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<p>CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI</p><p>Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC</p><p>Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br</p><p>1</p><p>AUTISMO:</p><p>Educação e inclusão no contexto religioso</p><p>Andréa Cristina Cardeal Brito Macedo</p><p>Prof. Orientador</p><p>Joice Maria de Souza Ferreira</p><p>Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI</p><p>Psicopedagogia (FLC3368LPS) – Projeto de Ensino</p><p>05/12/2023</p><p>RESUMO</p><p>A presente pesquisa teve por objetivo esclarecer a educação e inclusão de crianças com transtorno</p><p>do espectro autista no contexto religioso. Alguns autores renomados foram pauta desse trabalho.</p><p>De forma exploratória a pesquisa estabeleceu-se numa abordagem descritiva, utilizando pesquisas</p><p>bibliográficas: livros, artigos científicos e páginas da WEB google acadêmico. Os achados</p><p>indicaram que o aumento de crianças com Transtorno do espectro autista vem crescendo</p><p>consideravelmente, isso devido ao avanço no desenvolvimento do diagnóstico. Nas estatísticas a</p><p>CDC - Centers for Disease Control and Prevention divulgou em 2018 que para cada 59 crianças</p><p>nascidas nos EUA 1 era diagnosticada com TEA, já a ONU – Organização das Nações Unidas</p><p>informa que cerca de 1% a 2% da população mundial possui autismo, e no Brasil cerca de 2</p><p>milhões de pessoas. Verificou que a igreja tem um papel importante na educação e inclusão de</p><p>crianças ou pessoas com TEA, mesmo que a inclusão ainda seja um assunto complexo, a igreja tem</p><p>acordado e se disponibilizado, para exercer o papel de promotora da inclusão.</p><p>Palavras-chave: Igreja; autismo; inclusão; espiritualidade; religiosidade.</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>O presente projeto tem área de concentração voltada para Educação Inclusiva dando ênfase</p><p>ao tema, Autismo: Educação e inclusão no contexto religioso. O tema foi escolhido, pois pouco se</p><p>fala sobre a inclusão de pessoas com TEA no contexto religioso e esse é um direito que lhe foi</p><p>dado. A inclusão garante que todos, independente de suas particularidades tenham direitos e deveres</p><p>a uma vivencia de qualidade.</p><p>Independentemente do gênero, classe social ou outras características individuais e / ou</p><p>sociais, a inclusão é um direito fundamental de todas as crianças. Enquanto direito fundamental, o</p><p>direito à inclusão não pode ser negado a nenhum grupo social nem a nenhuma faixa etária</p><p>(BAPTISTA, 1999; BÉNARD DA COSTA, 1999; CÉSAR, 2003).</p><p>O Transtorno do Espectro Autista, popularmente conhecido como autismo, é um</p><p>distúrbio do neurodesenvolvimento. Ele tem início nos primeiros anos da infância e persiste na</p><p>http://www.uniasselvi.com.br/</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI</p><p>Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC</p><p>Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br</p><p>2</p><p>adolescência e vida adulta, embora seus sintomas possam reduzir de modo considerável mediante</p><p>tratamento.</p><p>De acordo com Cunha (2007), o TEA é um distúrbio multifatorial e crônico e por tratar-se</p><p>de um espectro, a variabilidade em relação aos sintomas e graus de comprometimento não</p><p>permite a generalização das pessoas com autismo. No entanto, comprometimentos na comunicação</p><p>e interação social e alterações comportamentais são comuns em crianças com TEA (APA, 2013).</p><p>A autismo tem diagnóstico distinto para cada pessoa, ou seja, nem todas as pessoas terão o</p><p>mesmo comportamento. Algumas pessoas conseguem ter uma vida típica, como estudar, trabalhar, e</p><p>se relacionar. Já outras tem muita dificuldade de interagir com o mundo e com as pessoas a sua</p><p>volta, precisando de cuidados por toda vida.</p><p>De acordo com OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde, nos últimos anos houve um</p><p>crescimento exorbitante de pessoas com Transtorno do Espectro Autista, uma em cada 160 crianças</p><p>tem diagnóstico de TEA, o CDC - Centers for Disease Control and Prevention divulgou em 2018,</p><p>que a prevalência do TEA nos Estados Unidos em 2014 era de 1 para cada 59 crianças. Conforme a</p><p>ONU - Organização das Nações Unidas, a prevalência de autismo é de aproximadamente 1% da</p><p>população mundial (TISMOO, 2018). Essas estatísticas ocorrem devido o desenvolvimento</p><p>aprimorado do diagnóstico.</p><p>Não obstante os números de casos e dos avanços obtidos na inclusão, com a aprovação da lei</p><p>12.764/2012, a sociedade de modo geral, historicamente pautou-se na discriminação aos diferentes</p><p>(LACERDA, 2017).</p><p>Atualmente, o conceito de inclusão encontra-se em evidência e entende-se nesse sentido que</p><p>a inclusão deve ocorrer sem distinções e/ou condições, implicando na transformação dos espaços</p><p>para atender às necessidades de forma integral, pautando-se na capacidade de atender às diferenças,</p><p>sem discriminar (MANTOAN,2011).</p><p>Hoje em dia ainda é possível identificar discriminação a crianças diagnosticada com TEA,</p><p>tanto de adultos, quanto de criancinhas na escola ou ate mesmo parentes, por terem comportamentos</p><p>atípicos.</p><p>Também já foram expostos casos de tratamentos inadequados no contexto educacional. A</p><p>escola não soube compreender a forma de agir das crianças com Transtorno do Espectro Autista,</p><p>tratando as mesmas como crianças “má criadas”.</p><p>E no contexto religioso, como lidam os pastores e membros da igreja com pessoas</p><p>diagnosticadas com TEA? Ainda que o os temas relacionados a inclusão estejam em indicio é</p><p>http://www.uniasselvi.com.br/</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI</p><p>Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC</p><p>Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br</p><p>3</p><p>evidente que ainda há fatos que prejudicam a inclusão de crianças com TEA no contexto religioso e</p><p>nos demais contextos.</p><p>Por falta de informação a inclusão de crianças com TEA no contexto religioso ainda é</p><p>complexa, porém os membros tem acordado para oportunizar as crianças com espectro autista e</p><p>suas famílias a vivenciar o exercício da religiosidade/espiritualidade.</p><p>2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA</p><p>Educação Inclusiva é a área de concentração que iremos explanar neste trabalho nos</p><p>aprofundando no tema, Autismo: Educação no contexto religioso.</p><p>A filosofia da inclusão exige que a criança seja cuidada como um todo e não apenas como</p><p>um membro, levando em consideração os níveis de desenvolvimento (social, acadêmico, emocional</p><p>e pessoal), para que lhe seja ofertada uma educação adequadamente, conduzida a um potencial</p><p>desenvolvimento.</p><p>Em primeiro lugar devemos entender o que é o autismo, seus níveis e características e como</p><p>ele se encaixa na inclusão social.</p><p>Desde que foi citado pela primeira vez em 1911 por Eugene Bleuer, o termo autismo sofreu</p><p>alterações quanto a classificação e compreensão do quadro.</p><p>De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatístico de transtornos mentais (APA, 2013),</p><p>o autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem origem precoce e caracteriza-se por</p><p>déficits na comunicação social e na interação social, além de padrões repetitivos e interesses</p><p>restritos.</p><p>Cunha(2007) Esclarece que o Transtorno do Espectro Autista é crônico e multifatorial, e por</p><p>ser um espectro apresenta variações relacionados aos sintomas e os graus de comprometimento não</p><p>permitem generalização de pessoas com TEA, por isso se faz necessário avaliar cada pessoa</p><p>levando em consideração suas características.</p><p>Gomes et al.,</p><p>(2015) assinala sobre o sobrepeso que afeta os familiares de crianças autista</p><p>dificultando o convívio de qualidade de todos os membros.</p><p>Conforme Melo et al., (2015), a literatura aponta a espiritualidade/religiosidade como</p><p>componente indispensável a subjetividade humana, pois estão ligados a construção de sentido.</p><p>Espiritualidade e religiosidade em alguns episódios costumam ser apresentadas como</p><p>sinônimos, mesmo que alguns autores os pensam nelas como construção puramente mental.</p><p>http://www.uniasselvi.com.br/</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI</p><p>Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC</p><p>Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br</p><p>4</p><p>Vergotee Gandelman (2013) citados por Melo e colaboradores (2015) descrevem a religiosidade</p><p>como acontecimentos relativos à busca de responder questões existenciais, que dão sentido à vida.</p><p>Na mesma linha de pensamento Angerami-Camon (2008 apud Melo et al., 2015) a</p><p>religiosidade permite uma reflexão sobre si e o próximo, buscando sentido para além do mundo</p><p>material.</p><p>Apesar da relevância da espiritualidade/religiosidade para constituição da subjetividade</p><p>humana e como promotora de bem-estar (MELO et al., 2015), de acordo com Gomes (2014), não</p><p>obstante o amparo legal, pessoas com necessidades especiais, continuam sofrendo discriminação, o</p><p>que dificulta seu pleno desenvolvimento; o que pode causar prejuízos à saúde mental de toda a</p><p>família (MELO et al., 2015).</p><p>Os desafios enfrentados são muitos o caminho é longo, mesmo porque o tempo de adaptação</p><p>das pessoas com TEA é variado (BANKS, 2019).</p><p>As representações sobre a pessoa com deficiência foram construídas ao longo da história</p><p>cristã, perdurando implicitamente nas ações de segregação e no afastamento destas pessoas da</p><p>sociedade, destinando-as a instituições de atendimento específico. Tal estigma incapacita a pessoa</p><p>com deficiência, ao julgá-la inapta a atuar na sociedade por conta de sua condição (STRELHOW,</p><p>2018).</p><p>De acordo com Darke (2015), a igreja é atualmente conhecida como um local de inclusão,</p><p>evangelismo e acolhimento. Todos, incluindo as pessoas com deficiência, devem ter a possibilidade</p><p>de conhecer as escrituras e de participar de uma igreja local (BANKS, 2018).</p><p>Igreja de Deus Missionária – Porto Alegre</p><p>Teresina – Piauí</p><p>http://www.uniasselvi.com.br/</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI</p><p>Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC</p><p>Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br</p><p>5</p><p>De acordo com Silva (2015), o significado de inclusão social é baseado no princípio da</p><p>equidade e no conceito de acessibilidade. Primeiramente a ênfase estava na integração social, em</p><p>que o objetivo era habilitar ou reabilitar as pessoas atípicas a serem capazes de fazer as coisas como</p><p>as demais pessoas típicas.</p><p>Na inclusão social as iniciativas devem partir da sociedade, promovendo meios para que</p><p>pessoas com deficiência convivam em sociedade (SILVA, 2015). A inclusão direciona para os</p><p>objetivos, que ofertam possibilidades de aprendizagem apropriadas para as necessidades de crianças</p><p>diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista.</p><p>Para Serra (2004, p. 28):</p><p>Promover a inclusão significa uma mudança de postura e de olhar acerca da</p><p>deficiência. Implica em quebra de paradigmas, em reformulação do</p><p>nosso sistema [...] na qual, o acesso, o atendimento adequado e a</p><p>permanência sejam garantidos a todos [...]”, independentemente de suas</p><p>diferenças e necessidades</p><p>Ainda que seja considerado complexo, o processo de inclusão e a convivência compartilhada</p><p>da criança com autismo pode oportunizar os contatos sociais e favorecer não só o seu</p><p>desenvolvimento, mas das outras crianças, na medida em que estas últimas convivam e aprendam</p><p>comas diferenças (BOSA 2006 apud CAMARGO; BOSA, 2009). Através da igreja pode se</p><p>estimular a inclusão de pessoas diagnosticadas com TEA.</p><p>Devido as leis criadas, grande parte da sociedade se viu encurralados a oportunizar a</p><p>inclusão de pessoas atípicas.</p><p>Silva (2015) citando Costa-Renders (2009, p.145).</p><p>A teologia tem o papel de construir uma estrutura inclusiva na sociedade,</p><p>promovendo a dignidade a todas as pessoas ao oferecer um modelo de</p><p>inclusão que alcance outras áreas, permitindo que pessoas com deficiência</p><p>também exerçam sua espiritualidade/religiosidade.</p><p>De acordo com SILVA (2015) É indispensável o preparo para desenvolver esta convivência</p><p>em que a sociedade, em geral, passe a respeitar as individualidades e diferenças de cada um. O autor</p><p>ressalta que essa inclusão que se deu início na educação seja ampliada ao contexto religioso</p><p>independente de sua denominação, pois todos, inclusive as pessoas atípicas, ou seja, que possuem</p><p>algum tipo de deficiência, seja ela física ou mental, também tem direita ao livre exercício de sua</p><p>espiritualidade/ religiosidade.</p><p>“Programa de Ação Mundial Para as Pessoas com Deficiência”, o PAM (ONU, 1992 apud</p><p>SANTOS, 2015)em seu parágrafo 136 consta que:</p><p>http://www.uniasselvi.com.br/</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI</p><p>Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC</p><p>Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br</p><p>6</p><p>“Devem-se adotar medidas para que as pessoas com deficiência tenham a</p><p>oportunidade de se beneficiar plenamente das atividades religiosas que</p><p>estejam à disposição da comunidade”, de modo que, tais práticas inclusivas</p><p>devam objetivar promover o pleno exercício da espiritualidade/religiosidade</p><p>de pessoas com deficiência, incluindo crianças com TEA.</p><p>Conforme Dutra (2005, p. 18 apud SILVA, 2015), inclusão do ponto de vista espiritual pode</p><p>ser resumida em amar a pessoas com deficiência de forma prática, praticando o amor ensinado por</p><p>Deus, sem distinção ou discriminação. Segundo Silva (2015) as organizações religiosas devem</p><p>ajudar o envolvimento da pessoa com deficiência de forma plena.</p><p>Desta forma o contexto religioso pode ser um importante promotor a inclusão.</p><p>Igreja de Deus Missionária – Porto Alegre</p><p>Teresina - Piauí</p><p>Nesse contexto, é de fundamental importância o conhecimento acerca das particularidades</p><p>no desenvolvimento da criança com autismo, de modo geral e individual, para a implementação de</p><p>ações que respeitem e potencializem as habilidades que cada criança possui (CAMARGO; BOSA,</p><p>2012). Para que essas mesmo com suas dificuldades e particularidades possam exercer sua</p><p>espiritualidade. Segundo Darke (2015) diversos obstáculos existem para inclusão de pessoas</p><p>atípicas na igreja, entre elas: falta de recursos, carência de estratégias, alguns mitos, e modelos na</p><p>literatura brasileira. Nesse sentido pode-se refletir sobre os desafios e possibilidades para promover</p><p>a inclusão no contexto religioso de crianças com TEA, garantindo os recursos necessários para</p><p>viabilizá-la.</p><p>http://www.uniasselvi.com.br/</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI</p><p>Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC</p><p>Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site:</p><p>www.uniasselvi.com.br</p><p>7</p><p>Silva (2015) esclarece que lamentavelmente, as organizações cristãs estão demorando para</p><p>acordar ou estão gerando ações inibidas.</p><p>Segundo verbal (2018) é de suma importância um ministério na igreja direcionado, para</p><p>crianças com Transtorno do espectro autista.</p><p>Atualmente em algumas comunidades cristãs, já se trabalha com o MI – Ministério Infantil,</p><p>totalmente voltado para o ensino da palavra de Deus as crianças. O intuito do ministério infantil é</p><p>ensinar a Palavra de Deus às crianças, buscando desenvolver através desse conhecimento seu</p><p>caráter. Esse é um ministério indispensável na igreja, pois é a partir dele que as crianças podem</p><p>conhecer os princípios cristãos importantes para levarem para a vida, instrui a criança no caminho</p><p>que deve andar, desde agora, proporciona cultos de especifica para elas e de fácil, compreensão,</p><p>impulsiona a fazer amigos, demonstra a importância de ir à igreja.</p><p>Apesar de haver um ministério totalmente voltado para crianças na igreja, ainda se faz</p><p>necessário a formação de equipes preparadas para atuar na inclusão de crianças com TEA, e assim,</p><p>proporcionar ajuda em seu desenvolvimento espiritual/religioso. Para isso deve se obter</p><p>informações necessária sobre cada indivíduo, pois como já vimos, o autismo tem suas</p><p>características e particularidades individualizadas.</p><p>Darke(2015), lista as seguintes orientações: buscar informações junto aos responsáveis sobre</p><p>a criança (interesses, comportamentos etc.), compartilhar as informações com os voluntários</p><p>(cuidadores/professores), reduzir estímulos, criar rotinas com quadros visuais, usar linguagem clara,</p><p>concreta e objetiva, utilizar recursos visuais para reforçar comportamentos esperados.</p><p>Ademais, é preciso acolher as famílias e se atentar e atender suas necessidades que se</p><p>apresentam face ao estresse decorrente do TEA (DARKE, 2015).</p><p>Nesse sentido, recomenda-se que os procedimentos educacionais e terapêuticos com</p><p>crianças autistas tenham por objetivo a promoção da socialização, devendo envolver duplas ou</p><p>pequenos grupos, utilizando atividade lúdica para ampliar e diversificar o repertório comunicativo e</p><p>social da criança (FERNANDES 2004 apud, MARTINS; GÓES, 2013).</p><p>É importante ter em mente que o ambiente em que é celebrado a missa/culto pode se tornar</p><p>um ambiente negativo para pessoas diagnosticadas com TEA, principalmente crianças, por isso a</p><p>necessidade de um ambiente acolhedor, com boa estrutura e profissionais capacitados para recebe</p><p>lós é de suma importância. A utilizações de visuais, atividades adaptadas, lúdico e concreto também</p><p>proporcionam adequações que promovem a inclusão no contexto religioso.</p><p>http://www.uniasselvi.com.br/</p><p>https://www.maramelnik.com.br/post/2017/05/22/qual-o-principal-objetivo-do-minist%C3%A9rio-infantil</p><p>https://www.maramelnik.com.br/post/2017/05/22/qual-o-principal-objetivo-do-minist%C3%A9rio-infantil</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI</p><p>Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC</p><p>Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br</p><p>8</p><p>Igreja de Deus Missionária – Porto Alegre</p><p>Teresina - Piauí</p><p>3 METODOLOGIA</p><p>Para realizarmos o estudo fez se necessário uma revisão bibliográfica sobre a importância da</p><p>igreja ou contexto religioso na educação e inclusão de pessoas diagnosticadas com TEA –</p><p>Transtorno do Espectro Autista.</p><p>Nesse contexto, é de fundamental importância o conhecimento acerca das particularidades</p><p>no desenvolvimento da criança com autismo, de modo geral e individual, para a implementação de</p><p>ações que respeitem e potencializem as habilidades que cada criança possui (CAMARGO; BOSA,</p><p>2012), de modo a permitir que essas, a despeito de suas dificuldades, possam exercer sua</p><p>espiritualidade.</p><p>Para a ampliação dessa pesquisa foi necessário buscar diversos materiais entre eles: livros</p><p>didáticos atuais, publicações cientificas e artigos periódicos retirados do site Google acadêmico é</p><p>significante destacar que os autores encontrados por suas obras apresentavam diversas questões</p><p>relevantes para essa pesquisa como: a importância do contexto religioso na vida de crianças com</p><p>TEA; como o acolhimento a família de pessoas com TEA é fundamental e como a igreja pode ser</p><p>um meio de inclusão para crianças diagnosticada com o transtorno do espectro autista.</p><p>De acordo com Matos e Vieira (2001) caracterizam a importância da pesquisa bibliográfica</p><p>a partir do levantamento de referências já analisadas e publicadas por meios escritos e eletrônicos</p><p>como: livros, artigos científicos e páginas da WEB.</p><p>Foi realizado o estudo detalhado sobre o tema escolhido.</p><p>http://www.uniasselvi.com.br/</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI</p><p>Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC</p><p>Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br</p><p>9</p><p>4 RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>Ao efetuar o presente estudo, propiciado através da Projeto de Ensino, foi possível</p><p>compreender o quão importante e fundamental é ressaltar a importância das comunidades cristãs na</p><p>vida de pessoas diagnosticadas com TEA e seus familiares.</p><p>Sabe que atualmente é possível ainda identificarmos casos de preconceito em escolas, e em</p><p>outros contextos, feitos por crianças e até mesmo parentes por não saberem como lidar com o</p><p>comportamento diferenciado das pessoas com Transtorno do Espectro Autista, porém o objetivo das</p><p>comunidades religiosas é proporcionar um ambiente acolhedor e ensinar sobre o amor de Deus a</p><p>todas as pessoas independente de gênero, raça, faixa etária e suas particularidades, tornando se</p><p>assim um canal propenso a promover a inclusão.</p><p>A importância desse trabalho consiste em ressaltar a importância da igreja na promoção da</p><p>inclusão de pessoas com deficiências, seja ela mental ou física, tendo em vista a necessidade de uma</p><p>equipe preparada para lidar com crianças com TEA.</p><p>Igreja de Deus Missionária – Porto Alegre</p><p>Teresina – Piauí</p><p>http://www.uniasselvi.com.br/</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI</p><p>Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC</p><p>Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br</p><p>10</p><p>5 CONCLUSÃO</p><p>Essa atual pesquisa buscou apresentar de maneira clara e profunda os pontos principais</p><p>sobre a temática “Autismo: Educação e Inclusão no Contexto Religioso.</p><p>Sendo assim, analisou se como a igreja se insere para promover a inclusão de pessoas com</p><p>diagnóstico de TEA.</p><p>Os objetivos nesse trabalho foram alcançados, pois se observou alguns dos principais pontos</p><p>que promovem o contexto religiosos como meio de inclusão, garantindo um ambiente acolhedor.</p><p>Conclui se que todos, de um modo geral, tem o direito a espiritualidade/religiosidade, e que</p><p>por meio das leis criadas a sociedade, como um todo, tem por dever a inclusão de pessoas com</p><p>TEA.</p><p>Na pesquisa também, podemos observar que nas igrejas já possuem MI – Ministério Infantil,</p><p>e sua principal função é de conduzir as crianças para terem experiencias com Deus, através da sua</p><p>palavra (Bíblia), vivenciando o amor ao próximo e contribuindo na formação de seu caráter.</p><p>http://www.uniasselvi.com.br/</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI</p><p>Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC</p><p>Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br</p><p>11</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5 –Manual Diagnóstico e Estatístico de</p><p>Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 2014.</p><p>ANGERAMI-CAMON, Valdemar. Augusto. (2008). Psicologia e Religião.CENGAGE Learning:</p><p>São Paulo.</p><p>BANKS, Helen Cristian. Transtorno do espectro autista: um desafio ministerial. Protestantismo em</p><p>Revista | São Leopoldo | v. 44, n. 02 | p. 111-138| jul./dez. 2018.</p><p>BAPTISTA, J. A. O sucesso de todos na escola inclusiva. In: CONSELHO NACIONAL DE</p><p>EDUCAÇÃO (Ed.). Uma educação inclusiva a partir da escola que temos. Lisboa: Ministério da</p><p>Educação. 1999. p.123-132.</p><p>BÉNARD DA COSTA, A. M. Uma educação inclusiva a partir da escola que temos. In:</p><p>CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (Ed.). Uma educação inclusiva a partir da escola que</p><p>temos. Lisboa: Ministério da Educação, 1999. p.25-36.</p><p>BOSA, Cleonice Alves. Autismo: Intervenções psicoeducacionais. 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