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<p>Centro de Educação a Distância do Estado do Ceará.</p><p>R. Iolanda P. C. Barreto, 137 - Derby Clube, Sobral - CE Fone: (88)3695.1950</p><p>Disciplina:</p><p>F</p><p>História</p><p>República Oligárquica, conhecida também</p><p>como I República ou “República Velha”, é um</p><p>período da história brasileira que se estende desde</p><p>a Proclamação da República, em 1889, até a</p><p>“Revolução de 30”, que marca o início do Período</p><p>Getulista, em 1930.</p><p>Antecedentes</p><p>O processo de implantação da República</p><p>Brasileira é baseado em articulações de setores</p><p>das elites política, religiosa e militar. O processo de</p><p>proclamação exclui o povo, associando assim o</p><p>projeto muito a ideia de “Golpe” do que de</p><p>“Revolução”.</p><p>República da Espada (1889-1894)</p><p>Com a Proclamação, em 15 de 1889, inicia-</p><p>se a República com um Governo Provisório.</p><p>Marechal Deodoro da Fonseca assume realizando</p><p>mudanças importantes: adoção da república, fim do</p><p>padroado, novo código penal e grande</p><p>nacionalização dos estrangeiros que no Brasil</p><p>viviam.</p><p>No campo econômico, Deodoro incentivou,</p><p>através de seu Ministro da Fazenda, Ruy Barbosa,</p><p>uma política de impressão de papel moeda e</p><p>posterior empréstimo às empresas a fim de</p><p>incentivar o desenvolvimento econômico do país.</p><p>Pejorativamente conhecida como “Política do</p><p>Encilhamento”, a tentativa não obteve sucesso,</p><p>haja vista grande quantidade “empresas</p><p>fantasmas” e o crescimento da inflação decorrentes</p><p>dessas ações no campo econômico.</p><p>Em 1891 foi Promulgada a segunda</p><p>Constituição do Brasil. É a primeira e mais longeva</p><p>da República Brasileira</p><p>Características</p><p>• Abolição das instituições monárquicas;</p><p>• Os senadores deixaram de ter cargo vitalício;</p><p>• Sistema de governo presidencialista;</p><p>• O presidente da República passou a ser o</p><p>chefe do Poder Executivo;</p><p>• As eleições passaram a ser pelo voto direto,</p><p>mas continuou a ser descoberto (não-secreto);</p><p>• Os mandatos tinham duração de quatro anos</p><p>para o presidente, nove anos para senadores e</p><p>três anos para deputados federais;</p><p>• Não haveria reeleição de Presidente e vice para o</p><p>mandato imediatamente seguinte, não havendo</p><p>impedimentos para um posterior a esse;</p><p>• Os candidatos a voto efetivo seriam escolhidos</p><p>por homens maiores de 21 anos, à exceção de</p><p>analfabetos, mendigos das praças, soldados,</p><p>religiosos sujeitos ao voto de obediência.</p><p>• Ao Congresso Nacional cabia o Poder</p><p>Legislativo, composto pelo Senado e</p><p>pela Câmara de Deputados;</p><p>• As províncias passaram a ser denominadas</p><p>estados, com maior autonomia dentro</p><p>da Federação;</p><p>• Os estados da Federação passaram a ter suas</p><p>constituições hierarquicamente organizadas em</p><p>relação à constituição federal;</p><p>• A Igreja Católica foi desmembrada do Estado</p><p>Brasileiro, deixando de ser a religião oficial do</p><p>país.</p><p>Deodoro foi eleito presidente, de forma indireta,</p><p>para um mandato de quatro anos, iniciando assim</p><p>seu Governo Constitucional. As disputas de poder</p><p>entre o Presidente e o Legislativo produziram um</p><p>ambiente de crise, intensificado a partir de agosto de</p><p>1891.</p><p>Em novembro, Deodoro dissolve o Congresso e</p><p>publica um “Manifesto à Nação”, onde explica sua</p><p>decisão. No mesmo mês, acuado pela I Revolta da</p><p>Armada (liderado pelo Almirante Custódio de Melo),</p><p>Deodoro renuncia, gerando um novo impasse</p><p>político-institucional.</p><p>Pela Constituição, Floriano Peixoto (vice) só</p><p>poderia assumir sem restrições se já metade do</p><p>mandato do presidente tivesse sido cumprido, o que</p><p>não era a questão. Deodoro só cumpriu 10 meses</p><p>de seus quatro anos previstos.</p><p>Mesmo assim, com o apoio da classe política,</p><p>Floriano assume o poder, reabre o Congresso e</p><p>derruba os presidentes dos estados (governadores)</p><p>que tinham sido apoiadores de Deodoro. Além</p><p>disso, Floriano atendeu os interesses de camadas</p><p>populares urbanas, proporcionando um caráter</p><p>popular ao seu Governo.</p><p>Aula 20 – Primeira República (1889-1930)</p><p>Geilson</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_Nacional_do_Brasil</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Senado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2mara_de_Deputados</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Federa%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3lica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil</p><p>Centro de Educação a Distância do Estado do Ceará.</p><p>R. Iolanda P. C. Barreto, 137 - Derby Clube, Sobral - CE Fone: (88)3695.1950</p><p>Disciplina:</p><p>F</p><p>Thiago Rocha</p><p>História</p><p>A oposição, mesmo com os avanços do</p><p>governo de Floriano, questionava sua posse. No</p><p>Rio Grande do Sul estourou a “Revolução</p><p>Federalista” onde os Maragatos (monarquistas)</p><p>questionavam o presidente e o sistema lutando</p><p>contra os Pica-Paus (republicanos, partidários de</p><p>Floriano).</p><p>Concomitantemente, ocorre a 2ª Revolta da</p><p>Armada que almejava pressionar Floriano, assim</p><p>como fora com Deodoro, a renunciar. O presidente</p><p>esmagou os dois movimentos, ganhando o apelido</p><p>de “Marechal de Ferro” e também de “Consolidador</p><p>da República”.</p><p>República Democrática Oligárquica</p><p>A compreensão dos governos presidenciais</p><p>ao longo do período de 1894 até 1930 perpassa</p><p>obrigatoriamente pela compreensão de alguns</p><p>conceitos norteadores. O primeiro,</p><p>necessariamente, é a noção de Oligarquia.</p><p>Em grego, oligarquia quer dizer “governo de</p><p>poucos”. É basicamente isso que é apresentado</p><p>historicamente ao longo da primeira experiência</p><p>republicana de nosso país. Paulistas e Mineiros</p><p>comandam a nação a maior parte do tempo.</p><p>Normalmente são presidentes representantes de</p><p>grandes produtores agrários, com destaque para o</p><p>café, formados em direito (de preferência em São</p><p>Paulo) e com relações próximas aos governantes e</p><p>leites econômicas dos estados da nação.</p><p>Sustentam essa estrutura de poder outros</p><p>conceitos e práticas:</p><p>Política dos Governadores</p><p>Iniciada pelo presidente Campos Sales</p><p>(1898 – 1902) consistia em manter uma parceria</p><p>entre o Governo Federal e as elites locais dos</p><p>estados. O Presidente apoiava congressistas e o</p><p>Governador das Unidades Federais e em troca</p><p>recebia apoio para eleger seu sucessor. “Uma mão</p><p>lava a outra” e “Eu te apoio e você me apoia” são</p><p>jargões que ajudam a explicar esse acordo que</p><p>vigora por praticamente todo o período.</p><p>A Política dos Governadores é base de</p><p>sustentação para outra política de grande</p><p>importância para a manutenção da estrutura</p><p>oligárquica: a Política do Café-com-Leite.</p><p>Política do Café-com-Leite</p><p>Sustentava-se no revezamento hegemônico</p><p>na Presidência da República entre políticos de São</p><p>Paulo e Minas Gerais, estados mais populosos e</p><p>com maior produção agrícola na época. Durante</p><p>todo o período (1894-1891), doze presidentes foram</p><p>eleitos e apenas dois não eram de grupos paulistas</p><p>ou mineiros (Hermes da Fonseca e Epitácio Pessoa)</p><p>quebrando assim a política.</p><p>A garantia das eleições era realizada a partir</p><p>de práticas que visavam pressionar o convencer</p><p>setores da população a apoiarem e votarem nos</p><p>candidatos.</p><p>Coronelismo</p><p>Prática herdeira do Império onde um rico</p><p>latifundiário angariava grande capital político</p><p>influenciando na tomada de decisões locais. Além</p><p>das fazendas, o Coronel tinha muitas vezes o</p><p>monopólio do comércio e dos empregos na região,</p><p>forçando assim a população a girarem ao redor de</p><p>sua órbita política.</p><p>Voto de Cabresto</p><p>Prática em que o chefe político, na maioria</p><p>das vezes o Coronel, coagia o eleitor a votar no</p><p>candidato de sua escolha, haja vista que o voto não</p><p>era secreto.</p><p>Clientelismo</p><p>Baseado na Troca de Favores. Os eleitores</p><p>recebiam cargos, terras ou doações financeiras em</p><p>troca de voto e apoio político.</p><p>Fraudes Eleitorais</p><p>Por conta da inexistência de uma Justiça</p><p>Eleitoral¸ eram comuns os atos de corrupção no</p><p>processo eletivo, favorecendo os grupos políticos</p><p>que estavam no poder.</p><p>Com tais práticas ficava fácil para os</p><p>governantes reproduzirem seus desejos e</p><p>permearem os mesmos grupos no poder. Dessa</p><p>forma, havia um auto favorecimento no poder. Um</p><p>dos maiores exemplos disso, talvez, seja o</p><p>Convênio de Taubaté (1906).</p><p>Aula 20 – Primeira República (1889-1930)</p><p>Centro de Educação</p><p>a Distância do Estado do Ceará.</p><p>R. Iolanda P. C. Barreto, 137 - Derby Clube, Sobral - CE Fone: (88)3695.1950</p><p>Disciplina:</p><p>F</p><p>Thiago Rocha</p><p>História</p><p>O Convênio de Taubaté baseava-se em</p><p>um acordo entre os governos de São Paulo, Minas</p><p>Gerais e Rio de Janeiro em que a produção</p><p>excedente de Café, principal produto da época,</p><p>seria comprada pelo Governo Federal a fim de</p><p>evitar prejuízos aos cafeicultores (ou seja, a elite</p><p>política).</p><p>Contrapondo-se a essa estrutura de poder,</p><p>tivemos a Política das Salvações, comandada</p><p>pelo presidente Hermes da Fonseca (1910 – 1914),</p><p>que com um discurso de combate às práticas do</p><p>período, substituiu governadores dos estados e</p><p>buscou atingir as antigas elites locais. No Ceará,</p><p>provocou uma reação de Padre Cícero, insatisfeito</p><p>com a interferência nos jogos de poder oligárquicos</p><p>locais, realizando a Sedição de Juazeiro,</p><p>movimento de oposição a posse de Franco Rabelo</p><p>(aliado de Hermes da Fonseca).</p><p>Economia</p><p>O principal produto do Brasil na época ainda</p><p>era o Café, produzido principalmente em São</p><p>Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além dele</p><p>são destaque, a borracha, que produziu grande</p><p>crescimento da ocupação da região Norte do país;</p><p>e o processo de industrialização, principalmente</p><p>por substituição em São Paulo durante a I Guerra</p><p>Mundial (1914-18).</p><p>Resistência/Movimentos Sociais</p><p>Também ocorreram movimentos de</p><p>resistência à dominação e estrutura de poder</p><p>existente no Brasil ao longo do período.</p><p>Messiânicos</p><p>Canudos (1894-1897)</p><p>No sertão da Bahia foi formada sob</p><p>liderança do cearense Antônio Conselheiro uma</p><p>comunidade messiânica, ou seja, que aguardava</p><p>o retorno do messias e pregava uma forma de</p><p>cristianismo primitivo. A comunidade atraia</p><p>dezenas de milhares de sertanejos haja vista que</p><p>estes eram explorados nas fazendas dos coronéis</p><p>enquanto em Canudos havia divisão de terras.</p><p>Sob liderança do exército e após várias</p><p>tentativas, o Arraial de Canudos foi destruído em</p><p>1897, tecendo um discurso ligado ao fanatismo e</p><p>simbolizando uma perspectiva de contestação.</p><p>Contestado (1912-1916)</p><p>Similar a Canudos do ponto de vista</p><p>ideológico (messianismo popular) e ocorrido em</p><p>uma região de fronteira entre Santa Catarina e o</p><p>Paraná, o Contestado é formado por sertanejos que</p><p>ficaram sem posses ou empregos após a</p><p>construção da estrada de ferro Brazilian Railway.</p><p>O exército, assim como na experiência em</p><p>Canudos, também massacrou o movimento</p><p>impedindo assim uma contestação à ordem social</p><p>republicana da época, baseada nas oligarquias.</p><p>Revolta da Vacina (1904)</p><p>Na transição dos séculos XIX e XX vigorou</p><p>no Rio de Janeiro, então capital federal, um projeto</p><p>de urbanização ligado a uma perspectiva sanitarista</p><p>e higienista.</p><p>Em 1904, através de um projeto de</p><p>vacinação compulsória da população do Rio de</p><p>Janeiro contra a varíola (doença das bexigas),</p><p>liderado pelo médico sanitarista Oswald Cruz.</p><p>A população não aceitou o processo de</p><p>vacinação obrigatório e começou o processo</p><p>revoltoso em 10 de novembro, durando as</p><p>inquietações por mais ou menos uma semana,</p><p>deixando dezenas de mortos e feridos.</p><p>Revolta da Chibata (1910)</p><p>Liderado por marinheiros de baixa patente</p><p>(principalmente João Cândido), foram tomadas</p><p>embarcações brasileiras sob o argumento de</p><p>pressionar o Governo a coibir os castigos físicos aos</p><p>marinheiros e realizarem o pagamento correto dos</p><p>soldos. A revolta foi um marco nas lutas sociais do</p><p>país.</p><p>Tenentismo</p><p>Movimento de oficiais de baixa patente</p><p>(tenentes e capitães) que começaram a questionar</p><p>a estrutura de governo do período. Dois movimentos</p><p>ocorreram com destaque. Em 1922, “Os 18 do forte</p><p>de Copacabana” foi marcado pela tentativa de</p><p>tomada de um dos fortes mais importantes da</p><p>Capital. O movimento foi massacrado pelos grupos</p><p>fieis ao Governo.</p><p>Em 1924 a Coluna Paulista tentou tomar o</p><p>poder em São Paulo e, após o fracasso do</p><p>movimento, marchou em direção ao sul do país.</p><p>Aula 20 – Primeira República (1889-1930)</p>

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