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<p>P á g i n a | 1</p><p>REGIÕES BRASILEIRAS</p><p>P á g i n a | 2</p><p>Sumário</p><p>BRASIL: DIVISÃO POLÍTICA .......................................................................................................... 3</p><p>BRASIL: LOCALIZAÇÃO ................................................................................................................. 4</p><p>BRASIL: DIVISÃO REGIONAL ........................................................................................................ 5</p><p>REGIÃO NORDESTE ..................................................................................................................... 7</p><p>REGIÃO SUL ............................................................................................................................... 12</p><p>REGIÃO CENTRO-OESTE ............................................................................................................ 19</p><p>REGIÃO NORTE: ......................................................................................................................... 25</p><p>REGIÃO SUDESTE ...................................................................................................................... 35</p><p>REFERÊNCIAS............................................................................................................................. 41</p><p>P á g i n a | 3</p><p>BRASIL: DIVISÃO POLÍTICA</p><p>1. Características básicas</p><p>O Brasil possui uma grande extensão territorial, 8.511.965km2, sendo o quinto do</p><p>mundo, precedido pela Rússia, Canadá, China e EUA.</p><p>Rússia 22.031.200km2</p><p>Canadá 9.976.137km2</p><p>China 9.561.000km2</p><p>EUA 9.384.902km2</p><p>2. Vantagens da grande extensão territorial</p><p>A grande extensão territorial brasileira possibilita um maior campo de ação para a</p><p>agricultura, graças à diversidade dos tipos climáticos; as possibilidades de recursos vegetais,</p><p>animais e minerais são também mais variadas e mais amplas. Permitir uma economia</p><p>diversificada e abrigar uma enorme população também são vantagens da grande extensão</p><p>territorial.</p><p>3. Desvantagens da grande extensão territorial</p><p>A enorme extensão territorial cria aos órgãos governamentais o problema das</p><p>grandes distâncias a serem vencidas por ferrovias e rodovias de elevado custo. Além das</p><p>enormes distâncias que encarecem sobremaneira a produção, a grande extensão territorial</p><p>pode vir a criar problemas de diferenciação social, política e econômica entre as diversas</p><p>regiões do país</p><p>P á g i n a | 4</p><p>BRASIL: LOCALIZAÇÃO</p><p>O país está localizado na América do Sul, faz limite com dez países sul-americanos do</p><p>continente. Apenas Chile e Equador não compartilham desta ligação. A grande dimensão</p><p>territorial do país possibilita a existência de uma imensa diversidade de paisagens, climas,</p><p>pluralidade cultural, além de uma grande biodiversidade.</p><p>O território brasileiro corresponde a, aproximadamente, 1,6% da superfície do</p><p>planeta, 5,6% das terras emersas do globo, 20,8% da extensão territorial da América e 48%</p><p>das áreas que constituem a América do Sul. A grande extensão do território brasileiro no</p><p>sentido leste-oeste (4.319 quilômetros entre os pontos extremos) faz com que o país possua</p><p>três fusos horários diferentes.</p><p>Todo o território brasileiro está localizado a oeste do meridiano de Greenwich,</p><p>portanto, sua área pertence ao hemisfério ocidental. A linha do Equador passa no extremo</p><p>norte do país, fazendo com que 7% de seu território pertença ao hemisfério norte e 93%</p><p>localizado no hemisfério sul. Cortado ao sul pelo Trópico de Capricórnio, apresenta 92% do</p><p>território na zona intertropical (entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio); os 8%</p><p>restantes estão na zona temperada do sul (entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar</p><p>Antártico).</p><p>P á g i n a | 5</p><p>A localização geográfica de qualquer ponto do planeta é realizada através da latitude</p><p>e longitude. No sentido leste-oeste do território brasileiro, os extremos são a Serra</p><p>Contamana (AC), a oeste, com longitude de 73°59’32”; e Ponta do Seixas (PB), a leste, com</p><p>longitude 34°47’30”. Os extremos no sentido norte-sul apresentam 4.394 quilômetros de</p><p>distância, onde estão o Monte Caburaí (RR), ao norte do território, com latitude 5°16’20”; e</p><p>Arroio Chuí (RS), ao sul, com latitude 33°45’03”.</p><p>BRASIL: DIVISÃO REGIONAL</p><p>O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão responsável pela</p><p>divisão regional do território brasileiro. Para reunir estados em uma mesma região são</p><p>P á g i n a | 6</p><p>utilizados critérios como semelhanças nos aspectos físicos, humanos, culturais, sociais e</p><p>econômicos.</p><p>Muitas divisões regionais do território brasileiro já foram estabelecidas ao longo da</p><p>história, atualmente está em vigor a divisão estabelecida no ano de 1970, que é composta</p><p>por cinco Regiões: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sul e Sudeste.</p><p>P á g i n a | 7</p><p>REGIÃO NORDESTE</p><p>A Região Nordeste é formada pelos seguintes estados e capitais:</p><p>Estados: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,</p><p>Alagoas, Sergipe e Bahia.</p><p>Capitais: São Luís, Teresina, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju e</p><p>Salvador</p><p>Corresponde a mais de 18% do território brasileiro. Sua área territorial,</p><p>1.554.291,744 km2, é quase três vezes maior do que a França. Em termos populacionais, é a</p><p>segunda região brasileira em número de habitantes, sendo a terceira em área após o Norte</p><p>e o Centro-Oeste.</p><p>1. Aspectos gerais</p><p>Durante o período colonial, o território correspondente à atual Região Nordeste</p><p>abrigou realidades regionais distintas entre si. De um lado, a economia açucareira praticada</p><p>na Zona da Mata e de outro lado, o Nordeste algodoeiro-pecuário do Sertão semiárido. Foi</p><p>com o processo de integração nacional, realizado a partir da industrialização do país e sua</p><p>concentração no Sudeste, que o Nordeste passou a ser encarado como uma grande região</p><p>com traços em comum e individualizada no conjunto do Brasil.</p><p>Hoje, o Nordeste é tratado como uma “região-problema”, onde se podem perceber</p><p>enormes disparidades econômicas e naturais entre diversas de suas áreas.</p><p>Esse complexo regional nordestino é marcado pela pobreza, pela grande</p><p>desigualdade de sua estrutura social, pela repulsão populacional, pela baixa produtividade</p><p>da agricultura e pela presença de pólos industriais voltados para os mercados extra</p><p>regionais.</p><p>A Região Nordeste é uma das cinco regiões do Brasil definidas pelo Instituto</p><p>Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1969. Possui área equivalente à da Mongólia</p><p>ou do estado do Amazonas, população equivalente à da Itália e um IDH médio, comparável</p><p>com El Salvador (dados de 2010). Em comparação com as outras regiões brasileiras, tem a</p><p>segunda maior população, o terceiro maior território, o segundo maior colégio eleitoral (36</p><p>727 931 eleitores em 2010), o menor IDH (2010) e o terceiro maior PIB (2009). Segundo</p><p>P á g i n a | 8</p><p>dados do IBGE, a região possui mais de 49 milhões de habitantes, quase 30% da população</p><p>brasileira. É a segunda região mais populosa do país, atrás apenas da região Sudeste.</p><p>2. Relevo</p><p>A Região Nordeste é dividida, em função de fatores naturais e econômicos, em Zona</p><p>da Mata, Agreste, Sertão e Meio-Norte.</p><p>Quanto ao relevo nordestino, vemos as seguintes características nas várias sub-</p><p>regiões:</p><p>Zona da Mata</p><p>É formada por uma longa e estreita planície sedimentar, que acompanha o litoral,</p><p>alargando-se para o interior irregularmente até a base das chapadas cristalinas.</p><p>Possui formas suaves, onde a acumulação do material ao longo do tempo geológico</p><p>possibilitou a formação de um relevo facilmente atacado pelos agentes erosivos, como os</p><p>rios que cortam a região, e a ação do mar, além dos ventos que facilmente acumulam</p><p>material arenoso nas dunas.</p><p>Meridional faz parte do relevo do Centro- Oeste.</p><p>II) É a região menos populosa.</p><p>III) O clima da Região do Centro-Oeste é tropical.</p><p>IV) É a única região que faz limite com todas as demais.</p><p>V) Não possui litoral</p><p>a) Somente a afirmativa III está incorreta.</p><p>b) Todas estão corretas.</p><p>c) Somente a afirmativa I, IV e V estão corretas.</p><p>d) Somente a afirmativa I está incorreta.</p><p>8- Faz parte da hidrografia da Região do Centro-Oeste, exceto:</p><p>a) Bacia Amazônica.</p><p>b) Bacia Platina.</p><p>c) Bacia do Tocantins-Araguaia.</p><p>d) Bacia Salgada.</p><p>9- Sobre a Região Sudeste é correto afirmar que:</p><p>a) É formada por três estados.</p><p>b) Possui cinco grandes divisões de relevo.</p><p>P á g i n a | 44</p><p>c) É a região com a menor população no país.</p><p>d) Não possui litoral.</p><p>10- Analise as afirmações e assinale a alternativa correta:</p><p>a) A Região Sudeste possui a maior área entre todas as regiões.</p><p>b) A Região Norte é formada por sete estados.</p><p>c) A Região Sul é a única que não possui litoral.</p><p>d) A Região Centro-Oeste faz divisa com o Uruguai.</p><p>Típicos de porções litorâneas na Zona da Mata.</p><p>Agreste</p><p>Compreende uma faixa acidentada, que se inicia no contato com a estreita planície</p><p>da Zona da Mata e termina no topo dos planaltos com formato tabular (as “chapadas”).</p><p>Assim, as altitudes do Agreste variam bastante, desde alguns metros acima do nível</p><p>do mar até as áreas mais elevadas das chapadas, mais de 500m acima do nível do mar.</p><p>Sertão</p><p>Caracteriza-se por ocupar o topo aplainado dos planaltos, com áreas mais altas se</p><p>destacando na paisagem na forma de morros isolados, denominados inselbergs (do alemão:</p><p>insel = ilha + berg = montanha).</p><p>O relevo do sertão nordestino caracteriza-se por uma altimetria variável, começando</p><p>nas marcas ao redor dos 500m no contato com o Agreste, decaindo, muitas vezes, para o</p><p>P á g i n a | 9</p><p>interior (no vale do São Francisco as marcas estão por volta dos 200m acima do nível do</p><p>mar) e elevando-se nos picos isolados das chapadas cristalinas e sedimentares.</p><p>Meio-Norte</p><p>Caracteriza-se por uma grande planície que, partindo do litoral, estende-se até as</p><p>chapadas sedimentares do interior.</p><p>O relevo do Meio-Norte, afora maiores elevações no sul do Maranhão, possui formas</p><p>planas e suaves, características das bacias sedimentares.</p><p>3. Clima e Vegetação</p><p>Na Zona da Mata, o clima é tropical úmido (chuvas nos meses do inverno) e a nor</p><p>oeste é equatorial (chuvas intensas o ano todo).</p><p>Observamos que nas extremidades leste e oeste da Região Nordeste chove mais.</p><p>Observando os mapas de relevo e clima, notamos que existe uma grande chapada pr</p><p>óxima ao litoral. O Planalto da Borborema</p><p>pertence à subdivisão do Nordeste denominada Agreste.</p><p>O Polígono das Secas</p><p>Nesta região, que abrange parte de todos os estados nordestinos, mais o norte de</p><p>Minas Gerais (Região Sudeste), as secas são constantes, chegando a durar anos. As chuvas,</p><p>quando caem, são imediantamente levadas aos rios pois o solo do Polígono das Secas é</p><p>impermeável, não retendo as águas.</p><p>Chuvas de relevo</p><p>No litoral, o vapor, ao subir pelas vertentes de uma elevação, encontra camadas com</p><p>temperaturas mais baixas e transforma-se em chuvas. São as chuvas orográficas ou de relevo.</p><p>A Chapada Diamantina e a Araripe (elevações com topos planos) estão afastadas d</p><p>o litoral, a mais ou menos</p><p>P á g i n a | 10</p><p>200km, e estão paralelas a ele. Apesar de estarem localizadas numa região de clima semi-</p><p>árido, essas áreas apresentam-se mais úmidas em consequência das chuvas orográficas ou de</p><p>relevo.</p><p>3. Vegetação</p><p>O clima e outros fatores vão definir a vegetação. Se viajarmos em linha reta de</p><p>Belém,no Pará,até Recife, em Pernambuco, encontraremos diversas coberturas</p><p>vegetais. Encontraremos a Floresta Amazônica, no Maranhão, logo após, a Mata dos</p><p>Cocais, a Caatinga no sertão, e a Mata Atlântica no litoral, além de trechos de cerrado</p><p>4. Hidrografia</p><p>As características climáticas do Nordeste dificultam o abastecimento das bacias</p><p>hidrográficas, sendo comum a presença de rios intermitentes ou temporários (ficam secos</p><p>no período de estiagem). Para solucionar esse problema, o governo construiu vários açudes</p><p>(represas).</p><p>Destacam-se as seguintes bacias hidrográficas:</p><p>Bacia do São Francisco</p><p>O rio São Francisco é o mais importante do Nordeste. Nasce em Minas Gerais (Serra</p><p>da Canastra) e deságua no Oceano Atlântico. De seus 3.161km, cerca de 2.200km</p><p>atravessam terras nordestinas pertencentes a quatro estados: Bahia, Pernambuco, Alagoas e</p><p>Sergipe. É de grande valor econômico para a região, sobretudo pela navegação, que facilitou</p><p>o comércio de Minas Gerais até Juazeiro (NE), além de ser utilizado na irrigação das</p><p>lavouras.</p><p>Paulo Afonso (situada entre Pernambuco, Bahia e Alagoas) e Sobradinho são suas</p><p>principais usinas hidrelétricas na Região Nordeste.</p><p>Bacia do Nordeste</p><p>P á g i n a | 11</p><p>Reúne, em sua maioria, rios intermitentes ou temporários, ou seja, rios de cursos</p><p>torrenciais ou secos. No período da estiagem, seus vales, que conservam um pouco de</p><p>umidade, assim como os fundos de pequenas lagoas, são ocupados por lavouras de</p><p>subsistência (culturas de vazante). Os principais rios são: Mearim, Jaguaribe, Itapicuru,</p><p>Capibaribe e Parnaíba, que separa o Maranhão do Piauí e onde foi construída a Hidrelétrica</p><p>de Castelo Branco, muito importante para o desenvolvimento regional.</p><p>Bacias do Leste</p><p>Na extremidade leste da região existem diversas bacias hidrográficas, que se</p><p>organizam em áreas menores, correndo diretamente para o Atlântico. Os cursos desses rios</p><p>dependem do clima das áreas que atravessam. Destacam-se o rio de Contas, Paraguaçu e</p><p>Pardo.</p><p>P á g i n a | 12</p><p>REGIÃO SUL</p><p>A Região Sul é formada pelos seguintes estados e capitais:</p><p>Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná</p><p>Capitais: Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba</p><p>A Região Sul do Brasil é a menor das cinco regiões do país, com área territorial de</p><p>576 774,31 km², sendo maior que a área da França metropolitana e menor que o estado</p><p>brasileiro de Minas Gerais.</p><p>1. Aspectos Gerais</p><p>Os povos indígenas como os carijós, os guaranis e os kaingangs foram os primeiros</p><p>habitantes do sul. Durante a colonização do Brasil, a região estava fora do domínio de</p><p>Portugal, porém outras regiões como o Nordeste e o Sudeste já haviam sido ocupados</p><p>durante o século XVI e XVII. O povoamento do sul começou principalmente nos séculos XIX e</p><p>XX.</p><p>No século XVI, padres espanhóis que faziam parte da Companhia de Jesus chegaram</p><p>com o objetivo de catequizar os índios e também dominar a terra. Eles foram os</p><p>P á g i n a | 13</p><p>responsáveis pela criação de aldeias conhecidas por missões. Os indígenas que lá habitavam,</p><p>criavam gados, aprendiam ofícios e praticavam a agricultura. Com a chegada dos</p><p>bandeirantes, que atacavam esses locais e aprisionavam indígenas, esses moradores tiveram</p><p>que fugir, deixando seus campos e gados. Além disso, doenças e epidemias contribuíram</p><p>significativamente para redução das populações indígenas.</p><p>Portugal também desejava estender os domínios até o rio da Prata (Uruguai), e por</p><p>isso, criou a Colônia do Sacramento, em 1680. Esse fato, rendeu grandes conflitos entre eles</p><p>e a Espanha (já que eles detinham a região). Foram criados também fortes militares no</p><p>litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e nos arredores surgiram pequenos povoados.</p><p>Durante muito tempo, Portugal e Espanha travaram batalhas pelas terras do sul, que só</p><p>foram solucionadas com a criação do Tratado de Madrid, de 1750.</p><p>Ainda no século XVI, paulistas chegaram para ocupar as áreas de campos e fundaram</p><p>as mais antigas vilas. Além disso, houve um interesse grande pelo comércio do gado e com a</p><p>chegada dos tropeiros ocorreu a comercialização de animais (mulas, cavalos e gados), além</p><p>de outros produtos, do sul para o sudeste, bem como surgimento de povoados.</p><p>No século XVIII, o governo português procurou colonizar toda a área do litoral, assim</p><p>chegaram à região os colonos açorianos que residiram em colônias agrícolas, em Santa</p><p>Catarina e Rio Grande do Sul. Mas como essas populações não estavam acostumadas ao</p><p>cultivo (ainda mais devido a dificuldade de plantar no solo arenoso), logo se limitaram a</p><p>plantar por subsistência e investiram na atividade de pesca. Por isso, em Florianópolis é forte</p><p>a presença deles.</p><p>No século XIX, Portugal doava terras para os militares, a fim de garantir o seu</p><p>domínio ao sul do Brasil; e com isso, foi na Campanha Gaúcha, que ocorreu a criação dos</p><p>latifúndios, transformados mais tarde em propriedades pastoris. Essa área foi de grande</p><p>importância, já que tratava dos rebanhos, sendo essencial para a exportação de carne de</p><p>charque para alimentar as regiões das minas (atual Minas Gerais) e o Rio de Janeiro.</p><p>A população era formada inicialmente por indígenas e posteriormente por</p><p>bandeirantes, tropeiros, paulistas, e também por imigrantes europeus que</p><p>vieram a partir</p><p>do século XIX, principalmente, alemães, açorianos e italianos. Os alemães se instalaram no</p><p>norte de Santa Catarina, norte e oeste do Paraná (Vale do rio Itajaí e Rio dos Sinos). Já os</p><p>P á g i n a | 14</p><p>italianos, ocuparam inicialmente o nordeste do Rio Grande do Sul, na serra gaúcha e</p><p>também o sul do estado de Santa Catarina. Eles foram os responsáveis por cultivar uva e</p><p>produzir vinho. Os portugueses ocuparam o litoral, com destaque para Florianópolis e Porto</p><p>Alegre. Outros povos também vieram para o sul, mas em menor quantidade, como os</p><p>ucranianos, poloneses, russos, americanos, dentre outros. As principais cidades, em que</p><p>estão concentradas grandes populações estão Curitiba, Porto Alegre, além das cidades do</p><p>Vale do Rio Itajaí.</p><p>O Sul do Brasil é a região ocupante da ordem de 6,8%, no entanto, tem uma grande</p><p>população. A densidade demográfica conferida pelos seus 28,7 milhões de habitantes é da</p><p>ordem de 49,9 hab./km², porém, ao contrário, as regiões Norte e Centro-Oeste têm</p><p>população três vezes menor que a da Região Sul. Seus 27.384.815 habitantes. Numa região</p><p>relativamente desenvolvida em uniformidade nos setores primários, secundário e terciário,</p><p>essa população demonstra os índices de literacia/alfabetização de maior elevação em</p><p>conformidade com os registros feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística</p><p>(IBGE), o que torna evidente o caráter social e culturalmente desenvolvido da região.</p><p>2. Relevo</p><p>O Relevo da Região Sul do Brasil é caracterizado por um conjunto de relevos</p><p>planálticos. Esses relevos se elevam em altitudes até mais de 1000 metros. Essas altitudes</p><p>decrescem no oeste, onde corre o rio Paraná nas altitudes de 100 a 300 metros. Abrange</p><p>cerca de 3/4 partes do relevo regional. O mencionado conjunto é denominado de Planalto</p><p>Meridional do Brasil. O Planalto Meridional desdobra-se em planaltos que se sucedem de</p><p>leste para oeste. Os planaltos são bordejados por escarpas voltadas para o leste, no Paraná,</p><p>em Santa Catarina e no nordeste do Rio Grande do Sul. No Rio Grande do Sul, o talude</p><p>inflete-se para oeste-sudoeste. O talude é fragmentado em altitudes reduzidas, à medida</p><p>que atinge o centro-sul do estado.</p><p>Um litoral é composto por exíguas planícies costeiras dispostas ao pé do magnífico</p><p>escarpamento. O escarpamento completa o quadro do relevo regional, diversificado, porém,</p><p>no Rio Grande do Sul. O terreno escarpado limita o primeiro conjunto planáltico. Aí, a</p><p>P á g i n a | 15</p><p>interiorização da escarpa favorece a ampliação da planície litorânea e da depressão. A</p><p>depressão é desenvolvida de leste para o oeste, ao pé do talude da Serra Geral.</p><p>3. Clima e Vegetação</p><p>Ao estudar o clima regional do Sul do Brasil o primeiro fato que se observa refere-se</p><p>a sua homogeneidade: a Região Sul do Brasil, embora não seja mais uniforme no que diz</p><p>respeito a valores e regime térmico, é, no entanto, no que se refere à pluviometria ao ritmo</p><p>estacional de seu regime. O segundo fato refere-se a sua unidade. Comparando o clima da</p><p>Região Sul com os das demais Regiões Geográficas do Brasil, não é difícil verificar que ele é</p><p>consideravelmente diferente: enquanto as demais Regiões se caracterizam por possuir clima</p><p>quente (exceção à Região Sudeste, onde predomina clima subquente) do tipo tropical, a</p><p>Região Sul é o domínio exclusivo e quase absoluto do clima Mesotérmico do tipo</p><p>Temperado.</p><p>A homogeneidade e unidade climática desta Região se deve a uma certa</p><p>homogeneidade e unidade dos fatores e processos genéticos que atuam sobre as condições</p><p>de tempo nela reinantes. Por isso, para a comparação dos processos climáticos dessa</p><p>Região, torna-se necessário um prévio conhecimento de seus diversos fatores, alguns de</p><p>ordem estática, outros de ordem dinâmica. Todos atuam simultaneamente em constante</p><p>interação, porém para facilitar sua compreensão serão examinados, de início,</p><p>separadamente. Dentre os fatores estáticos salientam-se a posição e o relevo.</p><p>No que concerne ao primeiro, o balizamento da Região Sul nas latitudes médias, na</p><p>borda do oceano Atlântico, confere a posição um papel muito importante no</p><p>condicionamento climático desta região. O trópico de Capricórnio passa sobre sua</p><p>extremidade setentrional, enquanto os paralelos de 30 a 34° Sul tangenciam suas terras</p><p>mais meridionais. Portanto, seu pequeno território (577.723 km²) está quase todo situado</p><p>no interior da zona temperada, sem se estender muito para o sul e sem se afastar muito da</p><p>orla marítima. Neste ponto convém lembrar que quando o Sol caminha em direção ao</p><p>zênite, a Primavera e Verão sucedem ao Inverno; quando se afasta, o Outono e Inverno</p><p>sucedem ao Verão. Este ritmo das estações, que tão bem caracteriza a vida nas latitudes</p><p>médias (zona temperada), torna-se cada vez menos nítido em se aproximando do equador</p><p>P á g i n a | 16</p><p>geográfico. Essa maior ou menor nitidez de ritmo estacional decorre do seguinte fenômeno:</p><p>enquanto nas latitudes baixas (zona intertropical) o Sol atinge o zênite duas vezes por ano,</p><p>nas latitudes médias o Sol nunca alcança o zênite.</p><p>Compreende-se, daí, por que a zona temperada não é, como a zona intertropical,</p><p>submetida a uma radiação solar das mais fortes, embora seja bem superior à verificada nas</p><p>latitudes elevadas. A radiação solar, por sua vez, cria melhores condições à evaporação, uma</p><p>vez que no processo de evaporação é empregado calor, sendo tanto mais ativa quanto</p><p>maior o calor disponível a ser empregado no seu processamento. Outra pré-condição à</p><p>evaporação é a existência de superfícies líquidas. Ora, possuindo a Região Sul um litoral em</p><p>toda sua extensão oriental, fica evidente que ela possui uma superfície oceânica à disposição</p><p>de um muito ativo processo de evaporação e este, por sua vez, à condensação ou formação</p><p>de nuvens, que se convertem em chuvas. As posições latitudinal e marítima da Região Sul</p><p>determinam uma intensa insolação e evaporação, além de forte concentração de núcleos de</p><p>condensação que certamente contribuem para o acréscimo de chuvas em seu território,</p><p>sempre que esta Região é atingida por frentes frias e outros importantes fenômenos de</p><p>ascendência dinâmica do ar.</p><p>Quanto aos fatores dinâmicos cumpre salientar que o clima da Região Sul não pode</p><p>ser compreendido e analisado sem o concurso do mecanismo atmosférico, seu fator</p><p>genético por excelência, objeto de pesquisa da Meteorologia Sinótica. Até mesmo os demais</p><p>fatores, tais como o relevo, a latitude, a continentalidade ou maritimidade, nesta incluindo</p><p>as correntes marítimas, etc. atuam nos processos climáticos em interação com os sistemas</p><p>regionais de circulação atmosférica.</p><p>Quando as pessoas dizem respeito ao sul do Brasil, é frequente ter na memória a</p><p>Mata de Araucárias ou Floresta dos Pinhais e o grande pampa gaúcho, formações vegetais</p><p>típicas que aparecem na região, que tem a Mata Subtropical como origem, apesar de não</p><p>existirem somente lá.</p><p>A Mata de Araucárias, que praticamente se extinguiu, é o bioma visível nas partes de</p><p>maior elevação dos planaltos do Paraná e Santa Catarina, no formato de manchas que</p><p>existem entre as demais formações vegetais. A Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná) é</p><p>mais facilmente adaptada às menores temperaturas, frequentemente nas partes da maior</p><p>P á g i n a | 17</p><p>altitude do relevo, e ao solo rochoso que mistura arenito com basalto, com uma grande</p><p>concentração no planalto Arenito-basáltico, no interior da região. Nessa mata se extraem</p><p>principalmente o pinheiro-do-paraná e a imbuia, que se utilizam em marcenaria, e a erva-</p><p>mate, cujas folhas se utilizam para preparar o chimarrão.</p><p>A devastação desta floresta, que foi o bioma típico da região na qual hoje há poucos</p><p>remanescentes dessa paisagem, teve início no final do Império, porque o governo fazia</p><p>concessões com o objetivo de abrir estradas de ferro, e a situação tornou-se grave devido à</p><p>indústria madeireira.</p><p>Além da Mata de Araucárias, propriamente dita, a serra do Mar, com grande</p><p>umidade por estar mais próxima do oceano Atlântico, faz com que se desenvolva a mata</p><p>tropical úmida da encosta, ou Mata Atlântica, com grande densidade e várias espécies. A</p><p>Mata Atlântica é iniciada no Nordeste sendo continuada pelo Sudeste até a sua chegada ao</p><p>Sul. No Norte do Paraná, a floresta tropical praticamente extinguiu-se, porque a agricultura</p><p>foi expandida. Ultimamente, o governo está procurando novas tentativas de implantação de</p><p>uma política de reflorestamento.</p><p>As vastas extensões de campos limpos também ocupam a Região Sul do Brasil. Estas</p><p>vastas extensões de campos limpos chamam-se pelo nome de campos meridionais. Os</p><p>campos meridionais dividem-se em duas áreas distintas. A primeira é correspondente aos</p><p>campos dos planaltos, que são manchas ocorrentes a partir do Paraná até o norte do Rio</p><p>Grande do Sul. A segunda área — os campos da campanha — é de maior extensão e está</p><p>localizada inteiramente no Rio Grande do Sul, em uma região que chama-se Campanha</p><p>Gaúcha ou pampa. É a vegetação natural das coxilhas e uma camada visível de ervas</p><p>rasteiras pela qual é constituída a melhor pastagem natural do Brasil.</p><p>Compreendendo os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, situada</p><p>aproximadamente abaixo do paralelo de 23ºS, apresenta uma cobertura vegetal com poucas</p><p>características tropicais, sobrepujada em áreas pelas características. As condições de</p><p>umidade reinantes em quase toda a área possibilitam o aparecimento das Florestas, que</p><p>constituem as principais formações vegetais da Região. Na porção meridional do território</p><p>sul-rio-grandense, entretanto, tal importância é cedida às formações campestres, cuja</p><p>ocorrência está ligada não só à topografia suave como, provavelmente, à existência, no</p><p>P á g i n a | 18</p><p>passado, de um clima mais seco. Enquanto nos Estados do Paraná e Santa Catarina há um</p><p>predomínio de áreas florestais, no Rio Grande do Sul há um certo equilíbrio entre as</p><p>formações florestais e as campestres.</p><p>Torna-se difícil uma uniformidade na terminologia usada para as formações vegetais</p><p>do Sul do Brasil, não só pela existência aí de uma grande multiplicidade das mesmas, como</p><p>pela falta de elementos para determinar melhor algumas delas e pela imposição de alguns</p><p>termos regionais ainda bastante arraigados. Devido a tais fatos, não temos, até hoje, uma</p><p>classificação uniforme, quer sob o ponto de vista florístico quer sob o ponto de vista</p><p>fisionômico, não se apresentando nenhuma das existentes como uma palavra final, quer</p><p>para os botânicos quer para os fitogeógrafos.</p><p>Esquematicamente temos na Região Sul as seguintes formações vegetais:</p><p>- Floresta perenifólia higrófila costeira</p><p>- Floresta Subcaducifólia Tropical</p><p>- Floresta Subcaducifólia Subtropical</p><p>- Floresta Subcaducifólia Subtropical com Araucária</p><p>- Campo</p><p>- Cerrado</p><p>- Vegetação Litorânea</p><p>4. Hidrografia</p><p>Tanto a serra do Mar como a Serra Geral se localizam nas proximidades do litoral.</p><p>Assim, o relevo da Região Sul do Brasil é inclinado para o interior e a maioria dos rios — que</p><p>é de planalto — segue no sentido Leste-Oeste. Esses rios são concentrados em duas grandes</p><p>bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a bacia do rio Uruguai, ambas as subdivisões</p><p>que fazem parte da Bacia Platina. Os rios de maior importância têm grande volume de água</p><p>e são possuidores de grande potencial hidrelétrico, o que já está se explorando no rio</p><p>Paraná, com o fato de ter sido construída a Usina Hidrelétrica de Itaipu (atualmente a</p><p>segunda maior do mundo). Essa exploração favorece ao Sul e ao Sudeste o crescimento do</p><p>número de consumidores de energia elétrica, tanto para consumo doméstico como</p><p>industrial, havendo a necessidade de continuar investindo nesse lugar.</p><p>P á g i n a | 19</p><p>Os rios sulistas que fazem seu percurso até desaguarem no mar integram um</p><p>conjunto de bacias secundárias, como as do Atlântico Sul e do Atlântico Sudeste. Entre</p><p>essas, a mais aproveitável para a hidreletricidade é a do rio Jacuí, no Rio Grande do Sul.</p><p>Outra, que os brasileiros conhecem muito pelas suas cheias que não podem ser</p><p>previstas, é a do rio Itajaí, em Santa Catarina, que alcança uma região que se desenvolveu</p><p>muito, onde a colonização alemã influenciou basicamente</p><p>REGIÃO CENTRO-OESTE</p><p>A Região Centro-Oeste é formada pelos seguintes estados e capitais:</p><p>Estados: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (+ o Distrito Federal)</p><p>Capitais: Goiânia, Cuiabá e Campo Grande (+ Brasília)</p><p>P á g i n a | 20</p><p>A Região Centro-Oeste é uma das cinco regiões do Brasil definidas pelo Instituto</p><p>Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1969.</p><p>Com uma área de 1 606 403,506 km², o Centro-Oeste ocupa 18,86% do território</p><p>brasileiro. Sua população é de cerca de 16 milhões de habitantes.</p><p>Das regiões brasileiras, a centro-oestina é a única região que faz limite com todas as</p><p>demais e, ao mesmo tempo, a mais interiorana do país, sendo a única que não possui litoral.</p><p>Com uma população de cerca de 16 milhões de habitantes, o Centro-Oeste, é a</p><p>região menos populosa e possui a segunda menor densidade populacional. Por esse motivo,</p><p>apresenta algumas concentrações urbanas e grandes vazios demográficos.</p><p>1. Aspectos Gerais</p><p>Os indígenas foram os primeiros habitantes da Região Centro-Oeste. Depois</p><p>chegaram os bandeirantes. Eles descobriram muitas minas de ouro e fundaram as primeiras</p><p>vilas: Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá, atual Cuiabá capital do Estado de Mato Grosso e a</p><p>cidade mais antiga do oeste brasileiro, Vila Boa, atual estado de Goiás e Meya Ponte, hoje,</p><p>município de Pirenópolis. Surgiram arraiais que se tornaram municípios importantes. A</p><p>descoberta de diamante deu origem a vila chamada corrutela.</p><p>Os fazendeiros de Minas Gerais e de São Paulo, também povoaram a região. Eles</p><p>organizaram grandes fazendas de criação de gado.</p><p>Para defender as fronteiras do Brasil com os outros países, foram criados fortes</p><p>militares. Entre eles, destaca-se o Forte de Coimbra, hoje o município de Corumbá. Em volta</p><p>desses fortes surgiram povoados.</p><p>A construção de Brasília, também contribuiu para o povoamento e o</p><p>desenvolvimento socioeconômico da Região Centro-Oeste.</p><p>O povoamento aumentou com a construção de estradas de ferro e, mais tarde, com</p><p>o aparecimento das rodovias e das hidrovias.</p><p>O Mato Grosso do Sul lutou várias vezes para se tornar independente do Mato</p><p>Grosso, nada se fazia o governo de Cuiabá para o desenvolvimento do sul do Mato Grosso, a</p><p>separação foi oficializada em 1° de Janeiro de 1979.</p><p>2. Relevo</p><p>P á g i n a | 21</p><p>Como em quase todo o território brasileiro, o relevo da região é marcado por</p><p>unidades suaves, raramente ultrapassando mil metros de altitude. O relevo centro-oestino é</p><p>composto por três unidades dominantes:</p><p>- Planalto Central</p><p>- Planalto Meridional</p><p>- Planície do Pantanal</p><p>Planaltos e chapadas</p><p>O Planalto Central é um grande bloco rochoso, formado por rochas cristalinas, sobre</p><p>as quais se apoiam camadas de rochas sedimentares. Existem trechos em que as rochas</p><p>cristalinas aparecem livres dessa cobertura sedimentar, surgindo aí um relevo ondulado. Nas</p><p>áreas em que as rochas cristalinas estão cobertas pelas camadas sedimentares, são comuns</p><p>as chapadas, com topos planos e encostas que caem repentinamente e recebem o nome de</p><p>‘’serras’’. Nestas regiões, as chapadas possuem a denominação de chapadões.</p><p>O Planalto Meridional se estende da Região Sul até os estados de Mato Grosso do Sul</p><p>e Goiás. Nele são encontrados os solos mais férteis de todo o Centro-Oeste – a terra roxa</p><p>que aparece em forma de manchas no sul de Goiás e em Mato Grosso do Sul.</p><p>As chapadas estão presentes na maior parte da região, e em Mato Grosso podem ser</p><p>citados a Chapada dos Parecis, a oeste, e a Chapada dos Guimarães, ao sudeste; em Goiás,</p><p>pode ser citado a Chapada dos Veadeiros,</p><p>ao norte; na divisa com o Nordeste destaca-se o</p><p>Espigão Mestre, que funciona como divisor de águas da bacia do Tocantins e da bacia do São</p><p>Francisco.</p><p>Planície do Pantanal</p><p>O Pantanal é uma planície inundável de formação recente, cuja altitude média é de</p><p>aproximadamente 110 metros. É, portanto, uma depressão relativa situada entre os</p><p>planaltos Central, Meridional e relevo pré-andino. Periodicamente, a Planície do Pantanal é</p><p>inundada pelo Rio Paraguai e seus afluentes. O relevo da planície tem duas feições</p><p>principais:</p><p>P á g i n a | 22</p><p>- Cordilheiras: Pequenas elevações que não sofrem inundações;</p><p>- Baías ou lagos: Partes mais baixas, de formatos circulares, inundadas durante a</p><p>estação chuvosa, formando lagoas.</p><p>3. Clima e Vegetação</p><p>O clima da região Centro-Oeste do Brasil é o tropical, quente e chuvoso, sempre</p><p>presente nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. A característica mais</p><p>marcante deste clima quente é a presença de um verão chuvoso, entre os meses de outubro</p><p>a abril, e um inverno seco, entre os meses de maio a setembro.</p><p>O norte de Mato Grosso, ocupado pela Amazônia, é abrangido pelo clima equatorial,</p><p>apresentando os maiores índices pluviométricos do Centro-Oeste, que pode chegar a mais</p><p>de 2 500 milímetros anuais. O restante da região possui clima tropical, com precipitações</p><p>médias inferiores, entre 1 000 e 1 500 milímetros por ano. As temperaturas são mais altas</p><p>do que no sul. O inverno apresenta temperaturas acima de 18 °C; durante o verão, a</p><p>temperatura pode alcançar temperaturas superiores a 25 °C. Existe declínio sensível de</p><p>temperatura quando ocorre o fenômeno da friagem, que é a chegada de uma massa polar</p><p>atlântica que através do vale do rio Paraguai, atinge todo o oeste dos estados de Mato</p><p>Grosso e Mato Grosso do Sul. e reduzindo-se a pouco mais de 1.200 mm grande parte do</p><p>território.</p><p>No Centro-Oeste existem formações vegetais bastante diferentes umas das outras.</p><p>Ao norte e oeste aparece a Floresta Amazônica, praticamente impenetrável, composta por</p><p>uma vegetação densa e exuberante. A maior parte da região, entretanto, é ocupada pelo</p><p>cerrado, tipo de savana com gramíneas altas, árvores e arbustos esparsos, de troncos</p><p>retorcidos, folhas duras e raízes longas, adaptadas à procura de água no subsolo. O cerrado</p><p>não é uniforme: onde há mais árvores que arbustos, ele é conhecido como cerradão, e no</p><p>cerrado propriamente dito há menos arbustos e árvores, entre os quais se espalha uma</p><p>formação contínua de gramíneas.</p><p>Em Mato Grosso do Sul, existe uma verdadeira "ilha" de campos limpos, conhecidos</p><p>pelo nome de campos de Vacaria, que lembram vagamente o pampa gaúcho. A região do</p><p>Pantanal, sempre alagável quando nas cheias de verão, possui uma vegetação típica e muito</p><p>P á g i n a | 23</p><p>variada, denominada Complexo do Pantanal. Aí aparecem concentradas quase todas as</p><p>variedades vegetais do Brasil: florestas, campos e até mesmo a caatinga.</p><p>Podem ser identificadas ainda as matas galerias em alguns trechos do cerrado, que</p><p>se caracterizam por serem densas apenas nas margens dos cursos d'água ao longo dos quais</p><p>se desenvolvem e cuja umidade as mantém. A floresta tropical que existia na região está</p><p>praticamente extinta.</p><p>4. Hidrografia</p><p>A Região Centro-Oeste é drenada por muitos rios, agrupados em três grandes bacias</p><p>hidrográficas:</p><p>- Bacia Amazônica: em Mato Grosso, para onde se deslocam rios colossais, como o</p><p>Xingu, ou rios que formam principais afluentes do rio Amazonas, como o Juruena e o Teles</p><p>Pires que formam o rio Tapajós;</p><p>- Bacia do Tocantins-Araguaia, ocupando o norte e o ponto mais a oeste de Goiás e o</p><p>extremo leste de Mato Grosso;</p><p>- Bacia Platina, subdividida em suas bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a</p><p>bacia do rio Paraguai, no restante da região.</p><p>A maior bacia hidrográfica em extensão da região Centro-Oeste é a bacia do rio</p><p>Paraguai, que nasce na Chapada dos Parecis, no estado de Mato Grosso. Seus principais</p><p>afluentes são os rios Cuiabá, Taquari e Miranda. A bacia do rio Paraguai ocupa uma imensa</p><p>baixada que forma a Planície Paraguaia, na qual a parte alagada é composta pelo Pantanal</p><p>Mato-grossense. Como o clima da região intercala estações secas e estações chuvosas, essa</p><p>planície fica coberta por um lençol de água durante aproximadamente seis meses. Nos</p><p>meses secos, as águas represam-se em pequenas lagoas semicirculares, chamadas de baías.</p><p>Quando as cheias são mais violentas, as baías ampliam-se e ligam-se umas com as outras</p><p>através de canais chamados de corichos.</p><p>P á g i n a | 24</p><p>O norte de Goiás e o leste do estado de Mato Grosso são banhados pelas nascentes</p><p>dos rios que formam a Bacia do Tocantins. Na divisa da Região Nordeste com o estado de</p><p>Goiás, estendendo-se até o estado de Tocantins, na Região Norte, destaca-se o Espigão</p><p>Mestre, que funciona como divisor de águas separando a bacia do Tocantins, no oeste, e a</p><p>bacia do rio São Francisco no leste.</p><p>Na divisa com os estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, o Centro-Oeste é</p><p>banhado pelo rio Paraná e por um de seus formadores, o Rio Paranaíba, no extremo sul de</p><p>Goiás. A porção sudeste da região é drenada por afluentes menos extensos da margem</p><p>direita do rio Paraná, como os rios Verde, Pardo, Ivinhema, Amambaí e Iguatemi.</p><p>P á g i n a | 25</p><p>REGIÃO NORTE:</p><p>A Região Norte é formada pelos seguintes estados e capitais:</p><p>Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins</p><p>Capitais: Rio Branco, Macapá, Manaus, Belém, Porto Velho, Boa Vista e Palmas</p><p>A Região Norte é uma das cinco regiões do Brasil definidas pelo Instituto Brasileiro de</p><p>Geografia e Estatística (IBGE) em 1969. Com uma área de 3 853 676,948 km² - a maior entre</p><p>as cinco regiões - cobre 45,25% do território nacional, sendo superior à área da Índia e</p><p>pouco inferior à União Europeia. Se fosse um país, seria o 7º maior do mundo em área. Sua</p><p>população, também de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),</p><p>era de 17,7 milhões de habitantes em 2016 equivalente à população do Chile. Seu Índice de</p><p>Desenvolvimento Humano (IDH), de 683, é considerado médio e, em comparação com as</p><p>outras regiões brasileiras, tem o segundo menor IDH, superando apenas o Nordeste.</p><p>1. Aspectos Gerais</p><p>Os primeiros habitantes da Região Norte, como no resto do Brasil, foram os</p><p>indígenas, que compartilhavam uma diversificada quantidade de tribos e aldeias, do período</p><p>pré-colombiano até a chegada dos europeus. Os espanhóis, entre eles Francisco de Orellana,</p><p>P á g i n a | 26</p><p>organizaram expedições exploradoras pelo rio Amazonas para conhecer a região. Após</p><p>longas viagens ao lado de Francisco Orellana, Gonzalo Fernández de Oviedo y Valdés</p><p>escreveu, em Veneza, uma carta dirigida ao cardeal Pedro Bembo, exaltando a fauna e a</p><p>flora existentes na região à época da expedição. O século XVII marca a chegada dos</p><p>portugueses ao local, onde construíram fortes militares para defender a região contra a</p><p>invasão de outros povos, em 1616, ocasionando na fundação de Belém. As riquezas da</p><p>Floresta Amazônica também passaram a ser de interesse da Coroa Portuguesa. Com os</p><p>exploradores portugueses, vieram os missionários católicos para a região, com o objetivo de</p><p>catequizar os índios. Os índios eram reunidos pelos missionários em aldeias, chamadas de</p><p>missões, sendo que muitas delas deram origem a várias cidades, como Borba e Óbidos.</p><p>Os brasileiros de outros estados, principalmente nordestinos, vieram para a Região</p><p>Norte a fim de trabalhar na extração da borracha. Muitas famílias japonesas vieram</p><p>trabalhar nas colônias agrícolas. Os japoneses iniciaram a plantação da pimenta-do-reino e</p><p>da juta.</p><p>Durante as décadas de 60, 70 e 80, os governos militares implantaram um grande</p><p>plano de integração dessa região com as demais regiões do Brasil, incluindo a construção de</p><p>várias rodovias (como a</p><p>rodovia Transamazônica), instalação de indústrias e a criação da</p><p>zona franca de Manaus.</p><p>Os habitantes da Amazônia, desde o início da colonização do século XVII até os</p><p>presentes dias, dedicaram-se a atividades extrativistas e mercantilistas, inserindo entre 1840</p><p>e 1910, o monopólio da borracha, principalmente no Amazonas e Acre. Todo esse processo</p><p>de colonização gerou mudanças como a redução da população indígena, aumento da</p><p>identidade cabocla, mestiçagem entre brancos, negros e indígenas, redução de espécies de</p><p>plantas e animais e outras consequências.</p><p>Vários personagens surgiram da miscigenação de povos que trabalharam nas terras</p><p>amazônicas como os caboclos, os ribeirinhos, os seringueiros e o balateiros, que até hoje</p><p>residem no local e constituem a maior parte da população.</p><p>Após a Segunda Guerra Mundial, a Amazônia passou a integrar o processo de</p><p>desenvolvimento nacional. A criação do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA)</p><p>em 1952, a implantação das agências de desenvolvimento regional como a Superintendência</p><p>P á g i n a | 27</p><p>de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) em 1966 e a Zona Franca de Manaus, em 1967,</p><p>passaram a contribuir no povoamento da região e na execução de projetos voltados para a</p><p>região.</p><p>2. Relevo</p><p>O Relevo da Região Norte do Brasil, de forma geral, se caracteriza pela formação</p><p>geológica com destaque as bacias de sedimentação contidas em estruturas cristalinas.</p><p>A bacia sedimentar do Amazonas apresenta-se de modo superficial como uma</p><p>grande planície de características topográficas com aparência de homogeneidade, revestida</p><p>de formações florestais e com povoamento fraco. Nela, a aparência suave das formas</p><p>mascara, nesse meio tempo, características geologicamente estruturais e de complexidade</p><p>de tectonismo.</p><p>Esta imensidão superficial de sedimentação vai da parte oriental para a parte</p><p>ocidental da Ilha de Marajó até as fronteiras brasileiras dos territórios estaduais do</p><p>Amazonas e do Acre, com os países latino-americanos da República da Colômbia, da</p><p>República do Peru e do Estado Plurinacional da Bolívia, sendo responsável pela ocupação de</p><p>uma área de 2 milhões de quilômetros quadrados. Tornando-se mais estreita na parte</p><p>oriental, e tornando-se mais larga em direção ao sertão, a bacia de sedimentação é limitada</p><p>pela zona pré-andina Amazônica e, mais para a parte ocidental, pelos dobramentos da zona</p><p>subandina que são antecedentes aos grandes relevos da Cordilheira dos Andes.</p><p>Alongada da parte oriental para a parte norte-ocidental, a área de sedimentação faz</p><p>limites, no lado setentrional pelo escudo das Guianas e, no lado meridional, pelo escudo</p><p>Brasileiro, essas formações geomorfológicas de planalto que se modelam em formações</p><p>rochosas pré-cambrianas.</p><p>A bacia de sedimentação e os escudos de periferia são banhados pela rede</p><p>hidrográfica do Amazonas, que constitui-se pelo rio que empresta seu nome à bacia</p><p>hidrográfica e seus afluentes, entre os quais podemos citar:</p><p>- Pela margem meridional, o Madeira, o Purus e o Juruá, que nascem fora das</p><p>fronteiras do Brasil, e o Tapajós e o Xingu, que têm origem no Planalto Brasileiro.</p><p>P á g i n a | 28</p><p>- Pela margem setentrional, o Japurá, o Negro e o Trombetas, que nascem em</p><p>território andino da Bolívia e no Planalto das Guianas.</p><p>Percorrendo nas regiões de relevo planáltico, sobre formações rochosas do escudo</p><p>cristalino dos períodos arqueano e algonquiano ou sobre os terrenos sedimentares que os</p><p>revestem, essas formações fluviais fazem a direção para a bacia de sedimentação, onde são</p><p>desenvolvidas a grande medida do espaço ocupado pelos cursos d'água sobre os terrenos</p><p>sedimentares do período Cenozoico. Entre esses acidentes geográficos fluviais, vulgo rios,</p><p>podem ser citados o Japurá, o Juruá, o Purus e o Madeira, que se dão ao encontro com o</p><p>Amazonas no trecho em que a bacia de sedimentação tem mais amplitude. Já os rios Negro,</p><p>Trombetas, Tapajós e Xíngu, que são responsáveis pela drenagem para o médio e baixo</p><p>curso do rio Amazonas, através de uma bacia de sedimentação de menor amplitude, possui</p><p>somente seus cursos de relevo inferior sobre os terrenos sedimentares de idade recente.</p><p>Além destes acidentes geográficos fluviais, outros inúmeros afluentes e subafluentes</p><p>poderiam ser citados na disposição composicional da maior bacia hidrográfica do planeta</p><p>Terra - a bacia do rio Amazonas.</p><p>De modo topográfico, a Planícies e Terras Baixas Amazônicas e os escudos de</p><p>periferia tem possibilidade de apresentarem nivelamentos, cuja superfície erosiva corta-os,</p><p>mas, de modo geomorfológico, a planície tem comportamento como área subsidente, na</p><p>qual os processos de formação sedimentar do período Holoceno predominam. Já as áreas de</p><p>escudos que apresentam características tendenciais positivas de tectonismo e, na parte</p><p>conjuntiva, os processos erosivos dominam.</p><p>Dessa forma, a bacia sedimentar foi responsável pela formação da extensa unidade</p><p>geomorfológica denominada Planícies e Terras Baixas Amazônicas, cujas cotas altimétricas</p><p>não ultrapassam os 100 metros, à medida que os espaços de escudos se erguem como</p><p>formações planálticas ou passarão por um comportamento de cordilheiras como nas regiões</p><p>serranas de Imeri-Tapirapecó, onde se situa o pico da Neblina, o ponto mais alto do Brasil,</p><p>com a cota altimétrica máxima de 3 014 metros. Entre esses blocos de maior elevação estão</p><p>aqueles que formam a região fronteiriça com a República Bolivariana da Venezuela, como as</p><p>formações serranas de Parima e Pacaraima, com o monte Roraima, na cota altimétrica</p><p>máxima de 2 875 metros. O conjunto cristalino que se estende da parte ocidental para a</p><p>P á g i n a | 29</p><p>parte oriental forma também as formações serranas de Acaraí e Tumucumaque, que se</p><p>dispõem alongadamente na parte setentrional do território estadual da Pará e, no seu</p><p>extremo oriental, penetra no território estadual do Amapá, onde fica mais próximo das</p><p>águas marítimas do Oceano Atlântico.</p><p>De volumes dimensionais de maior amplitude, porém de cotas altimétricas de maior</p><p>redução, o bloco cristalino meridional é disposto de parte sul-ocidental para a parte norte-</p><p>oriental através das formações serranas de Pacaás Novos e dos Parecis, estas com cobertura</p><p>de sedimentação no território estadual de Rondônia, Apiacás e Cachimbo, no território</p><p>estadual de Mato Grosso, e Seringa e Carajás, no território estadual do Pará.</p><p>Os escudos cristalinos se modelam em formações rochosas pré-cambrianas do</p><p>embasamento gnáissico e formações rochosas cambrianas e ordovicianas e apresentam-se,</p><p>em alguns espaços, envolvidos com capa por sedimentos do período Paleozoico e do</p><p>período Mesozoico.</p><p>Revestidos por florestas e Campos Cerrados, os domínios cristalinos são ainda objeto</p><p>de conhecimento de poucas pessoas, inclusive os especialistas no assunto, particularmente</p><p>o trecho do escudo brasileiro.</p><p>A grande bacia sedimentar do Amazonas foi submetida por uma complexa evolução</p><p>de tectonismo. Nela, as séries de sedimentação do período paleozoico foram depositadas</p><p>sob o mar na época das transgressões marinhas que vieram da parte meridional-sul-oriental,</p><p>em tempos paleozoicos inferior e médio. Como vieram da parte norte-ocidental e, logo, do</p><p>geossinclíneo subandino são as transgressões paleozoicas superiores que sofreram</p><p>interrupção em tempos mesozoicos. Desde então, a bacia sedimentar do Amazonas evoluiu</p><p>sob situações condicionais próprias de um continente, exceção feita ao trecho da Ilha de</p><p>Marajó, que ficou debaixo d'água em profundidades acima de 4 000 metros na época do</p><p>Terciário.</p><p>O processo evolutivo da bacia de sedimentação contém em si fases de submersão,</p><p>de emersão, penetrações de magmas em rochas causadoras de erupção, falhas e fraturas.</p><p>No período pós-cretácico a grande vaga sedimentar do continente e lagos propiciou a</p><p>deposição dos terrenos sedimentares dotadas de elasticidade da formação Barreiras, sendo,</p><p>de</p><p>então, o ato de abrir a drenagem para as águas marítimas salgadas do Oceano Atlântico.</p><p>P á g i n a | 30</p><p>A partir da estratigrafia quaternária, vêm sendo composição estrutural os pântanos</p><p>da Amazônia (conhecidas pelos especialistas brasileiros como várzeas), mais amplas no</p><p>curso mediano, particularmente a jusante da área urbana de Manaus. Tornando-se estreito</p><p>na área urbana de Óbidos, as várzeas, ou seja, os pântanos tornam-se alargados de novo no</p><p>curso baixo dos acidentes geográficos fluviais (rios) do Amazonas e do Tocantins, e no</p><p>acidente geográfico insular de Marajó, semelhantes a uma grande foz formada por vários</p><p>canais ou braços do leito do rio.</p><p>Desde a década de 1850 e a partir das últimas décadas do século XIX, as formações</p><p>rochosas da bacia de sedimentação constituíram assunto pesquisável para organizações</p><p>institucionais e indivíduos isolados com desejo pela pesquisa, que demonstravam interesse</p><p>no conhecimento geológico da região e dos minérios. Dessa forma, parte que começa este</p><p>estudo se dedica à uma volta no tempo cronológico das pesquisas de geologia (estudo da</p><p>evolução do planeta Terra) e de geomorfologia (estudo do relevo) que se realizaram no</p><p>território regional. Como começaram nas terras baixas, esses estudos se restringiam à área</p><p>que se encontra às margens de um rio (ribeirinha) e às características geológicas superficiais</p><p>e deles seu resultado foram os elementos que não podem ser dispensados para explicar as</p><p>Planícies e Terras Baixas Amazônicas como um grande sinclíneo, de evolução dotada de</p><p>homogeneidade.</p><p>Nas primeiras décadas do século XX novas perspectivas foram abertas ao</p><p>conhecimento da camada mais profunda do solo ligeiramente abaixo da superfície, ou seja,</p><p>o subsolo da Amazônia por meio das sondagens que se realizaram para pesquisar o carvão</p><p>mineral e, de modo posterior, a desde o ano de 1940, com as sondagens de profundidade e</p><p>estudos de geografia física do Conselho Nacional do Petróleo e da Petrobras. As idéias que</p><p>se relacionam às característica homogênea do sinclíneo amazônico, que estavam em vigor</p><p>no início do século XX, foram objetos de abandono pela ato de identificar das complexas</p><p>unidades de geotectonismo a saber: a bacia do Amazonas, a bacia do Acre, e a bacia de</p><p>Marajó.</p><p>No que diz respeitos aos estudos de geomorfologia, apenas grandes unidades podem</p><p>ser objeto de identificação: as formações planálticas, que se correspondem aos trechos de</p><p>P á g i n a | 31</p><p>escudos, e a terra baixa um pouco acima do nível do mar com os aspectos que se relacionam</p><p>aos pântanos (no Brasil são chamados de várzeas) e às terras firmes.</p><p>Nestes quadros citados, conhecidos e descritos ao modo de localização, foram</p><p>destacadas algumas das ações processuais que se atuaram na elaboração do modelado e</p><p>alguns problemas de geomorfologia. Entre estes, os especialistas descreveram de modo</p><p>sumário os problemas adaptados da drenagem às situações condicionais de estrutura, o das</p><p>caraterísticas pantanosas (das várzeas) relativas às ações processuais sedimentares do</p><p>período holoceno, e os de certas situações condicionais de clima antigo, explicando os</p><p>resultados aplainados e sedimentares que apresentam correlação. No que se relaciona à</p><p>formação Barreiras, tornou-se patente a diversificação das ações processuais que se</p><p>responsabilizaram pelo vasto resultado sedimentar.</p><p>O relevo nortista abrange um vasto e mal conhecido campo de problemas de</p><p>geomorfologia, no qual alguns de seus aspectos poderão ser melhor objeto de</p><p>conhecimento dos especialistas, como os estudos que vêm sendo objeto de elaboração pela</p><p>Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) na parte meridional do acidente</p><p>geográfico fluvial do Amazonas. Recobrindo uma superfície de 1,5 milhões de quilômetros</p><p>quadrados, as imagens fotográficas de satélite feitas pelo radar denominado Projeto</p><p>Radambrasil, tiveram a oportunidade de dar suas contribuições para o conhecimento de</p><p>características do modelado ainda objetos de conhecimento totalmente nulo na década de</p><p>1970, e para reformular as antigas premissas que se relacionam com a qualidade</p><p>homogênea das situações condicionais e recursos da natureza que existem na imensidão da</p><p>Amazônia.</p><p>3. Clima e Vegetação</p><p>Algumas latitudes podem criar uma região com climas quentes e úmidos. A existência</p><p>de calor e da enorme massa líquida favorecem a evaporação e fazem da Região Norte uma</p><p>área bastante úmida. Dominada assim por um clima do tipo equatorial, a região apresenta</p><p>temperaturas elevadas o ano todo (médias de 24°C a 26°C), uma baixa amplitude térmica,</p><p>com exceção de algumas áreas de Rondônia e do Acre, onde ocorre o fenômeno da friagem,</p><p>em virtude da atuação do La Niña, permitindo que massas de ar frio vindas do oceano</p><p>P á g i n a | 32</p><p>Atlântico sul penetrem nos estados da região Sul, entrem por Mato Grosso e atinjam os</p><p>estados amazônicos, diminuindo a temperatura. Isto ocorre porque o calor da Amazônia</p><p>propicia uma área de baixa latitude que atrai massas de ar polar. Ocorrendo no inverno, o</p><p>efeito da friagem dura uma semana ou pouco mais, quando a temperatura chega a descer a</p><p>6°C em Vilhena (RO), 12°C em Porto Velho (RO), 13°C Eirunepé (AM) e até 9°C em Rio</p><p>Branco (AC).</p><p>O regime de chuvas na região é bem marcado, havendo um período seco, de junho a</p><p>novembro, e outro com grande volume de precipitação, Dezembro a Maio. As chuvas</p><p>provocam mais de 2.000 mm de precipitação anuais, havendo trechos com mais de 3.000</p><p>mm, como o litoral do Amapá, a foz do rio Amazonas e porções da Amazônia Ocidental.</p><p>A Região Norte apresenta o clima mais úmido do Brasil, sendo comum a ocorrência</p><p>de fortes chuvas. São características da região. As chuvas de convecção ou de "hora certa",</p><p>que em geral ocorrem no final da tarde e se formam da seguinte maneira: com o nascer do</p><p>Sol, a temperatura começa a subir, ou seja, aumentar em toda a região, aquecimento que</p><p>provoca a evaporação; o vapor de água no ar se eleva, formando grandes nuvens; com a</p><p>diminuição da temperatura, causada pelo passar das horas do dia, esse vapor de água se</p><p>precipita, caracterizando as chuvas de "hora certa".</p><p>Na Região Norte está localizado um importante ecossistema para o planeta: a</p><p>Amazônia. Além da Amazônia, a região apresenta uma pequena faixa de mangue (no litoral)</p><p>e alguns pontos de cerrado, e também alguns pontos de matas galerias.</p><p>Aprender as características físicas de uma região depende, em grande parte, da</p><p>capacidade de dedução e observação: na Região Norte, a latitude e o relevo explicam a</p><p>temperatura; a temperatura e os ventos explicam a umidade e o volume dos rios; e o clima e</p><p>a umidade, somados, são responsáveis pela existência da mais extensa, variada e densa</p><p>floresta do planeta, ou seja, a Floresta Amazônica ou Hileia.</p><p>A Ilha de Marajó, no estado do Pará, apresenta formações rasteiras de Campos da</p><p>Hileia que, por sua vez, ficam inundadas nos períodos de cheias dos rios. É a maior ilha de</p><p>água fluviomarinha do mundo. Grandes extensões de cerrado podem ser encontradas nos</p><p>estados de Rondônia, Tocantins e Roraima.</p><p>P á g i n a | 33</p><p>Equivalendo a mais de um terço das reservas florestais do mundo, é uma formação</p><p>tipicamente higrófila, com o predomínio de árvores grandes e largas (espécies latifoliadas),</p><p>muito próximas umas das outras e entrelaçadas por grande variedade de lianas (cipós</p><p>lenhosos) e epífitas (vegetais que se apoiam em outros). O clima da região, quente e</p><p>chuvoso, permite o crescimento das espécies vegetais e a reprodução das espécies animais</p><p>durante o ano todo. Isso faz com que a Amazônia tenha a flora mais variada do planeta,</p><p>além de uma fauna muito rica em pássaros, peixes e insetos.</p><p>A Floresta Amazônica apresenta algumas variações de aspecto, conforme o local,</p><p>junto aos rios, nas áreas permanentemente alagadas, surge a mata de igapó, com árvores</p><p>mais baixas. Mais para o interior surgem associações</p><p>de árvores mais altas, conhecidas como</p><p>mata de várzea, inundadas apenas durante as cheias. As áreas mais distantes do leito dos</p><p>rios, inundadas somente por ocasião das grandes enchentes, são chamadas de mata de terra</p><p>firme ou caaetê, que significa mata (caa) de proporções grandiosas.</p><p>Se não considerarmos a devastação, mais de 90% da área da Região Norte é ocupada</p><p>pela Floresta Amazônica ou equatorial, embora ela não seja a única formação vegetal da</p><p>Amazônia. Surgem ainda: Campos da Hileia, em manchas esparsas pela região, como na ilha</p><p>de Marajó e no vale do rio Amazonas; o cerrado, que ocupa grande extensão do estado do</p><p>Tocantins e vastos trechos de Rondônia e Roraima, além da vegetação litorânea.</p><p>4. Hidrografia</p><p>A região apresenta a maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia amazônica, formada</p><p>pelo rio Amazonas e seus milhares de afluentes (alguns inclusive não catalogados). Em um</p><p>de seus afluentes (rio Uamutã) está instalada a Usina Hidrelétrica de Balbina e em outro de</p><p>seu afluente (rio Jamari) está localizada a usina Hidrelétrica de Samuel, construída na</p><p>cachoeira de Samuel. Devido ao tamanho do rio Amazonas, foram construídos três portos</p><p>durante o curso do rio. Um deles fica no Brasil, localizando-se em Manaus, estado do</p><p>Amazonas.</p><p>A foz do rio Amazonas apresenta um dos fenômenos naturais mais impressionantes</p><p>que existe, a pororoca, uma perigosa onda contínua com até 5m de altura, formada na</p><p>subida da maré e que costumeiramente é explorada por surfistas.</p><p>P á g i n a | 34</p><p>Na foz do rio Amazonas encontra-se a ilha de Marajó, a maior ilha de água</p><p>fluviomarinha do mundo, com aproximadamente 50.000 km², que também abriga o maior</p><p>rebanho de búfalos do país. Está no guiness book/2005.</p><p>Além da presença da bacia amazônica, na região está localizada boa parte da bacia</p><p>do Tocantins. Num de seus rios integrantes (rio Tocantins), está instalada a Tucuruí, uma das</p><p>maiores usinas hidroelétricas do mundo.</p><p>Um fato interessante a respeito dessa bacia é a presença da ilha do Bananal, a maior</p><p>ilha fluvial do mundo, localizada no estado do Tocantins. A ilha é formada pelo rio Araguaia e</p><p>por um de seus afluentes, o rio Javaés.</p><p>P á g i n a | 35</p><p>REGIÃO SUDESTE</p><p>A Região Sudeste é formada pelos seguintes estados e capitais:</p><p>Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo</p><p>Capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória</p><p>A região Sudeste do Brasil é a segunda menor região do país, sendo maior apenas</p><p>que a região Sul. A área real ocupa aproximadamente 924 620 km², 1/10 da superfície do</p><p>Brasil. Sua população é de cerca de 85 milhões de habitantes. É a região mais desenvolvida</p><p>do país, responsável por 55,2% do PIB brasileiro.</p><p>1. Aspectos Gerais</p><p>Os primeiros habitantes da região Sudeste do Brasil foram os índios. Mais tarde</p><p>chegaram os portugueses. Eles fizeram expedições para conhecer a região e começaram a</p><p>explorar o pau-brasil, madeira que era abundante nas matas do litoral.</p><p>P á g i n a | 36</p><p>Além disso, os portugueses fundaram as primeiras vilas no litoral. A primeira vila foi a</p><p>de São Vicente. Aí teve início a plantação da cana de açúcar. Depois surgiram outras vilas. O</p><p>povoamento do interior começou com a fundação da vila de São Paulo de Piratininga.</p><p>Os moradores da vila de São Paulo entraram pelo interior à procura de índios para</p><p>escravizar. Eles organizaram as entradas e bandeiras. Nas suas caminhadas, os bandeirantes</p><p>paulistas descobriram minas de ouro nas terras do atual estado de Minas Gerais.</p><p>O povoamento também aumentou com o comércio de gado. Os comerciantes</p><p>levavam os animais do sul do Brasil para serem vendidos na região das minas. No caminho</p><p>por onde passavam as tropas de animais apareceram ranchos e pousadas. Os ranchos e as</p><p>pousadas deram origem a muitas cidades.</p><p>Novas fazendas de plantação de cana-de-açúcar surgiram nos antigos caminhos por</p><p>onde seguiam as entradas e bandeiras. Essas fazendas deram origem a várias cidades. Mais</p><p>tarde, com o cultivo do café, outras cidades surgiram.</p><p>O povoamento aumentou muito com a chegada dos imigrantes e com a abertura das</p><p>ferrovias. A instalação de indústrias também contribuiu para que muitas pessoas de outros</p><p>estados e de outros países viessem morar na região Sudeste.</p><p>O Sudeste é a região mais populosa do Brasil e ocupa 10,85% do território brasileiro.</p><p>Altamente urbanizada (90,5% da população vivem em zonas urbanas), abriga duas</p><p>metrópoles globais, São Paulo e Rio de Janeiro. A região é também o maior colégio eleitoral</p><p>do Brasil. A região Sudeste também apresenta índices sociais relativamente elevados: possui</p><p>a segunda maior qualidade de vida do país, verificado por seu IDH de 0,753 e possuindo</p><p>quinze dentre as vinte cidades melhores rankeadas, com destaque para São Caetano do Sul-</p><p>SP (1º), Águas de São Pedro-SP (2º), Vitória-ES (4º) — segunda melhor entre todas as</p><p>capitais —, Santos-SP (6º) e Niterói-RJ (7º)</p><p>2. Relevo</p><p>Podemos identificar cinco grandes divisões no relevo no Sudeste:</p><p>- Planícies e terras baixas costeiras: Apresentam larguras variáveis, ora aparecendo</p><p>na forma de grandes baixadas, ora estreitando-se e favorecendo a formação de costas altas,</p><p>onde a serra do Mar entra diretamente em contato com o oceano Atlântico. São comuns, ao</p><p>P á g i n a | 37</p><p>longo da planície, muitas praias e algumas restingas, que formam lagoas costeiras e grandes</p><p>baías.</p><p>- Serras e planaltos do Leste e do Sudeste: Conhecidas como planalto Atlântico ou</p><p>planalto Oriental, é a parte mais acidentada do planalto Brasileiro, caracterizando-se, na</p><p>região Sudeste, pelo grande número de "serras" (escarpas de planalto) cristalinas. Aparece</p><p>como verdadeira muralha constituída por rochas cristalinas muito antigas ou como um</p><p>verdadeiro "mar de morros" em áreas mais erodidas. A escarpa desse planalto voltada para</p><p>o Atlântico constitui a serra do Mar, que no sul recebe o nome de serra de Paranapiacaba.</p><p>Logo adiante, no oeste, encontramos o vale do rio Paraíba do Sul, que separa a serra do Mar</p><p>da serra da Mantiqueira. Mais para o norte, as elevações afastam-se do litoral, dando</p><p>origem à serra do Espinhaço.</p><p>Ao norte de São Paulo e a oeste de Minas Gerais, encontra-se a serra da Canastra</p><p>A noroeste da região, atrás da serra do Espinhaço, encontram-se as chapadas</p><p>sedimentares, já na transição para a região Centro-Oeste, destacando-se o Espigão Mestre,</p><p>vasta extensão aplainada constituída por rochas antigas e intensamente trabalhadas pela</p><p>erosão. Entre ele e a serra do Espinhaço encontra-se a Depressão Sanfranciscana, área de</p><p>terras baixas cortada por um grande rio, o São Francisco.</p><p>- Planalto Meridional: De estrutura sedimentar, ocupa todo o centro-oeste de São</p><p>Paulo e o oeste de Minas Gerais. É formado por dois blocos: o planalto Arenito-basáltico e a</p><p>Depressão Periférica.</p><p>- Planalto Arenito-basáltico: Apresenta alternância de rochas pouco resistentes,</p><p>como o arenito (sedimentar), e outras muito duras, como o basalto (vulcânica), o que</p><p>favorece o aparecimento das chamadas cuestas, acidentes do relevo que se mostram</p><p>íngremes e abruptos em uma vertente e na direção oposta descem em suave declive. Essas</p><p>cuestas são conhecidas popularmente pelo nome de serras, como por exemplo, a serra de</p><p>Botucatu.</p><p>- Depressão Periférica: Zona de contato baixa e plana, que se assemelha a uma</p><p>canoa, entre as serras e planaltos do Leste e Sudeste (de estrutura cristalina) e o planalto</p><p>Arenito-basáltico (de estrutura sedimentar).</p><p>P á g i n a | 38</p><p>3. Clima e Vegetação</p><p>A região Sudeste apresenta os climas semiárido, tropical, tropical de altitude,</p><p>subtropical, litorâneo úmido e temperado marítimo.</p><p>O clima tropical predomina nas baixadas litorâneas de Espírito Santo e Rio de Janeiro,</p><p>norte de Minas Gerais e oeste paulista. Apresenta temperaturas elevadas (média anual de</p><p>22 °C) e duas estações definidas:</p><p>uma chuvosa, que corresponde ao verão, e outra seca, que</p><p>corresponde ao inverno. Exemplos de cidades com esse clima: Vitória, Rio de Janeiro e</p><p>Presidente Prudente. O clima tropical de altitude, que ocorre nos trechos mais elevados do</p><p>relevo, caracteriza-se por temperaturas mais amenas (média anual de 18 °C). Exemplos de</p><p>cidades com esse clima: Campos do Jordão, Poços de Caldas, Ouro Preto, Petrópolis e Nova</p><p>Friburgo.</p><p>O clima subtropical, que aparece em quase todos os municípios da Grande São Paulo</p><p>e no sul do estado de São Paulo, é marcado por chuvas bem distribuídas durante o ano</p><p>(temperaturas médias anuais em torno de 16 °C a 17 °C) e por uma grande amplitude</p><p>térmica. Exemplos de cidades com esse clima: Apiaí, Itapeva, Guapiara, Registro, Peruíbe,</p><p>Itanhaém. Com dois tipos, Cfb nas áreas montanhosas da Serra do Mar e Paranapiacaba, e</p><p>Cfa nas áreas mais baixas e no litoral sul de São Paulo. Há ainda, no norte de Minas Gerais, o</p><p>clima semiárido, mais quente e menos úmido, apresentando estação seca anual de cinco</p><p>meses ou até mais nos vales dos rios São Francisco e Jequitinhonha.</p><p>No Sudeste, como em qualquer região, as temperaturas sofrem a determinante</p><p>influência da posição geográfica, ou seja, da latitude, do relevo e da altitude e também da</p><p>maritimidade. Desta forma, as regiões do Vale do Jequitinhonha e do Vale do Rio Doce</p><p>ambas no norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo, localizadas em áreas de baixas</p><p>latitudes e altitudes modestas, têm clima mais quente. Já a serra do Mar apresenta a maior</p><p>umidade da região, pois barra a passagem dos ventos vindos do Atlântico, carregados de</p><p>umidade, chovendo apenas nas vertentes orientais. A costa também é naturalmente mais</p><p>úmida, por influência da maritimidade.</p><p>As menores temperaturas da região são registradas nos picos da serra da</p><p>Mantiqueira, e Serra do Caparaó, localizados entre MG/SP, MG/RJ e MG/ES, que tem</p><p>P á g i n a | 39</p><p>altitudes próximas de 3000m e consequentemente estão sujeitos a nevadas nos raros dias</p><p>chuvosos de inverno.</p><p>A variedade de tipos de clima permite deduzir que primitivamente existiu uma</p><p>variedade de tipos de vegetação, hoje em grande parte devastada, devido à expansão</p><p>agrícola.</p><p>A floresta tropical constitui a formação dominante, mas seu aspecto varia muito. Ela</p><p>é rica e exuberante nas encostas voltadas para o oceano — Mata Atlântica —, onde a</p><p>umidade é maior, favorecendo o aparecimento de árvores mais altas, muitos cipós, epífitas e</p><p>inúmeras palmáceas; encontra-se quase totalmente devastada, exceto nas encostas mais</p><p>íngremes. No interior do continente, essa floresta apresenta-se menos densa, pois ocorre</p><p>em áreas de clima mais seco; aparece somente em manchas, pois já está quase inteiramente</p><p>devastada.</p><p>Em algumas áreas do interior há a ocorrência de matas galerias ou ciliares, que se</p><p>desenvolvem ao longo das margens dos rios, mais úmidas. Nas áreas tipicamente tropicais</p><p>do Sudeste, onde predominam solos impermeáveis, ganha destaque a formação conhecida</p><p>como cerrado, constituída de pequenas árvores, arbustos de galhos retorcidos e vegetação</p><p>rasteira. A região apresenta pequenos trechos cobertos de caatinga no norte de Minas</p><p>Gerais. As áreas mais altas das serras e planaltos do Leste e Sudeste, ao sul, de clima mais</p><p>suave, são ocupadas por uma ou outra espécie do que foi um dia a floresta subtropical ou</p><p>Mata de Araucárias. Em extensões também reduzidas do planalto aparecem trechos de</p><p>formações campestres: os campos limpos, ao sul do estado de São Paulo, e os campos</p><p>serranos, ao sul de Minas Gerais. Ao longo do litoral, faz-se presente a vegetação típica das</p><p>praias, conhecida por vegetação litorânea.</p><p>4. Hidrografia</p><p>Devido à suas características de relevo, predominam na região os rios de planalto,</p><p>naturalmente encachoeirados. Entre as várias bacias hidrográficas, merecem destaque:</p><p>- Bacia do Paraná — O rio principal é formado pela junção dos rios Paranaíba e</p><p>Grande. Nessa bacia se localizam algumas das maiores hidrelétricas do país, tanto no rio</p><p>P á g i n a | 40</p><p>Paraná (Urubupungá e Itaipu) como nos rios Paranaíba (Cachoeira Dourada e São Simão) e</p><p>Grande (Furnas e Volta Grande).</p><p>- Bacia do São Francisco — O principal rio nasce em Minas Gerais, na serra da</p><p>Canastra, atravessa a Bahia e alcança Pernambuco, Alagoas e Sergipe, no Nordeste.</p><p>Recebendo alguns grandes afluentes e outros menores, que chegam inclusive secar .No seu</p><p>alto curso, que vai da nascente a Pirapora (Minas Gerais), o São Francisco é acidentado e</p><p>não-navegável, oferecendo, por outro lado, alto potencial hidrelétrico. A Usina Hidrelétrica</p><p>de Três Marias foi aí construída a fim de regularizar o curso do rio, fornecer energia elétrica</p><p>e ampliar seu trecho navegável, através de comportas que fazem subir o nível das águas. Já</p><p>no médio curso, que estende de Pirapora e Juazeiro (estado da Bahia), o rio é inteiramente</p><p>navegável. O baixo curso do São Francisco localiza-se inteiramente na região Nordeste.</p><p>- Bacias do Leste — São um conjunto de bacias secundárias de diversos rios que</p><p>descem das serras litorâneas para o Atlântico, merecendo destaque as bacias dos rios Pardo,</p><p>Rio Doce e Jequitinhonha, em Minas Gerais, e Paraíba do Sul, em São Paulo e Rio de Janeiro.</p><p>- Bacias do Sudeste-Sul — A região Sudeste é drenada também por estas bacias,</p><p>destacando-se a do rio Ribeira do Iguape, no estado de São Paulo.</p><p>P á g i n a | 41</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>COUNTRY STUDIES. Regions. Disponível em: <http://countrystudies.us/brazil/24.htm>.</p><p>Acesso em: 21 jan. 2018.</p><p>WIKIPÉDIA. Regiões do brasil. Disponível em:</p><p><https://pt.wikipedia.org/wiki/regi%c3%b5es_do_brasil>. Acesso em: 21 jan. 2018.</p><p>GEOGRAFIA REGIONAL DO BRASIL. Geografia. Disponível em:</p><p><http://www.sedis.ufrn.br/bibliotecadigital/site/pdf/geografia/geo_reg_livro_web.pdf>.</p><p>Acesso em: 20 jan. 2018</p><p>GEOGRAFIA BRASILEIRA. Geografia. Disponível em:</p><p><https://www.moderna.com.br/moderna/didaticos/em/geografia/projensinogeo/rumos/00</p><p>16>. Acesso em: 19 jan. 2018.</p><p>AUTOAVALIAÇÃO - REGIÕES BRASILEIRAS</p><p>1- Assinale a alternativa com um estado que não faz parte da Região Nordeste:</p><p>a) Roraima</p><p>b) Pernambuco</p><p>c) Alagoas</p><p>P á g i n a | 42</p><p>d) Sergipe</p><p>2- Assinale a alternativa correspondente ao país que não faz fronteira com o</p><p>Brasil</p><p>a) Colômbia.</p><p>b) Argentina.</p><p>c) Equador.</p><p>d) Venezuela.</p><p>3- Sobre o Nordeste brasileiro é correto afirmar que:</p><p>a) Os rios nordestinos que fazem seu percurso até desaguarem no mar</p><p>integram um conjunto de bacias secundárias, como as do Atlântico Sul e do</p><p>Atlântico Sudeste.</p><p>b) É marcado pela pobreza, pela grande desigualdade de sua estrutura social,</p><p>pela repulsão populacional, pela baixa produtividade da agricultura e pela presença</p><p>de polos industriais voltados para os mercados extra regionais. Todas as línguas</p><p>chegaram a se desenvolver em sistemas escritos.</p><p>c) É a única região que faz limite com todas as demais.</p><p>d) Nenhuma alternativa anterior está correta.</p><p>4- Assinale a alternativa correta sobre a Região Sul:</p><p>a) É a região mais desenvolvida do país, responsável por 55,2% do PIB</p><p>brasileiro.</p><p>b) A região apresenta a maior bacia hidrográfica do mundo.</p><p>c) Os brasileiros de outros estados, principalmente nordestinos, vieram para a</p><p>Região Sul a fim de trabalhar na extração da borracha.</p><p>d) Os rios sulistas que fazem seu percurso até desaguarem no mar integram</p><p>um conjunto de bacias secundárias, como as do Atlântico Sul e do Atlântico</p><p>Sudeste.</p><p>5- Assinale a alternativa com um estado que faz parte da Região Norte:</p><p>a) Pará</p><p>P á g i n a | 43</p><p>b) Piauí</p><p>c) Alagoas</p><p>d) Sergipe</p><p>6- Faz parte das formações vegetais da Região Sul, exceto</p><p>a) Cerrado.</p><p>b) Campo.</p><p>c) Caatinga.</p><p>d) Vegetação Litorânea.</p><p>7- Veja as afirmações sobre a Região Centro-Oeste e assinale o que estiver</p><p>correto:</p><p>I) O Planalto</p>

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