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<p>UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE FISIOTERAPIA</p><p>ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES E METABÓLICAS DECORRENTES DA SÍNDROME DE APNEIA/HIPOPNEIA OBSTRUTIVA DO SONO</p><p>Aline Cordeiro Bueno</p><p>Carolaine Jordão de Freitas</p><p>Marília – SP</p><p>2024</p><p>ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES E METABÓLICAS DECORRENTES DA SÍNDROME DE APNEIA/HIPOPNEIA OBSTRUTIVA DO SONO</p><p>Aline Cordeiro Bueno</p><p>Carolaine Jordão de Freitas</p><p>Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Fisioterapia pela UNIMAR – Universidade de Marília SP.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Mauro Audi</p><p>Marília – SP</p><p>2024</p><p>Bueno, Aline Cordeiro; Freitas, Carolaine Jordão de</p><p>Alterações cardiovasculares e metabólicas decorrentes da síndrome de apneia/hipopneia obstrutiva do sono / Bueno, Aline Cordeiro; Freitas, Carolaine Jordão de.</p><p>2024. 23 p.</p><p>Trabalho de Conclusão de Curso – UNIMAR – Universidade de Marília/SP, 2024.</p><p>1. Alterações 2. Apneia 3. Hipopneia.</p><p>CDD [número da CDD]</p><p>ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES E METABÓLICAS DECORRENTES DA SÍNDROME DE APNEIA/HIPOPNEIA OBSTRUTIVA DO SONO</p><p>Aline Cordeiro Bueno</p><p>Carolaine Jordão de Freitas</p><p>Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Fisioterapia pela UNIMAR – Universidade de Marília SP.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Mauro Audi</p><p>Aprovadas em: ______/_______/_________.</p><p>BANCA EXAMINADORA</p><p>_________________________________________</p><p>Orientador: Prof. Dr. Mauro Audi - UNIMAR</p><p>_________________________________________</p><p>Membro da banca (1)</p><p>_________________________________________</p><p>Membro da banca (2)</p><p>RESUMO</p><p>A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma condição clínica caracterizada por episódios recorrentes de obstrução completa (apneia) ou obstrução parcial (hipopneia) das vias aéreas superiores, levando ao aumento da pressão intratorácica negativa, fragmentação do sono e hipóxia intermitente durante o sono. A literatura aponta para uma estreita associação de componentes da síndrome metabólica e cardiovascular com AOS. Portanto, esse estudo terá como objetivo descrever a possível relação entre alterações cardiovasculares e metabólicas decorrentes da síndrome de apneia/hipopneia obstrutiva do sono. Para isso, será realizada uma revisão sistemática. Foram escolhidas as seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Medical Literature Analyses and Retrieval System Online (PubMed/Medline) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saude (LILACS), assim como artigos citados como referência dos artigos inicialmente selecionados e livros para ampliar a cobertura do tema. Sabendo da carga das alterações cardiovasculares e metabólicas para a saúde pública e morbimortalidade da população, estudos acerca do tema são essenciais para ampliar avanços científicos e consequentemente melhorar o acesso dos indivíduos a tratamentos efetivos e seguros e ações de prevenção e promoção de saúde.</p><p>Palavra-chave: Síndrome de apneia. Hipopneia obstrutiva do sono. Alterações cardiovasculares. Alterações metabólicas.</p><p>ABSTRACT</p><p>Obstructive sleep apnea (OSA) is a clinical condition characterized by recurrent episodes of complete obstruction (apnea) or partial obstruction (hypopnea) of the upper airways, leading to increased negative intrathoracic pressure, sleep fragmentation, and intermittent hypoxia during sleep. The literature points to a close association of components of the metabolic and cardiovascular syndrome with OSA. Therefore, this study will aim to describe the possible relationship between cardiovascular and metabolic changes resulting from obstructive sleep apnea/hypopnea syndrome. To this end, a systematic review will be carried out. The following databases were chosen: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Medical Literature Analyzes and Retrieval System Online (PubMed/Medline) and Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), as well as articles cited as references of initially selected articles and books to expand coverage of the topic. Knowing the burden of cardiovascular and metabolic changes on public health and morbidity and mortality of the population, studies on the topic are essential to expand scientific advances and consequently improve individuals' access to effective and safe treatments and prevention and health promotion actions.</p><p>Keywords: Apnea syndrome. Obstructive sleep hypopnea. Cardiovascular changes. Metabolic changes.</p><p>LISTA DE TABELAS</p><p>Tabela 1 – Resultados dos estudos inclusos 17</p><p>SUMÁRIO</p><p>INTRODUÇÃO 09</p><p>1. SÍNDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAOS) 11</p><p>1.2 Epidemiologia. 12</p><p>1.3 Fisiopatologia 13</p><p>2. CONSEQUÊNCIAS CARDIOVASCULARES E METABÓLICAS ADVINDAS DA SÍNDROME DE APNEIA/HIPOPNEIA OBSTRUTIVA DO SONO 15</p><p>METODOLOGIA 17</p><p>RESULTADOS 19</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS 22</p><p>Referências Bibliográficas 23</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma condição clínica caracterizada por episódios recorrentes de obstrução completa (apneia) ou obstrução parcial (hipopneia) das vias aéreas superiores, levando ao aumento da pressão intratorácica negativa, fragmentação do sono e hipóxia intermitente durante o sono. Isso resulta em uma redução ou cessação completa do fluxo de ar, apesar dos esforços inspiratórios contínuos e leva a despertares, fragmentação do sono e dessaturação da oxihemoglobina (Santos et al., 2023).</p><p>Pesquisas sobre a prevalência atual de AOS indicaram que um terço dos estudos do sono mostraram algum grau de AOS (índice de apneia-hipopneia ≥5 eventos por hora de sono). Entre adultos de 30 a 70 anos de idade, aproximadamente 13% dos homens e 6% das mulheres apresentam formas moderadas a graves de AOS (índice de apneia-hipopneia ≥15 eventos por hora de sono). No geral, estima-se que 50% a 60% das pessoas obesas e pacientes com síndrome metabólica tenham AOS (Cole et al., 2013).</p><p>A prevalência de AOS é ainda maior em pacientes obesos com diabetes mellitus e obesidade mórbida. Apesar de uma associação tão esmagadora, a AOS permanece não reconhecida na grande maioria destes pacientes com alta probabilidade pré-teste de AOS. Vários fatores anatômicos e funcionais predispõem à AOS. Pacientes com AOS são capazes de compensar o estreitamento das vias aéreas superiores aumentando a atividade dos músculos das vias aéreas superiores que mantêm a potência das vias aéreas durante a vigília. Em contrapartida, esse efeito protetor é perdido durante o sono, quando ocorre o relaxamento dos músculos e prevalece a obstrução das vias aéreas superiores (Santos et al., 2023).</p><p>Assim, justifica-se que conceito de que a AOS possa fazer parte da síndrome metabólica não é novo. Em 1998, Wilcox propôs o nome “síndrome Z” para a combinação da síndrome metabólica (síndrome X) e AOS, para refletir a estreita associação de componentes da síndrome metabólica com AOS. Desde então, um grande desafio para a área tem sido compreender se a AOS é um mero epifenômeno ou um fardo adicional que exacerba o risco cardiometabólico e da síndrome metabólica (Santos et al., 2023).</p><p>A SAOS tem sido associada a doenças cardiovasculares, acidentes automobilísticos, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), insuficiência cardíaca e deterioração da qualidade de vida relacionada à saúde (Cole et al., 2013). Outro problema emergente de saúde pública é a síndrome metabólica, que representa uma constelação de fatores de risco cardiovascular. A AOS frequentemente coexiste com a obesidade e demonstrou estar independentemente associada à resistência à insulina, que é um componente importante da síndrome metabólica (Cole et al., 2013).</p><p>2</p><p>Portanto, objetiva-se descrever a possível relação entre alterações cardiovasculares e metabólicas decorrentes da síndrome de apneia/hipopneia obstrutiva do sono, por meio de uma análise crítica da literatura inerente às alterações cardiovasculares e metabólicas decorrentes da síndrome de apneia/hipopneia obstrutiva do sono.</p><p>1. SÍNDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAOS)</p><p>Por definição, a Síndrome da Apneia</p><p>Obstrutiva do Sono consiste em uma doença sistêmica relativamente comum, apesar do subdiagnóstico considerável. É presente entre 2 e 4% da população mundial, caracterizando-se como a obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores durante o sono, culminando em episódios de apneia. A doença apresenta uma condição clínica complexa em termos de diagnóstico, caracterizando-se na cessação do fluxo aéreo, bem como pela saturação arterial de oxigênio (Pissulin et al., 2018).</p><p>Para a Academia Americana de Medicina do Sono, a SAHOS é um distúrbio respiratório do sono caracterizado por episódios recorrentes de obstrução total (apneia) ou parcial (hipopneia) da via aérea superior por período igual ou maior que 10 segundos, resultando, frequentemente, em dessaturação de oxigênio e fragmentação do sono. A manifestação clássica da SAHOS é a sonolência diurna, mas outros sintomas como ronco, sono agitado, baixa concentração e fadiga são comumente relatados (Bittencourt et al., 2009).</p><p>Atualmente, existem três tipos principais de classificação da apneia, as obstrutivas, as centrais e as mistas. A apneia central é resultante da ausência ou redução da atividade neural do tronco cerebral para os músculos da bomba inspiratória torácica (diafragma e músculos intercostais) e/ou músculos das vias aéreas superiores. A apneia obstrutiva do sono (AOS) é a mais prevalente, estima-se que acometa 34% dos homens e 17% das mulheres na população geral e 40% a 60% dos pacientes com doença cardiovascular (Johnson; Johnson, 2013).</p><p>A síndrome da apneia/hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) é um distúrbio causado pela redução parcial (hipopneia) ou total (apneia) do fluxo aéreo, provocado pela obstrução da via aérea superior. Essa obstrução causa hipóxia nos tecidos, com queda da saturação e despertares durante a noite. Um dos fatores predisponentes da obstrução da via aérea superior são: alterações anatômicas, na distribuição da gordura da região cervical, neuromusculares ou fatores associados. A obesidade, sexo e idade estão completamente interligados. A doença causa alta taxa de morbimortalidade, provocando doenças cardiovasculares que está entre os maiores fatores de risco provocados pela doença (Pelosi, 2017).</p><p>Sob esse viés, a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono exige muita suspeita clínica visando-se o seu devido reconhecimento, sobretudo por cardiologistas. demandando uma polissonografia para confirmação diagnóstica. O tratamento pode ser realizado com o uso de pressão positiva na via aérea superior ou CPAP, sendo eficaz na melhoria do padrão respiratória no decorrer do sono, possibilitando o sono reparador, favorecendo a qualidade de vida dos pacientes e atenuando as diversas complicações cardiovasculares relacionadas (Silveira et al., 2017).</p><p>Dentre os sinais e sintomas mais encontrados em indivíduos com a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono, destacam-se: sonolência, ronco e pausas respiratórias frequentes no decorrer do sono. Na grande maioria dos casos, observam-se prejuízos diretos acerca das funções cognitivas como memória e atenção. Além disso, outros fatores associados envolvem o refluxo gastresofágico, insônia, angina noturna, sono, hipertensão arterial sistêmica, arritmias cardíacas correlacionadas com o sono e má qualidade de vida. Na diversidade de problemáticas, as alterações cardiovasculares se constituem como um os grupos mais nocivos no âmbito da saúde pública (Galtieri et al., 2019).</p><p>As lesões causadas pela descarga simpática e queda da saturação, provocam sonolência diurna excessiva, distúrbios de aprendizagem e cardiovasculares. A gravidade da doença é classificada de acordo com o índice de apneia/hipopneia (IAH) por hora de sono, de 5-15 eventos/hora (leve); 15 a 30 eventos/h (moderada); e > 30 eventos/h (grave). O diagnóstico e o nível de gravidade da doença variam de acordo com o IAH, dados registrados na polissonografia. O exame físico, a história da doença e os sinais e sintomas são levados em consideração no diagnóstico, como fadiga, sonolência e sono não reparador, distúrbios cognitivos, inquietação durante o sono (Bastos et al., 2017).</p><p>1.2 Epidemiologia</p><p>A SAOS é considerada um problema de saúde pública potencialmente tratável e, em virtude de suas consequências, vem ganhando progressiva atenção da comunidade médica. A prevalência da SAOS varia de 0,8% a 24% na população geral, sendo comparável a outras doenças crônicas como doença arterial periférica, epilepsia e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (Banerjee et al., 2009).</p><p>A SAHOS tem prevalência na população geral variando de 0,8% a 24%, tornando-se um problema de saúde pública. Acomete mais homens obesos, mas pode atingir todas as faixas etárias e os dois sexos. Atinge 4% dos homens e 2% das mulheres. Tem alta prevalência em portadores de doenças cardiovasculares. Apresenta diferença entre os grupos étnicos, mais encontrados nos afro-americanos, 2,5 vezes maior que em brancos (Ferreira et al., 2015).</p><p>Considerando como critério de diagnóstico o IAH> 5 e pelo menos um sinal e/ou sintoma, provavelmente a SAHOS pode ter prevalência em 1/3 da população adulta. No entanto, é relevante avaliar o método diagnóstico, os sintomas e os subgrupos (Haddad; Bittencourt, 2013).</p><p>Os estudos deixam realçar que as diferenças de prevalência decorrentes de faixa etária, sexo, etnia e peso corporal somam-se também às diferenças metodológicas quanto à obtenção do diagnóstico de SAOS (polissonografia laboratorial, domiciliar, monitorização cardiorrespiratória e oximetria noturna). A tecnologia empregada para a quantificação do fluxo nasal também é bastante variável nos diversos métodos (Da Silva et al., 2009).</p><p>Os estudos que utilizam termístores ou termopares, menos sensíveis, provavelmente subestimam o número de eventos respiratórios durante o sono quando comparados com estudos que utilizam transdutores de cânulas de pressão, mais sensíveis. Além disso, a definição de SAOS empregada também difere entre os estudos (Da Silva et al., 2009).</p><p>Por fim, conforme evidenciado na literatura, a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono está diretamente relacionada com as doenças cardiovasculares, sobretudo pelas alterações fisiológicas agudas características da hipertensão arterial sistêmica, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e arritmias (Simões, 2018).</p><p>1.3 Fisiopatologia</p><p>O sono faz parte da condição natural e fisiológica do corpo controlado pelo sistema nervoso central, que modifica o estado de consciência, reduz alguns estímulos provocados pelo meio externo, altera comportamentos sensitivos, motores e autonômicos. A capacidade de reagir aos estímulos externos, o estado de alerta e de manter os ciclos naturais do sono, podendo este diferenciar o sono e a perda de consciência é chamado de ciclo sono-vigília (Gomes et al., 2010).</p><p>A obstrução total ou parcial das vias aéreas superiores (VAS) durante o sono ocorre devido ao estreitamento dessas vias, que se estende desde a nasofaringe até a porção inferior da hipofaringe, resultando em sinais e sintomas clínicos em consequência do colapso durante o sono. A interação entre os fatores fisiológicos e alterações anatômicas dessa região são fundamentais para compreender a fisiopatologia da SAHOS (Ferreira, 2013).</p><p>O ciclo sono-vigília ocorre de forma individualizada, varia de acordo com a idade e o sexo. O chamado marca-passo circadiano é quem regula o ciclo do sono e vigília durante o dia, um processo entre as funções endógenas e o meio externo durante o dia. Um exemplo disso é a luminosidade que promove a vigília durante o dia e a baixa luminosidade, o sono, processo decorrente da interpretação neural (Neves et al., 2017).</p><p>Um dos sintomas mais prevalentes e graves da SAHOS é a dessaturação da oxihemoglobina (redução do O2 e elevação do CO2 arterial). A saturação mínima do oxigênio (SatmínO2) diminui muito durante os episódios de apneia/hipopneia e mantém-se abaixo dos índices normais (90%) durante toda a noite. Para compensar a dessaturação da oxihemoglobina, ocorre um aumento no trabalho cardíaco,</p><p>para que o sangue possa chegar aos pulmões e as trocas gasosas sejam feitas, a fim de restabelecer os níveis adequados de oxigênio arterial para que os tecidos sejam adequadamente oxigenados (Ferreira, 2013).</p><p>O sono possui fases que são classificados em sono REM (sono com movimentos rápidos dos olhos) e NREM (sono sem movimentos oculares rápidos), que podem ser observados através do eletroencefalograma (EEG). O sono NREM, ondas lentas e grandes amplitudes eletromagnéticas, considerada a fase mais duradoura, profunda e reparadora. Essa fase é subdividida em 4 estágios. Ocorre a diminuição do tônus vascular periférico e de funções como frequência respiratória, cardíaca e pressão arterial (Santos et al., 2014).</p><p>O intervalo de tempo até a resposta de despertar ao final do evento respiratório aumenta e o número de pausas respiratórias por noite aumenta em consequência da fragmentação do sono. Entre as consequências dos despertares desencadeados pelas pausas respiratórias estão: o desenvolvimento de alterações cardiovasculares, déficits neuropsicológicos e reforço dos mecanismos de piora do distúrbio respiratório (Ferreira, 2013).</p><p>2. CONSEQUÊNCIAS CARDIOVASCULARES E METABÓLICAS ADVINDAS DA SÍNDROME DE APNEIA/HIPOPNEIA OBSTRUTIVA DO SONO</p><p>A doença pode trazer danos metabólicos, e o diabetes mellitus está entre um grande fator de risco que está associado a SAHOS, por causar o aumento da resistência à insulina, dificultando o controle da glicose. Essas alterações endócrinas metabólicas, pode estar ou não associados a outros fatores como: sexo, idade e raça (Fava et al., 2011). A obesidade é apontada como um fator de risco importante para SAHOS. O excesso de peso, contribui para a hipoventilação, e para a obstrução da via aérea superior. Medidas antropométricas são aplicadas para identificação de riscos, alterações metabólicas, cardiovasculares que podem existir ou levar a piora do quadro clínico (Lustosa et al., 2016).</p><p>Durante os eventos de apneia, há a hipóxia, os despertares, pressão negativa intratorácica, aumento da pressão arterial. Isso contribui para que haja alterações no sistema cardiovascular, que apontam riscos como o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Encefálico (AVC), Arritmias (Lorenzi Filho et al., 2010). Ainda diz que além de desorganizar as funções vasculares, essas mudanças atuam à nível metabólico, bioquímico e inflamatório. Isso inclui atividade simpática, estresse oxidativo, resistência à insulina, citocinas, fibrinogênio, proteína C reativa (PCR), disfunção endotelial, entre outros (Lorenzi Filho et al., 2010).</p><p>O ritmo cardíaco é influenciado pelo sistema autonômico, a SAHOS provoca alterações do ritmo, levando as arritmias. Os distúrbios do ritmo ocorrem em pessoas com SAHOS, mesmo não havendo doenças causadas pelo sistema de condução. Isso se deve as mudanças no ciclo do sono, que leva a hipoxemia, alteração autonômica e risco de isquemias (Wiggert et al., 2010).</p><p>Atualmente, sabe-se que a qualidade do sono é um importante aliado para o sistema cardiovascular, pois durante o sono há um aumento da ação do sistema nervoso parassimpático e uma redução da ação do sistema nervoso simpático, acarretando a redução dos níveis pressóricos e diminuição da frequência cardíaca, portanto a apneia do sono prejudica essa regulação fisiológica (Javaheri et al., 2017). Assim, na AOS ocorre aumento da atividade simpática, o que deixa o indivíduo mais suscetível a um aumento nos níveis de pressão arterial e na frequência cardíaca na fase pós-apneica (Yoshihisa; Takeishi, 2019).</p><p>O desequilíbrio no sistema nervoso autônomo é mediado por quimiorreflexos, os centrais respondem à hipocapnia e os periféricos respondem à hipoxemia. Essa ação desencadeia um aumento da atividade quimiorreceptora e atenua a atividade barorreceptora. Dessa forma, a reatividade provocada somada ao aumento da sensibilidade quimiorreceptora corroboram para aumento do débito cardíaco, ativação do sistema renina-angiotensina, elevações agudas de pressão arterial, piora da resistência insulínica, lipólise, liberação de mediadores inflamatórios, diminuição de vasodilatação induzida por acetilcolina e aumento de catecolaminas urinárias e plasmáticas (Ando, 2018; Drager, et al., 2017).</p><p>Somado a isso, a apneia do sono pode gerar vias aéreas obstruídas, má oxigenação intermitente e hipercapnia. O que se sabe até o momento é que a AOS cursa com comprometimento do sistema cardiovascular por meio de diversos mecanismos como hipóxia, estresse oxidativo, ativação do sistema nervoso simpático, disfunção endotelial, aumento da pressão intratorácica e inflamação (Javaheri et al., 2017). Com isso, indivíduos com apneia do sono estão predispostos a diversas afecções cardiovasculares como: hipertensão arterial sistêmica, fibrilação atrial, morte súbita, doença coronariana e consequentemente insuficiência cardíaca (Yoshihisa; Takeishi, 2019).</p><p>METODOLOGIA</p><p>Será realizada uma revisão sistemática, método que vai ao encontro dos desafios enfrentados nos últimos anos por profissionais da saúde para produção e consumo de conhecimentos fundamentados em evidências científicas. Desse cenário emerge a prática baseada em evidências (PBE), um método de abordagem para solução de um problema que congrega a procura pelo melhor e mais recente conhecimento científico produzido e a competência clínica do profissional, ambos aliados aos valores e preferências dos pacientes.</p><p>Dentro desse contexto, surge a necessidade de se compilar dentre as diferentes informações disponibilizadas a partir de pesquisas científicas, àquelas que de fato possuam relevância e validada do ponto de vista da ciência. É exatamente deste ponto que surgem os trabalhos de revisão, os quais trata-se de pesquisas que se utilizam de fontes de informações já produzidas para alcançar um determinado objetivo e responder a uma questão-problema. Deste modo, optou-se por realizar uma revisão seguindo as diretrizes do método (PRISMA) Preferred Reporting Items for Systematic Review and Metaanalyses.</p><p>A revisão será desenvolvida nas seguintes etapas: planejamento, execução e escrita. Na etapa de planejamento, será realizado todo o aprofundamento teórico necessário para iniciar a revisão, também foi feito a pesquisa preliminar nas bases de dados para verificar se há estudos compatíveis com o objeto da pesquisa e, na sequência a montagem do projeto.</p><p>Foram escolhidas as seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Medical Literature Analyses and Retrieval System Online (PubMed/Medline) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), assim como artigos citados como referência dos artigos inicialmente selecionados e livros para ampliar a cobertura do tema, mediante o cruzamento dos seguintes descritores: “Síndrome de apneia; Hipopneia obstrutiva do sono; alterações cardiovasculares; alterações metabólicas”, combinados através do operador booleano AND.</p><p>Os critérios de elegibilidade para seleção dos artigos serão: trabalhos nacionais e internacionais em português, inglês e espanhol, com textos completos e disponíveis, publicados nos últimos anos. Como critérios de exclusão serão aplicados: trabalhos incompletos e que não atendessem os objetivos dessa pesquisa, e, portanto, não teriam relevância.</p><p>Registros identificados através</p><p>dos PubMed e, Scielo.</p><p>(</p><p>n</p><p>)</p><p>28</p><p>Triagem</p><p>Inclusão</p><p>Elegibilidade</p><p>Identificação</p><p>Duplicações e excluído pelo título</p><p>(</p><p>n</p><p>=3))</p><p>Estudos selecionados após</p><p>remoção de duplicações e</p><p>leitura de títulos</p><p>=25)</p><p>(</p><p>N</p><p>Excluídos</p><p>=</p><p>(</p><p>n 7</p><p>)</p><p>Pelos critérios de exclusão:</p><p>1.</p><p>Não falavam</p><p>sobre o tema: 8</p><p>:</p><p>2.</p><p>Estavam incompletos: 0</p><p>Artigos de texto completo</p><p>avaliados pela elegibilidade</p><p>n</p><p>(</p><p>=</p><p>15)</p><p>Selecionados</p><p>(</p><p>n</p><p>=30)</p><p>Fonte: As Autoras (2024)</p><p>RESULTADOS</p><p>Na tabela 1, estão dispostas as características dos estudos inclusos nesta obra, ressaltando os seguintes itens: autor, ano de publicação, tema, base de dados e resultados. Nesse sentido, foram incluídos artigos de National Library</p><p>Of Medicine (PUBmed) e Scielo representando 28 estudos, ao todo, acerca do referido tema, desde o ano de 2009, a 2023, em inglês e em português.</p><p>Tabela 1 – Resultados dos estudos inclusos</p><p>Ano</p><p>Autor (es)</p><p>Base de Dados</p><p>Título</p><p>Resultados</p><p>2018</p><p>ANDO, S.I.</p><p>PUBMED</p><p>Influência da hipóxia induzida por distúrbios respiratórios do sono em casos de hipertensão e fibrilação atrial.</p><p>Embora existam outros benefícios do tratamento com PAP para a apneia do sono, estes resultados não apoiam o tratamento com PAP com o objetivo de prevenção destes resultados.</p><p>2017</p><p>BASTOS, P. L. et al.</p><p>PUBMED</p><p>Aparelhos intraorais e sua eficácia no tratamento de pacientes com ronco primário e com síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono (SAOS): uma revisão de literatura</p><p>Os diversos tipos de aparelhos intraorais parecem ser eficazes no controle do ronco primário e da SAOS leve e moderada, possibilitando redução dos efeitos secundários.</p><p>2017</p><p>SILVEIRA et al.</p><p>PUBMED</p><p>Qualidade do sono em pacientes com apneia obstrutiva após cinco anos de uso de CPAP</p><p>Estimar a prevalência e a distribuição da combinação de fatores de risco cardiovascular em portadores de doença arterial coronariana, bem como avaliar o conhecimento de antecedentes pessoais de risco.</p><p>2009</p><p>BITTENCOURT, L.R.A. et al.</p><p>PUBMED</p><p>Abordagem geral do paciente com síndrome da apneia obstrutiva do sono</p><p>O tratamento da SAOS requer medidas gerais, uso de aparelhos de pressão positiva, sendo o CPAP o mais indicado a casos graves e aparelhos intraorais em casos mais leves.</p><p>2009</p><p>DA SILVA, G.A. et al.</p><p>PUBMED</p><p>Conceitos básicos sobre síndrome da apneia obstrutiva do sono.</p><p>A hipoxia e a hipercapnia alveolar e arterial crônicas podem também levar à hipertensão vascular pulmonar com repercussões em ambos os ventrículos. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de AOS são: obesidade, sexo masculino e envelhecimento. Os efeitos a longo prazo se fazem principalmente no sistema cardiovascular.</p><p>2017</p><p>DRAGER L.F., et al</p><p>PUBMED</p><p>Apneia do sono e doenças cardiovasculares: lições de ensaios recentes e necessidade de equipe científica.</p><p>Dados de pequenos ensaios fornecem evidências de que o tratamento da apneia obstrutiva do sono com pressão positiva contínua nas vias aéreas melhora não apenas os resultados relatados pelo paciente, como sonolência, qualidade de vida e humor, mas também desfechos cardiovasculares intermediários, como pressão arterial, fração de ejeção cardíaca, distúrbios vasculares.</p><p>2013</p><p>FERREIRA, P. R. et al.</p><p>PUBMED</p><p>Atuação da fisioterapia na síndrome da apneia obstrutiva do sono e seu impacto sobre as alterações cardiovasculares: uma revisão bibliográfica</p><p>A Escala de Depressão Geriátrica versão reduzida, serve apenas como um complemento para identificar os transtornos de humor e conhecimento a respeito da à saúde mental do idoso.</p><p>2019</p><p>GALTIERI, R.M.S. et al.</p><p>PUBMED</p><p>Tipos craniofaciais e relação com a síndrome da apneia obstrutiva do sono.</p><p>Foram encontradas as medidas índice de massa corporal = 30,3 (24,7 — 37,4) kg /m², circunferência cervical = 37,6 (33,9 — 41,6) cm e circunferência abdominal = 102,0 (91,8 — 116,1) cm. No grupo de alto risco para essa Síndrome, houve predominância do tipo craniano braquicefálico = 40,7%, e do tipo facial euriprosópico = 37,0%.</p><p>2010</p><p>GOMES, M.M.; QUINHONES, M.S.; ENGELHARDT, E</p><p>SCIELO</p><p>Neurofisiologia do sono e aspectos farmacoterapêuticos dos seus transtornos</p><p>O ciclo sono-vigília é controlado por mecanismos integrados regulados pelo ritmo circadiano e por substâncias hipnogênicas endógenas. O controle e a regulação das diferentes fases do sono e da vigília são mediados através da interação coordenada entre diferentes sistemas neurais e diversos neurotransmissores.</p><p>2017</p><p>JAVAHERI, S. et al.</p><p>SCIELO</p><p>Apneia do sono: tipos, mecanismos e consequências clínicas cardiovasculares</p><p>Revisamos o recente desenvolvimento nas opções de tratamento da apneia do sono, com especial atenção ao tratamento de pacientes com doenças cardíacas. São sugeridas direções futuras para áreas seletivas.</p><p>2013</p><p>JOHNSON, K.G.; JOHNSON, D.C.</p><p>SCIELO</p><p>Frequência de apneia do sono em pacientes com AVC e AIT: uma meta-análise</p><p>Não houve diferença significativa na prevalência de DRS por tipo de evento, momento após AVC ou tipo de monitoramento. Os homens apresentaram maior percentual de DRS (IAH > 10) do que as mulheres (65% versus 48% p = 0,001). Pacientes com AVC recorrente apresentaram maior percentual de DRS (IAH > 10) do que AVC inicial (74% comparado a 57% p = 0,013). Pacientes com etiologia desconhecida de AVC apresentaram maior etiologia cardioembólica menor percentual de DRS do que outras etiologias.</p><p>SCIELO</p><p>2010</p><p>LORENZI FILHO, G. et al</p><p>PUBMED</p><p>Consequências cardiovasculares na SAOS.</p><p>Os mecanismos pelos quais SAOS pode afetar o sistema cardiovascular são múltiplos e incluem a ativação do sistema nervoso simpático, inflamação sistêmica, resistência à insulina e geração de estresse oxidativo. Existem evidências que o tratamento de SAOS com CPAP pode reduzir a pressão arterial, sinais precoces de aterosclerose, risco de recorrência de fibrilação atrial e mortalidade, principalmente por acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, em pacientes com SAOS grave.</p><p>Fonte: A autora (2024)</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Com o trabalho, pode-se concluir que a Síndrome de Apneia/Hipopneia Obstrutiva do Sono (SAHOS) tem se mostrado uma condição médica de relevância crescente devido às suas complexas interações com diversas patologias cardiovasculares e metabólicas. Assim, estudos demonstram que a SAHOS está fortemente ligada ao desenvolvimento de hipertensão arterial, arritmias, insuficiência cardíaca e doenças coronarianas.</p><p>Observou-se que, além das complicações cardiovasculares, a SAHOS também está intimamente ligada a diversas alterações metabólicas, como a resistência à insulina e a dislipidemia. A privação de sono e a fragmentação do sono promovem um ambiente propício ao desenvolvimento de obesidade e diabetes tipo 2, por exemplo. A obesidade, por sua vez, agrava a obstrução das vias aéreas, criando um ciclo vicioso que perpetua tanto a SAHOS quanto as suas consequências metabólicas.</p><p>Ainda, o tratamento da SAHOS não apenas melhora a qualidade do sono e a saúde geral dos pacientes, mas também desempenha um papel crucial na prevenção de eventos cardiovasculares adversos e no controle de comorbidades metabólicas. A adesão ao tratamento com CPAP, modificações no estilo de vida, e intervenções médicas direcionadas podem reduzir significativamente os episódios de apneia e hipopneia, diminuindo o risco de hipertensão, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.</p><p>Em síntese, pode-se abstrair do exposto que a SAHOS representa um desafio clínico complexo devido às suas extensas implicações cardiovasculares e metabólicas. A inter-relação entre a síndrome e condições como hipertensão, arritmias, diabetes e obesidade destaca a necessidade de uma abordagem multidisciplinar no manejo dos pacientes.</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>ANDO, S.I. Influence of hypoxia induced by sleep disordered breathing in case of hypertension and atrial fibrillation. J Cardiol., v.72, n. 1, p. 10-18, jul. 2018.</p><p>BANERJEE, P.N.; FILIPPI, D.; ALLEN HAUSER, W. The descriptive epidemiology of epilepsy – a review. Epilepsy Res. 2009;85(1):31-45.</p><p>BASTOS, P. L. et al. Aparelhos intraorais e sua eficácia no tratamento de pacientes com ronco primário e com síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono (SAOS): uma revisão de literatura. RFO, Passo Fundo, 2017; v.22, n.1, p. 130-136.</p><p>BITTENCOURT, L.R.A. et al. Abordagem geral do paciente com síndrome da apneia obstrutiva do sono. Rev Bras Hipertens, São Paulo, v. 16, n. 3, p.158-163, jun. 2009.</p><p>COLE, S.R. et al. 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