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<p>O que é arte?</p><p>A definição de arte é mutável e depende muito do momento histórico.</p><p>Além disso, a própria noção de arte, usada para descrever uma área de</p><p>conhecimento autônoma (que é a maneira como a compreendemos</p><p>atualmente), nem sempre existiu.</p><p>Portanto, o conceito de arte usado hoje serve para descrever uma</p><p>qualidade pertencente a algo criado para ser visto como uma obra de arte,</p><p>mas que para alcançar esse patamar, necessita ter algum valor</p><p>reconhecido por um público. Um desses valores, que caracteriza</p><p>intensamente a noção de arte, é a capacidade que um objeto, texto,</p><p>imagem, som, edifício, ou qualquer outro suporte físico, tem de estimular</p><p>nossos sentidos, físicos e intelectuais, sem depender de qualquer relação</p><p>com sua finalidade prática, ou função. Isso significa que a arte, no seu</p><p>sentido mais tradicional, para ser vista como tal, não precisa ter um fim</p><p>específico. Mas lembre-se: esse conceito pode e certamente se modificará</p><p>ao longo do tempo.</p><p>Atualmente, arte é um termo relacionado à criação de imagens, sons,</p><p>objetos, espaços (virtuais ou físicos), que contenham alguma qualidade</p><p>plástica que se destaque a partir do ponto de vista da sociedade. O</p><p>reconhecimento dessas qualidades, em geral, é feito por um crítico ou por</p><p>alguém cuja opinião seja ouvida. É essa opinião, quando aceita pela</p><p>sociedade dentro da qual ela foi emitida, que irá determinar o que é e o</p><p>que não é arte, assim como o que é e o que não é obra-prima.</p><p>Para compreender melhor a história da arte é preciso primeiro entender</p><p>que esse conceito nem sempre existiu como o usamos atualmente. A</p><p>palavra “arte” tem origem no latim “ars”, que significa “arte” ou</p><p>“habilidade”. Os primeiros usos de que se tem registro dessa palavra vêm</p><p>de manuscritos do século 13. A palavra “arte” e suas variantes existem,</p><p>portanto, provavelmente desde a Roma antiga. Por isso é tão importante</p><p>conhecer as variantes do conceito de arte, para evitar incorrer no erro de</p><p>generalizar em demasiado essa ideia ao ponto de fazê-la perder seu</p><p>significado.</p><p>O objetivo desta explicação é demonstrar que os conceitos usados na</p><p>história da Arte não são eternos. Uma prova disso é que os movimentos</p><p>artísticos muitas vezes são definidos depois de terem ocorrido, além das</p><p>divergências sobre a definição dos variados movimentos artísticos.</p><p>Nessa variedade enorme de possibilidades de uso da palavra “arte” é possível</p><p>organizar três maneiras mais comuns de aplicação desse conceito:</p><p>1. A arte pura (ou artes plásticas), que é o conceito mais tradicional de arte, e</p><p>que percorrerá a maior parte desta disciplina.</p><p>2. A arte aplicada, que são os objetivos, eventos, atividades, criações, etc. que</p><p>possuem uma finalidade prática principal, e que receberam atributos artísticos,</p><p>seja no momento de sua criação, seja posteriormente, por atribuição.</p><p>3. E a arte como percepção estética, que nada mais é quando atribuímos valor</p><p>artístico a algo que não foi criado pelo ser humano intencionalmente a partir</p><p>de seu intelecto.</p><p>Arte como fonte influenciadora</p><p>No diagrama podemos ver a relação entre arte e arquitetura. O arquiteto</p><p>Le Corbusier, apelido de Charles-Édouard Jeanneret-Gris (1887-1965), usa</p><p>o seu raciocínio artístico visível nas linhas principais de sua obra “Natureza</p><p>morta (ainda viva)”, de 1921, para modificar a planta reticulada de um dos</p><p>seus projetos residenciais, a Villa Stein. Com essa transposição formal a</p><p>malha estrutural rígida do projeto ganha movimento e fluidez, o que</p><p>mostra como a arte influencia a arquitetura.</p><p>Neste diagrama também podemos ver a mesma relação entre arte e</p><p>arquitetura. O arquiteto Ludwig Mies van der Rohe (1886-1969) usa a</p><p>distribuição espacial neoplasticista da obra de Piet Mondrian (1872-1944)</p><p>para organizar a planta de um estudo para uma residência de campo.</p><p>História geral da arte</p><p>O Classicismo na Grécia e Roma</p><p>Foi a partir do século V a.C. que se deu o auge da arte grega. Nesse momento, tem</p><p>início a busca da representação do corpo humano de uma maneira mais fiel à realidade</p><p>visível que o compõe. Mas, apesar dessa intensa busca pela realidade, havia ainda na arte</p><p>grega, principalmente na escultura, alguma idealização do corpo humano. Isso significa</p><p>que, mesmo levando em consideração os aspectos físicos do corpo, as representações</p><p>deste não eram exatamente fiéis. Certas deformações na anatomia eram feitas para</p><p>tornar a estátua mais interessante à percepção do observador, ou para tornar o corpo</p><p>representado em pedra com proporções mais equilibradas, buscando atingir um ideal de</p><p>beleza.</p><p>Mas é importante lembrar que a arte grega sofreu influências da arte egípcia. Isso</p><p>significa que o desenvolvimento artístico grego se apoiou em uma tradição escultórica e</p><p>plástica mais antiga, proveniente do norte da África, no Egito antigo.</p><p>Uma das reconhecidas conquistas da arte grega antiga é a capacidade de reproduzir a</p><p>imagem do corpo humano em movimento. Um exemplo de como isso era feito na época</p><p>aparece na estátua “Discobulus”, que mostra um atleta lançando um disco, criada pelo</p><p>escultor grego Míron (c. 480-440 a.C.). Esse esporte existe até hoje. A estátua original</p><p>se perdeu no tempo, mas há várias cópias dela feitas por escultores da época da Roma</p><p>Antiga.</p><p>“Com efeito, a arte se manteve praticamente inalterada enquanto os romanos</p><p>conquistavam o mundo e erguiam seu próprio império sobre as ruínas dos reinos</p><p>helenísticos. Os artistas que trabalhavam em Roma eram, em sua maioria, gregos, e</p><p>quase todos os colecionadores romanos compravam obras – originais ou cópias – desses</p><p>grandes mestres. Entretanto, uma vez que Roma se tornou senhora do mundo, a arte</p><p>sofreu uma transformação considerável. Os artistas receberam novas incumbências, às</p><p>quais precisaram adaptar suas técnicas. A mais notável realização romana deu-se,</p><p>provavelmente, no campo da engenharia civil. Todos já ouvimos falar de suas estradas,</p><p>aquedutos, banhos públicos. Mesmo em ruínas, essas construções ainda são</p><p>impactantes”. (GOMBRICH, 2013, p. 93).</p><p>Mesmo com toda a forte influência grega, as esculturas feitas durante o período de Roma</p><p>antiga tiveram uma evolução e um aprimoramento visível em suas formas e proporções</p><p>A crise do Classicismo: A relação entre Oriente e Ocidente na Idade Média (476-1453)</p><p>Essa época caracterizou-se, no campo artístico, pelo predomínio dos temas da religião</p><p>cristã, pela busca da representação do sagrado na pintura, na escultura e na arquitetura.</p><p>Os historiadores dividem a arte cristã medieval em arte bizantina e arte medieval do</p><p>Ocidente.</p><p>No período bizantino, o uso da cúpula apoiada sobre pendentes e os arcobotantes</p><p>possibilitaram aumentar significativamente o tamanho das edificações e,</p><p>consequentemente seu espaço interno. Mas, apesar disso, e do aumento da quantidade</p><p>de aberturas nas fachadas das construções, as paredes ainda eram grossas, lisas e</p><p>amplas. Os mosaicos e afrescos bizantinos tinham como uma de suas finalidades</p><p>ornamentar e enriquecer essas extensas superfícies, transmitindo, ao mesmo tempo, as</p><p>imagens de reis, rainhas, santos, santas, clérigos e outros personagens da religião cristã.</p><p>A arte cristã na Europa ocidental medieval</p><p>Costuma-se dividir a trajetória da história da arte do Ocidente medieval em três</p><p>momentos significativos: a arte românica, o renascimento carolíngio e a arte gótica.</p><p>Todas tinham em comum uma maneira de representar o corpo humano de uma forma</p><p>muito simplificada e homogênea, evitando tanto diferenciar corpos masculinos e</p><p>femininos quanto a representação anatômica realista, como os gregos e romanos o</p><p>fizeram anteriormente. O renascimento carolíngio tentou buscar outras formas de</p><p>mostrar o corpo humano, mais próximo do passado clássico.</p><p>Outra característica muito presente nesse período é que o valor hierárquico de cada</p><p>personagem dentro de uma pintura, mosaico ou escultura está diretamente relacionada</p><p>ao tamanho da sua imagem, ou seja, quanto mais importante é a figura, maior é o seu</p><p>tamanho. Não havia a preocupação em representar as imagens em escala real em relação</p><p>ao conjunto. Lembre-se que nessa época ainda não havia sido criada</p><p>a perspectiva</p><p>cônica, que simula nossa forma de ver o mundo com nossos olhos.</p><p>La Maestà, vista ao lado, é um conjunto de várias pinturas religiosas feitas por Duccio di</p><p>Boninsegna, em 1308, durante o Império Bizantino. A importância dessa pintura está na</p><p>busca de uma representação dos corpos mais próximo à anatomia e fisionomia das</p><p>pessoas.</p><p>O retorno a valores clássicos: o Renascimento</p><p>A palavra renascença significa nascer de novo ou ressurgir. No século XIV,</p><p>artistas e intelectuais da cidade de Florença, na Itália, se voltam para o estudo</p><p>do passado clássico do período da Grécia e da Roma antigas, e utilizam esse</p><p>conhecimento para produzir e criar arquitetura e arte. Por isso, esse</p><p>movimento recebeu o nome de Renascimento, ou Renascença italiana.</p><p>Algumas características desse movimento são:</p><p>O uso da razão como forma de explicar e de intervir no mundo,</p><p>contrapondo-se ao teocentrismo (a religião no centro do universo);</p><p>O uso da matemática e da geometria para elaborar formas arquitetônicas</p><p>e representações pictóricas, inclusive por meio da perspectiva;</p><p>A busca da representação mais semelhante à realidade visível.</p><p>É desse período a invenção de uma forma de representação que dominou,</p><p>durante alguns séculos, a criação de imagens que reproduzem o mundo</p><p>real: a perspectiva. Atribui-se a Filippo Brunelleschi sua invenção, e apesar</p><p>do surgimento de outras formas de representação, a perspectiva é usada</p><p>até hoje, inclusive no mundo virtual da informática.</p><p>Enquanto na Itália os florentinos buscavam a exatidão da representação</p><p>por meio da perspectiva e com um profundo conhecimento da anatomia</p><p>humana, no norte da Europa, Jan van Eyck, um artista da região dos Países</p><p>Baixos, buscava essa mesma exatidão, porém de outra maneira. A solução</p><p>por ele adotada foi materializar a ilusão do mundo real por meio da</p><p>cuidadosa e paciente composição de uma imagem pela somatória de</p><p>detalhes precisos, reproduzindo, da maneira mais completa possível, o que</p><p>os olhos viam no universo real.</p><p>Leonardo da Vinci (1452-1519) destacou-se como uma das mais capazes e</p><p>ricas personalidades de todos os tempos. Estudou, ampliou os</p><p>conhecimentos, criou e imaginou artefatos que se tornariam realidade</p><p>somente séculos depois. Atuou nas áreas de medicina, anatomia,</p><p>engenharia militar, ótica, arquitetura, pintura, geometria, entre outros</p><p>campos. Em uma das suas mais conhecidas obras, a Mona Lisa, Leonardo</p><p>consegue superar os mestres anteriores, usando uma técnica de pintura</p><p>denominada sfumato, que possibilitou criar uma ilusão de vivacidade</p><p>nunca antes conseguida na pintura de uma figura humana.</p><p>O Maneirismo: clássico e anticlássico</p><p>O Maneirismo é considerado um período de transição entre o Barroco e o</p><p>Renascimento. Essa denominação vem da forte característica dos artistas</p><p>desse período, que procuravam se sobrepor às regras clássicas usando sua</p><p>criatividade e capacidade pessoais. Maneirismo significa “à maneira de”,</p><p>ou seja, de acordo com a vontade do artista. Para isso, eles manipulavam</p><p>as formas antigas de uma nova maneira, modificando o léxico tradicional</p><p>da arquitetura e das artes gregas e romanas. Uma das consequências mais</p><p>conhecidas dessa postura é a invenção de novas formas plásticas, mas</p><p>com alguma influência ainda das artes greco-romanas.</p><p>Um artista cuja obra também contribuiu para tornar conhecida a arte</p><p>italiana do século XVI, foi Michelangelo Buonarrotti (1475- 1564). A sua</p><p>capacidade de representar o corpo humano em qualquer posição ficou</p><p>logo conhecida e nisso superou todos os antigos mestres. Essa habilidade</p><p>foi desenvolvida a partir do estudo da anatomia humana feita</p><p>diretamente em cadáveres, como Leonardo da Vinci e outros artistas já</p><p>haviam feito.</p><p>A Capela Sistina é um edifício dentro do Vaticano que recebeu como</p><p>decoração vários afrescos pintados por grandes artistas da Renascença,</p><p>incluindo Michelangelo, Perugino, Rafael e Sandro Botticelli.</p><p>O teto e parte das paredes da capela Sistina foram pintadas entre 1508-</p><p>1512 por Michelangelo Buonarroti. Ao lado, detalhe da ornamentação feita</p><p>por ele. Observe os detalhes anatômicos de caráter realista.</p><p>A partir de suas obras arquitetônicas (o vestíbulo com a escada da</p><p>Biblioteca Laurenciana), urbanas (Piazza del Campidoglio, ou Praça do</p><p>Capitólio, Roma, Itália, feita entre 1536 e 1546) e até mesmo de pintura</p><p>(o teto da Capela Sistina), Michelangelo começou a criar uma posição</p><p>anticlássica, que iniciava uma contraposição a certa rigidez clássica</p><p>característica de obras mais antigas de outros artistas. O momento</p><p>anticlássico então se inicia e se manifesta de forma mais intensa no</p><p>período seguinte, o Barroco. O Barroco foi o movimento que esteve a</p><p>serviço dos interesses de uma das mais fortes instituições que havia na</p><p>Europa naquele momento, a Igreja Católica.</p><p>História geral da arte</p><p>O Barroco: a invenção do movimento</p><p>Na história da arte, o momento que sucede ao Renascimento e ao Maneirismo, é</p><p>chamado de Barroco. Esse nome foi dado a algumas obras como um meio de caracterizá-</p><p>las como grosseiras e absurdas. Essa denominação foi atribuída à arquitetura e às obras</p><p>de arte produzidas durante o século XVII por que seus autores ousavam criar elementos e</p><p>organizações espaciais diferentes do que tinha sido feito no passado clássico.</p><p>No Barroco, os artistas, ao contrário do Maneirismo, criaram em vários campos da arte,</p><p>novas maneiras de representar o mundo, de criar formas e espaços. Na pintura, há uma</p><p>valorização dos contrastes intensos, para aumentar a dramaticidade das cenas. Na</p><p>arquitetura, a manipulação das formas clássicas não utiliza referências rígidas, havendo</p><p>até mesmo a criação de novas formas, que não existiam no passado clássico. A</p><p>composição plástica do edifício é mais importante do que o uso de regras antigas. E é</p><p>importante lembrar que a Igreja Católica, para se recuperar do enfrentamento com o</p><p>Protestantismo, utiliza a arte e a arquitetura barrocas para difundir suas ideias.</p><p>Na Basílica de Santa Maria da Vitória encontra-se uma capela com um conjunto</p><p>escultórico de Gan Lorenzo Bernini. O conjunto é um dos mais eloquentes representantes</p><p>do Barroco italiano na escultura.</p><p>Na escultura feita por Bernini se vê a santa, arrebatada de amor divino, se juntar a seu</p><p>esposo místico. A materialização desse ato espiritual tem uma explicação formal, na qual</p><p>estão presentes aspectos puramente carnais e eróticos. Essa ambiguidade de referências</p><p>do cristianismo e do paganismo é uma característica do período barroco,</p><p>intencionalmente utilizada pelo autor da escultura.</p><p>Desde o Maneirismo, o uso das formas clássicas (frontões, colunas, capitéis) na</p><p>arquitetura estava sendo feito de maneira inovadora. Nessa época, foi inventada a</p><p>voluta, posicionada na parte superior da fachada de algumas igrejas, que não existiam no</p><p>passado clássico. No entanto, é preciso ressaltar que essas composições aparentemente</p><p>anticlássicas, não são meros caprichos e estão, na verdade, a serviço da composição</p><p>formal do edifício e de uma melhor estruturação da edificação. Isso significa que aqueles</p><p>artistas e arquitetos do período não faziam invenções arbitrariamente. Eles</p><p>reconheceram e exploraram a capacidade de inventar que se transformaria mais tarde,</p><p>com as devidas diferenças, em uma das buscas mais intensas nas artes plásticas e na</p><p>arquitetura no início do século XX: a obsessão pela novidade.</p><p>A fachada da Igreja Il Gesù (cerca de 1564), feita por Giacomo della Porta é</p><p>representativa da utilização dos elementos clássicos de maneira anticlássica,</p><p>característica maneirista. Nota-se o frontão e o entablamento com reentrâncias e</p><p>saliências e as pilastras duplas na parte superior. Nela também aparecem as volutas no</p><p>movimento superior. Il Gesù, obra maneirista e de planta inovadora, é a precursora das</p><p>inovações barrocas na arquitetura.</p><p>Na pintura, assim como na arquitetura, os artistas também tiveram que recorrer a novos</p><p>métodos de trabalho que se aprofundaram no século XVII: a ênfase sobre a luz e a cor; o</p><p>desprezo pelo equilíbrio simples e a preferência por composições mais complicadas.</p><p>Começa também</p><p>no século XVI um novo costume na sociedade: a prática do debate</p><p>sobre a arte e os seus movimentos, inclusive com questões sobre hierarquia (qual obra</p><p>era a melhor dentre outras).</p><p>A representação naturalista escolhida por Caravaggio adota como modelo a realidade</p><p>mais fiel possível à cena, e utiliza uma luz artificial, que ilumina de forma conceitual o</p><p>espaço da composição de maior importância para o tema do quadro. Observe que apesar</p><p>de se tratar de um quadro com tema religioso do catolicismo, a imagem é extremamente</p><p>realista, sem recorrer a qualquer divinização do corpo humano ou da ação que acontece</p><p>no quadro.</p>