Tecido Epitelial Glandular1811 (1)

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<p>Tecido Epitelial Glandular</p><p>O epitélio glandular está constituído por células isoladas ou grupamentos de células formando</p><p>estruturas individualizadas, denominadas de glândulas, cuja função é a secreção. Entende-se</p><p>por secreção a produção e a liberação pelas células de um fluido contendo substâncias como</p><p>muco, enzimas ou um hormônio.</p><p>As células secretoras de uma glândula são conhecidas com parênquima, enquanto que o tecido</p><p>conjuntivo no interior da glândula e que sustenta as células secretoras é denominado</p><p>de estroma. O estroma sustenta também vasos sanguíneos e linfáticos e nervos.</p><p>Os epitélios que constituem as glândulas do corpo podem ser classificados de acordo com vários</p><p>critérios. Glândulas unicelulares consistem em células glandulares isoladas, e glândulas</p><p>multicelulares são compostas de agrupamentos de células. Em exemplo de glândula unicelular</p><p>é a célula caliciforme, presente no revestimento do intestino delgado, ou do trato respiratório.</p><p>O termo “glândula”, porém é normalmente mais usado para designar agregados maiores e mais</p><p>complexos de células.</p><p>As glândulas são sempre formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células proliferam</p><p>e invadem o tecido conjuntivo subjacente, após sofrem diferenciação adicional durante a vida</p><p>fetal. Existem dois tipos principais de glândulas:</p><p>Glândulas exócrinas: mantêm a sua conexão com o epitélio do qual se originaram, possuem</p><p>ductos tubulares formados por células que transportam a secreção glandular para a superfície</p><p>do corpo ou para o interior (lúmen) de um órgão cavitário. Ex: glândulas sudoríparas, salivares</p><p>e intestinais.</p><p>Glândulas endócrinas: não possuem ductos, a sua conexão com o epitélio foi obliterada</p><p>durante o desenvolvimento e sua secreção é liberada diretamente na corrente sangüínea e</p><p>transportada para o seu local de ação, o seu “tecido alvo”. A secreção das glândulas endócrinas</p><p>contém hormônios.</p><p>As glândulas exócrinas têm uma porção secretora constituída pelas células responsáveis pelo</p><p>processo secretório. E ductos que transportam a secreção eliminada das células. As glândulas</p><p>simples têm apenas um ducto não ramificado, exemplo a glândula sudorípara, enquanto</p><p>as glândulas compostas têm ductos ramificados, que nas grandes glândulas podem atingir</p><p>altos níveis de complexidade, exemplo o pâncreas. A organização celular da porção secretora</p><p>representa um segundo critério para a classificação das glândulas. Dependendo da forma de sua</p><p>porção secretora, as glândulas simples podem ser tubulares; cuja porção secretora tem formato</p><p>de um tubo, tubulares enoveladas, tubulares ramificadas ou acinosas; cuja porção secretora é</p><p>esférica ou arredondada. As glândulas compostas podem ser tubulares, acinosas ou túbulo-</p><p>acinosas.</p><p>http://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2018/04/forma%C3%A7%C3%A3o-glandular.jpg</p><p>Alguns órgãos têm funções, tanto exócrina quanto endócrina e um só tipo de células pode</p><p>funcionar de ambas as maneiras, por exemplo: o fígado, onde as células que secretam bile</p><p>através de ductos também secretam produtos na circulação sanguínea. Em outros órgãos,</p><p>algumas células são especializadas em secreção exócrina e outras em secreção endócrina; no</p><p>pâncreas, por exemplo, as células acinosas secretam enzimas digestivas na cavidade intestinal,</p><p>enquanto as células das ilhotas secretam insulina e glucagon no sangue.</p><p>Classicação das glândulas exócrinas quanto ao modo de secreção</p><p>As glândulas exócrinas podem ser classificadas, de acordo com o modo de liberação da sua</p><p>secreção, como merócrinas, holócrinas e apócrinas. Nas glândulas merócrinas, como o</p><p>pâncreas e a glândula sudorípara, a secreção é liberada por exocitose, sem perda de outro</p><p>material celular. Nas glândulas holócrinas, como as glândulas sebáceas, o produto de secreção é</p><p>eliminado juntamente com toda a célula, processo que envolve a destruição das células repletas</p><p>de secreção. Um tipo intermediário é o apócrino, encontrado na glândula mamária, em que o</p><p>produto de secreção, é secretado junto com porções do citoplasma apical das células.</p><p>Classificação das glândulas exócrinas quanto a natureza da secreção</p><p>Quanto a natureza da secreção as glândulas podem ser classificadas em: glândulas</p><p>serosas e glândulas mucosas.</p><p>As glândulas serosas são aquelas que secretam um fluído aquoso. As células serosas possuem</p><p>um formato poliédrico ou piramidal, tem núcleos centrais arredondados e polaridade bem</p><p>definida. As células acinosas do pâncreas e das glândulas salivares parótidas são exemplos de</p><p>células serosas. A região basal dessas células exibe uma intensa basofilia que resulta do grande</p><p>acúmulo de reticulo endoplasmático rugoso, associadas a abundantes polirribossomos. Na</p><p>região apical encontra-se um complexo de Golgi bem desenvolvido e muitas vesículas</p><p>arredondadas, envolvidas por membrana e com conteúdo rico em proteínas, chamadas de</p><p>grânulos de secreção. Quando as células liberam seus produtos de secreção, a membrana dos</p><p>grânulos se fundem com a membrana plasmática e o conteúdo do grânulo é colocado para fora</p><p>da célula por exocitose.</p><p>As glândulas mucosas são aquelas que secretam um fluido espesso e viscoso, glicoproteico,</p><p>denominado muco. As células mucosas possuem geralmente um formato cubóide ou colunar,</p><p>http://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2018/04/tipos-de-gl%C3%A2ndulas.jpg</p><p>http://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2018/04/mecanismo-de-secre%C3%A7%C3%A3o.jpg</p><p>seu núcleo é oval e encontra-se pressionado junto à base da célula. A célula mucosa melhor</p><p>estudada é a célula caliciforme dos intestinos e trato respiratório. Esta célula possui numerosos</p><p>grânulos de secreção, que se coram fracamente e contém muco. Esses grânulos preenchem a</p><p>região apical da célula, e o núcleo fica situado na região basal, que por sua vez, é rica em retículo</p><p>endoplasmático rugoso. O complexo de Golgi é muito desenvolvido, localizado logo acima do</p><p>núcleo, indicando seu importante papel nesta célula. As células caliciformes é somente um dos</p><p>vários tipos de células que sintetizam muco. Outros tipos estão presentes no</p><p>estômago, glândulas salivares, trato respiratório e trato genital. Estas células mucosas mostram</p><p>grande variabilidade nas suas características morfológicas e natureza química das suas</p><p>secreções. Por exemplo, a estrutura das células secretoras de muco das células caliciformes é</p><p>diferente das glândulas salivares. Nesta última freqüentemente podemos observar células</p><p>secretoras serosas e mucosas, no mesmo ácino. Nas glândulas salivares, os capilares que</p><p>circundam as terminações secretoras são muito importantes para a secreção da saliva, após o</p><p>estímulo pelo sistema nervoso autônomo. O estímulo parassimpático, geralmente iniciado pelo</p><p>gosto ou cheiro dos alimentos, provoca uma secreção abundante de saliva aquosa, enquanto que</p><p>o estímulo simpático produz uma pequena quantidade de saliva viscosa, rica em material</p><p>orgânico. Esta secreção está freqüentemente associada à sensação de boca seca.</p><p>Células mioepiteliais</p><p>São células cuja função é contrair-se em volta da porção secretora ou dos ductos das glândulas</p><p>e assim ajudar a expelir os seus produtos de secreção para o exterior. São encontradas em</p><p>glândulas exócrinas, como as sudoríparas, lacrimais, salivares e mamárias, apresentando um</p><p>formato fusiforme ou de forma estrelado. Estas células abraçam as unidades secretoras da</p><p>glândula. Elas se organizam longitudinalmente entre a lâmina basal e o pólo basal das células</p><p>secretoras ou das células dos ductos, e estão conectadas umas as outras por junções</p><p>comunicantes.</p><p>Classificação das glândulas endócrinas</p><p>De acordo com a organização de suas células, podem ser diferenciados dois tipos de glândulas</p><p>endócrinas.</p><p>• Glândula endócrina cordonal: as células formam cordões anastomosados, entremeados</p><p>por capilares sanguíneos. Ex: glândula adrenal, paratireóide, pâncreas endócrino.</p><p>• Glândula endócrina folicular: as</p><p>células formam vesículas ou folículos preenchidos por</p><p>material secretado. Ex: a glândula tireóide (única glândula endócrina folicular).</p><p>http://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2018/04/%C3%A1cinos.jpg</p><p>Hormônios</p><p>São moléculas que funcionam no organismo como sinais químicos. Eles são liberados pelas</p><p>células especializadas chamadas células endócrinas, que se unem formando glândulas</p><p>endócrinas. As células endócrinas estão sempre muito próximas de capilares sanguíneos, que</p><p>recebem os hormônios secretados e os distribuem pelo organismo para tecidos e órgãos</p><p>chamados tecidos-alvo ou órgão-alvo. Estes reagem aos hormônios porque suas células têm</p><p>receptores que reconhecem especificamente determinados hormônios e só a eles respondem.</p><p>Por causa disso os hormônios podem circular no sangue sem influenciar indiscriminadamente</p><p>todas as células do corpo.</p><p>https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/07/Captura-de-Tela-2020-07-28-%C3%A0s-12.12.45.png</p><p>Tecido Epitelial Glandular</p>