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<p>1</p><p>TEORIA GERAL DO DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>1</p><p>Sumário</p><p>1 –INTRODUÇÃO ........................................................................................ 3</p><p>2. Princípios constitucionais explícitos (CF, art. 37, caput) .......................... 5</p><p>2.1 Legalidade .............................................................................................. 5</p><p>2.2 Impessoalidade ...................................................................................... 8</p><p>2.3 Moralidade ........................................................................................... 12</p><p>2.4 Publicidade ........................................................................................... 13</p><p>2.5 Eficiência .............................................................................................. 16</p><p>3. PRINCÍPIOS ENUMERADOS NA LEI 9.784 /99 (ART. 2º) .................... 19</p><p>3.2 Motivação ............................................................................................. 19</p><p>3.3 Razoabilidade ...................................................................................... 20</p><p>3.4 Proporcionalidade ................................................................................ 20</p><p>3.5 Ampla defesa ....................................................................................... 20</p><p>3.6 Contraditório ......................................................................................... 21</p><p>3.7 Segurança jurídica ............................................................................... 21</p><p>3.8 Interesse público .................................................................................. 21</p><p>REFERÊNCIAS .......................................................................................... 23</p><p>2</p><p>NOSSA HISTÓRIA</p><p>A história do Instituto NOSSA HISTÓRIA, inicia com a realização do sonho de</p><p>um grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos</p><p>de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a NOSSA HISTÓRIA, como</p><p>entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.</p><p>A NOSSA HISTÓRIA tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas</p><p>de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a</p><p>participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua</p><p>formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,</p><p>científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber</p><p>através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.</p><p>A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma</p><p>confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base</p><p>profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições</p><p>modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,</p><p>excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.</p><p>3</p><p>1 –INTRODUÇÃO</p><p>O Direito é composto por normas jurídicas, ordens provenientes do Estado e</p><p>dirigidas aos indivíduos para que façam ou deixem de fazer alguma coisa. O</p><p>descumprimento de uma norma sempre implica uma sanção àquele que a</p><p>desobedece.</p><p>Ex.: o servidor que infringe o dever de pontualidade deve sofrer a sanção</p><p>administrativa de advertência.</p><p>As normas dividem-se em duas categorias básicas: os princípios e as regras, que</p><p>se diferenciam por uma série de características:</p><p>• nível de abstração: os princípios são utilizados em diversas situações,</p><p>enquanto que as regras incidem apenas sobre uma situação específica;</p><p>• importância: os princípios são o fundamento de cada um dos ramos do</p><p>Direito, enquanto que as regras são originadas e subordinadas aos princípios;</p><p>• resolução de antinomias (conflitos entre normas): os princípios devem</p><p>ser sempre compatibilizados entre si, enquanto que, ocorrendo regras com</p><p>disposições contraditórias, uma delas deve ser extinta (revogada ou</p><p>anulada);</p><p>4</p><p>• aplicabilidade: devido ao seu elevado grau de abstração, os princípios</p><p>geralmente não têm incidência imediata em casos concretos, sendo</p><p>necessária a intermediação das regras. Apenas em situações excepcionais,</p><p>como na ausência de regras ou de conflito com a regra aplicável, é que os</p><p>princípios podem ser diretamente utilizados.</p><p>Ex.: o princípio da publicidade requer que os atos da administração pública sejam</p><p>levados ao conhecimento da população. Porém, em algumas situações, a incidência</p><p>de outros princípios pode exigir o sigilo do ato. Dessa forma, alguns atos do inquérito</p><p>policial são sigilosos para que possam alcançar seus objetivos - aplicação do</p><p>princípio da eficiência.</p><p>Assim, os princípios são mais abstratos e mais genéricos do que as regras. Além</p><p>disso, existem diversos graus de abstração entre os próprios princípios. Assim,</p><p>existem princípios fundamentais, princípios gerais, princípios gerais de Direito</p><p>Público, princípios gerais de Direito Administrativo e princípios setoriais de Direito</p><p>Administrativo.</p><p>Nesse ponto, adota-se a classificação criada por Diogo de Figueiredo Moreira Neto:</p><p>• princípios fundamentais: são aqueles previstos, explícita ou implicitamente,</p><p>no Título I da Constituição Federal (arts. 1º a 4º). Para o Direito</p><p>Administrativo, importam os seguintes: o da segurança jurídica, o</p><p>republicano, o democrático, o da cidadania, o da dignidade da pessoa</p><p>humana e o da participação;</p><p>• princípios gerais: aplicam-se a todos os ramos do Direito. São eles: da</p><p>legalidade, da legitimidade, da igualdade, da publicidade, da realidade, da</p><p>responsabilidade, da responsividade, da sindicabilidade, da sancionabilidade</p><p>e da ponderação;</p><p>• princípios gerais de Direito Público: são as normas mais importantes do</p><p>Direito Público, ramo do Direito em que é mais marcante a presença da</p><p>administração pública, uma vez que predomina o interesse público. São eles:</p><p>da subsidiariedade, da presunção de validade, da indisponibilidade do</p><p>5</p><p>interesse público, do devido processo legal, da motivação, do contraditório e</p><p>da descentralização;</p><p>• princípios gerais de Direito Administrativo: são as normas básicas que</p><p>regem a atividade da administração pública. Destacam-se os seguintes</p><p>princípio de: finalidade, impessoalidade, moralidade administrativa,</p><p>discricionariedade, consensualidade, razoabilidade, proporcionalidade,</p><p>executoriedade, continuidade, especialidade; como também: o hierárquico, o</p><p>monocrático, o colegiado, o disciplinar, o da eficiência, o da economicidade e</p><p>o da autotutela;</p><p>• princípios setoriais de Direito Administrativo: são aplicáveis,</p><p>primordialmente, a determinado ramo do Direito Administrativo. Assim,</p><p>existem princípios da administração pública federal, da licitação, dos serviços</p><p>públicos, do processo administrativo.</p><p>Devido à recente aceitação da teoria dos princípios (formulada inicialmente por</p><p>Robert Alexy), ainda há profundas divergências sobre quais são, de fato, os</p><p>princípios.</p><p>Na verdade, existe hoje uma "banalização dos princípios", situação em que qualquer</p><p>norma, por mais específica que seja, pode ser considerada um princípio, apenas</p><p>porque determinado autor deseja realçar o seu valor. Assim, contam-se várias</p><p>dezenas de "princípios" considerados "gerais de Direito Administrativo".</p><p>Por isso, recorre-se aqui a um artifício didático: serão estudados os princípios já</p><p>reconhecidos pela Constituição e pela lei (no caso, a lei do processo administrativo)</p><p>como basilares do Direito Administrativo.</p><p>2. Princípios constitucionais explícitos (CF, art. 37, caput)</p><p>2.1 Legalidade</p><p>O conjunto de normas vigentes no território nacional deve obedecer a uma escala</p><p>hierárquica, segundo a qual as normas de hierarquia inferior somente são válidas</p><p>6</p><p>se estiverem de acordo com as normas que lhes são superiores. Desse modo, tem-</p><p>se a seguinte escala normativa</p><p>(ou, no dizer de Hans Kelsen, pirâmide normativa)</p><p>em nível federal:</p><p>• Constituição Federal : inclui o Preâmbulo, a parte permanente (arts. 1º a</p><p>250), o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (arts. 1º a 95), as</p><p>Emendas Constitucionais (1 a 56), as Emendas Constitucionais de Revisão</p><p>(1 a 6) e os Tratados Internacionais a respeito de direitos humanos aprovados</p><p>pelo mesmo quorum das Emendas Constitucionais;</p><p>• leis: são as normas previstas no art. 59 da CF , exceto as emendas</p><p>constitucionais - leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas,</p><p>medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. Também devem ser</p><p>considerados os tratados internacionais que, geralmente, têm status de lei</p><p>ordinária;</p><p>• atos regulamentares: têm a função de detalhar a lei, permitindo sua melhor</p><p>execução. Normalmente, têm a forma de decretos, editados pelo presidente</p><p>da República. Podem ser veiculados também por outros formatos, como</p><p>instruções ministeriais e resoluções de agências reguladoras;</p><p>• atos normativos: estão subordinados às leis e aos atos regulamentares.</p><p>Compõem a vasta maioria das normas administrativas. Ex.: circulares,</p><p>portarias, avisos, etc.</p><p>O princípio da legalidade impõe à administração pública a obediência estrita à lei.</p><p>Assim, todos os seus atos devem estar de acordo com a lei, não sendo possível</p><p>contrariá-la nem tratar de tema não previsto em lei. Trata-se de uma garantia do</p><p>indivíduo contra excessivas restrições à sua liberdade, uma vez que "ninguém será</p><p>obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei" (CF ,</p><p>art. 5º , II).</p><p>Observe-se, portanto, que somente a lei pode ser fonte primária de obrigações, ou</p><p>seja, todas as obrigações impostas aos indivíduos devem ter origem legal. Isso,</p><p>porém, não impede que os atos editados pela administração pública</p><p>7</p><p>(regulamentares ou apenas normativos) fixem obrigações; mas estas devem ser</p><p>secundárias, ou seja, decorrentes de explícita permissão legal.</p><p>O princípio da legalidade incide de forma diversa para a administração pública e</p><p>para os indivíduos. Enquanto, no primeiro caso, a lei é o limite positivo da atuação,</p><p>devendo toda a atuação administrativa estar abrangida em seus ditames, no</p><p>segundo caso, a lei é o limite negativo, ou seja, tudo aquilo que não está proibido</p><p>por lei, está automaticamente permitido. Por isso, o princípio da legalidade, no</p><p>âmbito individual, é denominado de princípio da autonomia da vontade.</p><p>Ressalte-se que a legalidade é um princípio geral de Direito, aplicável tanto ao</p><p>Direito Público quanto ao Direito Privado. Considerando que a administração pública</p><p>pode produzir atos regidos por qualquer um dos ramos, cumpre distinguir que os</p><p>atos de império, regidos pelo Direito Público, estão restritos aos limites dos</p><p>mandamentos legais, enquanto que os atos de gestão, regidos pelo Direito Privado,</p><p>têm a lei apenas como limite negativo.</p><p>Uma das decorrências desse princípio é o requisito essencial da competência para</p><p>a prática de atos administrativos. Assim, enquanto os particulares precisam apenas</p><p>de capacidade para agir em nome próprio, os agentes públicos somente podem</p><p>atuar validamente se o ato estiver previsto entre suas atribuições legais.</p><p>Existem, porém, exceções a esse princípio, ou seja, atos administrativos que não</p><p>estão subordinados à lei, pois estes se encontram diretamente vinculados</p><p>à Constituição. Dentre eles, destacam-se os decretos autônomos (CF , art. 84 , VI):</p><p>geralmente, os decretos são atos administrativos normativos cuja função é</p><p>regulamentar a lei (CF , art. 84 , IV). Porém, a Emenda Constitucional 32 /2001</p><p>instituiu a possibilidade de o presidente da República editar decretos, sem lastro</p><p>legal, sobre "organização e funcionamento da administração federal", desde que</p><p>respeitadas as restrições constantes no mesmo inciso.</p><p>Alguns autores enumeram, entre as exceções ao princípio da legalidade, as</p><p>medidas provisórias e os decretos do Estado de Defesa e do Estado de Sítio. É certo</p><p>8</p><p>que esses atos não estão submetidos a lei nenhuma. Trata-se, porém, de uma</p><p>identificação errônea entre administração pública e Poder Executivo. Apesar de este</p><p>ter como atribuição principal, exatamente a função administrativa, também são</p><p>exercidas outras funções, como a normativa (ou legislativa) - no caso das medidas</p><p>provisórias - e a política - nos casos de decretação de Estado de Sítio e de Estado</p><p>de Defesa. Trata-se, portanto, de atos alheios à função administrativa.</p><p>A doutrina mais moderna tem considerado o princípio da legalidade como de</p><p>abrangência excessivamente restrita frente à recente constitucionalização do</p><p>Direito. Propugnam, com acerto, a possibilidade de aplicação dos princípios</p><p>constitucionais sem a mediação da lei. Além disso, é proposto um novo princípio,</p><p>mais abrangente, que envolve toda a ordem jurídica, inclusive e principalmente</p><p>a Constituição: o princípio da juridicidade. Esse ponto de vista tem base também na</p><p>Lei 9.784 /99, que determina a "atuação conforme a lei e o Direito" (art. 2º, Paragráfo</p><p>único, I), o que inclui, além da lei, os princípios, os costumes, a jurisprudência e a</p><p>doutrina.</p><p>2.2 Impessoalidade</p><p>A atuação das pessoas em geral é movida por seus interesses egoísticos, ou seja,</p><p>busca-se a satisfação das próprias necessidades ou daqueles que lhes são</p><p>próximos. A administração pública, porém, deve ter como finalidade essencial a</p><p>satisfação do interesse público, buscando as melhores alternativas para a</p><p>sociedade como um todo. E, por "interesse público", não deve se compreender</p><p>alguma concepção ideológica pessoal do agente, mas aquilo que é definido como</p><p>tal pelo Direito. Portanto, o princípio da impessoalidade (ou da finalidade) decorre</p><p>diretamente do princípio da legalidade.</p><p>Atuar impessoalmente, portanto, significa ter sempre a finalidade de satisfazer os</p><p>interesses coletivos, mesmo que, nesse processo, interesses privados sejam</p><p>beneficiados ou prejudicados. O que se veda é a atuação administrativa com o</p><p>objetivo de apenas beneficiar ou prejudicar pessoas ou grupos específicos.</p><p>9</p><p>Impessoalidade também significa imparcialidade e isonomia, pois, a função da</p><p>administração pública é a execução da lei, independentemente de quem sejam os</p><p>interesses beneficiados ou prejudicados. Até mesmo os próprios interesses do</p><p>Estado, enquanto pessoa jurídica, somente podem ser satisfeitos se estiverem</p><p>respaldados pela lei.</p><p>Assim, em um processo administrativo, eventual decisão favorável ao Estado deve</p><p>ser baseada na melhor aplicação possível da lei e não em seus interesses.</p><p>Ex.: um servidor deixa de receber verba remuneratória a que claramente tem direito,</p><p>nos termos da lei. Nesse caso, a reclamação administrativa porventura feita deve</p><p>ser declarada procedente, mesmo sendo essa decisão contrária aos interesses</p><p>imediatos da entidade, que deve dispender mais verba pública.</p><p>Os atos da administração devem sempre estar de acordo com a finalidade genérica</p><p>(satisfação do interesse público) e com sua finalidade específica, que lhe é própria.</p><p>A desobediência a qualquer uma dessas finalidades constitui uma espécie de abuso</p><p>de poder chamada de desvio de finalidade ou de desvio de poder.</p><p>Ex.: a remoção de um servidor de uma localidade para outra tem o objetivo de suprir</p><p>a necessidade de pessoal no local de destino (finalidade específica). Caso seja</p><p>utilizada para puni-lo ou por simples perseguição pessoal, haverá desvio de poder.</p><p>A Lei 8.112 /90 tem vários dispositivos visando desestimular a prática de atos</p><p>violadores do princípio da impessoalidade:</p><p>"Art. 117. Ao servidor é proibido:</p><p>(...)</p><p>V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da</p><p>repartição;</p><p>(...)</p><p>10</p><p>VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a</p><p>associação profissional ou sindical, ou a partido político;</p><p>VIII - manter sob sua chefia imediata,</p><p>em cargo ou função de confiança,</p><p>cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;</p><p>IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em</p><p>detrimento da dignidade da função pública;</p><p>(...)</p><p>XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições</p><p>públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou</p><p>assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou</p><p>companheiro;</p><p>(...)</p><p>XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços</p><p>ou atividades particulares; "</p><p>Por sua atualidade, merece especial referência a questão do nepotismo, ou seja, a</p><p>designação de cônjuge, companheiro e parentes para cargos públicos no órgão. A</p><p>Lei 8.112 /90 proíbe apenas o nepotismo direto, ou seja, o beneficiado deve estar</p><p>subordinado a seu parente, limitado ao segundo grau civil, por consanguinidade (pai,</p><p>mãe, avós, irmãos, filhos e netos) ou por afinidade (sogros, pais dos sogros,</p><p>cunhados, enteados e filhos dos enteados).</p><p>O STF ampliou essa vedação, por meio da Súmula Vinculante 13:</p><p>"A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral</p><p>ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou</p><p>de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia</p><p>ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de</p><p>confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta</p><p>11</p><p>e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito</p><p>Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações</p><p>recíprocas, viola a Constituição Federal ".</p><p>A súmula traz algumas novidades:</p><p>✓ proíbe o nepotismo em todas as entidades da administração direta e indireta</p><p>de todos os entes federativos, enquanto que a Lei 8.112 /90 veda apenas</p><p>para a administração direta, às autarquias e às fundações da União;</p><p>✓ estende a proibição aos parentes de terceiro grau (tios e sobrinhos), que</p><p>alcançava apenas os parentes de segundo grau; e, mais importante,</p><p>✓ proibiu-se também o nepotismo cruzado, aquele em o agente público utiliza</p><p>sua influência para possibilitar a nomeação de cônjuge, companheiro ou</p><p>parente em cargo em comissão ou de confiança ou função gratificada não</p><p>subordinada diretamente a ele.</p><p>A Constituição Federal impõe conduta impessoal em todos os atos da administração</p><p>pública, notadamente os de publicidade, nos quais, a pretexto de informar as</p><p>realizações do governo, faz-se, de forma extremamente frequente, propaganda</p><p>político-partidária.</p><p>Nesse sentido, dispõe o art. 37:</p><p>"§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos</p><p>órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação</p><p>social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que</p><p>caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos."</p><p>A Lei 9.784 /99 também dispõe sobre a impessoalidade, denominando-a de</p><p>princípio da finalidade, exigindo, no Parágrafo único do art. 2º :</p><p>"III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção</p><p>pessoal de agentes ou autoridades;</p><p>12</p><p>(...)</p><p>XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o</p><p>atendimento do fim público a que se dirige..."</p><p>2.3 Moralidade</p><p>Moral é o conjunto de comportamentos considerados aceitáveis para a sociedade</p><p>de determinada época. Distingue-se do Direito, uma vez que este é formado por</p><p>normas jurídicas provindas do Estado e de obediência obrigatória, sob pena de</p><p>imposição de uma sanção.</p><p>O Direito não se identifica totalmente com a Moral, pois tem normas sem nenhum</p><p>conteúdo ético e mesmo normas de conteúdo antiético. Pretende-se, atualmente,</p><p>prover o Direito de um "mínimo ético", sem haver a pretensão de torná-lo um</p><p>subgrupo dentro da Moral.</p><p>O princípio da moralidade vem exigir que o administrador público sempre considere</p><p>as normas morais em sua conduta, de forma que sua obediência seja obrigatória,</p><p>mesmo contra a expressão literal da lei. Não se trata da Moral média da sociedade,</p><p>mas daquela especificamente dirigida à atuação administrativa. Enquanto o</p><p>indivíduo tem o direito de portar-se imoralmente, desde que não descumpra a lei, o</p><p>agente público somente deve atuar legitimamente, ou seja, de acordo com a lei e</p><p>com a Moral. O ato legal, mas imoral, é nulo.</p><p>A distinção entre a moralidade e a imoralidade de um ato, frequentemente, não é</p><p>clara. A Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429 /92) estabelece apenas uma</p><p>classificação dos atos imorais de acordo com lesão provocada ou com o benefício</p><p>recebido pelo agente.</p><p>São eles:</p><p>a) atos que causam enriquecimento ilícito (art. 9º);</p><p>13</p><p>b) atos que causam prejuízo ao erário (art. 10); e</p><p>c) atos que atentam contra os princípios da administração pública (art.</p><p>11).</p><p>Os atos imorais podem ser anulados pelo Poder Judiciário principalmente por meio</p><p>de:</p><p>a) ação popular (CF , art. 5º , LXXIII e Lei 4.717 /65): sujeito ativo -</p><p>cidadão (eleitor);</p><p>b) ação de improbidade administrativa (Lei 8.429 /92): sujeitos ativos -</p><p>entidade prejudicada e Ministério Público.</p><p>O Decreto 1.711 /94 instituiu o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil</p><p>do Poder Executivo Federal, que contém as regras deontológicas (enumeração dos</p><p>valores fundamentais a serem obedecidos pelos agentes públicos), os principais</p><p>deveres dos servidores públicos, as vedações aos servidores públicos e determina</p><p>que todos os órgãos e entidades da administração pública devem ter uma comissão</p><p>de ética.</p><p>A Lei 9.784 /99 também prevê esse princípio, determinando a "atuação segundo</p><p>padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé" (art. 2º, Parágrafo único, IV).</p><p>2.4 Publicidade</p><p>A Constituição garante aos indivíduos o direito à privacidade e à intimidade, ou seja,</p><p>cada pessoa tem o direito de isolar parte da sua vida do conhecimento alheio. Esses</p><p>direitos não se aplicam aos agentes públicos quando atuam no exercício de suas</p><p>funções. A administração pública tem o dever de transparência, isto é, seus atos</p><p>devem ser levados ao conhecimento da população.</p><p>14</p><p>A publicidade dos atos da administração pública tem as seguintes finalidades:</p><p>✓ conferir eficácia (ou, segundo alguns autores, exequibilidade) para os atos da</p><p>administração. Assim, o ato somente torna-se obrigatório para seus</p><p>destinatários quando for publicado;</p><p>✓ possibilitar o controle do ato pela população (que pode ajuizar uma ação</p><p>popular ou interpor um requerimento administrativo) ou por outros órgãos</p><p>públicos (como o Ministério Público, que atua por meio da ação civil pública</p><p>ou por meio de recomendações aos órgãos públicos).</p><p>A publicidade, por ser interna (dirigida aos integrantes do órgão ou da entidade) ou</p><p>externa (dirigida aos cidadãos em geral), deve obedecer à forma prescrita em lei,</p><p>que, normalmente, exige a publicação do ato no Diário Oficial. Excepcionalmente, a</p><p>lei determina a publicação em jornal de grande circulação ou mesmo a utilização da</p><p>internet. Nos processos administrativos, as comunicações processuais aos</p><p>interessados devem ser feitas por meio de intimação.</p><p>Assim, a publicidade é um ato formal, sob pena de nulidade. Por isso, a Lei 8.112 /90</p><p>estipula, entre os deveres dos servidores públicos, o de "guardar sigilo sobre os</p><p>assuntos da repartição", uma vez que o servidor não tem a atribuição de divulgar os</p><p>atos administrativos.</p><p>De acordo com a Constituição, o direito à publicidade da administração pública pode</p><p>ser defendido administrativamente por meio:</p><p>a) do direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou</p><p>contra ilegalidade ou abuso de poder;</p><p>b) da obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de</p><p>direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.</p><p>15</p><p>Enquanto o direito de petição é utilizado para possibilitar o acesso a informações de</p><p>interesse coletivo,</p><p>o direito de certidão é utilizado para a obtenção de informações</p><p>que dizem respeito ao próprio requerente.</p><p>Judicialmente, a transparência administrativa pode ser defendida por meio de duas</p><p>ações previstas na Constituição:</p><p>a) o mandado de segurança, para informações de interesse coletivo;</p><p>b) o habeas data, para o acesso e a retificação de informações pessoais</p><p>constantes em bancos de dados públicos ou de caráter público.</p><p>O sigilo é lícito na administração pública em situações nas quais a publicidade possa</p><p>acarretar lesão a outro direito protegido constitucionalmente.</p><p>Ex.: os atos do procedimento licitatório são públicos, exceto a apresentação das</p><p>propostas, pois, se um dos licitantes souber das propostas dos outros, antes de</p><p>apresentar a sua, haverá uma vantagem indevida e uma violação ao princípio da</p><p>isonomia.</p><p>A Constituição enumera os seguintes casos de sigilo:</p><p>a) imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado (art.</p><p>5º, XXXIII, regulamentado pelas Leis 8.159 /91 e 11.111 /2005 e pelo</p><p>Decreto 4.533 /2002);</p><p>b) defesa da intimidade (art. 5º, LX).</p><p>O Código de Ética do Servidor Público Federal dispõe no mesmo sentido:</p><p>"Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse</p><p>superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em</p><p>processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade</p><p>de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade,</p><p>16</p><p>ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum,</p><p>imputável a quem a negar."</p><p>2.5 Eficiência</p><p>A administração pública brasileira passou, historicamente, por três fases:</p><p>• administração patrimonialista: não havia diferença entre os interesses</p><p>pessoais dos agentes públicos e dos grupos aos quais pertencem e os</p><p>interesses da própria administração;</p><p>• administração burocrática: superou o patrimonialismo por meio da adoção</p><p>do princípio da impessoalidade. Para prevenir e reprimir a ocorrência de</p><p>desvios, foram criados rígidos controles sobre a atuação dos agentes</p><p>públicos. Formou-se a burocracia, um conjunto de agentes públicos que</p><p>devem obedecer aos procedimentos determinados e à rígida hierarquia e à</p><p>separação de funções;</p><p>• administração gerencial: busca superar o modelo burocrático por meio da</p><p>adoção do princípio da eficiência, que tem as seguintes consequências</p><p>principais: utilização do controle de resultados em substituição ao controle de</p><p>meios, maior autonomia dos agentes, dos órgãos e das entidades públicas,</p><p>serviço orientado para o cidadão e utilização de indicadores de desempenho.</p><p>A primeira tentativa de instaurar a administração pública gerencial no Brasil foi o</p><p>Decreto-Lei 200 /67 (Reforma Administrativa Federal), que não foi bem-sucedido, e,</p><p>mais recentemente, foi editada a Emenda Constitucional 19 /98, que incluiu o</p><p>princípio da eficiência na enumeração do caput do art. 37 . Não se pode dizer que a</p><p>administração patrimonialista esteja superada no Brasil, basta perceber os</p><p>recorrentes casos de nepotismo e de corrupção. Também não foi superado o modelo</p><p>burocrático, uma vez que a maior parte da administração pública ainda é mais</p><p>orientada a procedimentos e não a resultados. Porém, paulatinamente, vão se</p><p>instalando institutos de administração gerencial, como os contratos de gestão para</p><p>17</p><p>agências executivas e organizações. Portanto, coexistem, no Brasil de hoje, os três</p><p>modelos de administração pública.</p><p>Eficiência, em síntese, é a relação entre os resultados obtidos e os recursos</p><p>empregados. Assim, um procedimento administrativo é eficiente quando empregar</p><p>um pequeno número de recursos (materiais, humanos e de tempo) para produzir um</p><p>grande número de resultados.</p><p>Não se confunde com eficácia, que é qualidade do ato administrativo que possibilita</p><p>a produção de efeitos jurídicos.</p><p>Assim, ato eficaz é aquele que cria, modifica ou extingue direitos, enquanto que o</p><p>ato ineficaz é aquele que ainda não tem efeitos jurídicos, porque ainda não veio a</p><p>tê-los (atos pendentes) ou porque estes já foram totalmente produzidos (atos</p><p>exauridos).</p><p>Também não se confunde com efetividade, que é qualidade de tudo aquilo que está,</p><p>de fato, sendo executado. Assim, um ato pode ser eficaz, mas não ter efetividade</p><p>se for sistematicamente descumprido.</p><p>De acordo com Alexandre de Moraes, o princípio da eficiência tem as seguintes</p><p>características:</p><p>a) direcionamento da atividade e dos serviços públicos à efetividade</p><p>do bem comum, uma vez que a Constituição Federal determina ser</p><p>objetivo fundamental da República Federativa do Brasil (art. 3º, IV)</p><p>promover o bem de todos;</p><p>b) imparcialidade: independência de quaisquer interesses privados;</p><p>c) neutralidade: consideração de todos os interesses na resolução de</p><p>um conflito;</p><p>18</p><p>d) transparência de todas as atividades administrativas, possibilitando</p><p>amplo conhecimento e participação popular;</p><p>e) participação e aproximação dos serviços públicos da população</p><p>(princípio da gestão participativa): a EC 19 /98 incluiu, no art. 37, § 3º,</p><p>a previsão de que a lei disciplinará a participação do usuário na</p><p>administração pública;</p><p>f) desburocratização: simplificação e desregulamentação de</p><p>procedimentos, com a eliminação de exigências desnecessárias;</p><p>g) busca da qualidade: melhoria constante das atividades</p><p>administrativas, especialmente dos serviços fornecidos à população.</p><p>O princípio da eficiência já constava implicitamente na Constituição Federal , na</p><p>qual sempre houve a previsão de concursos públicos para o provimento de cargos</p><p>efetivos, de licitações para a escolha do melhor contrato e de controle de</p><p>economicidade exercido pelo tribunal de contas.</p><p>A EC 19 /98, além de introduzir expressamente o princípio, também incluiu diversos</p><p>dispositivos decorrentes dele, como a obrigatoriedade da União, dos Estados e do</p><p>Distrito Federal de instituírem escolas de administração pública para seus</p><p>servidores, a possibilidade de perda do cargo do servidor estável por meio de</p><p>avaliação periódica de desempenho e a criação das agências executivas.</p><p>Por fim, a EC 45 /04 incluiu o direito à razoável duração do processo.</p><p>19</p><p>3. PRINCÍPIOS ENUMERADOS NA LEI 9.784 /99 (ART. 2º)</p><p>3.2 Motivação</p><p>Motivo são os fundamentos de fato e de direito do ato administrativo.</p><p>Todos os atos administrativos requerem um motivo lícito. Motivação é a exposição</p><p>do motivo. Trata-se de uma decorrência do princípio da publicidade, segundo o qual</p><p>a população não deve apenas conhecer o ato, mas também as razões que levaram</p><p>à realização do ato.</p><p>Qualquer ato administrativo permite a motivação, que somente é obrigatória nas</p><p>hipóteses expressamente previstas no art. 50 da Lei 9.784 /99. De acordo com a</p><p>teoria dos motivos determinantes, a motivação de um ato vincula sua validade, ou</p><p>seja, o ato somente é válido se a motivação for verdadeira.</p><p>20</p><p>3.3 Razoabilidade</p><p>Razão é a capacidade de coordenação hierárquica de todos os conhecimentos, em</p><p>vista de princípios ou de valores. Decorrente dos princípios da finalidade, da</p><p>legalidade e do devido processo legal substantivo a razoabilidade exige do agente</p><p>público que, ao realizar atos discricionários, utilize prudência, sensatez e bom</p><p>senso, evitando condutas absurdas, bizarras e incoerentes. Assim, o administrador</p><p>tem apenas liberdade para escolher entre opções razoáveis. Atos absurdos são</p><p>absolutamente nulos.</p><p>3.4 Proporcionalidade</p><p>O princípio da proporcionalidade, frequentemente identificado com a razoabilidade,</p><p>tem três elementos:</p><p>✓ adequação: o ato administrativo deve ser efetivamente capaz de atingir os</p><p>objetivos pretendidos;</p><p>✓ necessidade: o ato administrativo utilizado deve ser, de todos os meios</p><p>existentes, o menos restritivo aos direitos individuais;</p><p>✓ proporcionalidade</p><p>em sentido estrito: deve haver uma proporção</p><p>adequada entre os meios utilizados e os fins desejados. Proíbe não só o</p><p>excesso (exagerada utilização de meios em relação ao objetivo almejado),</p><p>mas também a insuficiência de proteção (os meios utilizados estão aquém do</p><p>necessário para alcançar a finalidade do ato).</p><p>3.5 Ampla defesa</p><p>Todos os acusados em processos judiciais e administrativos têm o direito de utilizar</p><p>todos os meios lícitos para demonstrarem sua inocência ou para pleitear a aplicação</p><p>21</p><p>de uma pena mais moderada. A aplicação de qualquer sanção sem que seja dada</p><p>a oportunidade de defesa para o acusado torna-se ilegal. Assim, instrumentos como</p><p>verdade sabida, termo de declarações e meras sindicâncias, não são aptos para a</p><p>aplicação de sanções, por desobedecerem a esse princípio. De acordo com a</p><p>Súmula Vinculante, o advogado não é essencial para a defesa em um processo</p><p>administrativo disciplinar.</p><p>3.6 Contraditório</p><p>Contraditório é uma decorrência do princípio democrático, pois permite a</p><p>participação, na formação das decisões estatais, de todos aqueles que podem ter</p><p>seus interesses afetados por essas decisões. No processo, o contraditório tem dois</p><p>aspectos: primeiramente, ciência dos atos processuais (por intimação pessoal ou</p><p>por edital); depois, a manifestação a respeito desses atos. O primeiro aspecto é um</p><p>direito do interessado, e o segundo, é uma faculdade, que pode ou não ser exercida</p><p>por ele.</p><p>3.7 Segurança jurídica</p><p>Segurança jurídica é o direito individual à estabilidade das relações jurídicas. Trata-</p><p>se de um megaprincípio que preserva situações consolidadas (como direito</p><p>adquirido, coisa julgada e ato jurídico perfeito), mesmo que tenham sido originadas</p><p>de atos ilícitos (se os beneficiários estiverem de boa-fé, o ato é convalidado depois</p><p>de cinco anos); e impede a manutenção indefinida de situações pendentes (com a</p><p>utilização dos institutos da prescrição e da decadência). Não se confunde com</p><p>imutabilidade, pois permite mudanças legislativas (em alguns casos, são requeridas</p><p>regras de transição, como na reforma da Previdência) e até mudanças na</p><p>interpretação das leis (desde que não tenham efeitos retroativos). Da segurança</p><p>jurídica, derivam princípios como o da boa-fé e o da confiança.</p><p>3.8 Interesse público</p><p>22</p><p>Um dos princípios mais importantes é o Princípio da Supremacia do Interesse Público</p><p>que além de nortear outros princípios é conhecido também pelos doutrinadores como</p><p>Princípio da Finalidades Pública. Este princípio está presente não apenas no</p><p>momento da elaboração da lei, mas também no momento da sua execução em</p><p>concreto.</p><p>Visa este, por meio da administração pública, impor, nos termos da lei, obrigações a</p><p>terceiros, já que a administração pública representa os interesses da coletividade.</p><p>Tais atos são imperativos e conforme este princípio, a administração pública pode</p><p>exigir o cumprimento de tais atos pelos administrados por meio de sanções ou</p><p>providencias indiretas toda vez que agir em favor do interesse público.</p><p>Favor tem em mãos a Constituição Federa para a avaliação.</p><p>23</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Bandeira de Mello, Celso Antônio – Elementos de Direito Administrativo – 1ª ed. –</p><p>Editora Revista dos Tribunais – São Paulo – 1983.</p><p>Bandeira de Mello, Oswaldo Aranha – Princípios Gerais de Direito Administrativo, vol.</p><p>I – Ed. Florense – São Paulo – 1968</p><p>Gordillo, Agustin – Princípios Gerais de Direito Público – Tradução de Marco Aurélio</p><p>Greco – Editora Revista dos Tribunais – São Paulo – 1977</p><p>Figueiredo, Lúcia Valle – Curso de Direito Administrativo – Ed. Revista dos Tribunais</p><p>– São Paulo</p><p>Meirelles, Hely Lopes – Direito Administrativo Brasileiro – São Paulo</p><p>Dallari, Adilson Abreu – Boletim de Direito Administrativo – nº 11 – novembro de 1988</p><p>Di Pietro, Maria Silvia Fanella – Direito Administrativo – Ed. Atlas – São Paulo – 2003</p>