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<p>O seriado de 2017 ‘’Carcereiros’’, retrata de maneira dramatizada a realidade vivida pelos presos brasileiros dentro das instituições penais e as condições de vida insalubres experienciadas por estes em tais estruturas. A série, embora seja uma obra de ficção, se mantém condizente ao cenário hodierno do país no que tange ao árduo processo enfrentado pelos detentos para se restituir à sociedade. A situação em pauta ocorre devido à lacuna educacional nos presídios e à negligência governamental.</p><p>Nesse sentido, é necessário ressaltar que, de acordo com o filósofo alemão Immanuel Kant ‘’O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele’’. Tal pensamento, exemplifica a intrínseca relação existente entre a implementação de educação carceraria e o efeito na futura ressocialização dos presos em sociedade. Isto pois, seguindo esse contexto, a aplicação de um ensino de qualidade para os detentos é algo essencial para que os indivíduos possam adquirir conhecimentos e habilidades que possivelmente lhes forneçam oportunidades para a reinserção no mercado de trabalho após o cumprimento da pena. Dito sistema educacional, entretanto, é aplicado apenas por uma parcela ínfima das penitenciárias do Brasil, embora este seja um território no qual a maioria de seus presidiários se quer frequentou uma instituição escolar. Por consequência, os condenados ao se ver em liberdade, retornam muitas vezes para a criminalidade, por se encontrarem sem qualquer recurso ou competências em meio a um ramo laboral selvagem e hostil para com eles.</p><p>Outrossim, é importante destacar a participação do governo nesse âmbito, já que, segundo o artigo 3 da Constituição Federal do Brasil de 1988, o Estado é responsável por garantir o desenvolvimento da nação, porém pouco desse dever é cumprido integralmente pelo Poder Público. Isso porque, mesmo o país possuindo uma porcentagem considerável de pessoas em instituições carcerarias, o índice de presídios que ofertam qualquer tipo de base e preparo educacional para seus detentos no território é extremamente baixo, como citado previamente. A central origem de vigente problemática é a carência, se não ausência, de investimentos estatais para a aquisição de uma organização de aprendizagem integral em penitenciárias, com a presença de infraestrutura digna, materiais de qualidade e profissionais qualificados para lidar com o ambiente em questão. Dessa forma, as entidades camuflam o problema com soluções rasas que não o resolvem, estendendo-se o tema.</p><p>Portanto, é imprescindível que o Estado e seus órgãos públicos, como responsáveis por assegurar o bem-estar do corpo social brasileiro, procurem aprimorar o sistema de ensino nos presídios. Tal iniciativa deve ser outorgada por meio de projetos de lei e de campanhas, que tenham como objetivo a ampliação dos investimentos governamentais nas penitenciárias, buscando providenciar o espaço físico e os equipamentos necessários. Desse modo, as entidades de poder poderão agir, para que assim a situação moderna da educação nas instituições carcerarias mude e histórias como a de ‘Carcereiros’’ não se repitam.</p>

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