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Filipa Viegas M2 
Anatomia 
Tronco Encefálico 
 
Generalidades 
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o 
diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo. 
É dividido em: mesencéfalo, ponte e bulbo. 
 
 
 
Núcleos = corpos de neurônios agrupados 
Tratos, fascículos ou lemniscos = fibras nervosas que se 
agrupam em feixes 
 
Bulbo 
Vista anterior 
Limite superior: sulco bulbo-pontino 
Pirâmide: eminência formada por um feixe compacto de 
fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras 
do cérebro aos neurônios motores da medula -> trato 
cortico espinal ou trato piramidal. 
 
 
Ventralmente à oliva emergem, do sulco lateral 
anterior, os filamentos radiculares do nervo 
hipoglosso, XII par craniano. 
 
Do sulco lateral posterior emergem os filamentos 
radiculares que se unem para formar os nervos 
glossofaríngeo (IX par) e vago (X par), além dos 
filamentos que constituem a raiz craniana ou bulbar do 
nervo acessório (XI par). 
 
 
Vista posterior 
Fascículos grácil e cuneiforme: são constituídos por 
fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula, 
que terminam em duas massas de substância cinzenta, os 
núcleos grácil e cuneiforme, onde determinam o 
aparecimento de duas eminências, o tubérculo do núcleo 
grácil, medialmente, e o tubérculo do núcleo 
cuneiforme, lateralmente. 
IX 
X 
XI 
XII 
Filipa Viegas M2 
Pedúnculo cerebelar inferior: formado por um grosso 
feixe de fibras que fletem dorsalmente para penetrar no 
cerebelo. 
 
 
Substância cinzenta do bulbo 
A) Núcleos dos nervos cranianos 
 
v Núcleo ambíguo: núcleo motor para a 
musculatura estriada. Dele saem as fibras 
eferentes viscerais especiais do IX, X e XI pares 
cranianos, destinados à musculatura da laringe 
e da faringe. 
v Núcleo do hipoglosso: núcleo motor onde se 
originam as fibras eferentes somáticas para a 
musculatura da língua. 
v Núcleo dorsal do vago: núcleo motor pertencente 
ao parassimpático. 
v Núcleos vestibulares: núcleos sensitivos que 
recebem as fibras que penetram pela porção 
vestibular do nervo vestíbulococlear (VIII par). 
v Núcleo do trato solitário: núcleo sensitivo 
relacionado com a gustação. 
v Núcleo do trato espinal do nervo trigêmeo: 
núcleo relacionado com a sensibilidade de quase 
toda a cabeça. 
v Núcleo salivatório inferior 
 
B) Substância cinzenta própria do bulbo 
 
v Núcleos grácil e cuneiforme: dão origem a fibras 
arqueadas internas que cruzam o plano mediano 
para formar o lemnisco medial. 
v Núcleo olivar inferior: é uma grande massa de 
substância cinzenta que corresponde à oliva. 
Recebe fibras do córtex cerebral, da medula e do 
núcleo rubro; liga-se ao cerebelo através das 
fibras olivocerebelares que cruzam o plano 
mediano e penetram no cerebelo pelo pedúnculo 
cerebelar inferior, distribuindo-se a todo o 
córtex desse órgão. 
v Núcleos olivares acessórios medial e dorsal: 
estes núcleos têm basicamente a mesma 
estrutura, conexão e função do núcleo olivar 
inferior, constituindo com ele o complexo olivar 
inferior. 
 
Obs: sabe-se hoje que as conexões olivocerebelares estão 
envolvidas na aprendizagem motora, fenômeno que nos 
permite realizar determinada tarefa com velocidade e 
eficiência cada vez maiores quando ela se repete várias 
vezes. 
 
Substância branca do bulbo 
A) Fibras transversais (= fibras arqueadas). Fazem a 
conexão dos fascículos grácil e cuneiforme e das fibras 
nervosas da oliva bulbar com o cerebelo, através do 
pedúnculo cerebelar inferior. 
 
B) Fibras longitudinais 
 
v Vias ascendentes: são constituídas pelos tratos e 
fascículos ascendentes oriundos da medula, que 
terminam no bulbo ou passam por ele em direção 
ao cerebelo ou ao tálamo. 
v Vias descendentes: as vias descendentes que 
passam pelo bulbo são numerosas, contudo, uma 
via de extrema importância é o 
trato cortico espinal (ou trato piramidal) - 
constituído por fibras originadas no córtex 
cerebral, que passam pelo bulbo ocupando as 
pirâmides bulbares e cruzando parte de suas 
fibras na denominada decussação das pirâmides. 
Esta via conduz impulsos nervosos para a coluna 
anterior da medula e é a principal via com função 
motora do sistema nervoso. 
v Vias de associação: são formadas por fibras que 
constituem o fascículo longitudinal medial, que 
Filipa Viegas M2 
comunica todos os núcleos motores dos nervos 
cranianos. É importante para informar a posição 
da nossa cabeça e para a realização de reflexos 
integrados no tronco encefálico, como aqueles 
que coordenam os movimentos da cabeça 
com os do globo ocular. 
 
Ponte 
Situada entre o bulbo e o mesencéfalo. 
Presença de numerosos feixes de fibras transversais –> 
estas fibras convergem de cada lado para formar um 
volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar médio, que 
penetra no hemisfério cerebelar correspondente. 
No limite entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio, 
emerge o nervo trigêmeo, V par craniano. 
 
 
 
A parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco 
bulbo-pontino, de onde emergem de cada lado, a partir 
da linha mediana, os nervos abducente (XI par), facial 
(XII par) e vestíbulococlear (XIII par). O nervo 
abducente emerge entre a ponte e a pirâmide do bulbo; o 
nervo vestíbulococlear emerge lateralmente, próximo a 
um pequeno lóbulo do cerebelo, denominado flóculo; e o 
nervo facial emerge medialmente ao VIII par. 
 
Sulco basilar: aloja a artéria basilar. 
 
 
 
 
 
Parte ventral ou base da ponte 
A) Fibras longitudinais 
 
v Trato cortico espinal: constituído por fibras que, 
das áreas motoras do córtex cerebral, se dirigem 
aos neurônios motores da medula. 
v Trato corticonuclear: constituído por fibras que, 
das áreas motoras do córtex, se dirigem aos 
neurônios motores situados em núcleos motores 
de nervos cranianos; no caso da ponte, os 
núcleos do facial, trigêmeo e abducente. 
v Trato corticopontino: formado por fibras que se 
originam em várias áreas do córtex cerebral e 
que terminam fazendo sinapse com os neurônios 
dos núcleos pontinos. 
 
B) Fibras transversais e núcleos pontinos 
Os núcleos pontinos são pequenos aglomerados de 
neurônios dispersos em toda a base da ponte. Neles 
terminam, fazendo sinapse, as fibras corticopontinas. Os 
axônios dos neurônios dos núcleos pontinos constituem 
as fibras transversais da ponte. Estas fibras, de direção 
transversal, cruzam o plano mediano e penetram no 
cerebelo pelo pedúnculo cerebelar médio. 
 
Parte dorsal ou tegmento da ponte 
A) Núcleos do nervo vestibulococlear 
 
v Núcleos cocleares: são dois, o dorsal e o ventral. 
Nestes núcleos terminam as fibras que 
constituem a porção coclear do nervo 
vestibulococlear. Via da audição -> através dela, 
os impulsos nervosos oriundos da cóclea são 
Nervo trigêmeo 
(V par) 
Filipa Viegas M2 
levados ao córtex cerebral, onde são 
interpretados. 
v Núcleos vestibulares: são em número de quatro 
– núcleos vestibulares lateral, medial, 
superior e inferior. Os núcleos vestibulares 
recebem impulsos nervosos originados na parte 
vestibular do ouvido interno e que informam 
sobre a posição e os movimentos da cabeça. 
Chegam ainda aos núcleos vestibulares fibras 
provenientes do cerebelo, relacionadas com a 
manutenção do equilíbrio. 
 
B) Núcleos dos nervos facial e abducente 
 
D) Núcleo salivatório superior e núcleo lacrimal 
 
C) Núcleos do nervo trigêmeo 
Além do núcleo do trato espinal, já descrito no bulbo, o 
nervo trigêmeo tem ainda, na ponte, o núcleo sensitivo 
principal, o núcleo do trato mesencefálico e o núcleo 
motor. O núcleo motor origina fibras para os músculos 
mastigadores, sendo frequentemente denominado núcleo 
mastigador. Os demais núcleos recebem impulsos 
relacionados com a sensibilidade somática geral de 
grande parte da cabeça. 
 
IV ventrículo 
Aqueduto cerebral = cavidade do mesencéfalo através da 
qual o IV ventrículo se comunica com o III ventrículo. 
 
Tela corioide = emite projeções irregulares, e muito 
vascularizadas, que se invaginam na cavidade ventricular 
para formaro plexo corioide do IV ventrículo. Esses 
plexos produzem o líquor, que se acumula na cavidade 
ventricular, passando ao espaço subaracnóideo. 
 
Mesencéfalo 
Estrutura mais superior. 
Localizado entre a ponte e o diencéfalo. 
É atravessado por um estreito canal, o aqueduto 
cerebral, que une o III ao IV ventrículo. 
A parte do mesencéfalo situada dorsalmente ao aqueduto 
é o teto do mesencéfalo, e ventralmente ao teto estão os 
dois pedúnculos cerebrais. 
 
 
 
Substância negra: formada por neurônios que contêm 
melanina. 
 
Do sulco medial emerge o nervo oculomotor, III par 
craniano. 
 
Teto do mesencéfalo (vista posterior) 
Em vista dorsal, o teto do mesencéfalo apresenta quatro 
eminências arredondadas, os colículos superiores e 
inferiores. Caudalmente a cada colículo inferior emerge 
o IV par craniano, o nervo troclear – único dos pares 
cranianos que emerge dorsalmente! 
 
 
 
Os colículos se ligam a pequenas eminências ovais do 
diencéfalo, os corpos geniculados, através dos braços dos 
colículos (estruturas alongadas que são feixes de fibras 
nervosas). O colículo superior se liga ao corpo 
geniculado lateral pelo braço do colículo superior e faz 
parte da via óptica. O colículo inferior se liga ao corpo 
geniculado medial pelo braço do colículo inferior e faz 
parte da via auditiva. 
Nervo troclear 
(IV par) 
Filipa Viegas M2 
v Colículo superior: relacionado com a visão 
v Colículo inferior: relacionado com a audição 
 
Pedúnculos cerebrais (vista anterior) 
Vistos ventralmente, os pedúnculos cerebrais aparecem 
como dois grandes feixes de fibras que surgem na borda 
superior da ponte e divergem cranialmente para penetrar 
profundamente no cérebro. 
 
 
 
Base do pedúnculo cerebral 
A base do pedúnculo cerebral é formada pelas fibras 
descendentes dos tratos cortico espinal, corticonuclear 
e corticopontino. Em vista do grande número de fibras 
descendentes que percorrem a base dos pedúnculos 
cerebrais, lesões aí localizadas causam paralisias que se 
manifestam do lado oposto ao da lesão. 
 
Substância cinzenta do mesencéfalo 
A) Núcleos dos nervos cranianos 
No tegmento do mesencéfalo estão os núcleos dos pares 
cranianos III (nervo oculomotor), IV (troclear) e V 
(trigêmeo). Deste último, entretanto, está apenas o 
núcleo do trato mesencefálico, que continua da ponte e 
recebe as informações proprioceptivas que entram pelo 
nervo trigêmeo. 
 
v Núcleo do nervo troclear: situa-se ao nível do 
colículo inferior. Suas fibras são as únicas que 
saem da face dorsal do encéfalo. O nervo 
troclear inerva o músculo oblíquo inferior. 
v Núcleo do nervo oculomotor: este núcleo 
localiza-se no nível do colículo superior. O 
complexo oculomotor pode ser funcionalmente 
dividido em uma parte somática e outra visceral. 
A parte somática contém os neurônios motores 
responsáveis pela inervação dos músculos reto 
superior, reto inferior, reto medial e 
levantador da pálpebra. A parte visceral do 
complexo oculomotor é o núcleo de Edinger-
Westphal. Ele contém os neurônios cujas fibras 
estão relacionadas com a inervação do músculo 
ciliar e do músculo esfíncter da pupila. 
 
B) Substância cinzenta própria do mesencéfalo 
 
v Núcleo rubro (ou núcleo vermelho): participa do 
controle da motricidade somática. Recebe fibras 
do cerebelo e das áreas motoras do córtex 
cerebral e dá origem ao trato rubro-espinal, 
que, assim como o trato cortico espinal, termina 
nos neurônios motores da medula, responsáveis 
pela motricidade voluntária da musculatura 
distal dos membros. 
v Substância negra: é um núcleo compacto formado 
por neurônios que apresentam a peculiaridade de 
conter inclusões de melanina. A maioria dos 
neurônios da substância negra utilizam como 
neurotransmissor a dopamina, ou seja, são 
neurônios dopaminérgicos. As conexões mais 
importantes da substância negra são com o corpo 
estriado - degenerações dos neurônios 
dopaminérgicos da substância negra causam 
diminuição de dopamina no corpo estriado, 
provocando graves perturbações motoras que 
caracterizam a doença de Parkinson. 
 
v Substância cinzenta central: é uma massa espessa 
de substância cinzenta que circunda o aqueduto 
cerebral. Tem papel importante na regulação da 
dor. 
 
Nervo oculomotor 
(III par)

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