Calvície: Causas, Tratamentos e Impactos

Prévia do material em texto

Calvície: Entendendo as Causas, Tratamentos e Impactos 
 
A calvície, também conhecida como alopecia, é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. É 
caracterizada pela perda progressiva dos cabelos, podendo ocorrer em homens e mulheres, embora seja mais comum 
no sexo masculino. Além dos impactos estéticos, a calvície pode afetar significativamente a autoestima e o bem-estar 
emocional das pessoas que a enfrentam. Neste texto, exploraremos as causas da calvície, os diferentes tipos, as 
opções de tratamento disponíveis e como lidar com os aspectos psicológicos associados a essa condição. 
 
### **1. O Que é Calvície?** 
 
A calvície é a perda de cabelo em áreas onde normalmente ele deveria crescer. Embora a perda de cabelo seja uma 
parte natural do ciclo de crescimento capilar, quando a queda é excessiva e o cabelo não cresce novamente, pode-se 
estar diante de um quadro de calvície. 
 
Existem diferentes formas de calvície, e as causas podem variar de pessoa para pessoa. Enquanto a calvície de padrão 
masculino (alopecia androgenética) é a mais comum, outras formas de perda de cabelo podem ser desencadeadas por 
fatores como estresse, doenças autoimunes, deficiências nutricionais e uso de certos medicamentos. 
 
### **2. Tipos de Calvície** 
 
#### **2.1. Alopecia Androgenética** 
 
A alopecia androgenética, também conhecida como calvície de padrão masculino ou feminino, é o tipo mais comum 
de calvície. Ela é causada por uma combinação de fatores genéticos e hormonais. 
 
- **Calvície de Padrão Masculino**: Nos homens, a alopecia androgenética costuma começar com o afinamento do 
cabelo nas têmporas e no topo da cabeça, formando o que é popularmente conhecido como “entradas”. Com o 
tempo, essa área pode se expandir, resultando em uma linha de cabelo em forma de “M” e, eventualmente, em 
calvície completa no topo da cabeça. 
 
- **Calvície de Padrão Feminino**: Nas mulheres, a alopecia androgenética geralmente se manifesta como um 
afinamento generalizado no topo da cabeça, sem a formação de entradas pronunciadas como nos homens. É menos 
comum que as mulheres fiquem completamente calvas, mas o afinamento pode ser suficiente para causar 
preocupações estéticas significativas. 
 
#### **2.2. Alopecia Areata** 
 
A alopecia areata é uma condição autoimune em que o sistema imunológico ataca os folículos capilares, resultando 
em queda de cabelo em manchas arredondadas. Essa condição pode afetar pessoas de qualquer idade e, em casos 
graves, pode evoluir para a alopecia totalis (perda total de cabelo no couro cabeludo) ou alopecia universalis (perda de 
todos os pelos corporais). 
 
#### **2.3. Eflúvio Telógeno** 
 
O eflúvio telógeno é uma forma de perda de cabelo que ocorre quando um grande número de folículos capilares entra 
na fase de repouso (telógeno) do ciclo capilar ao mesmo tempo. Isso pode ser desencadeado por fatores como 
estresse, doenças, cirurgia, ou alterações hormonais. Embora essa condição geralmente resulte em queda de cabelo 
difusa, ela é frequentemente temporária e reversível. 
 
#### **2.4. Alopecia Cicatricial** 
 
A alopecia cicatricial, ou alopecia cicatrizante, é uma condição em que os folículos capilares são destruídos e 
substituídos por tecido cicatricial, impedindo o crescimento de novos cabelos. Essa forma de calvície pode ser causada 
por doenças inflamatórias, infecções ou outras condições médicas que causam danos permanentes ao couro cabeludo. 
 
### **3. Causas da Calvície** 
 
#### **3.1. Fatores Genéticos** 
 
A genética desempenha um papel crucial no desenvolvimento da calvície, especialmente na alopecia androgenética. 
Se seus pais ou avós experimentaram perda de cabelo, há uma chance maior de que você também venha a enfrentá-
la. Pesquisas indicam que a predisposição genética para a calvície é herdada de ambos os lados da família. 
 
#### **3.2. Fatores Hormonais** 
 
Os hormônios, particularmente os andrógenos (hormônios masculinos como a testosterona e a di-hidrotestosterona, 
ou DHT), desempenham um papel significativo na alopecia androgenética. O DHT é um derivado da testosterona que 
se liga aos receptores nos folículos capilares, fazendo com que eles encolham ao longo do tempo, o que 
eventualmente impede o crescimento de novos fios de cabelo. 
 
#### **3.3. Estresse e Fatores Ambientais** 
 
O estresse físico e emocional pode desencadear ou agravar a perda de cabelo. Condições como o eflúvio telógeno 
estão frequentemente associadas a períodos de estresse intenso, como doença grave, cirurgias ou eventos 
traumáticos. Além disso, a exposição a certos produtos químicos, radiação ou tratamentos agressivos para o cabelo 
também pode contribuir para a calvície. 
 
#### **3.4. Doenças e Condições Médicas** 
 
Diversas condições médicas podem causar ou contribuir para a calvície. A alopecia areata, por exemplo, é uma doença 
autoimune em que o sistema imunológico ataca os folículos capilares. Outras condições, como doenças da tireoide, 
diabetes, anemia e deficiências nutricionais (particularmente de ferro e vitaminas do complexo B) também podem 
resultar em queda de cabelo. 
 
#### **3.5. Uso de Medicamentos** 
 
Certos medicamentos podem causar queda de cabelo como efeito colateral. Isso inclui medicamentos usados para 
tratar câncer (quimioterapia), hipertensão, depressão e outras condições. A queda de cabelo induzida por 
medicamentos pode ser temporária ou permanente, dependendo do medicamento e da sensibilidade individual. 
 
### **4. Diagnóstico da Calvície** 
 
O diagnóstico da calvície geralmente começa com uma avaliação clínica detalhada, que inclui um exame físico do 
couro cabeludo e uma revisão do histórico médico do paciente. Em alguns casos, pode ser necessário realizar testes 
adicionais, como exames de sangue para verificar deficiências nutricionais ou problemas hormonais, e uma biópsia do 
couro cabeludo para avaliar a presença de doenças autoimunes ou inflamação. 
 
A tricoscopia é outra ferramenta útil no diagnóstico da calvície. Esse exame utiliza um dermatoscópio para visualizar o 
couro cabeludo e os folículos capilares em detalhe, ajudando a identificar o tipo de calvície e orientar o tratamento 
adequado. 
 
### **5. Tratamentos para a Calvície** 
 
Embora a calvície de padrão masculino e feminino seja frequentemente irreversível, existem várias opções de 
tratamento que podem ajudar a retardar a progressão da perda de cabelo, estimular o crescimento de novos fios, ou 
melhorar a aparência estética. As abordagens de tratamento variam de medicamentos tópicos e orais a 
procedimentos cirúrgicos e terapias não invasivas. 
 
#### **5.1. Tratamentos Medicamentosos** 
 
##### **5.1.1. Minoxidil** 
 
O minoxidil é um medicamento tópico aprovado pela FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados 
Unidos) para o tratamento da alopecia androgenética em homens e mulheres. Ele atua dilatando os vasos sanguíneos 
do couro cabeludo, o que melhora a circulação e estimula os folículos capilares a entrarem na fase de crescimento. 
Embora o minoxidil possa ajudar a retardar a perda de cabelo e promover algum crescimento, os resultados variam de 
pessoa para pessoa, e o uso contínuo é necessário para manter os benefícios. 
 
##### **5.1.2. Finasterida** 
 
A finasterida é um medicamento oral usado principalmente para tratar a calvície de padrão masculino. Ele funciona 
bloqueando a conversão de testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), o hormônio que causa a miniaturização dos 
folículos capilares. Estudos mostram que a finasterida pode ser eficaz em retardar a progressão da calvície e até 
mesmo promover o crescimento de novos fios em alguns homens. No entanto, o uso da finasterida pode estar 
associado a efeitos colaterais, como disfunção sexual, e seu uso em mulheres é controverso. 
 
##### **5.1.3. Outros Medicamentos** 
 
Outros medicamentos, como espironolactona e dutasterida,também podem ser prescritos para tratar a alopecia 
androgenética, especialmente em casos onde o minoxidil e a finasterida não são eficazes ou apropriados. A 
espironolactona é frequentemente usada em mulheres, pois tem propriedades antiandrogênicas que podem ajudar a 
reduzir a produção de DHT. 
 
#### **5.2. Terapias Não Invasivas** 
 
##### **5.2.1. Terapia a Laser** 
 
A terapia a laser de baixa intensidade (LLLT) é uma opção não invasiva que utiliza luz laser para estimular os folículos 
capilares e promover o crescimento do cabelo. Acredita-se que o laser melhora a circulação sanguínea no couro 
cabeludo e aumenta a produção de energia celular, ajudando a revitalizar os folículos enfraquecidos. A LLLT pode ser 
usada como um tratamento complementar ao uso de medicamentos como o minoxidil. 
 
##### **5.2.2. Plasma Rico em Plaquetas (PRP)** 
 
O PRP é uma terapia que envolve a injeção de plasma rico em plaquetas, derivado do próprio sangue do paciente, no 
couro cabeludo. As plaquetas contêm fatores de crescimento que podem estimular a regeneração dos folículos 
capilares e promover o crescimento do