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<p>Desenvolvimento na infância</p><p>Prof.ª Crismarie Hackenberg</p><p>Descrição</p><p>Definição e conceituação teórica dos fundamentos do desenvolvimento</p><p>infantil, e das transformações físicas, cognitivas, emocionais e</p><p>psicossociais envolvidas, com segmentação nos três períodos da</p><p>infância e suas faixas etárias respectivas.</p><p>Propósito</p><p>O conhecimento sobre as teorias de desenvolvimento humano</p><p>envolvidas no estudo da fase da infância amplia a visão do psicólogo</p><p>em sua prática profissional clínica e institucional, tornando mais eficaz</p><p>sua prática e pesquisa com profundidade.</p><p>Objetivos</p><p>Módulo 1</p><p>Desenvolvimento físico</p><p>Reconhecer os conceitos teóricos e os aspectos do crescimento e do</p><p>desenvolvimento físico, bem como as diferenças e similaridades da</p><p>primeira, segunda e terceira infâncias.</p><p>Módulo 2</p><p>Desenvolvimento cognitivo</p><p>Identificar os pensadores do desenvolvimento infantil e os</p><p>fundamentos do desenvolvimento cognitivo na primeira, segunda e</p><p>terceira infâncias.</p><p>Módulo 3</p><p>Marcos de desenvolvimento</p><p>Reconhecer os marcos de desenvolvimento da infância e as</p><p>características dos marcos motores, sociais e emocionais.</p><p></p><p>Introdução</p><p>O campo do desenvolvimento humano é constituído por estudos</p><p>científicos de avaliação sobre as mudanças nas pessoas, bem</p><p>como a observação das características que permanecem</p><p>relativamente estáveis durante toda a vida. Desde que os seres</p><p>humanos existem, o interesse pelo desenvolvimento humano tem</p><p>ocorrido. Contudo, o seu estudo científico formal é relativamente</p><p>novo. Desde o início do século XIX, diversas tendências e</p><p>especialidades acadêmicas, tanto da saúde como da educação,</p><p>preparam o caminho para o estudo científico do desenvolvimento</p><p>infantil. Platão, na Grécia Antiga, já mencionava os ciclos de 7 em</p><p>7 anos no desenvolvimento humano, mas foi no século XX que as</p><p>mudanças puderam ser organizadas e estabelecidas em</p><p>mudanças e marcos relacionados mais especificamente com o</p><p>avanço da idade.</p><p>Sobre a visão do ciclo da vida, Papalia, Olds e Feldman (2006)</p><p>descrevem o ciclo vital em oito períodos: pré-natal; primeira</p><p>infância; segunda infância; terceira infância; adolescência; jovem</p><p>adulto; meia-idade; e terceira idade. De outra forma, muitos</p><p>autores propuseram utilizar divisões um pouco diferentes,</p><p>pensando as etapas do ciclo em forma de marcos etários</p><p>distintos.</p><p>O enfoque deste conteúdo será a abordagem da infância,</p><p>especificamente da primeira, segunda e terceira infâncias, com a</p><p>divisão etária proposta por Papalia, Olds e Feldman (2006). Essas</p><p>fases serão explicadas e relacionadas dentro de três temas</p><p>centrais: o desenvolvimento físico, o desenvolvimento cognitivo e</p><p>a apresentação dos marcos de desenvolvimento na infância.</p><p>Nosso olhar também abordará algumas considerações sobre o</p><p>desenvolvimento dos repertórios emocional e social.</p><p>1 - Desenvolvimento físico</p><p>Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os conceitos</p><p>teóricos e os aspectos do crescimento e do desenvolvimento físico,</p><p>bem como as diferenças e similaridades da primeira, segunda e</p><p>terceira infâncias.</p><p>Conceito de infância</p><p>O conceito da infância como um período especial de desenvolvimento,</p><p>em que o indivíduo deverá ser protegido, cuidado e supervisionado é um</p><p>evento bastante recente quando consideramos a história da ciência. Se</p><p>pensarmos historicamente, até o século XVII, predominava um conceito</p><p>de que a criança era um adulto em miniatura. Dessa forma, acreditava-</p><p>se que tanto os sentimentos quanto o raciocínio, até mesmo as ações</p><p>infantis, possuíam a mesma semelhança dos elementos básicos dos</p><p>adultos. A ideia de uma criança ser um adulto em miniatura se refletiu</p><p>na arte. Se olharmos as pinturas medievais, encontraremos crianças</p><p>retratadas com as proporções corporais dos adultos (CARVALHO, 2015).</p><p>Toda essa concepção influenciou profundamente o tratamento que a</p><p>sociedade dispensou ao longo da civilização para crianças. Sabemos,</p><p>por registros históricos, que as crianças recebiam cuidados especiais</p><p>até os sete anos de idade. Depois dessa fase, um novo ciclo começava</p><p>e elas ingressavam na comunidade dos adultos e participavam das</p><p>mesmas atividades que eles.</p><p>Existia uma diferença de classes sociais, e a vida das crianças também</p><p>era impactada dependendo do nível social. Em classes menos</p><p>privilegiadas, as crianças trabalhavam no campo, vendiam produtos nos</p><p>mercados e irremediavelmente aprendiam um ofício. Elas não recebiam</p><p>nenhum tratamento especial e, muito pelo contrário, eram alvo de todo</p><p>tipo de atrocidade por parte dos adultos.</p><p>Nos ambientes de famílias mais abastadas, também se fazia pouca</p><p>distinção entre a infância e a idade adulta. A escolarização era mais</p><p>comum nesse ambiente social, e as crianças começavam a estudar aos</p><p>quatro ou cinco anos de idade. O ensino era quase sempre</p><p>enciclopédico, e nessas tarefas de leituras acadêmicas eram</p><p>desenvolvidas as faculdades mentais de atenção, memória e abstração.</p><p>As classes escolares eram compostas por indivíduos de todas as</p><p>idades, e ninguém se espantava ao encontrar meninos de sete anos ao</p><p>lado de jovens de dezoito recitando juntos uma lição.</p><p>Gradativamente, o conceito de infância foi mudando a partir do século</p><p>XVII. A educação familiar passou a separar as crianças dos assuntos</p><p>dos adultos, e a presença delas em festas coletivas e populares passou</p><p>a ser considerada como maléfica à formação do caráter e da moral. O</p><p>ensino passou a ser oferecido de forma graduada, ou seja, com a</p><p>formação das classes com crianças da mesma idade. Também vamos</p><p>encontrar o surgimento de alguns pensadores que defenderão a ideia de</p><p>que a mente da criança era diferente da mente do adulto (CARVALHO,</p><p>2015).</p><p>Contudo, temos que destacar que todas essas mudanças foram</p><p>exclusivamente encontradas em classes de aristocratas e de burgueses.</p><p>Até o século XIX, a classe baixa continuou mantendo a visão secular da</p><p>infância, fazendo pouca distinção entre crianças e adultos.</p><p>Nas classes sociais mais baixas, as crianças eram colocadas pelos pais</p><p>para aprender um ofício ou trabalhar no campo aos sete ou oito anos.</p><p>Nesse período da “infância roubada”, as crianças se submetiam às</p><p>mesmas faltas legais que os mais velhos e ainda se casavam no início</p><p>da adolescência. Sobre esse período, muitas crianças não sobreviveram</p><p>à infância, e foi necessária uma transformação ocasionada pela</p><p>burguesia com seu crescimento e poder para promover as mudanças</p><p>reais no tratamento que a sociedade dispensava a esse ciclo da vida.</p><p>Ainda podemos destacar a influência social e cultural na infância. Todos</p><p>nós sabemos que nascemos incompletos e, quando cresceremos,</p><p>somos seres intrinsecamente biológicos nos primeiros anos. Teremos</p><p>uma grande influência da forma com que seremos criados: nossa língua,</p><p>nossos hábitos, os valores e os costumes serão norteadores de nossas</p><p>individualidades junto das identidades biológicas. Assim, a infância será</p><p>muito impactada pelo indivíduo, seu meio, sua família, incluindo sua</p><p>nacionalidade.</p><p>É importante esclarecermos que a Psicologia, a Medicina e o avanço</p><p>das neurociências promoveram uma grande revolução na compreensão</p><p>do desenvolvimento. Assim, com um avanço histórico exponencial, hoje</p><p>podemos organizar o conhecimento sobre o desenvolvimento das</p><p>crianças e estudá-las agrupando suas características e manifestações,</p><p>olhando com interesse para o que há de igual nas etapas da infância</p><p>(AMARAL, 2007).</p><p>Conceito de crescimento e</p><p>desenvolvimento</p><p>Segundo Amaral (2007), os termos “crescimento” e “desenvolvimento”</p><p>foram considerados, durante muito tempo, como dois conceitos</p><p>separados. O termo “crescimento”, até hoje, abarca os aspectos físicos,</p><p>e o termo “desenvolvimento” diz respeito aos aspectos mentais. Essa</p><p>separação era mais uma demonstração do pensamento dicotômico que</p><p>divide mente e corpo, uma ideia herdada de Descartes, pensador da era</p><p>iluminista.</p><p>Atualmente, os pensadores e cientistas tendem a considerar os</p><p>aspectos do crescimento como parte do desenvolvimento, que</p><p>abrangeria o crescimento</p><p>orgânico e o desenvolvimento mental.</p><p>O crescimento orgânico é um processo dinâmico que</p><p>normalmente é expresso pelo aumento do tamanho</p><p>corporal, que é uma forma mais visível. O potencial</p><p>genético de crescimento poderá ser alcançado ou não,</p><p>mas existe em todo ser humano.</p><p>Entretanto, esse potencial dependerá das condições de vida às quais um</p><p>indivíduo esteja exposto desde a sua concepção até a sua idade adulta.</p><p>Dessa forma, o processo de crescimento será muito influenciado por</p><p>dois fatores, veja a seguir:</p><p>Fatores intrínsecos</p><p>Ocorrem nos processos genéticos.</p><p>Fatores extrínsecos</p><p>Ocorrem nos processos ambientais.</p><p>Nos extrínsecos, ainda destacam-se alguns fatores relevantes, como a</p><p>saúde, a alimentação, a habitação, a higiene e os cuidados gerais com a</p><p>criança, que suportam a curva de crescimento esperada na infância.</p><p>Sobre a janela de oportunidade biológica na infância, o tema do</p><p>desenvolvimento humano, no campo da Psicologia, tem tratado de</p><p>formas diferentes a definição etária do ciclo da vida. Originalmente,</p><p>pensava-se em duas fases na infância, uma primeira fase de 0 a 6 anos</p><p>e outra de 6 a 11 anos ou de 7 aos 12 anos.</p><p>Entretanto, com os avanços das neurociências e a observação da</p><p>intensidade de crescimento e desenvolvimento dos primeiros anos de</p><p>vida, muitos autores preferiram dividir a primeira infância em dois</p><p>momentos: uma primeira infância (de 0 a 2/3 anos) e uma segunda</p><p>infância (de 2/3 anos até 6 anos). Os primeiros anos ainda divergem</p><p>entre autores, pois podemos encontrar na literatura de 0 até 2 anos e de</p><p>0 até 3 anos, mas a grande mudança estabelecida, segundo Amaral</p><p>(2007), foi a conceituação de uma terceira infância, que ocorre dos 6</p><p>aos 11 anos, aproximadamente.</p><p>Assim, com a divisão das três infâncias, a janela de oportunidade de</p><p>crescimento e desenvolvimento pôde ser mais detalhada, e destacar a</p><p>importância dos primeiros anos de vida no crescimento e</p><p>desenvolvimento das crianças. Veja a imagem de novas sinapses e a</p><p>janela de oportunidade:</p><p>Importância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento infantil.</p><p>Optamos pelo entendimento da terminologia da primeira, segunda e</p><p>terceira infância mencionada por Papalia, Olds e Feldman (2006),</p><p>referência de leitura acadêmica na formação da Psicologia e Educação,</p><p>em diversas universidades do Brasil e do mundo.</p><p>Primeira infância</p><p>Existem algumas divergências entre os autores sobre as faixas etárias</p><p>do desenvolvimento da infância. Sobre a visão do ciclo da vida, Papalia,</p><p>Olds e Feldman (2006) descrevem o ciclo vital em oito períodos. Vamos</p><p>conferi-los!</p><p> Pré-natal</p><p>Da concepção ao nascimento.</p><p> Primeira infância</p><p>Do nascimento aos 3 anos de idade.</p><p> Segunda infância</p><p>De 3 a 6 anos.</p><p> Terceira infância</p><p>De 6 a 11 anos.</p><p> Adolescência</p><p>De 11 a 18 anos.</p><p>A primeira infância está relacionada à fase de crescimento dos 0 aos 3</p><p>anos, período importante no qual ocorre o desenvolvimento das</p><p>estruturas e circuitos cerebrais, em que também acontece a aquisição</p><p>de capacidades fundamentais que permitirão o aprimoramento de</p><p>habilidades futuras mais complexas e avançadas. Crianças que se</p><p>desenvolvem integralmente e de forma saudável durante os primeiros</p><p>anos de vida têm maior facilidade de se adaptarem a diferentes</p><p>ambientes.</p><p>De acordo com Papalia, Olds e Feldman (2006), as crianças</p><p>normalmente crescem mais rapidamente durante o período dos três</p><p>primeiros anos de vida, especialmente mais durante os primeiros meses</p><p>do que em qualquer outro período da vida.</p><p> Jovem adulto</p><p>De 19 a 40 anos.</p><p> Meia-idade</p><p>De 41 a 65 anos.</p><p> Terceira idade</p><p>De 66 anos em diante.</p><p>Durante o primeiro ano de vida, a altura aumenta em cerca de 25cm a</p><p>30cm fazendo com que um bebê de 1 ano de idade tenha cerca de 76cm</p><p>de altura. Ele cresce cerca de 12,5cm durante o segundo ano e de 7,5cm</p><p>a 10cm durante o terceiro ano. À medida que o bebê cresce, os aspectos</p><p>do formato do corpo e as proporções também mudam. Normalmente,</p><p>temos a impressão de que um bebê de 1 ano é gorducho e barrigudo</p><p>comparado com uma criança de 3 anos, que achamos que é delgada.</p><p>Depois desse período, ocorre um longo período (dos três aos onze anos,</p><p>aproximadamente), em que o crescimento será um pouco mais lento,</p><p>embora regular, segundo Carvalho (2015). Outro fator observado é que,</p><p>de maneira geral, os meninos quando nascem são um pouco maiores do</p><p>que as meninas se avaliarmos todas as dimensões corporais.</p><p>Sobre o tipo corporal, os genes herdados por um bebê exercem forte</p><p>influência e ajudam a determinar se uma criança será baixa ou alta,</p><p>atarracada ou magra, ou um meio termo entre os dois. Essa influência</p><p>genética interage em razão das influências ambientais, como a nutrição</p><p>e o meio ambiente. Um exemplo interessante é avaliarmos como as</p><p>crianças norte-americanas são mais altas e mais pesadas do que</p><p>crianças de mesma idade no Japão, provavelmente em função de</p><p>diferenças alimentares (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2006).</p><p>Sobre a dentição, geralmente, ela começa quando os bebês costumam</p><p>pegar quase tudo que veem para pôr na boca, isso ocorre em torno dos</p><p>3 ou 4 meses. O primeiro dente aparece entre o quinto e o nono mês de</p><p>vida. No primeiro ano, a criança já tem de 6 a 8 dentes e aos dois anos e</p><p>meio já tem 20 dentes.</p><p>Finalmente, uma característica dessa fase, segundo Carvalho (2015), é a</p><p>aquisição da fala. Por volta dos dezoito meses, quando a criança</p><p>começa a falar, ela usa as palavras em uma sequência adequada e</p><p>segue uma regra gramatical. Quando o bebê de dezoito meses sente</p><p>sede, ele dirá: “qué aca”, não “aca qué”. Existem teorias diferentes sobre</p><p>a aquisição da linguagem, mas, até o momento, não há nada definido</p><p>sobre essa competência produzida com a natureza dos mecanismos.</p><p>No entanto, já sabemos que fatores biológicos e ambientais influenciam</p><p>a aquisição e o desenvolvimento da linguagem.</p><p>Segunda infância</p><p>De acordo com Carvalho (2015), em torno dos 3 anos, uma mudança</p><p>começa a ocorrer na silhueta das crianças, quando se destaca a</p><p>aparência delgada e atlética da infância. O tronco, os braços e as pernas</p><p>tornam-se mais compridos, e a cabeça, que ainda é relativamente</p><p>grande, vai se harmonizando com as outras partes do corpo que</p><p>continuam aumentando.</p><p>Tanto meninas como meninos podem alcançar no crescimento cerca de</p><p>5cm a 13cm por ano durante a segunda infância e ainda adquirem de</p><p>1,8kg a 2,7kg ao ano. Existe uma pequena vantagem em altura e peso</p><p>dos meninos, que continuará até o surto de crescimento da puberdade.</p><p>Essas mudanças na aparência refletem um desenvolvimento paralelo no</p><p>interior do corpo das crianças. O desenvolvimento muscular e</p><p>esquelético vai continuar nessa fase, tornando as crianças mais fortes.</p><p>As cartilagens transformam-se em ossos em uma velocidade mais</p><p>acelerada do que antes, e os ossos podem se tornar mais duros, dando</p><p>à criança uma forma mais firme, com mais composição muscular e que</p><p>protegerá os órgãos internos. Essas mudanças são impactadas pelo</p><p>amadurecimento do sistema nervoso, que promove o desenvolvimento</p><p>de uma ampla gama de habilidades motoras.</p><p>Entre os 3 e 6 anos, as também crianças conquistam grandes avanços</p><p>nas habilidades motoras gerais.</p><p>Um exemplo é que elas conseguem correr e pular, o que envolve grandes</p><p>músculos. Os ossos e músculos são mais fortes, e sua capacidade</p><p>aeróbica e respiratória é maior, tornando bem mais fácil realizar a</p><p>vontade de correr, saltar e escalar maiores distâncias. A cada ano de</p><p>vida, a criança ficará mais rápida e com uma capacidade melhor nessas</p><p>atividades.</p><p>As crianças com menos de 6 anos de idade, segundo Papalia, Olds e</p><p>Feldman (2006), raramente estão com suas capacidades motoras</p><p>preparadas para participar de qualquer esporte organizado. Somente</p><p>20% de crianças de 4 anos conseguem arremessar bem uma bola.</p><p>Nessa etapa, o desenvolvimento físico floresce melhor com as</p><p>brincadeiras ativas e não estruturadas, os jogos do “faz de conta”.</p><p>As crianças, durante o período pré-escolar, conseguem fazer progressos</p><p>significativos com suas</p><p>habilidades motoras. À medida que se</p><p>desenvolvem fisicamente, conseguem coordenar sua vontade com a</p><p>capacidade de fazer, por exemplo:</p><p>Andar de triciclo.</p><p>Utilizar uma tesoura.</p><p>Essas são conquistas dessa etapa por causa do desenvolvimento dos</p><p>músculos maiores.</p><p>Uma característica dessa etapa é a preferência no uso das mãos. Isso</p><p>quer dizer que crianças entre 3 e 6 anos preferem usar a mão direita ou</p><p>esquerda, o que geralmente se evidencia aos 3 anos. A preferência pelo</p><p>uso das mãos nem sempre é definida e nem todo mundo prefere uma</p><p>das mãos para todas as tarefas. Os meninos são mais propensos a</p><p>serem canhotos do que as meninas.</p><p>O mundo da criança dessa fase é baseado em um mundo mágico, e os</p><p>jogos terão muita relevância no desenvolvimento. O jogo do “faz-de-</p><p>conta” vai ser fundamental, pois vai dominar todas as suas atividades.</p><p>Por meio das atividades lúdicas, a criança aprende a reconhecer</p><p>algumas das diferenças corporais que existem entre meninas e</p><p>meninos, tendo oportunidade de começar a usar as palavras e ainda</p><p>reconhecer e descrever seus sentimentos. Terá ainda, a chance de</p><p>competir com outras crianças e poderá demonstrar a força de suas</p><p>aptidões e habilidades.</p><p>O jogo do “faz-de-conta”, muito conhecido de todos</p><p>nós, também ajudará a dar vazão aos seus desejos,</p><p>temores, esperanças e impulsos agressivos. Nas suas</p><p>brincadeiras com as outras crianças, é a fantasia que</p><p>lhe ensinará os papéis sociais.</p><p>A aquisição da linguagem, segundo Carvalho (2015), desde a fala com</p><p>maior repertório de palavras e o início da leitura, será uma etapa</p><p>importante dessa fase, pois é uma característica importante dos seres</p><p>humanos. Quando a criança começa a adquirir a linguagem, ela entra</p><p>em um mundo completamente novo de coisas a aprender e</p><p>compreender, tornando-se capaz de liderar e já usando suas</p><p>experiências e o meio ambiente de várias novas maneiras.</p><p>Terceira infância</p><p>As crianças, ao se aproximarem dos seis ou sete anos de idade,</p><p>apresentam modificações consideráveis no seu comportamento, na</p><p>linguagem e na forma como realizam suas interações com seus amigos,</p><p>mostrando um avanço cognitivo na qualidade de raciocínio. Existe uma</p><p>tendência ao egocentrismo nas crianças nessa fase. Observamos a</p><p>diminuição da fantasia e uma forma de se relacionar com a realidade</p><p>física e social mais objetiva.</p><p>A partir dos 6 anos, de forma gradual, o pensamento vai se tornando</p><p>mais objetivo e com uma visão menos centralizada, assim a criança</p><p>consegue operar com as informações do ambiente. A criança de idade</p><p>pré-escolar pode saber ir sozinha à escola e à casa de um amigo, mas</p><p>não consegue dizer qual dos dois lugares fica mais perto de casa ou</p><p>dizer qual é o caminho mais longo. Segundo Carvalho (2015), isso</p><p>acontece porque ela ainda não tem o conceito de distância.</p><p>De acordo com Carvalho (2015), nesse período, compreendido dos 6</p><p>aos 11 anos, além do conceito de distância, serão aprendidos também</p><p>os conceitos de tempo (aquele que marca as horas e aquele que nos</p><p>coloca no mundo de um ser histórico), de classes, de relações e de</p><p>número.</p><p>A família continuará a desempenhar um papel importante na vida da</p><p>criança na terceira infância, mas a escola surgirá como um elemento</p><p>relevante para o seu desenvolvimento. Ao entrar na escola, ela poderá</p><p>sentir receio quanto à sua habilidade para enfrentar novos desafios.</p><p>Contudo, esse temor geralmente será superado pelo fato de que ir à</p><p>escola será um marco de maturidade e uma fonte de orgulho para a</p><p>criança. Nesse mesmo período, a criança terá uma maior receptividade</p><p>à amizade de outras crianças, bem como ao conhecimento das coisas</p><p>do seu mundo imediato.</p><p>Se compararmos com o ritmo acelerado da segunda infância, realmente</p><p>o crescimento medido em peso e em altura, durante a fase da terceira</p><p>infância, é consideravelmente mais lento. Muitas mudanças não são</p><p>óbvias, mas produzem uma surpreendente diferença entre crianças de 6</p><p>anos, que ainda são crianças pequenas, e crianças de 11 anos, muitas</p><p>das quais já começam a parecer adultas.</p><p>Segundo Papalia, Olds e Feldman (2006), em média, as crianças em</p><p>idade escolar crescem cerca de 2,5cm a 7,6cm a cada ano e ganham</p><p>2,2kg a 3,6kg ou mais, quase alcançando o dobro do seu peso corporal.</p><p>Nesse mesmo período, com quase 11 anos, as meninas podem iniciar</p><p>um surto de crescimento, ganhando cerca de 4,5kg por ano. Na maioria</p><p>das vezes, elas estarão mais altas e um pouco mais pesadas que os</p><p>meninos de sua turma na escola, continuando assim até</p><p>aproximadamente os 12 ou 13 anos. Os rapazes, depois dessa fase,</p><p>iniciam seu surto de crescimento e superam as moças. As moças</p><p>reterão um pouco mais de tecido gorduroso que os rapazes, sendo que</p><p>essa característica persistirá durante a idade adulta.</p><p>Durante a terceira infância, as crianças continuam</p><p>aperfeiçoando as habilidades motoras. Nesse período,</p><p>elas continuam tornando-se mais fortes, mais rápidas</p><p>e mais bem coordenadas e se realizam com muito</p><p>prazer ao testar seus corpos e adquirir novas</p><p>habilidades.</p><p>As brincadeiras ficam mais impetuosas e podemos ver garotos em</p><p>idade escolar um sobre o outro, e poderemos ter dificuldade para saber</p><p>se eles estão brigando ou brincando, não fosse pela expressão de seus</p><p>rostos.</p><p>Os recreios costumam ter brincadeiras nas primeiras séries da escola</p><p>que basicamente consistem em jogos impetuosos, como um modo</p><p>vigoroso de brincar que envolve rolar no chão, lutar, chutar, agarrar-se e,</p><p>às vezes, perseguir, em geral acompanhado de risos e gritos. Esse modo</p><p>de brincar atinge o auge na terceira infância.</p><p>Segundo Papalia, Olds e Feldman (2006), os meninos brincam mais</p><p>dessa forma do que as meninas em diversas culturas ao redor do</p><p>mundo, e esse fato é geralmente atribuído a um misto de diferenças</p><p>hormonais e à socialização. Existem poucas diferenças se</p><p>compararmos as habilidades motoras de meninos e meninas na terceira</p><p>infância, e elas se tornam maiores à medida que as crianças se</p><p>aproximam da puberdade (CARVALHO, 2015).</p><p>O desenvolvimento físico</p><p>nas fases da infância</p><p>Confira agora o desenvolvimento físico nas fases da infância,</p><p>destacando as diferenças e similaridades em cada fase.</p><p></p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos.</p><p>Vamos praticar alguns conceitos?</p><p>Questão 1</p><p>Considerando a proposta do ciclo da vida de Papalia, Olds e</p><p>Feldman (2006), marque a única resposta certa:</p><p>I. o ciclo vital é dividido em oito períodos abarcando períodos que</p><p>seguem desde o pré-natal (da concepção ao nascimento) até a</p><p>terceira idade.</p><p>II. A fase adulta apresenta 3 fases: jovem adulto (de 19 a 40 anos);</p><p>meia-idade (de 41 a 65 anos) e terceira idade (de 66 anos em</p><p>diante).</p><p>III. A infância será dividida em duas fases: primeira infância (de 0 a</p><p>6 anos) e segunda infância (de 6 a 11 anos).</p><p>Marque a única resposta correta:</p><p>A I e II estão corretas.</p><p>B Apenas a I está correta.</p><p>C Apenas a III está correta.</p><p>Parabéns! A alternativa A está correta.</p><p>As afirmativas I e II estão corretas. O ciclo vital é dividido em 8</p><p>períodos, abarcando períodos que seguem desde o pré-natal (da</p><p>concepção ao nascimento) até a terceira idade, e a fase adulta</p><p>apresenta 3 fases: jovem adulto (de 19 a 40 anos); meia-idade (de</p><p>41 a 65 anos) e terceira idade (de 66 anos em diante). Contudo, a</p><p>infância será dividida em três fases: primeira, segunda e terceira</p><p>infâncias. Os cientistas do desenvolvimento acreditam que certas</p><p>necessidades básicas de desenvolvimento devem ser observadas</p><p>separadamente e em etapas mais bem definidas na primeira</p><p>infância separando dois ciclos (0 a 3 anos e 3 a 6 anos),</p><p>respeitando a curva de crescimento e desenvolvimento cognitivo</p><p>com a janela de oportunidade, considerando os indícios do</p><p>desenvolvimento infantil.</p><p>Questão 2</p><p>Historicamente, sobre a concepção da infância, é correto afirmar</p><p>que:</p><p>I. Existia, antes do século XVII, uma diferença na concepção da</p><p>infância muito impactada conforme as classes sociais às quais as</p><p>crianças pertenciam.</p><p>II. Antes do século XVII, as famílias ricas e mais abastadas já</p><p>separavam as crianças dos hábitos dos adultos, sendo que os</p><p>estudos escolares já eram organizados por turmas de idades</p><p>semelhantes.</p><p>D I e III estão corretas.</p><p>E II e III estão corretas.</p><p>III. A partir do século XVII, o conceito de infância foi se modificando,</p><p>e a educação familiar passou a separar as crianças dos assuntos</p><p>dos adultos, que ficavam preocupados com a formação do caráter e</p><p>da moral na infância.</p><p>Marque a resposta correta.</p><p>Parabéns! A alternativa B está correta.</p><p>As afirmativas I e III estão corretas. Existia, antes do século XVII,</p><p>uma diferença na concepção da infância que seria muito impactada</p><p>conforme as classes sociais às quais as crianças pertenciam. Nas</p><p>classes menos abastadas, as crianças trabalhavam ou aprendiam</p><p>um ofício. A partir do século XVII, o conceito de infância foi se</p><p>modificando e a educação familiar passou a separar as crianças</p><p>dos assuntos dos adultos, que ficavam preocupados com a</p><p>formação do caráter e da moral na infância. A alternativa III está</p><p>incorreta. Antes do século XVII, a educação das crianças de</p><p>famílias ricas fazia pouca distinção entre a infância e a idade</p><p>adulta. O ensino era baseado nas leituras de enciclopédias,</p><p>argumentação e as classes escolares eram compostas por</p><p>A I e II estão corretas.</p><p>B I e III estão corretas.</p><p>C Apenas a I está correta.</p><p>D Apenas a III está correta.</p><p>E II e III estão corretas.</p><p>indivíduos de todas as idades. Isso só foi modificado a partir do</p><p>século XVII, com o surgimento de alguns pensadores que</p><p>defenderão a ideia de que a mente da criança é diferente da mente</p><p>do adulto, pressuposto que referenciou os estudos do</p><p>desenvolvimento humano e os estágios evolutivos.</p><p>2 - Desenvolvimento cognitivo</p><p>Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os pensadores</p><p>do desenvolvimento infantil e os fundamentos do desenvolvimento</p><p>cognitivo na primeira, segunda e terceira infâncias.</p><p>Pensadores sobre o</p><p>desenvolvimento infantil</p><p>Fröbel</p><p>O modelo mecanicista-ambientalista pode representar a criança e todos</p><p>os seus fenômenos e defende que o desenvolvimento infantil seria o</p><p>resultado de uma programação biológica, de um manejo das forças</p><p>externas do ambiente que condicionariam o ser humano em um</p><p>comportamento modelado. O modelo organicista não considera a</p><p>criança como uma máquina, mas sim como um “ser vivo”, ou seja, um</p><p>organismo biológico, no qual a herança genética e a maturação do</p><p>organismo comandam o processo de desenvolvimento.</p><p>O conhecido pedagogo alemão que tinha fortes traços religiosos,</p><p>Friedrich Fröbel (1782-1852), mais conhecido como o criador da ideia do</p><p>“jardim de infância”, é um exemplo dessa forma de pensamento.</p><p>Friedrich Wilhelm August Fröbel.</p><p>Fröbel propunha que todas as crianças fossem educadas com</p><p>atividades que respeitassem as suas naturezas. Para Fröbel, somente</p><p>dessa forma seria possível o desenvolvimento de suas potencialidades,</p><p>respeitando-se a sua condição de ser uma obra divina, um filho ou filha</p><p>de Deus. Para ele, como Deus está presente na natureza, as crianças</p><p>sempre seriam boas por natureza por serem obras divinas (AMARAL,</p><p>2007).</p><p>Vygotsky</p><p>Muitos estudiosos ainda mantêm a crença de que o desenvolvimento</p><p>humano depende das potencialidades individuais inatas e de que a</p><p>inteligência e os talentos são “dons” do próprio cérebro, determinados</p><p>biologicamente e estimulados pelo ambiente. Em contraposição a esse</p><p>modelo mecanicista e organicista, encontramos o modelo histórico-</p><p>cultural, proposto por Vygotsky, que se fundamenta na compreensão de</p><p>uma relação dialética entre o biológico e o social.</p><p>Lev Vygotsky.</p><p>Para Vygotsky, a criança não pode ser representada como uma máquina</p><p>nem por um organismo vivo, mas como um ser que se constitui nas</p><p>relações sociais. Esse pensador parte de um pressuposto de que o</p><p>homem não é um ser passivo e inerte. Assim, a criança age sobre o</p><p>mundo por meio das relações sociais e nelas é que serão buscadas as</p><p>origens das formas superiores dos comportamentos</p><p>Para Vygotsky, desde o seu nascimento, a criança estará em interação</p><p>com os adultos que, por sua vez, buscarão incorporá-las às suas</p><p>culturas. À medida que as crianças crescem, esses processos passam a</p><p>ser internalizados, por meio de uma interiorização. Isso será fruto das</p><p>relações com a cultura e com a história, dessa forma a natureza social</p><p>das pessoas torna-se também sua natureza psicológica.</p><p>Piaget</p><p>Outro teórico fundamental do desenvolvimento infantil foi Jean Piaget,</p><p>por seus estudos sobre razão e emoção. O grande trabalho de Piaget foi</p><p>conseguir estabelecer as etapas do desenvolvimento a partir do</p><p>aparecimento de novas qualidades do pensamento.</p><p>Jean Piaget.</p><p>Piaget definiu quatro períodos básicos visíveis na evolução do</p><p>desenvolvimento infantil. Sobre esses períodos, podemos citar alguns</p><p>aspectos (AMARAL, 2007), confira:</p><p>Período de aperfeiçoamento contínuo que se inicia com uma</p><p>vida mental aplicada aos reflexos e aos instintos. Aos poucos, a</p><p>criança vai adquirindo autonomia motora e sensitiva. Ao final dos</p><p>2 anos, a criança já se locomove, reconhece os rostos das</p><p>pessoas, demonstra afetos e esboça as primeiras palavras.</p><p>Período marcado pelo aparecimento da linguagem, que acelerará</p><p>a comunicação e o surgimento do pensamento. A criança</p><p>transforma a realidade em função de suas fantasias e desejos.</p><p>No final deste período, inicia-se a famosa fase dos “porquês”.</p><p>Neste momento, o pensamento começa a se adaptar ao real e a</p><p>criança precisa de explicações.</p><p>Período em que aparece a capacidade de executar operações ou</p><p>tarefas. Essas operações são possíveis quando relacionadas a</p><p>objetos concretos e reais, ainda não há a capacidade de</p><p>abstração.</p><p>Período em que as crianças devem estar vivendo a passagem do</p><p>pensamento concreto para o pensamento abstrato. Dessa forma,</p><p>Período sensório-motor (do nascimento até os 2 anos de</p><p>idade) </p><p>Período pré-operatório (dos 2 aos 7 anos) </p><p>Período das operações concretas (dos 7 aos 11 anos) </p><p>Período das operações formais (dos 11 anos ou mais, até</p><p>cerca de 19 anos) </p><p>desenvolve-se a capacidade de generalização própria do</p><p>pensamento adulto. Os meninos e as meninas já serão capazes</p><p>de lidar com conceitos como justiça e liberdade.</p><p>Primeira infância</p><p>Ao nascer, o bebê parece um pouco desamparado. Em contato com o</p><p>mundo por meio da sucção, visão, audição e preensão, o recém-nascido</p><p>exerce sua capacidade de pegar objetos, e já começa a agarrar todos</p><p>que os adultos colocam em suas mãos.</p><p>Os bebês podem levantar ligeiramente a cabeça para alcançar o seio, e</p><p>param de chorar quando a mãe ou outras pessoas os acariciam. A</p><p>criança, ao final do quarto mês de vida, já possui uma boa série de</p><p>comportamentos adquiridos. O universo da criança, segundo Carvalho</p><p>(2015), é composto pelo espaço bucal, espaço tátil, espaço visual e</p><p>espaço auditivo.</p><p>Aos poucos, a criança começa a demonstrar um interesse sistemático</p><p>pelas consequências de seus atos. Assim, a criança pode começar a</p><p>fazer ações como as seguintes:</p><p>Jogar um objeto para agarrá-lo em seguida.</p><p>Balançar o berço para agitar as coisas amarradas às grades.</p><p>Agitar o chocalho para produzir seu som característico.</p><p>Tudo isso corresponde ainda com um olhar do bebê hipnotizado com</p><p>seus próprios movimentos de suas mãos ou dos pés. Essa</p><p>intencionalidade das ações demonstra que a criança começa a</p><p>estabelecer relações causais entre suas ações e os eventos do meio</p><p>ambiente.</p><p>A seguir, veremos algumas caracteristicas marcantes da criança até</p><p>seus 2 anos.</p><p>Quando a criança faz 9 meses, de forma gradual, seu</p><p>desempenho mostra uma consolidação da noção do objeto</p><p>permanente (categorias piagetianas) e de espaço contínuo. A</p><p>criança vai se tornar capaz de reconstruir as causas a partir de</p><p>um efeito percebido e vice-versa. Por exemplo, quando ouve o</p><p>barulho da chave na porta, ela demonstra a expectativa da</p><p>chegada de alguém (CARVALHO, 2015)</p><p>Por volta dos 18 meses, a criança começa a mostrar algum</p><p>ressentimento quando alguma coisa que ela deseja lhe é</p><p>tomada.</p><p>9</p><p>meses </p><p>Por volta dos 18 meses </p><p>Por volta dos 2 anos </p><p>Por volta dos 2 anos, a criança já estará apta a falar e, como um</p><p>ser social, poderá se envolver nos mais diferentes tipos de</p><p>atividades grupais. Ao descobrir que é capaz de realizar uma</p><p>coisa nova, a criança logo emprega sua habilidade recém-</p><p>adquirida (CARVALHO, 2015).</p><p>Segunda infância e</p><p>cognição</p><p>Durante a idade pré-escolar, há uma expansão da curiosidade</p><p>intelectual. Nessa fase, ocorre o aparecimento da função simbólica, a</p><p>linguagem, e ocorre a formação dos primeiros conceitos. As crianças</p><p>poderão representar pessoas e objetos ausentes e imaginar situações</p><p>que não estão em sua realidade imediata.</p><p>Nessa fase, a ação dos pais será primordial ao darem atenção e</p><p>responderem de forma adequada à curiosidade intelectual da criança.</p><p>Com essas ações, eles possibilitarão que a criança modifique suas</p><p>atitudes e expectativas corrigindo seus conceitos.</p><p>O raciocínio da criança de 2 a 6 anos de idade apresenta três</p><p>características fundamentais. Confira a seguir:</p><p>Nesta fase, especialmente dos 2 aos 4 anos de idade, o</p><p>raciocínio da criança é muito influenciado por suas próprias</p><p>vontades e desejos, sua forma de pensar e perceber as coisas.</p><p>Tudo reflete apenas um ponto de vista, ou seja, o seu. A criança é</p><p>Egocentrismo </p><p>insensível aos argumentos contrários às suas afirmações; por</p><p>esse motivo, seus julgamentos serão sempre absolutos.</p><p>Nesta fase, em razão de seu egocentrismo, a criança projeta</p><p>estendendo suas experiências pessoais aos seus brinquedos ou</p><p>animais. É como se ela transferisse e atribuísse uma alma</p><p>humana para todos os seus objetos. Isso pode ocorrer com uma</p><p>boneca ou um bichinho de pelúcia que forem deixados em casa</p><p>quando a família sair para passear. A criança logo vai manifestar</p><p>preocupação se eles sentirão solidão e medo. Podendo também</p><p>chutar uma árvore e acreditar que esta irá sentir dor e chorar.</p><p>Quanto mais nova for a criança, mais autocentrada ela será em</p><p>termos de relacionamento com a realidade externa. Um exemplo</p><p>é a criança acreditar na “fada dos dentes”, que, ao receber uma</p><p>moedinha, poderá substituir o dente que caiu por outro novo.</p><p>Nesta fase, a tendência a analisar os fatos à luz da percepção do</p><p>imediatismo, e isso produz uma incapacidade de se chegar a um</p><p>pensamento sintético sobre a realidade, o que é uma</p><p>consequência do egocentrismo. A criança pode ser impedida de</p><p>aprender se favorecendo das relações existentes entre os</p><p>eventos, por causa da forma como seu raciocínio opera. Ao invés</p><p>de analisar o todo de um problema, a criança se atém em alguma</p><p>característica específica de uma tarefa. O pensamento regulado</p><p>pela percepção imediata é sempre irreversível. Uma vez usada</p><p>uma sequência de raciocínio, é impossível anulá-lo e voltar ao</p><p>ponto de partida.</p><p>Animismo </p><p>Irreversibilidade </p><p>Esse pensamento vai se tornando, pouco a pouco, reversível por volta</p><p>dos 6 anos de idade. Será essa reversibilidade que tornará possível que</p><p>a criança possa operar com classes e relações, que será característico</p><p>do raciocínio da fase seguinte (CARVALHO, 2015).</p><p>Terceira infância e cognição</p><p>Nessa etapa, o pensamento e raciocínio da criança serão caracterizados</p><p>pelo uso de sistemas logicamente organizados. Vamos citar dois</p><p>aspectos relevantes sobre esse tema, a classificação e a seriação.</p><p>Classi�cação</p><p>Muitos teóricos do desenvolvimento humano destacam esse conceito</p><p>em duas classes ou modos: unidades conceituais isoladas e um</p><p>sistema lógico. Veja a seguir um pouco mais sobre cada um deles:</p><p>Unidades conceituais</p><p>Isoladas, fazem parte de uma classe que corresponde à</p><p>representação mental. Ou seja, a partir de características gerais</p><p>ou definidoras, são formados os pensamentos sobre grupos de</p><p>objetos ou pessoas.</p><p>Seria uma denominação para quase todos os objetos de nossa</p><p>experiência utilizando nomes genéricos para organizar as</p><p>categorias elaboradas de forma concreta, pois baseiam-se em</p><p>características observáveis como: forma, cor, tamanho,</p><p>posição, entre outros.</p><p>Sistema lógico</p><p>É um campo que foi adotado pelos estudos teóricos de Jean</p><p>Piaget e seus colaboradores. Para eles, a classificação é de</p><p>natureza operatória, e não apenas semântica. Dessa forma,</p><p>será necessário o uso de operações de inclusão e</p><p>complementação que realizarem uma classificação, e não</p><p>apenas o domínio do significado das palavras. Consiste em</p><p>uma tarefa de ordenar ou arranjar os objetos ou eventos em</p><p>séries. Outra tarefa seria ainda medir ou contar os objetos.</p><p>Dessa forma, podemos entender que uma operação é um</p><p>conjunto de ações que permite ao indivíduo fazer uma</p><p>organização mental do mundo que o cerca.</p><p>A criança nessa fase ainda não consegue fazer conexões utilizando</p><p>conclusões sobre hierarquia de classes ou qualidades abstratas.</p><p>Conceitos como felicidade ou justiça ainda não são compreensíveis</p><p>cognitivamente. Por isso, Piaget chamou esse período do</p><p>desenvolvimento de estágio das operações concretas. Finalmente, por</p><p>volta dos 11 anos, a criança já consegue conferir e confirmar as classes</p><p>formadas utilizando o caráter hierárquico de um sistema de inclusão,</p><p>assim como é capaz de realizar uma classificação com conceitos</p><p>abstratos. É importante relevarmos que as orientações etárias não</p><p>significam que necessariamente nessas faixas se consolidem esses</p><p>domínios exatamente. As mudanças na qualidade das estruturas</p><p>cognitivas ocorrem a partir da interação criança-meio.</p><p>Seriação</p><p>Com o amadurecimento ao final dessa fase, alcançamos a operação de</p><p>seriação, que consiste em uma etapa mais elaborada cognitivamente.</p><p>Ou seja, a ordenação de elementos, respeitando-se as grandezas</p><p>crescentes ou decrescentes.</p><p>Nessa etapa, tanto as diferenças como as semelhanças adquirem o</p><p>valor de relações quantificáveis em termos positivos e negativos. Por</p><p>exemplo, em uma série de bonecos com comprimentos diferentes, a</p><p>criança torna-se capaz de deduzir o tamanho de qualquer elemento da</p><p>série sabendo do comprimento de um dos elementos e as proporções</p><p>de diferença entre cada um deles.</p><p>Com esse domínio sobre as relações transitivas assimétricas, a criança</p><p>pode compreender as noções de presente, passado e futuro. Assim,</p><p>segundo Carvalho (2015), a sucessão de dias ganha outro significado</p><p>para a criança.</p><p>O desenvolvimento</p><p>cognitivo infantil</p><p>Confira agora o desenvolvimento cognitivo, destacando os principais</p><p>autores do desenvolvimento na infância.</p><p></p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos.</p><p>Vamos praticar alguns conceitos?</p><p>Questão 1</p><p>Existe um estágio no desenvolvimento em que as crianças</p><p>transformam a realidade em função de suas fantasias e desejos. Os</p><p>pais podem observar os filhos inventando diálogos com seus</p><p>brinquedos. Em qual dos estágios cognitivos de Piaget esse modelo</p><p>descrito ocorre, sendo ele marcado pelo aparecimento da</p><p>linguagem que acelera a comunicação e o surgimento do</p><p>pensamento? Marque a única resposta correta.</p><p>A Estágio sensório-motor.</p><p>B Estágio de operações concretas.</p><p>C Estágio de operações formais.</p><p>D Estágio pré-operatório.</p><p>E Estágio pré-sensório.</p><p>Parabéns! A alternativa D está correta.</p><p>Segundo Piaget, esse período é marcado pelo aparecimento da</p><p>linguagem, que acelerará a comunicação e o surgimento do</p><p>pensamento. A criança transforma a realidade em função de suas</p><p>fantasias e desejos, e os pais observam seus filhos inventando</p><p>diálogos com seus brinquedos. No final desse período, inicia-se a</p><p>famosa fase dos “porquês”, quando o pensamento começa a se</p><p>adaptar ao real e a criança precisa de explicações.</p><p>Questão 2</p><p>Podemos encontrar algumas teorias sobre o desenvolvimento</p><p>humano. Nesse caso, podemos analisar dois pensadores desse</p><p>campo e suas ideias. O primeiro, _________________, postulava que o</p><p>pensamento aparece antes da linguagem, e que apenas é uma das</p><p>suas formas de expressão. A formação do pensamento depende,</p><p>basicamente, da coordenação dos esquemas sensório-motores, e</p><p>não da linguagem. Esta só pode ocorrer depois que a criança já</p><p>alcançou um determinado nível</p><p>de habilidades mentais. O segundo</p><p>pensador, ________________, reconhecia que o pensamento e a</p><p>linguagem são processos interdependentes, desde o início da vida.</p><p>Este autor afirmava que a aquisição da linguagem pela criança</p><p>modifica suas funções mentais superiores: ela dá uma forma</p><p>definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da imaginação,</p><p>o uso da memória e o planejamento da ação. Nesse sentido, a</p><p>linguagem, diferentemente daquilo que Piaget postula, sistematiza</p><p>a experiência direta das crianças e por isso adquire uma função</p><p>central no desenvolvimento cognitivo, reorganizando os processos</p><p>que nele estão em andamento.</p><p>A seguir, selecione a opção que completa as lacunas de forma</p><p>correta com os nomes dos pensadores relacionados.</p><p>Parabéns! A alternativa C está correta.</p><p>A ordem correta é Piaget e Vygotsky. Do que foi visto, é possível</p><p>afirmar que tanto Piaget como Vygotsky concebem a criança como</p><p>um ser ativo, atento, que constantemente cria hipóteses sobre o seu</p><p>ambiente. Há, no entanto, grandes diferenças na maneira de</p><p>conceber o processo de desenvolvimento, quanto ao papel dos</p><p>fatores internos e externos no desenvolvimento. Piaget privilegia a</p><p>maturação biológica; Vygotsky, o ambiente social. Piaget, por</p><p>aceitar que os fatores internos preponderam sobre os externos,</p><p>postula que o desenvolvimento segue uma sequência fixa e</p><p>universal de estágios. Vygotsky, ao salientar o ambiente social em</p><p>que a criança nasceu, reconhece que, em se variando esse</p><p>ambiente, o desenvolvimento também será variável. Nesse sentido,</p><p>não se pode aceitar uma visão única, universal, de desenvolvimento</p><p>humano.</p><p>A Fröbel – Piaget</p><p>B Vygotsky – Fröbel</p><p>C Piaget – Vygotsky</p><p>D Piaget – Fröbel</p><p>E Fröbel – Vygotsky</p><p>3 - Marcos de desenvolvimento</p><p>Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os marcos de</p><p>desenvolvimento da infância e as características dos marcos</p><p>motores, sociais e emocionais.</p><p>Marcos na infância</p><p>O interesse pelo desenvolvimento humano e integral da criança tem</p><p>crescido muito nas últimas décadas (BRASIL, 2002). Historicamente,</p><p>podemos relembrar do início dos anos 1980, quando o UNICEF e a OMS</p><p>lançaram um documento intitulado Revolução pela sobrevivência e</p><p>desenvolvimento da criança (CSDR/Child Survival & Development</p><p>Revolution).</p><p>Apesar de ser um documento com o objetivo exploratório de</p><p>diagnosticar e descrever o estado nutricional com uma avaliação do</p><p>crescimento mundial, a proposta foi aceita com entusiasmo pelos</p><p>países em vias de desenvolvimento, a exemplo do Brasil. Nosso país na</p><p>época convivia com taxas de mortalidade infantil muito elevadas, que</p><p>eram decorrentes de uma alta prevalência de doenças infecciosas, que</p><p>eram associadas à desnutrição.</p><p>Como reflexo dessa ação internacional, em 1984, foi publicada pelo</p><p>Ministério da Saúde uma série de manuais sobre atenção básica à</p><p>criança de 0 a 5 anos. Entre esses volumes que se referiam ao</p><p>desenvolvimento infantil, foi incluído um que abordava o</p><p>acompanhamento do crescimento. Na época, não foi dada muita</p><p>importância à vigilância durante o desenvolvimento, mas o tema foi</p><p>tratado de forma didática com a inclusão de uma ficha com alguns dos</p><p>principais marcos do desenvolvimento das crianças e um método</p><p>instrutivo para pais e cuidadores sobre como lidar com a situação diante</p><p>de atrasos ou suspeitas de problemas do desenvolvimento.</p><p>Posteriormente, alguns desses marcos foram incluídos no Cartão da</p><p>Criança (BRASIL, 2002).</p><p>Criação do Cartão da Criança</p><p>Desde o início do século XX, a importância do acompanhamento</p><p>durante o crescimento e no período de desenvolvimento da criança já</p><p>era enfatizada como um eixo central da atenção, pois assim era possível</p><p>identificar os grupos de maior risco para intervenções apropriadas, com</p><p>o intuito de efetivamente diminuir a morbimortalidade infantil. Vamos</p><p>então ler aqui alguns temas abordados em uma versão mais atual do</p><p>manual de atenção básica. Nessa nova versão do Cartão da Criança,</p><p>veremos que o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento já</p><p>foi absorvido e é entendido como sendo uma ação básica primordial</p><p>que deve permear toda a atenção à criança (BRASIL, 2002).</p><p>Se pensarmos sobre a criança, a sequência do desenvolvimento pode</p><p>ser identificada por meio dos marcos tradicionais. Essas referências são</p><p>possíveis com um olhar para uma abordagem sistemática, ou seja, para</p><p>a observação dos avanços da criança no tempo. A aquisição de</p><p>determinada habilidade vai se basear nas adquiridas previamente, e</p><p>raramente pulam-se etapas. Esses marcos constituem a base dos</p><p>instrumentos de avaliação (BRASIL, 2002).</p><p>O manual do Cartão da Criança recomenda a escuta da</p><p>queixa dos pais e considera a história clínica e o</p><p>exame físico da criança, no contexto de um programa</p><p>contínuo de acompanhamento do crescimento e</p><p>desenvolvimento. Somente assim será possível</p><p>formar-se um quadro completo do crescimento e</p><p>desenvolvimento da criança e da real necessidade de</p><p>intervenção.</p><p>No caso de um exame neurológico completo ou a realização de uma</p><p>avaliação psicológica, a criança deve ser encaminhada a um</p><p>especialista ou serviço de referência. A ficha de acompanhamento de</p><p>desenvolvimento serve como um roteiro de observação e identificação</p><p>de crianças com prováveis problemas de desenvolvimento, incluindo</p><p>alguns aspectos psíquicos (BRASIL, 2002).</p><p>A tabela de avaliação é composta por 4 categorias. Vamos conferir!</p><p>Maturativo</p><p>Psicomotor</p><p>Social</p><p>Psíquico</p><p>Marcos de</p><p>desenvolvimento</p><p>Fatores de desenvolvimento</p><p>Segundo Amaral (2007), existem 6 fatores de desenvolvimento. Veja a</p><p>seguir uma breve explicação sobre suas influências:</p><p>Hereditariedade </p><p>Fator importante para o crescimento biológico. Os aspectos</p><p>genéticos podem atuar como uma bagagem potencial em todos</p><p>nós. Contudo, esse potencial é herdado pelo indivíduo e pode</p><p>desenvolver-se ou não e, nesse caso, depende dos demais</p><p>fatores. O crescimento corporal é um dos aspectos do</p><p>desenvolvimento que é bastante influenciado por fatores</p><p>hereditários.</p><p>Nosso organismo se desenvolve, e o indivíduo começa a adquirir</p><p>mais domínio sobre o seu meio ambiente. Com o tempo, será</p><p>adquirida mais autonomia e maiores possibilidades de</p><p>descobertas e insights. Os fatores que interferem no</p><p>desenvolvimento do organismo também podem acarretar</p><p>dificuldades no desenvolvimento mental.</p><p>Crescimento orgânico </p><p>Com as descobertas sobre nosso cérebro, já sabemos que</p><p>nascemos com cerca de 100 bilhões de neurônios. Esses</p><p>neurônios formam sinapses que se intercomunicam em redes,</p><p>sendo que novas formações dessas redes neuronais vão se</p><p>estabelecendo ao longo de todo o processo de desenvolvimento</p><p>humano. Todas as nossas capacidades, habilidades, estratégias</p><p>e complexidades serão promovidas a partir das experiências das</p><p>interações sociais e com o meio, com implicações neurológicas</p><p>da aprendizagem.</p><p>Amadurecimento neurofisiológico </p><p>Meio ambiente </p><p>Estímulos ambientais e as influências alteram significativamente</p><p>os padrões do comportamento humano. Determinados</p><p>comportamentos se desenvolvem mais intensamente quando as</p><p>crianças são estimuladas e com intensidade. Um exemplo desse</p><p>caso é a estimulação precoce.</p><p>A desnutrição é responsável pela redução do crescimento físico</p><p>e por um menor desempenho intelectual em crianças. Dessa</p><p>forma, monitorar o desenvolvimento e o crescimento logo após o</p><p>nascimento é essencial para prever riscos nutricionais à saúde.</p><p>As pesquisas também têm demonstrado a existência de uma</p><p>janela para um período crítico para a influência da má nutrição.</p><p>Quando a desnutrição é precoce e ocorre nos primeiros dois</p><p>anos de vida, o resultado pode ser irreversível. Caso seja dada à</p><p>criança uma dieta alimentar adequada posteriormente, ela</p><p>poderá retornar ao seu ritmo de desenvolvimento, atingindo,</p><p>assim, seu nível normal de crescimento. Esse evento chama-se</p><p>crescimento compensatório.</p><p>Desnutrição infantil </p><p>Doenças prolongadas podem prejudicar o crescimento físico. No</p><p>entanto, da mesma forma que a desnutrição, os</p><p>efeitos das</p><p>doenças podem ser rapidamente superados se elas não</p><p>causarem danos permanentes. Um ambiente cheio de tensão</p><p>também pode favorecer a inibição do crescimento físico,</p><p>fazendo com que ocorram mudanças no ritmo, na curva</p><p>esperada de crescimento físico e uma inibição significativa do</p><p>potencial de desenvolvimento. As pesquisas evidenciam que o</p><p>estresse prolongado gera uma menor produção ou liberação do</p><p>hormônio do crescimento.</p><p>Doenças, estresse e hormônios </p><p>Marcos do desenvolvimento motor</p><p>Uma etapa muito importante de observação no desenvolvimento infantil</p><p>é o desenvolvimento motor, que é caracterizado por uma série de</p><p>"marcos". Os marcos são capacidades que uma criança adquire antes</p><p>de avançar para outras capacidades mais difíceis. Esses marcos não</p><p>são realizações isoladas, pois as etapas são evolutivas e se</p><p>desenvolvem sistematicamente. Cada capacidade adquirida prepara o</p><p>bebê e a criança para lidar com as fases seguintes (PAPALIA; OLDS;</p><p>FELDMAN, 2006).</p><p>Seguem alguns aspectos sobre os marcos do desenvolvimento motor:</p><p>Marcos do desenvolvimento motor.</p><p>Marcos do</p><p>desenvolvimento do Cartão</p><p>da Criança</p><p>Relação de marcos da primeira infância</p><p>Agora, veremos um pouco os detalhes das crianças durante a primeira</p><p>infância. Confira!</p><p>1 a 2 meses</p><p>Neste período, o leite materno protege o bebê, que raramente</p><p>adoece. Ele se sente seguro, acalentado e acolhido no colo da</p><p>mãe. Gosta de olhar para objetos coloridos e ficar em várias</p><p>posições, sobretudo gosta de olhar para o rosto da mãe,</p><p>respondendo sempre com um sorriso.</p><p>3 a 4 meses</p><p>O bebê fica bem mais ativo e já olha para quem o observa,</p><p>consegue acompanhar com o olhar respondendo com sons e</p><p>balbucios quando alguém conversa e interage com ele. Gosta</p><p>de pôr as mãos em objetos que encontra e tem interesse na</p><p>boca. Aprecia a companhia da mãe e gosta de trocar de lugar.</p><p>As habilidades motoras estão em evolução. O bebê fica em</p><p>várias posições – de bruços, levanta a cabeça e os ombros.</p><p>5 a 6 meses</p><p>O bebê já consegue perceber uma interação social, sabe</p><p>quando se dirigem a ele e gosta de balbuciar. Quando o bebê</p><p>ouve uma voz, ele procura a voz com o olhar. Olha e pega tudo,</p><p>inclusive objetos pequenos, correndo perigo de engasgar-se.</p><p>Para que ele se movimente melhor, a mãe ou quem cuida dele</p><p>deve colocá-lo no chão.</p><p>7 a 9 meses</p><p>O bebê, mesmo sendo amamentado, tem vontade de</p><p>experimentar outros alimentos. Ele gosta de brincar com a</p><p>mãe, estar em contato visual constante com os familiares. Às</p><p>vezes, pode estranhar pessoas de fora de casa. Não gosta de</p><p>ficar só. Já fica sentado e também pode se arrastar ou</p><p>engatinhar sozinho seguindo seus interesses. Pode até mesmo</p><p>tentar se pôr de pé. Muito curioso. Já fica sentado sem apoio.</p><p>10 a 12 meses</p><p>Nesta fase, o bebê já está crescido, imita os pais e a família, já</p><p>consegue dar adeus, bater palmas. Fala, pelo menos, uma</p><p>palavra com sentido e aponta para as coisas que ele quer.</p><p>Come comida da casa, porém precisa comer mais vezes que</p><p>um adulto. Gosta de ficar em pé apoiando-se nos móveis ou</p><p>nas pessoas. Engatinha ou anda com apoio.</p><p>13 a 18 meses</p><p>A criança está cada vez mais independente: quer comer</p><p>sozinha e já se reconhece no espelho. Anda alguns passos,</p><p>mas sempre busca o olhar dos pais ou familiares. Fala</p><p>algumas palavras e, às vezes, frases de duas ou três palavras.</p><p>Já consegue andar sozinho.</p><p>19 meses a 2 anos</p><p>A criança nesse período já anda com segurança. Faz pequenas</p><p>corridas, sobe e desce escadas. Brinca com vários brinquedos.</p><p>Consegue aceitar a companhia de outras crianças, porém</p><p>brinca sozinha. Ainda não tem vontade própria, fala muito a</p><p>palavra “não”.</p><p>Relação de marcos da segunda e terceira</p><p>infâncias</p><p>A criança gosta da ajuda que recebe para se vestir. Está ficando</p><p>sabida: dá nomes aos objetos, diz seu próprio nome e fala "meu".</p><p>A mãe deve começar, aos poucos, a tirar a fralda e ensinar, com</p><p>paciência, o seu filho a usar o peniquinho. Ela já demonstra suas</p><p>alegrias, tristezas e raivas. Gosta de ouvir histórias e está cheia</p><p>de perguntas.</p><p>Gosta de brincar com outras crianças. Tem interesse em</p><p>aprender sobre tudo o que a cerca, inclusive contar e reconhecer</p><p>as cores. Ainda recebe ajuda para se vestir e calçar os sapatos.</p><p>Brinca imitando as situações do seu cotidiano e os seus pais.</p><p>2 a 3 anos </p><p>3 a 4 anos </p><p>A criança gosta de ouvir histórias, aprender canções, ver livros e</p><p>folhear revistas. Veste-se e toma banho sozinha. Escolhe suas</p><p>roupas, sua comida e seus amigos. Corre e pula alternando os</p><p>pés. Gosta de expressar as suas ideias, comentar o seu</p><p>cotidiano e, às vezes, conta histórias. Conta ou inventa pequenas</p><p>histórias e já consegue assumir algumas responsabilidades.</p><p>4 a 6 anos </p><p>7 anos </p><p>A criança está concluindo o seu processo de alfabetização e já</p><p>consegue manter o interesse por leituras com livros maiores e</p><p>mais complexos. Pode fazer operações matemáticas mais</p><p>complexas. Já consegue lidar com dinheiro, conferir o troco e</p><p>contar suas moedas. Compreende o que é a mesada e o ato de</p><p>poupar, acumular para um brinquedo, e se possível, doar uma</p><p>certa parte. Nessa fase, aquele egocentrismo natural da primeira</p><p>infância começa a diminuir.</p><p>Nessa etapa do descobrimento, a criança já conhece seus</p><p>interesses e gostos pessoais e está pronta para ótimas e sólidas</p><p>relações de amizade. A parte motora está bem próxima da</p><p>maturidade e pronta para a prática esportiva. Essa prática</p><p>ajudará no estirão dos próximos anos, no controle da</p><p>agressividade e ajuste na coletividade.</p><p>8 anos </p><p>Essa é a fase intermediária para a pré-adolescência. Pode</p><p>ocorrer uma mudança, menos vontade de brincadeiras lúdicas e</p><p>mais interesse pelas atividades mais “adultas”, como séries de</p><p>TV, livros, celular, jogos, relações sociais. São mais realistas com</p><p>os fatos que ocorrem no mundo e colocam os pais em xeque</p><p>algumas vezes. Mostram-se mais independentes.</p><p>9 anos </p><p>Marcos sociais e</p><p>emocionais da infância</p><p>Marco da aquisição da linguagem</p><p>A fala inicial, a partir dos 14 meses de vida, não é apenas uma versão</p><p>imatura da fala adulta, mas ela aos poucos vai ganhando um potencial</p><p>de personalidade própria, qualquer que seja o idioma que a criança</p><p>esteja falando (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2006). Mas sabemos que as</p><p>crianças simplificam e se utilizam de falas telegráficas para poder se</p><p>comunicar e dizer o suficiente para enviar sua mensagem (exemplo:</p><p>“Não tomar leite!”). A fala inicial também possui muitas outras</p><p>características distintas.</p><p>As crianças compreendem relações gramaticais que ainda não</p><p>conseguem expressar e também não conseguem sequenciar palavras</p><p>suficientes para expressar a ação completa. Aos 2 anos de idade, as</p><p>crianças são capazes de reproduzir mais de 200 palavras, e aos 2 anos</p><p>e 6 meses, mais de 500 palavras.</p><p>Entre 2 e 2 anos e meio, as crianças apresentam frases de 3 a 4</p><p>palavras, com desvios de flexão nominal e verbal (exemplo: “Esse meu</p><p>bola”; “Eu comeu tudo bolacha”).</p><p>Marco da escola – o primeiro ano!</p><p>Há expectativa de ingressar no primeiro ano – uma emoção aguardada</p><p>com uma mistura de muita alegria e ansiedade, mesmo para as crianças</p><p>que já frequentam a pré-escola.</p><p>O primeiro dia na escola e as aulas na primeira série são um marco para</p><p>todas as crianças – um sinal dos avanços internos que possibilitam</p><p>essa nova condição. Esse efeito de ingressar no primeiro ano é uma</p><p>experiência que prepara as bases para toda a carreira escolar de uma</p><p>criança.</p><p>O boletim do primeiro ano é um prognóstico do que está por vir – um</p><p>prognóstico mais preciso do que os resultados em testes iniciais.</p><p>Marco da idade escolar (terceira infância) e</p><p>pré-adolescência</p><p>Durante a idade escolar (considerada entre 6 e 11 anos), ocorre um</p><p>significativo crescimento cognitivo. Esse evento promove na criança</p><p>maior compreensão sobre as emoções dos outros e as suas próprias,</p><p>gerando os primeiros passos para maior controle emocional. O</p><p>crescimento emocional se expressa, especialmente, com o autocontrole</p><p>das emoções negativas</p><p>(RODRIGUES; MELCHIORI, 2014).</p><p>Segundo Papalia, Olds e Feldman (2006), serão fundamentais para o</p><p>desenvolvimento do controle da emoção e da autoestima os ambientes</p><p>familiar e escolar. Promover sentimentos positivos acerca da confiança</p><p>em si mesmo, da visão sobre suas possibilidades, facilitando a vivência</p><p>frente a desafios. As crianças, ao se relacionarem com seus pares da</p><p>mesma idade cronológica, vivem uma oportunidade e um excelente</p><p>aprendizado de comportamentos pró-sociais.</p><p>Elas podem receber um senso de identidade, com</p><p>habilidades de liderança, de comunicação, de</p><p>cooperação e de papéis, além de regras. Esse é um</p><p>início para o afastamento dos pais, já que um grupo</p><p>social de amigos sempre abre novas perspectivas.</p><p>Dessa forma, podemos concluir que a idade escolar será permeada por</p><p>muitas conquistas e aquisições cognitivas importantes, pois elas</p><p>impulsionarão o desenvolvimento psicossocial, mesmo que não sejam</p><p>observadas mudanças físicas significativas. Ao contrário, na próxima</p><p>etapa, a adolescência, além de mudanças físicas, muitas mudanças</p><p>cognitivas e psicossociais bastante expressivas poderão ser</p><p>observadas, e prepararão a pessoa para um período de autonomia e</p><p>uma vida produtiva (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2006).</p><p>Marcos no</p><p>desenvolvimento da criança</p><p>Confira agora os marcos no desenvolvimento infantil, destacando as</p><p>principais características nas diferentes fases da infância.</p><p></p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos.</p><p>Vamos praticar alguns conceitos?</p><p>Questão 1</p><p>O interesse pelo desenvolvimento humano e integral da criança tem</p><p>recebido atenção nas últimas décadas. O aumento constante dos</p><p>níveis de sobrevivência infantil em todo o mundo tem sido</p><p>reconhecido como um grande esforço internacional na prevenção</p><p>de problemas ou de patologias com efeitos duradouros na</p><p>constituição do ser humano desde a infância. Sobre esse tema, é</p><p>recomendado nas cartilhas distribuídas pelo Ministério da Saúde o</p><p>acompanhamento de diversas etapas no desenvolvimento,</p><p>sobretudo aspectos motores na primeira infância. Essas etapas são</p><p>conhecidas como</p><p>Parabéns! A alternativa C está correta.</p><p>Em 1984, foi publicada pelo Ministério da Saúde uma série de</p><p>manuais sobre atenção básica à criança de 0 a 5 anos. Esses</p><p>volumes tratavam do desenvolvimento infantil, mas foi incluído um</p><p>manual que abordava o acompanhamento do crescimento. O tema</p><p>foi tratado de forma didática com a inclusão de uma ficha com</p><p>alguns dos principais marcos do desenvolvimento das crianças e</p><p>um método instrutivo para pais e cuidadores sobre como lidar com</p><p>a situação diante de atrasos ou suspeitas de problemas do</p><p>desenvolvimento. Posteriormente, alguns desses marcos foram</p><p>incluídos no Cartão da Criança e são orientativos da atenção básica</p><p>de saúde em todo os sistema SUS e SUAS no território brasileiro.</p><p>Questão 2</p><p>A marcadores somáticos.</p><p>B estágios piagetianos.</p><p>C marcos de desenvolvimento.</p><p>D etapas de identidade.</p><p>E etapas operacionais.</p><p>Para Papalia, Olds e Feldman (2006), o processo de crescimento</p><p>será influenciado por fatores intrínsecos e extrínsecos que</p><p>suportam a curva de crescimento por faixas etárias esperadas na</p><p>infância. Alguns fatores são acompanhados no desenvolvimento,</p><p>pois explicam muitas manifestações no comportamento da criança</p><p>e até mesmo nas suas dimensões físicas e habilidades cognitivas.</p><p>É o caso do fator da hereditariedade. Sobre esse tema,assinale (V)</p><p>ou (F) em cada afirmativa.</p><p>I. ( ) A hereditariedade é um fator importante para o crescimento</p><p>biológico.</p><p>II. ( ) O potencial hereditário de cada criança é predeterminado e ele</p><p>sempre se desenvolverá, independentemente de meio e estímulos.</p><p>III. ( ) Os aspectos genéticos podem atuar como uma bagagem</p><p>potencial em todos nós, podendo ocorrer ou não.</p><p>IV. ( ) A inteligência é uma capacidade que pode ser transmitida</p><p>geneticamente, porém é uma capacidade potencial e ela pode</p><p>desenvolver-se além ou aquém desse potencial.</p><p>V. ( ) O crescimento corporal é um dos aspectos do</p><p>desenvolvimento que é bastante influenciado por fatores</p><p>hereditários.</p><p>Marque a resposta com a sequência correta.</p><p>A V - V - F – F - V</p><p>B V - F - F - V - V</p><p>C V - V - V - F - V</p><p>Parabéns! A alternativa E está correta.</p><p>O potencial hereditário de cada criança dependerá dos estímulos</p><p>internos e de inúmeros fatores de estímulos externos. As demais</p><p>assertivas estão corretas.</p><p>Considerações �nais</p><p>A infância é um período ímpar e tem um papel-chave em todo o</p><p>desenvolvimento do ser humano. Os 6 primeiros anos de vida são os</p><p>mais importantes no crescimento e desenvolvimento da criança. Vimos</p><p>como é essencial o papel dos pais, dos cuidadores, dos professores e</p><p>de todos que participam efetivamente da vida da criança. O</p><p>acompanhamento dos marcos de desenvolvimento é uma garantia para</p><p>que o crescimento orgânico seja atingido de forma satisfatória por meio</p><p>de um acompanhamento atento e cuidadoso. É importante todas as</p><p>pessoas de uma comunidade familiar se envolverem com o</p><p>desenvolvimento saudável das crianças, além de se conscientizarem de</p><p>seus papéis, tanto no desenvolvimento físico e cognitivo da criança</p><p>quanto no social e no intelectual-emocional. Essa é uma</p><p>responsabilidade dos adultos.</p><p>D V - V - F - F – V</p><p>E V – F – V – V - V</p><p>Vimos que as crianças, desde bebês, participam ativamente do universo</p><p>que as cerca e são impactadas pelos estímulos que recebem. Ou seja,</p><p>se elas recebem amor, é amor que irão refletir e internalizar. Mas se elas</p><p>viverem em um ambiente hostil e sem condições favoráveis para</p><p>absorver emoções positivas, elas poderão ter o seu desenvolvimento</p><p>prejudicado e até criar traumas que, para a vida adulta, serão refletidos</p><p>no modo como enxergam e reagem ao mundo.</p><p>Podcast</p><p>Ouça agora um bate-papo sobre as diversas transformações que</p><p>ocorrem na infância, por meio da descrição de mudanças físicas,</p><p>cognitivas e psicossociais, com exemplos da atuação do psicólogo no</p><p>desenvolvimento infantil.</p><p></p><p>Explore +</p><p>Confira agora as dicas que separamos especialmente para você!</p><p>Dica 1:</p><p>Manual para vigilância do desenvolvimento infantil no contexto da AIDP</p><p>Não deixe de ler esse este manual que foi elaborado para complementar</p><p>o material didático do “Curso de Vigilância do Desenvolvimento Infantil</p><p>no Contexto da AIDPI”. Destina-se aos profissionais da Rede Básica de</p><p>Saúde, não sendo, portanto, seu conteúdo aprofundado para</p><p>especialistas em desenvolvimento infantil. Trata-se de um material com</p><p>conhecimentos básicos sobre desenvolvimento nos 2 primeiros anos de</p><p>vida, que todo profissional da Atenção Primária à Saúde deve ter, para</p><p>poder orientar adequadamente os pais sobre como acompanhar o</p><p>desenvolvimento normal do seu filho. Ele está disponível na página de</p><p>Medicina da UFMG.</p><p>Dica 2:</p><p>Esquema síntese da atenção à saúde da criança</p><p>Saiba mais sobre o Esquema Síntese da Atenção à Saúde da Criança,</p><p>baseado na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança</p><p>(PNAISC), no Portal de Boas Práticas da FIOCRUZ.</p><p>Dica 3:</p><p>Série Cadernos de Atenção Básica nº 11</p><p>O presente manual destina-se aos profissionais de saúde de nível</p><p>superior que prestam atendimento infantil nos diversos níveis da</p><p>atenção, com a finalidade de contribuir para a melhoria da qualidade de</p><p>suas práticas e, por extensão, a qualidade de vida das crianças,</p><p>mediante a monitoração do seu crescimento.</p><p>Dica 4:</p><p>Infância de 0 a 2 anos: cuidados e desenvolvimento</p><p>Vamos tirar as dúvidas sobre as teorias do desenvolvimento humano</p><p>nos primeiros anos de vida da criança com este vídeo do YouTube.</p><p>Drauzio conversa com o pediatra Daniel Becker sobre os cuidados</p><p>necessários para o desenvolvimento de uma criança nos seus primeiros</p><p>2 anos de vida.</p><p>Dica 5:</p><p>Assista também ao vídeo da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal sobre</p><p>a primeira infância, disponível no YouTube.</p><p>Referências</p><p>AMARAL, V. L. Psicologia da educação. Natal, RN: EDUFRN, 2007. 208 p.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.</p><p>Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: acompanhamento</p><p>do crescimento e desenvolvimento infantil. Ministério da Saúde.</p><p>Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2002.</p><p>CARVALHO, N. M. C. Psicologia da Infância e da Adolescência. 1. ed.</p><p>Ceará: EGUS, 2015.</p><p>PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano.</p><p>Porto Alegre: Artmed, 2006.</p><p>RODRIGUES, O. M.; MELCHIORI, L. E. Aspectos do desenvolvimento na</p><p>idade escolar e na adolescência. UNESP, 2014.</p><p>Material para download</p><p>Clique no botão abaixo para fazer o download do</p><p>conteúdo completo em formato PDF.</p><p>Download material</p><p>javascript:CriaPDF()</p><p>O que você achou do conteúdo?</p><p>Relatar problema</p>