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Doutora em</p><p>Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) com período de pesquisa (doutorado</p><p>sanduíche) na Université Paris 1 - Panthéon-Sorbonne, França.</p><p>E-mail: daniela.ribeiro@unicesumar.edu.br</p><p>Prof.ª Dr.ª Daniela Menengoti Gonçalves Ribeiro</p><p>Professora do Programa de Mestrado e Doutorado e da Graduação em Direito da Universidade Cesumar</p><p>(UniCesumar). Pesquisadora do Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICETI). Doutora em</p><p>Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) com período de pesquisa (doutorado</p><p>sanduíche) na Université Paris 1 - Panthéon-Sorbonne, França.</p><p>E-mail: daniela.ribeiro@unicesumar.edu.br</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>s r</p><p>es</p><p>er</p><p>va</p><p>d</p><p>os</p><p>@</p><p>2</p><p>02</p><p>4,</p><p>P</p><p>ro</p><p>f.ª</p><p>D</p><p>r.ª</p><p>D</p><p>a</p><p>ni</p><p>el</p><p>a</p><p>M</p><p>en</p><p>en</p><p>go</p><p>ti</p><p>G</p><p>on</p><p>ça</p><p>lv</p><p>es</p><p>R</p><p>ib</p><p>ei</p><p>ro</p><p>EVOLUÇÃO DA DENOMINAÇÃO DO DIREITO</p><p>INTERNACIONAL</p><p>EVOLUÇÃO DA DENOMINAÇÃO DO DIREITO</p><p>INTERNACIONAL</p><p>O termo “Direito das Gentes” foi utilizado para denominar o direito</p><p>internacional até meados do final do século XVIII.</p><p>O termo vem do direito romano ius gentium ou jus gentium (“direito das</p><p>gentes” ou “direito dos povos”, em latim), que designa o direito</p><p>aplicável aos estrangeiro, em contraposição ao ius civile, que durante</p><p>o Império Romano (27 a.C. – 476 d.C.) consistia no conjunto de</p><p>instituições jurídicas aplicáveis aos cidadãos romanos.</p><p>No início da Antiguidade (4.000 a.C.), no entanto, não existiam regras</p><p>de direito internacional, porque o estrangeiro era considerado inimigo.</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>s r</p><p>es</p><p>er</p><p>va</p><p>d</p><p>os</p><p>@</p><p>2</p><p>02</p><p>4,</p><p>P</p><p>ro</p><p>f.ª</p><p>D</p><p>r.ª</p><p>D</p><p>a</p><p>ni</p><p>el</p><p>a</p><p>M</p><p>en</p><p>en</p><p>go</p><p>ti</p><p>G</p><p>on</p><p>ça</p><p>lv</p><p>es</p><p>R</p><p>ib</p><p>ei</p><p>ro</p><p>EVOLUÇÃO DO DIREITO INTERNACIONALEVOLUÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL</p><p>Podemos destacar alguns elementos que potencializaram o desenvolvimento do</p><p>direito internacional, tanto público quanto privado:</p><p> Paz de Vestfália (1648)</p><p>Inaugurou o moderno Sistema Internacional, ao estabelecer noções e princípios</p><p>como o de soberania estatal e o de Estado nação.</p><p> O fortalecimento do direito internacional após a Segunda Guerra Mundial (1945).</p><p> Surgimento e consolidação de Organizações Internacionais:</p><p>• ONU (1945)</p><p>• Banco Mundial</p><p>• GATT/OMC etc.</p><p> Globalização:</p><p>• Avanços da tecnologia que proporciona facilidade de comunicações e</p><p>transportes – “distâncias” menores (tempo e espaço perdem significados);</p><p>• Intensificação das relações (sociais, econômicas e culturais) entre os povos;</p><p>• Expansão de empresas transacionais etc.</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>s r</p><p>es</p><p>er</p><p>va</p><p>d</p><p>os</p><p>@</p><p>2</p><p>02</p><p>4,</p><p>P</p><p>ro</p><p>f.ª</p><p>D</p><p>r.ª</p><p>D</p><p>a</p><p>ni</p><p>el</p><p>a</p><p>M</p><p>en</p><p>en</p><p>go</p><p>ti</p><p>G</p><p>on</p><p>ça</p><p>lv</p><p>es</p><p>R</p><p>ib</p><p>ei</p><p>ro</p><p>GLOBALIZAÇÃOGLOBALIZAÇÃO</p><p>A globalização se trata de uma acentuada integração econômica,</p><p>cultural, social e política que afeta (positiva e negativamente) as</p><p>pessoas, as empresas e todas as nações do globo.</p><p>Bauman contribui com a seguinte reflexão:</p><p>A “globalização” está na ordem do dia; uma palavra da moda que se</p><p>transforma rapidamente em um lema, uma encantação mágica, uma</p><p>senha capaz de abrir as portas de todos os mistérios presentes e futuros.</p><p>Para alguns, “globalização” é o que devemos fazer se quisermos ser felizes;</p><p>para outros, é a causa da nossa infelicidade. Para todos, porém,</p><p>“globalização” é o destino mediável do mundo, um processo irreversível; é</p><p>também um processo que nos afeta a todos na mesma medida e da</p><p>mesma maneira. Estamos todos sendo “globalizados” – e isso significa</p><p>basicamente o mesmo para todos (Bauman, 1999, p. 7).</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>s r</p><p>es</p><p>er</p><p>va</p><p>d</p><p>os</p><p>@</p><p>2</p><p>02</p><p>4,</p><p>P</p><p>ro</p><p>f.ª</p><p>D</p><p>r.ª</p><p>D</p><p>a</p><p>ni</p><p>el</p><p>a</p><p>M</p><p>en</p><p>en</p><p>go</p><p>ti</p><p>G</p><p>on</p><p>ça</p><p>lv</p><p>es</p><p>R</p><p>ib</p><p>ei</p><p>ro</p><p>DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADODIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO</p><p>O Direito Internacional, assim como no Direito pátrio, se divide em público e privado:</p><p>Direito Internacional Privado (DIPr)Direito Internacional Público (DIP)</p><p>Trata das relações internacionais de caráter</p><p>privado – entre pessoas (naturais e jurídicas) –</p><p>que tenham algum elemento que conecta duas</p><p>ordens jurídicas diferentes.</p><p>Trata das relações entre Estados e destes com as</p><p>organizações internacionais, fornecendo subsídios</p><p>para compreensão como os Estados têm se</p><p>relacionado, interligado e se obrigado</p><p>reciprocamente acerca de questões complexas,</p><p>reflexo de relações econômicas, sociais, políticas e</p><p>culturais.</p><p>São fontes: Legislação interna dos países,</p><p>Tratados internacionais, Costume, Princípios</p><p>gerais, Doutrina e Jurisprudências.</p><p>É o conjunto de normativo que regulamenta as</p><p>relações com elementos de conexão em mais</p><p>de um sistema jurídico, indicando a lei aplicável</p><p>para solucionar eventuais conflitos (conflito de lei</p><p>no espaço).</p><p>São fontes: Tratados internacionais, Costume</p><p>internacional, Princípios gerais do direito,</p><p>Jurisprudência, Doutrina, Equidade, Resoluções</p><p>emanadas das Organizações Internacionais e Atos</p><p>unilaterais dos Estados.</p><p>É o complexo de normas que disciplinam as</p><p>relações entre os Estados, organizações</p><p>internacionais, outras entidades coletivas (ex.: Santa</p><p>Sé, Cruz Vermelha, Ordem Soberana de Malta) e,</p><p>por consequência, dos próprios indivíduos.</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>s r</p><p>es</p><p>er</p><p>va</p><p>d</p><p>os</p><p>@</p><p>2</p><p>02</p><p>4,</p><p>P</p><p>ro</p><p>f.ª</p><p>D</p><p>r.ª</p><p>D</p><p>a</p><p>ni</p><p>el</p><p>a</p><p>M</p><p>en</p><p>en</p><p>go</p><p>ti</p><p>G</p><p>on</p><p>ça</p><p>lv</p><p>es</p><p>R</p><p>ib</p><p>ei</p><p>ro</p><p>RELAÇÃO ENTRE O DIP E O DIPrRELAÇÃO ENTRE O DIP E O DIPr</p><p>• A principal diferença entre o DIP e o DIPr está no objeto de estudo!</p><p>• No entanto, há, inequivocamente, afinidade entre as duas disciplinas</p><p>jurídicas, ambas voltadas para questões que afetam os múltiplos</p><p>relacionamentos internacionais, uma dedicada às questões políticas,</p><p>militares e econômicas dos Estados em suas manifestações</p><p>soberanas, a outra concentrada nos interesses particulares, dos quais</p><p>os Estados participam e disciplinam regras por tratados e regras</p><p>internas.</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>s r</p><p>es</p><p>er</p><p>va</p><p>d</p><p>os</p><p>@</p><p>2</p><p>02</p><p>4,</p><p>P</p><p>ro</p><p>f.ª</p><p>D</p><p>r.ª</p><p>D</p><p>a</p><p>ni</p><p>el</p><p>a</p><p>M</p><p>en</p><p>en</p><p>go</p><p>ti</p><p>G</p><p>on</p><p>ça</p><p>lv</p><p>es</p><p>R</p><p>ib</p><p>ei</p><p>ro</p><p>ALGUMAS MANEIRAS "CURIOSAS" PELAS QUAIS O</p><p>DIREITO INTERNACIONAL INFLUENCIA NOSSAS VIDAS</p><p>ALGUMAS MANEIRAS "CURIOSAS" PELAS QUAIS O</p><p>DIREITO INTERNACIONAL INFLUENCIA NOSSAS VIDAS</p><p>• SABER QUE UM SEGUNDO É A MESMA EXTENSÃO DE TEMPO EM QUALQUER LUGAR</p><p>DO MUNDO</p><p>Pelo estabelecimento de padrões reconhecidos internacionalmente na 13ª</p><p>Conferência Geral sobre Pesos e medidas (1967), sob os auspícios do Bureau</p><p>Internacional de Pesos e Medidas (estabelecido em 1875).</p><p>• VIAJAR COM RELATIVA FACILIDADE, POR SE TER UM PASSAPORTE</p><p>O documento foi primeiramente padronizados no tempo da Liga das Nações, na</p><p>Conferência Internacional sobre Passaportes, Formalidades de Alfândega e</p><p>Bilhetes de Passagem, 1920. Atualmente a padronização ocorre através da</p><p>Organização da Aviação Civil Internacional, com 188 Estados participantes. A</p><p>OACI foi estabelecida cm 1947 com a entrada em vigor da Convenção de</p><p>Aviação Civil Internacional.</p><p>• TER RECONHECIDO O ACESSO À INTERNET COMO GARANTIA À LIBERDADE DE</p><p>EXPRESSÃO E INFORMAÇÃO</p><p>O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU)</p><p>editou, em 2012, a Resolução A/HRC/20/L.13, denominada de The promotion,</p><p>protection and enjoyment of human rights on the Internet.</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>s r</p><p>es</p><p>er</p><p>va</p><p>d</p><p>os</p><p>@</p><p>2</p><p>02</p><p>4,</p><p>P</p><p>ro</p><p>f.ª</p><p>D</p><p>r.ª</p><p>D</p><p>a</p><p>ni</p><p>el</p><p>a</p><p>M</p><p>en</p><p>en</p><p>go</p><p>ti</p><p>G</p><p>on</p><p>ça</p><p>lv</p><p>es</p><p>R</p><p>ib</p><p>ei</p><p>ro</p><p>POR QUE OS OPERADORES DO DIREITO PRECISAM CONHEÇAR OS</p><p>TRATADOS?</p><p>POR QUE OS OPERADORES DO DIREITO PRECISAM CONHEÇAR OS</p><p>TRATADOS?</p><p>• Atualmente existe no Brasil, mais de 7 mil "Atos internacionais" em</p><p>vigor publicados</p><p>no site do Ministério das Relações Exteriores.</p><p>• Atos internacionais correspondem, segundo a prática brasileira, a</p><p>tratados, acordos, memorandos de entendimento, ajustes</p><p>complementares, convenções ou protocolos que criem normas e</p><p>regulamentos.</p><p>• São, pois, engajamentos realizados pelo Brasil nos mais diversos</p><p>temas: comércio, cooperação para ciência, educação, cultura,</p><p>tecnologia, direitos humanos, paz, trânsito de pessoas, isenção</p><p>tributária, cooperação judicial em matéria processual etc., que</p><p>buscam atender às demandas da sociedade internacional.</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>s r</p><p>es</p><p>er</p><p>va</p><p>d</p><p>os</p><p>@</p><p>2</p><p>02</p><p>4,</p><p>P</p><p>ro</p><p>f.ª</p><p>D</p><p>r.ª</p><p>D</p><p>a</p><p>ni</p><p>el</p><p>a</p><p>M</p><p>en</p><p>en</p><p>go</p><p>ti</p><p>G</p><p>on</p><p>ça</p><p>lv</p><p>es</p><p>R</p><p>ib</p><p>ei</p><p>ro</p><p>SOCIEDADE INTERNACIONALSOCIEDADE INTERNACIONAL</p><p>• Além das sociedades nacionais, regidas pelas legislações dos países,</p><p>existe também uma sociedade maior denominada “Sociedade</p><p>Internacional”, composta pelo encontro dos elementos que</p><p>compõem as sociedades nacionais. (Dolinger; Tiburcio, 2017, p. 14)</p><p>• A Sociedade Internacional pode ser conceituada como o conjunto</p><p>de atores (Estados, Organizações Internacionais, Indivíduo,</p><p>Empresas, ONGs, Beligerantes, Santa Sé etc.) que interagem de</p><p>maneira sistêmica na esfera internacional, considerando os diversos</p><p>aspectos relacionais: economia, política, cultura, tecnologia etc.</p><p>• Para compreender a “Sociedade Internacional” é importante</p><p>conhecer duas expressões frequentemente utilizadas pelos juristas</p><p>internacionalistas:</p><p> Sujeitos de Direito Internacional, e</p><p> Atores de Direito Internacional.</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>s r</p><p>es</p><p>er</p><p>va</p><p>d</p><p>os</p><p>@</p><p>2</p><p>02</p><p>4,</p><p>P</p><p>ro</p><p>f.ª</p><p>D</p><p>r.ª</p><p>D</p><p>a</p><p>ni</p><p>el</p><p>a</p><p>M</p><p>en</p><p>en</p><p>go</p><p>ti</p><p>G</p><p>on</p><p>ça</p><p>lv</p><p>es</p><p>R</p><p>ib</p><p>ei</p><p>ro</p><p>SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONALSUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL</p><p>Os sujeitos de direito, no âmbito do Direito Internacional Público são os que detêm</p><p>personalidade jurídica originária (que se origina) no plano internacional.</p><p>são aqueles capazes de assumir obrigações e deveres perante a Sociedade</p><p>Internacional, em outras palavras, são os sujeitos capazes de celebrar tratados e</p><p>com legitimidade para atuar em demandas judiciais internacionais.</p><p>Dois documentos internacionais são importantes para o tema dos sujeitos de</p><p>direito internacional público:</p><p>A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969, que reconhece a</p><p>capacidade dos Estados para celebrar tratados, e;</p><p>A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados entre Estados e</p><p>Organizações Internacionais ou entre Organizações Internacionais de 1986,</p><p>complementou o texto da Convenção de 1969, aceitando as OI’s como sujeitos</p><p>de DIP.</p><p>Ainda, o Código Civil brasileiro elenca as pessoas jurídicas de direito público</p><p>externo/internacional:</p><p> Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros</p><p>e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>s r</p><p>es</p><p>er</p><p>va</p><p>d</p><p>os</p><p>@</p><p>2</p><p>02</p><p>4,</p><p>P</p><p>ro</p><p>f.ª</p><p>D</p><p>r.ª</p><p>D</p><p>a</p><p>ni</p><p>el</p><p>a</p><p>M</p><p>en</p><p>en</p><p>go</p><p>ti</p><p>G</p><p>on</p><p>ça</p><p>lv</p><p>es</p><p>R</p><p>ib</p><p>ei</p><p>ro</p><p>SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONALSUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL</p><p>Assim, são sujeitos do Direito Internacional para a doutrina clássica:</p><p> Estados, que possuem personalidade jurídica originária, a partir de seu</p><p>reconhecimento como Estado soberano.</p><p>O “Estado como pessoa de Direito Internacional deve reunir os</p><p>seguintes requisitos: I. População permanente; II. Território determinado;</p><p>III. Governo; IV. Capacidade de se relacionar com os demais Estados”</p><p>(art. 1º da Convenção Interamericana sobre os Direitos e Deveres do</p><p>Estado – Montevidéu de 1933, incorporado ao direito brasileiro pelo</p><p>Decreto nº 1.570 de 1937).</p><p> Organizações Internacionais (OI’s), que possuem personalidade jurídica</p><p>derivada, atribuída pelos próprios Estados que as compõem.</p><p>*As OI’s serão estudadas em uma Unidade específica da disciplina.</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>s r</p><p>es</p><p>er</p><p>va</p><p>d</p><p>os</p><p>@</p><p>2</p><p>02</p><p>4,</p><p>P</p><p>ro</p><p>f.ª</p><p>D</p><p>r.ª</p><p>D</p><p>a</p><p>ni</p><p>el</p><p>a</p><p>M</p><p>en</p><p>en</p><p>go</p><p>ti</p><p>G</p><p>on</p><p>ça</p><p>lv</p><p>es</p><p>R</p><p>ib</p><p>ei</p><p>ro</p><p>SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONALSUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL</p><p>IMPORTANTE!! Há divergências na doutrina quanto ao rol de sujeitos do Direito</p><p>Internacional:</p><p> Para a doutrina majoritária, a Santa Sé, que é a representação do governo da</p><p>Igreja Católica, é considerada sujeito no direito internacional público, assim como</p><p>os Estados, entretanto, possui uma personalidade jurídica de direito internacional</p><p>anômala.</p><p> Parte da doutrina consideram, ainda, sujeitos de direito internacional, os grupos</p><p>de pessoas (sem vinculação estatal) que unem-se com um fim específico, seja</p><p>contrários aos governo de um país (beligerantes, os insurgentes) ou em prol da</p><p>descolonização de um povo ou nação (movimentos de libertação nacional), e</p><p>que a partir do reconhecimento dessa condição por outros Estados, podem,</p><p>inclusive celebrar tratados.</p><p>Ex.: Durante a Guerra Civil Americana, os Estados Confederados da América não eram</p><p>reconhecidos como um Estado soberano, mas como força beligerante.</p><p> E, segundo a doutrina moderna, os indivíduos alcançaram esse status, a partir das</p><p>possibilidades criadas nas últimas décadas, do acionamento de sistemas</p><p>internacionais de proteção de direitos humanos.</p><p>Ex.: Sistema Interamericano de Proteção de Direitos Humanos, composto pela Comissão e Corte</p><p>Interamericana de Direitos Humanos.</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>s r</p><p>es</p><p>er</p><p>va</p><p>d</p><p>os</p><p>@</p><p>2</p><p>02</p><p>4,</p><p>P</p><p>ro</p><p>f.ª</p><p>D</p><p>r.ª</p><p>D</p><p>a</p><p>ni</p><p>el</p><p>a</p><p>M</p><p>en</p><p>en</p><p>go</p><p>ti</p><p>G</p><p>on</p><p>ça</p><p>lv</p><p>es</p><p>R</p><p>ib</p><p>ei</p><p>ro</p><p>ATORES DO DIREITO INTERNACIONALATORES DO DIREITO INTERNACIONAL</p><p> A expressão atores internacionais é mais ampla que sujeitos internacionais, uma vez</p><p>que se refere a todos aqueles que participam de alguma forma das relações</p><p>jurídicas e políticas internacionais.</p><p> Compreende-se, nesse contexto, os próprios Estados e as Organizações</p><p>Internacionais, como também as organizações não-governamentais (ONG’s), as</p><p>empresas, a sociedade civil, os indivíduos etc.</p><p> Assim, os sujeitos de direito internacional (Estados e OI’s) são também atores</p><p>internacionais. O contrário, porém, não é verdadeiro, pois nem todos os atores</p><p>internacionais possuem personalidade jurídica de direito internacional público.</p><p>ATENÇÃO!! Isso não implica dizer que um indivíduo ou uma pessoa jurídica (público ou privada) não</p><p>possuem personalidade jurídica. As personalidades jurídicas desses “atores internacionais” são de direito</p><p>interno. Veja:</p><p> A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a</p><p>concepção, os direitos do nascituro (art. 2º, CC);</p><p> São pessoas jurídicas de direito público interno (art. 41): I - a União; II - os Estados, o Distrito Federal e</p><p>os Territórios; III - os Municípios; IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; V - as demais</p><p>entidades de caráter público criadas por lei.</p><p> São pessoas jurídicas de direito privado (art. 44, CC): I - as associações; II - as sociedades; III - as</p><p>fundações; IV - as organizações religiosas; V - os partidos políticos; VI - as empresas individuais de</p><p>responsabilidade limitada.</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>s r</p><p>es</p><p>er</p><p>va</p><p>d</p><p>os</p><p>@</p><p>2</p><p>02</p><p>4,</p><p>P</p><p>ro</p><p>f.ª</p><p>D</p><p>r.ª</p><p>D</p><p>a</p><p>ni</p><p>el</p><p>a</p><p>M</p><p>en</p><p>en</p><p>go</p><p>ti</p><p>G</p><p>on</p><p>ça</p><p>lv</p><p>es</p><p>R</p><p>ib</p><p>ei</p><p>ro</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UTILIZADAS NESTA UNIDADE</p><p>BASSO, Maristela. Curso de direito internacional privado. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2017.</p><p>BAUMAN, Zygmunt. Globalização, as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar</p><p>Editor, 1999.</p><p>DOLINGER, Jacob; TIBURCIO, Carmen. Direito Internacional Privado. 13. ed. ver., atual. e ampl.</p><p>Rio de Janeiro: Forense, 2017.</p><p>MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de direito internacional público. 10. ed. rev. atua. São</p><p>Paulo: Revista dos Tribunais, 2016.</p><p>MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Concórdia. Acervo de atos internacionais do Brasil.</p><p>Disponível em: https://concordia.itamaraty.gov.br. Acesso em: 18 fev. 2021.</p><p>RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direito Internacional Privado. São Paulo: Saraiva, 2018.</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UTILIZADAS NESTA UNIDADE</p><p>BASSO, Maristela. Curso de direito internacional privado. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2017.</p><p>BAUMAN, Zygmunt. Globalização, as consequências humanas. Rio de</p><p>Janeiro: Jorge Zahar</p><p>Editor, 1999.</p><p>DOLINGER, Jacob; TIBURCIO, Carmen. Direito Internacional Privado. 13. ed. ver., atual. e ampl.</p><p>Rio de Janeiro: Forense, 2017.</p><p>MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de direito internacional público. 10. ed. rev. atua. São</p><p>Paulo: Revista dos Tribunais, 2016.</p><p>MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Concórdia. Acervo de atos internacionais do Brasil.</p><p>Disponível em: https://concordia.itamaraty.gov.br. Acesso em: 18 fev. 2021.</p><p>RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direito Internacional Privado. São Paulo: Saraiva, 2018.</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>s r</p><p>es</p><p>er</p><p>va</p><p>d</p><p>os</p><p>@</p><p>2</p><p>02</p><p>4,</p><p>P</p><p>ro</p><p>f.ª</p><p>D</p><p>r.ª</p><p>D</p><p>a</p><p>ni</p><p>el</p><p>a</p><p>M</p><p>en</p><p>en</p><p>go</p><p>ti</p><p>G</p><p>on</p><p>ça</p><p>lv</p><p>es</p><p>R</p><p>ib</p><p>ei</p><p>ro</p><p>Prof.ª Dr.ª Daniela Menengoti G. Ribeiro</p><p>Artigos e capítulos de livros disponíveis nos sites:</p><p>• Academia.edu: unicesumar.academia.edu/DanielaMenengotiRibeiro</p><p>• Google Acadêmico: (busca pelo nome da autora)</p><p>Como citar este material:</p><p>RIBEIRO, Daniela Menengoti Gonçalves. Disciplina: Direito Internacional,</p><p>Unidade I, Introdução ao Direito Internacional: conceito, fontes,</p><p>distinções entre público e privado, atores e sujeitos, p. 1-15, slides</p><p>disponibilizados aos acadêmicos do Curso de Direito da Universidade</p><p>Cesumar – UNICESUMAR, 2024.</p>