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<p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 2</p><p>Introdução</p><p>Desafios enfrentados em 2021</p><p>Prioridades de gestão de pessoas em</p><p>2022</p><p>Diversidade, inclusão e equidade vieram para ficar</p><p>Saúde mental em primeiro lugar também nos negócios</p><p>Sobra vaga e falta gente</p><p>Habilidades e competências essenciais para o trabalho de agora e</p><p>do futuro</p><p>Lideranças: peças-chave para a gestão de pessoas em 2022</p><p>O trabalho será híbrido. Ou já está sendo.</p><p>Conclusão</p><p>Sobre</p><p>Great Place to Work® Brasil</p><p>SUMÁRIO</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 3</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Em 2021, nós nos preparamos para uma retomada das atividades econômi-</p><p>cas graças ao início da vacinação no Brasil e maior conhecimento sobre a pan-</p><p>demia da Covid-19, seus efeitos e riscos. Começamos o ano com 14,5% de taxa</p><p>de desemprego no país e terminamos o último trimestre com 12,6%, segundo o</p><p>IBGE — dado que reflete um pouco da recuperação do mercado de trabalho.</p><p>Portanto, podemos dizer que o ano passado foi de reestruturação para a</p><p>maioria das empresas, que precisaram entender como poderiam se adaptar</p><p>aos novos cenários e adequar seus processos para cuidar do mais importante:</p><p>as pessoas.</p><p>O ano foi de muitos acontecimentos, mudanças e desafios. Isso trouxe novas</p><p>discussões, dúvidas e necessidades para as organizações e para as lideranças.</p><p>Mudamos a nossa forma de trabalhar, a nossa relação com o trabalho e com a</p><p>tecnologia. A transformação digital, que em muitas organizações chegava em</p><p>passos lentos antes da pandemia, se intensificou.</p><p>Por isso, o Great Place to Work realizou a 4a edição da pesquisa de Tendên-</p><p>cias de Gestão de Pessoas para entender as previsões para 2022. Os resultados</p><p>foram coletados entre 15 de dezembro de 2021 e 7 de janeiro de 2022, e conta-</p><p>mos com 2654 respondentes, sendo 65,8% da área de Recursos Humanos e 1.808</p><p>pessoas de cargos de liderança (68,12%).</p><p>A maioria das pessoas respondentes (21,5%) são de empresas de Tecnologia;</p><p>14,7% da Indústria e 13,3% de Serviços, mas também houve participação de re-</p><p>presentantes do varejo, saúde, financeiro, educação e treinamento, consultoria,</p><p>agronegócio e outros setores de atuação.</p><p>Contamos ainda com respondentes de empresas de tamanhos variados, con-</p><p>forme figura na próxima página.</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 4</p><p>Também é importante ressaltar que 45,4% dos respondentes trabalham em</p><p>empresas clientes do GPTW, ou seja, empresas que já reconhecem a importân-</p><p>cia de construir e manter excelentes ambientes de trabalho por meio das pes-</p><p>soas.</p><p>Na pesquisa, a maioria (59%) das pessoas apontou a adoção de novas polí-</p><p>ticas de trabalho como o maior desafio enfrentado em 2021, seguida pela co-</p><p>municação interna (49,2%) e pelo desenvolvimento de lideranças (39,8%).</p><p>Na edição anterior, a comunicação interna já havia sido apontada como o</p><p>principal tema a ser trabalhado em 2021, com 54% de respostas. Com a adoção</p><p>do formato híbrido ou até mesmo remoto, continua um grande desafio para as</p><p>empresas, que precisam encontrar as tecnologias adequadas para dar conta</p><p>de manter o fluxo de informações e, ainda mais importante, descobrir os pro-</p><p>cessos ideais para que todas as pessoas da equipe se sintam igualmente con-</p><p>templadas na troca de informações organizacionais.</p><p>Número de funcionários/as da empresa</p><p>DESAFIOS ENFRENTADOS EM 2021</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 5</p><p>Quando há pessoas trabalhando no escritório e outras à distância, como ga-</p><p>rantir o alinhamento da equipe, o senso de pertencimento e a manutenção da</p><p>cultura organizacional? Como manter todas as pessoas focadas na missão e</p><p>nos valores da empresa em ambientes diversos, com múltiplos pontos de con-</p><p>tato e, muitas vezes, tendo que recorrer à comunicação assíncrona? Essas são</p><p>questões ainda a serem respondidas pelas empresas, após muitas experimen-</p><p>tações desafiadoras, mas transformadoras e essenciais para o futuro do traba-</p><p>lho.</p><p>Quais foram os principais desafios de Gestão de Pessoas em 2021?</p><p>(múltipla escolha - participantes puderam responder até 5 opções)</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 6</p><p>No ano anterior, o resultado apontou para um desafio bastante semelhante:</p><p>a flexibilização da estrutura de trabalho. No entanto, enquanto em 2020 o de-</p><p>safio era “apenas” se adaptar às limitações inesperadas da Covid-19, em 2021</p><p>o que desafiou as empresas foi a necessidade de definir um formato para além</p><p>da pandemia, pensando num cenário de maior estabilidade, retomada das ati-</p><p>vidades e intensa digitalização decorrente das transformações no mercado de</p><p>trabalho e na sociedade.</p><p>Não é à toa que ainda se fala tanto das habilidades interpessoais (soft skills),</p><p>fundamentais para a carreira hoje e nos próximos anos. Lidar com tudo isso</p><p>exige dos/as profissionais muito mais do que apenas habilidades técnicas; é</p><p>fundamental ter criatividade, resiliência, pensamento crítico e capacidade de</p><p>liderar.</p><p>Depois de 2 anos tão atípicos, a chegada de 2022 foi encarada por muitas</p><p>pessoas como uma possibilidade de respiro após cenários tão caóticos. Mes-</p><p>mo em meio às novas variantes e outros eventos negativos, quando falamos de</p><p>mercado de trabalho estamos diante de uma situação um pouco menos incer-</p><p>ta, que nos permite falar com mais segurança sobre as tendências que devem</p><p>moldar os próximos meses.</p><p>E, mesmo em um período tão desafiador, o otimismo prevalece na maioria das</p><p>empresas (80%), assim como nos anos anteriores (76% em 2020; 79% em 2021),</p><p>mesclado ao sentimento de incerteza:</p><p>Como você percebe as oportunidades de negócio para a sua</p><p>empresa em 2022?</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 7</p><p>Uma coisa é certa: as empresas que não dirigirem seus esforços para melho-</p><p>rar os ambientes de trabalho e oferecer experiências realmente positivas para</p><p>as pessoas perderão espaço no mercado.</p><p>Afinal, profissionais buscam, cada vez mais, empregos que tragam realização</p><p>pessoal, qualidade de vida e boas oportunidades de desenvolvimento, e quem</p><p>está acompanhando as tendências sabe que é preciso se reinventar.</p><p>2021 foi o ano de estudar os diferentes formatos de trabalho, avaliar as ne-</p><p>cessidades das empresas e entender onde e como as pessoas gostariam de</p><p>trabalhar. A possibilidade de retomada do trabalho presencial, mesmo com al-</p><p>gumas restrições, fez com que as empresas tivessem que tomar decisões sobre</p><p>esse aspecto, até mesmo para pensar em outras questões, como manutenção</p><p>de escritório, tecnologias necessárias, criação ou alteração de processos de re-</p><p>crutamento e seleção etc.</p><p>Muitas das empresas ainda não definiram uma nova política de trabalho, en-</p><p>tretanto, entre as 1.104 que já decidiram, 66,2% adotaram o modelo híbrido.</p><p>PRIORIDADES DE GESTÃO DE</p><p>PESSOAS EM 2022</p><p>Quer um incentivo a mais? Lembre-se de que o setor financeiro está</p><p>atento às empresas que aplicam os critérios ESG (Ambiental, Social</p><p>e Governança), que contemplam as melhores práticas de Gestão de</p><p>Pessoas. Por isso, a B3, em parceria com o GPTW, lançou o IGPTW B3,</p><p>índice exclusivo para capturar a geração de resultados das empresas</p><p>que investem no ambiente de trabalho.</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 8</p><p>Sua empresa já definiu uma nova política de trabalho para 2022?</p><p>Caso já tenha definido, qual será o modelo de trabalho adotado?</p><p>Apesar de ainda ser uma questão que gera muitas dúvidas, essa não será a</p><p>prioridade número 1 das empresas em 2022, provavelmente por já terem tido um</p><p>tempo para pesar prós e contras, reunir informações e, mesmo sem uma deci-</p><p>são, terem um panorama mais claro da situação.</p><p>Ao analisarmos os resultados deste ano, um ponto que chamou a atenção foi</p><p>a queda da relevância do tema “transformação digital” para as empresas. Afi-</p><p>nal, nos últimos anos a preocupação com o assunto era tão intensa, que</p><p>pra-</p><p>ticamente não se falava de outra coisa. Na pesquisa de Tendências para 2019,</p><p>por exemplo, transformação digital era um dos 3 principais temas a serem tra-</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 9</p><p>balhados pelo RH ao longo do ano. Nas edições de 2020 e 2021, o tema ocupou</p><p>o 4° lugar. Já nesta última edição, quando analisamos as tendências para 2022,</p><p>apenas 16,5% das pessoas apontaram a transformação digital como priorida-</p><p>de, e agora o tema ocupa a 9a posição na lista.</p><p>A transformação digital é, então, uma coisa do passado? Segundo os resul-</p><p>tados das pesquisas do GPTW, é precoce dizer que sim, afinal, temos muitas</p><p>empresas experimentando essa virada agora. Contudo, definitivamente a pan-</p><p>demia acelerou bastante a digitalização das empresas, fazendo com que o</p><p>desafio deixasse de ser prioridade.</p><p>Agora, o foco está no “desenvolvimento/capacitação de lideranças” (42,6%),</p><p>segundo a pesquisa.</p><p>Faz sentido, não é? Depois de tantas transformações, as lideranças terão um</p><p>papel ainda mais importante tanto para a construção de um ambiente de tra-</p><p>balho emocionalmente saudável quanto para o alcance de resultados estraté-</p><p>gicos para os negócios. Sem líderes com preparo técnico e emocional será cada</p><p>vez mais difícil manter a motivação e o engajamento das pessoas no trabalho.</p><p>Sem contar que a sociedade está valorizando ainda mais as organizações que</p><p>Porcentagem de respondentes que apontaram a “Transformação</p><p>digital” como uma das prioridades de Gestão de Pessoas ao longo</p><p>dos anos</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 10</p><p>se destacam em frentes de Diversidade e Inclusão, sustentabilidade e atenção</p><p>com a saúde mental das pessoas. Sendo assim, não dá para criar uma estraté-</p><p>gia eficiente em nenhuma dessas frentes sem lideranças preparadas para isso.</p><p>Seguindo a lista de prioridades da pesquisa GPTW, estão “cultura organiza-</p><p>cional”, “comunicação interna” e “experiência de colaboradores”. No entanto, a</p><p>porcentagem desses itens não fica tão acima das “novas políticas de trabalho”</p><p>e “saúde mental”, principalmente. Isso indica que todas essas ações caminham</p><p>— ou precisam caminhar — juntas. Por isso, não dá para priorizar nenhuma delas</p><p>sem dar atenção a todos esses aspectos.</p><p>Quais serão as prioridades da Gestão de Pessoas em 2022?</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 11</p><p>Entre as características mais valorizadas pelas empresas nas lideranças, o ali-</p><p>nhamento com os objetivos organizacionais, as habilidades comportamentais</p><p>e a capacidade de gerenciar de forma humanizada se destacam. No entanto,</p><p>o alto número de respondentes a todas as opções mostra que o mercado bus-</p><p>ca pessoas com competências em campos muito diversificados, mostrando a</p><p>complexidade dos tempos atuais e das demandas organizacionais. Falaremos</p><p>mais sobre esses resultados a seguir, no tópico em que nos aprofundaremos na</p><p>questão da liderança.</p><p>Outro resultado da pesquisa que aponta para a relevância do desenvolvi-</p><p>mento das lideranças é em relação à inovação. Quando questionadas sobre</p><p>o principal empecilho para a inovação nas empresas, a maioria das pesso-</p><p>as (37,1%) respondeu “mentalidade da liderança”, assim como no ano anterior,</p><p>quando 32% das pessoas apontaram o mesmo obstáculo. Ou seja, pelo que</p><p>tudo indica, ainda há uma discrepância entre a liderança necessária para 2022</p><p>e a liderança existente.</p><p>Qual é o principal empecilho para a inovação na sua empresa?</p><p>Portanto, este ano deve ser marcado pelo alto investimento das organizações</p><p>em capacitação de líderes. Na pesquisa, 94,3% das pessoas responderam que a</p><p>empresa pretende investir nisso em 2022, sendo que 59,9% delas indicaram que</p><p>essas ações devem acontecer no formato híbrido.</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 12</p><p>A maioria das pessoas que responderam à nossa pesquisa afirmaram que Di-</p><p>versidade e Inclusão (D&I) é uma pauta estratégica para a organização em que</p><p>trabalham, no entanto, somente 12,1% dizem que a empresa tem alta maturida-</p><p>de no tema. Isso mostra que, apesar de ser uma pauta cada vez mais relevante</p><p>— não só pela questão social, mas também pelos seus impactos nos resultados</p><p>financeiros dos negócios —, ainda há muito o que evoluir para que as empresas</p><p>contribuam, de fato, para uma verdadeira e múltipla equidade, não só de gê-</p><p>nero, mas racial, geracional, do público LGBTQIA+ e de outros grupos minoriza-</p><p>dos.</p><p>O que percebemos é que, apesar de o discurso sobre diversidade e inclusão</p><p>ganhar forças nos últimos anos, na prática as ações seguem pouco expressivas</p><p>na pauta corporativa. Nas quatro edições da pesquisa, o tema apareceu em</p><p>posição mediana nos resultados:</p><p>Diversidade, Inclusão e Equidade</p><p>vieram para ficar</p><p>Sabia que 93% das empresas premiadas como Melhores Empresas para</p><p>Trabalhar no Brasil em 2021 pelo GPTW contam com alguém responsá-</p><p>vel por combater a discriminação e promover a diversidade?</p><p>Em contrapartida, artigo publicado na Harvard Business Review aponta que,</p><p>em 2022, as pessoas em cargos de gestão deverão avaliar como estão ende-</p><p>reçando a justiça e a equidade nas diferentes experiências dos colaboradores,</p><p>e que essa deve ser a prioridade número um de lideranças de RH neste ano.</p><p>Mas construir uma empresa realmente diversa e inclusiva não é uma tarefa</p><p>https://hbr.org/2022/01/11-trends-that-will-shape-work-in-2022-and-beyond</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 13</p><p>simples. Muitos são os fatores que podem dificultar esse processo, como vieses</p><p>inconscientes, falta de entendimento sobre o assunto e até mesmo a dificulda-</p><p>de de envolver as pessoas em cargos de gestão.</p><p>Inclusive, o engajamento da liderança foi apontado na pesquisa como o maior</p><p>desafio em relação à D&I. Em segundo lugar, ficou a resposta “tornar os pro-</p><p>cessos de recrutamento e seleção mais inclusivos”, e sabemos que, para isso</p><p>acontecer, é necessário ter todas as pessoas da empresa alinhadas com a es-</p><p>tratégia e cientes da importância de investir em tecnologias, processos e ferra-</p><p>mentas mais inclusivas.</p><p>A própria exigência do domínio do idioma inglês pode ser um fator impeditivo</p><p>para a formação de equipes mais diversas, sabia? Vamos olhar para estes re-</p><p>sultados da pesquisa:</p><p>Vieses inconscientes são generalizações realizadas com base em es-</p><p>tereótipos, ou seja, ideias pré-concebidas sobre determinadas pesso-</p><p>as ou grupos. Um viés inconsciente não é necessariamente negativo,</p><p>contudo, é importante reconhecê-los para evitar a perpetuação de</p><p>preconceitos e a preferência por certas características ao contratar ou</p><p>promover pessoas, por exemplo.</p><p>Sobre o domínio (não necessariamente a fluência) do idioma</p><p>inglês, na sua empresa</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 14</p><p>Apesar de as respostas mostrarem que, muitas vezes, o inglês não é visto</p><p>como um pré-requisito, o fato de ser um diferencial já pode servir como fator de</p><p>desequilíbrio para profissionais sem esse domínio.</p><p>Demandar o inglês das pessoas candidatas não é o único, e talvez nem seja</p><p>o mais importante empecilho para a Diversidade e Inclusão nas empresas. Con-</p><p>tudo, já é um ponto que merece atenção das organizações para que avaliem</p><p>cuidadosamente se realmente é necessário exigi-lo no recrutamento ou se há</p><p>outras possibilidades, como incluí-lo em um programa de formação da empre-</p><p>sa.</p><p>Das Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil premiadas em 2021, 73% ofe-</p><p>recem bolsas para cursos de idiomas. Essa pode ser uma das medidas para</p><p>desenvolver nos colaboradores as habilidades técnicas necessárias e, assim,</p><p>evitar pré-requisitos limitantes nos processos seletivos.</p><p>Para trabalhar com uma estratégia eficiente de Diversidade e Inclusão, tam-</p><p>bém é preciso saber quais são os grupos minorizados, suas principais carac-</p><p>terísticas e desafios no mercado de trabalho. As pessoas que responderam à</p><p>pesquisa</p><p>afirmaram que, em suas empresas, há maior envolvimento com ações</p><p>voltadas para equidade de gênero, no aspecto étnico-racial e de pessoas com</p><p>deficiência.</p><p>O público 50+, formado por profissionais com mais de 50 anos, é foco das</p><p>ações de Diversidade somente de 25% das empresas. Segundo estudo do GPTW,</p><p>realmente essa é a parcela que recebe menor atenção: apenas 3% da força</p><p>de trabalho das 150 Melhores Empresas para Trabalhar em 2021 têm 55 anos</p><p>ou mais. Somando com a faixa acima de 45, temos apenas 14%. No entanto,</p><p>estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a popu-</p><p>lação brasileira envelhecerá de forma acelerada nos próximos anos, chegando</p><p>a uma porcentagem de 40,3% em 90 anos.</p><p>Considerando esse cenário, percebe-se que ainda há muito o que mudar nos</p><p>ambientes de trabalho para que englobem a diversidade geracional e aprovei-</p><p>tem os benefícios de contar com equipes formadas por múltiplas gerações e,</p><p>https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=38577&catid=10&Itemid=9</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 15</p><p>consequentemente, múltiplas experiências e conhecimentos.</p><p>Quais desses grupos são trabalhados nas ações de D&I da</p><p>empresa?</p><p>(múltipla escolha)</p><p>A importância das ações voltadas para a Diversidade e Inclusão nas empre-</p><p>sas não é de hoje. O Ranking Melhores Empresas para Trabalhar – Mulher do</p><p>GPTW, inclusive, teve a sua primeira edição em 2017 e, na época, 30 empresas</p><p>foram reconhecidas por suas práticas voltadas para a equidade de gênero. Em</p><p>2021, na última edição realizada até o momento, 70 empresas foram reconheci-</p><p>das.</p><p>Nos anos seguintes, iniciamos também outros rankings de diversidade e esta-</p><p>mos acompanhando a evolução das organizações em relação às práticas cul-</p><p>turais dedicadas a cada um dos grupos contemplados. Esse acompanhamento</p><p>e reconhecimento das melhores ações é valioso não só para as empresas que</p><p>as realizam, mas também para o mercado de trabalho como um todo e para a</p><p>sociedade.</p><p>Quem não se lembra da repercussão gerada pela Magazine Luiza em 2020</p><p>com o lançamento de um programa de trainee exclusivo para pessoas negras?</p><p>Com o objetivo de trabalhar a diversidade racial na equipe e valorizar profissio-</p><p>nais da população negra, a empresa não só aumentou as oportunidades inter-</p><p>namente como inspirou outras organizações e fomentou a importante conversa</p><p>sobre o papel corporativo na transformação da sociedade.</p><p>https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2020/09/resposta-do-magazine-luiza-para-criticas-seu-programa-de-trainees.html</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 16</p><p>Das 2654 pessoas que responderam à nossa pesquisa, 97,2% afirmaram que</p><p>consideram a saúde mental um ponto relevante para a Gestão de Pessoas na</p><p>empresa. Esse resultado, além de ser um número expressivo, está totalmente ali-</p><p>nhado ao que tem sido debatido pelo mercado nos últimos anos.</p><p>Saúde mental em primeiro lugar também</p><p>nos negócios</p><p>Você considera a saúde mental um ponto relevante para a Gestão</p><p>de Pessoas na empresa?</p><p>A atenção com a saúde mental das pessoas e o interesse em melhorar os am-</p><p>bientes corporativos para evitar estresse, esgotamento e demais questões psi-</p><p>cológicas e emocionais no trabalho é fundamental. Entretanto, muitas mudan-</p><p>ças ainda são necessárias para que as empresas se tornem, de fato, ambientes</p><p>emocionalmente saudáveis. Um exemplo disso é que, em pesquisa realizada em</p><p>2021 em parceria do GPTW, Youleader, Jungle e Youclub, 64% das pessoas infor-</p><p>maram que as empresas em que trabalham não oferecem benefícios de saúde</p><p>mental para colaboradores.</p><p>Entretanto, esse cenário sofreu forte impacto da pandemia de Covid-19, que</p><p>fez com que as organizações se voltassem para o tema e buscassem formas</p><p>de acolher e endereçar questões de saúde mental no trabalho. Para 80% das</p><p>pessoas que responderam “sim” à pergunta anterior, o tema passou a ser mais</p><p>discutido após a pandemia.</p><p>Se sim, o tema passou a ser importante e mais discutido antes ou</p><p>depois da pandemia de Covid-19?</p><p>https://www.youleaderbrasil.com/</p><p>https://www.junglexp.com/sobre</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 17</p><p>E por que isso aconteceu? Com as restrições geradas pela Covid-19, o traba-</p><p>lho remoto se tornou uma realidade para muitas pessoas e empresas, estivessem</p><p>elas preparadas ou não, o que gerou um aumento significativo de ansiedade e</p><p>estresse. Dentre os motivos:</p><p>Tudo isso somado à angústia de viver as incertezas e perdas de uma pande-</p><p>mia global.</p><p>Sendo assim, infelizmente não nos impressiona saber que, segundo pesquisa</p><p>da International Stress Management Association (Isma-BR), cerca de 32% das</p><p>mais de 100 milhões de pessoas trabalhadoras no Brasil sofrem com a Síndrome</p><p>de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional.</p><p>E, se antes as empresas já tinham que estar atentas à saúde emocional das</p><p>pessoas, com a mudança na caracterização do Burnout isso se torna uma obri-</p><p>gação. Afinal, em janeiro de 2022, a doença passou a ser considerada uma</p><p>questão ocupacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o que torna</p><p>as empresas responsáveis por atuar na prevenção, identificação e tratamento</p><p>da doença.</p><p>Criar ambientes de trabalho emocionalmente saudáveis e preparar as lide-</p><p>ranças para lidar com as questões emocionais de suas equipes são pontos es-</p><p>senciais para as empresas que querem se manter competitivas no mercado.</p><p>Cuidar das pessoas precisa ser, mais do que nunca, um objetivo estratégico das</p><p>organizações.</p><p>Nas empresas contempladas na pesquisa, as “palestras e rodas de conversa</p><p>sobre o tema”, “treinamento das lideranças” e “terapia online como benefício”</p><p>foram as principais ações apontadas. Contudo, devemos ressaltar que, antes</p><p>de replicar ações ou criar iniciativas, é importante mapear e considerar as reais</p><p>necessidades das pessoas, além de identificar como a estratégia proposta será</p><p>https://gptw.com.br/conteudo/artigos/sindrome-de-burnout/</p><p>https://gptw.com.br/conteudo/artigos/sindrome-de-burnout/</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 18</p><p>incorporada à cultura organizacional. Não adianta criar treinamentos pontuais</p><p>e oferecer benefícios se não há uma verdadeira preocupação da empresa em</p><p>adotar práticas focadas no bem-estar das pessoas.</p><p>Quais são as principais ações adotadas em prol da saúde mental</p><p>das pessoas da sua empresa?</p><p>(Múltipla escolha - participantes puderam responder até 3 opções)</p><p>Sobra vaga e falta gente</p><p>Apesar de 59,5% dos respondentes afirmarem que em 2022 as empresas pre-</p><p>tendem aumentar o número de pessoas, 68,3% informaram que as organizações</p><p>sentem dificuldade para preencher as vagas abertas. Esses resultados são pre-</p><p>ocupantes e reforçam paradoxos que têm acontecido nacional e globalmente.</p><p>Em 2022, a sua empresa pretende:</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 19</p><p>No Brasil, a taxa de desemprego permanece em alta, mas as organizações</p><p>não conseguem preencher vagas com a rapidez necessária devido à escassez</p><p>de talentos com as habilidades necessárias. Já nos Estados Unidos, há uma</p><p>onda de demissões denominada “Great Resignation” ou “A Grande Resigna-</p><p>ção”, que segue afetando drasticamente o mercado americano.</p><p>Esta publicação do World Economic Forum informa que as razões para essa</p><p>tendência são múltiplas, porém, aponta que a principal é o fato de as pesso-</p><p>as não estarem mais dispostas a suportar salários e/ou condições de trabalho</p><p>que aceitavam anteriormente, em um período pré-pandemia. Em artigo para a</p><p>HSM Management, Daniela Diniz, Diretora de Conteúdo e Relações Institucio-</p><p>nais no GPTW, ressalta que “O que o movimento nos Estados Unidos nos revela</p><p>é que muitos desses trabalhadores perceberam, justamente por experimentar</p><p>uma nova vida durante a pandemia, que a relação com o trabalho pode ser</p><p>diferente. Aliás, muito diferente.”</p><p>Ao analisar o engajamento</p><p>das pessoas com seus trabalhos, o estudo “2021</p><p>Global Employee Engagement Benchmark” revela um resultado compatível com</p><p>o que tem sido visto no cenário mundial. Realizado pelo Great Place to Work nos</p><p>Estados Unidos no ano passado, o estudo mostra que apenas cerca de metade</p><p>dos colaboradores ao redor do mundo estão tendo experiências positivas em</p><p>seus ambientes de trabalho.</p><p>No geral, sua empresa sente dificuldade para preencher as vagas</p><p>em aberto?</p><p>https://www.weforum.org/agenda/2021/12/great-resignation-us-american-workers-jobs-quitting-quit/</p><p>https://revistahsm.com.br/post/fui-recorde-nos-pedidos-de-demissao-acende-um-alerta</p><p>https://gptw.com.br/conteudo/artigos/global-employee-engagement-benchmark/</p><p>https://gptw.com.br/conteudo/artigos/global-employee-engagement-benchmark/</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 20</p><p>E sabe quais são os principais motivos que estão prejudicando a experiência</p><p>dessas pessoas?</p><p>Considerando o ponto de vista das empresas, a “falta de profissionais com</p><p>qualificação para o cargo” foi apontada como principal dificuldade para pre-</p><p>encher vagas em aberto por 84,7% dos respondentes. Ou seja, aparentemente</p><p>o problema não é a falta de pessoas em busca de novas oportunidades, pelo</p><p>menos no Brasil, mas sim de talentos com as habilidades que as empresas pre-</p><p>cisam — tema em que nos aprofundaremos no próximo tópico.</p><p>Se sim, quais as principais dificuldades?</p><p>(Múltipla escolha)</p><p>Coletamos também alguns dados sobre as previsões de contratação para</p><p>2022. No setor de Recursos Humanos, especificamente, há um certo equilíbrio</p><p>entre as empresas que pretendem manter o número de pessoas atual (46,7%) e</p><p>as que devem aumentar o time (42,7%).</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 21</p><p>Especificamente sobre a área de Recursos Humanos, em 2022 sua</p><p>empresa deve:</p><p>No que diz respeito à pretensão de contratar profissionais em 2022 para ou-</p><p>tras áreas, “Tecnologia” (41,6%), “Relacionamento e Vendas” (39,8%) e “Suporte/</p><p>operação” (39,4%) foram as principais respostas.</p><p>Em quais áreas a sua empresa pretende contratar mais</p><p>profissionais em 2022?</p><p>(Múltipla escolha - participantes puderam responder até 3 opções)</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 22</p><p>Não é apenas nas empresas respondentes que a busca por profissionais de</p><p>tecnologia é uma prioridade na contratação. Falamos anteriormente sobre a</p><p>escassez de talentos de forma geral, mas é nessa área que as organizações</p><p>sentem a maior dificuldade para preencher as vagas.</p><p>Segundo o Banco Nacional de Empregos (BNE), no início de janeiro de 2021</p><p>já havia um aumento de 46,2% nas vagas de tecnologia abertas no Brasil, em</p><p>comparação ao mesmo período do ano anterior. E essa continua sendo a rea-</p><p>lidade no setor tanto atualmente quanto nas previsões para os próximos anos:</p><p>a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)</p><p>e de Tecnologias de Digitais (Brasscom) prevê uma demanda de 420 mil novos</p><p>profissionais para o setor de TI até 2024.</p><p>A dificuldade para preencher vagas não está, necessariamente, na falta de</p><p>pessoas em busca de novas oportunidades. O problema está muito mais rela-</p><p>cionado à discrepância entre as habilidades e competências que as empresas</p><p>precisam e o que encontram nas pessoas disponíveis profissionalmente.</p><p>Habilidades e competências essenciais</p><p>para o trabalho de agora e do futuro</p><p>A empresa nota uma lacuna no desenvolvimento de habilidades e</p><p>competências em seus colaboradores?</p><p>https://blog.bne.com.br/setor-de-tecnologia-ja-cresceu-46-2-em-2021/https://blog.bne.com.br/setor-de-tecnologia-ja-cresceu-46-2-em-2021/</p><p>https://brasscom.org.br/ti-precisa-de-420-mil-novos-profissionais-ate-2024/</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 23</p><p>O conhecimento técnico e as habilidades diretamente relacionadas às fun-</p><p>ções exercidas continuam sendo valorizados pelas empresas. Contudo, são as</p><p>habilidades comportamentais que serão destaque em 2022, bem como já esta-</p><p>vam sendo nos últimos dois anos, principalmente. Afinal, as mudanças geradas</p><p>pela pandemia de Covid-19 escancararam a importância de contar com pes-</p><p>soas que, além do conhecimento técnico, apresentam também competência</p><p>para lidar com pessoas, gerenciar conflitos e se reinventar em cenários de crise.</p><p>Na pesquisa, estas foram as 3 habilidades consideradas mais importantes</p><p>pelas empresas:</p><p>1. capacidade de resolver problemas complexos;</p><p>2. capacidade de liderar e influenciar;</p><p>3. resiliência.</p><p>Quais dessas habilidades a empresa considera mais importantes</p><p>hoje?</p><p>(Múltipla escolha - participantes puderam responder até 3 opções)</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 24</p><p>Ou seja, profissionais que não começarem a desenvolver suas habilidades de</p><p>liderança, resolução de problemas e a capacidade de reagirem positivamente</p><p>às mudanças terão dificuldade não só para encontrar novas oportunidades,</p><p>mas também para acompanhar o ritmo das organizações e do mercado de</p><p>trabalho nos próximos anos.</p><p>Já as empresas precisam elaborar formas de capacitar os/as colaborado-</p><p>res/as para que desenvolvam e fortaleçam suas habilidades comportamentais,</p><p>tornando-se cada vez mais valiosos e estratégicos para a organização. Nisso,</p><p>entra também a importância de focar nas lideranças, fundamentais para os re-</p><p>sultados de negócio e para o alinhamento das equipes aos objetivos estratégi-</p><p>cos das organizações.</p><p>Lideranças: peças-chave para a Gestão</p><p>de Pessoas em 2022</p><p>As respostas da pesquisa de Tendências corroboram a importância do papel</p><p>das lideranças: 94,3% responderam que as empresas em que trabalham pre-</p><p>tendem investir no desenvolvimento de lideranças neste ano.</p><p>A sua empresa pretende investir no desenvolvimento de lideranças</p><p>em 2022?</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 25</p><p>Para complementar o que descobrimos sobre as habilidades e competências</p><p>essenciais dos colaboradores em geral, perguntamos também quais são as ca-</p><p>racterísticas mais valorizadas nas lideranças.</p><p>A “resiliência” aparece novamente entre as 3 principais, dividindo espaço com</p><p>“alinhamento com a estratégia” e “empatia e gestão humanizada’’. O que po-</p><p>demos concluir é que, para ser líder em 2022, é preciso saber se adaptar às</p><p>mudanças sem perder o foco no que realmente importa: as pessoas e os resul-</p><p>tados. As pessoas em primeiro lugar, por meio de uma liderança empática, com</p><p>foco na humanização e na gestão emocional. Já os resultados devem ser uma</p><p>consequência. Afinal, é por meio do cuidado com as pessoas que as melhores</p><p>empresas conseguem se destacar no mercado e alcançar seus objetivos.</p><p>Quais são as características mais valorizadas pela empresa nas</p><p>lideranças?</p><p>(Múltipla escolha - participantes puderam marcar de 3 a 5 opções)</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 26</p><p>Por fim, questionamos também os temas que precisam de mais atenção e</p><p>desenvolvimento nas empresas quando se trata de liderança. As respostas in-</p><p>dicam que, para os próximos anos, líderes precisam aprender não só a geren-</p><p>ciar pessoas, mas também a gerenciar emoções e contribuir com a construção</p><p>de uma cultura mais inclusiva e inovadora.</p><p>Ainda em relação às lideranças, quais temas precisam de mais</p><p>atenção e desenvolvimento?</p><p>(Múltipla escolha - participantes puderam responder até 3 opções)</p><p>Dentre as empresas que pretendem investir no desenvolvimento de lideran-</p><p>ças, 59,9% devem adotar o formato híbrido para isso — o que também está ali-</p><p>nhado ao modelo de trabalho mais adotado entre as organizações. O modelo</p><p>híbrido de trabalho oferece muitas possibilidades para as empresas e para as</p><p>pessoas, que, dependendo da política adotada, podem seguir diferentes jor-</p><p>nadas de trabalho.</p><p>O trabalho será híbrido. Ou já está sendo.</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 27</p><p>Em qual</p><p>formato a empresa pretende desenvolver as lideranças?</p><p>Para entender melhor essa situação, perguntamos como está sendo ou será</p><p>a adoção desse novo formato nas empresas respondentes. A maioria (29,1%) di-</p><p>recionou a decisão da jornada da equipe para as lideranças, que podem defi-</p><p>nir conforme a necessidade e/ou estratégia da área.</p><p>Se sua empresa adotou ou vai adotar o modelo híbrido, qual</p><p>modelo mais se encaixa na nova jornada do(a) colaborador(a)?</p><p>Adotar o modelo híbrido requer inovação para manter as equipes engajadas</p><p>e com acesso a todos os recursos necessários para executarem suas funções.</p><p>Além disso, é fundamental pensar em estratégias claras de comunicação para</p><p>que todas as pessoas tenham acesso às informações e se sintam parte da equi-</p><p>pe, já que algumas estarão trabalhando de casa e outras no escritório ou em</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 28</p><p>outros espaços físicos, como coworkings. O mesmo vale para as empresas que</p><p>adotaram o formato 100% remoto. Nesse caso, é importante repensar e reestru-</p><p>turar processos para adaptá-los à nova realidade, considerando as diferentes</p><p>localizações, necessidades e desafios dos/as colaboradores/as.</p><p>Na pesquisa, a “comunicação entre as equipes remotas e presenciais” foi a</p><p>principal dificuldade apontada por quem trabalha em empresas que adotaram</p><p>o modelo híbrido, seguida de “problemas de alinhamento entre equipes”. Isso</p><p>mostra como é importante, e realmente desafiador, garantir a fluidez em equi-</p><p>pes com pessoas trabalhando em diferentes locais, o que não significa que seja</p><p>impossível ou que não valha a pena, certo? Essa realidade ainda é nova para a</p><p>maioria das empresas, por isso, muitas ainda estão testando possibilidades, en-</p><p>tendendo o cenário e buscando o que é melhor para as suas equipes. Contudo,</p><p>o mais importante não é seguir o que outras empresas estão fazendo, mas sim</p><p>analisar o que há disponível no mercado para adotar o que faz sentido para a</p><p>organização, adaptando o que for necessário para a realidade de cada negó-</p><p>cio e de cada equipe.</p><p>Se sua empresa já adotou o modelo híbrido, quais principais</p><p>dificuldades tem encontrado?</p><p>(Múltipla escolha - participantes puderam responder até 3 opções)</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 29</p><p>Já as organizações que decidiram voltar para o modelo 100% presencial, como</p><p>no período pré-pandemia, não podem esperar que tudo funcione exatamente</p><p>como antes. É necessário considerar todas as transformações ocorridas nes-</p><p>ses últimos anos e apostar, mais do que nunca, em iniciativas que garantam</p><p>um ambiente agradável; ofereçam mais flexibilidade, principalmente enquanto</p><p>ainda vivenciamos os efeitos da pandemia; e não coloquem em risco a saúde</p><p>(física e mental) dos/as colaboradores/as. Além disso, independentemente do</p><p>modelo adotado, o investimento em inovação e tecnologia deve estar na pauta</p><p>de todas as empresas.</p><p>Não é apenas o mercado que exige habilidades cada vez mais complexas</p><p>das pessoas; agora, elas também estão cada vez mais atenciosas e exigentes</p><p>para escolher oportunidades de emprego, priorizando organizações que pro-</p><p>porcionem possibilidades de crescimento e aprendizado, flexibilidade e quali-</p><p>dade de vida. Portanto, colocar as pessoas no centro da estratégia e adotar</p><p>boas práticas culturais não é apenas mais uma forma de gerenciar empresas.</p><p>Para quem quer manter a competitividade no mercado e atrair os melhores ta-</p><p>lentos, é a única.</p><p>Essas mudanças no jeito de trabalhar impactaram também as políticas de</p><p>benefícios oferecidas pelas empresas, afinal, para muitas delas não faz mais</p><p>sentido oferecer os mesmos pacotes anteriormente oferecidos, principalmente</p><p>as organizações que implementaram mudanças significativas em seus proces-</p><p>sos. Entre as respondentes, 47,2% realizaram alguma alteração em suas políticas.</p><p>A política de benefícios da sua empresa sofreu alguma alteração</p><p>após a pandemia?</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 30</p><p>Enquanto é provável que vale-transporte não faça mais sentido para em-</p><p>presas 100% remotas, benefícios como auxílio home office e parcerias com</p><p>coworkings podem ser bem mais vantajosos. Outras mudanças foram necessá-</p><p>rias, como a introdução de benefícios relacionados ao bem-estar, a oferta de</p><p>benefícios flexíveis, que possibilitam maior autonomia para os/as colaborado-</p><p>res/as, e a busca por outros serviços de mobilidade corporativa que atendam</p><p>melhor às necessidades das pessoas.</p><p>Se sim, quais foram as principais mudanças?</p><p>Os resultados da 4a edição da pesquisa de Tendências, somados às previsões</p><p>nacionais e internacionais, indicam que os desafios de adaptação do mercado</p><p>de trabalho decorrentes da pandemia de Covid-19 ainda não chegaram ao fim.</p><p>Muitas coisas mudaram: novas tecnologias surgiram; outros formatos de tra-</p><p>balho foram testados e aprovados pelas pessoas e organizações; as pessoas</p><p>repensaram suas carreiras e trajetórias profissionais; o público consumidor pas-</p><p>sou a valorizar ainda mais as práticas empresariais voltadas para a sustenta-</p><p>bilidade e inovação… E essas são apenas algumas das transformações dos úl-</p><p>timos anos.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 31</p><p>Resumidamente, observamos que há 4 importantes legados da pandemia</p><p>para a Gestão de Pessoas:</p><p>• Redesenho das organizações (com adoção de novos formatos/jor-</p><p>nadas de trabalho e mudança nos benefícios);</p><p>• Holofote na liderança;</p><p>• Atenção à saúde mental;</p><p>• Comunicação interna.</p><p>Além disso, a saúde mental se tornou o foco não só no ambiente corporati-</p><p>vo, mas na sociedade como um todo. Em pesquisa do Instituto IPSOS realizada</p><p>com pessoas de mais de 30 países, o Brasil apareceu em primeiro lugar como o</p><p>país que mais se preocupa com saúde mental. Se antes — de acordo com dados</p><p>de 2019 da OMS — o Brasil já era o país mais ansioso do mundo e um dos mais</p><p>deprimidos da América Latina, depois da pandemia a situação se agravou de</p><p>forma preocupante.</p><p>Por isso, e considerando a nova classificação do burnout como doença ocu-</p><p>pacional, as empresas precisam estar ainda mais atentas à saúde emocional</p><p>das pessoas e construírem uma cultura organizacional e um ambiente de tra-</p><p>balho cada vez mais inclusivos, saudáveis e humanizados.</p><p>Essa é a missão do GPTW e de todas as empresas do nosso ecossistema. E,</p><p>pelo que mostram os resultados da pesquisa, há também uma grande inclina-</p><p>ção das empresas para esse caminho de maior preocupação com o bem-es-</p><p>tar das pessoas, desenvolvimento de lideranças, flexibilidade nos formatos de</p><p>trabalho e adaptação dos processos para que não só ninguém saia perdendo,</p><p>mas todas as partes envolvidas se beneficiem — as pessoas, os negócios e a</p><p>sociedade.</p><p>https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/saude/audio/2021-10/pesquisa-coloca-brasil-como-pais-que-mais-se-preocupa-com-saude-mental</p><p>https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/saude/audio/2021-10/pesquisa-coloca-brasil-como-pais-que-mais-se-preocupa-com-saude-mental</p><p>https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/saude/audio/2021-10/pesquisa-coloca-brasil-como-pais-que-mais-se-preocupa-com-saude-mental</p><p>Copyright ©2021 Great Place to Work® Institute, Inc. All Rights Reserved 32</p><p>SOBRE</p><p>O Great Place to Work é uma consultoria global que apoia organizações a</p><p>obter melhores resultados por meio de uma cultura de confiança, alto desem-</p><p>penho e inovação. Com a missão de “construir uma sociedade melhor, transfor-</p><p>mando cada organização em um Great Place to Work for All”, está presente em</p><p>97 países, analisa mais de 10.000 empresas anualmente, o que corresponde a</p><p>mais de 10 milhões de funcionários impactados no mundo. Para mais informa-</p><p>ções, acesso a estudos, análises e pesquisa, acesse: gptw.com.br</p><p>Declaração de Missão GPTW</p><p>https://gptw.com.br/</p><p>https://gptw.com.br/conteudo/artigos/declaracao-missao-gptw/</p><p>CERTIFICAÇÃO</p><p>CONSULTORIA</p><p>LIDERANÇA</p><p>INOVAÇÃO</p><p>R E L A T Ó R I O</p><p>TENDÊNCIAS DE</p><p>GESTÃO DE PESSOAS</p><p>EM 2022</p><p>relacionamento@gptw.com.br</p><p>11 3093-7777</p><p>www.gptw.com.br</p><p>Receba materiais exclusivos do GPTW sobre o mundo</p><p>do trabalho. Clique aqui!</p><p>http://www.gptw.com.br</p><p>https://conteudo.gptw.com.br/newsletter-gptw</p><p>https://www.instagram.com/gptwbrasil/</p><p>https://www.linkedin.com/company/great-place-to-work-brasil/</p><p>https://www.youtube.com/channel/UCiiP4fDTs5qefpK0SlcrUIQ?</p><p>https://www.facebook.com/greatplacetoworkbrasil/</p>