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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Disciplina:
Gestão da Qualidade e Ética Profissional
=====================================================================
Apostila destinada ao Curso Técnico de Nível Médio em Mecânica das Escolas Estaduais
de Educação Profissional – EEEP 
Material elaborado pelo professor Francisco Aquiles de Paula Chaves -
2018
=====================================================================
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 1
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Sumário
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 2
1 - Evolução da Qualidade 3
2 - A Evolução da Qualidade no Ocidente 3
3 - A Evolução da Qualidade no Brasil 7
4 - Qualidade na Indústria X Qualidade em Serviços 8
5 - Origem da Norma ISO 12
6 - Princípios de Gestão da Qualidade 13
7 - ISO 9001 20
8 - Normas NBR ISO 9000 23
9 - Ferramentas da Qualidade 23
10 - Fordismo 32
11 - Toyotismo 33
12 -Sistema 5 s 34
13 - Sistema Just in Time 40
14 – Sistema Kanban 42
15 - Introdução a ética Profissional 44
16 - Ética, MoraleDireito 45
17 - FundamentosdaResponsabilidade 46
18 - ResponsabilidadeSubjetiva 59
19 - ResponsabilidadeObjetiva 50
20- Responsabilidade ContratualeExtracontratual 50
21 - A Responsabilidade Técnica ouÉtica 51
22 - Doutrina 57
23 - Manual 64
24 - Normativa 71
25 - Lista de Execícios 77
26 - Referências Bibliográficas 106
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
GESTÃO DA QUALIDADE
A gestão da qualidade pode ser definida como sendo qualquer atividade
coordenada para dirigir e controlar uma organização no sentido de possibilitar a
melhoria de produtos/serviços com vistas a garantir a completa satisfação das
necessidades dos clientes relacionadas ao que está sendo oferecido, ou ainda, a
superação de suas expectativas.
De forma generalista
Qualidade – Um termo subjetivo, para o qual cada pessoa, ou setor, tem
a sua própria definição. Em sua utilização técnica, a qualidade pode ter dois
significados:
1. As características de um produto ou serviço, que dão suporte (ou
sustentação), à sua habilidade em satisfazer requisitos especificados
ou necessidades implícitase;
2. Um produto ou serviço livre dedeficiências.
1.Evolução da Qualidade
Qualidade existe desde que o mundo é mundo. Ao longo da história o
homem sempre procurou o que mais se adequasse às suas necessidades, fossem
estas de ordem material, intelectual, social ou espiritual. A relação cliente-
fornecedor sempre se manifestou dentro das famílias, entre amigos, nas
organizações de trabalho, nas escolas e na sociedade em geral.
No final do 2º. milênio vivemos o cenário da busca da Qualidade Total
nas empresas como fator de sobrevivência e competitividade. Hoje, nos primeiros
passos do 3º. Milênio, para melhor compreender a evolução do conceito Qualidade
é importante analisarmos "de onde viemos", a fim de entendermos "onde estamos",
para então sabermos, "para onde estamos indo" na trilha de evolução da Qualidade
no mundo.
Neste sentido, a arte de se obter Qualidade experimentou uma grande
evolução no século XX, partindo da mera inspeção de produtos acabados à visão
estratégica de negócios. Esta evolução pode ser analisada conforme seu contexto
no Ocidente, no Japão e no mundo como um todo.
2.A Evolução da Qualidade noOcidente
Voltando no tempo, especialmente a partir da Revolução Industrial, com o
desenvolvimento das ferramentas de trabalho e dos sistemas de unidades de
medidas, tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos da América , a
Qualidadeevoluiu até nossos dias essencialmente através de quatro Eras, dentro das
quais a arte de obter Qualidade assumiu formas distintas:
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 3
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
 Era da Inspeção – Qualidade com foco noproduto
 Era do Controle Estatístico da Qualidade – Qualidade com foco no processo
 Era da Garantia da Qualidade – Qualidade com foco nosistema
 Era da Gestão da Qualidade Total ("Total Quality Management -TQM")
 Qualidade com foco no negócio
Segue uma síntese de cada Era, destacando-se os aspectos que mais as
caracterizam.
a) A Era da Inspeção - Qualidade com Foco noProduto
No final do século XVIII e início do século XIX a Qualidade era obtida
de uma forma bem diferente da obtida hoje em dia. A atividade produtiva era
artesanal e em pequena escala. Os artesãos e artífices eram os responsáveis pela
construção de qualquer produto e por sua Qualidade final.
Com o desenvolvimento da industrialização, e o advento da produção
em massa, tornou-se necessário um sistema baseado em inspeções, onde um ou
mais atributos de um produto eram examinados, medidos ou testados, a fim de
assegurar a sua Qualidade.
No início do século XX, o engenheiro e executivo Frederick W.
Taylorestabeleceu os Princípios da Administração Científica , e G.S. Radford,
comapublicação do seu livro The Control of Quality in Manufacturing,
legitimaramafunção do inspetor conferindo a ele a responsabilidade pela Qualidade
dos produtos A força-motriz do “Século da Produtividade”5 foram os conceitos
adotados por Taylor que atribuiu ao inspetor a responsabilidade pela qualidade do
trabalho. A conseqüência imediata deste estudo sobre os métodos gerenciais foi a
separação do planejamento da produção, baseada na concepção de que os
operários e os supervisores não estavam preparados para colaborar com o
planejamento. Taylor atribuiu a responsabilidade do planejamento a gerentes e
engenheiros, deixando aos supervisores e aos operários a execução das tarefas.
 Durante a primeira grande guerra, com o aumento da atividade
industrial, surge a figura do inspetor em tempo integral. Em 1922, a atividade de
inspeção é formalmente incorporada ao Controle da Qualidade sendo, pela primeira
vez, a qualidade vista como responsabilidade gerencial e independente8. Mas,
ainda, a função do Controle da Qualidade permanece limitada a inspeção. A
atividade dos inspetores se restringia a identificação e quantificação dos produtos
defeituosos, que, muitas vezes, resultava em medidas punitivas. Os fabricantes
removiam as peças.
b) Era do Controle Estatístico da Qualidade – Qualidade com Foco no
Processo
Com o crescimento da produção, o modelo baseado na inspeção 100%
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 4
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
torna-se caro e ineficaz. Em 16 de maio de 1924, Shewhart, aplicando
conhecimentos estatísticos, desenvolve poderosa técnica com a finalidade de
solucionar problemas de controle da qualidade da Bell Telephone Laboratories: o
Gráfico de Controle de Processo, até hoje utilizado na indústria.
Em seu livro Shewhart, em 1931, forneceu um método preciso e
mensurável para definição do controle do processo, estabelecendo princípios para
monitorar e avaliar a produção. Como a matéria prima, operador e equipamento são
algumas das fontes de variabilidade (causas) que podem apresentar variações no
seu desempenho e característica e, portanto, afetar o produto(efeito). O
conhecimento destas variações permite que a partir da sua quantificação e do
estabelecimento de limites estatísticos seja possível manter o processo sob estado
de controle.
Atravésdos gráficos de controle de processo é possível identificar,
minimizar e, algumas vezes, remover as causas especiais de variação.
c) Era da Garantia da Qualidade - Qualidade com Foco no Sistema
Durante a 2ª. Grande Guerra os produtos destinados a uso militar tiveram
prioridade no que dizia respeito a instalações, material, mão-de-obra habilitada e
serviços de toda ordem. A produção de bens de consumo foi diminuída, incluídos os
automóveis e eletrodomésticos. Enquanto isso, os operários que trabalhavam na
produção militar, em muitas horas extras, fez aumentar o poder aquisitivo de várias
famílias.
No fim da guerra, em 1945, os bens para a população civil
eramescassos. A prioridade máxima das empresas passou a ser, então, o
cumprimento dos prazos de entrega para garantir uma fatia maior do mercado, e a
qualidade dos produtos foi se deteriorando de forma escandalosa - um fenômeno
que sempre serepete em tempos de escassez. A falta de produtos atraiu para o
mercado novos competidores, cuja inexperiência contribuiu ainda mais para o
declínio da qualidade.
Nos anos que se sucederam após a segunda grande guerra, ocorre
grande desenvolvimento tecnológico e industrial. Foram lançados no mercado,
novos materiais e novas fontes de energia principalmente a fornecida pelas centrais
nucleares, com seus requisitos tecnológicos bastante exigentes. Todos estes fatores
tecnológicos, associados ao aumento das pressões provocadas pela concorrência,
provocaram profundas revisões dos conceitos adotados e grande reviravolta
administrativa e econômica nos meios empresariais, bem como em toda a
sociedade.
Entre 1950 e 1960 vários trabalhos foram publicados ampliando o campo
de abrangência da Qualidade.
Em 1951, enfatizando a necessidade de "evidências objetivas", uma nova
ideia propõe uma abordagem que torna mensurável a qualidade de produtos e
serviços, correlacionando-a aos custos de retrabalho, mão-de-obra para o reparo,
perdas financeiras associadas a insatisfação do consumidor, entre outro fatores,
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 5
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
definidos como evitáveis. Já os custos inevitáveis foram associados a prevenção,
inspeção, amostragem e outras atividades ligadas ao Controle da Qualidade. A
prevenção passa a ser adotada na gestão dos processos produtivos tendo
implicações positivas no nível qualidade resultante, mensurado pela redução de
desperdícios.
Os quatro principais movimentos que compõem esta Era são:
a. A quantificação dos custos da Qualidade;
Os Custos Totais de uma Empresa13 compreendem todos os esforços e
recursos que são investidos para o fornecimento de produtos e serviços
aosclientes.
Os Custos de Produção compreendem os gastos com materiais
diretamente consumidos, commão-de-obra direta, com equipamentos utilizados
e tecnologiaempregada.
Os Custos de Fabricação são a soma dos Custos de Produção com os
Custos Indiretos de Produção, tais como gastos com engenharia, projeto,
pesquisa e desenvolvimento, controle de produção, manutenção além dos
insumos utilizados, salários e gastos administrativos associados a estas
atividades de apoio àprodução.
b. O controle total daQualidade(TQC);
Segundo estes princípios, a qualidade de produtos e serviços é "um
trabalho de todos . O controle inicia-se na elaboração do projeto e termina somente,‖
quando o produto está nas mãos do consumidor, que fica satisfeito, ou seja, se
caracteriza como visão sistêmica, cujo objetivo básico era o de prover um controle
preventivo, desde o início do projeto dos produtos até seu fornecimento aos clientes.
c. As técnicas deconfiabilidade;
No desenvolvimento das técnicas de confiabilidade, onde as teorias de
probabilidade e estatística foram estudadas mais profundamente, o objetivo foi o de
evitar falhas do produto ao longo do seu uso. As indústrias aeroespacial, eletrônica
e militar foram as propulsoras destas técnicas. As técnicas desenvolvidas, com
impacto direto nos projetos dos produtos,incluem:
 análise de efeito e modo de falha: revisão sistemática dos modos
pelos quais um componente de um sistema podefalhar;
 análise individual de cada componente: verificação da probabilidade
de falhas dos componentes-chave de umsistema;
 redundância: utilização de componentes em paralelo no sistema, a
fim de garantir seu funcionamento mesmo que um delesfalhe.
d. O programa Zero Defeitos.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 6
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
O programa Zero Defeitos originou-se no ano de 1961 na construção dos
mísseis nos E.U.A. Sua filosofia básica consistiu em fazer certo o trabalho na
primeira vez. Neste sentido, foi dada ênfase a aspectos motivacionais e à iniciativa
dos funcionários através de treinamento, estabelecimento de objetivos e divulgação
dos resultados da Qualidade e reconhecimento por sua obtenção.
Em suma, a Era da Garantia da Qualidade caracterizou-se pela
valorização do planejamento para a obtenção da Qualidade, da coordenação das
atividades entre os diversos departamentos, do estabelecimento de padrões da
Qualidade além das já conhecidas técnicas estatísticas.
3.A Evolução da Qualidade no Brasil
A partir do ano de 1990 o movimento em prol da Qualidade teve um
crescimento avassalador no País, que remonta à década de 80, onde foram
lançadas as bases deste movimento. Até o início da década de 90 ainda não havia
um movimento coordenado e global, mas sim ações isoladas de alguns segmentos
da sociedade.
No final do 2º. Milênio o movimento brasileiro pela Qualidade, segundo
especialistas japoneses, era o segundo mais vigoroso programa em favor da
Qualidade em todo o mundo.
A- Evolução da Qualidade no Mundo
Da década de 1990 até os nossos dias, com o sistema de comunicações
cada vez mais globalizado e eficiente, intensificou-se o intercâmbio de informações
e lições aprendidas entre o Ocidente e o Japão, tornando mais unificado o processo
de evolução da Qualidade no mundo. O advento do fenômeno da globalização teve
um impacto significativo no movimento mundial em prol daQualidade.
Alguns aspectos da Gestão da Qualidade foram realçados na Era da
Globalização:
1. Qualidade passa a ser uma ―linguagem internacional de negócios,
o que pode serevidenciado através da explosão do processo de
certificação ISO9000 e ISO 14000 e da consolidação dos prêmios
nacionais da qualidade na maioria dos países do mundo civilizado
2. Satisfação total do cliente, não só em relação às características do
produto, mas também a aspectos sociais e ecológicos. O produto
não tem que ser sem defeito, ele tem que ser ecologicamente e
socialmenteperfeito.
3. Qualidade é uma ferramenta eficaz nosnegócios,
4. O significado da palavra parceria migra para dentro das empresa,
com fornecedores ocupando espaço físico na planta do
consumidor, diminuindo significativamente oleadtime.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 7
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
5. Empresas se destacam no aspecto Liderança, através dos
conceitos abrangidos pelaQualidade.
6. Contabilidade moderna baseada na atividade gerencial. A idéia de
Unidade Estratégica do Negócio se consolida e cada gerente tem
seu centro de custos e é diretamente reponsável porele.
7. Gerenciamento do tempo, os leadtime passam a ser cada vez
menores a fim de atender um mercado cada vez mais exigente e
estar a frente dosconcorrentes.
O fluxo a seguir resumea evolução da Qualidade no mundo, de onde se
conclui que o que evoluiu, essencialmente, foi a forma de se obter Qualidade.
OBTER QUALIDADE ATRAVÉS
== > De inspeção dos produtos ...

... do controle dos processos de produção de produtos ...

 ... da organização que administra os processos que
produzem os produtos ...

... das pessoas que compõem a organização que
administra os processos ...

... do ambiente social que favorecem as ações das
pessoas que compõem a organização ...

... do meio-ambiente que interfere no ambiente social que
favorece as ações das pessoas ...

 ... da visão globalizada que influencia o meio-ambiente
que interfere no ambiente social ...
4.Qualidade na Indústria X Qualidade em Serviços
A evolução da Qualidade no mundo foi construída essencialmente no
âmbito da indústria, ou seja, nas empresas fabricantes de produtos, tendo as
prestadoras de serviços, de modo geral, ficado à margem deste processo.
Na década de 1990, com a crescente concentração de mão-de-obra no
setor de serviços e o aumento progressivo da sua importância na economia
mundial, Qualidade passou a ser um fator preponderante. Assim sendo, as
prestadoras de serviços absorveram parte dos conhecimentos elições aprendidas
sobre Qualidade naindústria.
Marcadamente a partir do início da década de 1990, impulsionadas pelo
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 8
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
trabalho de vários especialistas, muitas empresas prestadoras de serviços em todo
o mundo vêm lançando-se na busca da Qualidade Total. Neste sentido, vários
casos de sucesso já se verificam em diversas áreas de atividade neste setor, o que
vem provocando o fechamento gradativo do "gap" de evolução da Qualidade em
relação àindústria.
A abordagem da Qualidade em prestadoras de serviço se diferencia
basicamente da abordagem da Qualidade Industrial no que diz respeito à
concepçãoconceitual.
Apesar de não existir, na atualidade, um único conceito que contemple
todas as tendências e experiências profissionais, houve uma profunda e rápida
mudança ao longo do final do milênio passado na forma de assegurá-la. A evolução
os métodos de medição têm acompanhado o desenvolvimento do conceito da
qualidade de produtos e serviços, adequando-se às novas exigências e ao aumento
da abrangência. Este fato tem proporcionado condições para a redução das
incertezas que envolvem as organizações, apesar do crescente desafio que as
impele no sentido do aprimoramento contínuo.
Deve-se considerar as seguintes variáveis que exercem influencia no
processo de busca da qualidade:
• tempo sobre o qual são marcados os passos do processo de
evolução e, em função do qual, são exigidas respostas rápidas e
eficazes;
• nível de complexidade, apresentando novos desafios à
compreensão dos processos e a definição de modelos de gestão
que assegurem a perpetuação dosnegócios;
• as incertezas que refletem o desconhecimento sobre os aspectos
relevantes do processo produtivo e de comercialização numa nova
era.
• estilo de gestão, que consiste na filosofia que orienta as técnicas
administrativas, ou os modelos organizacionaispropostos.
O profissional que lida na área tem que levar em consideração as quatro
aprendizagens consideradas essenciais para os profissionais do século XXI,
segundo a UNESCO:
• Aprender a Conhecer - conciliar uma cultura geral, ampla o suficiente,
com a necessidade de aprofundamento em uma área específica de
atuação, construindo as bases para se aprender ao longo de toda a
vida;
• Aprender a Fazer - desenvolver a capacidade de enfrentar situações
inusitadas que requerem, na maioria das vezes, o trabalho coletivo em
pequenas equipes ou em unidades organizacionais maiores; assumir
iniciativa e responsabilidade em face das situações profissionais;
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 9
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
• Aprender a Conviver - perceber a crescente interdependência dos
seres humanos, buscando conhecer o outro, sua história, tradição e
cultura e aceitando a diversidade humana. A realização de projetos
comuns, a gestão inteligente e pacífica dos conflitos envolvem a
análise compartilhada de riscos e a ação conjunta em face dos
desafios dofuturo;
• Aprender a Ser - desenvolver a autonomia e a capacidade de julgar,
bem como fortalecer a responsabilidade pelo autodesenvolvimento
pessoal, profissional esocial
Desta forma, a gestão da qualidade envolve a observância de alguns
conceitos básicos, ou princípios de gestão da qualidade, que podem e devem ser
observados por qualquer organização. A saber:
Focalização no cliente: qualquer organização tem como motivo de sua existência a
satisfação de determinada necessidade de seu cliente, seja com o oferecimento de
um produto ou serviço. Portanto, o foco no cliente é um princípio fundamental da
gestão da qualidade que deve sempre buscar o atendimento pleno das
necessidades do cliente sejam elas atuais ou futuras e mesmo a superação das
expectativasdeste;
Liderança: cabe aos líderes em uma organização criar e manter um ambiente
propício para que os envolvidos no processo desempenhem suas atividades de
forma adequada e que se sintam motivadas e comprometidas a atingir os objetivos
da organização;
Envolvimento das pessoas: toda organização é formada por pessoas que, em
conjunto, constituem a essência da organização. Portanto, a gestão da qualidade
deve compreender o envolvimento de todos, o que possibilitará o uso de sãs
habilidades para o benefício da organização;
Abordagem por processos: a abordagem por processos permite uma visão
sistêmica do funcionamento da empresa como um todo, possibilitando o alcance
mais eficiente dos resultadosdesejados;
Abordagem sistêmica: a abordagem sistêmica na gestão da qualidade permite que
os processos inter-relacionados sejam identificados, entendidos e gerenciados de
forma a melhorar o desempenho da organização como um todo;
Melhoria contínua: para que a organização consiga manter a qualidade de seus
produtos atendendo suas necessidades atuais e futuras e encantando-o (excedendo
suas expectativas), é necessário que ela tenha seu foco voltado sempre para a
melhoria contínua do seu processo e produto/serviço;
Abordagem factual para a tomada de decisão: todas as decisões dentro de um
sistema de gestão de qualidade devem se tomadas com base em fatos, dados
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 10
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
concretos e análise de informações, o que implica na implementação e manutenção
de um sistema eficiente de monitoramento;
Benefícios mútuos nas relações com fornecedores: a organização deve buscar o
relacionamento de benefício mútuo com seus fornecedores através do
desenvolvimento de alianças estratégicas, parcerias e respeito mútuo, pois o
trabalho em conjunto de ambos facilitará a criação de valor
5.Origem da Norma ISO
O que significa a sigla ISO?
ISO é a sigla Internacional Organization for Standardization. É uma
organização internacional, não governamental, que elabora normas (internacionais),
fundada em 23 de fevereiro de 1974, com sede em Genebra, na Suíça. Fazem parte
da ISO entidades de normalização de noventa e um países, representando mais de
95% da produção industrial do mundo.
O Brasil participa da ISO através da ABNT - Associação Brasileira de
Normas Técnicas - que é umasociedade privada, sem fins lucrativos, e tem
pessoas físicas e jurídicas como associadas. Ela é reconhecida pelo Governo
Brasileiro, como o Foro Nacional deNormalização.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 11
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
O que são as NORMAS ISO 9000?
As ISO Série 9000 formam um conjunto de cinco normas relacionadas
com gestão e garantia daqualidade.
As normas ISO 9000 tendo sido elaboradas pelo ISO Technical Comitee
176 (ISSO TC 176). Essas normas estão em vigor desde 1987, embora sua
elaboração, pela ISO TC 176, tenha ocorrido 1979, ano de criação de referido
Comitê, que foi sobre gestão e garantia da Qualidade na ISO.
A Origem das Normas ISO Série 9000
Durante muitos anos e, infelizmente, em parte ainda hoje, o processo
interativo de fazer, aceitar, ou retificar foi a base da atividade industrial. Apenas
recentemente o conceito mais eficiente e econômico de que se deve "fazer certo da
primeira vez - sempre" começou a prevalecer como fundamento da gestão dos
processos industriais. Essa visão, inclusive, expande-se rapidamente para a área de
prestação de serviços.
A tentativa de padronizar a qualidade foi bastante enfatizada nos Estados
Unidos, onde essas transformações e seus efeitos foram maiores e significativos.
Durante a Primeira Guerra Mundial houve sérios problemas com a
qualidade do material militar. Essa constatação levou à necessidade do
estabelecimento de normas para as atividades de inspeção e para a definição de
Sistemas de Qualidade. Ao longo dos anos essa necessidade foi crescendo,
principalmente com iniciativas dentro da OTAN - Organização do Tratado do
Atlântico Norte de modo a debater e fixar requisitos do tema qualidade, de tal forma
que fossem reduzidos os custos com a defesa e também para aumentar a
competitividade empresarial.
Esta necessidade de padronização deu origem à norma MIL-Q-9858, que
é uma especificação de Sistema de Controle da Qualidade, bem como à norma MIL-
Q-45208, que especifica as exigências para um sistema de inspeção.
Essas duas normas serviram de base para a OTAN elaborar três normas, para uso
próprio, em relação à qualidade. Elas foram chamadas de Publicações Aliadas de
Garantia da Qualidade (AQAP), respectivamente 1,4 e9.
A AQAP-1, homologada em 1868, tratava de Sistema da Qualidade,
cobrindo a fabricação, inspeção e teste, enquanto as AQAP-4 e AQAP-9 travam dos
sistemas de inspeção, cobrindo apenas a inspeção final. A partir de então, várias
normas foram desenvolvidas por diversos países e organizadores. No Reino Unido,
em 1874, surgiu a BS 5179, como um guia para Sistemas de Garantia da
Qualidade, baseada nas Normas militares AQAP. A partir de então, a disseminação
e utilização desse norma expandiu-se, o que conduziu à necessidade de uma norma
nacional mais completa e adequada a um processo de utilização da certificação de
terceira parte para os Sistemas de Qualidade implantados. Em 1979 passou a ser
utilizada a BS 5750, cujo impacto ainda se mostroureduzido.
O Comitê ISO TC 176 foi criado em 1979 para conduzir os assuntos
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 12
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
relacionados com garantia da qualidade e gestão da qualidade.
Apenas em 1987, as normas elaboradas pelo TC 176 foram provadas dentro da
ISO, gerado as denominadas ISO Série9000.
Muitos países já adotaram as normas ISO Série 9000 como normas nacionais. Pelo
menos cinqüenta e três nações, até o momento, já se enquadraram neste caso,
dentre elas, o Brasil.
Somente vinculadas ao sistema inglês de certificação existem atualmente
cerca de 16.000 empresas que têm implantado uma das normas da Série ISO 9000.
Objetivos e Aplicações das Normas ISO Série 9000
ISO 9000 - Normas de Gestão da Qualidade- Diretrizes de Seleção e Uso
Esta norma tem por objetivo esclarecer as diferença de inter-relações ente os
principais conceitos da qualidade de fornecer diretrizes para seleção e uso de outras
normas da série que tanto podem ser utilizadas para o gerenciamento interno da
qualidade bem para uso externo, quando se quer adquirir algum produto com os
aspectos da qualidade verificados.
6.Princípios de Gestão da Qualidade
Os Princípios de Gestão da Qualidade que procura facilitar o
estabelecimento de uma cultura de gestão bem sucedida para os usuários das
normas da família ISO 9000. As normas ISO 9000-.2005 foram baseadas nestes
Princípios.
Com o crescimento da competição global, a gestão da qualidade se
tomou intensamente importante para a liderança e para a gestão de todas
organizações. Os Princípios de Gestão da Qualidade aplicam-se, de uma maneira
global, a todos os grupos de usuários. Esse documento está focado sobre as
necessidades dos gerentesexecutivos.
Aplicando os oito Princípios de Gestão da Qualidade, as organizações
produzirão benefícios para os clientes, acionistas, fornecedores, comunidades locais
e para a sociedade como um todo.
Definição de Princípio de Gestão da Qualidade
"Um Princípio de Gestão da Qualidade é uma crença ou
regra fundamental e abrangente para conduzir e operar uma
organização, visando melhorar, continuamente, seu
desempenho a longo prazo, pela localização nos clientes e,
ao mesmo tempo, encaminhando as necessidades de todas
as partes interessadas."
Princípio 1 - Organização Focada no Cliente
"As organizações dependem de seus clientes e,. po rtanto.
deveram entender as necessidades atuais e futuras, atender
os requisitos e se esforçarem para excederas expectativas
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 13
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
dos seus Clientes"
Aplicar o Princípio de Organização Focada no Cliente conduz às seguintes
ações:
• Entender toda a gama de necessidades e expectativas do cliente relativas
aos produtos, prazo de entrega, preço, confiabilidade,etc.
• Garantir uma abordagem balanceada entre as necessidades e as
expectativas dos clientes e de outras partes interessadas (acionistas,
empregados, fornecedores, comunidades locais e a sociedade como um
todo).
• Comunicar essas necessidades e expectativas à todaorganização.
• Medir a satisfação do cliente e atuar sobre os resultados,e
• Gerenciar o relacionamento com ocliente.
Benefícios da aplicação desse Princípio para:
• a formulação de estratégias e políticas, tomando as necessidades do
cliente e as necessidades de outras partes interessadas compreendidas por
toda a organização,
• a adequação de objetivos e metas, garantindo que objetivos e metas
importantes estejam ligadas às necessidades e expectativas dosclientes",
• a gestão operacional, melhorando o desempenho da organização a fim de
atender as necessidades dosclientes,
• a gestão de recursos humanos, garantindo que as pessoas tenham o
conhecimento e habilidades exigidas para satisfazer os clientes da
organização.
Princípio 2 - Liderança
"Líderes estabelecem a unidade de propósitos e a
direção da organização. Eles deveriam cifar e manter
um ambiente íntemo no qual as pessoas possam se
tomar plenamente envolvidas no alcance dos
objetivos daorganização".
Aplicar o Princípio de Liderança conduz às seguintes ações:
• Ser pró-ativo e liderar por meio deexemplos,
• Compreender e responder às mudanças no ambienteexterno,
• Considerar as necessidades de todas as partes interessadas, incluindo
clientes, acionistas, empregados, fornecedores, comunidades locais e a
sociedadecomo umtodo,
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• Estabelecer uma visão clara do futuro daorganização,
• Estabelecer modelos éticos e valores compartilhados para todos os níveis
daorganização,
• Construir a confiança e eliminar omedo,
• Prover liberdade e os recursos exigidos para as pessoas atuarem com
responsabilidade
• Inspirar, encorajar e reconhecer as contribuições daspessoas,
• · Promover a comunicação honesta eaberta,
• · Educar, treinar e assistir aspessoas,
• Adequar objetivos e metas desafiadoras, e
• Implementar estratégias para alcançar esses objetivos emetas.
Benefícios da aplicação desse Princípio para:
• a formulação de estratégias e políticas, estabelecendo e comunicando
uma visão clara do futuro daorganização,
• adequação de objetivos e metas, traduzindo a visão da organização
em"objetivos e metasmensuráveis-1
• a gestão operacional, dando poder e envolvendo as pessoas para
alcançar os objetivos daorganização,
• a gestão de recursos humanos, tendo a força de trabalho estável, bem
informada, motivada e compoder.
Princípio 3 - Envolvimento de Pessoas
"Pessoas de todos os níveis são a essência de uma
organização e o pleno envolvimento delas permite que
suas capacidades sejam usadas para o benefício da
organização,
Aplicar o Princípio de Envolvimento de Pessoas conduz às seguintes ações
destaspessoas:
• Aceitar a responsabilidade e a propriedade de solucionarproblemas,
• Buscar ativamente oportunidades para fazermelhoramentos,
• Buscar ativamente oportunidades para aumentar suas
competências, conhecimento eexperiência,
• Compartilhar livremente o conhecimento e a experiência em equipes
e grupos,
• Focalizar na criação de valor para osclientes,
• Ser inovador e criativo em adição aos objetivos daorganização,
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• Representar melhor a organização aos clientes, comunidades locais e
sociedade como umtodo,
• Derivar satisfação do seu trabalho,e
• Estar entusiasmado e orgulhoso de fazer parte daorganização.
Benefícios da aplicação desse Princípio para:
• a formulação de estratégias e políticas, pessoas contribuindoefetivamente
para melhorias das estratégias e políticas daorganização,
• a adequação de objetivos e metas, pessoas compartilhando apropriedade
dos objetivos daorganização;
• a gestão operacional, pessoas sendo envolvidas em decisões apropriadas
e em processos demelhorias
• a gestão de recursos humanos, pessoas ficando mais satisfeitas comseus
empregos e sendo ativamente envolvidas em seu desenvolvimento e
crescimento pessoal para o benefício daorganização.
Princípio 4 - Enfoque de Processo
"Um resultado desejado é alcançado mais
eficientemente quando as atividades e recursos
relacionados são gerenciados como umprocesso."
Aplicar o Princípio de Enfoque de Processo conduz às seguintes ações:
• Definir o processo para alcançar o resultadodesejado,
• Identificar e mensurar as entradas e saídas doprocesso,
• Identificar as interfaces do processo com as funções daorganização,
• Avaliar possíveis riscos, consequencias e impactos de processos sobre os
clientes, fornecedores e outras partes interessadas doprocesso,
• Estabelecer claramente a responsabilidade e a autoridade para gerenciar o
processo,
• Identificar os clientes internos e externos, fornecedores e outras partes
interessadas do processo,e
• Quando projetar processos, considerações devem ser dadas às etapas do
processo, atividades, fluxos, medições de controle, necessidades de
treinamento, equipamentos, métodos, informação, materiais e outros
recursos, para alcançar o resultadodesejado.
Benefícios da aplicação desse princípio para:
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• a formulação de estratégias e políticas; a utilização de processos
definidos por toda a organização conduz a resultados mais previsíveis,
melhor uso de recursos, tempos de ciclo mais curtos e custos maisbaixos,
• a adequação de objetivos e metas- o conhecimento da capacidade dos
processos permite a criação de objetivos e metas desafiadoras; a gestão
operacional; a adoção do enfoque de processos para todas as operações
resulta em custos mais baixos, prevenção de erros, controle da variabilidade,
tempos de cicio mais curtos, e saídas maisprevisíveis;
• a gestão de recursos humano; o estabelecimento de processos
eficientes para a gestão de recursos humanos, tais como contratação,
educação e treinamento, permite o alinhamento desses processos com as
necessidades da organização e produz uma força de trabalho maiscapaz.
Princípio 5 - Enfoque Sistêmico para a Gestão
"Identificar, compreender e gerencíar um sistema de
processos inter-relacionados para um dado objetivo
melhora a eficácia ea eficiência da organização"
.
Aplicar o Princípio de Enfoque Sistêmico para a gestão conduz às seguintes
ações:
• Definir o sistema através da identificação ou desenvolvimento de processos
que afetam um dadoobjetivo,
• Estruturar o sistema para alcançar o objetivo de forma maiseficiente,
• Compreender as interdependências entre os processos dosistema,
• Melhorar continuamente o sistema por meio de mensuração e avaliação,e
• Estabelecer restrições de recursos antes deatuar.
Benefícios da aplicação desse Princípio para:
• a formulação de estratégias e políticas; a criação de planos desafiadores e
abrangentes que ligam funções e entradas deprocessos.
• a adequação de objetivos e metas; os objetivos e metas de processos
individuais são alinhados com os objetivos chaves daorganização,
• a gestão operacional; uma visão mais ampla da eficácia de processos a qual
conduz ao entendimento das causas de problemas e oportunas ações de
melhorias,
• a gestão de recursos humanos; fornece um melhor entendimento de papéise
responsabilidades para alcançar objetivos comuns, portanto, reduzindo
barreiras funcionais e melhorando o trabalho deequipe.
Princípio 6 - Melhoria Contínua
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"A melhora a contínua devera ser um objetivo
permanente da organização".
Aplicar o Princípio de Melhoria Contínua conduz às seguintes ações:
• Fazer que a melhoria continua de produtos, processos, e sistemas sejaum
• objetivo de cada indivíduo naorganização,
• Aplicar os conceitos de básicos de melhora visando a melhoria incremental e
projetos de ruptura para saltos demelhora,
• Usar a avaliação periódica com base em critérios de excelência para
identificar áreas para melhoraspotenciais,
• Melhorar continuamente a eficácia e a eficiência de todos osprocessos,
• Promover atividades com base emprevenção,
• Fornecer, para cada membro da organização, educação e treinamento
apropriados sobre os métodos e as ferramentas de melhoria contínua,
tais como:
 O cicloPDCA,
 Solução deProblemas,
 Processo de re-engenharia,e
 Processo deinovação,
• Estabelecer medidas e objetivos para dirigir e rastrear oportunidadesde
melhorias,e
• Reconhecer asmelhorias.
Benefícios da aplicação desse Princípio para:
• a formulação de estratégias e políticas; criando e alcançando planos de
negócios mais competitivos por meio da integração da melhoria contínua com
os planejamentos de negócios eestratégico,
• a adequação de objetivos e metas;adequando objetivos de melhorias
desafiadores e realistas, e fornecendo os recursos paraalcançá-los,
• a gestão operacional; envolvendo as pessoas da organização na melhoria
contínua deprocessos
• a gestão de recursos humanos; fornecendo, para todas as pessoas da
organização, ferramentas, oportunidades, e estímulo para melhorar produtos,
processos esistema.
Princípio 7 - Enfoque Factual para a Tomada de Decisão
"Decisões eficazes são baseadas em análises de dados e informações."
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Aplicar o Princípio de Enfoque Factual para a tomada de decisões conduz às
seguintes ações:
• Fazer medições e coletar dados e informações pertinentes aoobjetivo,
• Garantir que os dados e as informações sejam suficientemente
precisos, confiáveis e acessíveis,
• Analisar os dados e as informações usando métodosválidos,
• Compreender o valor das técnicas estatísticas apropriadas,e
• Tomar decisões e agir com base nos resultados de análises
lógicas balanceadas com a experiência eintuição.
Beneficios da aplicação desse Princípio para:
• a formulação de estratégias e políticas; estratégias baseadas em
informações e dados importantes são mais realistas e mais prováveis de
seremalcançadas,
• a adequação de objetivos e metas; utilizando informações e dados
comparativos relevantes para ajustar objetivos e metas desafiadoras e
realistas,
• a gestão operacional, informações e dados são a base para a
compreensão do desempenho de sistemas e processos para orientar as
melhorias e prevenir problemasfuturos,
• a gestão de recursos humanos; analisando dados e informações a
partir de fontes tais como, pesquisas de clima, sugestões e grupos
focalizados para orientar a formulação de políticas de recursoshumanos.
Princípio 8 - Relacionamento Mutuamente Benéfico com o Fornecedor
"Uma organização e seus fornecedores são
interdependentes, e um relacionamento mutuamente
benéfico aumenta a capacidade de ambos criarem valor."
Aplicar o Princípio de Relacionamento Mutuamente Benéfico com o
Fornecedor conduz às seguintesações:
• Identificar e selecionar fornecedoreschaves,
• Estabelecer relacionamentos com fornecedores que equilibrem ganhos
de curto prazo, com considerações de longo prazo para a organização e
a sociedade como umtodo,
• Criar comunicações claras eabertas,
• Iniciar melhoria e desenvolvimentos em conjunto de produtos eprocessos,
• Estabelecer conjuntamente um claro entendimento das necessidades
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do cliente,
• Compartilhar informações e planos futuros,e
• Reconhecer as melhoras e conquistas dofornecedor.
Benefícios de aplicação desse Princípio para:
• a formulação de estratégias e políticas; criando vantagem competitiva
por meio do desenvolvimento de alianças ou parcerias comfornecedores,
• a adequação de objetivos e metas; estabelecendo objetivos e metas
mais desafiadoras por meio da antecipação da participação e envolvimento
defornecedores,
• a gestão operacional; criando e gerenciando relacionamentos com
fornecedores para garantir fornecimentos sem defeito, dentro dos prazos e
confiáveis,
• a gestão de recursos humanos, desenvolvendo e aumentando as
capacidades do fornecedor por meio de treinamento e esforços conjuntos
paramelhoramentos.
7. ISO 9001
O que é a NBR ISO 9001?
A NBR ISO 9001 é a versão brasileira da norma internacional ISO 9001
que estabelece requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) de uma
organização, não significando, necessariamente, conformidade de produto às suas
respectivasespecificações.
Em 1987 a ISO editou a série 9000 com o objetivo de estabelecer
critérios para implantação de Sistemas de Garantia da Qualidade. A primeira versão
criou uma estrutura de três normas sujeitas à certificação, a ISO 9001, 9002 e 9003,
além da ISO 9000 que era uma espécie de guia para seleção da norma mais
adequada ao tipo de organização. Com três anos de atraso, a ABNT emitiu a
primeira versão (tradução) da série no Brasil. A mesma foi nomeada série NBR
19000. Em 1994, a série foi revisada, porém sem grandes modificações, apenas
com uma pequena ampliação e alguns esclarecimentos em seus requisitos,
mantendo a mesma estrutura, ou seja, três normas sujeitas à certificação; em
paralelo, a ABNT revisou as normas brasileiras, adotando o nome "série NBR ISO
9000", alinhando-se com o resto do mundo que já adotava nomenclatura similar
para suas versões nacionais. Em Dezembro de 2000 a série foi totalmente revisada;
além das alterações em sua estrutura, tendo apenas a ISO 9001 sujeita à
certificação.
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As últimas estatísticas da ISO, de Dezembro de 2006, revelam que existem
cerca de um milhão de organizações certificadas de acordo com a norma ISO
9001:2000, em todo o mundo. Infelizmente, muitas dessas organizações estão
apenas familiarizadas com os requisitos básicos da ISO 9001 e não aprofundam o
conhecimento dos princípios de gestão da qualidade nos quais esta norma se
baseia, nem investigam as potencialidades da informação disponível que permite
implementar um sistema de gestão da qualidade eficaz e eficiente. O Brasil possui
cerca de 10.000 certificados.
Objetivo
O objetivo da NBR ISO 9001 é complementar os requisitos dos produtos e
serviços prestados por uma organização, que pretende implementar os seus
padrões de qualidade e tornar-se mais competitiva nos mercados interno eexterno.
O conceito de qualidade
A qualidade de um produto ou serviço pode ser olhada de duas óticas: a do
produtor e a do cliente. Do ponto de vista do produtor, a qualidade se associa à
concepção e produção de um produto que vá ao encontro das necessidades do
cliente. Do ponto de vista do cliente, a qualidade está associada ao valor e à
utilidade reconhecidas ao produto, estando em alguns casos ligada ao preço.
Do ponto de vista dos clientes, a qualidade não é unidimensional. Quer dizer, os
clientes não avaliam um produto tendo em conta apenas uma das suas
características, mas várias. Por exemplo, a sua dimensão, cor, durabilidade, design,
funções que desempenha, etc. Assim, a qualidade é um conceito multidimensional.
A qualidade tem muitas dimensões e é por isso mais difícil de definir. De tal forma,
que pode ser difícil até para o cliente exprimir o que considera um produto de
qualidade.
Do ponto de vista da empresa, contudo, se o objetivo é oferecer produtos e
serviços (realmente) de qualidade, o conceito não pode ser deixado ao acaso. Tem
de ser definido de forma clara e objetiva. Isso significa que a empresa deve apurar
quais são as necessidades dos clientes e, em função destas, definir os requisitos de
qualidade do produto. Os requisitos são definidos em termos de variáveis como:
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comprimento, largura, altura, peso, cor, resistência, durabilidade, funções
desempenhadas, tempo de entrega, simpatia de quem atende ao cliente, rapidez do
atendimento, eficácia do serviço, etc. Cada requisito é em seguida quantificado, a
fim de que a qualidade possa ser interpretada por todos(empresa, trabalhadores,
gestores e clientes) exatamente da mesma maneira. Os produtos devem exibir
esses requisitos, a publicidade se faz em torno desses requisitos (e não de outros),
o controle de qualidade visa assegurar que esses requisitos estão presentes no
produto, a medição da satisfação se faz para apurar em que medida esses
requisitos estão presentes e em que medida vão realmente ao encontro das
necessidades. Todo o funcionamento da "empresa de qualidade" gira em torno da
oferta do conceito de qualidade que foi definido.
A implementação das normas é baseada no ciclo PDCA:
• Planejar (P - Plan) - Estabelecer objetivos e processos; Resultados p/
Clientes eOrganização.
• Fazer (D - Do) - Implementar osprocessos
• Verificar (C – Check) Monitorar / Medir Processos e produtos
(requisitosprodutos)
• Agir (A – Act) - Agir para melhorar continuamente o desempenho dos
processos
8.Normas NBR ISO 9000
Existem três normas na família ISO 9000 que são:
• ABNT NBR ISO 9000:2000: Descreve os fundamentos de
sistemas de gestão da qualidade e estabelece a terminologia
para estessistemas.
• ABNT NBR ISO 9001:2000: Especifica requisitos para um
Sistema de Gestão da Qualidade, onde uma organização
precisa demonstrar sua capacidade para fornecer produtos que
atendam aos requisitos do cliente e aos requisitos
regulamentares aplicáveis, e objetiva aumentar a satisfação do
cliente.
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• ABNT NBR ISO 9004:2000: Fornece diretrizes que consideram
tanto a eficácia como a eficiência do sistema de gestão da
qualidade.Oobjetivodestanormaémelhorarodesempenho da
organização e a satisfação dos clientes e das outras partes
interessadas
9.Ferramentas Da Qualidade
As empresas cada vez mais necessitam certificar através de política e
ações. Fazer qualidade é procurar a satisfação dos clientes em primeiro lugar. A
verificação deste princípio fez com que muitas empresas de sucesso dominassem o
mercado de produto e serviço nos últimos anos. As ferramentas analisadas a seguir
são as mais utilizadas no TQC, mas não são as únicas.
Essas ferramentas são usadas por todos em uma organização e são
extremamente úteis no estudo associado às etapas ao fazer rodar o ciclo.
Segundo Yoshinaga (1988:80), "As ferramentas sempre devem ser
encaradas como um MEIO para atingir as METAS ou objetivos". Meios são as
ferramentas que podem ser usadas para identificar e melhorar a qualidade,
enquanto a meta é onde queremos chegar(fim).
A qualidade não pode estar separada das ferramentas básicas usadasno
controle, melhoria e planejamento da qualidade, visto estas fornecerem dados que
ajudam a compreender a razão dos problemas e determinam soluções para eliminá-
los.
O objetivo deste trabalho é demonstrar a aplicação de cada uma das
ferramentas, os pré-requisitos para a construção e como fazer a relação entre cada
uma.
As sete ferramentas da qualidade estudadas neste trabalho são:
 Diagrama dePareto
 Histograma
 Diagrama de Causa e Efeito
 Folha deVerificação
 Gráficos deControle
 Fluxogramas
 Cartas de Controle
a) Gráfico de Pareto
O gráfico de pareto é um gráfico de barras que dispõe a informação de
forma a tornar evidente e visual a priorização de temas. A informação assim
disposta também permite o estabelecimento de metas numéricas viáveis de serem
alcançadas.
A figura abaixo é um exemplo de aplicação do Gráfico de Pareto,
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relacionado a problemas em cobrança. O gráfico demonstra quantos casos são
referentes a cada um dos problemas listados no eixo horizontal –notas fiscais
atrasadas, cobrança indevida, problemas no setor, nota fiscal errada, recebimento
errado no caixa e outros.
Conforme podemos observar, para diminuirmos os problemas em
cobrança, será adequado iniciar tratando o atraso das notas fiscais, uma vez que se
tem muitos mais casos de notas fiscais atrasadas que recebimento errado no caixa,
por exemplo.
Percebe-se então, que o Gráfico de Pareto é particularmente útil na
priorização de
temas. Não significa que não se deva tratar os demais problemas, mas se
iniciarmos pelo que apresenta o maior número de casos, provavelmente
economizaremos mais recursos e maistempo.
Resumindo, o Gráfico de Pareto dispõe a informação de forma a permitir a
concentração dos esforços para melhoria nas áreas onde os maiores ganhos
podem ser obtidos.
b) Histograma
O histograma é um gráfico de barras que tem por objetivo representar
uma distribuição de freqüência de uma variável de interesse.
A barra horizontal representa os intervalos ou classes e a barra vertical
representa a freqüência do intervalo correspondente. A tabela abaixo é uma
distribuição de freqüência de altura de um dado grupo. Cada classe é composta de
um intervalo de valores de altura. O símbolo informa que o valor mais baixo do
intervalo está incluído no intervalo, enquanto o limite superior não está incluído.
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Sendo assim, uma altura de 1,40 está incluída na terceira classe e não nasegunda.
Para a tabela de distribuição de freqüência de alturas dada, temos a
figura do Histogramareferente.
O importante a ressaltar é que a área da barra é proporcional à
freqüência do intervalo. Isto nos dá uma idéia visual da distribuição de freqüência,
bem como podemos saber que tipo de distribuição representa o efeito ou fenômeno.
No caso em questão a distribuição de alturas é representada por uma Distribuição
Binomial.
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c) Diagrama Causa e Efeito
O Diagrama de Causa e Efeito é também conhecido como Diagrama de
Ishikawa, ou Espinha de Peixe. O método do Diagrama de Causa e Efeito atua
como um guia para a identificação da causa fundamental de um efeito que ocorre
em um determinadoprocesso.
A figura a seguir mostra uma aplicação do Diagrama de Ishikawa.
Dado um efeito no produto ou em um processo, devemos procurar dentro
dos quadrados quais poderiam ser as causas relacionadas a este tema (os seis
―Ms‖) que poderiamser responsáveis pelo problema ou efeitodetectado.
Em geral, este tipo de ferramenta é aplicado em grupos interdisciplinares
de forma que o grupo tenha condições de detectar diversas possíveis causas para o
efeito, sendo que cada participante contribui com seu conhecimento específico. É
importante que se considere todas as causas possíveis, mesmo que o grupo ache
que uma causa específica não seja a responsável.
É muito comum a utilização de outras técnicas, tais como "brainstorming",
na determinação das possíveis causas para que o grupo possa considerar todas as
possibilidades.
Dependendo do tipo de problema a ser resolvido, pode ser necessário a
construção de um sub-diagrama para a causa que o grupo ache que seja a mais
provável, quando este fator é composto de outros sub-fatores. A figura abaixo
mostra um exemplo desubdiagramas.
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Resumindo: o Diagrama de Causa e Efeito é uma ferramentautilizada para
apresentar a relação existente entre um resultado de um processo (efeito) e os
fatores (causas) do processo que por razões técnicas possam afetar o
resultado considerado.
d) Folha de Verificação
Uma folha de verificação é um meio bastante simples de coleta de dados.
A folha de verificação mais simples é um conjunto de itens que podem
aparecer em um processo, para o qual se deve verificar a ocorrência ou não.
A tabela abaixo exemplifica o funcionamento de uma folha de verificação,
utilizada para verificar se houve ocorrência ou não de alguns dos defeitos mais
comuns para uma peça que tenha sofrido um processo de desmoldagem.
Existem vários tipos de folhas de verificação. Algumas, como por exemplo para
verificação de um item de controle de um processo produtivo, podem conduzir
diretamente à formação de um histograma, ou mesmo de um gráfico de controle.
e) Diagrama deDispersão
Os Diagramas de dispersão são representações de duas ou mais variáveis que
são organizadas em um gráfico, uma em função da outra.
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A figura abaixo mostra um gráfico de variáveis que representam uma medida
experimental de um determinado produto, sendo que os dados do eixo Y
representam a medição feita no laboratório ―A‖ e os dados do eixo X, as medições
feitas no laboratório ―B‖.
Este tipo de Diagrama é muito utilizado para correlacionar dados, como a
influência de um fator em uma propriedade, dados obtidos em diferentes
laboratórios ou de diversas maneiras (predição X medição, por exemplo).
As variáveis do gráfico acima são ditas positivamente correlacionadas, uma vez
que a medida do laboratório A aumenta, com o aumento da medida do Laboratório
B.
Quando uma variável tem o seu valor diminuído com o aumento da outra, diz-se
que as mesmas são negativamente correlacionadas. Por exemplo, a venda de
carros é negativamente correlacionada com o aumento de desemprego. Quanto
maior o índice de desemprego, menor a venda decarros.
Este gráfico permite que façamos uma regressão linear e determinemos
uma reta, que mostra o relacionamento médio linear entre as duas variáveis.
Dentre vários benefícios da utilização de diagramas de dispersão como ferramenta
da qualidade, um de particular importância é a possibilidade de inferirmos uma
relação causal entre variáveis, ajudando na determinação da causa raiz de
problemas.
f) Gráfico deControle
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O Gráfico de Controle é a ferramenta da qualidade mais conhecida e
difundida. Muitas empresas já a utilizam há muito tempo, pois ela é muito útil no
controle de processos e produtos.
A ferramenta é baseada em dados estatísticos e tem por princípio que
todo processo tem variações estatísticas. A partir da determinação desta variação,
são calculados parâmetros que nos informam se o processo está ocorrendo dentro
dos limites esperados ou se existe algum fator que está fazendo com que o mesmo
saia fora do controle.
Nós não explicaremos neste tutorial, todas as informações que podem
ser decorrentes de um controle estatístico como este, mas daremos a seguir
algumas informações básicas, que nãodemonstraremos.
O gráfico de controle é construído da seguinte maneira:
1. Primeiramente, faz-se um experimento para determinação dos
parâmetros de controle, medindo-se a propriedade que se quer controlar em
uma amostra com pelo menos 6pontos.
2. Determina-se a partir de então os valores de Média e DesvioPadrão.
3. A seguir, os limites de controle são calculados da seguinte forma:
a.LimiteInferiordeControle:éovalordamédiamenostrêsvezesodesvio
padrão.
b.Limite Superior de Controle: é o valor da média mais três vezes o desvio
padrão.
4. Em seguida, os valores são colocados em um gráfico e uma linha cheia,
que representa a linha média é desenhada por toda a extensão dográfico.
5. Os limites inferior e superior de controle também são desenhados, como
uma linha tracejada, por toda a extensão dográfico.
6. Uma vez que os valores de média e desvio padrão foram traçados com
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 29
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base no experimento, tais valores são utilizados posteriormente para
controlar as medidas doprocesso.
De tempos em tempos, faz-se necessária uma revisão dos valores de
controle, que podem ser calculados a partir dos valores medidos no dia-a-dia, desde
que tais valores não tenham sofrido nenhuma influência ou desvio gerado por fator
externo e que tenham sido obtidos dentro das condições normais do processo.
Fluxograma
O fluxograma é uma ferramenta muito útil na determinação e
principalmente na visualização das etapas de um processo.
O fluxograma utiliza alguns símbolos que representam diferentes tipos de
ações, atividades e situações. Veja alguns dos símbolos utilizados no Fluxograma:
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A figura a seguir mostra um exemplo simples de procedimento que pode
ser visualizado por um fluxograma.
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10.Fordismo
Com esta pequena descrição é possível notar que todas as ferramentas
são de grande utilidade no tratamento de dados de processo e, por conseqüência,
no controle daqualidade.
As ferramentas são complementares entre si e, quando usadas em
conjunto, permitem uma determinação mais apurada das causas de problemas ou
efeitos encontrados. É de grande utilidade para o administrador do sistema da
qualidade ou para os envolvidos na solução de problemas, auxiliando-os a obter
resultados maiseficazes
Fordismo
Sistema de Produção em Massa - Fordismos
Idealizado pelo empresário estadunidense Henry Ford (1863-1947), fundador da
Ford Motor Company, o Fordismo é um modelo de Produção em massa que
revolucionou a indústria automobilística na primeira metade do século XX. Ford
utilizou à risca os princípios de padronização e simplificação de Frederick Taylor e
desenvolveu outras técnicas avancadas para a época. Suas fábricas eram totalmente
verticalizadas. Ele possuia desde a fábrica de vidros, a plantação de seringueiras, até
asiderúrgica.
Ford criou o mercado de massa para os automóveis. Sua obsessão foi atingida:
tornar o automóvel tão barato que todos poderiamcomprá-lo.
Uma das principais características do Fordismo foi o aperfeiçoamento da linha
de montagem. Os veículos eram montados em esteiras rolantes que movimentavam-se
enquanto o operário ficava praticamente parado, realizando uma pequena etapa da
produção. Desta forma não era necessária quase nenhuma qualificação
dostrabalhadores.
O método de produção fordista exigia vultuosos investimentos e grandes
instalações, mas permitiu que Ford produzisse mais de 2 milhões de carros por ano,
durante a década de 1920. O veículo pioneiro de Ford no processo de produção
fordista foi o mítico Ford Modelo T. mais conhecido no Brasil como "Ford Bigode".
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 32
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O Fordismo, teve seu ápice no período posterior à Segunda Guerra Mundial,
nas décadas de 1950 e 1960, que ficaram conhecidas na história do capitalismo como
Os Anos Dourados. Entretanto, a rigidez deste modelo de gestão industrial foi a causa
do seu declínio. Ficou famosa a frase de Ford, que dizia que poderiam ser produzidos
automóveis de qualquer cor, desde que fossem pretos. O motivo disto era que com a
cor preta, a tinta secava mais rápido e os carros poderiam ser montados mais
rapidamente.
A partir da década de 20 o Fordismo entra em declínio. A General Motors
flexibiliza sua produção e seu modelo de gestão. Lança diversos modelos de veículos,
várias cores e adota um sistema de gestão profissionalizado, baseado em colegiados.
Com isto a GM ultrapassa a Ford, como a maior montadora do mundo.
Na década de 70, após os choques do petróleo e a entrada de competidores
japoneses no mercado automobilístico, o Fordismo e a Produção em massa entram
em crise ecomeçam
gradativamente a serem substituídos pela Produção enxuta, modelo de produção
baseado no Sistema Toyota de Produção.
Em 2007 a Toyota torna-se a maior montadora de veículos do mundo e pôe um
ponto final no Fordismo.
11.Toyotismo
O Sistema Toyota de Produção, também chamado de Produção enxuta e
Lean Manufacturing, surgiu no Japão, na fábrica de automóveis Toyota, logo após a
Segunda Guerra Mundial. Nesta época a indústria japonesa tinha uma produtividade
muito baixa e uma enorme falta de recursos, o que naturalmente a impedia adotar o
modelo da Produção em massa.
A criação do sistema se deve a três pessoas: O fundador da Toyota e mestre de
invenções, Toyoda Sakichi, seu filho Toyoda Kiichiro e o principal executivo o
engenheiro Taiichi Ohno. O sistema objetiva aumentar a eficiência da produção pela
eliminação contínua de desperdícios.
O sistema de Produção em massa desenvolvido por Frederick Taylor e Henry
Ford no início da século XX, predominou no mundo até a década de 90. Procurava
reduzir os custos unitários dos produtos através da produção em larga escala,
especialização e divisão do trabalho. Entretanto este sistema tinha que operar com
estoques e lotes de produção elevados. No início não havia grande preocupação com
a qualidade do produto.
Já no Sistema Toyota de Produção os lotes de produção são pequenos,
permitindo uma maior variedade de produtos. Exemplo: em vez de produzir um lote de
50 sedans brancos, produz-se 10 lotes com 5 veículos cada, com cores e modelos
variados. Os trabalhadores são multifuncionais, ou seja, desenvolvem mais do que
uma única tarefa e operam mais que uma única máquina. No Sistema Toyota de
Produção a preocupação com a qualidade do produto é extrema. Foram desenvolvidas
diversas técnicas simples mas extremamente eficientes para proporcionar os
resultados esperados, como o Kanban e o Poka-Yoke.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 33
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De acordo com Taiichi Ohno (1988):
Os valores sociais mudaram. Agora, não podemos vender nossos produtos a
não ser que nos coloquemos dentro dos corações de nossos consumidores, cada um
dos quais tem conceitos e gostos diferentes. Hoje, o mundo industrial foi forçado a
dominar de verdade o sistema de produção múltiplo, em pequenasquantidades.
A base de sustentação do Sistema Toyota de Produção é a absoluta eliminação
do desperdício e os dois pilares necessários à sustentação é o Just-in-time e a
Autonomação.
Os 7 desperdícios que o sistema visa
eliminar: Superprodução, a maior
fonte de desperdício.
Tempo de espera, refere-se a materiais que aguardam em filas para serem
processados.
Transporte, nunca geram valor agregado no produto.
Processamento, algumas operações de um processo poderiam
nem existir. Estoque, sua redução ocorrerá através de sua causa
raiz.
Movimentação
Defeitos, produzir produtos defeituosos significa desperdiçar materiais,
mão-de-obra, movimentação de materiais defeituosos e outros.
O Sistema Toyota de Produção vem sendo implantado em várias empresas no
mundo
todo, porém nem sempre com grande sucesso. A dificuldade reside no aspecto
cultural. Toda uma herança histórica e filosófica conferem uma singularidade ao
modelo japonês.
Em 2007 a Toyota tornou-se a maior empresa automobilística do mundo, fato que
só era previsto para 2008.
12.Sistema 5 S
O que é 5 S
Pode-se criar um ambiente de qualidade em torno
de si, usando as mãos para agir, a cabeça para
pensar e o coração para sentir, por meio do
programa 5S. É só colocar em ação os CINCO
SENSOS que estão dentro de cada um de nós:
Seiri
Seiton
Seisou
Seiketsu
Shitsuke
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 34





Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Os 5 Sensos da Qualidade
 O 5S é um conjunto de conceitos simples
que, ao serem praticados, são capazes de
modificar o seu humor, o ambiente de
trabalho, a maneira de conduzir suas
atividades e as suasatitudes.
 O termo 5S é derivado de cinco palavras
japonesas iniciadas com a letraS.
 A melhor forma encontrada para expressar a
abrangência e profundidade dessas palavras
foi acrescentar o termo "Senso de" antes de
cada palavra em português. Assim, o termo
original 5S foi mantido, mesmo na
línguaportuguesa.
 O termo "Senso de' significa "exercitar a
capacidade de apreciar, julgar e entender".
Significa ainda a "aplicação correta da razão
para julgar ou raciocinar em cada
casoparticular.
Devemos combater os desperdícios. Diariamente, os brasileiros desperdiçam 39
milhões de quilos de alimentos, o que seria o suficiente para alimentar 19 milhões de
pessoas por dia. Para se ter uma ideia do desperdício, de cada 100 caixas produzidas
no campo, apenas 39 chegam à mesa do consumidor. Além disso, 60% do lixo da
cidade de São Paulo é orgânico,ou seja, formado por restos de alimentos. Os
supermercados desperdiçam alimentos que equivalem a 2,52% do faturamento do
setor, cerca de R$ 2 bilhõesanuais.
Precisamos trabalhar com mais saúde e segurança: No Brasil, em um período
de 10 anos (1986/1996) ocorreram 7.727.795 acidentes de trabalho, acarretando
124.026 doenças ocupacionais, 206.329 incapacidades e 48.923 óbitos. Os números
são do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), que na primeira versão
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 35
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
de seu anuário de 1996 apontou5.538 óbitos por acidentes de trabalho no ano de
1996. A taxa de 0,23 acidentes fatais por mil pessoas seguradas coloca o Brasil no
quarto lugar entre os de maior risco de morte no trabalho, abaixo apenas de El
Salvador, Coreia e índia que lidera esta triste estatística. Levando-se em conta que
estes números retratam apenas o universo dos trabalhadores assalariados,
formalmente registrados, a situação se torna ainda maiscrítica.
Vantagens do 5S 
Quem pratica o 5S Trabalha com segurança
Mantém bons hábitos para a saúde 
Busca limpeza e organização 
Combate os desperdícios
Tem espírito de equipe 
Aceita os desafios
É responsável 
Utilização 
Arrumação 
Organização 
Seleção 
SEIRI
Utilização
Arrumação
Organização
Seleção
“Guardar" É um instinto natural das pessoas. Portanto, o Senso de Utilização
pressupõe que além de identificar os excessos e/ou desperdícios, estejamos
preocupados em identificar "o porquê“, para que medidas preventivas possamser
adotadas para evitar que voltem a ocorrer.
Como praticar o SEIRI
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 36
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
É identificar materiais, equipamentos, ferramentas, utensílios,
informações e dados necessários e desnecessários, descartando
ou dando a devida destinação àquilo considerado desnecessário
ao exercício dasatividades
E
M
P
R
E
S
A
Basta verificar aquele espaço da casa onde colocamos tudo
que não serve, os brinquedos quebrados que não usamos mais, a
roupa velha que guardamos, as revistas e jornais que jamais
serão lidos novamente, dentre outros exemplos que você já
deve estar imaginando .
E
M
 C
A
S
A
Utilização é preservar consigo apenas os sentimentos valiosos
como amor,amizade, sinceridade, companheirismo,
compreensão, descartando aqueles sentimentos negativos e
criando atitudes positivas para fortalecer e ampliar a convivência ,
apenas com sentimentos valiosos.
N
A
 V
ID
A
SEITON
Ordenação
Sistematização
Classificação
Significa "cada coisa no seu devido lugar". É definir locais apropriados e critérios
para estocar, guardar ou dispor TUDO de modo a facilitar o uso, manuseio, procura,
localização e guarda de qualquer item.
Como praticar o SEITON
Na definição dos locais apropriados, adota-se como critério a
facilidade para estocagem, identificação, manuseio, reposição, retorno ao
local de origem após uso, consumo dos itens mais velhosprimeiro.
E
M
P
R
E
S
A
Não é incomum para você as cenas de correria pela manhã à procura
da agenda, dos Crachá, dos cadernos, das chaves, do uniforme. E na
hora de declarar o imposto de renda? E as idas e vindas ao mercado?
Cada hora falta alguma coisa para comprar.
E
M
 C
A
S
A
É distribuir adequadamente o seu tempo dedicado ao trabalho, ao
lazer, à família, aos amigos. É ainda não misturar suas preferências
profissionais com as pessoais, ter postura coerente, serenidade nas suas
decisões, valorizar e elogiar os atos bons, incentivar as pessoas e não
somente criticá-las.
N
A
 V
ID
A
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 37
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
SEIKETSU
Asseio 
Higiene 
Saúde
Significa criar condições favoráveis à saúde física e mental, garantir ambiente
não agressivo e livre de agentes poluentes, manter boas condições sanitárias nas
áreas comuns, zelar pela higiene pessoal e cuidar para que as informações e
comunicados sejam claros, de fácil leitura e compreensão.
Como praticar o SEIKETSU
Manter boas condições sanitárias nas áreas comuns (lavatórios,
banheiros, cozinha, restaurante, etc.), zelar pela higiene pessoal usar
EPI e cuidar para que as informações e comunicados sejam claros, de
fácil leitura e compreensão.
E
M
P
R
E
S
A
Cuidar do asseio de banheiro, cozinha, higienizar alimentos,
vacinação em dias, usar tapetes, cortinas, capas de proteção, escovar
os dentes, manter limpos, cabelos, barba, unhas, roupas e calçados.
E
M
 C
A
S
A
Ter comportamento ético, promover um ambiente saudável nas
relações interpessoais, sejam sociais, familiares ou profissionais,
cultivando um clima de respeito mútuo nas diversas relações.
N
A
 V
ID
A
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 38
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
S
H
I
T
S
U
K
E 
Autodisciplina
Educação
Compromisso
É desenvolver hábito de observar e seguir normas, regras, procedimentos,
atender especificações, sejam escritas ou informais. Este hábito é resultado do
exercício da força
mental,moralefísica.Nãosetratadeumaobediênciacega,submissa,“AtitudedeCordeiro".É a
demonstração de respeito a si próprio e aosoutros.
Seguir os procedimentos, regras e normas da empresa, bem como a
cultura, buscando contribuir sempre para melhoria do ambiente de trabalho
com sugestões e instruindo os colegas com boas práticas.
E
M
P
R
E
S
A
Ensinar aos familiares o que aprender na empresa, praticar as
técnicas que se encaixarem em casa e se policiar para não voltar os velhos
costumes.
E
M
 C
A
S
A
Desenvolver o autocontrole (contar sempre até dez), ter paciência, ser
persistente na busca de seus sonhos, anseios e aspirações, respeitar o
espaço e a vontade alheias.
N
A
 V
ID
A
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 39
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13 - SISTEMA JUST IN TIME
Just in time (JIT) é conhecida por ser uma filosofia de gestão empresarial para o
planejamento e controle das operações com foco na máxima qualidade e na redução de
desperdícios.
O JIT está relacionado com a abordagem enxuta de produção, visando uma produção que
flua com mais intensidade, evitando a criação de estoques.
No just in time, para que os estoques sejam mínimos, é utilizado o sistema de "produção
puxada", onde a solicitação dos clientes é quem inicia a fabricação. Do contrário, a
produção mais tradicional realiza a "produção empurrada".
Sistemas de produção puxado e empurrado
O diagrama a seguir representa de forma simples, as diferenças entre os dois sistemas de
produção. O sistema just in time faz com que um estágio da produção seja um tipo
de "cliente" que solicita ao estágio anterior apenas o que é necessário.
Sistema de "produção empurrada" (acima) em comparação ao Just in Time (abaixo).
É possível perceber que a produção empurrada vai acumulando estoques conforme o
produto vai se transformando, o que é minimizado no sistema just in time.
Significado de Just in Time
Na tradução para o português, a expressão just in time possui como significado a
expressão "bem na hora", pois indica que os bens ou serviços devem ser produzidos
somente no instante em que são requisitados.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 40
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O JIT significa produzir no exato momento necessário, ou seja, sem ser antes do tempo
para que não produza estoques e nem depois para que clientes não fiquem a espera do
produto pronto.
Origens do Just in Time
A montadora de carros japonesa Toyota é pioneira no uso da abordagem just in time, que
se popularizou a partir da segunda metade do século XX. Ao lado do sistema de controle
kanban, o just in time é uma das bases do modelo de produção que ficou conhecido como
toyotismo.
Atualmente, o uso do just in time não está restrito apenas à indústria automobilística. Entre
os exemplos de empresas de outros setores que adotam o método está a multinacional do
ramo de cosméticos Avon.
Como funciona o just in time?
Pela filosofia just in time, quem puxa a produção é a demanda. Ou seja, a empresa busca
criar um fluxo que atenda à quantidade de encomendas sem que faltem nem sobrem
produtos acabados, semiacabados e matérias-primas.
Para que isso seja possível, é preciso uma coordenação perfeita com os fornecedores e
um conhecimento preciso do mercado consumidor.
A relação com os fornecedores deve ser próxima e de confiança, pois eles precisam estar
aptos não apenas para cumprir prazos, mas também para garantir a qualidade das
encomendas que entregam. Qualquer falha nessa logística pode parar a produção.
Além disso, o just in time exige uma definição perfeita das quantidades a serem
produzidas. Se a demanda for superestimada, sobrarão estoques. Se for subestimada, a
falta de produtos poderáfazer com que se percam oportunidades de venda, prejudicando
as receitas.
Devido a essas características, o just in time é mais adequado para setores cuja demanda
do consumidor seja estável ou nos quais é possível prever de forma confiável as variações
provocadas pela sazonalidade.
Controle de qualidade
No modelo de produção just in time, o controle de qualidade é uma responsabilidade de
todos os trabalhadores e é feito a cada etapa do processo.
Por esse motivo, o just in time exige uma maior qualificação dos operários, que precisam
estar preparados para identificar falhas e defeitos, em vez de essa responsabilidade ficar
restrita a um técnico ou supervisor. Os operários também devem possuir uma maior
autonomia para tomar as medidas necessárias para a correção dos problemas.
É por isso que, ao contrário do fordismo e do taylorismo, que se caracterizam pela
especialização e pela alienação da mão-de-obra, no toyotismo o operário deve ter uma
consciência maior de todo o processo e mais flexibilidade em suas funções.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 41
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Vantagens e desvantagens do just in time
Entre as principais vantagens do método just in time está a redução dos custos com
estoques. Isso porque, se o armazenamento é mínimo, é necessário um espaço físico
menor para a planta industrial. A infraestrutura mais enxuta diminui os gastos com sua
manutenção.
Manter estoques em níveis mínimos também reduz eventuais riscos de perdas,
deterioração e furtos, o que significa um menor desperdício de materiais e um maior
controle. Também são menores os custos com transporte interno, uma vez que a produção
é desenhada de modo que se evite o acúmulo de produtos semiacabados.
Por outro lado, como não possui estoques, a empresa fica mais vulnerável em caso de
falhas com a cadeia de suprimentos. Se algum fornecedor atrasar uma entrega, a produção
poderá ficar totalmente paralisada. O mesmo poderá acontecer em caso de problemas com
alguma das etapas do processo produtivo.
Outra desvantagem do just in time é sua pouca flexibilidade para se adequar a demandas
extraordinárias. Por não ter produtos estocados, a empresa não conseguirá atender de
forma imediata a uma encomenda maior do que o normal.
14 - SISTEMA KANBAN
Kanban é um sistema de gestão visual de tarefas, utilizado inicialmente no controle de
estoque pelo sistema puxado de produção industrial.
É um quadro preenchido com cartões que mostram o status de cada tarefa e associam com
o que deve ser executado nas etapas anteriores e posteriores.
Em japonês, o termo kanban quer dizer cartão ou sinalização. No Brasil, kanban também
pode ser chamado de gestão visual.
Criado pela empresa japonesa Toyota, o sistema kanban era integrado à metodologia Just
in Time. Combinadas, estas duas técnicas garantiam maior controle no processo produtivo,
reduzindo perdas e erros.
Você também pode ter interesse em Just in Time.
Hoje o kanban é associado também aos métodos ágeis de desenvolvimento de software,
como o scrum, simplificando a sistematização da demanda e distribuição entre a equipe.
Tipos de Kanban
Dentro do processo industrial, os cartões podem ser divididos em três tipos:
• Kanban de Produção: São os cartões utilizados para especificar a quantidade a ser
produzida pelo processo anterior para repor o utilizado.
• Kanban de Retirada: São os cartões que especificam as quantidades a serem
retiradas pelo processo seguinte.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 42
https://www.dicionariofinanceiro.com/just-in-time/
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• Kanban do fornecedor: Cartões com a identificação de quanto deve ser solicitado ao
fornecedor de suprimentos,com a hora da entrega, para garantir a integração com o
sistema just in time da fábrica.
Como funciona o sistema Kanban?
Adotar a gestão de processos com kanban pode ser uma solução eficaz dentro de qualquer
empresa. Dos métodos ágeis, é a mais fácil de implementar e que pode se adaptar a maior
parte das culturas empresariais. 
Basta um quadro branco e alguns blocos de posts its para começar a organizar. Cria-se
colunas conforme os processos, como por exemplo: "Por Fazer". "Fazendo", e "Feito".
Cada demanda ou pauta é um post it e deve ser encaminhada à coluna de status
correspondente. Por exemplo, um lote de suprimentos chegou do fornecedor hoje e deve
ser organizado. Esta demanda é preenchida em um post it e situada na coluna "Por Fazer".
No momento em que alguém pegar aquela função para executar, transfere à coluna
"Fazendo". Ao concluir troca para "Feito". Na próxima semana, quando chegar o novo lote,
o post it volta para a coluna inicial "Por fazer", e assim sucessivamente.
No post it, ou cartão, devem ir informações claras e simples sobre a demanda, como a data
em que foi solicitada, o responsável pela criação daquela pauta, uma identificação numeral
ou um código qualquer que identifique em um banco de dados a totalidade das demandas
(pode ser uma simples tabela de excel com os códigos, a demanda, data inicial e data
final). 
Este tipo de organização dos processos facilita a comunicação entre equipes, quando a
mesma tarefa deve ser executada por mais de um grupo em etapas diferentes. Usando o
mesmo exemplo do recebimento de um lote de suprimentos, no caso de uma empresa
grande é provável que mais processos estejam envolvidos, como "verificar quantidades",
"armazenar", "catalogar", entre outras ações. E umas podem ser feitas pela equipe de
logística, outras pelo estoquista, e etc. Utilizando um kanban, todas as equipes conseguem
visualizar o status do trabalho dos colegas e sabem exatamente quando precisam começar
seu trabalho naquela tarefa.
Vantagens e desvantagens do Kanban
Aplicar o kanban facilita o trabalho em equipe, organizando as demandas compartilhadas.
Também permite a visualização do quadro geral de fluxo do trabalho, indicando
exatamente onde estão os gargalos no trabalho, com transparência. Funciona igualmente
na identificação de desperdícios.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 43
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15. INTRODUÇÃO A ÉTICA PROFISSIONAL
O exercício de qualquer das profissões fiscalizadas pelo Sistema
CONFEA/CREA enseja a assunção de uma série de responsabilidades à qual, tanto os
profissionais como as empresas, estão sujeitos, de modo que a caracterização de
qualquer lesão ao interesse de outrem, ocorrida em face deste exercício profissional,
dependendo da situação, tem o condão de acarretar penalidades que podem chegar
até o cancelamento do registro profissional, dever de refazimento ou indenização, além
de penalizaçãocriminal.
Para apresentar este universo jurídico aos profissionais da área tecnológica, é
indispensável uma ligeira incursão à teoria do direito, embora superficialmente, a fim de
não tornar enfadonho ao interesse da categoria profissional a qual este manual é
dedicado.
Nesse contexto podemos dizer que ao conjunto de normas criadas para regular
os eventos, condutas, relações e interações que a sociedade entende relevantes entre
os seres humanos, considerados individualmente, organizados em pessoas jurídicas,
ou como representantes do Estado (coletividade), é atribuído o conceito de direito em
sentido amplo.
Apesar de eventos e acontecimentos naturais receberem a incidência das
normas jurídicas, tal como o nascimento com vida, a morte etc, são as relações
jurídicas, especialmente as expressas em contratos cujos objetosconfiguram
realização de trabalhos nas áreas da engenharia, arquitetura, agronomia, geologia,
geografia e meteorologia, o cerne da abordagem no presente trabalho. Estes contratos,
quer os relativos aos projetos, quer os relativos às execuções, são fontes geradoras de
direitos e obrigações em várias esferas do direito. O não atingimento dos resultados
finais almejados, face à inobservância das técnicas profissionais adequadas, redundará
na responsabilização do profissional responsável.
Situações objetivas relacionadas com o exercício das profissões fiscalizadas
pelo Sistema CONFEA/CREA, que acarretem lesões à direitos alheios,
independentemente da existência de contratos, como por exemplo, o desabamento de
um muro sobre um transeunte, ou um curto circuito causador de um incêndio que atinja
o usuário de um prédio comercial, em razão de sua evidente relevância, também
acarretam responsabilizações.
As relações de trabalho protegidas pela CLT, que normalmente decorrem da
atividade econômica dos profissionais da área tecnológica também, por esta razão,
poderão recair sobre a categoria profissional no exercício de suas profissões.
Serão tecidas considerações acerca das obrigações e responsabilidades dos
profissionais e empresas da área tecnológica, o tempo que perduram, os tipos e
esferas de repercussão, etc., demonstrando, ante a apresentação das noções jurídicas
pertinentes, o universo que o profissional está adentrando ao contratar a prestação de
seus serviços, de modo a oferecer condições que lhe permitam se precaver, se
proteger e mensurar seus honorários de modo proporcional às responsabilidades
assumidas no momento da celebração dos acordos, quando isto for possível.
Os quadros sinóticos magistralmente concebidos pelo Dr. João Henrique Biasi
no ano de 1984 (obra citada no item 1 da bibliografia), serão apresentados
devidamente atualizados, em razão de seu precioso valordidático.
“NINGUEM SE ISENTA DE CULPA ALEGANDO O DESCONHECIMENTO DA 
LEI”
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 44
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16. ÉTICA, MORAL EDIREITO
O estudo da Ética deu-se com os filósofos gregos há 25 séculos atrás. Hoje em 
dia, seu campo de atuação ultrapassa os limites da filosofia e inúmeros outros 
pesquisadores de diversas áreas do conhecimento dedicam-se ao seu estudo.
Ao iniciar um trabalho que envolve a ética como objetivo de estudo, 
consideramos importante, como ponto de partida, estudar o conceito de ética, 
estabelecendo seu campo de aplicação e fazendo uma pequena abordagem das 
doutrinas éticas que consideramos mais importantes para o nosso trabalho.
Ética: conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma
profissão.
Moral: conjunto de regras que trata dos atos humanos, dos bons costumes e
dos deveres do homem em sociedade e perante os de sua classe.
Direito: o que é justo e conforme com a lei e a justiça.
A Ética, a Moral e o Direito estão interligados. A Ética consiste num conjunto de
princípios morais, a Moral consiste em conjunto de regras, só que a Moral atua de
uma forma interna, ou seja, só tem um alto valor dentro das pessoas, ela se diferencia
de uma pessoa para outra e o Direito tem vários significados, ele pode ser aquilo que
é justo perante a lei e a justiça, aquilo que você pode reclamar que éseu.
A Ética tem uma relação maior com as profissões. Ela seria como uma regra a
ser seguida, um dever que profissional tem com aquele que contrata o seu serviço. A
partir do momento em que se começa a exercer uma profissão, deve-se começar a
praticar a Ética.
A Moral e o Direito tem a seguinte base: a Moral tem efeito dentro da pessoa, ela
atua como um valor, aquilo que se aprendeu como certo e o Direito tem uma relação
com a sociedade, o Direito é aquilo que a pessoa pode exigir perante seus
semelhantes, desde que esteja de acordo com a lei, aquilo imposto pelasociedade.
O que significa ser ético? Ser ético nada mais é que cumprir os valores da
sociedade em que vive, é agir sem prejudicar o próximo, é agir e se responsabilizar
pelas consequências de suas ações.
Todo ser ético pensa antes de agir e age sabendo que terá que assumir os
resultados.
A consciência moral, segundo a autora do livro Convite à filosofia, Marilena
Chaui, está ligada ao senso moral e ambos dizem respeito a valores, sentimentos,
intenções e ações referidas ao bem, ao mal e ao desejo de felicidade, sentimentos e
ações que estão intrínsecas às relações que temos com o outro, portanto fazem parte
da nossa vida.
A consciência e o senso moral se manifestam em nossas vidas com bastante
frequência, em situações como, por exemplo, em que jovens inexperientes têm que
escolher entre a juventude ou o filho que não foi planejado, em que um pai de família
desempregado tem que optar entre ser honesto e continuar na mesma situação ou
aceitar um emprego desonesto, na dúvida se devemos entregar para policia um
homem que roubou uma fruta para dar de comer a uma criança, enfim várias situações
que nos levam a refletir.
Como podemos ver a consciência e o senso moral estão diretamente ligados a
valores sociais como: honestidade, honradez, justiça e também aos sentimentos
provocados por esses valores como: vergonha, admiração, dúvida, entre outros.
Geralmente não paramos para refletir sobre os valores morais a que estamos
sujeitos, isso porque somos educados para conviver com eles e aprendemos desde
cedo que devemos servir a esses valores. A sociedade tende então a naturalizar os
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 45
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valores morais para que haja a manutenção dos padrões sociais mesmo com o passar
dotempo,
portanto a ética também é uma criação social e cultural. Cada sociedade criou e cria
seus conceitos sobre o que é ser ético ou antiético. E para na julgarmos sem
fundamentos precisamos conhecer primeiro as culturas diferentes da nossa e acima de
tudo respeitá-las.
a) Ética – Conceitos eClassificações:
DEFINIÇÃO 1: Ética é a ciência do comportamento moral dos homens em 
sociedade.
DEFINIÇÃO 2: Ética é o conjunto de normas de comportamento e formas de 
vida através do qual o homem tende a realizar o valor do bem.
OBSERVAÇÕES:
1.- É ciência: Tem (a) objeto de estudo (a moral, moral positiva, o bem), (b) 
leis e método próprio;
2.- Etimologia: ethos (grego) = costumes {(mos, mores (latim)--> 
moral)}; 3.- Moral: É um dos aspectos do comportamento 
humano;
• *(Outros: jurídico, social, alimentar,etc.)
• *É um conjunto de regras de comportamento próprias de umacultura.
4.- A ética vai além da moral: procura os princípios fundamentais do comportamento 
humano (J. R. Nalini).
b) Ética – Conceitos eClassificações:
“Ética e moral são sinônimas” (M. Camargo).
Outra fonte:
ÉTICA - MORAL
Permanente Temporal
Universal Cu
ltural
Regra Condutad
eregra Teoria
Prática
Princípios Aspectos de condutaespecíficos
17. FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE
a) Preceitos, Conceitos e Considerações
A palavra responsabilidade é originária do verbo latino "respondere". Todo
indivíduo que pratica uma ação ou uma omissão, por ela responde, sendo obrigado a
justificá-la perante as pessoas e a própria sociedade.
Se o resultado desta ação ou omissão não afronta nenhuma norma jurídica, o
agente que a praticou não deixa de ser o responsável, muito embora esta
responsabilidade não acarrete nenhuma repercussão jurídica.
Dessa forma, o avô que presenteia o neto com um sorvete antes do almoço é o
responsável pela abstinência da criança na hora da refeição, mesmo que este ato não
viole nenhuma norma jurídica e, em decorrência, não origine qualquerobrigação de
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 46
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reparação.
Quando ocorre o afrontamento da norma jurídica, diz-se que o ato é
antijurídico, embora possa não causar dano a ninguém. É o caso de alguém que
deseja transmitir parte de seus bens a determinadas pessoas após sua morte. Para
que sua vontade seja respeitada deverá fazer um testamento na forma autorizada em
lei, obedecidas todas as solenidades ordenadas. Se não são observadas as
formalidades legais na sua integralidade, o testamento contraria o direito e, a ordem
jurídica reage, declarando-o nulo, isto é, negando seus efeitos, mas não causando
lesão diretamente ao direito de ninguém.
O ato antijurídico que causa dano, através da violação por conduta humana de
uma norma jurídica conferidora de direitos absolutos e unilaterais é chamado ilícito,
sendo imposto ao agente causador o dever de reparação.
Se a lesão tem repercussão moral e/ou patrimonial, configura-se a
responsabilidade civil. Se a natureza da infringência é o desrespeito à norma penal,
impositiva de deveres sociais, configura-se a responsabilidade criminal. Decorre-se de
inobservância das normas regulamentares da profissão, configura a responsabilidade
profissional. Se decorre da violação de cláusulas do contrato de trabalho, tem caráter
trabalhista. O responsável, em regra é o causador, mas quando a lesão é cometida
por empregado ou preposto, estende-se a responsabilidade às pessoas física/jurídica
do empregador. Quando a responsabilidade decorre de ato próprio, denomina-se
direta; quando resulta de ato ou fato alheio, chama-se indireta.
A responsabilidade civil implica uma reparação civil (do latim “reparare”:
restabelecer, restaurar), consistente na indenização do prejuízo causado. Esta
reparação não se confunde com a sanção criminal, eis que resulta em pena
previamente estabelecida na lei, ao passo que a reparação civil limita-se ao prejuízo a
ser apurado.
Existem atos que não contrariam o direito e que independentemente de culpa,
causam lesão ao direito de outros. Para estes, o dever de ressarcir é imposto pela lei,
tendo por fundamento a atividade lícita exercida pelo agente que, então, assume o
risco ou perigo dela resultante que pode causar a terceiro, dano à vida, à saúde ou
aopatrimônio.
Exemplificadamente é possível citar: (1) transporte aéreo de coisas ou pessoas;
(2) empreendimento de atividade destinada à produção de energia elétrica; (b) à
exploração de minerais; (c) à instalação de fios telefônicos; (d) à construção de prédios,
etc.
No caso de um homicídio, o agente causador pode incorrer na pena de prisão
(efeito criminal) e ser obrigado a reparar a família da vítima (efeito civil). Assim, é
possível afirmar que a prática de um ato ilícito pode ter diversos efeitos.
No contexto do Sistema CONFEA/CREAs, consideradas a culpabilidade do
agente, a extensão do dano causado, a natureza das lesões e até a ocorrência de
vítimas, as responsabilidades dos engenheiros, arquitetos e agrônomos podem ser
enquadradas nas
seguintes modalidades: a) Responsabilidade Ético-Profissional b) Responsabilidade Civil c)
Responsabilidade Criminal d) Responsabilidade Trabalhista
Não existe vinculação necessária entre estas esferas de responsabilidade, de
vezque independentes entre si, mesmo que possam ter origem tanto em fatos ou atos
distintos, quanto de um mesmo ato oufato.
Exemplo que encerra a caracterização de todas estas espécies de
responsabilidades é a hipótese de determinada obra, erigida por um engenheiro civil
ou arquiteto, vir a desabar em razão de imperícia profissional, causando danos a
outros e lesões pessoais aos operários que nela trabalham. Este evento dará ensejo
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 47
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concomitantemente à incidência dos quatro tipos de responsabilidades mencionados.
Quais sejam: (a) sanção profissional pelo descumprimento de preceito inserido na
legislação específica e/ou código de ética (responsabilidade técnica); (b) indenização
dos prejuízos sofridos pelo dono da construção e por terceiros (responsabilidade civil);
(c) punição criminal pela comprovação de culpa (responsabilidade penal); e (d)
indenização do acidente sofrido pelos operários (responsabilidade trabalhista).
ATIVIDADES GENÉRICAS DOS TÉCNICOS DO 2° GRAU
art. 1° da resolução n° 262 do CONFEA
1- Execução de trabalhos e serviços técnicos projetados e dirigidos por 
profissionais de nívelsuperior.
2- Operação e/ou utilização de equipamentos instalações emateriais.
3- Aplicação das normas técnicas concernentes aos respectivos processos de 
trabalhos,
4- Levantamento de dados de 
naturezatécnica. 05-Condução de 
trabalhotécnico.
06-Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou 
manutenção. 07-Treinamento de equipes de execução de obras e serviços 
técnicos.
8- Desempenho de Cargo e função técnica circunscritos ao âmbito de sua 
habilitação.
9- Fiscalização da execução de serviço de sua 
competência. 10-Organização de arquivostécnicos.
11-Execução de trabalhos repetitivos de mensuração e controle de 
qualidade. 12-Execução de serviços de manutenção de instalações e 
equipamentos.
13-Execução·de instalação montagem ereparo,
14-Prestação de assistência técnica, no nível de sua habilitação, na compra e 
venda de equipamentos emateriais.
15- Elaboração de orçamentos relativos às atividades de sua 
competência. 16-Execução de ensaios derotina.
17-Execução de desenho técnico.
b)Quadro Sinótico
QUADRO SINÓTICO DAS RESPONSABILIDADES ÀS QUAIS OS PROFISSIONAIS
ESTÃO SUJEITOS:
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 48
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18. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA
A responsabilidade própria, fundada na culpa ou no dolo, é denominada
responsabilidade subjetiva. Para sua caracterização é imprescindível a ocorrência de
uma conduta ilícita, praticada com culpa ou dolo por alguém, e cujo resultado tenha
causado dano à vítima.
A ideia da culpa ligada à responsabilidade determina que, em regra, ninguém
possa merecer juízo de reprovação sem que tenha faltado com o dever de cautela em
seu agir. A ação culposa, em termos civis, se caracteriza pela violação negligente ou
imprudente da norma jurídica, e em termos criminais e profissionais também pelo agir
imperito.
A ação dolosa se dá em face da intencionalidade do querer, pretender, visar o
resultado final de violação da norma jurídica, em qualquer esfera jurídica, ou assumir
conscientemente o risco de violá-la.
Não basta que o agente atue contra uma norma jurídica para ensejar a
responsabilização; é preciso demonstrar que sem o ato, o dano não ocorreria. O nexo
de causalidade entre o ato e o dano dá-se quando existir a certeza de que sem o fato,
o dano não teria acontecido.
No âmbito das profissões da área tecnológica, fiscalizadas pelo Sistema
CONFEA/CREA´s, são os casos de imprudência, negligência e imperícia que
caracterizam a culpa do agente.
Esta caracterização se dá na hipótese, por exemplo, da construção de uma
usina geradora de energia, em que o profissional não observa as regras de segurança
do trabalho e ocorre a morte de uma pessoa. A ação imprudente gera a culpa e a
consequente responsabilização.
Outra situação que demonstra a caracterização da culpa, por ação negligente é
a falta de acompanhamento efetivo do profissional com relação às atividades técnicas
que não supervisiona como deveria, realizadas, por exemplo,numa empresa de
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 49
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armazenamento de grãos, quando estes perecem.
19. RESPONSABILIDADE OBJETIVA
A responsabilidade fundada no risco é denominada responsabilidade objetiva.
Para sua caracterização, é absolutamente irrelevante a conduta, culposa ou dolosa, do
agente que causa dano à integridade física ou patrimonial de alguém, de vez que a
simples existência de nexo causal, entre o prejuízo sofrido pela vítima e a ação do
agente, é suficiente para o surgimento do dever deindenizar.
A obrigação de indenizar é imposta pela lei e não tem causa geradora no ato
ilícito. O fundamento da obrigação de indenizar advém dos princípios da equidade e da
justiça comutativa, onde todo aquele que, na defesa de seus interesses, prejudicar o
direito de outrem, deve indenizar a parte lesada pelo dano causado.
A responsabilidade está baseada no risco-proveito da atividade que o agente
executa, que possui grande potencialidade de resultar em dano ao direito alheio. Os
casos de responsabilidade objetiva são excepcionalíssimos, tendo todos previsão legal.
Com o advento do Código de Defesa do Consumidor, e recentemente com a alteração
do Código Civil, a responsabilidade objetiva ganhou cada vez mais espaço no direito
brasileiro.
Para a lei reguladora das relações de consumo, que inclui atividades de
prestação de serviços e construção na definição de fornecedor, além de imóvel no
conceito de produto, a responsabilidade por vícios de qualidade é objetiva, durante o
prazo de cinco anos. O novo Código Civil, que começou a vigorar no ano de 2002,
também estabelece esta responsabilidade em caso de empreitada de edifícios e outras
construções consideráveis, no mesmo prazo quinquenal.
Assim, independentemente de culpa, haverá a responsabilidade e o dever de
indenizar quando o ato praticado pelo profissional ou empresa, lesar o interesse de
terceiros, sejam estes o contratante ou pessoas alheias ao contrato. Aquele que exerce
uma atividade técnica especializada responde tanto pela atividade, quanto pela técnica
empregada na realização de determinada obra ou serviço. É a chamada Teoria do
Risco, segundo a qual, o responsável é agente que materialmente causou odano.
20. RESPONSABILIDADE CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL
A lei civil brasileira estabelece, como regra, a liberdade de contratar em razão e
nos limites da função social do contrato. Os contratantes, que são obrigados a
observar os princípios da probidade e da boa fé, poderão celebrar contratos que
tenham os mais diversos objetos possíveis, desde que estes não encontrem
vedaçãolegal.
Os acordos celebrados entre os contratantes são elevados à categoria de
obrigatórios, verdadeiras "Ieis" a serem observadas entre eles. O descumprimento de
uma obrigação contratual, configura infração às regras estabelecidas, gerando
responsabilidade passível deindenização.
Se os atos ilícitos são ações ou omissões que afrontam as leis em sentido
amplo, entendidas estas como normas que têm aplicabilidade perante toda a
sociedade, as infrações às obrigações ajustadas são o que poderíamos denominar de
ilícitos contratuais, eis que são ilegalidades verificadas no restrito âmbito do contrato
que, por se referirem às obrigações que foram voluntariamente assumidas, produzem
efeitos somente para as partes contratantes, e não para toda a sociedade.
Assim como no universo maior existe responsabilidade pela afrontação do
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 50
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dever legal, que no âmbito civil encontra-se fixado pelo art. 927 do Código Civil
Brasileiro -"aquele que por ato ilícito causar dano a outrem fica obrigado a repará-lo",
no restrito universo do contrato, a violação da obrigação enseja o dever de responder
por perdas e danos, que abrangem além do que o prejudicado perdeu, o que
razoavelmente deixou delucrar.
Exemplo de responsabilidade contratual é o atraso na entrega de uma obra ou
serviço, por culpa do profissional ou empresa que obrigou a entregá-la (o) numa certa
data e não cumpriu. No campo da responsabilidade extracontratual, podemos citar o
dever de indenização, que recai sobre o empreiteiro, em construções de porte ou
edifícios, em face de problemas com solidez e segurança daobra.
21. A RESPONSABILIDADE TÉCNICA OU ÉTICO·PROFISSIONAL 
CÓDIGODE ÉTICAPROFISSIONALDAENGENHARIA,DAARQUITETURA, DA
AGRONOMIA, DA GEOLOGIA, DA GEOGRAFIA E DA METEOROLOGIA.
a) Preceitos, conceitos e considerações
Responsabilidade técnica é decorrente da capacidade que os profissionais
possuem para responderem por obras ou serviços em que atuaram. Se o interesse
público, traduzido em lei, determina que as obras e serviços da área tecnológica,
exatamente por pressuporem conhecimento técnico para sua realização, só possam
ser realizados por profissionais habilitados, é natural que estes profissionais
respondam tecnicamente por eles. Esta capacidade advém do domínio que os
responsáveis possuem sobre a técnica empregada na atividade executada.
A formação profissional é que define, através das atividades curriculares
ministradas nos cursos de nível médio ou superior, quais as atividades técnicas que o
profissional poderá desempenhar na qualidade de responsável técnico. A
responsabilidade ético- profissional deriva de imperativos morais, de preceitos
regedores do exercício da profissão, e do respeito mútuo entre profissionais e
suasempresas.
O profissional deve observar, em suas relações com clientes e colegas, os
preceitos expressos no Código de Ética Profissional da Engenharia, Arquitetura,
Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, elaborado pelo CONFEA, órgão
incumbido pela Lei Federal nº 5.194/66 de regulamentar o exercício destas profissões.
A infringência das normas éticas, estabelecidas no Código de Ética (Resolução nº
1002/2002), acarreta a punição do profissional responsável, através da aplicação das
sanções previstas na própria Lei Federal, ou seja, advertência reservada ou censura
pública.
Ações praticadas por profissionais podem ferir as normas éticas da profissão.
além de caracterizar, ou não, ilícitos civis e penais. A Resolução nº 1002/2002 do
CONFEA, que instituiu o Código de Ética Profissional da engenharia, da arquitetura, da
agronomia, da geologia, da geografia e da meteorologia, estabelece, entre outras
disposições:
Art. 1º - O Código de Ética Profissional enuncia os fundamentos éticos e as
condutas necessárias à boa e honesta prática das profissões da Engenharia, da
Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e relaciona
direitos e deveres correlatos de seus profissionais.
Art. 2º - Os preceitos deste Código de Ética Profissional têm alcance sobre os
profissionais em geral, quaisquer que sejam seus níveis de formação, modalidades ou
especializações.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 51
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Art. 3º - As modalidades e especializações profissionais poderão estabelecer,
em consonância com este Código de Ética Profissional, preceitos próprios de conduta
atinentes às suas peculiaridades e especificidades.
 DA IDENTIDADE DAS PROFISSÕES E DOS
PROFISSIONAIS:
Art. 4º - As profissões são caracterizadas por seus perfis próprios, pelo saber
científico e tecnológico que incorporam, pelas expressões artísticas que utilizam e
pelos resultados sociais, econômicos e ambientais dotrabalho que realizam.
Art. 5º - Os profissionais são os detentores do saber especializado de suas 
profissões e os sujeitos pró-ativos do desenvolvimento.
Art. 6º - O objetivo das profissões e a ação dos profissionais voltam-se para o
bem- estar e o desenvolvimento do homem, em seu ambiente e em suas diversas
dimensões: como indivíduo, família, comunidade, sociedade, nação e humanidade;
nas suas raízes históricas, nas gerações atual e futura.
Art. 7º - As entidades, instituições e conselhos integrantes da organização
profissional são igualmente permeados pelos preceitos éticos das profissões e
participantes solidários em sua permanente construção, adoção, divulgação,
preservação eaplicação.
Art. 8.º - A prática da profissão é fundada nos seguintes
princípios éticos aos quais o profissional deve pautar sua conduta:
Do objetivo da profissão:
I - A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agente capaz
de exercê-Ia, tendo como objetivos maiores a preservação e o desenvolvimento
harmônico do ser humano, de seu ambiente e de seusvalores.
Da natureza da profissão:
II – A profissão é bem cultural da humanidade construído permanentemente
pelos conhecimentos técnicos e científicos e pela criação artística,
manifestando-se pela prática tecnológica, colocada a serviço da melhoria da
qualidade de vida dohomem.
Da honradez da profissão:
III - A profissão é alto titulo de honra e sua prática exige conduta cidadã, 
honesta e digna.
Da eficácia profissional:
IV - A profissão realiza-se pelo cumprimento responsável e competente dos
compromissos profissionais, munindo-se de técnicas adequadas, assegurando
os resultados propostos e a qualidade satisfatória nos serviços é produtos e
observando a segurança nos seusprocedimentos.
Do relacionamento profissional:
V - A profissão é praticada através do relacionamento honesto, justo e com
espírito progressista dos profissionais para com os gestores, ordenadores,
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 52
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destinatários, beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade de
tratamento entre os profissionais e com lealdade nacompetição.
Da intervenção profissional sobre o 
meio:
VI - A profissão é exercida com base nos preceitos do desenvolvimento 
sustentável na intervenção sobre os ambientes natural e construído, e da 
incolumidadedas
pessoas, de seus bens e de seus valores.
Da liberdade e segurança profissionais:
VIII - A profissão é de livre exercício aos qualificados, sendo a segurança 
de sua prática de interesse coletivo.
Art. 9.º - No Exercício da Profissão são
Deveres do Profissional: I - Ante ao ser
humano e a seus valores:
a) oferecer seu saber para o bem dahumanidade;
b) subordinar os interesses pessoais aoscoletivos;
c) contribuir para a preservação da incolumidade pública; d) divulg
ar os conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos inerentes àprofissão.
II - Ante aprofissão:
a) identificar-se e dedicar-se com zelo àprofissão;
b) conservar e desenvolver a cultura daprofissão;
c) preservar o bom conceito e o apreço social daprofissão;
d) desempenhar sua profissão ou função nos limites de suas atribuições e de 
sua capacidade pessoal derealização;
e) empenhar-se junto aos organismos profissionais no sentido da consolidação 
da cidadania e da solidariedade profissional e da coibição das 
transgressõeséticas.
III - Nas relações com os clientes, empregadores ecolaboradores:
a) dispensar tratamento justo a terceiros, observando o princípio daequidade;
b) resguardar o sigilo profissional quando do interesse do seu cliente ou 
empregador, salvo em havendo a obrigação legal da divulgação ou 
dainformação;
c) fornecer informação certa, precisa e objetiva em publicidade e 
propagandapessoal;
d) atuar com imparcialidade e impessoalidade em atos arbitrais epericiais;
e) considerar o direito de escolha do destinatário dos serviços, ofertando-lhe 
sempre que possível, alternativas viáveis e adequadas às demandas em 
suaspropostas;
f) alertar sobre os riscos e responsabilidades relativos às prescrições técnicas e
às consequências presumíveis de sua inobservância; g) adequar sua forma de
expressão técnica às necessidades do cliente e às normas vigentesaplicáveis.
IV - Nas relações com os demaisprofissionais:
a) atuar com lealdade no mercado de trabalho, observando o princípio da 
igualdade decondições;
b) manter-se informado sobre as normas que regulamentam o exercício 
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 53
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
daprofissão;
c) preservar e defender os direitosprofissionais.
V - Ante omeio:
a) orientar o exercício das atividades profissionais pelos preceito
s do desenvolvimentosustentável;
b) atender, quando da elaboração de projetos, execução de obras ou criação
de novos produtos, aos princípios e recomendações de conservação de
energia e de minimização dos impactosambientais;
c) considerar em todos os planos, projetos e serviços as diretrizes e
disposições concernentes à preservação e ao desenvolvimento dos patrimônios
sócio-cultural e ambiental.
Art. 10 - No exercício da profissão, são
Condutas Vedadas ao profissional:
I - Ante o homem e seusvalores:
a) descumprir voluntária e injustificadamente com os deveres doOfício;
b) usar de privilégio profissional ou faculdade decorrente de função de forma
abusiva, para fins discriminatórios ou para auferir vantagenspessoais;
c) prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qualquer ato
profissional que possa resultar em dano às pessoas ou a seus
benspatrimoniais.
II - Ante aprofissão:
a) aceitar trabalho, contrato, emprego função ou tarefa: para os quais não
tenha efetivaqualificação;
b) utilizar indevida ou abusivamente do privilégio de exclusividade de direito
profissional;
c) omitir ou ocultar fato de seu conhecimento que transgrida a éticaprofissional.
III - Nas relações com os clientes, empregadores ecolaboradores:
a) formular proposta de salários inferiores ao mínimo profissionallegal;
b) apresentar proposta de honorários com valores vis ou extorsiv
os ou desrespeitando tabelas de honorários mínimosaplicáveis;
c) usar de artifícios ou expedientes enganosos para a obtenção de vantagens
indevidas, ganhos marginais ou conquista decontratos;
d) usar de artifícios os expedientes enganosos que impeçam o legítimo acesso
dos colaboradores às devidas promoções ou ao desenvolvimentoprofissional;
e) descuidar com as medidas de segurança e saúde do trabalho sob sua
coordenação;
f) suspender serviços contratados, de forma injustificada e sem préviacomunicação;
g) impor ritmo de trabalho excessivo ou exercer pressão psicológica ou assédio
moral sobre oscolaboradores.
IV - Nas relações com os demaisprofissionais:
a) intervir em trabalho de outro profissional sem a devida autorização de seu
titular, salvo no exercício de deverlegal;
b) referir-se preconceituosamente a outro profissional ouprofissão;
c) agir discriminatoriamente em detrimento de outro profissional ouprofissão;
d) atentar contra a liberdade do exercício da profissão ou contra os direitos de
outro profissional.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 54
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V - Ante omeio:
a) prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qualquer ato
profissional que possa resultar em dano ao ambiente natural. à saúde humana
ou ao patrimônio cultural.
DOS DIREITOS:
Art. 11º - São reconhecidos os Direitos Coletivos Universais inerentes às
profissões, suas modalidades e especializações,destacadamente:
a)à livre associação e organização em corporaçõesprofissionais;
b) ao gozo da exclusividade do exercícioprofissional;
c) ao reconhecimentolegal;
d) à representação institucional.
Art. 12º - São reconhecidos os Direitos Individuais Universais inerentes aos
profissionais, facultados para o pleno exercício de sua profissão, destacadamente:
a) à liberdade de escolha deespecialização;
b) à liberdade de escolha de métodos, procedimentos e formas deexpressão;
c) ao uso do títuloprofissional;
d) à exclusividade do ato de ofício a que sededicar;
e) à justa remuneração proporcional à sua capacidade e dedicação e aos graus
de complexidade, risco, experiência e especialização requeridos por suatarefa;
f) ao provimento de meios e condições de trabalho dignos, eficazes eseguros;
g) à recusa ou interrupção de trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa
quando julgar incompatível com sua titulação, capacidade ou dignidadepessoais;
h) à proteção do seu título, de seus contratos e de seutrabalho;
i) à proteção da propriedade intelectual sobre suacriação;
j) à competição honesta no mercado detrabalho;
k) à liberdade de associar-se a corporaçõesprofissionais;
l) à propriedade de seu acervo técnicoprofissional
Art. 13º - Constitui-se infração ética todo ato cometido pelo profissional que
atente contra os princípios éticos, descumpra os deveres do ofício, pratique
condutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem.
Art. 14º - A tipificação da infração ética para efeito de processo disciplinar será
estabelecida, a partir das disposições deste Código de Ética Profissional, na
forma que a lei determinar.
Art. 52 - Aos profissionais que deixarem de cumprir disposições do Código de Ética
Profissional serão aplicadas as penalidade previstas em lei.
No que pertine às penalidades que podem ser aplicadas, estabelece a lei 5.194/66:
Art. 53º - A aplicação da penalidade prevista no art. 75 da Lei n9 5.194, de
1966, seguirá os procedimentos estabelecidos no § 29 do art. 52.
Art. 54º - A pena será aplicada após o trânsito em julgado da decisão.
Art. 71° - AsPenalidades aplicáveis por infração da presente
lei são as seguintes, de acordo com a gravidade da falta:
a) advertênciareservada;
b) censurapública;
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 55
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c) multa;
d) suspensão temporária do exercícioprofissional;
e) cancelamento definitivo doregistro.
Parágrafo único - As penalidades para cada grupo profissional serão impostas
pelas respectivas Câmaras Especializadas ou, na falta destas, pelos Conselhos
Regionais.
Art. 72º - As penas de advertência reservada e de censura pública são
aplicáveis aos profissionais que deixarem de cumprir disposições do Código de
Ética, tendo em vista a gravidade da falta e os casos de reincidência, a critério
das respectivas Câmaras Especializadas.
Art. 75º - O cancelamento do registro será efetuado por má conduta pública e
escândalos praticados pelo profissional ou sua condenação definitiva por crime
considerado infamante.
Quanto a aplicabilidade destas penalidade, ensinam Edison Flávio Macedo e
Jaime Bernardo Pusch, em seu apreciado Código de Ética Profissional Comentado
(obra citada no item 10 da bibliografia).
"Advertência Reservada é penalidade aplicável a casos de infrações de
menor gravidade, normalmente aos infratores primários; Censura Pública é
aplicável aos casos de maior gravidade, aos infratores reincidentes; Suspensão
Temporária do Exercício Profissional é penalidade que pode ser acarretada por
falta ética conjugada com outro tipo de infração profissional reincidente, ilícito
civil ou penal, por prazos variáveis de seis meses a cinco anos; Má Conduta
Pública e Escândalos são atentados aos preceitos éticos e podem acarretar o
Cancelamento doRegistro.”
O anexo da Resolução nº 1.004/2003, do CONFEA, que institui o Regulamento
para a Condução do Processo Ético Disciplinar estabelece:
§ 1º A advertência reservada será anotada nos assentamentos
do profissional e terá caráter confidencial.
§ 2º A censura pública, anotada nos assentamentos do profissional, será
efetivada por meio de edital afixado no quadro de avisos nas inspetorias,
na sede do CREA onde estiver inscrito o profissional, divulgação em
publicaçãodo Conselho ou em jornal de circulação na jurisdição, ou no
diário oficial do estado ou outro meio, economicamente aceitável, que
amplie as possibilidades de conhecimento dasociedade.
§ 3º O tempo de permanência do edital divulgando a pena de censura -
pública no quadro de avisos das inspetorias e da sede do CREA, será
fixado na decisão proferida pela instância julgadora.
Parágrafo único: Entende-se como transitada em julgado, a decisão que
não mais está sujeita a recurso.
b) Quadro Sinótico:
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 56
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22. DOUTRINA
COMPROMETIMENTO 
ÉTICO DAS 
ENTIDADES DE 
CLASSE
a) As corporações profissionais e aética
O corporativismo – no melhor sentido da palavra - nada mais é que uma ideia
formal de organização social pelas afinidades sócioeconômicas que os indivíduos
possam ter em comum. É a doutrina das corporações. Como tal pretende o
desenvolvimento da cooperação e da lealdade concorrencial, a valorização da
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 57
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comunidade profissional e das próprias profissões, o consenso entre seus pares, a
expressão da afetividade pela solidariedade. Tem como objetivo último o bemcomum.
Enquanto do interesse da sociedade, quer visando o bem estar de seus
membros, quer organizando, desenvolvendo ou harmonizando a ação profissional
para o bem desta própria sociedade, as corporações se apresentam como estruturas
de caráter eminentemente ético.
Este caráter pode ser lido na sua própria definição:
Corporação - congregação de pessoas de atividade profissional afim,
sujeitas ás mesmas regras e com os mesmos objetivos, direitos e
deveres.
Corporativismo – doutrina que considera as agremiações profissionais como
fundamentos para a organização política, social e econômica da
sociedade, sendo seu controle e proteção de interesse do Estado.
O corporativismo é, pois, expressão positiva e pretende a construção do bem
comum, quando praticado sob a preceituação ética.
No Brasil se pratica o modelo corporativista para a organização, normalização e
controle profissional, com vistas à sua utilidade social e econômica. As profissões são
praticadas livremente, porém seu exercício individual é regulamentado em lei e
permitido em forma de concessão, demonstrando a permanente tutela do Estado
sobre sua prática. O Estado manifesta este cuidado pelas autarquias normalizadoras
e fiscalizadoras, em nosso caso, o sistema CONFEA-CREA.
Da mesma forma, na sociedade civil, a organização profissional é livre,
observados alguns requisitos formais e de objetivos que o Estado impõe, segundo o
interesse da sociedade e da nação. Assim, as Entidades de Classe se organizam
livremente, porém segundo normas legais pré-estabelecidas.
Do ponto de vista ético-normativo, as nossas profissões consensuaram sua
codificação em comum através de suas entidades corporativas nacionais.
Preservando o perfil próprio de cada uma, estabeleceram normas de conduta comuns
à prática de todas elas.
Indo além dos deveres e direitos a serem observados por cada indivíduo
praticante, entenderam que suas corporações também têm o comprometimento com a
preceituaçãoética. Assim que, é proclamado no Código de Ética Profissional, em seu
artigo 7º:
“As entidades, instituições e conselhos
integrantes da organização profissional são
igualmente permeados pelos preceitos éticos
das profissões e participantes solidários em
sua permanente construção, adoção,
divulgação, preservação e aplicação”.
As Entidades de 
Classe são 
corporações 
profissionais
naturalmente compromissadas com a ética.
b) O que é infraçãoética
Embora o nosso Código de Ética Profissional tenha sido concebido como uma
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 58
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cartilha de orientação de condutas, não podemos ignorar sua função de também ser
um referencial identificador de eventos antiéticos. O código é, antes de tudo, um rol de
normas éticas pactuadas pelo coletivo profissional. É a expressão afirmativa da
vontade geral apontando como se deseja a conduta individual, no interesse deste
coletivo. Como tal, ele dispõe das condutas esperadas, das condutas obrigatórias e das
condutas vedadas. A virtude, o bem, está no cumprimento destas normas e o vício, o
mal, em quaisquer ações praticadas em contrário a suas prescrições.
Este código vai além dos simples deveres básicos de conduta exclusivamente
técnico-profissional. Ele incorpora entre outros deveres os havidos da ética humana
geral, os valores morais da contemporaneidade, um zelo quase sagrado com a própria
profissão e um forte compromisso com o ser humano e o ambiente. Além deste amplo
leque dedeveres, estabelece limites para a ação profissional, na forma de atitudes
vedadas. E, de forma inédita na história dos códigos disciplinares profissionais,
proclama sua carta de direitos do profissional e de suaprofissão.
O nosso Código de Ética Profissional não dispõe sobre negativas de ação. Vale
dizer, em momento nenhum ele proíbe ou obriga qualquer coisa de forma imperativa ou
negativa, mesmo porque a norma ética não tem este escopo. Seu caráter é e sempre
deverá ser recomendatório. Como um pai ou professor, ele sugere que trilhemos este
ou aquele caminho, que tomemos tais e quais atitudes, que observemos esta ou aquela
postura. O código não se impõe como um patrulheiro implacável, como um policial de
consciências, como um tirano inflexível. Mas, ele não deixa de estar atento a possíveis
falhas de ação de cada profissional no exercício de seu ofício.
É da natureza humana a incursão eventual no erro. E o erro, quando cometido, é
qualificado como infração à norma e sujeita o infrator à punição.
O próprio código estabelece como sendo infração apenas e tão somente o
contrário de tudo que ele coloca afirmativamente. No seu penúltimo artigo o próprio
código estabelece clara e concisamente o critério de infração. É infração ética todo ato
cometido por profissional em direção contrária a alguma das suasrecomendações.
É sempre bom lembrar que só são passíveis de apreciação os atos cometidos
por profissional. Apenas a estes, quer no exercício de sua profissão ou mesmo na vida
cidadã comum, são considerados como possíveis infratores. Não seriam suscetíveis de
imputação infracional nem as empresas, nem os leigos, nem as instituições.
É infração qualquer ato que
apresente: Atentado contra
princípios éticos;
Descumprimento de dever de
ofício; Conduta expressamente
vedada; Lesão a direito
reconhecido de outrem.
c) Até onde vai a punição da infração.
Não é próprio da norma ética o estabelecimento de penalidades aplicáveis a
quem infrinja a qualquer de seus dispositivos. Em uma norma pactuada coletivamente
por um grupo social – caso de nosso Código de Ética Profissional – a única sanção
cabível é a da reprovação moral, do repúdio à conduta considerada antiética.
Neste aspecto nosso código mostra-se coerente com o conceito de
normalização ética. Em nenhum de seus artigos encontraremos qualquer alusão a
penalidades. Limita-se a definir o que seja infração ética e remeter sua apreciação,
tipificação e penalização para a esfera administrativa do sistemaprofissional.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 59
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Por seu turno, a lei 5.194/66 estabelece as penas para tal sorte de infração. Em
seu art. 71 dispõe sobre cinco penas possíveis de serem aplicadas
administrativamente em caso de infração contra seus mandamentos. Duas delas
particularmente nos interessam aqui: a advertência reservada e a censura pública. A
própria lei 5.194/66 em seu art. 72 delimita a aplicabilidade destas penas “aos
profissionais que deixarem de cumprir disposições do Código de Ética”. Vale dizer, são
as penas que podem ser aplicadas apenas sobre a infração ética e tão somente sobre
elas.
O que é notável é o fato de a lei estabelecer penas de peso moral para a
questão que é, por princípio, de natureza moral. Nada mais adequado, por quanto não
se poderia esperar que fosse possível punir-se uma infração desta espécie com penas
pecuniárias (multa) ou penas de privação de direito (restrição temporária da liberdade
do exercício profissional).
A pena de advertência reservada tem um aspecto quase paternal em relação
ao infrator. Em verdade, chama-se o profissional que cometeu algum deslize ético de
menor poder ofensivo e este recebe reservadamente um “puxão de relha” com a
recomendação de não mais cometer tal atitude. A aplicação desta pena atende ao
princípio da recuperação da boa conduta, onde se espera que o infrator corrija-se e
não reincida no erro.
Já a pena de censura pública é muito mais severa, podendo ser até mesmo
terrível para quem tem escrúpulos acentuados. O infrator que recebe esta sanção
vê-se exposto à execração pública, pois que é dado ao conhecimento da sociedade
em geral que sua conduta foi considerada pelos seus pares como repudiada,
intolerável e nefasta aos interesses de sua profissão. Ainda neste caso, o penalizado
não tem nenhuma perda de ordem material ou de seus direitos básicos, porém sobre
ele repousará o estigma de ser “um mau profissional”. É uma penalidade bastante
dura!
Uma terceira penalidade, prevista no art. 71 e tipificada no art. 75, também
pode ser examinada sob o ponto de vista da ética profissional. Este art. 75 trata dos
casos de cancelamento do registro profissional junto ao CREA. O cancelamento
significa a exclusão da pessoa infratora do meio social a que ela pertence, ou seja, da
sua própria profissão. Implica em perda do direito de exercer seu ofício para o qual
estava qualificado. É uma sentença capital, onde pode ser lido que há a supressão da
própria identidade profissional doapenado.
A lei dispõe de duas circunstâncias onde tal punição é aplicável. A primeira
delas, de interesse puramente ético, é a situação em que se verifica “má conduta
pública ou escândalos praticados pelo profissional”. A outra, não menos grave, é a
ocorrida quando se verifica “sua condenação definitiva por crime considerado
infamante”.
Neste segundo caso, o da condenação por crime infamante, a perda do registro
pode ser vista como uma pena moral acessória à aplicada ao crime praticado e deve
ser estudada dentro da ótica lá do direito penal.
Já, a condenação por má conduta e escândalos praticados, passa a ter um viés
ético. Aqui se pretende proteger não apenas os valores morais e os princípios de
conduta estabelecidos no estrito universo destas profissões, mas de uma maneira bem
mais ampla, os valores éticos universais. Assim é que, um profissional, mesmo que não
em prática de seu ofício, vier a apresentar uma má conduta e esta for apreciável e
reprovável publicamente, estará sujeito a esta sanção máxima. Da mesma forma,
qualquer prática reprovável que ganhe repercussão naopinião pública, constituindo-se
em escândalo é punível da mesma forma. Esta punição, via de regra, tem sido imposta
apenas em casos extremos, publicamente muito rumorosos e apenas a estes deve ser
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 60
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aplicada, tal o seu poderretaliativo.
Isto é o que acontece na esfera do sistema CONFEA-CREA, um sistema gerido
pelo direito administrativo. No âmbito de uma Entidade de Classe, organismo da
sociedade civil, as punições deverão ser aplicadas segundo seus estatutos. Um modelo
de graduação de penas segundo seu nível de gravidade pode ser adotado conforme o
pactuado pelo seu corpo associativo. Porém, o recomendável é que para atos
contrários à moral, as penas sejam também de caráter moral.
As Entidades de
Classe podem ter um
sistema próprio
estatutário
de julgamento moral.
d) A viaconciliatória.
A resolução 1004/03 do CONFEA regulamenta o processo disciplinar ético.
Estabelece as rotinas para a instauração, instrução e julgamento dos processos por
infração ética. Estabelece ainda a normativa para a aplicação das penalidades
previstas em lei ao profissional considerado infrator. Neste regulamento não foi prevista
a hipótese da solução infracional pela via da conciliação. Em verdade, nem poderia.
Uma vez que a resolução é norma subordinada à lei, não pode criar, suprimir, mudar,
reduzir ou ampliar nada que a lei determina. E a lei, no caso a 5.194/66, não prevê
nenhuma forma de composição ante a infração ética, senão a retribuição pela
aplicação de penalidades.
No universo ético, não se objetiva a retribuição, nem se procura obstinadamente
a punição. Espera-se a ação honesta de cada um e busca-se o pedagógico ajuste de
condutas em direção ao bem comum. O esforço dos componentes do grupo deve
objetivar a restauração de uma conduta individual quando em conflito. A motivação da
ética é apontar o bom caminho e procurar trazer de volta a ele os que dele
eventualmente seafastem.
Do ponto de vista prático parece improvável que uma infração ética seja possível
de conciliação nos foros do órgão gestor de nossas profissões. O sistema é movido por
leis. Uma denúncia infracional ética que eventualmente dê entrada na Câmara
Especializada, necessariamente receberá uma decisão. Punitiva ou absolutória, mas
sempre uma sentença. Como então possibilitar um conserto de coisas erradas antes do
frio efeito de castigo que a leiprevê?
Sabemos pela vivência que há um certo perfil recorrente na maioria das
infrações éticas. São questões de desinteligências localizadas entre colegas ou entre
profissional e cliente. Em grande parte são de pequeno poder de ofensividade,
produzem dano moral apenas ao ofendido e são reparáveis no ambiente da própria
relação ofensor-ofendido. Via de regra, o infrator apresenta arrependimento e
disposição de reparação e o ofendido
dispõe-se a aceitá-la. Se o infrator apresenta boa conduta habitual, não tem
contumácia no uso de expedientes maliciosos e o erro é reparável, pode-se pensar em
uma composição. Ante um quadro destes, onde há um conflito moral sanável entre
colegas, ou um pecadilho consertável, o melhor caminho seria a solução da pendenga
pela conciliação.
Resta uma questão: onde promovê-la se a Câmara Especializada não tem
essas atribuições? O art. 7º do nosso CEP oferece um argumento para a resposta,
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 61
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quando proclama que as entidades de classe são permeadas pelos nossos preceitos
éticos e são partícipes solidárias na sua permanente construção, adoção, divulgação,
preservação e aplicação.
É no meio profissional de base onde ocorreu o desvio de conduta que se tem o
dever da prevenção e do possível ajuste. Vale dizer, é no próprio ambiente gerador da
norma ética que ela se movimenta e produz resultados positivos. Legitimamente, o
foro adequado para a solução destas infrações é a associação à qual o profissional
pertence.
Para a efetivação, é bastante que estes organismos da sociedade civil
equipem-se de suas cortes éticas próprias. Estes grupamentos teriam a nobre missão
de além da divulgação preventiva, a missão conciliatória. A promoção de termos de
ajuste de conduta resulta em compromissos eficazes para reparações de ofensas e
prevenção de reincidências. Sempre que possível, promovem a composição das
desinteligências que se mostram sanáveis sem a necessidade da montagem de
processos com fins punitivos no âmbito da Câmara Especializada. Valem tanto quanto
o velho e bom pedido de desculpas e da promessa de emendar-se, formalizados e
sacramentados à luz da ética.
Nos processos 
éticos o CREA tem 
que julgar. As 
Entidades de Classe
podem também 
conciliar.
e) A entidade de classe e a concorrênciaprofissional.
Por princípio, cada um tem o direito de buscar seu sustento na sua arte e assim
o faz, pois a realização da profissão é necessariamente remunerada.
O nosso CEP diz claramente que cada um tem direito “à justa remuneração
proporcional à sua capacidade e dedicação e aos graus de complexidade, risco,
experiência e especialização requeridos por sua tarefa”. Estes seriam os parâmetros
necessários e suficientes para a pessoa formular os valores que ela julga serem justos
para a cobrança de seus honorários. A avaliação de quanto do seu esforço seria
demandado, qual a sua possibilidade pessoal de resolução, a posição relativa de seu
saber ante o dos demais profissionais face àquele desafio, os riscos a serem corridos,
são alguns dos componentes que convergem para a formulação de valores financeiros
para tal trabalho. Ninguém melhor que o próprio profissional para dizer quanto vale seu
produto.
Mas e se os seus honorários divergirem dos propostos por outro profissional
para tarefa semelhante? O próprio CEP aponta o direito “à competição honesta no
mercado de trabalho”. Então, podemos competir no mercado com preços
diferenciados? A resposta é sim. A competição por preços não é antiética, por quanto
ao profissional cabe formular os valores de sua remuneração e lhe é assegurado
apresentar-se competitivamente no mercado.
No rol de nossos direitos fica claro que tanto somos livres para competir com
nossos colegas quanto podemos formular nossos honorários a nosso juízo. Isto,
porém não nos faculta enviesar pelo caminho do inescrupuloso mercantilismo, da
barganha mesquinha e do regateio depreciativo. Há limites! No próprio texto, extraído
do CEP duas palavras devem ser lidas e relidas: justa e honesta. Estes, os limites: a
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 62
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remuneração deve ser justa ea
competição honesta.
Não fora por si só suficiente a adjetivação dos direitos para configurar os
parâmetros limitadores de nossa natural liberdade de ganharmos quanto pudermos e
da forma que quisermos, no rol de deveres há outros dispositivos que pautam mais
ainda nossa conduta financeira ante a profissão. Lá, no capítulo “dos deveres”,
impomo-nos a obrigação de “atuar com lealdade no mercado de trabalho, observando
o princípio da igualdade de condições”. Vale dizer: competir, sim, mas com
proporcionalidade de recursos, com equidade, sem solerte esperteza e sem artifícios
rasteiros para a conquista do contrato.
Também, no mesmo CEP pactuamos outros limites de ação na forma
de,“condutas vedadas”. Assim é que nos proibimos, entre outras coisas, a “apresentarpropostas de honorários com valores vis ou extorsivos...”. Por este mandamento dois
limites ficam claros para o quanto de dinheiro podemos ganhar.
Um, o patamar abaixo do qual o valor será considerado aviltante, apresentando
correlação irrisória com a efetiva capacidade do profissional ou com o real valor do
seu produto.
Outro limite é o teto. Na ultrapassagem de um razoável valor superior os
honorários poderão ser considerados exorbitantes ou extorsivos. É o momento em
que, prevalecendo- se de uma situação de privilégio excepcional, hegemonia no
mercado, de ignorância ou ingênua boa-fé do cliente o profissional cobra valores muito
acima dos considerados razoáveis ou comumente praticados.
Os extremos são eticamente 
reprováveis. Para que, então, 
tabelas de honorários?
Sua primeira utilização é como parâmetro de valores referenciais para uma
concorrência leal. Naturalmente indicam o que seria a transgressão ética pelo
aviltamento ou exacerbação de preços no ambiente concorrencial. Presta-se,
consequentemente, como produtora de prova em processos disciplinares por infração
ao CEP.
Outra utilização, não menos importante, é de servir como expressão de
equilíbrio. Pela formulação de uma tabela podemos avaliar se ela está atendendo à
pretensão de “justa remuneração” a que os profissionais têmdireito.
Ainda dentro da perspectiva de ganhos justos, ela se apresenta como fator
estimulador ao bom profissional. Este terá na tabela uma referência de piso sobre a
qual poderá orçar seus ganhos segundo sua própria capacidade e dedicação.
Quanto àquele profissional que costuma desviar sua conduta ética, pela prática
sistemática de ofertar serviços (nem sempre satisfatórios para o cliente e para a
profissão) mediante remunerações ridículas, a tabela também terá uma utilidade.
Prestar-se-á como um fator impulsionador da melhoria de sua prática profissional e
resgate de sua conduta ética possibilitando-lhe ganhos melhores. Para ganhos
melhores, requer-se melhores serviços e melhor conduta ante os colegas e a clientela.
Tabelas podem e devem ser vistas como fatores de valorização profissional, mais do
que como meras armadilhas para pegar eventuais mausprofissionais.
No entanto, as tabelas de honorários só têm validade e razão de ser se, além de
servirem para estes objetivos, tenham legitimidade, legalidade e aplicabilidade.
A legitimidade se alcança pela sua construção e prática através de um pacto
ético, patrocinado por uma corporação regular. Este pacto deverá conter o mais amplo
consenso na sua formulação e a universalidade na sua aceitação.
A legalidade de uma tabela se obtém mediante o seu registro no CREA,
encaminhada pela entidade de classe que a chancela, como determina a lei 5.194/66.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 63
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A aplicabilidade é condição requerida pelo próprio CEP Uma tabela é aplicável
se, entre outras condições, seja objetiva, contemple serviços efetivamente sujeitos à
concorrência, limite-se à circunscrição da entidade que a patrocine, expresse os usos e
costumes profissionais, garanta remuneração justa, seja suportável pelos destinatários
dos serviços, seja atual e atualizável, permita-se ser autofiscalizável pelos profissionais
e fiscalizável pelo CREA.
E aqui entra o papel das Entidades de Classe e suas Comissões de Ética. Elas
têm o condão de promover a formulação e a pactuação das tabelas. São elas que
vigiarão a sua aplicação e estarão atentas às demandas para sua correção e
atualização. Sobretudo, caberá a estas organizações a verificação da eticidade da
conduta dos profissionais no plano concorrencial, balizando-se pela observância das
tabelas compactuadas e pela sensatez na formulação de seushonorários.
As Entidades de Classe são
legítimas construtoras das
tabelas de honorários.
As suas Comissões de Ética têm como missão
o zelo pela justa e honesta concorrência profissional.
23. MANUAL
IMPLANTAÇÃO DE UMA COMISSÃO DE 
ÉTICA
NA ENTIDADE DE 
CLASSE
a) As funções básicas da comissão de ética nas entidades de classe
As Comissões de Ética Profissional das Entidades de Classe tem por finalidade
a promoção da ética, o aperfeiçoamento moral e o resgate da boa atuação
profissionais, particularmente no concernente à conduta do profissional ante a
profissão, aos seus colegas e à sociedade.
As Comissões possuem três funções primordiais no desenvolvimento de suas
atividades:
l) Preventiva - divulgando, esclarecendo e orientando a atuação profissional
em conformidade com os preceitos éticos daprofissão;
m) Conciliatória – mediando e conciliando desinteligências entre profissionais e
recuperando a sua boaconduta;
n) Corretiva – aplicando sanções em casos de desvio de conduta ética, na
forma do estatuto da (Entidade de Classe), quando couber, e encaminhando
denúncia à Câmara Especializada do Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia, que jurisdiciona o profissional infrator.
b) Adequação estatutária
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 64
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A Entidade de Classe deverá promover a sua alteração estatutária criando ou
adequando, se existente, seu órgão próprio de Ética Profissional.
Este órgão poderá ter a denominação de Comissão, Câmara, Comitê, Junta,
Departamento, Grupo, ou o que melhor se adaptar à sua estrutura funcional. Para
efeito de utilização neste trabalho empregaremos o termo Comissão de Ética
Profissional.
A estrutura hierárquica da Comissão de Ética Profissional deverá ser restrita à
estrutura do estatuto da Entidade de Classe, devendo evitar externalização das
hierarquias.
O órgão de ética profissional deverá ser regido por Regimento Interno
devidamente aprovado pela Entidade de Classe na sua forma estatutária.
Para seu bom funcionamento o órgão deverá ser composto por número não
inferior a três membros do quadro associativo e, no caso de entidades
multiprofissionais, sugere-se que todas estejam representadas paritariamente,
preferencialmente com dois integrantes de cada modalidade.
Lembrando que para toda e qualquer alteração estatutária há de se observar o
Código Civil Brasileiro – Lei n.º 10.406/2002, em especial seu Capítulo II, que trata
das associações(anexo).
c) Regimento interno da Comissão de Ética
Para a implantação da Comissão de Ética Profissional da Entidade de Classe
necessário se faz a aprovação de seu regimento interno.
O regimento interno tem a função de nortear, de modo justo, os procedimentos
para apreciação de eventuais infrações éticas e para a promoção da composição
conciliatória entre pessoas envolvidas em desinteligências ocorridas ematos
profissionais.
Ressaltamos, no entanto que a Entidade de Classe ao instituir ou adequar seu
órgão próprio de ética profissional deverá fazê-lo observando seus objetivos sociais,
sua estrutura organizacional e as peculiaridades de relacionamento interpessoal.
Anexo, sugerimos um modelo de regimento interno para um órgão de ética
profissional em uma Entidade de Classe.
d) O processo ético nas Entidades de Classe
O Código de Ética Profissional é resultante de um pacto, de um acordo crítico
coletivo em torno das condições de convivência e relacionamento que se desenvolvem
entre as pessoas integrantes de um mesmo sistema profissional, visando uma conduta
profissional cidadã.
A criação, implantação, funcionamento e aperfeiçoamento das Comissões de Ética
nas Entidades de Classe está devidamente fundamentado no Código de Ética
Profissional, da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia
e daMeteorologia, pactuado e proclamado pelas Entidades de Classe Nacionais.
A Resolução n.º 1002 de 26 de novembro de 2002, do CONFEA – Conselho
Federal
deEngenharia,ArquiteturaeAgronomiaadotaoCódigodeÉticaProfissionaldaEngenharia,
da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e daMeteorologia.
Quanto ao processo ético, este é regulado pela resolução do CONFEA de nº
1004 de 27 de junho de 2003. Esta resolução aprova o regulamento para a condução
do processo ético disciplinar.
O regulamento para o processo ético estabelece todos os passos a serem
seguidos pelos órgãos instrutores julgadores do sistema (Câmaras Especializadas,
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 65
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Comissões de Ética, Plenários de CREAs e do CONFEA). Confirma que o papel de
juiz cabe, em primeira instância, às Câmaras Especializadas da modalidade do
profissional em julgamento. Aos Plenários do CREA e do CONFEA, como manda a lei,
cabe o papel de instâncias recursais sucessivas. Às Comissões de Ética dos CREAs é
destacado o papel de órgãos de instrução processual.
Este regulamento é o oficial, com força de lei. Ele não atinge a organização de
um processo ético no nível de Entidades de Classe. No entanto, é bom se observar
que nele, as Entidades de Classe são dadas como possíveis legítimas iniciadoras de
processo ético contra profissional infrator.
O regulamento do processo disciplinar aprovado na resolução 1004 presta se
como referência modelar para as Entidades de Classe ao instituírem suas Comissões
de Ética próprias.
Os seis passos do
tratamento do
processo ético
nas entidades de classe
1.º Passo: DO INÍCIO DO PROCESSO
O processo ético inicia-se pelo recebimento de denúncia formal ou verbal,
porém nestes casos necessita-se de formalização e coleta de identificação e
assinatura do denunciante.
É importante verificar a identificação do denunciante. Caso não conste, a
denúncia não deverá seraceita.
2.º Passo: DO TRATAMENTO DAS DENÚNCIAS
A denúncia deve ser encaminhada ao Presidente ou Secretário da
Comissão de Ética, que a recebe e procede à pré-análise, verificando se
realmente trata-se de processo ético:
• Caso não se trate de processo ético, o Presidente ou
Secretário da CEP emite despacho determinando o
arquivamento, e encaminha para homologação na reunião
daCEP;
• Após homologação, deverá ser emitido ofício, com A
R, ao denunciante, informando oarquivamento;
• Caso se trate de processo ético, o Presidente ou Secretário da 
CEP designa o relator para oprocesso.
3.º Passo: DA CONCILIAÇÃO
O Relator deverá identificar se há a possibilidade de conciliação.
Não sendo possível conciliar, deverá relatar o processo e
encaminhar para reunião da CEP.
Havendo possibilidade deverá convocar as partes para reunião de
conciliação, através de ofício com comprovação de recebimento:
• Caso haja conciliação, elabora-se um termo de conciliação,
que deverá ser assinado pelas partes e pela CEP e arquiva-se
o processo;
• Caso não haja conciliação, o processo deverá ser instruído e a
documentação encaminhada àCEP.
4.º Passo: DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL
Inicia-se com o envio de ofício, com AR, ao denunciado com
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 66
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prazo para manifestação em 10 dias, a contar da data do recebimento
pelo arrolado:
Caso não haja o atendimento, poderá ser reiterado o ofício, com
novo prazo de 10 dias;
Caso não haja atendimento à segunda notificação, o processo
seguirá à revelia.
Registra-se o pronunciamento do denunciado por via de
documento entregue pelo mesmo, ou através de assinatura em
depoimento prestado, devidamente redigido, e anexado ao processo:
• Numeram-se todas as folhas doprocesso;
• Encaminha processo para a Reunião daCEP
5.º Passo: DA ANÁLISE DO PROCESSO
A CEP analisará o processo, podendo solicitar maiores
esclarecimento ao arrolado. Vale lembrar que qualquer membro da CEP
poderá pedir vistas ao processo, devendo fazer relato para apreciação e
voto na reunião seguinte da CEP
Estando de acordo, o processo deverá ser apreciado pelos membros 
da Comissão.
6.º Passo: DO JULGAMENTO
Trata-se da decisão final da Comissão de Ética da Entidade de Classe, 
que poderá decidir:
• Pelo arquivamento doprocesso;
Os documentos deverão ser arquivados em local seguro e
sigiloso e deverão ser arquivados até cinco anos após a data de sua
última tramitação, podendo ser incinerados na sequência.
• Pelo encaminhamento à Câmara Especializada da modalidade
do denunciado;
O processo será duplicado, encaminhando-se a via original ao
CREA, através de ofício de encaminhamento da Entidade,
registrando-se através de protocolo para posterior acompanhamento.
A fotocópia deverá ser arquivada na Entidade.
• •Pelapenalizaçãododenunciadonoâmbitodasdisposições
estatutárias.
Se a CEP decidir pela punição do profissional, na sua forma
estatutária, deverá encaminhar o processo ao CREA para
conhecimento.
Vale lembrar que a única sanção cabível é a da reprovação moral,
do repúdio à conduta considerada antiética. Se o estatuto previr, em
casos extremos de má conduta comprovada, é aceitável a pena de
exclusão do
e) Cuidados especiais
Dentro da missão preventiva, a Comissão de Ética deverá promover
permanentemente campanhas pela boa conduta dos seus associados e assessorar a
Diretoria em seus atos visando a sua retidão moral.
Se a Entidade de Classe adotar tabela de honorários, caberá à Comissão de
Ética fazer com que ela seja cumprida, orientando sua aplicação e prevenindo a
infração.
Apenas profissionais, pessoas físicas, poderão ser submetidos a processoético.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 67
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Pessoas jurídicas e leigos não podem figurar no pólo passivo do processo.
Apenas os profissionais associados podem ser submetidos a processo ético no
âmbito da Comissão de Ética da Entidade de Classe respectiva. Em caso de evidente
infração ética, o profissional não associado deverá ser denunciado à Câmara
Especializada de sua modalidade, podendo a Comissão de Ética da Entidade figurar
como denunciante ou informante.
A Entidade, como denunciante, encaminha processo ao CREA com parecer e
voto sobre o assunto, cabendo única e exclusivamente ao CREA o efetivo
enquadramento e julgamento do profissional como infrator ao Código de Ética
Profissional.
A Comissão de Ética somente poderá penalizar os profissionais no âmbito das
penas previstas em seus estatutos, as quais deverão estar expressamente definidas.
Todos os processos deverão tramitar em absoluto sigilo. As penas de
advertência reservada também serão mantidas em sigilo.
A Entidade de Classe, para efetuar o julgamento moral, há de observar que o
enquadramento das infrações, bem como suas sanções, deverão estar expressos e
claramente definidos em seus estatutos.
Só será admissível a punição de associado havendo justa causa e sempre
havendo lhe sido assegurado o amplo direito de defesa e de recurso, cujos termos
devem estar previstos em estatuto e na forma do que diz a lei.
Deverá ser informado aos arrolados que os mesmos possuem o direito de
recorrer à Assembleia Geral da Entidade, conforme dispõe o Código Civil.
Deverá ser informado aos arrolados que os mesmos possuem o direito de
acionar juridicamente a outra parte a qualquer momento, independentemente do
andamento do processo junto à Entidade ou ao CREA.
Em nenhum momento do processo deverá sernegligenciado o amplo direito de
defesa. O acusado ainda tem a seu favor o benefício da dúvida e a presunção da
inocência até prova em contrário.
É importante que toda e qualquer discussão ou decisão tomada nas 
reuniões da Comissão de Ética tenha seu registro efetuado em ata.
Os profissionais são detentores de direitos universais e dos que lhes assegura
a Constituição Federal. Para reflexão e juízo, é sempre bom destacarmos os direitos
profissionais estabelecidos no Código de Ética Profissional.
O Profissional tem direito:
o) à liberdade de escolha deespecialização;
p) à liberdade de escolha de métodos, procedimentos e formas deexpressão;
q) ao uso do títuloprofissional;
r) à exclusividade do ato de ofício a que sededicar;
s) à justa remuneração proporcional à sua capacidade e dedicação e aos 
graus de complexidade, risco, experiência e especialização requeridos por 
suatarefa;
t) ao provimento de meios e condições de trabalho dignos, eficazes eseguros;
u) à recusa ou interrupção de trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa 
quando julgar incompatível com sua titulação, capacidade ou 
dignidadepessoais;
v) à proteção do seu título, de seus contratos e de seutrabalho;
w) à proteção da propriedade intelectual sobre suacriação;
x) à competição honesta no mercado detrabalho;
y) à liberdade de associar-se a corporaçõesprofissionais;
z) à propriedade de seu acervo técnicoprofissional.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 68
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A via conciliatória só é possível no âmbito da Entidade de Classe e a sua 
Comissão de Ética deverá promovê-la sempre que for oportuno e cabível.
A conciliação poderá ser proposta por membro da Comissão de Ética Profissional da
Entidade de Classe ante a evidência de:
a)baixo poder de ofensividade da 
infração; b)dano moral reparável;
c) disposição do infrator em recuperar a boa conduta; 
d)disposição do ofendido em aceitar a reparação;
e)inexistência de reincidência ou descumprimento de termo de ajuste anteriormente
firmado por parte do infrator;
f) boa conduta ética habitual do infrator.
Fluxograma do processo disciplinar nas Comissões de Ética das Entidades de 
Classe
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24. NORMATIVA
I - Modelo de Regimento da Comissão de Ética na Entidade deClasse;
II - Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia,
da Geologia, da Geografia e daMeteorologia;
III - Regulamento para a Condução do Processo Ético Disciplinar – Anexo da
Resolução n.º 1.004, de 27 de junho de2003;
IV - Código Civil Brasileiro - Lei n.º 10.406/2002 - Capítulo II – 
DasAssociações; V - Decisão Normativa do CONFEA n° 069, 
de23/03/2001.
I - MODELO DE REGIMENTO DA COMISSÃO DE ÉTICA NA
ENTIDADE DE CLASSE
I – Das características
Artigo 1º – Comissão de Ética Profissional da (Entidade de Classe) é
instrumento de aperfeiçoamento da atuação dos (profissionais) e deverá ter como
referência e fundamento o compromisso com a ética profissional, conforme previsto no
Código de Ética Profissional adotado pela Resolução 1002/2002 do CONFEA, o
regulamento para a condução do processo ético disciplinar aprovado pela Resolução
1004/2003 do CONFEA e demais normas aplicáveis à boaconduta.
Artigo 2º – A Comissão de Ética Profissional da (Entidade de Classe) é dotada
de autonomia na execução de suas decisões, deliberações e exercício de
competências não se subordinando hierarquicamente à diretoria da (Entidade de
Classe).
Parágrafo único – A Comissão de Ética Profissional atuará como órgão auxiliar
da administração da (Entidade de Classe), sendo o agente orientador da eticidade de
suas ações.
II – Dacompetência
Artigo 3º – Compete à Comissão de Ética Profissional a promoção, o
aperfeiçoamento e o resgate da boa atuação dos profissionais, particularmente no
concernente à conduta ética do profissional ante a profissão, aos seus colegas e à
sociedade.
Parágrafo único - No desempenho de sua competência a Comissão de Ética 
atuará:
a) Preventivamente – divulgando, esclarecendo e orientando a atuação
profissional em conformidade com os preceitos éticos daprofissão;
b) Conciliatoriamente – mediando e conciliando desinteligências entre
profissionais e recuperando a sua boaconduta;
c) Corretivamente – aplicando sanções em casos de desvio de conduta ética,
na forma do estatuto da (Entidade de Classe), quando couber, e encaminhando
denúncia à Câmara Especializada do Conselho Regional deEngenharia,
Arquitetura e Agronomia, que jurisdiciona o profissional infrator.
III – Da composição
Artigo 4º – A Comissão de Ética Profissional é composta por (nº.) membros,
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[assegurada a representação paritária de todas as modalidades que compõem o
quadro associativo], com mandato de (nº.) ano(s).
[Parágrafo único: A falta ou vacância de representante de qualquer modalidade
não impedirá o funcionamento da comissão.
Artigo 5º – A Comissão de Ética Profissional será eleita com o mandado de (nº) 
ano
(s) pelos profissionais do quadro associativo em eleição própria.
Artigo 6º – Os membros eleitos da Comissão de Ética Profissional elegerão
seu Presidente.
Artigo 7º – O Presidente da Comissão de Ética Profissional, em cada processo,
designará um relator, [preferencialmente profissional de modalidade diferente das
partes envolvidas].
Artigo 8º – Qualquer membro da Comissão de Ética Profissional poderá
renunciar de suas funções ou declarar-se impedido em processo específico desde que
o faça por escrito.
Parágrafo único – No caso de renúncia de 01 (um) ou mais membros da
Comissão de Ética Profissional, será convocado substituto na forma estatutária.
Artigo 9º – O membro convocado que se ausentar, sem justificativa por 03
(três) reuniões em um ano, será automaticamente desligado da Comissão de Ética
Profissional.
Artigo 10º – No caso de denúncia contra um membro da Comissão de Ética
Profissional, o mesmo será afastado temporariamente até o julgamento do processo.
Parágrafo Único - Em se confirmando infração ao Código de Ética Profissional
o mesmo será desligado definitivamente.
Artigo 11º – O membro convocado para reunião que não puder se fazer
presente deverá justificar-se com antecedência.
Artigo 12º – O membro que mantiver qualquer relação com quaisquer das
partes envolvidas no processo, deverá declarar-se impedido de nele participar, salvo
na condição detestemunha.
IV – Do funcionamento
Artigo 13º – A Comissão de Ética Profissional se reunirá ordinariamente cada
(nº) mês (es) em local e datas previamente agendados.
Parágrafo 1º - Poderá também a Comissão de Ética Profissional realizar
reuniões extraordinárias, conforme as necessidades, desde que convocadas no
mínimo com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência.
Parágrafo 2º – As reuniões extraordinárias serão convocadas pelo Presidente
da Comissão de Ética Profissional, pelo Presidente da (Entidade de Classe) ou por
dois terços de seus membros.
Artigo 14º – O quorum mínimo para reunião da Comissão de Ética Profissional
será de 03 (três) membros.
Parágrafo único – O quorum mínimo para deliberação será de dois terços dos
membros.
Artigo 15º – Todas as reuniõesda Comissão de Ética Profissional serão
registradas em livro de atas próprio.
V – Do Processo
Artigo 16º – Todas as ocorrências que envolvam desvios de conduta ética
profissional deverão ser encaminhadas diretamente à Comissão de ÉticaProfissional.
Artigo 17º – Todas as denúncias devem ser encaminhadas por escrito,
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 72
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assinadas, com identificação do solicitante, acompanhadas de prova e podem ser
feitas por qualquer cidadão.
Artigo 18º – O Presidente da Comissão de Ética Profissional
responsabilizarse-á pela montagem dos processos e elaboração da pauta da reunião.
Artigo 19º – A Comissão de Ética Profissional deliberará pelo encaminhamento
dos processos segundo sua tipificação, grau de gravidade infracional e existência de
provas.
Artigo 20º - Havendo possibilidade conciliatória entre as partes, a Comissão de
Ética Profissional preferencialmente a promoverá mediante termo de ajuste de
conduta a ser celebrado mutuamente.
Parágrafo único - A conciliação será proposta por membro da Comissão de
Ética Profissional ante a evidênciade:
a) Baixo poder de ofensividade dainfração;
b) Dano moralreparável;
c) Disposição do infrator em recuperar a boaconduta;
d) Disposição do ofendido em aceitar areparação;
e) Inexistência de reincidência ou descumprimento de termo de ajuste
anteriormente firmado por parte do infrator;
f) Boa conduta ética habitual do infrator.
Artigo 21º – Em cada processo serão anexados os pareceres, bem como
cópias de todas as correspondências recebidas e emitidas e dos documentos que
digam respeito ao caso.
Artigo 22º – Os pareceres deverão conter fundamentalmente relatório objetivo
contendo o enquadramento em dispositivo do Código de Ética Profissional, discussão
e conclusão.
Artigo 23º – Os processos correrão reservadamente, sendo acessíveis à
Comissão de Ética Profissional e às partes envolvidas.
Artigo 24º – Qualquer membro da Comissão de Ética Profissional no exercício
de suas funções poderá pedir vistas a processo, devolvendo-o com pronunciamento
de voto fundamentado por escrito.
Artigo 25º – A tramitação processuística observará, no que couber, as
disposições da Resolução 1004/2003 do CONFEA.
VI – DAS DISPOSIÇÕESGERAIS
Artigo 26º – A Comissão de Ética Profissional utilizará toda a estrutura da
(Entidade de Classe) para seu bom funcionamento.
Artigo 27º – A Comissão de Ética Profissional juntamente com o Presidente da
(Entidade de Classe), deverá manter arquivo seguro para guardar os documentos da
Comissão de Ética Profissional.
Parágrafo Único - Todo o processo depois de encerrado, será arquivado por um
período mínimo de 05 (cinco) anos a partir da data da última tramitação do processo.
Artigo 28º – O denunciado será comunicado de todos os procedimentos
processuais e terá amplo direito a defesa.
Artigo 29º – Ante a fato novo ou a defeito processual, cabe a qualquer das partes
Questões para PensareFazerrequerer reconsideração de decisão da Comissão de 
Ética Profissional. O processo não poderá ultrapassar o prazo de 180 (cento e oitenta) 
dias na Comissão de Ética Profissional.
Qualquer ato processual não poderá ultrapassar o prazo de 30 (trinta) dias.
Parágrafo único – Na impossibilidade circunstancial de cumprimento do prazo,
o Presidente poderá, justificadamente, dilatá-lo por mais 30 (trinta) dias, com efeito
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 73
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cumulativo sobre o prazo disposto no artigo anterior.
Artigo 30º – A Comissão de Ética Profissional deverá, em conjunto com
aPresidência da (Entidade de Classe), estabelecer um programa de trabalho que
tenha como fundamento precípuo a orientação, a educação e a inserção do
profissional na cidadania e naética.
Artigo 31º – Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão de Ética 
Profissional. Parágrafo único – No que couber aplicar-se-ão aos casos omissos o 
disposto na
Resolução 1004/2003 do CONFEA, e os princípios gerais da ética e do direito.
Nota: expressões entre colchetes são aplicáveis a entidades multiprofissionais.
FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE
Breve Resumo:
 Todo individuo que pratica uma ação ou uma omissão é 
responsabilizado pela mesma, perante asociedade;
 O ato antijurídico é aquele que afronta a norma jurídica conferidora dedireitos;
 O ato antijurídico quando viola direitos absolutos e unilaterais é chamadode
ilícito;
 A conduta ilícita quando tem repercussão moral, patrimonial ou 
pessoal é chamada de ResponsabilidadeCivil;
 Quando desrespeita a norma penal impositiva de direitos sociais, enquadra-sena
Responsabilidade Criminal;
 Quando decorre da não observância das normas regulares da profissão, 
configura-se a Responsabilidade Técnica ou Ético-Profissional;
 Por fim, caso o ato ilícito decorra de violação de contrato de 
trabalho, está enquadrado na ResponsabilidadeTrabalhista;
 O sistema CONFEA/CREA’s, define claramente as responsabilidades dos 
profissionais, enquadrando-os em um ou mais dos quatros fundamentos da 
responsabilidade (Civil, Criminal, Técnica ou Ético-Profissional e 
Trabalhista),de acordo com a culpabilidade, a extensão do dano causado e a 
natureza das lesões provocadas em decorrência dos procedimentos ilícitos 
patrocinados peloagente.
 A capacidade que os profissionais possuem para responderem pelo 
desenvolvimento de obras e serviços, denomina-se 
ResponsabilidadeTécnica;
 A Lei determina que as obras e serviços da área Técnica e/ou Tecnológica 
somente poderão ser executadas por profissionais com conhecimentos 
técnicos, quepermitam a sua execução dentro de padrões de 
qualidadeespecíficos;
 Os profissionais que dominam áreas técnicas, tecnológicas específicas, 
responderão tecnicamente pelas mesmas, em função de seus conhecimentos 
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 74
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específicos com relação as atividades profissionaisexecutadas;
 Questões para PensareFazerA responsabilidade ético-profissional decorre 
de imperativo morais, do exercício correto da profissão e da convivência 
respeitosa entre os profissionais e suas empresas;
 O código de ética profissional, no âmbito do CONFEA, encontra-se definidopela
resolução nº 1002/2002;
 O código de ética profissional estabelece os direitos, os deveres e as 
condutas vedadas a todos os profissionais vinculados ao 
sistemaCONFEA/CREA’s.
 As A.R.T´s – Anotações de Responsabilidade Técnica, têm uma 
importância fundamental para os profissionais, uma vez que é o instrumento 
legal garantidorde direitos e obrigações e compõe o acervo técnico dos 
citadosprofissionais;
 A Lei nº 5.194/66 estabelece as penalidades a serem aplicadas aos 
profissionais de acordo com a natureza e a gravidade da faltacometida;
 As penalidades a serem aplicadas aos profissionais são as seguintes: 
advertência reservada, censura pública, multa, suspensão temporária 
do exercício profissional e cancelamento definitivo do 
registroprofissional;
 As penalidades de advertência reservada e censura pública são aplicáveis 
as infrações ao código de ética e, serão anotadas nos registros do 
profissional faltosoe por meio de editalrespectivamente;
 A pena de suspensão temporária do exercício profissional, aplica-se as 
infrações derivadas do Código de Ética conjugado com outro tipo de infração 
profissional ou infração éticareincidente;
 O cancelamento definitivo de registro profissional será aplicado por má 
conduta pública ou crimesinfames; As penalidade somente serão aplicadas após o processo ético ou 
disciplinar tramitar em julgado, ou seja, quando esgotarem-se todas as 
possibilidadesde defesa e derecursos.
RESPONSABILIDADE CIVIL
a) Quadro Sinótico
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A RESPONSABILIDADE CRIMINAL
a) Quadro Sinótico
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XIII -RESPONSABILIDADE TRABALHISTA
a) Quadro Sinótico
...
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 78
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25. Lista de Exercícios
1. O Fundamento de Excelência do Prêmio Nacional da Qualidade (FNQ 2012)
que traduz pela “compreensão dos fatores que afetam a organização, seu ecossistema e
o ambiente externono curto e no longo prazo.” é:
a) Aprendizado organizacional
b) Visão de futuro 
c) Pensamento sistêmico
d) Orientação por processos e informações
2. Pelas definições utilizadas na Gestão da Qualidade Total, apenas uma das alternativas
abaixo é considerada Meta.
a) Aumentar o volume de minério de transportado
b) Reduzir o índice de reboques em locomotivas em 25%
c) Aumentar em 10% o número do quadro efetivo de empregados (QLP), até 31/12/2012.
d) Aumentar em 10% o volume total de carga transportado na EFC, até 31/12/2012.
3. De acordo com Campos (2004) as principais partes interessadas de uma
organização são:
a) Qualidade, custo, entrega moral e segurança.
b) Perspectiva financeira, processos internos, clientes e inovação.
c) Clientes, acionistas, empregados e vizinhos.
d) Clientes internos, clientes externos e clientes intermediários.
4. De acordo com Campos (2004) as dimensões da qualidade são:
a) Qualidade, custo, entrega moral e segurança.
b) Perspectiva financeira, processos internos, clientes e inovação.
c) Clientes, acionistas, empregados e vizinhos.
d) Clientes internos, clientes externos e clientes intermediários.
5. De acordo com a abordagem da produtividade como taxa de valor agregado,
a produtividade pode ser melhorada por:
 a) Aumento da produção usando uma quantidade menor de recursos;
 b)Reduzindo a quantidade de recursos mantendo a mesma produção;
 c)Diminuindo a produção, mas também reduzindo cada vez mais a quantidade de
recursos;
 d) Todas as alternativas acima
6. Juran estabeleceu que a Qualidade é feita de três processos gerenciais que são:
a) Qualidade intrínseca, custo e entrega
b) Gerenciamento pelas diretrizes, gestão de processos e gerenciamento da rotina.
c) Planejamento, controle e melhoria da qualidade.
d) PDCA, SDCA e HDCA.
7. De acordo com Ishikawa existem seis fatores causas que interferem nos resultados
de um processo de manufatura, que são:
a) Produtividade, Qualidade intrínseca, Custo, Entrega, Moral, Segurança e
 Meio Ambiente
b) PDCA, SDCA, Qualidade intrínseca, Custo, Entrega, Moral, Segurança e
 Meio Ambiente
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 79
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c) Máquina, Método, Mão de obra, Matéria Prima, Meio Ambiente e Medida.
d) Máquina, Método, Mão de obra, Moral, Meio Ambiente e Medida.
 
8. A definição “é uma parte específica do trabalho, ou melhor, o menor esforço do
processo, podendo ser um único elemento e/ou um subconjunto de uma atividade.
Geralmente, está ligada a como um item desempenha uma incumbência específica”!
trata-se de:
 a) Cadeia de valor
 b) Macroprocesso
 c) Atividade
 d) Tarefa
9. Na modelagem de um processo o modelo que é utilizado para representar uma visão
resumida do menor nível do processo que contém as entradas, saídas, regulação e
suporte sem representar um fluxo temporal de atividades é:
a) FAD - Function Allocation Diagram
b) EPC - Event Driven Process Chain
c) VAC - Value Added Chain Diagram
d) Tarefa.
10. A padronização em uma organização tem como importância:
a) Estabelecer claramente responsabilidade e autoridade
b) Registrar o conhecimento tecnológico da organização
c) Estabilizar os processos
d) Todas as alternativas acima.
11. Para ser uma atividade com valor agregado, a atividade deve atender a qual(ais)
critério(s)?
a) Ser algo que o cliente reconheça como sendo importante e que esteja disposta
a pagar
 b) Ser feito corretamente da primeira vez.
c) Ao alterar o resultado do processo, o produto deve mudar.
d) Todas as alternativas acima
12. Os três componentes que compõem uma meta são:
 a)Problema, Objetivo gerencial e prazo.
 b)Objetivo gerencial, valor e prazo.
 c)Problema, valor e prazo.
 d)Valor, prazo e método.
13. O Fundamento de Excelência do Prêmio Nacional da Qualidade (FNQ 2012) que
traduz pelo“entendimento das relações de interdependência entre os diversos
componentes de uma organização, bem como entre a organização e o ambiente externo”
é:
a) Aprendizado organizacional
b) Visão de futuro 
c) Pensamento sistêmico
d) Orientação por processos e informações
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 80
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14. O que você entende por competitividade?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
15. Por quedefinir qualidade como “ausência de defeitos” revela a fragilidade
estratégicadaorganização? 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
16.Marque as questõescorretas:
( ) Todo individuo que pratica uma ação ou uma omissão, é 
responsabilizado pela mesma, perante asociedade;
( ) O ato antijurídico é aquele que não afronta a norma jurídica conferidora 
de direitos;
( )Oatoantijurídicoquandovioladireitosabsolutoseunilateraiséchamadode
lícito;
( )Acondutailícitaquandotemrepercussãomorale/oupatrimonialéchamadade
responsabilidade civil, quando desrespeita a norma penal impositiva de direitos
sociais, enquadra-se na responsabilidade criminal, quando decorre da não
observância das normas regulares da profissão, configura-se a responsabilidade
técnica ou ético-profissional e por fim, caso o ato ilícito decorra de violação de
contrato de trabalho, está enquadrado na responsabilidade trabalhista;
( ) O sistema CONFEA/CREA’s, define claramente as responsabilidades dos
profissionais, enquadrando-os em um ou mais dos quatros fundamentos da
responsabilidade (Civil, Criminal, Técnica ou Ético-Profissional e Trabalhista), de
acordo com a culpabilidade, a extensão do dano causado e a natureza das lesões
provocadas em decorrência dos procedimentos ilícitos patrocinados pelo agente.
( ) Constitui-seinfração ética todo ato cometido pelo profissional que atente contra 
os princípios éticos, descumpra os deveres do ofício, pratique condutas expressamente 
vedadas ou lese direitos reconhecidos deoutrem.
Sobre os Princípios Éticos:
17.Analise cada item e marque as alternativascorretas:
( ) A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agente
capaz de exercê-la, tendo como objetivos maiores a preservação e o
desenvolvimento harmônico do ser humano, de seu ambiente e de seus valores.
( )Aprofissãoébemculturaldahumanidadeconstruídopermanentementepelos
conhecimentos técnicos e científicos e pela criação artística, manifestando-se
pela prática tecnológica, colocada a serviço da melhoria da qualidade de vida do
homem.
( ) A profissão é alto titulo de honra por isso sua prática não exige conduta
cidadã, honesta edigna.
( ) A profissão não se realiza pelo cumprimento responsável e competente
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 81
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dos compromissosprofissionais.
Sobre a Legislação Profissional:
18.Analise cada item e marque as alternativascorretas:
( )Aprofissãoéexercidacombasenospreceitosdodesenvolvimentosustentável
e da não intervenção sobre os ambientes natural econstruído.
( )Aprática daprofissãoéfundadaem
princípioséticosaosquaisoprofissional deve pautar suaconduta.
( ) A profissão é praticada através do relacionamento honesto, justo dos
profissionais para com os gestores, ordenadores, destinatários, beneficiários e
colaboradores de seus serviços, com igualdade de tratamento entre os
profissionais e com lealdade na competição.
( ) Aprofissão é de livre exercício aos qualificados, sendo a
segurança de sua prática de interesseindividual.
No que pertine às penalidades que podem ser aplicadas,
estabelece a lei 5.194/66:
19.Marque as penalidades aplicáveis por infração da presente lei são as seguintes,
de acordo com a gravidade dafalta:
a) advertênciareservada;
b) censurapública;
c) prisão;
e) detenção;
f) multa;
g) suspensão temporária do exercícioprofissional;
h) cancelamento definitivo doregistro.
20.Marque as alternativas incorretas sobrePenalidades:
a) As penalidades para cada grupo profissional não serão impostas pelas
respectivas Câmaras Especializadas ou, na falta destas, pelos ConselhosRegionais.
b) As penas de advertência reservada e de censura pública são aplicáveis aos
profissionais que deixarem de cumprir disposições do Código de Ética, tendo em vista a
gravidade da falta e os casos de reincidência, a critério das respectivas Câmaras
Especializadas.
c) O cancelamento do registro será efetuado por má conduta pública e
escândalos praticados pelo profissional ou sua condenação definitiva por crime
consideradoinfamante.
d) Advertência Reservada é penalidade aplicável a casos de infrações de maior
gravidade, normalmente aos infratoresprimários.
21.Sobre penalidades marque as alternativascorretas:
a) Censura Pública é aplicável aos casos de maior gravidade, aos
infratores reincidentes;
b) Suspensão Temporária do Exercício Profissional é penalidade que pode
ser acarretada por falta ética conjugada com outro tipo de infração profissional
reincidente,ilícito civil ou penal, por prazos variáveis de seis meses a cincoanos;
c) Má Conduta Pública e Escândalos são atentados aos preceitos éticos epodem
acarretar o Cancelamento do Registro.”
d) A advertência reservada será anotada nos assentamentos do
profissional eterá caráterconfidencial.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 82
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e) A censura pública, anotada nos assentamentos do profissional, será
efetivada por meio de edital afixado no quadro de avisos nas inspetorias, na sede do
CREA onde estiver inscrito o profissional, divulgação em publicação do Conselho ou
em jornal de circulação na jurisdição, ou no diário oficial do estado ou outro meio,
economicamente aceitável, queamplie as possibilidades de conhecimento
dasociedade.
22. Analise as questões abaixo e marque as incorretas:
a) É infração qualquer ato que apresente: Atentado contra
princípioséticos,
b) Descumprimento de dever de ofício, Conduta expressamente
vedada, Lesão a direito reconhecido deoutrem.
c) As Entidades de Classe podem ter um sistema próprio
estatutário de julgamento.
é correto afirmar:
a. As Entidades de Classe não podemconciliar.
b. As Entidades de Classe são legítimas construtoras das tabelas
dehonorários.
c. As suas Comissões de Ética têm como missão o zelo pela
justa e honesta concorrênciaprofissional.
d. As Comissões de Ética Profissional das Entidades de Classe
tem por finalidade a promoção da ética, o aperfeiçoamento moral e o
resgate da boa atuaçãoprofissionais.
23. Relacione:
As Comissões possuem três funções primordiais no desenvolvimento
de suas atividades:
• Preventiva
• Conciliatória
• Corretiva
( ) mediando e conciliando desinteligências entre profissionais e
recuperando a sua boaconduta;
( ) divulgando, esclarecendo e orientando a atuação profissional em
conformidade com os preceitos éticos daprofissão;
( ) aplicando sanções em casos de desvio de conduta ética, na forma do
estatuto da (Entidade de Classe), quando couber, e encaminhando denúncia
à Câmara Especializada do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia, que jurisdiciona o profissionalinfrator.
24. Sobre os Direitos dos Profissionais Técnicos não é corretoafirmar:
a) à liberdade de escolha deespecialização;
b) à liberdade de escolha de métodos, procedimentos e formas deexpressão;
c) ao uso do títuloprofissional;
d) à falta de exclusividade do ato de ofício a que sededicar;
e) à injusta remuneração proporcional à sua capacidade e dedicação e aos graus 
de complexidade, risco, experiência e especialização requeridos por suatarefa;
f) ao provimento de meios e condições de trabalho dignos, eficazes eseguros;
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 83
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25.Defina:
Ética – Antiética – Moral – Direito - Imoral – Ilegal – A.R.T. – Direito - Habilidade – 
Habilitação –
CREA - CONFEA
26.Formule um Contrato de Prestação de Serviços, contendo no mínimo quatro 
cláusulas:
28.Sobre Fluxograma resolva:
a) Elaborar um fluxograma para o processo de ligar uma televisão.
b) Construir um fluxograma sobre o procedimento de tirar uma fotografia:
c) Imagine que pretende contactar telefonicamente o Director Geral de uma grande 
empresa. Elabore um fluxograma que ilustre toda a série de passos por que terá 
que passar o seu telefonema.
d) Elabore um fluxograma que ilustre o processo ou serviço a que está ligado na sua 
empresa.
e) Elabore um fluxograma que ilustre o processo que, na sua empresa, segue uma 
reclamação feita por um cliente.
f) Construa um diagrama de fluxo de uma receita de culinária a seu gosto.
29.Sobre Diagrama de Causa – Efeito Resolva:
a) Construa o diagrama de causa – efeito que possa explicar a derrota de uma equipa 
num jogo de futebol.
b) Construa o diagrama de causa – efeito que possa explicar o atraso para um 
encontro.
c) Construa o diagrama de causa – efeito que possa explicar a variação de dimensão 
das peças que saem de uma mesma linha de produção.
d) Construa o diagrama de causa – efeito que possa explicar a contaminação 
verificada num alimento à sua escolha.
e) Construa o diagrama de causa – efeito que possa explicar a insatisfação de um dos 
clientes da sua empresa.
f) Traçar um diagrama de causa - efeito para o excesso de consumo de um automóvel
g)Traçar um diagrama de causa – efeito para explicar a má qualidade de um bolo de 
creme consumido em Julho numa pastelaria situada noAlgarve.
30.Sobre Diagrama de Pareto Resolva.
a) Através de uma sondagem efectuada, concluiu-se que as principais razões
apontadas para a devolução de peças de vestuário compradas por catálogo foram as
indicadas abaixo. Elabore o respectivo diagrama de Pareto.
Existência de manchas 1
Tipo de corte 2
Qualidade do tecido 60
Tamanho 5
Existência de furos 1
Cor 20
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 84
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Mudança de endereço 3
Falecimento 2
Não levantado 3
Ter-se estragado no transporte 2
b)Contabilizadas a frequência de ocorrência de defeitos numa linha de produção bem 
como os custos de tratamento associados, concluiu-se que
Tipo de defeitos Frequência Custo unitário
Riscos 30 15
Picadas 20 15
Deformação 10 60
Descoloração 10 30
Dimensão errada 15 60
Construa o Pareto de defeitos e de custos.
c)A administração encontra-se preocupada com o número de defeitos que estão a
surgir nas peças. De forma a identificar as suas causas decidiu, ao longo de uma
semana de trabalho estudar o número e tipo de defeitos por operador e por máquina.
Os resultados encontram-se na tabela abaixo. Que conclusões pode tirar?
Operador Máquina Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
A
1
º º º º
$ $
x x
# #
+
º º º º º
$
x x x
#
º º º ºº
$ $ $ $ $
x x xx
# #
+
º º º º
$
x x x x
# #
º º º º º
$
x x x x
# # #
2
º º
$
x
º º º
$ $
x x
+
º º º
$ $ $ $ $
x x
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º º
$
x
#
º º
$ $
x
#
3
º º
$ $
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Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 85
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
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ºdeformação; $peso; x dureza; #picada; +humidade
d)Num processo de fabrico de peças de plástico aparecem os defeitos abaixo indicados 
com as respectivas ocorrências e custos associados. Construir o respectivo diagrama de 
Pareto.
Tipo de defeitos Nº de peças defeituosas Custo unitário de reparação/sucata
Fissuras 10 50
Bolhas 2 50
Rebarbas 56 5
Falta de material 3 50
Descoloração 3 50
Borbotos 24 30
Picadelas 2 50
e)Tendo em vista a diminuição dos custos de qualidade (não qualidade) uma empresa
que produz bolachas fez um levantamento do tipo de defeitos encontrados em
embalagens de bolacha Maria. Na tabela seguinte encontram-se sumariados os
resultados obtidos.
Código do Defeito Descrição do Defeito Frequência
1 Bolachas partidas 30
2 Embalagem mal colada (lado) 20
3 Embalagem mal colada (topos) 60
4 Numero de bolachas superior a 35 90
5 Numero de bolachas inferior a 32 30
6 Data de validade em falta/ilegível 40
7 Pequenos furos na embalagem 50
8 Embalagem rasgada 20
9 Outros defeitos 15
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 86
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
a) Analise os dados obtidos utilizando a análise dePareto.
b) O que pode concluir da análiseefectuada?
f)Foi feita uma análise mais fina do problema e, com a ajuda do departamento de
contabilidade da empresa, foi possível chegar a uma estimativa sobre os custos
individuais de cada um dos defeitos. Para tal, foram considerados custos de trabalho
extra, desperdícios, matéria-prima, etc. Os custos obtidos encontram-se na tabela
seguinte.
Código do Defeito Descrição do Defeito Custo individual (€)
1 Bolachas partidas 0.01
2 Embalagem mal colada (lado) 0.05
3 Embalagem mal colada (topos) 0.10
4 Numero de bolachas superior a 35 0.09
5 Numero de bolachas inferior a 32 0.5
6 Data de validade em falta/ilegível 0.04
7 Pequenos furos na embalagem 0.90
8 Embalagem rasgada 0.90
9 Outros defeitos 0.15
a) Efectue uma análise de Pareto baseada noscustos
b) O que pode concluir? Os resultados são diferentes dos obtidosanteriormente
31.Sobre Diagrama de dispersão Resolva
a) Verificar se existe algum tipo de relação entre as alturas e os pesos de um grupo de 
pessoas
Altura (m) 1,57 2,00 1,67 1,90 1,50 1,75 1,77 1,63 1,78 1,94 1,82 1,59
Peso (kg) 60 95 66 85 45 78 75 64 75 92 80 60
b) Analisaram-se alguns concelhos do continente com o objectivo de saber se 
existiria ligação entre a taxa de analfabetismo e o salário médio mensal nos 
concelhos. Os valores analisados (dados de 82) foram os seguintes:
Tx (%) 28.2 14.5 12.7 6.9 9.4 23.8 27.1 25.3 29.0 20.3 32.5 22.4
Sal./mês 15.5 14.9 15.9 18.5 21.6 16.7 13.6 12.6 16.2 14.8 14.3 18.3
Que conclusões tirar dos dados apresentados?
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 87
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c) Um fabricante de garrafas de plástico que as fabrica pelo processo de moldagem
a sopro, está a deparar-se com problemas por muitas delas apresentarem as
paredes demasiado finas. Suspeitou-se então que a variação da pressão de ar de
dia para dia pudesse estar por trás desse problema. A tabela seguinte relaciona
os dados sobre a pressão do ar e a percentagem de garrafas consideradas
defeituosas. Que pode concluir?
Data
Pressão de ar
(kgf/cm2)
% Garrafas
defeituosas
Data
Pressão de ar
(kgf/cm2)
% Garrafas
defeituosas
1/10
2/10
3/10
4/10
5/10
8/10
9/10
10/10
11/10
12/10
15/10
16/10
17/10
18/10
19/10
8,6
8,9
8,8
8,8
8,4
8,7
9,2
8,6
9,2
8,7
8,4
8,2
9,2
8,7
9,4
0,889
0,884
0,874
0,891
0,874
0,886
0,911
0,912
0,895
0,896
0,894
0,864
0,922
0,909
0,905
22/10
23/10
24/10
25/10
26/10
29/10
30/10
31/10
1/11
2/11
5/11
6/11
7/11
8/11
9/11
8,7
8,5
9,2
8,5
8,3
8,7
9,3
8,9
8,9
8,3
8,7
8,9
8,7
9,1
8,7
0,892
0,877
0,885
0,866
0,896
0,896
0,928
0,886
0,908
0,881
0,882
0,904
0,912
0,925
0,872
d) Durante o fabrico de iogurtes foi detectado um elevado número de embalagens em
que a tampa estava mal colada. Foi criado um grupo de trabalho para analisar e
tentar resolver o problema. O grupo realizou um “brainstorming” tendo resumido as
causas do problema utilizando um diagrama de Ishikawa. Após discussão
chegaram à conclusão que uma das causas mais prováveis para o problema seria
o deficiente controlo dos tempos de colagem. Na máquina que cola as tampas são
colocadas 25 embalagens de iogurte de cada vez e a colagem da tampa de
alumínio é efectuada por prensagem a quente. Para testar esta hipótese,
mediram-se os tempos de prensagem e contaram-se o número de embalagens
com defeitos. Os tempos foram medidos em décimas de segundo e são
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 88
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apresentados na tabela seguinte.
# Tempo Defeitos # Tempo Defeitos # Tempo Defeitos # Tempo Defeitos
1 31,7 0 26 38,8 2 51 40,5 3 76 40,1 3
2 29,8 0 27 33,1 0 52 41,7 3 77 43,1 4
3 31,9 0 28 31,6 0 53 38,0 2 78 44,3 5
4 33,9 0 29 34,6 0 54 42,2 4 79 39,8 2
5 34,5 0 30 33,9 0 55 40,2 2 80 39,1 2
6 25,2 0 31 35,2 0 56 38,4 2 81 39,0 2
7 37,8 1 32 42,3 3 57 44,2 4 82 34,9 0
8 39,2 2 33 43,4 4 58 37,3 1 83 33,9 0
9 41,3 3 34 37,4 1 59 41,0 3 84 28,2 0
10 39,5 2 35 38,9 2 60 38,6 2 85 32,5 0
11 29,6 0 36 39,3 2 61 34,6 0 86 28,9 1
12 32,6 0 37 37,1 1 62 28,3 1 87 34,4 0
13 29,5 0 38 42,5 4 63 32,6 0 88 33,9 0
14 25,4 1 39 35,9 0 64 25,3 2 89 33,0 0
15 25,0 1 40 38,2 2 65 29,2 0 90 28,4 1
16 24,0 2 41 38,6 2 66 32,1 0 91 32,60
17 25,5 1 42 39,1 2 67 30,7 0 92 30,7 0
18 34,9 0 43 32,2 0 68 40,3 3 93 31,8 0
19 30,2 0 44 33,2 0 69 35,6 0 94 34,0 0
20 31,6 0 45 27,0 1 70 40,0 2 95 35,8 0
21 46,3 5 46 33,6 0 71 39,7 2 96 42,4 3
22 34,7 0 47 26,6 2 72 34,0 0 97 30,2 0
23 41,4 3 48 42,8 4 73 38,8 1 98 34,6 0
24 44,6 4 49 38,4 2 74 35,7 0 99 27,9 1
25 35,4 0 50 37,9 1 75 38,4 2 100 30,8 0
a) Represente os resultados utilizando um gráfico dedispersão.
b) O que podeconcluir?
e) Foi realizado um estudo para determinar o aumento de defeitos, em portas inox de
equipamentos para cozinha, produzidas numa empresa metalomecânica. Durante
o estudo apareceram os defeitos abaixo indicados com as respectivas ocorrências
e custos associados. Construir os respectivos diagramas de Pareto
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 89
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Tipo de defeitos Nº. de peças defeituosas Custo unitário reparação/sucata
Soldadura mal executada 55 50
Furação deficiente 9 50
Defeitos de dobragem 274 5
Acondicionamento 15 50
Má qualidade da chapa 16 50
Cortes 126 30
Outros 12 50
32.Sobre o Histograma Resolva.
a) Construa a tabela de frequências e o histograma para as idades dos alunos de uma 
turma de 12º. ano.
17 20 19 17 17 19
18 16 25 18 23 17
17 17 18 18 17 18
22 22 16 20 20
Interprete o histograma que obteve. Determine também a média, a amplitude e o 
desvio padrão deste conjunto devalores.
b)Construir um histograma que represente o número de clientes de um dado restaurante 
ao longo de 15 dias, apoiando-se nos seguintes dados:
12 13 10
10 15 11
12 11 14
9 12 13
12 13 12
c)Jogam-se 5 moedas simultaneamente 500 vezes encontrando-se registado na tabela 
seguinte o número de coroas obtidas em cada jogada.
Nº. Coroas Frequência
0 20
1 76
2 121
3 144
4 82
5 57
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 90
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Construa a tabela de frequências e interprete os histogramas respectivos. Determine a
média, mediana, moda, amplitude e desvio padrão deste conjunto devalores.
d)Na tabela seguinte encontram-se os pesos de 100 pacotes de bolachas saídos de uma 
linha de embalagem.
302,25 301,19 298,07 299,75 299,76 300,24 302,17 303,91 298,76 299,07
298,35 301,11 297,59 299,83 303,49 298,65 98,61 299,08 298,98 305,13
300,36 299,68 299,57 300,14 301,05 300,86 301,99 299,18 299,07 297,84
302,52 298,49 297,87 299,12 301,35 301,81 299,26 300,48 299,48 300,20
299,23 303,66 298,23 302,04 299,70 303,07 298,35 300,86 298,94 301,59
297,83 299,95 299,20 299,70 298,29 299,55 299,13 297,72 297,47 298,16
301,85 298,72 303,76 298,86 300,96 300,52 298,00 299,38 304,22 300,02
300,73 298,56 299,19 299,75 300,84 298,34 302,39 299,83 302,85 301,33
299,62 299,70 300,12 299,60 301,63 298,11 298,85 297,99 302,45 299,16
302,45 298,34 298,73 302,10 302,00 300,83 298,36 299,07 302,83 300,80
 Sabendo que o valor de peso especificado para cada pacote é de 300 ± 2 gramas, que 
conclusões pode tirar através da análise do respectivo histograma?
e)Construir o histograma das frequências absolutas e frequências absolutas 
acumuladas que represente a variação do diâmetro de uma peça
2,525 2,543 2,532 2,510 2,517 2,522 2,519 2,510 2,511 2,522
2,527 2,529 2,518 2,527 2,528 2,521 2,519 2,531 2,511 2,519
2,527 2,536 2,506 2,541 2,512 2,515 2,521 2,536 2,529 2,524
2,534 2,518 2,538 2,543 2,528 2,519 2,523 2,523 2,529 2,523
2,520 2,522 2,524 2,545 2,531 2,519 2,519 2,529 2,522 2,513
2,515 2,519 2,527 2,542 2,528 2,540 2,522 2,526 2,520 2,525
2,533 2,542 2,530 2,522 2,540 2,535 2,526 2,532 2,502 2,522
2,520 2,514 2,512 2,534 2,526 2,530 2,532 2,526 2,523 2,520
2,510 2,524 2,521 2,535 2,528 2,523 2,525 2,522 2,530 2,514
f)As alturas, em centímetros, dos alunos de uma turma do 10º ano são as seguintes:
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 91
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
150 169 174 155 165 170 172
152 158 163 158 166 158 166
170 171 162 171 161 154 168
161 164 166 164 162 156 167
a) Construa uma tabela de frequências, agrupando os dados emclasses.
b) Represente graficamente os dados, utilizando o tipo de gráfico que achar 
maisconveniente
g)Numa padaria, dois padeiros (A e B) cozem o pão usando duas máquinas (1 e 2). Os
pesos dos pães franceses produzidos foram registados durante 20 dias. Cada dia,
quatro pães foram tirados ao acaso de cada máquina e o seu peso anotado na tabela
abaixo. Dado que o peso especificado pode variar entre 200 e 225 gramas, o que pode
concluir sobre oprocesso?
Dia Padeiro Máquina 1 Máquina 2
1 A 209,2 209,5 210,2 212,0 214,3 221,8 214,6 214,4
2 A
208,5 208,7 206,2 207,8 215,3 216,7 212,3 212,0
3 A
204,2 210,2 210,5 205,9 215,7 213,8 215,2 202,7
4 B
204,0 203,3 198,2 199,9 212,5 210,2 211,3 210,4
5 B
209,6 203,7 213,2 209,6 208,4 214,9 212,8 214,8
6 A
208,1 207,9 211,0 206,2 212,3 216,2 208,4 210,8
7 A
205,2 204,8 198,7 205,8 208,1 211,9 212,9 209,0
8 B
199,0 197,7 202,0 213,1 207,5 209,9 210,6 212,3
9 B
197,2 210,6 199,5 215,3 206,9 207,1 213,6 212,2
10 B
199,1 207,2 200,8 201,2 209,6 209,5 206,8 214,2
11 A
204,6 207,0 200,8 204,6 212,2 209,8 207,6 212,6
12 B
214,7 207,5 205,8 200,9 211,4 211,2 214,4 212,6
13 B
204,1 196,6 204,6 199,4 209,6 209,2 206,1 207,1
14 A
200,2 205,5 208,0 202,7 203,5 206,9 210,6 212,3
15 A
201,1 209,2 205,5 200,0 209,1 206,3 209,8 211,4
16 A
201,3 203,1 196,3 205,5 208,0 207,9 205,3 203,6
17 B
202,3 204,4 202,1 206,6 210,0 209,4 209,1 207,0
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 92
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
18 B
194,1 211,0 208,4 202,6 215,6 211,8 205,4 209,0
19 B
204,8 201,3 208,4 212,3 214,5 207,5 212,9 204,3
20 A
200,6 202,3 204,3 201,4 209,1 205,8 212,0 204,2
h)Um fabricante de margarinas deseja estudar a capacidade da operação de 
empacotamento automático de embalagens de 250 gramas. Para o efeito, foram 
seleccionadas 100 embalagens, tendo sido os dados obtidos os seguintes:
249.83 249.96 249.91 250.32 250.00 249.83 250.29 250.00 250.19 250.11
249.95 249.87 249.83 249.82 249.89 249.83 250.30 249.86 249.91 249.84
250.19 249.80 249.92 249.96 250.01 249.97 249.95 250.00 250.51 250.05
249.85 249.92 249.95 250.21 249.91 249.93 250.04 250.07 249.80 249.98
250.07 249.81 250.23 250.20 249.80 250.18 249.97 249.88 249.83 249.96
249.95 249.88 249.96 249.87 250.16 249.93 250.16 249.84 249.87 250.08
249.92 249.95 249.84 249.81 250.00 250.14 249.82 250.00 249.96 250.10
249.97 249.90 250.14 249.96 250.01 249.84 249.98 249.82 249.81 249.83
250.01 250.16 249.92 249.81 249.94 250.30 249.83 249.94 250.03 249.99
250.13 249.94 250.20 250.00 249.94 250.02 249.87 250.27 250.42 249.94
i)Considere os seguintes resultados de um exame de Matemática realizado a 213 alunos:
Nota 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Freq. Abs. 1 1 5 7 12 13 16 15 17 32
Nota 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Freq. Abs. 17 21 12 16 8 4 7 5 4 0
a) Represente graficamente os dados na forma de um histograma considerando 
seguintes classes: [1,3[, [3,5[, [5,7[, [7,9[, 
[9,11[, 
b) [11,13[, [13,15[, [15,17[, [17,19[, [19,21[.
c) Qual o aspecto apresentado pelohistograma?
d) Verifique quantas notas pertencem ao intervalo. Corresponde a que percentagem? 
Comente o valor obtido.
Resuma e represente de forma compreensível a informação contida no conjunto de dado
j)Um grupo de professores fez um trabalho de estatística sobre o número de horas que
os alunos de sua escola passavam por semana em frente à televisão. Face a esta
pergunta obtiveram diferentes respostas. Ficaramna dúvida de como haveriam de
tratar os seguintesvalores:
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 93
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
0 1 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4
4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
4 4 4 4 4 4 4 6 6 6 6 6
6 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7
7 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
9 11 12 12 12 12 12 12 12 14 14 14
14 15 15 15 15 15 15 15 15 16 16 16
17 17 18 19 20 20 20 20 20 20 20 20
20 20 20 22 22 22 22 22 23 23 24 24
24 24 24 25 25 26 26 26 27 27 27 27
27 27 27 27 27 27 27 27 27 35 35 37
Como procederia?
a) Agruparia em classes? Se sim, emquantas?
b) Construa uma tabela de frequências relativa eabsoluta.
c) Qual foi a classe que incluiu as respostas maisfrequentes?
d) Este foi um histograma construído por um dos professores. Acha que está 
correcto?
33.Sobre Cartas de Controle Resolva
a) Seleccione o tipo de carta de controlo apropriada para controlar as seguintes 
características:
a. Peso de biscoitosempacotados
b. Número de defeituosos em 1000produtos
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 94
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c. Número de defeitos de soldagem num aparelho derádio
d. Rendimento de um produto químico numabatelada
e. Percentagem de peças defeituosas em lotes de tamanhovariável
f. Número de arranhões por m2de chapa de aço
b) Construa a carta de controlo por atributos mais adequada a cada uma das situações 
apresentadas.
b.1– Amostra de tamanhovariável
Amostra
Número deitens
inspeccionados
Númerode
defeituosos Amostra
Número deitens
inspeccionados
Númerode
defeituosos
1 180 8 11 200 10
2 200 12 12 210 9
3 220 10 13 230 11
4 240 12 14 170 15
5 180 10 15 190 9
6 190 8 16 200 11
7 200 17 17 180 9
8 170 7 18 190 11
9 190 10 19 180 8
10 180 9 20 230 12
b.2– Amostra de tamanho fixo, n=300
Amostra
Númerode
defeituosos Amostra
Númerode
defeituosos Amostra
Númerode
defeituosos
1 10 11 10 21 9
2 14 12 6 22 7
3 12 13 12 23 12
4 6 14 7 24 6
5 11 15 20 25 8
6 14 16 8 26 6
7 8 17 10 27 9
8 9 18 7 28 10
9 7 19 12 29 7
10 15 20 13 30 12
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 95
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
b.3- Número de defeitos num único artigo
Artigo
Número de
defeitos Artigo
Número de
defeitos Artigo
Número de
defeitos
1 4 11 5 21 7
2 5 12 6 22 4
3 3 13 3 23 6
4 8 14 2 24 4
5 6 15 5 25 5
6 7 16 4 26 9
7 5 17 14 27 6
8 7 18 8 28 3
9 9 19 3 29 8
10 4 20 15 30 7
b.4– Número de defeitos para amostras de diferentedimensão
Amostra Comprimento Defeitos Amostra Comprimento Defeitos
1 10 48 11 9 41
2 12 70 12 8 36
3 9 53 13 12 60
4 10 49 14 9 44
5 11 57 15 11 51
6 8 42 16 8 31
7 9 38 17 11 48
8 8 36 18 8 38
9 10 63 19 12 43
10 11 54 20 11 51
c)Construa as duas cartas necessárias para verificar se a viscosidade de um fluído se 
encontra ou não em controlo estatístico.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 96
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Nº. de batch Viscosidade Nº. de batch Viscosidade
1 33,75 9 33,49
2 33,05 10 33,20
3 34,00 11 33,62
4 33,81 12 33,00
5 33,46 13 33,54
6 34,02 14 33,12
7 33,68 15 33,84
8 33,27
d)Verifique se o processo retratado pela seguinte de uma carta de controlo (X – R) se 
encontra sob controlo estatístico
Dados:
Hora
Dimensão da 
amostra
Média Amplitude
8,00 5 36,0 6,6
9,00 5 35,4 4,2
10,00 5 39,0 5,0
11,00 5 35,6 3,5
12,00 5 38,8 5,5
13,00 5 41,6 4,2
14,00 5 38,5 3,5
15,00 5 37,5 6,2
16,00 5 36,5 4,0
17,00 5 35,4 3,0
18,00 5 36,2 2,5
19,00 5 38,0 5,8
20,00 5 36,4 5,6
21,00 5 35,7 5,5
22,00 5 31,4 5,3
23,00 5 29,2 4,2
24,00 5 28,3 3,5
X = 35,6 R = 4,59
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 97
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e)Na tabela abaixo apresenta-se o primeiro dos conjuntos de leituras feitas para verificar 
se o peso de pacotes de manteiga se encontra ou não em controlo estatístico. Que 
conclusões pode tirar?
Amostra nº. Data Leituras
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
2/2
3/2
4/2
5/2
6/2
9/2
10/2
11/2
12/2
13/2
16/2
17/2
18/2
19/2
20/2
23/2
24/2
25/2
26/2
27/2
1/3
2/3
4/3
5/3
6/3
52,5
53,0
52,8
52,9
52,8
52,6
53,5
53,1
53,4
53,2
53,4
52,8
53,2
53,5
54,3
53,2
53,8
53,1
53,7
53,3
53,3
53,1
53,6
53,4
53,3
52,9
52,8
52,9
52,9
52,9
53,4
53,6
53,3
53,1
53,4
53,0
52,9
53,3
52,9
53,6
53,3
54,0
53,6
53,8
53,1
53,7
53,1
53,4
53,7
53,2
52,9
53,5
52,7
52,9
52,7
53,1
52,8
53,5
53,1
53,1
53,9
53,2
52,9
54,0
53,6
54,0
53,8
53,7
53,0
53,6
53,3
53,2
53,2
53,0
53,5
53,5
52,4
52,8
52,9
53,1
53,3
52,7
53,0
53,1
52,9
53,1
53,2
53,1
53,9
53,8
53,7
53,8
53,8
53,5
53,0
53,8
53,1
53,0
53,2
53,
f)Construa uma carta para a percentagem de não conformidades para verificar se o 
processo se encontra ou não em controlo estatístico.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 98
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Nº da amostra Tamanho da amostra Nº defeitos na amostra
1 100 12
2 80 8
3 80 6
4 100 9
5 110 10
6 110 12
7 100 11
8 100 16
9 90 10
10 90 6
11 110 20
12 120 15
13 120 9
14 120 8
15 110 6
16 80 8
17 80 10
18 80 7
19 90 5
20 100 8
21 100 5
22 100 8
23 100 10
24 90 6
25 90 9
g)Verifique se o seguinte processo se encontra ou não em controlo estatístico
Amostra Nº. de defeitos por m2 de madeira
1 7
2 5
3 3
4 4
5 3
6 8
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 99
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
7 2
8 3
9 4
10 3
11 6
12 3
13 2
14 7
15 2
16 4
17 7
18 4
19 2
20 3
h)Verifique se o seguinte processo se encontra ou não em controlo estatístico.
Nº da amostra Tamanho da amostra Nº defeitos na amostra
13/8 1524 70
14/8 1275 53
15/8 1821 132
16/8 1496 91
17/8 1213 32
18/8 1371 55
19/8 1248 69
20/8 1123 67
21/8 1517 159
22/8 1488 94
23/8 2052 105
24/8 1696 37
25/8 1427 58
26/8 1277 75
27/8 1613 73
28/8 1987 145
29/8 1360 41
30/8 1439 50
31/8 1723 118
1/9 2035 169
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 100
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
2/9 1314 88
3/9 215 24
4/9 1384 77
5/9 1995 185
6/9 467 36
i)Traçar as cartas de controlo de médias e amplitudes para o conjunto de 25 amostras
representadas abaixo. Determinar para cada uma das cartas os limites de controlo e
verificar se o processo está ou não sob controlo estatístico.
Amostra nº. Valores observados
1 28,0 25,2 26,4 26,2 24,2
2 26,4 26,6 25,4 26,8 24,2
3 27,0 25,6 26,0 25,6 24,8
4 27,8 24,8 26,6 26,2 26,4
5 26,0 26,0 24,2 24,4 26,6
6 27,4 24,0 25,0 24,8 24,8
7 27,8 24,2 25,4 26,8 26,0
8 26,8 27,2 26,0 24,8 27,0
9 28,8 24,8 24,4 24,8 25,0
10 26,6 24,8 25,2 25,8 25,6
11 26,6 25,6 26,0 26,0 26,2
12 27,2 25,0 26,6 27,0 25,6
13 28,0 26,4 24,8 26,0 26,0
14 26,2 25,8 27,0 24,6 25,6
15 29,2 27,4 26,8 24,4 25,0
16 27,8 26,0 26,0 26,4 25,2
17 26,6 25,4 25,2 25,6 25,4
18 27,8 24,8 25,4 24,8 25,6
19 26,4 24,6 25,2 26,2 25,4
20 26,4 25,6 25,6 24,6 25,2
21 26,6 25,6 26,0 24,6 24,4
22 28,0 26,4 24,8 26,0 26,0
23 26,2 25,827,0 24,6 25,6
24 29,2 27,4 26,8 24,4 25,0
25 27,8 26,0 26,0 26,4 25,2
j)Determinar os limites de controlo para o conjunto de dados representados abaixo e, por 
simples inspecção, avaliar se o processo se encontra ou não em controlo estatístico.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 101
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Nº amostra
Nº de montagens 
inspeccionadas
Nº total de defeitos 
encontrados
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
2
4
2
1
3
4
2
4
3
1
10
30
18
10
20
24
15
26
21
8
Total: 26 182
k)Considere os seguintes dados referentes ao controlo do processo de enchimento de
saquetas individuais de amendoins (snack). Os dados foram obtidos retirando um saco
de 15 em 15 minutos e contando o número de amendoins em cada saco.
Hora # Hora # Hora # Hora #
07:00 29 09:30 26 12:00 31 14:45 34
07:15 34 09:45 35 12:15 22 15:00 29
07:30 33 10:00 26 12:30 28 15:15 25
07:45 27 10:15 29 12:45 28 15:30 24
08:00 28 10:30 29 13:00 30 15:45 29
08:15 27 10:45 29 13:15 34 16:00 30
08:30 29 11:00 28 13:45 36 16:15 31
08:45 37 11:15 28 14:00 34 16:30 25
09:00 32 11:30 36 14:15 36 16:45 32
09:15 28 11:45 31 14:30 29 17:00 32
a) Construa um Gráfico de Linhas para estesdados
b) Calcule a média e o desvio padrão para osdados;
c) Admitindo que o processo está sob controlo e que a o número de amendoins
por saco segueuma aproximação Normal calcule os Limites deControlo.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 102
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d) Insira os limites nográfico
l)No controlo de tempos de execução de um serviço específico associado ao processo
de empacotamento automático de embalagens de margarina, foram formadas
subamostras, por selecção de 5 embalagens consecutivas, em cada meia hora,
durante um período de 2,5 horas. Os dados obtidos (em segundos) foram os seguintes:
1 2 3 4 5
24.983 24.996 24.991 25.032 25.000
24.995 24.987 24.983 24.982 24.989
25.019 24.980 24.992 24.996 25.001
24.985 24.992 24.995 25.021 24.991
25.007 24.981 25.023 25.020 24.980
Admitindo a normalidade da população subjacente aos dados, efectue cartas de controlo 
para o processo de empacotamento.
34.Sobre Auditorias de Qualidade
Durante uma auditoria a um fornecedor o auditor é confrontado com as seguintes 
situações:
1. Verificou-se a existência de alterações / modificações manuscritas em Instruções 
deInspecção
2. Foram introduzidas alterações em documentos do SGQ não tendo sido
registada a natureza da alteraçãointroduzida
3. Parte dos relatórios de Inspecção não se encontram assinados peloinspector
4. Verificou-se a existência de documentos do SGQ, nos postos de trabalho, com
um número de edição anterior àautorizada
5. Durante a visita ao laboratório verificou-se a existência de Instruções de
Inspecção e registos apenas em suporte informático. Qual a exigência que
iriacolocar?
6. Verificou-se a existência de Instruções de Trabalho e Inspecção emitidos antes
da data da implementação do SGQ. Estes documentos não estão identificados
com a data de emissão.O fornecedor alega que se trata da edição“0”
7. No laboratório secundário verificou-se que as respectivas Instruções de
Trabalho e Inspecção não estão disponíveis neste local de trabalho. O
fornecedor alega que estes documentos se encontram no laboratóriocentral.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 103
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a) A que requisito da norma ISO 9001:2000 se podem atribuir estas constatações 
deauditoria?
b) Qual a classificação que atribui a cada uma? Utilize a 
seguinteescala: 1 – Cumpre orequisito
2 – Cumpre em parte 
o requisito 3 – Não 
cumpre orequisito
c) Indique comentários ou acções correctivas ou preventivas que acheimportant
35.Sobre Auditorias de Qualidade
Reformule as questões abaixo em questões do tipo“aberto”
1. A sua empresa segue uma política daqualidade?
2. Os seus contratos sãoverificados?
3. A sua empresa elaborou critérios para avaliação e controlo defornecedores?
4. Os recursos de controlo sãoidentificados?
5. Existe algum procedimento de como proceder com os produtos entregues 
pelocliente?
6. Os resultados de controlo sãoregistados?
7. Aplicam-se métodos de controloestatísticos?
8. Existe algum procedimento parta o controlo de nãoconformidades?
9. Existe algum plano deformação?
10. A sua empresa controla e avalia osfornecedores?
11. a sua empresa estipulou alguns requisitos especiais à constituição de produtos 
ouserviços?
12. Existe algum procedimento para o controlo de documentos doSGQ?
13. A necessidade de acções de formação é averiguadasistematicamente?
14. As alterações de instruções ou procedimento são entregues aos 
respectivosdepartamentos?
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 104
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15. A sua empresa dá assistência aclientes?
16. A sua empresa controla as acções correctivasestipuladas?
17. Existe algum procedimento para o controlo de documentos dereferência?
18. O controlo éregistado?
19. O estatuto de controlo está identificável pela documentação adjunta ou pelo produto 
ouserviço?
20. O produto ou serviço pode ser rastreado até àrealização?
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 105
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
26.Referências Bibliográfica
CEPEP. Metrologia. Fortaleza, [S.d.].
FRM; FIESP. Metrologia. Rio de Janeiro: Globo, 1995. SENAI-ES; CST. Metrologia. 
Vitória. Bibliografia
Godoy A. L.; Tutorial: Ferramentas da Qualidade
LONGO, R.M.J. A qualidade total começa e termina com educação: — Brasília:
IPEA, 1995 (RI IPEA/DPS, n.6/95)
Longo,Rose Mary Juliano; Gestão da Qualidade: Evolução Histórica, Conceitos
Básicos e Aplicação na Educação Rio de Janeiro 1996
NBR ISSO 9001:2008
http://www.dq.fct.unl.pt/QOF/chem7.htmlhttp://www.ogerente.com.br/qual/dt/
qualidade-dtdiagrama_causa_efeito.htmhttp://br.answers.yahoo.com/questio
n/index?qid=20070511053740ªAwoWCR 
http://www.dq.fct.unl.pt/QOF/chem7.html.
VALLS, A. O que é Ética. 10ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2011.
BRANCO, L. Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo: Saraiva, 2013
Parte desse Material foi gentilmente
cedido pela Associação Brasileira
de Manutenção – ABRAMAN-CE.
Mecânica – Gestão da Qualidade e Ética Profissional 106
Hino do Estado do Ceará
Poesia de Thomaz Lopes
Música de Alberto Nepomuceno
Terra do sol, do amor, terra da luz!
Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Em clarão que seduz!
Nome que brilha esplêndido luzeiro
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Chuvas de prata rolem das estrelas...
E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Rubros o sangue ardente dos escravos.
Seja teu verbo a voz do coração,
Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Peito que deu alívio a quem sofria
E foi o sol iluminando o dia!
Tua jangada afoita enfune o pano!
Vento feliz conduza a vela ousada!
Que importa que no seu barco seja um nada
Na vastidão do oceano,
Se à proa vão heróis e marinheiros
E vão no peito corações guerreiros?
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Há de florar em meses,nos estios
E bosques, pelas águas!
Selvas e rios, serras e florestas
Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Sobre as revoltas águas dos teus mares!
E desfraldado diga aos céus e aos mares
A vitória imortal!
Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!
	Sumário
	GESTÃO DA QUALIDADE
	1.Evolução da Qualidade
	2.A Evolução da Qualidade noOcidente
	a) A Era da Inspeção - Qualidade com Foco noProduto
	b) Era do Controle Estatístico da Qualidade – Qualidade com Foco no Processo
	c) Era da Garantia da Qualidade - Qualidade com Foco no Sistema
	a. A quantificação dos custos da Qualidade;
	b. O controle total daQualidade(TQC);
	c. As técnicas deconfiabilidade;
	d. O programa Zero Defeitos.
	3.A Evolução da Qualidade no Brasil
	A- Evolução da Qualidade no Mundo
	OBTER QUALIDADE ATRAVÉS
	4.Qualidade na Indústria X Qualidade em Serviços
	5.Origem da Norma ISO
	O que são as NORMAS ISO 9000?
	A Origem das Normas ISO Série 9000
	6.Princípios de Gestão da Qualidade
	Definição de Princípio de Gestão da Qualidade
	Princípio 1 - Organização Focada no Cliente
	Aplicar o Princípio de Organização Focada no Cliente conduz às seguintes ações:
	Benefícios da aplicação desse Princípio para:
	Princípio 2 - Liderança
	Aplicar o Princípio de Liderança conduz às seguintes ações:
	Benefícios da aplicação desse Princípio para:
	Princípio 3 - Envolvimento de Pessoas
	Aplicar o Princípio de Envolvimento de Pessoas conduz às seguintes ações destaspessoas:
	Benefícios da aplicação desse Princípio para:
	Princípio 4 - Enfoque de Processo
	Aplicar o Princípio de Enfoque de Processo conduz às seguintes ações:
	Benefícios da aplicação desse princípio para:
	Princípio 5 - Enfoque Sistêmico para a Gestão
	Aplicar o Princípio de Enfoque Sistêmico para a gestão conduz às seguintes ações:
	Benefícios da aplicação desse Princípio para:
	Princípio 6 - Melhoria Contínua
	Aplicar o Princípio de Melhoria Contínua conduz às seguintes ações:
	Benefícios da aplicação desse Princípio para:
	Princípio 7 - Enfoque Factual para a Tomada de Decisão
	Aplicar o Princípio de Enfoque Factual para a tomada de decisões conduz às seguintes ações:
	Beneficios da aplicação desse Princípio para:
	Princípio 8 - Relacionamento Mutuamente Benéfico com o Fornecedor
	Aplicar o Princípio de Relacionamento Mutuamente Benéfico com o Fornecedor conduz às seguintesações:
	Benefícios de aplicação desse Princípio para:
	O que é a NBR ISO 9001?
	Objetivo
	O conceito de qualidade
	8.Normas NBR ISO 9000
	9.Ferramentas Da Qualidade
	a) Gráfico de Pareto
	c) Diagrama Causa e Efeito
	e) Diagrama deDispersão
	f) Gráfico deControle
	Fluxograma
	Fordismo
	11.Toyotismo
	Como praticar o SEIRI
	SEIKETSU
	S
	H
	I
	T
	S
	UK
	E
	13 - SISTEMA JUST IN TIME
	Sistemas de produção puxado e empurrado
	Significado de Just in Time
	Origens do Just in Time
	Como funciona o just in time?
	Controle de qualidade
	Vantagens e desvantagens do just in time
	14 - SISTEMA KANBAN
	Tipos de Kanban
	Como funciona o sistema Kanban?
	Vantagens e desvantagens do Kanban
	15. INTRODUÇÃO A ÉTICA PROFISSIONAL
	a) Ética – Conceitos eClassificações:
	b) Ética – Conceitos eClassificações:
	ÉTICA - MORAL
	17. FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE
	b) Quadro Sinótico
	18. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA
	19. RESPONSABILIDADE OBJETIVA
	DA IDENTIDADE DAS PROFISSÕES E DOS PROFISSIONAIS:
	Art. 8.º - A prática da profissão é fundada nos seguintes princípios éticos aos quais o profissional deve pautar sua conduta:
	Da natureza da profissão:
	Da honradez da profissão:
	Da eficácia profissional:
	Do relacionamento profissional:
	Da intervenção profissional sobre o meio:
	Da liberdade e segurança profissionais:
	Art. 9.º - No Exercício da Profissão são Deveres do Profissional: I - Ante ao ser humano e a seus valores:
	II - Ante aprofissão:
	III - Nas relações com os clientes, empregadores ecolaboradores:
	IV - Nas relações com os demaisprofissionais:
	V - Ante omeio:
	Art. 10 - No exercício da profissão, são Condutas Vedadas ao profissional:
	II - Ante aprofissão:
	III - Nas relações com os clientes, empregadores ecolaboradores:
	IV - Nas relações com os demaisprofissionais:
	V - Ante omeio:
	DOS DIREITOS:
	Art. 71° - AsPenalidades aplicáveis por infração da presente lei são as seguintes, de acordo com a gravidade da falta:
	§ 1º A advertência reservada será anotada nos assentamentos do profissional e terá caráter confidencial.
	a) As corporações profissionais e aética
	b) O que é infraçãoética
	c) Até onde vai a punição da infração.
	d) A viaconciliatória.
	e) A entidade de classe e a concorrênciaprofissional.
	23. MANUAL
	a) As funções básicas da comissão de ética nas entidades de classe
	b) Adequação estatutária
	c) Regimento interno da Comissão de Ética
	d) O processo ético nas Entidades de Classe
	e) Cuidados especiais
	24. NORMATIVA
	I - MODELO DE REGIMENTO DA COMISSÃO DE ÉTICA NA ENTIDADE DE CLASSE
	II – Dacompetência
	III – Da composição
	IV – Do funcionamento
	V – Do Processo
	VI – DAS DISPOSIÇÕESGERAIS
	FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE
	ilícito;
	Responsabilidade Criminal;
	resolução nº 1002/2002;
	RESPONSABILIDADE CIVIL
	Sobre os Princípios Éticos:
	Sobre a Legislação Profissional:
	No que pertine às penalidades que podem ser aplicadas, estabelece a lei 5.194/66:
	28.Sobre Fluxograma resolva:
	29.Sobre Diagrama de Causa – Efeito Resolva:
	30.Sobre Diagrama de Pareto Resolva.
	31.Sobre Diagrama de dispersão Resolva
	32.Sobre o Histograma Resolva.
	33.Sobre Cartas de Controle Resolva
	b.1– Amostra de tamanhovariável
	b.2– Amostra de tamanho fixo, n=300
	b.3- Número de defeitos num único artigo
	b.4– Número de defeitos para amostras de diferentedimensão
	FRM; FIESP. Metrologia. Rio de Janeiro: Globo, 1995. SENAI-ES; CST. Metrologia. Vitória. Bibliografia

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