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DRENAGEM URBANA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL HIDROLOGIA APLICADA Prof. Heber Martins de Paula DRENAGEM URBANA � Muitas cidades vem sofrendo com o crescimento desordenado e rápido. Isso vem provocando um choque brusco nos sistemas de drenagem urbana ou de captação das águas pluviais. � Recentemente várias cidades sofram com a “força” das águas das chuvas como, por exemplo, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia etc. � As figuras a seguir mostram algumas imagens das cheias nessas cidades. � As figuras a seguir mostram algumas imagens das cheias nessas cidades. São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo ---- 2010201020102010 DRENAGEM URBANA Rio de JaneiroRio de JaneiroRio de JaneiroRio de Janeiro---- 2010201020102010 DRENAGEM URBANA Catalão Catalão Catalão Catalão ---- 2010201020102010 DRENAGEM URBANA � A Hidrologia Urbana é bastante ampla sendo que a Microdrenagem possui um papal importantíssimo na captação de águas pluviais e transporte por meio de galerias, até um desaguadouro natural como um córrego ou rio. � A rede de águas pluviais é composta por galerias, bocas de lobo e poços de visita, conforme a Figura 1. Figura 1 Figura 1 Figura 1 Figura 1 –––– Esquema da disposição dos elementos de uma rede de águas pluviaisEsquema da disposição dos elementos de uma rede de águas pluviaisEsquema da disposição dos elementos de uma rede de águas pluviaisEsquema da disposição dos elementos de uma rede de águas pluviais BL BL BL BL BL BL BL BL BL BLPV PV PV GALERIA - TRECHO CALÇADA CALÇADA DRENAGEM URBANA � Os poçospoçospoçospoços dededede visitavisitavisitavisita são instalados nas mudanças de direção, de declividade ou de diâmetro das galerias e servem para dar acesso à inspeção e limpeza das canalizações. � A porção entre dois poços de visita é denominado de TrechoTrechoTrechoTrecho. � Diversos são os critérios e parâmetros adotados para o dimensionamento de uma rede de águas pluviais, podendo-se citardimensionamento de uma rede de águas pluviais, podendo-se citar alguns deles como: � Tempo de concentração � Velocidade mínima e máxima � Tipo de escoamento considerado no cálculo � Remanso � Dentre outros DRENAGEM URBANA � Na Tabela 1 tem-se uma gama de parâmetros e critérios adotados por autores e instituições, notando-se a variação de valores quanto à velocidade máxima “Vmax”, mínima “Vmin”, recobrimento mínimo “rm”, tempo de concentração inicial “tci”, relação máxima da lâmina de água-diâmetro adotada “h/D” e o tipo de escoamento sendo uniformeadotada “h/D” e o tipo de escoamento sendo uniforme “Unif” ou gradualmente variado “Grad. Variado”. Autor/ Instituição Vmín (m/s) Vmáx (m/s) tci (min) rm (m) Seção plena ou h/d Tipo de escoam. Remanso Tucci et. Al. (2004) 0,60 5,00 10a 1,00 plena Unif. - Azevedo Netto e Araújo (1998) 0,75 5,00 5 1,00 plena ou 0,90 Unif. - Wilken (1978) 0,75 3,50e 5 até 15 - plena Unif. - Alcântara apud Azevedo Netto (1969) 1,00 4,00 7 até 15 - 0,70 Grad. Variado Considera Tabela 1 Tabela 1 Tabela 1 Tabela 1 –––– Parâmetros utilizados em canais e/ou seção circular das galerias.Parâmetros utilizados em canais e/ou seção circular das galerias.Parâmetros utilizados em canais e/ou seção circular das galerias.Parâmetros utilizados em canais e/ou seção circular das galerias. aaaa – Valor citado, porém, segundo o autor pode estar superestimado, necessitando ser calculado em caso de dúvida. bbbb – Fonte: Curso de Canais, EE-UFMG, Dep. Eng. Hidráulica. cccc – Valor não fixado dddd – Valores adotados pela Porto (1999) Vmédia = 4 até 6b - - 0,75 Unif. - Cirilo (2003) 0,60 4,50 - - h/Dc Unif. - Haestad- Durransd (2003) 0,60 até 0,90 4,50 - 0,90 0,85 Unif. e Grad. Variado Considera DAEE - CETESB (1980) - - - - 0,82 Unif. - Prefeitura Municipal de Goiânia 0,75 5,00 - - 0,85 até 0,90 Unif. - Costa et. Al. (2007) 0,75 5,00 5 1,00 0,85 Unif. - dddd – Valores adotados pela ASCE (1992) – American Society of Civil Engenieers. e e e e – Pode-se adotar até 6 m/s se for previsto revestimento adequado para o conduto. DRENAGEM URBANA � Tendo em vista a diversidade observada, é preciso analisar os critérios e fixá-los dentro de certas restrições para se dimensionar as galerias de águas pluviais. � Adotaremos os valores sugeridos por Costa et. al.(2007) Importante destacar o tipo de regime de escoamento. Deve-se adotar o� Importante destacar o tipo de regime de escoamento. Deve-se adotar o escoamentoescoamentoescoamentoescoamento emememem regimeregimeregimeregime permanentepermanentepermanentepermanente com as tubulações funcionando como condutoscondutoscondutoscondutos livreslivreslivreslivres, minimizando possíveis transtornos com sobrepressãosobrepressãosobrepressãosobrepressão nas tubulações. � Construtivamente deve-se posicionar, de praxe, às galerias de águas pluviais no eixo das vias, adotando 1111,,,,0000 mmmm comocomocomocomo recobrimentorecobrimentorecobrimentorecobrimento mínimomínimomínimomínimo das tubulações. DRENAGEM URBANA � O tempo de concentração inicial ou tempo de entrada nos poços de início de rede, é há vários deles em um mesmo projeto, será tomado, aqui, como 5555 minutosminutosminutosminutos para áreas urbanizadas. � O remanso deverá ser levado em conta para áreas baixas, principalmente para aquelas próximas ao deságüe da tubulação, e que possivelmente seriam afetadas pela variação do nível de algum curso de água de ordemseriam afetadas pela variação do nível de algum curso de água de ordem superior. � SobSobSobSob oooo pontopontopontoponto dededede vistavistavistavista dededede protejoprotejoprotejoprotejo, há recomendações para se aplicar dois métodos para estimar a vazão de projeto, em função do tamanho da área drenada. � MétodoMétodoMétodoMétodo racionalracionalracionalracional paraparaparapara áreasáreasáreasáreas atéatéatéaté 2222 kmkmkmkm2222 ;;;; � MéMéMéMétodotodotodotodo dodododo hidrogramahidrogramahidrogramahidrograma unitáriounitáriounitáriounitário paraparaparapara áreasáreasáreasáreas acimaacimaacimaacima dededede 2222 kmkmkmkm2222 .... ETAPAS E CONCEITOS PARA DIMENSIONAMENTO DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS � As etapas e os conceitos necessários para o dimensionamento das galerias de águas pluviais são descritos a seguir. 1111 –––– DelimitaçãoDelimitaçãoDelimitaçãoDelimitação dadadada baciabaciabaciabacia dededede contribuiçãocontribuiçãocontribuiçãocontribuição A presença de equipe topográfica in loco é fundamental para delimitação da bacia contribuinte, assim como para identificar o sentido do escoamento em cada rua ou lote.cada rua ou lote. BL BL BL BL BL BL BL BL BL BLPV PV PV GALERIA - TRECHO CALÇADA CALÇADA 690 675 665 650 ETAPAS E CONCEITOS PARA DIMENSIONAMENTO DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS 2222 –––– BocaBocaBocaBoca dededede lobolobolobolobo eeee poçospoçospoçospoços dededede visitavisitavisitavisita Para loteamentos com esquinas sem chanfros, as bocas de lobo, devem estar um pouco a montante por motivos de segurança necessária à travessia dos pedestres. Para loteamento com chanfros, devem-se locar as bocas de lobo junto aos vértices dos chanfros, possibilitando ligações dessas bocas de lobo ao poçovértices dos chanfros, possibilitando ligações dessas bocas de lobo ao poço de visita BL BL BL PV O espaçamento recomendado entre bocas de lobo é de 60606060 mmmm, enquanto que o espaçamento entre poços de visita, de acordo com a Prefeitura de Goiânia, não deve ultrapassar os 100100100100 mmmm, a fim de propiciar a limpeza das tubulações. ETAPAS E CONCEITOS PARA DIMENSIONAMENTO DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS 3333 –––– MosaicoMosaicoMosaicoMosaico Após o lançamento dos poços de visita e bocas de lobo, inicia-se a delimitação da bacia de contribuição para cada poço de visita, formando um mosaico de áreas de influência, conforme a figura a baixo. 1 BL 1 BL 2 3 4 5 CÓRREGO 2 3 4 5 CÓRREGO 1 BL 2 3 4 5 CÓRREGO ETAPAS E CONCEITOS