Psicopatologia I

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<p>'</p><p>TRABALHO DE CONCLUSÃO DE</p><p>MÓDULO</p><p>ALUNO(a): Andreia de Oliveira Marfinatti</p><p>PROFESSOR(a): Fernando Roberto</p><p>MÓDULO: Psicopatologia I</p><p>TURMA (Polo): 3 SP Mooca</p><p>ENVIADO PARA: recepcaoanep@gmailcom</p><p>As figuras parentais frequentemente atuam como modelos primários para os</p><p>relacionamentos da personagem. A forma como os pais lidam com suas próprias</p><p>emoções, conflitos e relacionamentos se reflete diretamente no comportamento e</p><p>nas escolhas da personagem. Nesse sentido, podemos observar no episódio</p><p>diversas situações que influenciaram a situação da menina, sendo algumas delas a</p><p>forma como os pais a tratam, colocando o nome inicialmente de Asmodeia, que</p><p>possui referência a um demônio, não terem batizado a menina. Bem como, a</p><p>coleção de livros satânicos guardados pelos pais e a solicitação de que a menina</p><p>imitasse, fazendo um show de possessão para angariar dinheiro.</p><p>Além disso, ainda teve a situação com o irmão gêmeo de Asmodeia, que a</p><p>sua mãe perdeu na gestação, sobre o qual os pais sempre falavam, gerando a</p><p>percepção em Asmodeia de que eles queriam o menino, não ela, que preferiam que</p><p>ele tivesse vivido, o que influenciou no surgimento de sensação de adversária do</p><p>irmão, de oposta, anti, ou seja, anticristo. O que, em certo grau, pode ter</p><p>desencadeado um transtorno de personalidade, o qual fez com que ela acreditasse</p><p>que de fato fosse ruim, o maligno.</p><p>Diante disso, o psicanalista atua através da investigação da história familiar</p><p>da personagem para entender a origem de seus conflitos e problemas. A análise das</p><p>dinâmicas parentais e das experiências passadas ajudou a desvendar a raiz dos</p><p>transtornos e a identificar padrões de comportamento. E, diante disso, pôde elaborar</p><p>uma interpretação dos seus conflitos internos e como estes se relacionam com suas</p><p>experiências familiares.</p><p>Assim, o psicanalista atuou buscando entrar no mundo dela, considerando a</p><p>realidade que ela transmite, conversando assim com “o demônio”, ou seja, com ela,</p><p>inicialmente apresentando questionamentos sobre a visão que ela tinha de demônio,</p><p>e do significado atribuído por ela à figura de anticristo e a figura de Deus.</p><p>Desmistificando essa dualidade entre Deus-bom e Diabo-ruim, e possibilitando a</p><p>criação de uma outra imagem de Diabo, diferente da esperada, “uma forma mais</p><p>amena do demônio ser”, como aborda o psicanalista.</p>