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<p>Lesões de Nervos Cranianos</p><p>Prof. Dr. Douglas Soares da Costa</p><p>Lesão do n. olfatório (I par)</p><p>As causas mais comuns são: fratura da base do crânio, rinorreia liquórica (perda do líquor pelo nariz), tumor no lobo frontal e tumor nas meninges. A perda do sentido olfativo está relacionada à doenças respiratórias (pela inflamação da mucosa nasal) e lesões em qualquer parte do trajeto do nervo., além do envelhecimento.</p><p>A perda funcional pode ser unilateral ou bilateral, a depender do local da fratura – lesão em seu trajeto englobando a região olfatória, a passagem pela lâmina cribriforme, as fibras nervosas, o bulbo olfatório ou o trato olfatório vão auxiliar na identificação de qual lado pode ter sido afetado. Além disso, a anosmia (perda de olfato), parosmia (alterações do odor) e a cacosmia (percepção alterada por odor desagradável) são exemplos de alterações funcionais no I par. Vale salientar que a anosmia e hiposmia (alterações no olfato) podem anteceder os sintomas da doença de Parkinson e outras doenças degenerativas.</p><p>Lesão do n. óptico (II par)</p><p>A esclerose múltipla pode ser um agente na deficiência funcional do nervo óptico. Por seu caráter desmielinizante, a doença afeta diretamente o sistema nervoso central, comprometendo a passagem de informação pelas fibras nervosas e, consequentemente, seu funcionamento, assim como a Neuromielite óptica. Soma-se a isso a interferência do acidente vascular encefálico isquêmico ou hemorrágico, traumatismos cranianos e tumores (processos expansivos). Assim, estas enfermidades podem comprometer o funcionamento do II par, dependendo do local afetado.</p><p>Agentes tóxicos, degenerativos, inflamatórios e desmielinizantes podem causar perda na acuidade visual (distinção de detalhes especiais – forma e contorno de objetos), que resulta na neurite óptica (inflamação do nervo). Os defeitos relacionados ao campo visual estão intimamente ligados ao local de lesão da via óptica, de acordo com a seguinte classificação:</p><p>Secção completa do nervo: cegueira nos campos visuais temporal e nasal do olho ipsilateral, pois a lesão ocorre antes do quiasma óptico;</p><p>Secção completa do quiasma óptico: reduz a visão periférica e perda de visão de metade do campo visual dos dois olhos;</p><p>Secção transversa completa do trato óptico: perda de uma das metades do campo visual do olho contralateral e outra do campo ipsilateral. Comum em pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral.</p><p>Tumores na hipófise, gliomas do nervo óptico ou aneurismas saculares das artérias carótidas internas também podem provocar perdas visuais.</p><p>Lesão do n. óculomotor (III par)</p><p>As causas mais comuns de lesões relacionadas ao III par são:  compressão do nervo devido ao aumento da pressão intracraniana (possivelmente causado por um hematoma extradural), dilatação das artérias carótida interna e comunicante posterior, fratura ou infecções envolvendo o seio cavernoso, aneurisma na artéria cerebral posterior ou na artéria cerebelar superior, doenças desmielinizantes e acidentes vasculares mesencefálicos.</p><p>Os sintomas relativos às lesões do óculomotor são denominados oftalmoplegia: ptose palpebral (queda da pálpebra superior), dilatação pupilar (midríase), com o olho girando para baixo e para fora e reflexo pupilar ausente no lado da lesão. Alguns testes são realizados com o intuito de se verificar o funcionamento do nervo óculomotor a partir da observação do reflexo fotomotor (luz sobre o olho causa miose) e o reflexo consensual (estimulação de um olho para se observar o reflexo no olho contralateral). Nas patologias referentes a lesão do nervo, tais reflexos costumam apresentar-se ausentes</p><p>Lesão do n. troclear (IV par)</p><p>Lesões no nervo troclear ou no seu núcleo provocam paralisia do músculo oblíquo superior e afetam a rotação inferomedial do bulbo do olho ipsilateral. Processos isquêmicos ou hemorrágicos dos pedúnculos cerebrais podem lesionar o nervo e um sinal de acometimento é a diplopia (visão dupla) ao direcionar o olhar para baixo, causando dificuldade diárias para o indivíduo como descer escadas.</p><p>Lesão do n. trigêmeo (V par)</p><p>As causas relacionadas à lesões do trigêmeo são: traumatismos cranianos, traumatismos dentários, tumores, aneurismas e infecções meníngeas, polineuropatia generalizada, destruição dos núcleos motores e sensitivos da ponte e do bulbo (devido a tumores intrabulbares ou lesões vasculares) e esclerose múltipla.</p><p>Lesões do V par podem acarretar a paralisia dos músculos da mastigação com desvio da mandíbula para o lado lesado, ausência da capacidade de perceber sensações suaves táteis, térmicas ou dolorosas na face e perda do reflexo córneo-palpebral e do reflexo de espirro.</p><p>A principal doença que afeta a raiz sensitiva do nervo trigêmeo é a neuralgia do trigêmeo, a qual provoca dor episódica e exorbitante, normalmente relacionada às áreas que são supridas pelos ramos maxilar e / ou mandibular desse nervo. Além disso, destaca-se o reflexo mentoniano que consiste em aplicar um estímulo mecânico-sensitivo na região do mento, o qual provoca o fechamento da boca com a ativação dos músculos da mastigação.</p><p>Trata-se de um teste cujo intuito é mensurar funcionalmente os ramos desse nervo, visto que engloba músculos que são inervados por ele. Soma-se a isso a sua utilidade anestésica nos procedimentos cirúrgicos odontológicos, nos quais são inseridas substâncias nos ramos nervosos dos dentes com o objetivo de atingir os ramos terminais e provocar o bloqueio de inervação a determinada área.</p><p>Lesão do n. abducente (VI par)</p><p>O nervo abducente pode ser lesionado durante seu caminho intradural devido ao aumento da pressão intracraniana. Também pode sofrer uma lesão expansiva em decorrência de um tumor encefálico, o qual pode comprimir o nervo e ocasionar a paralisia do músculo reto lateral do olho. A lesão completa do nervo abducente causa desvio medial do olho lesado (estrabismo convergente).</p><p>Portanto, a  abdução  do olho será prejudicada. Um sintoma comum relacionado à lesão do VI par é a diplopia, a qual ocorre em toda extensão de movimento do bulbo do olho (exceto se a pessoa olhar para o lado oposto da lesão).</p><p>Lesões no nervo abducente também podem ocorrer devido a um aneurisma na base do encéfalo, compressão do nervo pela artéria carótida interna aterosclerótica no seio cavernoso (íntima relação entre a artéria carótida interna e o nervo abducente), entre outras.</p><p>Lesão do n. facial (VII par)</p><p>O acometimento do nervo facial causa paresia ou plegia dos músculos da mímica. As lesões relacionadas a esses músculos podem ser: central (paresia ou paralisia da parte inferior da hemiface contralateral à lesão) ou periférica (paresia ou paralisia de toda a hemiface homolateral à lesão).  A lesão neste nervo pode provocar  perda do paladar nos ⅔ anteriores da língua e / ou alteração na secreção das glândulas lacrimais e salivares (parótida, sublingual e submandibular), ausência do reflexo córneo-palpebral, incapacidade do fechamento da pálpebra e sensibilidade auditiva aumentada (hiperacusia).</p><p>O nível da lesão atinge funções variadas: caso mais próxima da origem, a perda motora, autônoma e do paladar são mais prováveis. Caso mais distal, o mais observado é a paralisia facial. Inflamações virais podem interferir, comprimindo o nervo, com destaque para a neurite viral a qual provoca um edema na região do canal facial e dificulta a passagem pelo forame estilomastóideo.</p><p>A paralisia mais comum é a Paralisia de Bell que se descreve como uma fraqueza súbita, de início imediato, nos músculos de um lado da face. É importante destacar a diversidade de fatores que resultam na lesão do nervo facial: ferimentos por arma branca (atingindo as raízes mais superficiais), edemas, tumores no encéfalo, vírus da herpes, entre outros.</p><p>Lesão do n. vestibulococlear (VIII par)</p><p>Lesões nos nervos vestibular e coclear podem provocar nistagmo (movimentos involuntários dos olhos em todas as direções), síndrome vertiginosa, tontura, desequilíbrio  e perda</p><p>parcial / completa da audição, de tal forma que os efeitos do trauma podem ocorrer concomitantemente ou separados. As perdas resultantes comuns são: a surdez (doença na cóclea ou via afetada) e o neuroma acústico (tumor benigno de células do neuronema que resulta na perda auditiva).</p><p>Lesão do n. glossofaríngeo (IX par)</p><p>Pode afetar o paladar do ⅓ posterior da língua, o reflexo do vômito no lado lesionado, perda ou redução do reflexo de engasgo e alteração na percepção da deglutição. Geralmente, esse nervo não é acometido isoladamente, sofre interferência de tumores ou infecções. Destaca-se a lesão do forame jugular, local por onde transita diversos nervos cranianos e causa deficiência funcional em várias áreas anatômicas.</p><p>A disfunção mais comum é a neuralgia do glossofaríngeo, provocando dor quando o indivíduo se alimenta ou ao se estimular determinadas áreas, sua causa ainda é desconhecida. Correlação com o nervo vago e ritmo cardíaco irregular (arritmia)</p><p>Muitas vezes, a causa da neuralgia glossofaríngea é desconhecida.</p><p>Mas algumas vezes a neuralgia glossofaríngea ocorre quando uma artéria mal posicionada comprime o nervo glossofaríngeo perto de onde o nervo sai do tronco cerebral.</p><p>O osso alongado na base do crânio (processo estiloide) tem uma forma anormalmente longa e comprime o nervo.</p><p>Raramente, a causa é um tumor no cérebro ou no pescoço, um abscesso, uma dilatação (aneurisma) em uma artéria no pescoço (artéria carótida) ou esclerose múltipla.</p><p>Teste funcional: Anestesia Local no terço posterior da garganta após teste de sensibilidade com algodão.</p><p>Lesão do n. vago (X par)</p><p>Lesões no nervo vago ocasionam mais comumente paresias e paralisias dos músculos faríngeos e laríngeos.  Os sintomas mais comuns observados em lesões deste nervo são: a disfonia (dificuldade para falar e rouquidão), afonia (perda da voz), disfagia (dificuldade para deglutir), queda do palato mole do lado afetado e desvio da úvula para o lado oposto da lesão, ausência do reflexo de vômito e estridor respiratório.</p><p>As lesões no X par podem ocorrer devido a aneurismas no arco aórtico; durante cirurgias do pescoço; câncer da laringe e tireoide; lesão relativa à cirurgia de tireoide, pescoço, esôfago, coração e pulmão; acidentes vasculares; tumores da fossa posterior e lesões que atingem o  forame jugular.</p><p>Lesão do n. acessório (XI par)</p><p>As lesões mais comuns no nervo acessório ocorrem geralmente em procedimentos cirúrgicos (iatrogênicas): biópsia de linfonodos, canulação da veia jugular interna e endarterectomia (desobstrução) da carótida entre outros. Além disso, a poliomielite e polineurite são agentes de alteração funcional do nervo.</p><p>O seu acometimento leva ao prejuízo funcional dos músculos esternocleidomastóideo e trapézio, que são essenciais na movimentação do pescoço / cabeça e movimentação da escápula / pescoço, respectivamente. Além disso, lesões nesse nervo podem levar a síndrome do ombro caído</p><p>Lesão do n. hipoglosso (XII par)</p><p>Siringomielia (a formação de uma cavidade líquida dentro da medula espinhal, decorrente de alterações da circulação liquórica.), poliomielite, processos expansivos e traumatismo da base do crânio, esclerose lateral amiotrófica, paralisia pseudobulbar, entre outros, são exemplos de doenças que acometem o funcionamento do nervo hipoglosso.</p><p>Ao se analisar a função do XII par de nervos cranianos, nota-se que o acometimento dos músculos inervados provoca paralisia na metade ipsilateral da língua, causando disfunção motora, na qual pode influenciar significativamente na alimentação e fonação do indivíduo. Em lesão, na protrusão da língua, o ápice se desvia para o lado paralisado devido a não oposição do músculo genioglosso.</p><p>image4.png</p><p>image3.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image10.png</p><p>image11.png</p><p>image12.png</p><p>image13.png</p><p>image14.png</p><p>image15.png</p><p>image16.png</p><p>image17.jpeg</p><p>image18.png</p><p>image19.png</p><p>image20.png</p><p>image21.png</p><p>image22.png</p><p>image23.png</p><p>image24.jpeg</p><p>image25.png</p><p>image26.jpeg</p><p>image27.png</p><p>image28.png</p><p>image29.png</p><p>image30.png</p><p>image2.png</p>

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