projeto e determinar o tamanho da reserva do custo e cronograma que pode ser necessária. • Identificar riscos que requerem maior atenção, quantificando sua contribuição relativa ao risco do projeto. • Identificar custo, cronograma, ou objetivos de escopo realístico e alcançável. 32 Notas: Análise Quantitativa de Riscos A análise quantitativa de risco consiste basicamente em: Entradas para Análise Quantitativa do Risco • Plano de Gerência de Risco. • Riscos Identificados. • Lista de riscos priorizados • Lista de riscos para análise e gerência adicional. • Informação histórica. • Julgamento dos especialistas. • Outras saídas de planejamento. 33 Notas: Etapas de execução da Análise Quantitativa do Risco: • Entrevista. • Análise sensitiva. • Análise da árvore de decisão. • Simulação. 34 Notas: Requisitos Mínimos para Aplicação Como você viu, existem diversas metodologias de análise de riscos que podem ser aplicadas em suas instalações, mas cabe ao profissional qualificado definir a metodologia que melhor atende aos objetivos do estudo, considerando as possibilidades de falha humana, de equipamento ou organizacional. Quanto a aplicação da metodologia, você encontrará na Norma as exigências a serem cumpridas. 35 Notas: Controle de Riscos Reconhecimento, Avaliação e Controle de Riscos Para termos uma prevenção de riscos eficiente no manuseio de máquinas e equipamentos, devemos estar atentos às seguintes fases: Fase 1 Antecipação Na fase de antecipação o empregador, o encarregado, o supervisor e o trabalhador devem ter certeza que a máquina atende à norma regulamentadora. Fase 2 Reconhecimento Na fase de reconhecimento todos devem ir ao local e verificar onde a máquina e/ou equipamento estão instalados ou como é o local onde será usada. 36 Notas: Fase 3 Avaliação Na fase de avaliação são usadas técnicas de segurança de trabalho para medir os riscos existentes (exemplo: poeiras, neblinas, ruído, calor, frio e etc). Fase 4 Controle Na fase de controle, devemos estar conscientes de que trabalhamos com risco zero de acidente. 37 Notas: Riscos Ergonômicos Este tipo de risco é muito comum no ambiente de trabalho, ocorrendo as quando máquinas e equipamentos não seguem as normas da ergonomia, ocasionando lesões no trabalhador. Para prevenir situações como esta, preste atenção para algumas situações: • Esforços físicos inadequados. • Pressão, flexão, extensão ou torção de partes do corpo. • Posição dos monitores de vídeo prejudicando a postura. • Iluminação inadequada. • Levantamento de peso maior que o aconselhado. 38 Notas: Riscos no manuseio de Máquinas e Equipamentos Conheça agora alguns riscos que podem ocasionar acidentes no ambiente de trabalho: • Impacto de pessoa contra objeto parado ou em movimento. • Impacto sofrido por pessoa de objeto que cai ou é projetado. • Queda de pessoa com diferença de nível ou de mesmo nível. • Reação do corpo a movimento involuntário (um escorregão sem queda). • Esforço excessivo ao erguer, empurrar, arremessar ou puxar objeto. • Exposição à energia elétrica, ao ruído, à poluição, incêndios e explosões • Contato com objeto ou substância à temperatura muito alta ou muito baixa. • Exposição à temperatura ambiente elevada ou baixa. • Inalação, ingestão ou absorção de substância cáustica tóxica ou nociva. 39 Notas: Ambiente Riscos Relativos ao Ambiente 40 Notas: Riscos no manuseio de Máquinas e Equipamentos São riscos gerais relativos às máquinas e equipamentos instalados no ambiente e que afetam a todos os que trabalham na área independentemente de suas atribuições. • Insuficiência de espaço para realizar o trabalho; • Insuficiência de espaço para movimentação de objetos e pessoas; • Passagem ou caminho bloqueados; • Controle inadequado de trânsito nas dependências da empresa; • Ventilação inadequada; • Existência de ruído; • Iluminação inadequada (luz insuficiente, reflexos, etc.); • Existência de vibração; • Falta de aterramento. 41 Notas: Riscos Adicionais Riscos adicionais são todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no ambiente de trabalho específicos de cada ambiente ou atividade, que direta ou indiretamente possam afetar a segurançae a saúde do trabalhador. São exemplos de riscos adicionais: vibrações, ruído, calor, combustíveis inflamáveis, explosivos ou superfícies aquecidas. Outro exemplo são as substâncias tóxicas que podem causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador, por meio da ingestão, inalação ou contato com a pele, mucosas e olhos. 42 Notas: Causas Básicas de Acidentes Quando um acidente ocorre é correto afirmar que houve algum fator causador que desencadeou este evento. Fatores como este podem, sozinhos, ser responsáveis por inúmeros acidentes caso não sejam tratados de forma preventiva. Estes fatores podem ser separados em: 43 Notas: Fatores Humanos Veja algumas causas de acidentes em função da exposição aos riscos já citados que envolvem fatores pessoais: • Treinamento inadequado e ordens mal interpretadas; • Ausência de especialização ou inexperiência; • Capacidade de movimento corporal limitada; • Cansaso extremo, fadiga ou fome; • Desmotivação ou ausência de reforço positivo; • Pressão indevida dos supervisores; • Problemas de saúde física ou mental (incluindo alergias, sensibilidade a calor ou ruídos, deficiência sensorial e etc.). 44 Notas: Fatores técnicos São exemplos de causas básicas dos acidentes em função dos fatores de trabalho: • Uso de métodos, normas ou padrões inadequados; • Falha no projeto, construção ou montagem; • Falha de supervisão e nas ações do supervisor; • Falha de planejamento do trabalho; • Armazenamento e transporte inadequado de material; • Falha de ação gerencial e de fiscalização. 45 Notas: Responsabilidades Introdução Este documento é uma autorização para a execução de atividades em áreas de risco por tempo determinado, e tem por objetivo esclarecer os procedimentos a serem seguidos. Deve ser elaborada Permissão de Trabalho para atividades não rotineiras, baseada em análise de risco. Exemplos: atividades envolvendo chamas, espaços confinados ou locais elevados. 46 Notas: Pessoal e Funções para o Desenvolvimento da Permissão de Trabalho Para garantir o cumprimento da Permissão de Trabalho nas atividades de risco e a segurança de quem o executa, é necessário definir as funções exercidas pelos envolvidos nas operações. São funções a serem definidas: Veja a seguir mais detalhes sobre cada função. 47 Notas: Requisitante Encarregado pela equipe ou pessoa que executará a atividade de risco. Este profissional deve ter qualificação comprovada para solicitar a Permissão de Trabalho, e é de sua responsabilidade o cumprimento das atividades descritas na permissão pelo executante. São obrigações do Requisitante: • Cumprir e fazer cumprir as normas e procedimentos de segurança vigentes; • Providenciar e inspecionar as máquinas, ferramentas e equipamentos de proteção Individual (EPI) e Coletiva (EPC), antes do início dos trabalhos; • Providenciar para o ambiente em que serão realizados os serviços, evitando a criação de novos riscos, ventilação, exaustão e iluminação, além de acessos seguros por meio de escadas ou andaimes, aplicáveis conforme o caso; • Instalar e manter instalados e prontos para o uso sistemas e equipamentos de prevenção contra incêndio e acidentes pessoais; 48 Notas: • Comunicar aos executantes e a todos os membros da equipe de execução dos trabalhos, todas as precauções e instruções de segurança constantes da PT; • Acompanhar periodicamente o desenvolvimento do trabalho, a fim de detectar alterações nas condições de segurança ou descumprimento das recomendações estabelecidas; • Solicitar ao emitente e/ ou coemitente o cancelamento da PT sempre que ocorrer pelo menos uma das condições adversas. 49 Notas: Emitente Profissional certificado em Análise Preliminar de Riscos (APR), ou em programa específico, para a emissão de Permissão de Trabalho. Este profissional deve conhecer as características de operação e riscos da área ou equipamento de atividade. Para emissão de uma Permissão de Trabalho, devem ser executados os seguintes procedimentos: • Retirar os equipamentos de operação, se for o caso; • Providenciar o isolamento dos equipamentos ou linhas com flanges cegos ou raquetes, de forma que a operação possa ser retomada ao término do trabalho; • Providenciar a ventilação, exaustão e iluminação, além dos acessos seguros por meio de escadas, andaimes e aplicáveis. 50 Notas: • Solicitar ao requisitante da PT o isolamento da área, quando necessário; • Cancelar a PT sempre que ocorrer alguma condição adversa. 51 Notas: Executante Profissional que executará a atividade de risco. São obrigações do Executante: • Iniciar o trabalho somente após receber a Permissão de Trabalho; • Garantir e manter as condições estabelecidas, como: ordem, limpeza e arrumação; • Verificar o preenchimento da PT no local da realização do trabalho, juntamente com o requisitante e com o Emitente; • Dar início e aos trabalhos somente quando a PT estiver completamente preenchida e aprovada; 52 Notas: • Manter a primeira via da PT no local de trabalho, em local visível e de fácil acesso, durante toda a realização da tarefa; • No caso em que os executantes são prestadores de serviços (terceiros), eles serão representados pelo encarregado da empresa contratada; 53 Notas: Preenchimento da Permissão para Trabalho Ao preencher a Permissão de Trabalho, leia atentamente se todas as recomendações exigidas foram cumpridas. Após conferência, a Permissão de Trabalho deverá ser assinada e mantida em local visível sob a responsabilidade do supervisor. A Permissão de Trabalho deverá ser utilizada de forma diferente dependendo da etapa da atividade executada. As etapas são divididas em: Antes de iniciar as atividades: • Execute a inspeção no local de trabalho; • Mantenha comunicação constante com o responsável pela área; • Os responsáveis devem descrever as etapas de trabalho, indicando os perigos e as medidas preventivas a serem executadas. 54 Notas: • Após a elaboração da Análise de Risco e da Permissão de repassar aos colaboradores as instruções de segurança registradas neste procedimento. • A instrução dada à equipe de trabalho deve ser feita na área de trabalho com o objetivo de mostrar os locais perigosos, o uso de equipamentos de segurança e etc. IMPORTANTE: Finalizada as instruções, solicite as assinaturas dos participantes no verso do formulário. Ao iniciar as atividades: • As atividades devem obedecer às determinações da Permissão de Trabalho; • O local de trabalho deve estar devidamente isolado. • Mantenha a Permissão de Trabalho em local visível; • A supervisão deverá repassar as instruções de segurança a cada início das atividades; • Em caso de acidentes, os serviços devem ser encerrados e uma nova análise deve ser feita para evitar novas ocorrências; • No ambiente devem constar cartazes de segurança para orientação dos trabalhadores e pessoas próximas ao local. • Os responsáveis devem coletar dados sobre as falhas nas execuções das atividades e tomar novas medidas de prevenção de acidentes; Ao encerrar as atividades • Inspecionar e organizar todo local de trabalho, eliminando as irregularidades. Ex.: lixo, materiais inflamáveis, estruturas soltas e etc. • Após a inspeção, solicitar a supervisão para que esse verifique as condições do ambiente e as condições de segurança do local. • Devolver a ficha de liberação para o responsável da área ou solicitante, para vistoriae conhecimento da conclusão do serviço. 55 Notas: • A ficha de liberação deverá ser arquivada no Setor de Segurança do Trabalho. ATENÇÃO: A Permissão para Trabalho em branco ou parcialmente preenchida CONSTITUI FALTA GRAVE. Cancelamento da PT A Permissão de Trabalho poder ser considerada cancelada nas seguintes situações: • Se qualquer recomendação no documento não estiver sendo atendida; • As condições no local de trabalho apresentam novas situações de riscos. • Caso existam dúvidas quanto ao trabalho a ser executado, podendo o trabalho ser interrompido; • Em situação de emergência: 56 Notas: Etiquetas de Advertência As etiquetas de advertência são cartões afixados nos equipamentos e dispositivos com a finalidade de proibir sua operação. Geralmente estão presentes em válvulas, painéis, alavancas, disjuntores e etc. O Emitente e o Executante devem afixar etiquetas de advertências nos equipamentos, cuja operação pode interferir no trabalho a ser executado. São três os tipos de etiquetas de advertências. Etiqueta AMARELA Utilizada para indicar que aquele equipamento ou sistema está indisponível para a realização do trabalho. As etiquetas amarelas deverão ser retiradas após o equipamento ou sistema estar em condições seguras para ser operado. 57 Notas: Etiqueta AZUL Utilizada para informar que existem pessoas trabalhando naquele equipamento ou sistema. As etiquetas azuis poderão ser retiradas em três hipóteses: • Na paralização do serviço ao final da jornada de trabalho; • Na liberação do equipamento para testes; • No término do serviço e liberação do equipamento/sistema. Etiqueta BRANCA Esta etiqueta deverá ser afixada em equipamentos ou sistemas desativados de forma temporária ou permanentemente.