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<p>FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí.</p><p>IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA.</p><p>Curso: Medicina</p><p>Disciplina/Módulo: Clínica Integrada I</p><p>Professora: Gabrielle Agostinho Rolim Marques</p><p>Período: 6º</p><p>Nome: Maria Daniele Oliveira de Moraes</p><p>1. Como podemos, do ponto de vista laboratorial, definir um paciente</p><p>que já teve contato com o Vírus da Hepatite C como "caso ativo" e</p><p>como "cicatriz sorológica"?</p><p>Para determinar se um paciente teve contato com o Vírus da Hepatite C e para</p><p>distinguir entre um "caso ativo" e uma "cicatriz sorológica," é necessário realizar</p><p>uma série de testes laboratoriais. Aqui estão os passos-chave envolvidos neste</p><p>processo:</p><p>O primeiro passo é realizar um teste de sorologia, que identifica a presença de</p><p>anticorpos contra o vírus da Hepatite C (anti-HCV) no sangue do paciente. Se o</p><p>resultado for positivo, isso indica que o paciente foi exposto ao vírus em algum</p><p>momento de sua vida. (SILVA,2023)</p><p>Em seguida, é conduzido um teste de RNA do HCV, que é um teste molecular</p><p>que detecta o material genético do vírus da Hepatite C no sangue (PCR para</p><p>HCV). Se o resultado desse teste for positivo, isso sugere a presença de uma</p><p>infecção ativa no paciente. (SILVA,2023)</p><p>A classificação dos pacientes é feita da seguinte forma:</p><p>Caso Ativo: Se tanto o teste de anticorpos quanto o teste de RNA do HCV são</p><p>positivos, o paciente é considerado um "caso ativo" de Hepatite C. Nesse caso,</p><p>o vírus está presente no organismo do paciente, indicando uma infecção ativa.</p><p>Cicatriz Sorológica: Se o teste de anticorpos é positivo, mas o teste de RNA do</p><p>HCV é negativo, o paciente é classificado como tendo uma "cicatriz sorológica."</p><p>Isso significa que o paciente teve contato com o vírus no passado, mas o sistema</p><p>imunológico conseguiu resolver ou controlar a infecção. Não há presença do</p><p>vírus no sangue no momento do teste.</p><p>2. Como proceder em caso de acidentes de trabalho com</p><p>perfurocortantes para, do ponto de vista laboratorial, afastar</p><p>contágio pelo vírus da Hepatite C?</p><p>Em situações de acidentes de trabalho envolvendo perfurocortantes, é vital</p><p>seguir um conjunto de passos para garantir a segurança do profissional de saúde</p><p>exposto e reduzir os riscos de infecção. (MELLO et al, 2020)</p><p>Eis as etapas recomendadas:</p><p>• Lave a lesão imediatamente com água e sabão para minimizar a carga</p><p>viral na área afetada.</p><p>• Notifique imediatamente sua chefia ou supervisor para documentar o</p><p>incidente e iniciar medidas de acompanhamento.</p><p>• Encaminhe o profissional exposto a uma avaliação médica em um serviço</p><p>de saúde, que pode incluir clínicas de acidentes de trabalho ou serviços</p><p>de urgência.</p><p>• Documente o acidente de forma adequada, preenchendo um formulário</p><p>de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), quando aplicável.</p><p>• O profissional de saúde será submetido a uma avaliação de risco para</p><p>determinar a probabilidade de infecção, considerando fatores como a</p><p>fonte da exposição e a natureza do incidente.</p><p>• Dependendo do risco, o profissional pode receber orientações sobre a</p><p>necessidade de iniciar uma terapia profilática (medicação preventiva)</p><p>contra doenças como HIV, hepatite B ou hepatite C.</p><p>• Realize testes sorológicos logo após o acidente e siga com</p><p>acompanhamentos subsequentes, geralmente aos 2 e 6 meses, para</p><p>confirmar a ausência de infecção.</p><p>• Se possível, realize testes no paciente de onde se originou o</p><p>perfurocortante para determinar seu estado de infecção, o que ajuda a</p><p>avaliar o risco de transmissão.</p><p>• Ofereça apoio psicológico e acompanhamento, pois os profissionais de</p><p>saúde expostos podem enfrentar estresse e ansiedade significativos.</p><p>• A instituição de saúde deve revisar o acidente e adotar medidas de</p><p>prevenção, incluindo aprimoramento das práticas de segurança e</p><p>treinamento dos profissionais de saúde.</p><p>Referências:</p><p>SILVA, JPAME; LOREA, C. PREVALÊNCIA DE MARCADORES</p><p>SOROLÓGICOS EM CANDIDATOS A DOAÇÃO DE SANGUE NO EXTREMO</p><p>SUL DO BRASIL. Hematology, Transfusion and Cell Therapy, v. 45, p. S806-</p><p>S807, 2023.</p><p>MELLO, Flavia Siqueira Furtado et al. Comparação dos graus de fibrose hepática</p><p>na hepatite C crônica (HCC) medidos por métodos de elastrografia e de</p><p>sorologia: ARFI e FibroScan vs APRI e FIB4. 2020.</p>