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<p>Sistema nervoso autônomo:</p><p>Parassimpático</p><p>Prof.: M.e Jefferson Bruno S. Oliveira</p><p>Belo Horizonte - 2024</p><p>A divisão parassimpática do SNA conserva e</p><p>restaura as fontes de energia do corpo</p><p>• divisão diminui a pressão arterial por meio da redução da</p><p>frequência cardíaca</p><p>• aumenta a atividade digestiva por meio de aumento do fluxo</p><p>sanguíneo para o trato intestinal, aumento da motilidade</p><p>intestinal e estimulação da secreção das enzimas digestivas</p><p>• contração da bexiga</p><p>Origem das fibras parassimpáticas</p><p>nervos oculomotor (III)</p><p>• inervam a íris e o corpo ciliar do olho. A ativação das fibras</p><p>parassimpáticas provoca contração do músculo esfíncter da pupila e do</p><p>músculo ciliar. Por conseguinte, a pupila torna-se menor, e a lente</p><p>(cristalino), mais convexa, possibilitando maior refração da luz para a</p><p>visão de perto</p><p>facial (VII)</p><p>• inervam as glândulas salivares (mandibulares, sublinguais) e lacrimais.</p><p>Origem das fibras parassimpáticas</p><p>glossofaríngeo (IX)</p><p>• inervam as glândulas parótidas e zigomáticas,</p><p>induzindo a secreção aquosa de saliva pelas glândulas</p><p>salivares parótidas e zigomáticas.</p><p>vago (X)</p><p>• controlam as vísceras torácicas e abdominais</p><p>Porção sacral do sistema parassimpático</p><p>• segmentos espinais S2 e S3 nos cães e S1–S3 nos gatos</p><p>• fibras pré ganglionares seguem o seu trajeto através da raiz</p><p>ventral dos nervos espinais S2 e S3, que juntos formam o nervo</p><p>pélvico localizado na parede lateral da parte distal do reto.</p><p>Porção sacral do sistema parassimpático</p><p>O nervo pélvico forma um plexo, que também recebe as fibras simpáticas do</p><p>nervo hipogástrico</p><p>As fibras pré ganglionares terminam nos gânglios pélvicos do plexo pélvico ou</p><p>passam através do plexo para terminar nos gânglios terminais na parede das</p><p>vísceras pélvicas.</p><p>O nervo pélvico é essencial para a ereção, a ejaculação, a micção e a</p><p>defecação.</p><p>Os sinais clínicos associados a uma lesão do nervo</p><p>facial dependem de sua localização. Lesão do nervo</p><p>facial entre o bulbo e a orelha média pode causar</p><p>diminuição na produção de lágrimas e</p><p>desenvolvimento de ceratite, perda do piscar e do</p><p>reflexo palpebral e paresia (ou paralisia) facial do</p><p>lado afetado da face.</p><p>doença vagal cervical bilateral tende</p><p>a induzir paralisia da laringe com</p><p>dispneia inspiratória, que leva à</p><p>cianose, alteração da vocalização e</p><p>disfagia.</p><p>Nervos cranianos</p><p>Os nervos cranianos são compostos por 12 pares de nervos que</p><p>possuem seus núcleos no prosencéfalo (I e II) e tronco encefálico</p><p>(III e IV – Mesencéfalo, V- Ponte, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII – Bulbo).</p><p>I - Olfatório</p><p>II - Óptico</p><p>III - Oculomotor</p><p>IV - Troclear</p><p>V - Trigêmio</p><p>VI – Abducente</p><p>VII - Facial</p><p>VIII - Vestibulococlear</p><p>IX - Glossofaríngeo</p><p>X - Vago</p><p>XI - Acessório</p><p>XII - Hipoglosso</p><p>Nervo olfatório (I)</p><p>• nervo sensitivo, responsável pela condução de impulsos</p><p>olfatórios.</p><p>• não se origina no tronco encefálico, sua origem se dá na</p><p>região olfatória das fossas nasais.</p><p>• Avaliação</p><p>• Testar resposta a químicos não irritantes (xilol, benzeno) e</p><p>busca de alimentos.</p><p>Nervo óptico (II)</p><p>• nervo sensitivo relacionado à condução de impulsos</p><p>visuais.</p><p>• origem dá na retina, nos fotorreceptores, e as fibras</p><p>formadas seguem em direção aos disco óptico,</p><p>formando o nervo óptico.</p><p>• não se origina no tronco encefálico.</p><p>Nervo óptico (II)</p><p>Avaliação</p><p>• Realizar o exame da visão ameaçando com a mão. Ver capacidade de</p><p>desviar obstáculos e constatar o re flexo pupilar com uma fonte de</p><p>luz. As duas pupilas devem contrair-se simultaneamente.</p><p>•Na cegueira causada por lesão do córtex occipital não há perda do</p><p>reflexo pupilar. Neste caso a lesão é contralateral (lesões do encéfalo</p><p>direito causam cegueira do olho esquerdo)</p><p>Nervo oculomotor (III)</p><p>• nervo eferente motor, sua principal função é a</p><p>movimentação do bulbo do olho e classificado também</p><p>como eferente visceral geral, por inervar o esfíncter da</p><p>pupila e o músculo ciliar.</p><p>• desempenha a função juntamente a dois outros nervos,</p><p>sendo eles, nervo troclear e o nervo abducente.</p><p>Nervo oculomotor (III)</p><p>•Avaliação</p><p>•O animal vê, mas não apresenta reflexo pupilar.</p><p>Em lesões unilaterais contrai-se somente uma</p><p>pupila. Pode haver estrabismo ventro-lateral</p><p>e/ou paralisia da pálpebra (ptose).</p><p>Nervo troclear (IV)</p><p>•Também é responsável pela movimentação dos</p><p>olhos, atua sobre o músculo oblíquo superior.</p><p>Avaliação</p><p>•Observa-se estrabismo dorsal.</p><p>Trigêmeo (V)</p><p>•É um nervo misto cuja parte sensorial atua nas</p><p>percepções sensitivas da pele, da face e do</p><p>couro cabeludo, e a parte motora tem a função</p><p>de movimentar a mandíbula. Possui o nervo</p><p>oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular.</p><p>Trigêmeo (V)</p><p>• Avaliação</p><p>• Avaliar o tono da mandíbula e os movimentos</p><p>mastigatórios. Ocorre paralisia da mandíbula. Ver</p><p>se há atrofia dos músculos masseter ou temporal.</p><p>Ver reflexo palpebral. Examinar perda de</p><p>sensibilidade da face, córnea e mucosa nasal.</p><p>• Responsável pela movimentação dos olhos,</p><p>também participa da movimentação do bulbo</p><p>do olho, juntamente ao nervo óptico e nervo</p><p>troclear.</p><p>Nervo</p><p>abducente (VI)</p><p>• Observam-se estrabismo medial e falta de</p><p>retração do globo ocular ou exoftalmia.Avaliação</p><p>Nervo</p><p>facial (VII)</p><p>Nervo misto, onde sua</p><p>função é de controlar os</p><p>músculos faciais (ramo</p><p>motor) e percepção</p><p>gustativa (ramo sensorial)</p><p>Avaliação</p><p>Causa paralisia da face</p><p>(pálpebra, orelha, lábio,</p><p>nariz).</p><p>Nervo vestibulococlear</p><p>(VIII)</p><p>Nervo sensitivo em que a porção vestibular é a</p><p>responsável pelo equilíbrio, enquanto a porção</p><p>coclear está relacionada à audição.</p><p>Avaliação</p><p>Há surdez e desequilíbrio para o lado da lesão</p><p>(unilateral) ou para os dois lados (bilateral).</p><p>Observa-se torção da cabeça e/ou nistagmo</p><p>horizontal ou rotatório.</p><p>Nervo</p><p>glossofaríngeo (IX)</p><p>•Nervo do tipo misto, responsável</p><p>pela percepção de gosto no terço</p><p>anterior da língua, movimentação da</p><p>faringe e inervação da glândula</p><p>parótida.</p><p>Nervo vago (X)</p><p>Nervo misto, responsável pela inervação das</p><p>vísceras, garante a inervação parassimpática</p><p>aos órgãos.</p><p>Avaliação</p><p>O glossofaríngeo é sensitivo e o vago é motor</p><p>para a laringe e faringe. Suas alterações</p><p>causam disfagia, megaesôfago, paralisia ou</p><p>paresia da faringe e alterações da voz.</p><p>Examinar o reflexo de deglutição.</p><p>Nervo acessório (XI)</p><p>•Nervo motor que atua na inervação dos músculos</p><p>esqueléticos e sua movimentação.</p><p>Avaliação</p><p>•Observa-se atrofia dos músculos esterno cefálico,</p><p>braquiocefálico e trapézio.</p><p>Nervo</p><p>hipoglosso (XII)</p><p>Nervo motor,</p><p>relacionado à</p><p>movimentação da</p><p>língua, faringe e</p><p>laringe.</p><p>Avaliação</p><p>Observar controle</p><p>muscular da língua,</p><p>assim como desvio ou</p><p>atrofia da mesma.</p><p>Lesões no cérebro e tálamo</p><p>alterações da atitude ou do estado mental</p><p>• agressividade</p><p>• depressão</p><p>• sonolência</p><p>• mania</p><p>• galope desenfreado</p><p>• andar compulsivo</p><p>• pressão da cabeça contra objetos</p><p>• torneio</p><p>• bocejos</p><p>• mugidos</p><p>• convulsões</p><p>• coma</p><p>Em alguns casos em que a lesão afeta o cérebro causando edema</p><p>cerebral (polioencefalomalacia, abscesso cerebral) observa-se</p><p>opistótono.</p><p>Este sinal, que ocorre, também, nas afecções cerebelares, deve-</p><p>se ao aumento do tamanho do cérebro que empurra o cerebelo</p><p>através do foramen magno causando a herniação do mesmo.</p><p>Cegueira</p><p>• quando é de origem central é causada por uma lesão na região</p><p>occipital do córtex cerebral.</p><p>• na cegueira de origem central há ausência de lesões nos olhos e</p><p>presença de reflexo pupilar.</p><p>• cegueira sem resposta ao estímulo da luz na pupila é causada por</p><p>lesões da retina, nervo óptico, quiasma óptico ou trato óptico rostral.</p><p>• ausência do reflexo pupilar, sem cegueira, indica lesão do nervo</p><p>oculomotor.</p><p>• ataxia</p><p>• dismetria (principalmente hipermetria)</p><p>• tremores de intenção</p><p>Lesões no cerebelo</p><p>Os tremores de intenção,</p><p>principalmente em</p><p>humanos, ocorrem em</p><p>consequência de uma</p><p>ação</p><p>Em animais a forma mais fácil de identificar tremores de intenção é através da</p><p>observação de movimentos rítmicos laterais da cabeça,</p><p>que aumentam quando</p><p>o animal é estimulado a realizar alguma atividade. O animal com lesões</p><p>cerebelares permanece com os membros abertos, cambaleia e tende a cair.</p><p>Lesões no tronco</p><p>encefálico</p><p>• Depressão</p><p>• paresia e</p><p>• principalmente, sinais de alterações dos nervos cranianos</p><p>• Quando há torneio, com alterações da marcha, a lesão</p><p>pode estar localizada na medula oblonga.</p><p>•Ataxia</p><p>•torção da cabeça (em seu eixo</p><p>longitudinal)</p><p>•nistagmo</p><p>•estrabismo</p><p>Lesão no sistema</p><p>vestibular</p><p>(ouvido interno,</p><p>nervo vestíbulo-</p><p>coclear e núcleos</p><p>vestibulares)</p><p>O animal não mantém o equilíbrio</p><p>• pode girar sobre seu corpo ou de lado.</p><p>Lesão é unilateral o animal cai ou gira para o lado afetado.</p><p>O sistema vestibular é um sistema proprioceptivo, que ajuda o animal</p><p>a manter sua orientação e posicionamento no ambiente em que está</p><p>posição e coordenar os</p><p>movimentos da cabeça,</p><p>tronco e membros e a</p><p>manter o equilíbrio durante</p><p>a marcha e o descanso.</p><p>• III, IV e VI, que controlam os</p><p>movimentos dos olhos, estão em</p><p>contato com o sistema vestibular.</p><p>Lesões na medula espinhal</p><p>•diversos graus de debilidade</p><p>•ataxia</p><p>•alterações nocioceptivas e</p><p>•sistema nervoso autônomo</p><p>Agravantes</p><p>• segmento afetado</p><p>• extensão e profundidade da mesma, que determinam os tratos que foram afetados</p><p>(motores, proprioceptivos ou sensitivos)</p><p>cornos dorsais</p><p>• as alterações são sensitivas ou proprioceptivas</p><p>cornos ventrais as alterações</p><p>motoras</p><p>Paralisia dos neurônios motores superiores (NMS)</p><p>• paralisia espástica, aumento do tono muscular e dos reflexos</p><p>Paralisia dos neurônios motores inferiores (NMI)</p><p>• paralisia flácida, com diminuição dos reflexos e do tono</p><p>muscular e atrofia muscular neurogênica rápida</p><p>Lesão moderada na medula</p><p>cervical pode causar sinais</p><p>de ataxia somente nos</p><p>membros pélvicos</p><p>Animal sem sinais</p><p>neurológicos da cabeça a</p><p>lesão pode estar localizada</p><p>em qualquer região da</p><p>medula</p><p>Lesões compressivas locais na medula cervical ou tronco encefálico os sinais</p><p>neurológicos são mais severos nos membros pélvicos do que nos torácicos</p><p>Animal em decúbito lateral e não consegue levantar a cabeça, a lesão pode</p><p>estar localizada nos tratos descendentes do tronco encefálico ou na medula</p><p>cervical (C1 e C4)</p><p>Lesões unilaterais impedem que o animal levante a cabeça quando a lesão está</p><p>do lado superior</p><p>Lesão entre a C4 e T2</p><p>• pode levantar a cabeça, mas permanece em decúbito</p><p>• paralisia espástica tanto os membros posteriores quanto os</p><p>anteriores apresentam</p><p>Lesão completa, antes da T2 resulta em morte por</p><p>asfixia devida a paralisia do nervo frênico</p><p>Alterações nos membros pélvicos, sem alterações nos</p><p>torácicos, indicam lesão tóraco-lombar</p><p>Em caso de lesões severas nesta região o animal pode</p><p>adotar a posição de cão sentado</p><p>Se não consegue adotar esta posição é possível que a</p><p>lesão esteja localizada cranial à T2</p><p>Lesões localizadas na intumescência torácica (C6-T2)</p><p>Alterações graves nos membros torácicos e pélvicos</p><p>Nesta região lesões somente de NMI afetam</p><p>exclusivamente os membros torácicos e não os pélvicos</p><p>Lesões da região sacral causam</p><p>incontinência urinária e retenção</p><p>de material fecal</p><p>•Não causam paralisia ou ataxia dos</p><p>membros pélvicos</p><p>síndrome de Schiff-Sherrington</p><p>• lesões compressivas graves da região tóraco-lombar, que causa paralisia de</p><p>NMI nos membros pélvicos e de NMS nos membros torácicos.</p><p>Isto por que neurônios localizados entre L1 e L7 são</p><p>responsáveis pela inibição de alguns neurônios motores da</p><p>intumescência torácica</p><p>Lesão leve da medula afeta os tratos</p><p>espinhocerebelares e vestíbulo espinhais</p><p>(NMS) que estão localizados superficialmente,</p><p>causando debilidade extensora (NMS) e ataxia</p><p>• Lesões bilaterais graves ocorre perda de nociocepção do</p><p>periósteo dos dedos e da cauda</p><p>Provas dos reflexos espinhais são úteis para localizar lesões em</p><p>áreas específicas.</p><p>• Um reflexo monossináptico (reflexo patelar por exemplo) participa um</p><p>neurônio sensitivo, um neurônio motor inferior, o nervo aferente e o eferente</p><p>A ausência de reflexo indica uma lesão em alguma dessas</p><p>estruturas. Se está alterada somente a porção motora o animal</p><p>não tem reflexo mas sente dor</p><p>Lesões dos plexos lombossacro e braquial causam paralisia ou paresia dos membros</p><p>pélvicos ou torácicos com redução ou ausência dos reflexos e da sensibilidade</p><p>As provas de sensibilidade para detectar hiperestesia, parestesia ou anestesia,</p><p>utilizando agulhas, podem servir para localizar lesões da medula espinhal.</p><p>Importnate considerar que as reações à dor variam entre animais e, em um mesmo</p><p>animal, entre as diferentes regiões</p><p>Slide 1</p><p>Slide 2</p><p>Slide 3: Origem das fibras parassimpáticas</p><p>Slide 4: Origem das fibras parassimpáticas</p><p>Slide 5: Porção sacral do sistema parassimpático</p><p>Slide 6: Porção sacral do sistema parassimpático</p><p>Slide 7</p><p>Slide 8</p><p>Slide 9</p><p>Slide 10: Nervos cranianos</p><p>Slide 11</p><p>Slide 12</p><p>Slide 13</p><p>Slide 14</p><p>Slide 15</p><p>Slide 16</p><p>Slide 17</p><p>Slide 18</p><p>Slide 19</p><p>Slide 20</p><p>Slide 21</p><p>Slide 22</p><p>Slide 23</p><p>Slide 24</p><p>Slide 25</p><p>Slide 26</p><p>Slide 27</p><p>Slide 28: Lesões no cérebro e tálamo alterações da atitude ou do estado mental</p><p>Slide 29</p><p>Slide 30</p><p>Slide 31</p><p>Slide 32</p><p>Slide 33</p><p>Slide 34</p><p>Slide 35</p><p>Slide 36</p><p>Slide 37</p><p>Slide 38</p><p>Slide 39</p><p>Slide 40</p><p>Slide 41</p><p>Slide 42</p><p>Slide 43</p><p>Slide 44</p><p>Slide 45</p><p>Slide 46</p><p>Slide 47</p><p>Slide 48</p><p>Slide 49</p>