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O Ambiente e as Doenças do Trabalho
Doenças Laborais à luz da Ergonomia
Em nosso país, a maioria dos empregos são projetados com uma perspectiva baseada no aumento da produção e da mais valia por parte dos empregadores, sem considerar as pessoas e suas capacidades como foco principal para o design e organização destes.
É por essa razão que muitos trabalhadores são afetados pelas demandas de suas tarefas diárias. Empreendedores, não considerando critérios ergonômicos para o design do trabalho, prejudicam a população de maneiras diferentes, gerando uma carga física ou mental que resultará em uma futura doença associada ao trabalho. Para isso, devemos adicionar a carga mental do empregado em seu trabalho, além de ser sancionado e até mesmo disparado, se ele for exigir condições dignas de segurança e bem-estar em seu dia de trabalho. De acordo com o “Ergonomics Research Society, a ergonomia é concebida como:
O estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento (IIDA, 1998, p. 92).
De acordo com Couto (1995), para ter uma maior clareza nos conceitos, é necessário diferenciar que uma doença relacionada ao trabalho significa oriunda de um acidente de trabalho, sendo que é possível se referir a um Transtorno do Músculo Esquelético (TME) que é produzido por vários fatores de risco dentro de uma atividade de trabalho. Submetendo constantemente o corpo a estes, produzirá danos degenerativos a um trabalhador no corpo, com consequências como deficiência do segmento, transtornos mentais e, em casos mais extremos, até a morte. Por outro lado, os acidentes de trabalho acontecem de repente, causando danos, físicos ou mentais, ao trabalhador (COUTO, 1995).
Embora ambos possam ser previstos, a amplitude de ação para identificação e tomada de medidas de intervenção é maior em doenças ocupacionais.
Identificação de Fatores de Risco
Moraes (2003) destaca que graças à teoria e à metodologia utilizada na ergonomia ocupacional podemos identificar e antecipar todas essas cargas a que o trabalhador está sujeito, realizar uma análise sistêmica entre a relação da pessoa (fatores físicos e mentais), os objetos que ele usa diretamente e o ambiente onde ele trabalha, seja físico (ambiente) ou social (organização). Essa análise, juntamente com a aplicação de uma metodologia multidisciplinar atenta, oferece resultados quantificáveis e nos permite saber se o trabalho que fazemos nos deixa doentes e em que segmentos corporais tem maior incidência de acordo com as fases da tarefa.
Dentro dos Fatores Físicos de análise, encontramos repetição, postura forçada, força, manipulação manual de cargas, entre outros. Entre os Fatores Mentais, há motivação, desempenho, organização do trabalho etc. Dentro dos Fatores Ambientais, podem-se encontrar térmica, acústica e vibração, iluminação e contaminantes químicos, entre outros. Finalmente, outros fatores que também influenciam essa análise são fatores psicossociais, fatores individuais (história clínica anterior, idade, sexo e gênero) e fatores organizacionais do trabalho IIDA (1998).
Desse modo, toda essa análise sistêmica realizada em um local de trabalho nos orientará para determinar recomendações sobre como intervir, melhorando as condições em que o trabalho é realizado, utilizando a ergonomia da correção. Sendo assim, é de vital importância que os trabalhadores do nosso país estejam cientes das demandas de seu trabalho e se ele realmente se adapta às suas habilidades como ser humano.
Relação entre as Enfermidades Laborais sob o ponto de vista da ergonomia
De acordo com Dull (1998), alguns setores do trabalho estão mais expostos aos acidentes de trabalho porque suas profissões envolvem a presença de riscos importantes. Esses são os casos de trabalhadores, como trabalhadores da construção civil, aqueles que utilizam máquinas ou mineiros altamente perigosos, especialmente em minas fechadas. Além da probabilidade de acidentes, o risco de contrair certas doenças também depende da profissão. Alguns envolvem contato com substâncias tóxicas ou cancerígenas que podem levar ao aparecimento de certas doenças. Segundo ele, as profissões como sanitárias têm mais riscos de contrair infecções e outras caracterizadas por ter que estar em posturas forçadas ou sempre realizar os mesmos movimentos podem levar à aparência de certas lesões.
De acordo com Dull (1998), destacam-se algumas doenças, tais como:
Doenças posturais: nos trabalhos atuais, a maior parte do trabalho é feito de forma sedentária, sentado em uma cadeira e usando um computador. A manutenção prolongada dessas posturas e a posição incorreta que é adotada em muitas ocasiões podem causar a aparência de vários distúrbios. Muitas contraturas, dor lombar ou problemas cervicais têm sua origem na rigidez e na postura fraca que permanece no trabalho ao longo da jornada de trabalho.
Pneumoconiose: são as doenças pulmonares que ocorrem como resulta- do da inalação contínua de pó, geralmente por razões profissionais. O pó inalado se acumula progressivamente nos pulmões, produzindo lesões. Existem diferentes tipos dependendo da substância inalada. A silicose é a doença que é produzida pela inalação de sílica. Outra é causada pela inalação de poeira de carvão. As características dessas doenças é que elas danificam os tecidos pulmonares e reduzem sua capacidade. Os sintomas incluem tosse e dificuldades respiratórias.
Perda auditiva: muitos trabalhos envolvem exposição contínua ao ruído com mais decibéis do que os recomendados. Isso acontece, por exemplo, para pessoas que devem operam máquinas barulhentas. Essa situação prolongada pode levar a várias lesões no tímpano que levam à perda auditiva progressiva.
Lesões ósseas: a dor lombar, tendinite ou hérnia de discos estão entre as doenças mais comuns sofridas pelos trabalhadores. Eles podem ser devido a esforços físicos, como levantar pesos ou ser forçado a estar em posições ruins por um longo período de tempo, por exemplo, exercitar os braços continuamente e segurá-los em uma posição elevada, como no caso de pintores que também podem ter a aparência de contraturas e outros ferimentos.
Epicondilite: também é conhecido como o cotovelo de tensite. É causada por muito exercício com o antebraço. Além de atletas, afetam profissões como carpinteiros, pedreiros ou fabricantes de armários. Essas são lesões musculares que se manifestam com dor no cotovelo. O tratamento mais usual envolve reabilitação, embora em alguns casos seja necessária cirurgia.
Desse modo, pudemos ver as principais doenças relacionadas ao trabalho, bem como identificar seus principais sintomas e causas.
Principais Doenças Relacionadas à Ergonomia
Os trabalhadores muitas vezes não podem escolher e são obrigados a se adaptar a condições de trabalho mal concebidas, o que pode ferir gravemente mãos, pulsos, articulações, costas ou outras partes do corpo. A seguir, elencaremos as principais doenças relacionadas com a ergonomia. São elas de acordo com Geller (1994) e MT (1995):
Relação entre Agentes Ambientais e Doenças do Trabalho
Antes de analisarmos mais detidamente essa relação umbilical que existe entre os agentes ambientais e as doenças laborais, é importante sabermos que os agentes ambientais possuem naturezas diversas, isso quer dizer que o termo agente ambiental é um termo genérico, do qual decorrem três espécies, a saber:
a. Agente Físico:
9.1.5.1	Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrasom e o ultrasom.
b. Agente Químico:
9.1.5.2	Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição,possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
c. Agente Biológico:
9.1.5.3	Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
Compreendidos quais são os tipos de agente ambiental existentes, podemos entrar naquilo que pode ser visto como ponto chave deste estudo, qual seja, como os agentes ambientais se comportam nas relações de trabalho e como eles podem se tornar causadores de doenças laborais.
É certo que qualquer ambiente de trabalho apresenta riscos naturais da vida humana, como um piso molhado em que a pessoa pode escorregar, cair e acabar se machucando. Porém, são os agentes ambientais que vão determinar se o ambiente de trabalho é mais ou menos perigoso para trabalhador, e são esses mesmos agentes ambientais que devem ser verificados pelos órgãos de vigilância na hora de estabelecer se tal empresa deve ou não remunerar seus funcionários de forma diferente a depender dos riscos de doenças a que eles estão expostos.
Chegamos, então, nos institutos de insalubridade e periculosidade, esses dois institutos jurídicos foram criados como forma de proteger a saúde do trabalhador que atua em ambientes onde existam agentes ambientais. O conceito de insalubridade e periculosidade pode ser extraído da doutrina trabalhista brasileira como sendo:
“As atividades ou operações insalubres são aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos (art. 189 da CLT).
(...)
As atividades ou operações perigosas são aquelas que, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a inflamáveis, explosivos ou energia elétrica, e, ainda, roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial (art. 193 da CLT com redação dada pela Lei 12.740/2012, publicada no DOU de 10.12.2012, data de sua entrada em vigor) (GARCIA, 2015, p.67)
Essa distinção entre insalubridade e periculosidade é importante para entendermos por que, por exemplo, uma enfermeira de um hospital recebe adicional de insalubridade e um frentista de posto de gasolina recebe adicional de periculosidade, isso porque no hospital a enfermeira está exposta a agentes biológicos, ao passo que o frentista está exposto a um risco constante de explosão. É certo que na insalubridade o agente ambiental prejudicial é constante, ao passo que na periculosidade há um risco tão grave que se remunera pelo risco, o qual pode nunca acontecer.
Concluímos, assim, que as doenças laborais, muitas vezes, podem ser decorrentes de agentes ambientais e, para compensar o trabalhador desse risco e dessa exposição, que não pode ser evitada, o Direito criou adicionais financeiros ao salário desse trabalhador. Porém, é importante destacar que a existência de agentes ambientais, embora não possa ser excluída, pode ser minimizada, por exemplo, com a colocação de filtros em chaminés de empresas de metalurgia.
Foi visando proteger o trabalhador que foram criadas normas com definições objetivas do que sejam agentes ambientais e como devem as empresas se comportar diante da sua existência para não causar doenças aos seus trabalhadores, mas é claro que o legislador não conseguiu traçar todas as situações existentes que podem caracterizar insalubridade e/ou periculosidade. É nesse ponto que temos uma brecha muito perigosa para a saúde do trabalhador, que muitas vezes está exposto a um tipo de agente ambiental que lhe causa doenças, mas que como referido agente não está especificado na legislação ele acaba sendo renegado pela fiscalização trabalhista.
A legislação que trata sobre os agentes ambientais – NR – apresenta rol taxativo de situações, ou seja, ou tal situação se enquadra como sendo insalubre ou perigoso ou ela não será assim considerada, ainda que na prática sejam visíveis os seus malefícios à saúde do trabalhador. Ainda que o direito tenha caminhado positivamente para proteger a saúde do trabalhador dos malefícios dos agentes ambientais, é certo que a legislação ainda encontra falhas, na medida em que não tem o legislador capacidade de regular todas as relações de trabalho, ainda mais quando se fala de um país de dimensões continentais como é o Brasil.
Logo, podemos chegar a conclusões muito importantes desse nosso encontro, primeiro que agentes ambientais são situações que estão existentes em todos os ambientes de trabalho e a depender de uma série de fatores podem ser causadores de doenças, sendo que tais agentes podem ser do tipo físico, químico ou biológico. Na tentativa de proteger o trabalhador, o Direito criou uma regulamentação sobre as situações em que haja agentes ambientais, porém essa regulamentação apresenta falhas, pois não consegue abarcar todas as incontáveis formas de relações de trabalho existentes. Além disso, como forma de dar uma contrapartida financeira ao trabalhador que se expõe a esses agentes ambientais, foram criados os institutos da insalubridade e da periculosidade.
Caracterização dos Riscos
O ambiente de trabalho, qualquer que seja ele, apresenta uma série de riscos que podem ser visíveis e/ou invisíveis aos trabalhadores, esses riscos são o que chama- mos de riscos ambientais, porém, como já visto na Aula 1, “risco ambiental” é um termo sinônimo ao termo “agente ambiental”, logo se você sabe o que é um agente ambiental, você sabe o que significa um risco ambiental.
Superada a conceituação de risco ambiental, trataremos de um tema muito importante: a prevenção desses riscos. Ora, é certo que o risco ambiental é inerente ao ambiente de trabalho, mas é certo também que cabe ao empregador garantir a segurança de seus empregados, e uma das principais formas de se fazer isso é criando mecanismos de prevenção. É aquela velha máxima “melhor prevenir, do que remediar”.
Foi pensando em uma forma de prevenir os efeitos decorrentes dos riscos ambientais, ou seja, as doenças laborais, que o Estado brasileiro criou o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
O PPRA é um programa de higiene ocupacional cujo objetivo é a proteção da saúde e a integridade física dos trabalhadores, a partir de medidas de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais exis- tentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. Além da proteção dos trabalhadores, o PPRA deve considerar a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (CAMISASSA, 2016, on-line).
É importante destacar que o PPRA dentro da empresa não é um documento isolado, ou seja, quando o engenheiro do trabalho elabora um PPRA, além dos fatores físicos, ele deve levar em consideração o que estiver disposto em um outro documento elaborado pela empresa, o PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Deve existir uma interação entre esses dois documentos, na medida em que o PPRA foca, em linhas gerais, no meio ambiente do trabalho, e o PCMSO tem uma abordagem mais voltada para o indivíduo/trabalhador, bem como para a coletividade de trabalhadores.
Todas as empresas devem ter um PPRA? Quem elabora um PPRA?
Como elaborar um PPRA?
Existem regras específicas de elaboração?
Primeiramente qualquer pessoa que deseje criar uma empresa no Brasil deve saber que a elaboração do PPRA é obrigatória, e essa obrigatoriedade independe do grau de risco existente na empresa, bem como da quantidade de empregados. A obriga- toriedade do PPRA não é somente sobre os empregadores privados, ela também se aplica as instituições públicas que têm empregados sob o regime celetista.
A elaboração do PPRA pode ser feita por Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nessa NR. É claroque o legislador brasileiro não teria meios de criar regras específicas sobre a elaboração do PPRA, na medida em que ele depende das conjunturas especiais de cada empresa. Porém, também não seria viável, para uma posterior fiscalização do trabalho, deixar que cada empresa elaborasse da forma que bem entendesse o seus PPRA, assim a NR 9 do Ministério do Trabalho e do Emprego trouxe os parâmetros mínimos para a elaboração do PPRA.
Encontramos na NR 9 do Ministério do Trabalho e do Emprego seis etapas de desenvolvimento para a elaboração do PPRA, as quais passamos a explicar:
1. Antecipação e Reconhecimento de Riscos – Antecipar significa identificar, observar quais são os possíveis agentes nocivos que podem estar presentes naquele ambiente, por sua vez, reconhecer os riscos é efetiva- mente constatar a existência ou não daqueles riscos ambientais.
Essa etapa tem como escopo a identificação de riscos ambientais, sendo assim uma avaliação qualitativa do ambiente.
2. Estabelecimento de Prioridades e Metas de Avaliação e Controle – Essa etapa está intimamente ligada à etapa anterior, pois, aqui serão estabelecidas metas e prioridades, bem como determinação das avaliações quantitativas a serem realizadas. Não se fala aqui em determinações genéricas, mas sim em metas objetivas, abordando as situações de riscos reais existentes na empresa.
3. Avaliação dos Riscos e da Exposição dos Trabalhadores – Após ser identificado o risco e criado um plano de metas para as suas avaliações, chegamos à etapa de efetiva avaliação, aqui serão realizadas avaliações quantitativas dos riscos, quando aplicável, por meio de medições. Tais avaliações dependem diretamente do risco identificado e devem ter por base a NR 15 – Atividades e Operações Insalubres.
4. Monitoramento da Exposição aos Riscos – Essa etapa é uma etapa permanente dentro da empresa, posto que devem ser realizadas avaliações periódicas com o objetivo de verificar a possibilidade de novas medidas de controle e/ou modificação frente à exposição do trabalhador aos riscos ambientais.
5. Implantação de Medidas de Controle e Avaliação de sua Eficácia – Diante da identificação e mensuração dos riscos ambientais e com a implementação das medidas de controle, há necessidade de se realizar novas avaliações quantitativas com a finalidade de comprovação da eficácia de tais medidas.
6. Registro e Divulgação dos dados – Por fim, as informações obtidas nas etapas anteriores devem ser reunidas para a constituição de um registro de dados, que deve ser elaborado de maneira a compor um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA. Sendo que a divulgação desses dados pode ser feita de forma simples, por exemplo, através de quadro de avisos dentro da empresa.
Direitos na Segurança do Trabalho
Inicialmente, é necessário conceituar o que vem a ser segurança do trabalho:
Um conjunto de ciências e tecnologias que tem por objetivo proteger o trabalhador em seu ambiente de trabalho, buscando minimizar e/ou evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Assim, dentre as principais atividades da segurança do trabalho, podemos citar: prevenção de acidentes, promoção da saúde e prevenção de incêndios¹.
A segurança do trabalho não se resume, por exemplo, na entrega de EPI – Equipamentos de Proteção Individual – pela empresa aos funcionários. Segurança do Trabalho é dar informação sobre como determinada atividade deve ser realiza- da, de modo a garantir a segurança do trabalhador, é realizar um bom PPRA em que todos os agentes ambientais sejam identificados, é ter um programa de ergonomia laboral, entre outros. Ou seja, a segurança do trabalho é um conjunto de ações preventivas, em todos os âmbitos de uma empresa, que tem como escopo central a saúde do trabalhador.
A necessidade da segurança do trabalho não atinge, ao contrário do que se possa imaginar, apenas as grandes empresas, metalúrgicas, por exemplo, onde os riscos à saúde do trabalhador são muito visíveis. Mesmo um escritório de contabilidade precisa da segurança do trabalho, pois é ela quem irá verificar se as cadeiras dos contabilistas estão posicionadas em altura adequada a cada um deles, se a posição dos computadores está correta, de modo a evitar futuras doenças lombares em seus funcionários ou mesmo doenças decorrentes de esforço repetitivo.
A atividade laborativa, qualquer que seja ela, manual ou intelectual, gera reflexos na vida do trabalhador e cabe à segurança do trabalho garantir que não sejam esses reflexos negativos, ou seja, evitar que o trabalhador ao longo dos anos perca a sua capacidade e/ou higidez laboral, e, principalmente, que venha a sofrer perda efetiva de saúde ou, em casos extremos, perda de sua vida.
Como vimos, é o PPRA que identifica os agentes ambientais, mas é com a segurança do trabalho que são criados os mecanismos de prevenção. Ela quem define qual o EPI necessário para cada atividade. Somente com a segurança do trabalho é possível identificar qual o tipo de luva mais apropriada para o trabalho de um funileiro mecânico, qual o tipo de protetor auricular deve ser utilizado por funcionários de uma linha de produção de veículos, qual a máscara mais indicada para o trabalho de um marceneiro e assim por diante.
Deve-se ter em mente que a segurança do trabalho não é algo positivo somente para o empregado, ela tem um impacto positivo sobre toda a sociedade pois, quando um funcionário se acidenta ou tem uma doença laboral, o seu afastamento gera custo imediato ao seu empregador e também ao Estado, além de representar um prejuízo financeiro e emocional para o próprio funcionário.
Portanto, o trabalho da segurança do trabalho deve estar sempre alinhado com o PPRA e o PCMSO da empresa, em que serão identificados os pontos de risco à saúde e segurança do trabalhador, apresentando soluções para minimizar os riscos, trazendo informação e orientação aos funcionários tanto sobre os riscos visíveis, quanto aos riscos invisíveis existentes na empresa, bem como sobre o correto uso do EPI pelos funcionários e as medidas de segurança que devem ser adotadas quanto à relação de suas atividades.
É importante perceber que, enquanto o direito do trabalho vai apresentar regras gerais e abstratas sobre o tema da segurança do trabalhador, a segurança do trabalho trará a aplicação prática dessas regras, é a segurança do trabalho que, de fato, atua junto às empresas para que não causem danos aos seus funcionários.
Entender como uma atividade laboral pode impactar na vida de uma pessoa é muito importante, pois permite a livre escolha profissional e também garante que por mais perigosa que venha a ser determinada atividade, ainda assim o trabalhador estará amparado por uma legislação protetiva – direito do trabalho – e também por um conjunto de ações que a todo tempo buscarão a forma mais segura de se realizar aquela atividade – segurança do trabalho.
O que não se pode perder de vista, quando do estudo da segurança do trabalho, é que a responsabilidade por um ambiente laboral seguro não é exclusiva do empregador. Todos, empregado, empregador e sociedade, devem contribuir efetivamente para garantir que o ambiente de trabalho seja o mais seguro possível. 
A informação e o diálogo devem ser o caminho central no desenvolvimento e na atuação da segurança do trabalho, os estudos e as técnicas desenvolvidos devem ser apresentados e informados aos funcionários, e tanto empregador quanto empregado, mesmo que tenham interesses diferentes, devem estar em constante comunicação para a identificação de problemas e apresentação de soluções.
Para concluirmos nosso estudo, trazemos algumas práticas simples que podem ser empregadas para ajudar na segurança do trabalho, mesmo em empresas que não possuem uma equipe dedicada para essa função.
Todo empregador deve se preocupar em:
1) Utilizar os canais de comunicação interna, visando conscientizar e alertar seus colaboradores quanto aos riscos e às ações de prevenção, para evitar doenças ocupacionais e acidentes no ambiente de trabalho.
2) Promover palestras e treinamentosespecíficos, ministrados por profissionais capacitados, que abordem temas relacionados às regras de proteção, à saúde e às boas condutas no ambiente laboral.
3) Estimular a prática diária de exercícios específicos para evitar, por exemplo, lesões corporais por movimentos repetitivos. Para que essas práticas sejam sempre eficientes é fundamental contar com a orientação de profissionais capacitados e especialistas em ergonomia.
4) Oferecer aos trabalhadores mobiliários adequados no ambiente de trabalho para uma correta acomodação ergonômica.
5) Manter os trabalhadores sempre informados sobre os resultados obtidos a partir das avaliações realizadas no ambiente laboral.
6) Adotar programação de descanso entre as ocupações do dia e não delegar tarefas em que os colaboradores sejam submetidos a uma mesma atividade em tempo integral.
7) Orientar os funcionários a procurarem orientação médica em casos de manifestação de sintomas como: cansaço muscular nos braços ou nas pernas, dores, dormências, inchaços e outras alterações na saúde.
8) Informar aos trabalhadores os resultados dos exames médicos e dos exames complementares realizados, com o intuito de conscientizá-los sobre os diagnósticos obtidos e os cuidados com a saúde.
9) Divulgar e treinar os trabalhadores, quanto aos procedimentos corretos e imediatos que devem ser adotados em caso de acidentes.
10) Cumprir com todas as normas regulamentadoras (NRs) que determinam os fatores de prevenção no ambiente laboral, visando atender as exigências legais da engenharia de segurança e da medicina do trabalho.
INFLUÊNCIA DAS DOENÇAS DO TRABALHO NA PRODUTIVIDADE E BEM ESTAR DO TRABALHADOR
A produtividade é uma medida de eficiência com que usamos nosso trabalho e nosso capital para produzir valor econômico. Uma alta produtividade implica que é possível produzir muito valor econômico com pouco trabalho ou pouco capital. Um aumento na produtividade implica que mais pode ser produzido com o mesmo (CHIAVENATTO, 1998). Em termos econômicos, a produtividade é todo um crescimento na produção que não é explicado pelo aumento de mão de obra, capital ou em qualquer outro insumo intermediário usado para produção.
Vale ressaltar que a produtividade do trabalho é medida com o Índice Global de Produtividade Laboral da Economia (IGPLE). O IGPLE é gerado relacionando o PIB trimestral em termos reais com o número de pessoas empregadas no país ou o número de horas trabalhadas. O resultado é o PIB por pessoa empregada ou, no caso de usar o número de horas trabalhadas, o PIB por hora funcional. Para fins comparativos, foi decidido expressá-los em índices (VOLPATO, 2002).
Por outro lado, destaca-se que o crescimento da produtividade é a chave para impulsionar o crescimento econômico, principalmente em economias com um nível de desenvolvimento similar ao do Brasil (OCDE, 2014). De fato, é comum que as economias de renda média enfrentem períodos de baixo crescimento relacionados à desaceleração do crescimento da produtividade que, por sua vez, os impede de atingir os níveis de bem-estar das economias desenvolvidas. Um estudo de 74 países (incluindo economias desenvolvidas e em desenvolvimento), no período de 1950 a 1990, revelou que, em média, 85% dos períodos de baixo crescimento econômico são explicados pelo abrandamento do crescimento da produtividade (EICHENGREEN; DONGHYUN; SHIN, 2013).
Em outras palavras, quanto menor a taxa de crescimento da produtividade, mais provável haverá uma queda na produção e mais doenças relacionadas ao trabalho podem surgir. Em geral, promover a produtividade é importante porque as economias mais produtivas tendem a sustentar uma renda per capita mais alta, bem como melhores taxas de retorno sobre o investimento (VOLPATO, 2002).
Fatores de Melhoria de Produtividade e bem-estar no Trabalho
Melhorar a produtividade não consiste apenas em melhorar as coisas: é mais importante fazer as coisas certas melhor. O objetivo desta unidade é indicar os principais fatores (ou “coisas certas”) que devem ser o principal objeto de interesse dos diretores dos programas de produtividade. Antes de examinar quais questões devem ser abordadas em um programa destinado a melhorar a produtividade, é necessário rever os fatores que afetam a produtividade. O processo de produção é um sistema social complexo, adaptável e progressivo. As relações recíprocas entre trabalho, capital e ambiente social e organizacional são importantes na medida em que são equilibradas e coordenadas em um conjunto integrado. A melhoria da produtividade depende da medida em que os principais fatores do sistema de produção social possam ser identificados e utilizados. Em relação a esse aspecto, é conveniente fazer uma distinção entre três grupos principais de fatores de produtividade, dependendo de como eles se relacionam, de acordo com Fernandes (1988):
a posição de trabalho;
os recursos;
o meio ambiente.
Dessa forma, existem duas categorias principais de fatores de produtividade:
Externo (não controlável);
Interno (controlável).
Fatores externos (não controlável);
São aqueles que estão fora do controle de uma determinada empresa, e os fatores internos são aqueles que estão sujeitos ao seu controle. Para lidar com todos esses fatores, diferentes instituições, pessoas, técnicas e métodos são necessários. Por exemplo, em qualquer tentativa de melhorar o desempenho onde é planejado lidar com os fatores externos que afetam o gerenciamento da empresa, esses fatores devem ser levados em consideração durante a fase de planejamento do programa e tentar influenciá-los juntando forças com outras partes interessadas (FERNANDES, 1988, p. 06).
Portanto, é claro que o primeiro passo para melhorar a produtividade é identificar os problemas que surgem nesses grupos de fatores. O próximo passo é distinguir os fatores que são controláveis. Os fatores que são externos e não controláveis para uma instituição geralmente podem ser internos a outra. Os fatores externos para uma empresa, por exemplo, podem ser internos nas administrações públicas, ou nas instituições, associações e grupos de pressão nacionais ou regionais. Os governos podem melhorar a política fiscal, criar uma melhor legislação trabalhista, oferecer melhor acesso aos recursos naturais, melhorar a infraestrutura social, política de preços etc., mas as organizações não podem fazê-lo. Fatores externos são de interesse para uma empresa porque a compreensão desses fatores pode levar à adoção de certas medidas que modificariam o comportamento de uma empresa e sua produtividade a longo prazo.
Interno (controlável).
Já os fatores internos da produtividade, como alguns fatores internos são modificados mais facilmente do que outros, é útil classificá-los em dois grupos, de acordo com Fernandes (1988, p. 07):
Difícil (não facilmente alternativo) e suave (fácil de mudar). Os fatores difíceis incluem produtos, tecnologia, equipamentos e matérias-primas, enquanto fatores suaves incluem força de trabalho, sistemas e procedimentos organizacionais, estilos de gerenciamento e métodos de trabalho. Esta classificação serve para estabelecer prioridades: quais são os fatores nos quais é fácil influenciar e quais são os fatores que exigem intervenções financeiras e organizacionais mais fortes.
Por outro lado, dentro da produtividade é necessário que se tenha um ambiente que proporcione um bem-estar para aqueles que ali trabalham. Nos últimos tempos, nas organizações, realizam-se Programas de Assistência Social Trabalhista. Eles são usados para promover a integração entre os setores, manter um bom clima organizacional e, portanto, melhorar a qualidade de vida dos funcionários. Algumas atividades desses programas podem ser estendidas às famílias, o que contribui para uma maior identificação da pessoa com a empresa em que trabalha. O bem-estar do trabalho está intimamente relacionado com o clima de trabalho. E é aqui que podemos dizer que o bom ambiente de trabalho influencia, e muito, no desencadeamento ou não das doenças ocupacionais.
Chiavenato (1998) destaca que o gerentede recursos humanos deve conhecer o cenário em termos de clima e desempenho do trabalho, dessa forma, ele pode ajustar os programas setoriais para reforçar as fraquezas, treinar - quando necessário - ou detectar qualquer insatisfação no tempo, especialmente em pessoas que são consideradas “talentos” dentro da organização. Existem ferramentas, várias delas gratuitas, que nos permitem conhecer o bom ambiente de trabalho dentro de uma empresa. Com base nas opiniões dos funcionários e em seu grau de satisfação, a informação é obtida, os principais aspectos da dinâmica organizacional podem ser identificados em um determinado momento. Esses dados são analisados e um plano de ação personalizado pode ser formulado para melhorar a produtividade, rentabilidade, compromisso etc. Por outro lado, também há ferramentas de alta tecnologia para a avaliação de desempenho que facilita a avaliação do desempenho e o cumprimento dos objetivos de cada um dos colaboradores de forma contínua. O último é um recurso diferencial, e muito útil, dessa ferramenta, pois possibilita fazer ajustes em tempo real para evitar resultados negativos ou desempenho fraco (CHIAVENATO, 1998).
Estudo de Doenças do Trabalho: Doenças Causadas por Agentes Físicos
A prevenção de riscos relacionados a agentes físicos, especificamente as condições ambientais (temperatura, umidade e velocidade do ar), iluminação, ruído, vibrações e radiação requer uma série de medidas destinadas a evitar ou minimizar sua ex- posição. Essas medidas estão incluídas em diferentes decretos e visam proteger e prevenir os trabalhadores contra esses riscos. Apesar de ser conhecidos os riscos - e, em princípio, fáceis de controlar do ponto de vista técnico - a situação encontrada no Brasil atualmente revela a escassa importância que a empresa atribui à prevenção de riscos ocupacionais e, além disso, é manifesto a isso uma clara violação da legislação vigente (COSTA,1992).
Estudo de Doenças do Trabalho: Doenças Causadas por Agentes Químicos e Biológicos
Hepatite B
· NOME AGENTE BIOLÓGICO: Hepadnaviridae. 
· TIPO DE MICROORGANISMO: vírus.
· PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 4-20 semanas.
· Como resultado do período prolongado de incubação, é necessário manter a lista de trabalhadores expostos a um acidente por mais de 10 anos após a exposição. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: imagem aguda grave (febre, astenia) em que predominam os sintomas digestivos (náuseas, vômitos, envolvimento hepático significativo e icterícia).
· TIPO DE TRABALHADOR AFETADO / LUGAR DE TRABALHO: afeta principalmente profissionais de saúde (médicos, dentistas, enfermeiros, equipe de unidades de diálise, sala de operação e laboratório) e técnicos que processam produtos sanguíneos humanos (pessoal de limpeza e trabalho em unidades de eliminação de resíduos).
· Outros profissionais afetados são embalsamadores, trabalhadores nas prisões e pessoal da ordem pública.
· FORMA DE TRANSMISSÃO: via parenteral. O risco de adquirir uma infecção do vírus da hepatite B em um trabalhador não vacinado devido a um acidente de sangue percutâneo varia de acordo com o marcador (antígeno E) da fonte transmissora. Se o antígeno E for negativo, o risco de infecção é entre 1 e 6%; se, pelo contrário, o antígeno E é positivo, o risco aumenta bastante e varia entre 22 e 31%.
· VIGILÂNCIA BIOLÓGICA PARA A DETECÇÃO DOS SEUS EFEITOS: Determinação das transaminases. A sorologia é utilizada para o seu diagnóstico (na fase aguda, antígeno de superfície positivo, núcleo total positivo, IGM positiva).
· VACINA: existe uma vacina eficaz.
Hepate C
· NOME AGENTE BIOLÓGICO: Flaviviridae
· TIPO DE MICROORGANISMO: vírus.
· PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 4-12 semanas. Como consequência do período prolongado de incubação, é necessário manter a lista de trabalhadores expostos a um acidente por mais de 10 anos após a exposição.
· CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: imagem aguda grave (febre, astenia) em que predominam os sintomas digestivos (náuseas, vômitos, envolvimento hepático significativo e icterícia). Maior tendência à cronicidade do que a hepatite B.
· TIPO DE TRABALHADOR AFECTADO / LUGAR DE TRABALHO: afeta principalmente profissionais de saúde (médicos, dentistas, enfermeiros, equipe de unidades de diálise, sala de operação e laboratório) e técnicos que processam produtos sanguíneos humanos (pessoal de limpeza e trabalho em unidades de eliminação de resíduos). Outros profissionais afetados são embalsamadores, trabalhadores nas prisões e pessoal da ordem pública.
· FORMA DE TRANSMISSÃO: via parenteral. Esse vírus tem, como o vírus B, a via parenteral como uma via de penetração fundamental. Estudos prospectivos de ser conversão em pessoal de saúde que sofreram um acidente biológico com um paciente com HCV positivo entre 0,7-2,8%.
· VIGILÂNCIA BIOLÓGICA PARA A DETECÇÃO DOS SEUS EFEITOS: determinação das transaminases. A sorologia é utilizada para o diagnóstico (anticorpos contra o VHC).
· Para o seu tratamento, é necessário conhecer a carga viral e o genótipo do vírus.
· VACINAÇÃO: nesse caso, não há vacina eficaz.
Vírus de Imunodeficidade Humana (HIV)
· NOME AGENTE BIOLÓGICO: Retroviridae.
· TIPO DE MICROORGANISMO: vírus.
· PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 2-12 semanas. Como resultado do período prolongado de incubação, é necessário manter a lista de trabalhadores expostos a um acidente por mais de 10 anos após a exposição.
· CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: a forma de apresentação é através de uma imagem similar a uma gripe, duas semanas após a infecção (febre, dor de cabeça, dor de garganta, linfadenopatia). Posteriormente, o vírus afeta o sistema imunológico produzindo uma imunossupressão grave, com toda a repercussão clínica que acompanha.
· TIPO DE TRABALHADOR AFETADO / LUGAR DE TRABALHO: afeta principalmente profissionais de saúde (médicos, dentistas, enfermeiros, equipe de unidades de diálise, sala de operação e laboratório) e técnicos que processam produtos sanguíneos humanos (pessoal de limpeza e trabalho em unidades de eliminação de resíduos). Outros profissionais afetados são embalsamadores, trabalhadores nas prisões e pessoal da ordem pública.
· FORMA DE TRANSMISSÃO: via parenteral. Sua principal via de transmissão do ponto de vista do trabalho é a lesão de curto esfaqueamento com um objeto conta- minado com sangue ou outros fluidos corporais (líquido cefalorraquidiano, sinovial, pleural, peritoneal, pericárdico e amniótico). O risco médio de infecção pelo HIV por exposições percutâneas com sangue contaminado é de 0,2-0,5%.
· VIGILÂNCIA BIOLÓGICA PARA A DETECÇÃO DOS SEUS EFEITOS: a sorologia é utilizada para o diagnóstico (anticorpos contra o HIV). Para o seu tratamento, é necessário realizar a carga viral.
· VACINA: atualmente não existe nenhuma vacina.
Malária / Paludismo
· NOME AGENTE BIOLÓGICO: Plasmodium spp.
· TIPO DE MICROORGANISMO: protozoários (aproximadamente 65% dos casos são devido ao plasmodium falciparum e 23% ao plasmodium vivax). O restante (2%) é devido ao plasmodium malariae e às formas ovais.
· PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 2 semanas.
· CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: febre, astenia, dor de cabeça e mialgias. Esplenomegalia e icterícia.
· TIPO DE TRABALHADOR AFECTADO / LUGAR DE TRABALHO: afeta trabalhadores que trabalham em áreas em que a doença é endêmica: marinheiros, pessoal de ONGs, pilotos, etc. Cerca de 80% da malária é adquirida na África subsaariana.
· FORMA DE TRANSMISSÃO: mosquito vector Anopheles.
· VIGILÂNCIA BIOLÓGICA PARA A DETECÇÃO DOS SEUS EFEITOS: Análise de esfregaços de sangue grosso (glóbulos vermelhos com intraeritócitos e gametócitos em forma de anel são observados no caso de Plasmodium falciparum). Serologia VACINA: atualmente não existe vacina. A prevenção baseia-se no controle dos vetores responsáveis pela transmissão (repelentes e mosquiteiros).
Agentes Químicos
Um agente químico é qualquer elemento ou composto químico, por si só ou misturado, pois ocorre naturalmente ou é produzido, usado ou descarregado (incluindo o despejo como lixo) em uma atividade de trabalho, seja ou não desenvolvido intencionalmente e foi comercializado ou não (COSTA,1992).
Existem milhões de produtos químicos, e muitos deles são perigosos para a nossa saúde. Podemos encontrá-los sob a forma de substâncias simples (por exemplo, gasolina, cloro, ácido sulfúrico, amianto etc.) ou por misturas ou soluções de duas ou mais substâncias chamadas, também, preparadas.
Para Costa (1992):
Um produto químico perigoso é aquele que pode representar um risco para a segurança e a saúde dos trabalhadores ou do meio ambiente devido às suas propriedades físico-químicas, químicas ou toxicológicas e à forma como é usado ou está presente no local de trabalho (COSTA, 1992, p. 33).
Como esses agentes em contato com o organismo podem causar danos, eles também são conhecidos como produtos tóxicos. Um agente químico é perigoso, não só por causa de suas propriedades, mas também pela forma como é usado (poeira, aerossol, líquido), ou a forma como está presente no local de trabalho. A Norma Regulamentadora 17 utiliza o termo agente químico para se referir à mera presença, no local de trabalho, de produtos, subprodutos, preparações, resíduos, substâncias químicas.
Os produtos químicos podem causar diferentes tipos de efeitos: explosões, incêndios, doenças, poluição na atmosfera etc. Cada produto pode ser capaz de causar um ou mais efeitos. No entanto, para fins ilustrativos, podemos classificar os produtos químicos de acordo com seus efeitos, sob os entendimentos de Costa (1992) em:
“São várias as doenças que se podem desenvolver por exposição excessiva e descontrolada a diferentes substâncias químicas, utilizadas nos processos produtivos industriais”. Toda vez que tiver um desenho numa empresa alertando para algum possível risco, é preciso ficar atento, pois provavelmente esse alerta em forma de desenho esteja se referindo a um alerta de agente químico.
Vale destacar que algumas imagens são muito usadas para identificar os possíveis riscos químicos e, uma delas, como entendimento de Brandimiller (1999) é a que identificamos a seguir:
Estudo da Toxologia Relacionada ao Trabalho e Suas Implicações Legais
A toxicologia é a ciência que estuda toxinas ou venenos. Um veneno é uma substância que produz uma ação mortal em um organismo vivo. A palavra toxicologia deriva do “tóxico” grego, que significa arco de flechas, dessa forma é mencionada uma das primeiras aplicações intencionais de um veneno (MARANO, 2008). Além disso, a toxicologia ocupacional é um setor da toxicologia que estuda os produtos químicos tóxicos utilizados na indústria. Trata-se da identificação, análise, mecanismo de ação, metabolismo, interação, tratamento e prevenção dos tóxicos utilizados na indústria. 
O objetivo é a prevenção de lesões tóxicas no organismo humano e suas consequentes alterações na saúde. Dentro desse contexto, é possível identificar que existem tipos de intoxicação, como envenenamentos que podem ocorrer em uma pessoa que trabalha com produtos químicos tóxicos e podem ser agudos, subagudos e crônicos. Para Marano (2008, p. 88), os conceitos dos tipos de intoxicação são:
Agudas são rápidas e de curta duração, pode progredir até à morte ou a cura, um exemplo é a mistura de metano e sulfureto de hidrogênio, que pode existir em fossas ou fossas, que podem afetar os trabalhadores em minutos. 
As crônicas são de longa duração e podem levar anos acumulando tóxicos no corpo, o exemplo clássico disso é o envenenamento por chumbo. O subagudo é uma combinação de ambos.
Vale destacar que o organismo humano tem como rotas de entrada a via inalatória, a via digestiva e a via cutânea. A via de inalação é realizada por meio da respiração, com o pulmão como órgão principal, o que é o mais importante. Quando um tóxico entra no organismo ele é depositado nos pulmões, que pode ser de simples inflamação ou irritação, fibrose ou levar a um tumor maligno, o qual pode levar à morte (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). Já o trato digestivo é o menos importante, pois é difícil ingerir um gás ou um vapor, no entanto é aconselhável não comer ou fumar em locais próximos a um tóxico. Por fim, a rota cutânea ocorre por meio da pele. A pele, na verdade, é uma barreira que primeiro rejeita a dermatite tóxica, mas às vezes o tóxico penetra na pele e entra na corrente sanguínea. É o que acontece com anilinas e inseticidas organofosforados (MARANO, 2008).
Tóxicos Industriais – Implicações Legais
Na indústria há muitos tóxicos, de acordo com estatísticas da OIT, mais de mil substâncias que podem estar em contato com a pessoa em vários processos industriais, mas só para lembrar alguns, é bom considerar os seguintes: cobalto, chumbo, mercúrio, antimônio, arsênio, cádmio, metanol etc. É por isso que é bom saber a substância que está sendo trabalhada, porque é sabido que o maior risco é o que é desconhecido (GIODA, 2003).
Por outro lado, há que se considerar que existem implicações legais no que tange ao uso e às consequências advindas dos produtos tóxicos. Damos destaque à Norma Regulamentadora 07 que aduz:
“7.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
7.1.2. Esta NR estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução do PCMSO, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.
7.1.3. Caberá à empresa contratante de mão de obra prestadora de serviços informar a empresa contratada dos riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação do PCMSO nos locais de trabalho onde os serviços estão sendo prestados.”
Essa legislação remete à forma mais atual legal a respeito das doenças ocupacionais. Os cuidados médicos, muitas vezes, têm um impacto no mundo jurídico. Ultimamente, parece que no âmbito da atenção médica, especialmente nos serviços de emergência e nas unidades de terapia intensiva, aumentou a atenção para pacientes intoxicados em parte pelo menos pela quantidade de produtos médicos, domésticos e/ou industriais capazes de produzir a intoxicação. A maioria dos envenenamentos são de etiologia acidental, embora também possam ser intencionais, mais frequentemente como tentativa ou consumação autolítica e mais raramente com intenção homicida (ITC, 2000).
A falta de costume nos profissionais médicos de avaliar as repercussões legais de suas ações torna aconselhável reiterar um padrão de ação médico-legal, em geral no caso de pacientes que sofrem intoxicação, morrem ou sobrevivem.
No contexto hospitalar, uma autópsia clínica é geralmente realizada em pacientes que morrem no centro e são considerados interessados em esclarecer a causa ou circunstâncias de uma doença ou morte. A autópsia clínica é regida por normas legais e, embora o critério do consentimento presumido seja contemplado, a per- missão familiar é solicitada para sua prática. Podemos destacar que de acordo com o artigo 162 do Código Penal:
“Art. 1”62. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.”
Desse modo, a autópsia médico-legal é obrigatória em caso de morte sujeita a investigação judicial, isto é, em mortes violentas, mortes suspeitas de crime e óbitos não certificados.
Legislação aplicada a Segurança no trabalho
Introdução
Inicialmente iremos tratar de alguns tópicos gerais quando falamos em Direito. Quando se fala em hierarquia em Direito, o objetivo é compreender qual a norma mais e a menos importante. Em outras palavras, a hierarquia aponta qual lei devemos tomar como base para a soluçãodo caso concreto e assim analisar, separadamente, cada um dos dados existentes no problema em análise. Conhecida a hierarquia, passamos para a interpretação. As normas, no Direito, possuem várias formas de interpretação, de acordo com a necessidade e a melhor análise para o caso concreto. Em alguns casos, existirá uma integração das normas, em que não havendo uma lei específica sobre o tema, o legislador se utilizará de outros artifícios para resolver o caso concreto, por exemplo, a equidade e a analogia.
Visto isso, analisaremos a Organização Internacional do Trabalho. Esta é de suma importância para as relações de emprego, pois traz recomendações e convenções acerca de como deve funcionar o contrato de trabalho, objetivando melhorar o convívio entre ambas as partes. Por fim, verificaremos o contexto atual da legislação de saúde e segurança no trabalho,conhecendo melhor a aplicação delas na sociedade. Para que possamos compreender melhor as normas relacionadas à segurança no trabalho, devemos primeiramente compreender as fontes existentes no próprio Direito do Trabalho, pois é a partir dele que as normas de segurança devem ser compreendidas. Portanto vejamos a legislação que pode ser aplicada nos casos concretos em relação ao tema estudado, bem como a hierarquia das mesmas para que saibamos qual a norma correta a ser aplicada. A seguir, apresento a você essas fontes, assim como uma explanação sucinta sobre elas. Constituição: a primeira Constituição a tratar de normas de Direito do Trabalho foi a de 1934. As demais Constituições continuaram a versar sobre o tema, tanto que, do art. 7º ao 11º da Norma Ápice de 1988, especificam-se vários direitos dos trabalhadores (GARCIA, 2011). A Constituição Federal de 1988 é a fonte formal de hierarquia superior no ordenamento jurídico, de grande importância, inclusive no Direito do Trabalho, pois estabelece aspectos fundamentais desse ramo do Direito (GARCIA, 2011).
Os principais dispositivos constitucionais sobre Direito do Trabalho encontram-se no Capítulo II (“Dos direitos sociais”) de seu Título II (“Dos Direitos e garantias fundamentais”). Leis: o sistema jurídico brasileiro em vigor apresenta externa regulamentação legislativa do Direito do Trabalho, diferentemente de outros países.
A Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-lei 5.452, de 1º de maio de 1943) é a principal compilação da legislação. Houve, portanto, uma reunião de normas esparsas que culminaram na CLT. Não se trata, assim, de um código, de algo novo, que iria instituir as normas de Direito do Trabalho, mas de uma consolidação que vem justamente reunir a legislação esparsa sobre o tema existente no período anterior a 1943 e suas posteriores modificações, pois um código importa a criação de um Direito novo, revogando a legislação anterior (DELGADO, 2012). Dessa forma a CLT apenas organiza e sistematiza a legislação esparsa já existente, tratando não só do direito individual do trabalho, mas também do tutelar, do coletivo e até mesmo de normas de processo do trabalho. Nele vamos encontrar também não apenas regras pertinentes à relação entre empregado e empregador, mas também normas sobre segurança e medicina do trabalho, sobre fiscalização trabalhista etc. (BARROS, 2014).
Entretanto não é apenas a CLT que versa sobre regras de Direito do Trabalho. Há várias leis esparsas que tratam de temas específicos, podendo ser citadas como exemplos: Lei 605, de 5 de janeiro de 1949, que aborda o repouso semanal remunerado e a remuneração dos feriados; Lei 4.090, de 13 de julho de 1962, que institui a gratificação de Natal; Lei 5.859, de 11 de dezembro de 1972, que dispõe sobre o emprego doméstico; Lei 5.889, de 8 de junho de 1973, que estatui normas sobre o trabalho rural; Lei 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que trata do trabalho temporário; Lei 7.783, de 28 de junho de 1989, que versa sobre o direito de greve; Lei 8.036, de 11 de maio de 1990, que dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (MARTINS, 2013).
Atos do Poder Executivo: primeiramente, cabe fazer menção aos Regulamentos Presidenciais, ou seja, decretos que regulamentam certas leis pertinentes ao Direito do Trabalho. Deve-se ressaltar que as referidas disposições não podem alterar normas legais, nem versar sobre questões de competência da lei propriamente, mas apenas regulamentar a sua execução (MARTINS, 2011). 
Podem ser mencionados, a título de exemplificação: Decreto 27.048, de 12 de agosto de 1949, regulamenta a Lei 605/1949; Decreto 57.255, de 3 de novembro de 1965, regulamenta a Lei 4.090/1962, que institui a gratificação de Natal, com as alterações da Lei 4.749/1965; Decreto 71.885, de 9 de março de 1973, regulamenta a Lei 5.859/1972; Decreto 73.626, de 13 de fevereiro de 1974, regulamenta a Lei 5.889/1973; Decreto 73.841, de 13 de março de 1974, regulamenta a Lei 6.019/1974; Decreto 99.684, de 8 de novembro de 1990, consolida as normas regulamentares do FGTS. (MARTINS, 2013).
Sentença Normativa: a sentença normativa constitui realmente uma das fontes peculiares do Direito do Trabalho. Chama-se sentença normativa a decisão dos tribunais regionais do trabalho ou do TST no julgamento dos dissídios coletivos. O art. 114, caput, e seu § 2º da Constituição dão competência à Justiça do Trabalho para estabelecer normas e condições de trabalho. É, portanto, por meio de sentença normativa em dissídio coletivo que serão criadas, modificadas ou extintas as normas e condições aplicáveis ao trabalho, gerando direitos e obrigações a empregados e empregadores. A sentença normativa terá efeito erga omnes, valendo para todas as pessoas integrantes da categoria econômica e profissional envolvidas no dissídio coletivo (DELGADO, 2013).
Jurisprudência: a jurisprudência deve ser entendida como “a reiterada interpretação conferida pelos tribunais às normas jurídicas, a partir dos casos concretos colocados a seu exame jurisdicional” (DELGADO, 2011, p.41). A sentença pode ser vista como a norma que regula o caso em concreto.
Convenções e Acordos Coletivos: esses vêm exteriorizar a autonomia privada dos sindicatos nas negociações coletivas. Reconhece o inciso XXVI do art. 7º da Constituição as convenções e os acordos coletivos de trabalho (BRASIL, 1988). As convenções coletivas, conforme o art. 611 da CLT, são os pactos firmados entre dois ou mais sindicatos – estando de um lado o sindicato patronal e do outro o sindicato profissional (dos trabalhadores) – a respeito de condições de trabalho para a categoria (BRASIL, 1943). Os acordos coletivos são os pactos celebrados entre uma ou mais de uma empresa e o sindicato da categoria profissional a respeito de condições de trabalho – § 1º do art. 611 da CLT (BRASIL, 1943). Assim, as regras que forem estabelecidas em convenções e acordos coletivos serão de observância nas categorias, sendo, portanto, uma das fontes de Direito do Trabalho.
Regulamentos de Empresa: o empregador está fixando condições de trabalho no regulamento, disciplinando as relações entre os sujeitos do contrato de trabalho. O regulamento de empresa vai vincular não só os empregados atuais da empresa, como também aqueles que forem sendo admitidos nos seus quadros. É, por conseguinte, uma fonte formal de elaboração de normas trabalhistas, uma forma de serem manifestadas as normas jurídicas, de origem extraestatal, autônoma, visto que não são impostas por agente externo, mas organizadas pelos próprios interessados. Geralmente, o regulamento de empresa é preparado unilateralmente pelo empregador, mas é possível a participação do empregado na sua elaboração. Evaristo de Moraes Filho (1991, p.141) ensina que, pelo fato de serem estabelecidas condições de trabalho no regulamento, este vem a ser uma fonte normativa do Direito do Trabalho, pois as suas cláusulas aderem ao contrato de trabalho. Normalmente, utilizado nas empresas como Manual do Colaborador ou Código de Ética. 
O regulamento de empresa também irá explicar e orientar o empregado acerca do modo correto de utilizar os equipamentos de proteção individual. Ainda, deve o empregador,sempre que entregar o equipamento ao empregado, exigir que este assine um comprovante de recebimento e comprometimento em utilizá-lo com o intuito de induzi-lo a usar o material.
Disposições Contratuais: o art. 8º da CLT faz menção expressa às disposições contratuais como fonte do Direito do Trabalho. São as determinações inseridas no contrato de trabalho, ou seja, no acordo bilateral firmado entre os convenentes a respeito de condições de trabalho, que irão dar origem a direitos e deveres do empregado e do empregador (CAVALCANTE, 2012). Determina o art. 444 da CLT que as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, às convenções e aos acordos coletivos e às decisões das autoridades competentes (BRASIL, 1943).
Usos e Costumes: os usos e costumes são uma importante fonte do Direito do Trabalho (art. 8º da CLT). Muitas vezes, dos usos e costumes, na sua reiterada aplicação pela sociedade, é que se origina a norma legal. Mesmo na empresa costumam aparecer regras que são aplicadas reiteradamente, mas que não estão disciplinadas na lei. A gratificação é um pagamento feito pelo empregador que tem por natureza o costume. De tanto os empregadores pagarem uma gratificação natalina, ela passou a ser compulsória, dando origem ao atual 13º salário (Lei nº 4.090/62).
O próprio contrato de trabalho não precisa ser necessariamente feito por escrito, podendo ser regido por aquelas regras do costume, ou seja, do que foi acordado tacitamente pelas partes (art. 443 da CLT).
Organização Internacional do Trabalho (OIT)
Outro ponto importante a analisarmos é a presença e influência da OIT dentro dos regulamentos institucionalizados no Brasil. A importância da OIT se confirma mediante os caminhos para os quais suas convenções apontam aos países, para que estes protejam seus trabalhadores e lhes proporcionem vida digna. Ora, mas o que quer dizer isso? Veja, a OIT, por meio de suas conferências e convenções, estabelece parâmetros aceitáveis para a dignidade do trabalhador, como exemplo atual podemos apontar a Lei 12.964/2013, mais conhecida como PEC das Domésticas, em que foram propostos direitos que anteriormente os empregados domésticos não possuíam.
A Organização Internacional do Trabalho é composta por três órgãos: a Conferência ou Assembleia Geral, o Conselho de Administração e a Repartição Internacional do Trabalho.
A Conferência ou Assembleia Geral é o órgão deliberativo da OIT que se reunirá no local que for indicado pelo Conselho de Administração. Ela é constituída por representantes dos Estados-membros. Realizam-se sessões, pelo menos uma vez ao ano, nas quais comparecem as delegações de cada Estado-membro, compostas por membros do governo, bem como por representantes dos trabalhadores e dos empregadores. A Conferência traça as diretrizes básicas a serem observadas tanto pela OIT quanto pela política social (MARTINS, 2013).
O Conselho de Administração exerce função executiva, administrando a OIT. Também é composto por representantes de empregados, de empregadores e do governo. É esse órgão que irá fixar a data, local e ordem do dia das reuniões da Conferência, elegerá o Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho e instituirá comissões permanentes ou especiais. Ele também se reunirá com o Conselho de Administração três vezes por ano em Genebra, sendo composto por 56 membros, atualmente (MARTINS, 2013).
A secretaria da Organização Internacional do Trabalho é chamada de Repartição Internacional do Trabalho e dedica-se a documentar e divulgar suas atividades, publicando sempre as convenções e recomendações adotadas, editando a Revista Internacional do Trabalho e a Série Legislativa, expondo as leis trabalhistas dos países-membros. Ela é dirigida por um Diretor-Geral nomeado pelo Conselho de Administração, que irá repassar as instruções.
As Convenções criadas pela OIT são normas jurídicas provenientes da Conferência da OIT, cujo objetivo é a determinação de regras gerais obrigatórias para os Estados que as ratificam, passando a fazer parte de seu ordenamento jurídico interno. Essas convenções são aprovadas pela Conferência Internacional por maioria de dois terços dos delegados presentes e, para terem validade, precisam ser ratificadas pelos países signatários.
Contexto Atual da Legislação de Saúde e Segurança no Trabalho
A legislação atual permite que o profissional em segurança do trabalho possa exercer sua atividade, proporcionando maior segurança para os empregados e evitando que os empregadores respondam por grandes danos sofridos.
Para tanto, o profissional em segurança do trabalho pode:
1. Investigar os acidentes ocorridos na empresa, encaminhando propostas de melhorias: todo e qualquer acidente deve ser investigado pelo técnico em segurança com o intuito de melhorar as condições naquele ambiente de trabalho e evitar que outros acidentes aconteçam.
2. Identificar os fatores de risco de acidente de trabalho, doenças ocupacionais, propondo melhorias ou a sua eliminação: devem ser analisados pontos como, a maneira como atividade é desenvolvida e quais as doenças que podem vir a surgir pela realização daquela atividade, propondo melhorias, seja na postura, na forma de manuseio de equipamentos e ferramentas, dentre outros.
3. Indicar, solicitar e inspecionar equipamentos individuais de proteção utilizados na área industrial: nenhuma pessoa poderá frequentar a área industrial de uma empresa sem o equipamento necessário, colocando em risco a sua segurança e dos demais que estão naquele ambiente.
4. Marcar perícia junto ao SUS e acompanhar o afastamento do funcionário: é de responsabilidade do técnico em segurança o agendamento da perícia, bem como acompanhamento do empregado no caso de afastamento, com o intuito de evitar que o mesmo volte ao trabalho sem estar apto para tal.
5. Analisar funções de funcionários no local de trabalho: o técnico em segurança deve conhecer as atividades desempenhadas pelos empregados no local de trabalho, com o objetivo de melhorar a realização da atividade.
6. Acompanhar descarga de amônia, óleo diesel e produtos químicos.
7. Acompanhar e apoiar as CIPAs (eleições, reuniões, documentação e cursos).
8. Organizar e acompanhar a semana interna de prevenção de acidentes do trabalho (SIPAT): nessa semana, devem ser ministradas aos empregados palestras de conscientização acerca da realização de atividades e também sobre a sua própria saúde.
9. Analisar as condições de higiene do trabalho: verificar as condições de higiene no local onde os empregados realizam suas atividades.
10. Inspecionar procedimentos de segurança na linha de produção.
11. Acompanhar testes de EPIs e fazer contato com o departamento de compras.
12. Atualizar dados estatísticos de acidente de trabalho.
13. Controlar extintores: validades, limpeza, recarga e conservação.
14. Controlar equipamentos de emergência de segurança.
15. Fazer o levantamento de riscos ambientais.
16. Auxiliar a CIPA na elaboração e confecção dos mapas de risco.
17. Preparar documentação para laudos de aposentadorias especiais junto ao INSS e digitar laudos.
18. Acompanhamento de perícias.
19. Atuar como instrutores em cursos de CIPA, prevenção básica, primeiros socorros e combate a incêndio.
20. Fazer relatórios diários das inspeções de segurança (DELWING, 2012).
Como podemos perceber, a responsabilidade do profissional de segurança é muito grande, pois, ainda que exerça suas atividades, principalmente, pela melhoria das condições do ambiente de trabalho, estas estão diretamente ligadas ao ser humano, ou seja, ao trabalhador (DELWING, 2012).
As tendências globais e nacionais a respeito da evolução das normas de segurança e saúde no trabalho podem ser enumeradas da seguinte forma (OLIVEIRA, 1996):
1º Avanço da dignificação do trabalho, que, além de necessário para a sobrevivência dos indivíduos, deve também ser fonte de gratificação, gerando oportunidade de promoção profissional e pessoal.
2º Consolidação do conceitoampliado de saúde, não se limitando apenas à ausência de doenças, mas sim o completo bem-estar físico, mental e social. As exigências normativas devem buscar um agradável ambiente de trabalho, a preocupação com a prevenção da fadiga e dos fatores estressantes porventura existentes.
3º Adaptação do trabalho ao homem, reforçando cada vez mais os aspectos ergonômicos nas normas de segurança e saúde no trabalho. Isso ocorre tanto no que se refere a máquinas, equipamentos e mobiliário, quanto à necessidade de mudança nos processos de produção, nos intervalos, entre outros.
4º Direito à informação e participação dos trabalhadores, que, além de influírem nas normas de segurança e saúde no trabalho por meio de seus representantes, têm direito de serem comunicados sobre os riscos existentes nos seus ambientes de trabalho e as medidas de controle disponíveis.
5º Enfoque global do ambiente de trabalho, em que os fatores de riscos presentes não podem ser considerados como problemas isolados. Diversos agentes ambientais potencializam-se uns com os outros quanto aos efeitos diversos.
6º Progressividade das normas de proteção, já que o rápido desenvolvimento científico e tecnológico, bem como o acúmulo de estudos sobre riscos relacionados ao trabalho e à forma de controlá-los têm determinado uma preocupação crescente com a necessária revisão e atualização periódica das normas de segurança e saúde no trabalho em vigor.
7º Eliminação dos fatores de risco, com uma tendência cada vez maior de priorizar, entre as medidas de controle, aqueles que os eliminem, principalmente as de abrangência coletiva.
8º Redução da jornada em atividades insalubres, buscando limitar o tempo de exposição aos agentes e condições danosas à saúde dos trabalhadores que não forem adequadamente controladas ou eliminadas por meio das medidas necessárias já implementadas.
9º Proteção contra trabalho monótono e repetitivo, com o estabelecimento de regras para que as tarefas repetitivas e monótonas, que não exijam raciocínio criativo, mas apenas trabalho mecânico, sejam restringidas, seja com mudanças nos processos de trabalho, proibição de pagamento sobre produção, limitação da jornada ou mesmo imposição de rodízios.
10º Responsabilização do empregador/tomador de serviço pela aplicação das normas de segurança e saúde no trabalho, dentro do princípio de que quem gera o risco é responsável por ele.
Assim, podemos perceber que as normas relacionadas à segurança e saúde no trabalho têm previsão até mesmo na Constituição Federal. Isso mostra que o tema é de suma importância para regulamentar a relação entre empregado e empregador, com o intuito de evitar futuros problemas.
ADICIONAIS TRABALHISTAS
Nesta unidade, iremos estudar a remuneração, para que, então, possamos compreender melhor como funcionam os adicionais existentes relacionados ao empregado. Inicialmente, devemos entender a diferença entre remuneração e salário. Apesar de muitos, na prática, darem a mesma denominação, o conceito de ambos os institutos é diferente. Cabe a todos conhecer a diferença entre ambos com o intuito de conhecer melhor as verbas que recaem sobre a remuneração e sobre o salário.
Vista a remuneração, devemos compreender as formas existentes de salário, com o intuito de saber como se dão e quais são os adicionais e demais verbas que incidiram sobre o salário do empregado. Para isso, veremos o salário por tempo, por produção e por tarefa.	
Além das formas de salário, nesta unidade, iremos falar sobre cada um dos adicionais que podem recair sobre o valor percebido pelo empregado. Para tanto, precisamos diferenciar cada uma deles, bem como quando o empregado terá direito a eles. Contudo, alguns adicionais possuem mais ligação com a segurança no trabalho.
Dentre esses adicionais, temos o de insalubridade, periculosidade e penosidade. Essas três formas de adicionais incidem diretamente no trabalho do empregado, pois este merece uma compensação econômica em virtude do risco em que coloca sua própria vida. Nessa hipótese, dependendo do risco e dos danos que o empregado poderá sofrer, caberá um determinado adicional.
Visto isso, passamos a ver o funcionamento da jornada de trabalho, pois esta, quando for exagerada, ou seja, além do que a lei permite, também poderá colocar em risco a saúde física e mental do empregado. Por conta disso, é de suma importância que se consiga compreender a diferença de jornadas para que se saiba quando o empregado estará protegido em relação a acidentes do trabalho.
REMUNERAÇÃO
A remuneração pode ser conceituada como a contraprestação recebida pelo empregado, decorrente do contrato de trabalho. O art. 457 da CLT apresenta o conceito de salário, possibilitando a diferenciação da remuneração propriamente dita (BRASIL, 1943, on-line). Perante o ordenamento jurídico, remuneração é o termo mais amplo, ou seja, o gênero que engloba tudo aquilo que o empregado recebe em contraprestação ao seu serviço, como: o salário, a gorjeta, os adicionais etc.
Conforme o art. 457, caput, CLT, o salário é a quantia paga “diretamente pelo empregador” decorrendo do contrato de trabalho (BRASIL, 1943, on-line). Ele é devido pelos períodos em que o empregado esteve à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, bem como de certos períodos de descanso remunerado.
Salário por tempo
É aquele pago em função do tempo, no qual o trabalho foi prestado ou o empregado permaneceu à disposição do empregador, ou seja, a hora, o dia, a semana, a quinzena, o mês, excepcionalmente um tempo maior. Esse tempo atua também não apenas como critério para o cálculo, mas para a entrega do dinheiro. Sendo assim, o mensalista é aquele que recebe o salário uma vez por mês, o quinzenalista é aquele que recebe a cada quinzena e semanalista é o que recebe o salário toda semana. Quanto ao horista, não há o mesmo critério. O tempo, nesse caso, funciona apenas como unidade de cálculo. A remuneração por tempo apresenta alguns problemas, são eles: i) é impreciso, porque remunera da mesma forma qualquer classe e quantidade de trabalho, tanto o trabalhador mais ativo, hábil, como o incapaz, ambos recebendo a mesma coisa; ii) é injusto, não só porque remunera igualmente esforços desiguais, como também porque, se o trabalhador aumenta o esforço, o empregador beneficia-se com um preço de custo diminuído, sem que o trabalhador participe dessa vantagem; iii) não favorece o rendimento, porque o trabalhador não tem interesse no resultado.
Salário por produção
É aquele calculado com base no número de unidades produzidas pelo empregado. Cada unidade é retribuída com um valor fixado pelo empregador antecipadamente. Esse valor é a tarifa. O pagamento semanal, quinzenal ou mensal é efetuado calculando-se o total das unidades multiplicado pela tarifa unitária. Dessa forma, uma empresa que fabrica calçados pode remunerar o trabalhador pelo número de pares que executa, prefixando uma tarifa para cada sapato. O salário mensal será a soma da produção realizada. Contudo, há críticas em relação a essa forma de pagamento, pois uma das maiores dificuldades são os cálculos dos salários por produção e dos demais pagamentos do empregado baseados nos salários, como férias, indenizações, afastamento do empregado em geral, dentre outros. Ressalta-se, ainda, que essa forma de pagamento força o trabalhador, que, para ganhar mais, exaure suas forças e nunca atinge um valor suficiente. Com a reforma trabalhista de 2017, o salário por produção foi alterado. Essa forma de salário não tem mais como garantia o salário mínimo ou o piso salarial da categoria. O empregado, de fato, deve receber de acordo com o que foi produzido. Nesse caso, pode ser que o empregado acabe recebendo menos que o salário mínimo. Esse é um dos pontos que vem sendo discutido, a inconstitucionalidade, visto que a Constituição Federal assegura pelo menos o salário mínimo ao trabalhador.
Salário por tarefa
Salário por tarefa é aquele pago com base na produção do empregado e sua vantagem reside na economia de tempo. O empregado ganha um acréscimo dopreço da tarefa ou é dispensado quando cumpre as tarefas do dia ou do restante da jornada.
Salário em dinheiro
O salário deve ser pago em dinheiro, em moeda de curso forçado. O objetivo principal do pagamento em dinheiro é evitar o pagamento em vales, cupons, bônus ou, ainda, o pagamento em moeda estrangeira, entre outros. Contudo, há exceção: se a obrigação tiver que ser cumprida no exterior, não será vedado o pagamento do salário em moeda estrangeira. A conversão deverá ser feita tomando por base a taxa de câmbio vigente na data da contratação, aplicando-se daí em diante os reajustes legais ou convencionais.
Salário em utilidades
Essa forma de pagamento irá decorrer do contrato ou do costume. O art. 458 da CLT permite o pagamento em utilidades, ou seja, além do pagamento em dinheiro, o empregador poderá fornecer utilidades ao empregado, como alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura.
Para configuração da utilidade, dois critérios básicos são necessários: i) habitualidade, que inclusive será indicada no art. 458 da CLT. Se a utilidade for fornecida uma vez ou outra, eventualmente ou provisoriamente, não será considerada salário in natura; ii) gratuidade. O salário-utilidade é uma prestação fornecida gratuitamente ao empregado. A utilidade não deixa de ter um aspecto de compensação econômica pelo trabalho prestado, ainda que seja fornecida gratuitamente. Havendo cobrança da utilidade pelo empregador, a prestação fornecida ao empregado deixará de ter natureza salarial.
Se a utilidade não fosse fornecida, o empregado teria que comprá-la ou despender numerário próprio para adquiri-la, mostrando que se trata realmente de um pagamento ou de um ganho para o trabalhador, uma vantagem econômica. Contudo, o salário-utilidade deve ser fornecido gratuitamente ao empregado, pois se a utilidade for cobrada, não deverá se falar em salário. Não representa salário-utilidade o fornecimento de bebidas alcoólicas ou drogas nocivas – art. 458, parte final, da CLT (BRASIL, 1943, on-line).
Os vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados apenas no local de trabalho para a prestação de serviços não serão considerados como salário. Se o uniforme não é usado apenas no emprego, ou se o veículo é usado também nos finais de semana e férias do empregado, representando vantagem concedida pelo trabalho e não apenas para o trabalho, serão considerados como salário in natura.
Dessa forma, com base no § 2º do art. 458 da CLT, é possível distinguir entre a prestação fornecida pela ou para a prestação dos serviços. Se a utilidade é fornecida pela prestação dos serviços, terá natureza salarial. Decorre da contraprestação do trabalho desenvolvido pelo empregado, representando remuneração. Tem caráter retributivo.
Ao contrário, se a utilidade for fornecida para a prestação de serviços, estará descaracterizada a natureza salarial, como ocorre com os equipamentos de proteção individual, que servem para ser utilizados apenas no serviço.
Salário-Condição
É o pagamento feito pelo empregador ao empregado, em decorrência do contrato de trabalho, sendo dependente do estabelecimento de condições específicas que devem ser cumpridas pelo trabalhador.
São espécies de salário-condição: adicionais (horas extras, noturno, periculosidade, insalubridade, por tempo de serviço, transferência etc.), prêmios e gratificações ajustadas. Poderá deixar de ser pago desde que o serviço não seja prestado de acordo com a condição.
Se a condição estabelecida for permanente, o salário não pode ser reduzido ou suprimido. Se a condição é temporária, no término do período, cessa o direito ao pagamento do salário-condição, salvo se houve habitualidade no pagamento, que passa a ter natureza salarial, incorporando-se ao salário.
FORMAS ESPECIAIS DE SALÁRIO
Abonos 
Abono significa adiantamento em dinheiro, uma antecipação salarial. Situações de momento criam certas necessidades para as quais são estabelecidas medidas transitórias. Com o tempo, cessada a causa, cessam os seus efeitos ou se processa a sua absorção pelo salário.
Adicionais 
Adicional significa algo que se acrescenta. No sentido jurídico, adicional é um acréscimo salarial que tem como causa o trabalho em condições mais gravosas para quem o presta. Pode ser dividido em adicional de horas extras, noturno, de insalubridade, de periculosidade, de transferência.
Adicional de Horas Extras
Esse adicional é devido pelo trabalho extraordinário à razão de pelo menos 50% sobre a hora normal – art. 7º, XVI, da Constituição Federal (BRASIL, 1988, on-line). Se as horas extras são pagas com habitualidade, integram o cálculo de outras verbas, como indenização, 13º salário, FGTS, aviso prévio indenizado, gratificações semestrais, férias e descanso semanal remunerado.
A lei trabalhista não define o que é habitualidade para efeito de reflexos de horas extras. Pode-se entender que é habitual o que foi pago na maior parte do contrato de trabalho. Se o contrato de trabalho teve duração de seis meses, por exemplo, e as horas extras foram pagas por quatro meses, houve habitualidade. Também pode ser considerado habitual o que foi pago por mais de seis meses, correspondendo a maior parte do ano.
Adicional Noturno
Essa forma de adicional é devido ao empregado urbano que trabalhar no período entre 22 horas e 5 horas. O trabalhador rural terá direito a esse adicional no período entre 21 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte, na lavoura; e na pecuária entre às 20 horas de um dia às 4 horas do dia seguinte.
Segundo o art. 73 da CLT, o adicional será de 20% sobre a hora diurna para o empregado urbano (BRASIL, 1943, on-line) e de 25% sobre a remuneração normal para o empregado rural – art. 7º, parágrafo único da Lei nº 5.889/73 (BRASIL, 1973, on-line). Se o adicional for pago com habitualidade, integra o cálculo do salário do empregado para todos os efeitos.
Adicional de Insalubridade
Insalubre é o prejudicial à saúde, que dá causa à doença. Para a caracterização da insalubridade, é preciso: i) exposição a agentes nocivos à saúde do trabalhador; ii) que essa exposição seja acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição. O adicional é devido ao empregado que presta serviços em atividades insalubres, sendo calculado a razão de 10% (grau mínimo), 20% (grau médio) e 40% (grau máximo) sobre o salário mínimo (BRASIL, 1977, on-line).
Adicional de Periculosidade
Essa modalidade é devida quando o trabalhador que presta serviços tem contato permanente com elementos inflamáveis ou explosivos. O contato permanente tem sido entendido como diário. O adicional será de 30% sobre o salário do empregado, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. É merecedor de tal adicional o empregado exposto permanentemente ou que se sujeita a condições de risco.
Se o adicional for pago com habitualidade, integrará as férias, o 13º salário, o aviso prévio, o FGTS e a indenização.
Adicional de Penosidade
O adicional de penosidade se encontra previsto no artigo 7º, inciso XXIII da Constituição da República (BRASIL, 1988, on-line), inserido no mundo jurídico juntamente com o adicional de insalubridade e periculosidade. Trata-se de uma modalidade de indenização que será destinada a todo tipo de atividade que, embora não cause efetivo dano à saúde do trabalhador, possa tornar sua atividade profissional mais sofrida, desde que não percebam qualquer outro adicional (SENADO, 2009). Por exemplo: os trabalhadores que exercem sua atividade de pé, ou tenham que enfrentar filas, ou se sujeitem ao sol ou à chuva, ou trabalhem sozinhos, tenham que levantar muito cedo ou muito tarde, ou com produtos com odores extremamente desagradáveis.
Adicional de Transferência 
O adicional de transferência é devido ao trabalhador quando for transferido provisoriamente para outro local, desde que importe mudança de sua residência. Não é devido nas transferências definitivas. Esse adicional dura enquanto existiro fato gerador, que é a transferência provisória, não incorporando o salário.
Resumo
· ADICIONAL NOTURNO: o trabalho, quando realizado noturnamente, tem remuneração superior ao diurno, independentemente da atividade do empregador. A hora noturna é reduzida a 52’30” para algumas categorias. Contudo, ainda assim, de acordo com o art. 71 da CLT, o intervalo intrajornada noturno não sofre essa redução. Enquanto o serviço for prestado noturnamente, terá o obreiro direito a este adicional que integrará seu salário para todos os fins. Essas condições são estendidas ao empregado doméstico de acordo com o art. 14 da Lei Complementar nº 150/2015. É computado como horário noturno o serviço realizado das 22h às 5h para o empregado urbano, sendo 20% de adicional. Para o empregado rural, é das 20h às 4h para atividades de pecuária e das 21h às 5h para atividades de agricultura. Nos dois casos a porcentagem é de 25%.
· ADICIONAL DE HORA EXTRA: é devido quando o empregado labora além da jornada legal ou contratual. Também é devido quando não for concedido o intervalo intrajornada ou intervalo entre jornadas. A partir da Lei nº 13.467/2017, o intervalo intrajornada suprimido não tem mais natureza salarial. O tempo em que o empregado fica à disposição do empregador também pode ser considerado como trabalho extra e deverá ser acrescido 50% sobre a hora normal (art. 4º da CLT).
· ADICIONAL DE INSALUBRIDADE: elas estão dispostas na Norma Regulamentadora nº 15, da Portaria nº 3.214/1978 do antigo Ministério do Trabalho, apontando quais são os agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde do trabalhador, traçando os limites de tolerância do organismo a essas agressões. Ele é devido ao trabalhador que estiver exposto a situações nocivas à saúde no momento em que executa o serviço. Deve ser pago o adicional integral, independentemente do tempo que o empregado ficar exposto ao agente nocivo e é calculado sobre o salário mínimo. Ele corresponde a 10%, 20% e 40% sobre o salário mínimo ou sobre o salário profissional, quando este for devido por força de lei, convenção coletiva ou, ainda, sentença normativa.
· ADICIONAL DE PERICULOSIDADE: é devido ao empregado que trabalhe diretamente com inflamáveis, explosivos, eletricidade, roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial (art. 193 da CLT c/c OJs nº 324 e 347 da SDI- do TST) e os trabalhadores com motocicletas. Esse adicional será indevido quando o contato com a atividade perigosa for eventual ou habitual, de forma extremamente reduzida (Súmula nº 364 do TST). É um direito indisponível do trabalhador, não podendo ser flexibilizado por norma coletiva. Ele corresponde a 30% sobre o salário-base do empregado, excluído qualquer outra vantagem. Tem natureza salarial e, por isso, integra o salário para todos os fins, inclusive para fins de cálculo do adicional noturno e da hora extra.
· ADICIONAL DE PENOSIDADE: tem previsão no art. 7º, XXIII da Constituição Federal, mas não possui nenhuma norma infraconstitucional que o regulamente. Em razão disso, o entendimento majoritário (BOMFIM, 2021; GARCIA, 2018; MARTINS, 2018) é que essa norma é de aplicabilidade limitada, ou seja, é uma regra não autoaplicável. Ainda, não há qualquer legislação que regulamente o trabalho penoso ao trabalhador urbano ou rural.
· ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA: é devido apenas e enquanto durar a transferência do empregado para localidade diversa daquela contratada e desenvolvida, desde que importe em uma mudança de domicílio e de localidade. Assim, são requisitos para a aquisição do direito a esse adicional: 1º) transferência provisória, determinada pelo empregador, mesmo que bilateral; 2º) mudança de localidade; 3º) mudança de domicílio; 4º) transferência por real necessidade de serviço. Entende-se por transferência aquela determinada pelo art. 469 da CLT. Se for a pedido do empregado, não é transferência, mas sim remoção e não é devido o respectivo adicional (MARTINS, 2018). Esse adicional corresponde a 25% do salário-base do empregado (art. 469, parágrafo 3º da CLT).
· ABONOS: foram criados para designar o chamado adiantamento salarial. Na prática, acaba sendo um adiantamento do reajuste salarial a ser compensado quando da data base. Até a Lei nº 13.467/2017, eles tinham natureza salarial. Contudo, após a citada lei, foi retirada a sua natureza salarial. Contudo, a partir da MP nº 808/2017, os abonos não estavam mais nos parágrafos 1º e 2º do art. 457 da CLT, ficando no limbo jurídico. Essa MP perdeu sua eficácia em 23/04/2018 e retornou a redação anterior, retirando a natureza da parcela, mesmo que habitual.
· VERBA DE REPRESENTAÇÃO: após a Lei nº 13.467/2017 a ajuda de custo mudou de característica e conceito, podendo, agora, ser habitual e, ainda assim, suprimida (art. 457, parágrafo 2º da CLT). Assim, com a nova lei, a ajuda de custo pode ser qualquer pagamento que vise o ressarcimento de despesas com o trabalho, entre elas aquelas que antes eram chamadas de verbas de representação.
JORNADA DE TRABALHO
O trabalhador de regime celetista é aquele onde a empresa segue todas as regras estipuladas pela CLT. O empregado é registrado em sua carteira de trabalho e constam todas as informações em relação ao empregador e à jornada de trabalho. A sua carga de trabalho é de 44 horas semanais e, por isso, é comum que empresas liberem os sábados para que os funcionários trabalhem ou estendam seu expediente em 48 minutos durante a semana (para que possam cumprir as 44 horas semanais). Por exemplo, o empregado que trabalha por 8 horas em 5 dias da semana, no final o saldo será de 40 horas e ainda faltará 4 horas para cumprir. Certo? Dependendo do contrato de trabalho da empresa, essas 4 horas podem ser distribuídas durante a semana ou trabalhadas aos sábados.
A outra jornada de trabalho é o estágio. Na lei trabalhista, esta modalidade possui uma carga menor do que a de um funcionário celetista. O estágio contempla uma carga de trabalho em 3 formas: 4 horas diárias, 20 horas semanais; 6 horas diárias, 30 horas semanais e 40 horas semanais. Além disso, seu intervalo é acordado entre a empresa e o estagiário.
E o que diz a CLT sobre a jornada de trabalho? 
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite
Classificação da Jornada de Trabalho
Pode ser classificada quanto à duração e ao período (MARTINS, 2011).
Em relação à duração, pode ser:
Normal: oito horas diárias, respeitando o limite semanal de 44 horas. Contudo, pode haver previsão mais benéfica ao empregado ou a certas categorias ou formas de trabalho, fixando jornada de trabalho normal inferior ao referido módulo.
Extraordinária: são as horas de trabalho acima do horário normal.
Em relação ao período, pode ser:
Diurno: quando o trabalho ocorre, no meio urbano, no horário das 5 horas até às 22 horas.
Noturno: quando o trabalho ocorre, no meio urbano, das 22 horas às 5 horas. No trabalho rural, estabelece o horário noturno das 21 horas às 5 horas na agricultura, e das 20 às 4 horas na pecuária.
Em relação à flexibilidade, pode ser: 
Flexível: também chamada de flex time. É usada nos países de língua inglesa, em que o trabalhador faz seu horário diário, havendo um limite semanal ou anual que é obrigado a cumprir.
Inflexível: são as jornadas que não podem ser seccionadas.
INTRODUÇÃO ÀS NORMAS REGULAMENTADORAS
Em 15 de janeiro de 1919, foi aprovada, no Brasil, a primeira lei de assistência médica e indenização para acidentes do trabalho, por meio do Decreto Legislativo nº 3.724. Em 1929, Heinrich estava realizando uma pesquisa sobre as consequências dos acidentes de trabalho e pôde concluir que dos 330 acidentes estudados, apenas 30 tinham dado origem a lesões pessoais, desses 30 casos, somente um era de maior gravidade, portanto, não seria razoável continuar abandonando mais de 90% de informações provenientes de acidentes sem lesão.
No ano de1940, foi promulgada a 1º Lei Ordinária a respeito de Segurança, sobre o atendimento ao acidentado e a indenização e reabilitação profissional. Em 1941, foi fundada a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes (ABPA). No dia 1º de maio de 1943, o então presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto Lei nº 5.452, sendo aprovada a Consolidação das Leis Trabalhistas.
A Segurança no Trabalho no Brasil se desdobra em atividades internas, como é o caso da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), sendo totalmente disseminadas no cenário empresarial e na fiscalização realizada por funcionários de setores da Administração Pública.
A organização das estatísticas de acidentes de trabalho só foi possível no Brasil com o estabelecimento de definições, convenções e regras pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NB 18. O meio usualmente praticado consistia em investigar os acidentes ocorridos para descobrir sua causa, visando eliminá-las e prevenir novas ocorrências. Por meio dessa coleta e análise dos dados estatísticos, era possível delinear objetivamente o programa de prevenção de acidentes (DELWING, 2012).
Os acidentes mais frequentes ocorrem na construção civil, na indústria metalúrgica, na fabricação de móveis, no garimpo e nas atividades agrícolas (DELWING, 2012). O fato de o atendimento a acidentados ter custos mais altos do que sua prevenção foi um dos fatores que determinaram a codificação de normas de segurança, que envolvem a prevenção de acidentes. Ela é realizada sob a fiscalização do Ministério do Trabalho.
O conhecimento dos níveis de ocorrência de acidentes de trabalho é fator indispensável para a adoção de uma política trabalhista e empresarial que preserve o bem-estar do trabalhador e evite custos e prejuízos aos empresários e às instituições previdenciárias (DELWING, 2012).
O Decreto nº 68.255 de 1971 criou a Campanha Nacional de Acidentes de Trabalho (CANPAT). A Portaria nº 3.233 do mesmo ano determina o cumprimento da CANPAT por meio de três mecanismos: a) Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CONPAT); b) Semana de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT); e c) Medalha ao Mérito de Segurança do Trabalho (MMST).
Em 1972, é ditada a Portaria nº 3.236, que criou o Programa Nacional de Valorização do Trabalhador (PNVT), referente à formação técnica em Segurança e Medicina do Trabalho. No mesmo ano, também foi editada a Portaria nº 3.237, que regulamentou o art. 164 da Consolidação das Leis do Trabalho, obrigando a existência de Serviço Especializado em Engenharia de Segurança do Trabalho (SESMT) em empresas com mais de 100 funcionários.
Além de cuidar do preparo dos profissionais, também estava previsto, nas portarias citadas, que caberia realizar estudos para homogeneizar os seus ditames com a legislação regulamentadora do exercício da engenharia, arquitetura e agronomia. Tais estudos foram realizados e acabaram servindo de base ao projeto de lei que foi apresentado no Senado pelo engenheiro Saturnino Braga, em que se dispunha a respeito da especialização de engenheiros e arquitetos em engenharia de segurança do trabalho e da profissão de técnico de segurança do trabalho.
No ano de 1977, foi sancionada a Lei nº 6.514, que alterou o Capítulo V da CLT, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho. Em 1985, foi sancionada a Lei nº 7.410 que dispunha sobre a especialização de engenheiros e arquitetos em engenharia de segurança do trabalho. No ano seguinte, foi criado o Decreto nº 92.530, regulamentando a Lei nº 7.410, que dispunha sobre a especialização de engenheiros e arquitetos em engenharia de segurança do trabalho, ou seja, a profissão de técnico de segurança do trabalho.
Em 1996, a Portaria nº 393 adotou o sistema de grupos de trabalho tripartite (governo, trabalhadores e empregadores), buscando um consenso nas regulamentações. Ainda no mesmo ano, a Portaria nº 2 instituiu a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) para estudar e elaborar modificações nas NRs, criando um fórum permanente para discussão e revisão das normas.
NORMAS REGULAMENTADORAS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA 
Em decorrência das mudanças ocorridas na CLT com a sanção da Lei nº 6.514/1977, no dia 08 de junho de 1978, foi aprovada pelo ministro do Trabalho a Portaria MTb n° 3.214, composta por 28 Normas regulamentadoras, conhecidas como NRs (atualmente são 36), que vêm tendo a redação modificada periodicamente, visando atender ao que recomendam as convenções da OIT, assim como as necessidades contextuais brasileiras. As revisões permanentes buscam adequar as exigências legais às mudanças ocorridas no mundo do trabalho, principalmente no que se refere aos novos riscos ocupacionais e às medidas de controle, e são realizadas pelo próprio MTE, inclusive, por delegação de competência pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (CHAGAS; SALIM; SERVO, 2011).
Em grande parte, as NRs estão baseadas em normas semelhantes existentes em países economicamente mais desenvolvidos. As que foram aprovadas em 1978 são: 
NR-1: Disposições gerais; 
NR-2: Inspeção prévia; 
NR-3: Embargo ou interdição; 
NR-4: Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho –SESMT; 
NR-5: Comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA; 
NR-6: Equipamento de proteção individual –EPI; 
NR-7: Programa de controle médico de saúde ocupacional – PCMSO; 
NR-8: Edificações; 
NR-9: Programa de prevenção de riscos ambientais – PPRA;
 NR-10: Segurança em instalações e serviços em eletricidade; 
NR-11: Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais;
 NR-12: Máquinas e equipamentos; 
NR-13: Caldeiras e vasos de pressão; 
NR-14: fornos; 
NR-15: Atividades e operações insalubres; 
NR-16: Atividades e operações perigosas; 
NR-17: Ergonomia; 
NR-18: Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção; 
NR-19: Explosivos; 
NR-20: Líquidos combustíveis e inflamáveis; 
NR-21: Trabalho a céu aberto;
 NR-22: Segurança e saúde ocupacional na mineração; 
NR-23: Proteção contra incêndios; 
NR-24: Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho; 
NR-25: Resíduos industriais; 
NR-26: Sinalização de segurança; 
NR-27: Registro profissional do técnico de segurança do trabalho no Ministério do Trabalho (revogada pela Portaria TEM nº 262, de 29 de maio de 2008);
 NR- 28: Fiscalização e penalidades.
DISPOSIÇÕES GERAIS E OBRIGATORIEDADE
A NR-1, além de garantir o direito à informação por parte dos trabalhadores, permite a presença de representantes dos trabalhadores durante a fiscalização das normas de segurança e saúde. Essa permissão tem previsão na Convenção 148 da OIT e foi ratificada pelo Brasil. Essa NR ainda autoriza o uso de normatizações oriundas de outros órgãos do Poder Executivo, diversos do MTE, o que auxilia no processo de fiscalização e correção de anormalidades encontradas onde a Portaria nº 3.214/1978 for omissa.
A NR-3 concede competência aos superintendentes regionais do Trabalho e do Emprego de embargar obra e interditar estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, caso se verifique grave e iminente risco de ocorrer lesão significativa à integridade física do trabalhador.
A NR-28 prevê multas, que, quando são infringidos itens da Portaria nº 3.214/1978, variam de R$ 402,22 a R$ 6.708,08, por item descumprido, de acordo com a gravidade da situação encontrada, com a existência de reincidência e com o porte da empresa (número de empregados). Tal NR permite a concessão de prazos para regularização de algumas exigências de SST, dentro de critérios definidos, bem como estabelece os procedimentos necessários para embargo e interdição.
Além das NRs relacionadas no tópico anterior, outras acabaram sendo elaboradas posteriormente. Embora não façam parte da Portaria nº 3.214/1978, possuem a mesma estrutura e a elas se aplicam às regras e aos critérios estabelecidos na NR-28, inclusive para imposição de multas. Atualmente, tem-se que estas também são aplicadas nas relações. São as seguintes:
NR-29: Norma Regulamentadora de Segurança e Saúdeno Trabalho Portuário.
NR-30: Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário.
NR-31: Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura.
NR-32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.
NR-33: Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados.
NR-34: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval.
NR-35: Trabalho em Altura.
NR-36: Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados (BRASIL, 2014).
Prevenção de Acidentes e Controle de Riscos em Máquinas e Equipamentos I
Sem medo de errar, podemos dizer que a segurança do trabalho em nosso país é
uma criança de 40 (quarenta) anos de idade (se avaliarmos como data de nascimento
dessa criança a Lei 6.514/77) com um sério agravante: trata-se de uma criança que
ainda não anda com as próprias pernas.
Segundo dados do Anuário de Saúde do Trabalhador do Dieese no ano de 2014,
mais de meio milhão de trabalhadores sofreram afastamentos devido a acidentes de
trabalho típico, acidentes de trajeto e doença ocupacional, mais precisamente 557
mil trabalhadores (DIEESE, 2016, p. 27).
Podemos relacionar os casos de acidentes e doença do trabalho em nosso país
como sendo uma epidemia, das mais graves por sinal, que se não for devidamente
tratada, irá comprometer cada vez mais a capacidade produtiva e econômica, tanto
para os trabalhadores como para as empresas e o governo.
Segundo dados estatísticos obtidos através do Anuário Estatístico da Previdência
Social (AEPS) e publicados pelo Jornal Gazeta do Povo, entre os anos de 2007 a
2013 o desembolso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com indenizações
aos acidentados foi de R$ 58 bilhões (matéria publicada em 06 de julho de 2015).
Tais números correspondem somente aos casos comunicados ao INSS, ou seja,
trabalhadores que possuem vínculo formal com empresas.
De acordo com o último anuário publicado no ano de 2016 com informações
referentes ao período de 2013 a 2015, foram registrados no Brasil 2.050.578 acidentes
de trabalho típico, acidentes de trajeto e doença ocupacional, elevando essa despesa
para a ordem de R$ 70 bilhões (AEPS, 2015, p. 602). 
Sendo assim, o objetivo da segurança do trabalho deve ser eliminar ou pelo menos
minimizar as condições que potencializam a ocorrência de acidentes e doenças no
trabalho, promovendo a saúde e o bem-estar dos trabalhadores (ROSSETE, 2014, p. 2).
Para Guimaraes (2000, p. 4-11 apud ROSSETE, 2014, p. 2), os acidentes de trabalho
podem provocar quatro enfoques:
1° Enfoque Social: incapacidade permanente ou mesmo que temporária da
vítima, o sofrimento do acidentado e a da família, além da sobrecarga do
sistema previdenciário afetando a sociedade em geral.
2° Enfoque Econômico: Custo do acidentado, da equipe, do transporte,
do atendimento médico, do equipamento, do material danificado, dos
supervisores, despesas jurídicas, danos à imagem da empresa, redução da
capacidade produtiva, aumento de custos e consequentemente redução
dos lucros.
3° Enfoque Jurídico: Refere-se às leis do trabalho, que muitas vezes não são
cumpridas, ficando o empregador sem punição e o empregado a mercê da
própria sorte.
4° Enfoque Epidemiológico: Relaciona-se a descrição, localização e classificação
das lesões decorrentes de acidentes e doenças profissionais.
Cabe ao profissional que atue nessa área que esse seja um prevencionista por essência,
pois as dificuldades se apresentarão nas mais variadas formas, sendo pela imprudência
de empresários e empregados e/ou por simples falta da cultura prevencionista
existente nos ambientes de trabalho.
Deve o prevencionista adotar conceitos estratégicos para sua atuação, devendo
articular as leis e os conceitos a fim de fomentar a segurança para todos.
Para que haja sucesso na implantação da segurança do trabalho dentro de
uma organização, a ideia e os conceitos devem primeiramente ser fomentados nos
mais altos escalões da organização, sendo transferidos hierarquicamente para os
escalões mais inferiores, partindo do presidente, passando pelos gerentes, atingindo
os supervisores e encarregado para que o operário no final da escala produtiva não
venha a sofrer as consequências de um acidente de trabalho.
Os procedimentos de segurança do trabalho devem estar associados às diretrizes
da higiene ocupacional. Higiene do trabalho refere-se a um conjunto de normas e
procedimentos que visam à proteção da integridade física e mental do trabalhador,
preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico
onde são executadas. Relaciona-se com o diagnóstico e prevenção das doenças
ocupacionais a partir do estudo e controle de duas variáveis: ser humano e seu
ambiente de trabalho (CHIAVENATO, 2015, p.136).
Sento tal conjunto de normas e procedimentos voltado ao controle dos riscos
ambientais, vale ressaltar que riscos ambientais em segurança e saúde no trabalho
nada ou pouquíssimo têm a ver com riscos ao meio ambiente, sendo esse proveniente
de poluição (ROSSETE, 2014, p. 10).
Riscos Ambientais
Para efeito da NR. 9, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e
biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à
saúde do trabalhador. Além destes três grupos, temos como agentes com potencial
para causar danos à saúde do trabalhador os riscos ergonômicos e de acidentes do
trabalho.
AGENTES FÍSICOS: as diversas formas de energia a que possam estar expostos
os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas
extremas, radiações ionizantes e não ionizantes.
AGENTES QUÍMICOS: são as diversas substâncias, compostos ou produtos que
possam penetrar no organismo pela via respiratória, em forma de poeiras, fumos,
névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que pela natureza da atividade possam ter
contato ou serem absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
AGENTES BIOLÓGICOS: as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários,
vírus, entre outros, a que possam estar expostos os trabalhadores.
AGENTES ERGONÔMICOS: todos os fatores que interferem negativamente na
relação entre homem e seu trabalho, tais como: postura, iluminação/fadiga visual,
organização do trabalho, sobrecarga de trabalho/mental, etc
AGENTES OU RISCOS MECÂNICOS (ACIDENTES): quaisquer situações de risco
que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes. É o caso de máquinas sem
as devidas proteções, produtos inflamáveis, choque elétrico, produtos explosivos,
ferramentas defeituosas, etc.
Quando da manifestação dos riscos ambientais mencionados anteriormente, incidirá
na ocorrência de agravos de acidentes e doenças do trabalho.
De acordo com o Art. 19 da Lei 8.213/91, alterado pelo Decreto nº 611, de 21 de
julho de 1992 − redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015:
“
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço
de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho
dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
A definição anterior corresponde ao conceito legal do acidente de trabalho. 
Na sequência apresentamos a definição de acidente de trabalho sob o ponto de vista
do aspecto prevencionista:
“
Acidente de trabalho é qualquer ocorrência não programada, inesperada
ou não, que interfere ou interrompe o processo normal de uma atividade,
trazendo como consequência isolada ou simultaneamente perda de tempo,
dano material ou lesões ao homem.
Outras classificações para o acidente de trabalho, conforme Rossete (2014, p. 20-30):
• Acidente Típico - É aquele que ocorre com o empregado a serviço da
empresa provocando lesão corporal ou perturbação funcional.
• Acidente de Trajeto - Quando em percurso da residência para o trabalho
ou vice-versa.
• Acidente em Horário de Descanso- Quando ocorrido com o empregado
a serviço da empresa, durante o seu horário de descanso, que não tenha
sido decorrente do processo de trabalho.
Doenças Ocupacionais - Causadas pelo trabalho ou atividade ou ainda
pela condição especial do trabalho.
1. Doença Profissional – Trata-se da doença ligada à profissão do
trabalhador, como exemplo, um locutor que venha a desenvolver lesões
nas cordas vocais.
2. Doenças do Trabalho – Adquiridas em virtude das condições em que
o trabalho seja realizado, ex.: problemas respiratórios ocasionados em
decorrência de ambientes com concentrações de poeiras acima dos
limites de tolerância.
Modelo Casual de Perdas
De acordo com manual do CPNSP (2005, p. 197), um acidente ou incidente raramente
é ocasionado apenas por um fator, mas sim por um conjunto de eventos que acabam
levando a uma perda.
Visando alcançar a menor quantidade possível de perdas, faz-se necessário
conhecermos as causas que as geram, e, consequentemente, tentar evitá-las. Tais
fatores ou causas dividem-se em dois agrupamentos, as causas básicas e as causas
imediatas:
• Causas básicas – São as razões de ocorrerem os atos e condições de baixo
padrão (atos e condições inseguros). Também são chamadas de causas raízes,
causas reais, causas indiretas, causas fundamentais ou de contribuição de
um acidente ou incidente.
Geralmente são bem evidentes, mas para se ter um controle administrativo
eficiente, faz-se necessário um pouco mais de investigação sobre elas.
• Causas imediatas – São as circunstâncias que precedem imediatamente
o contato e que podem ser vistas ou sentidas.
ASPECTOS GERAIS DA PREVENÇÃO DE ACIDENTE E CONCEITOS E APLICAÇÕES
A importancia da segurança do trabalho no intuito de dinamizar os processos produtivos ela vem de encontro com a necessidade e a importancia que as empresas dão em função de que toda e qualquer atividade, espoe o trabalhador a um risco ocupacional, infelizmente nao existe uma atividade sequer que esteja isento de riscos ocupacionais dessa forma se faz necessaria a implementação de medidas de controle preventivo. Afim de garantir a segurança dos trabalhadores que ingressam as unidades produtivas porem nao é somente na intenção de prevenção que as empresas implementam as normas de saude de segurança do trabalho muitas vezes essa implementação se faz de forma obrigatoria, simplesmente para o atendimento a requesitos legais pre estabelecidos, quando isso ocorre muito do trabalho da segurança do trabalho acaba se tornando de dificil implementação uma vez que o conceito de prevenção não esta profundamente enraizado dentro das organizações atendimento ao que pede a legislação, quando isso ocorre o trabalho do engenheiro de segurança vai ficar de certa forma prejudicado.
sem medo de errar nos podemos comparar a segurança do trabalho no Brasil hoje como uma criança com 40 anos de idade e que infelizmente nao anda com as proprias pernas... 
isso se relaciona a legislação a lei 6.514 que é do ano de 1977 isto é devido a um problema cultural
para que essa evolução ocorra de forma concistente, de forma evidente é necessario que o profissional da area de segurança do trabalho desenvolva tecnicas para gerir o seu processo de trabalho, apresentar informações que sejam pertinentes
para o sucesso do seu trabalho uma dessas informações sao dados estatisticos que venham coroborar para que voce venha implementar controles necessarios para minimização dos riscos existentes, nos processos de trabalho
podemos relacionar as causas de acidentes de trabalho em nosso pais como uma epidemia, que de forma geral precisa de uma vacina e uma vacina eficaz, essa vacina seria a prevenção a ser consolidada pelos profissionais prevencionistas, alguns dados 
estatisticos apresentados pelo anuario estatistico da previcencia social do ano de 2015 relacionado informações pertinentes ao ano de 2007 a 2013 demonstram que forma gastos com a previdencia social 58 bilhoes de reais com idenização, referentes a ocorrencias de acidentes de trabalho.
isso acaba compromentendo o cenario economico produtivo das empresas, pois o trabalhador no auge da sua vida produtiva acaba incapcitado por um acidente de trabalho, necessitando que seja subistituido por um outro trabalhador, onerando os cofres publicos 
e prejudicando a empresa
dessa forma o profissional da prevenção, da area de segurança e saude do trabalho, ele tem que trabalhar com base em 4 enfoques.
Social - trabalhador acidentado perder a sua capacidade laboral
Economico - ligado aos 58 bilhoes gastos pela previdencia social e questoes ligadas a economia da organização, dispesas ligadas ao trabalhador em função da perda de renda do mesmo
Juridico - ações trabalhistas, multas
Epidemologico - estudo de caso aos acidentes ocorridos que vao gerar os dados estatisticos
Questoes relacionados ao acidente de trabalho que irão impactar o trabalhador como a orgaização, o governo e a sociedade de forma geral
como dito o acidente de trabalho é uma epidemia que esta corroendo os processos produtivos
cabe ao profssional do trabalho que ele seja um prevencionista por excencia, pois inumeras serao as dificuldades que iram aparecer durante a sua jornada laboral
a falta da conciencia preventiva nas organizações leva a ocorrencia, desse numero exacerbado de acidentes, deve o profissional prevencionista
adotar conceitos estrategicos para sua atuação, devendo articular leis e conceitos a fim de fomentar a segurança do trabalho
apresentar a uma organização que a lei de um requesito legal, toda a dispesa, todo o transtorno gerado por esse acidente
para que aja sucesso na implementação da segurança do trabalho nas organizações, conceitos devem ser fomentados nos mais altos escaloes 
primeiro temos que concientizar a direção da empresa para que depois isso seja fomentado na base do chao de fabrica e ter sucesso
O profissional de segurança tem que ter alguns conceitos bem estabelecidos
riscos ambientais, o profissional deve saber interpretar esses riscos nos mais variados cenarios produtivos
1. fisicos
2. quimicos
3. biologicos
4. ergonomicos
5. mecanicos
SEGURANÇA DE TRABALHO E A CONSTRUÇÃO CIVIL
A construção Civil é um dos seguimentos mais importantes da economia do pais,gera milhoes de empregos.
Mesmo nos momentos de Crise a construção civil tem mantido milhares de empregos por todo territorio nacional.
Contudo além de gerar empregos também gera acidentes e incidentes de trabalho. Acidentes diretos ou indiretos, não registrados.
A construção Civil apresenta o maior grau de riscos de acidentes variados...
Exemplo: Espaço confinado, trabalho em altura, desmoronamento, poeira, mineração, ruido.
A mecelania de riscos é muito grande.
Afim de controlar o numeros de acidentes e coibir temos a NR 18 - PCMAT. (exclusiva para a construção CIVIL)
Importante: Esta norma estabelece diretrizes minimas de ordem administrativa afim de, planejar, organizar, objetivando a redução de riscos.
Esta norma defini de forma obrigatoria a elaboração do programa de segurança do trabalho (PCMAT)
Importante: Sempre que a empresa apresentar um quadro de 20 ou mais funcionarios, não é dispensado o direto de implementar outros programas
O PCMAT deve ser trabalhado em conjunto com outros programas de segurança, como PPRA e PCNSO
PCMAT
Deve ser estabelecido um memorial descritivo sobre as condições do trabalho
Levantando todos os aspectos relacionadas a todas as etapas do empreendimento para que seja possivel estabelecer uma analise de riscos e definir os controles adequados
Projetos e execução de proteçoes coletivas
Como serão implementadas as proteções coletivas para cada etapa do empreendimento. Desde de a escavação, o material utilizado em escoras de soterramento, desmoranamento, sinalizações de segurança, proteção guarda corpos, proteções contra quedas, escadas.Especificação do material utilizado nessas proteções coletivas. É preciso um projeto para poder estabelecer um dimensionamento e também um memorial descritivo com todas as especificações tecnicas.
Cronograma de implementação
Layout do canteirode obras (sempre atualizar caso tenha alguma alteração durante a realização das atividades.
Considerar onde serão instaladas as areas para vivencia. tomada de refeições, fazer a assepcia corporal. Em caso de trabalhadores alojados também deve existir um programa educativa para alertar os trabalhadores quanto as medidas de segurança. Os criterios para implementar medidas de controles e uso das proteçoes individuais. O programa educativo deve ser desenvolvido junto de outros programas de segurança.Treinamentos de primeiros socorros, doenças ocupacionais relacionadas ao PCMCO e programas de protenção auditivas relacionadas ao programa PPRA. Treinamentos para operadores de maquinas eletricas e pneumaticas
PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL
Proteções coletivas e individuais entre as medidas para controle de situações
que habitam os mais variados cenarios produtivos são dois dos mais comuns procedimentos adotados para a proteção do trabalhador algumas vezes nao se obedece uma hiererquização basica para implementação dessas medidas o que acaba criando um padrao de robotização do trabalhador o levando para a fase de proteção individual sem que seja feito um estudo antecedente visando minimizar ou eliminar as condições de riscos....
Para este fim o passo primordial para minimzar eliminar os riscos
é a utilização do controle de egenharia posterior as proteções coletivas, eliminação, subistituição, isolamento, segregação deve se tentar proteçoes individuas como controles administrativos treinamentos, inspeções, procedimentos inscritos, analises de indicadores, para apos realizar a aplicação de equipamentos de uso individual que somente devera ser implementado uma vez que seja esgotado todas as alternativas infelizmente observamos que o EPI é aplicado como primeira forma de proteção ao trabalhador ao inves de priorizarem uma proteção coletiva, um controle de engenharia para melhorar o meio porque se melhorar as condições do meio voce ira melhorar a condição para o trabalhador.
EQUIP DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Sao elencados na norma regulamentadora numero 6, considera todo equipamento de proteção individual um dispositivo de uso individual destinado a proteger o trabalhador dos riscos suscetiveis e especificos ou seja cada equipamento de segurança tem uma destinação especifica todo equipamento de proteção individual obrigatoriamente deve ter o seu CA certificado de avaliação que nada mais é que uma avaliação por um instituto um orgão credenciado que ira avaliar os EPIS para seus devidos fins e utilidade dizer se estão aptos se realmente minimiza a exposição ao risco.
Responsabilidade do empregador para com EPIS
- adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade
- exigir seu uso
- fornecer ao trabalhador somente o EPI com CA
- orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação
- subistituir imediatamente, quando danificado ou extraviado
- resposabilizar-se pela higienização e manutenção periodica
- comunicar o MTE qualquer irregularidade observada
- registrar o seu fornecimento
 Responsabilidade do empregado para com EPIS
- usarm utilizando apenas para a finalidade a que se destina
- responsabilizar se pela guarda e conservação
- comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne improprio para uso
- cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado
	
EQUIP DE PROTEÇÃO COLETIVA
Todas as medidas de engenharia de controle de perigos e riscos que irao proteger o meio o ambiente de trabalho todo.
· sistemas de proteção coletivos
· sistemas de proteção contra descargas atmosfericas
· sistermas de aterramento eletrico
· sistemos de combate de incendio
· sistemas de linhas de vida (trabalho em altura) (linhas de vida horizontal/vertical)
· sistemas de proteção contra quedas (guarda corpo) (para peitos)
· sistemas de captura de gases e vapores
· sistemas de climatização
· sistemas de tratamento acustico
· sistemas de ventilação e renovação de ar
· sistemas de proteção contra sobrecargas de circuitos eletricos
· sistemas de proteção de partes moveis nr12
· sistema de proteção de partida de motores nr10
outros meios de proteção coletivo
etapa de sinalização placas, cones, cavaletesm luminosos e fitas
rotulagem e etiquetagem, cartoes de advertencia, lacres e cadeados
etapa de segregação barreiras, involucros e anteparos
etapa de procedimento sinalização de advertencia contra o risco
condição de remediação chuveiros e lava olhos, (contra produtos quimicos) sistemas de combate contra incendios sprinkler
Na pratica....
Ferramentas e equipamentos manuais
Extensao simples da mao humana a utilização de equipamentos manuais se aplica praticamente em todos processos produtivos o emprego de algumas ferramentas acaba por gerar alguns riscos a alguns trabalhadores .Inumeros sao os acidentes em função do emprego inadequado de ferramentas.Má utilização, improviso, falta de manutenção, conservação de ferramentas, sao os principais fatores para ocorrencia de acidentes.
Dentre a classificação de ferramentas manuais temos:
EQUIPAMENTOS - aqueles que tem uma força motriz por tras do seu funcionamento
podendo ser essa força eletrica ou pneumatica.
 UTENSILIOS - Uso manual, mesmo do cotidiano
Para ferramentas manuais
ex, chave/alicates/martelos/facoes 
aquelas que não dispoe de uma força motriz eletrica ou pnematica
geram os acidentes mais basicos
Algumas medidas para minimizar o risco 
Sistemas de acondicionamento de ferramentas, sinalização de segurança alertando o riscos caso nao sigam as medidas corretas, treinamentos e DDS dialogos de segurança, fiscalizações e vistorias periodicas.
POP procedimento operacional padrao - esclarecendo medidas de segurança e utilização das ferramentas
Para Ferramentas elétricas (NR10)
Diretrizes para utilização dessas ferramentas
a - só poderao ser utilizadas ferramentas compativeis com a faixa de tensao compativeis com o circuito de alimentação
b - possuir isolação adequada
c - deve ser testada antes do uso
d - o cabo deve ter duplo revestimento - condutores 
e - proteção atraves de condutor de aterramento 
aplicação de dijuntor residual de fuga idr para alimentação de equipamentos eletricos. Todo circuito eletrico para tomada de areas internas e externas em locais com possibilidade de humidade, um lavador, banheiro ou lavanderia deve ter no dispositivo de alimentação presente no quadro de alimentação um idr ou dr que fara a proteção do trabalhador.
OBS: idr é mais rapido na fuga de tensao, desarma mais rapido...
Deve ser providenciados quadros de alimentação eletricas, tomadas e extensoes tres pinos, sendo um dos condutores exclusivo para o condutor terra, area de trabalho deve... estar organizada, evitando extensoes espalhadas pelo chão.
Ordem e Limpeza - 5S
Seiri – Senso de Utilização;
Seiton – Senso de Organização;
Seiso – Senso de Limpeza;
Seiketsu – Senso de Padronização e Saúde;
Shitsuke – Senso de Disciplina.
5S – Seiri – senso de Utilização - Evite desperdícios
Nesse sentido, o termo se refere ao senso de utilização, que nada mais é do que analisar e decidir quais materiais e/ou etapas de produção são fundamentais para chegar ao produto final.
Além disso, são descartados os materiais que não possuem um papel relevante na produção, já que manter esses produtos desnecessários aumentam o custo de controle de estoques e e são potenciais objetos de distração. No primeiro S, Seiri ou Senso de utilização, o objetivo é identificar tudo que é de fato utilizado durante o trabalho e descartar tudo que pode ser descartado.
Isso aumenta a concentração e a produtividade da equipe, já que elimina tudo aquilo que não tem importância para a operação. O ambiente fica mais limpo, otimizado e menos poluido.
Portanto, é necessário achar um balanceamento entre os dois tipos de materiais, visto que é muito difícil uma eliminação total dos elementos irrelevantes.
Como o seiri é feito?
Para implementar tal etapa é necessário se perguntar:
Quantas ferramentas são necessárias nessa área?
As máquinas/peças estão devidamente classificadas?
O ambiente estálivre de potenciais produtos nocivos?
Há materiais sendo desperdiçados?
A periodicidade da manutenção dos equipamentos é adequada?
5S – Seiton – Senso de Organização
Agora que você selecionou o que vai permanecer na empresa, é preciso organizar e categorizar tudo.
Consiste em organizar as ferramentas e os materiais de modo que qualquer funcionário consiga localizar-se e entender o processo facilmente.
Nesse sentido, o objetivo desse processo é organizar e alocar os recursos de forma inteligente. Assim, a produção será mais ágil por conta do fácil acesso aos recursos.
Além disso, essa etapa facilita a limpeza do local, diminui o estresse dos trabalhadores e reduz custos por conta do maior controle sobre os recursos e do processo produtivo.
Como o seiton é feito?
Do mesmo modo, para implantar o Seiton, deve-se deixar as ferramentas mais utilizadas em locais visíveis e em compartimentos que permitam a fácil retirada destas.
Nesse sentido, as ferramentas mais utilizadas devem estar alocadas próximas às máquinas nas quais são empregadas.
Por outro lado, as pouco utilizadas devem ficar em armários devidamente etiquetados, para que não atrapalhem na busca pelas ferramentas mais manuseadas e ainda sim sejam facilmente localizadas.
5S – Seisou – Senso de Limpeza
Essa etapa foca na limpeza do local de trabalho e dos equipamentos usados.
Para sua implementação, deve-se estabelecer um padrão de limpeza na empresa a fim de manter as ferramentas sempre limpas e evitar uma degradação mais acelerada delas, além de evitar desperdício de tempo com limpeza pesada.
Assim, os benefícios mais relevantes desse processo são a redução dos acidentes de trabalho, diminuição da manutenção por conta da má conservação e aumento da produtividade, derivada do maior bem estar dos funcionários.
Como o seisou é feito?
Nesse processo, são montados pequenas equipes para limpar cada área da fábrica ou escritório. Em seguida, são realizadas inspeções de máquinas e compartimentos afim de detectar quais pontos pecaram na higienização.
Feito isso, são definidos métodos de limpeza de acordo com cada material e geralmente desmonta-se a máquina (se houver), para checar se esta opera dentro das especificações.
Seja como for, em alguns casos, uma empresa terceirizada tenha que ser contratada. Nesse sentido, deve-se balancear os custos e o tempo que seria aplicado naquela atividade, para ver o que compensa mais.
5S – Seiketsu – Senso de Padronização e Saúde
Saúde é um fator fundamental em qualquer ambiente de trabalho
Antes de tudo, esse processo é voltado para o lado humano da empresa. Logo, nele são levados em conta a saúde física e mental dos trabalhadores e tem como objetivo proporcionar a melhor vivência entre o local de trabalho e o funcionário e assegurar que as etapas anteriores sejam cumpridas.
Além disso, ele visa enraizar normas e valores que permitam a manutenção do local e do bem-estar do trabalhador.
A higiene pessoal e a do ambiente de trabalho são fundamentais para que o Seiketsu seja concretizado. Esses fatores são importantes pois permitem a realização segura das atividades diárias.
Para que tais exigências sejam cumpridas, deve-se atentar também às condições ergonômicas do local, tais como a presença de ruídos, goteiras, fios expostos, locais mal sinalizados e etc.
Como o seiketsu é feito?
Algumas perguntas podem ser feitas para iniciar e estruturar esse processo:
Qual a fonte de sujeira desse setor?
Qual o nível de ruído nesse setor?
Existe algum perigo aparente para os funcionários?
A temperatura do ambiente é adequada?
É necessário algum equipamento de segurança nessa tarefa?
5S – Shitsuke – Senso de Disciplina
organize e planeje suas atividades com o 5S
Por fim, a quinta e última etapa consiste na auto-disciplina, a qual será essencial para assegurar que os passos anteriores sejam mantidos após a realização do 5S.
Nesse processo se estabelece o que é preciso para que os funcionários mudem sua mentalidade acerca da limpeza, organização, bens essenciais e etc.
Como o shitsuke é feito?
A implementação dessa etapa é feita por meio de novas normas e rotinas. O cumprimento destas deve ser cobrado de todos os funcionários da empresa, desde estagiários até os cargos mais altos.
Nesse sentido, deve-se colocar fotos em murais de como o local deve ser mantido, como forma de modelo a ser seguido. Além disso, é interessante também que você tenha metas e crie listas de afazeres para cada departamento, e as coloque em local visível, para que assim as tarefas sejam sempre lembradas.
No geral, essa etapa é mais ampla e depende muito de como cada empresa funciona internamente, isto é, deve-se implementar um método de acordo com o perfil dos funcionários.
Dessa forma, caso estes forem mais organizados, pode-se mandar e-mails semanais com as tarefas de cada semana. No entanto, se estes forem menos responsáveis, pode-se colocar um mural com um bom padrão visual para relembrá-los de suas tarefas.
Resultados esperados do 5S
Após a implementação do 5S, espera-se primeiramente uma mudança comportamental dos trabalhadores, que por sua vez vão aparentar maior satisfação ao chegar no local de trabalho limpo e organizado.
Além disso, é esperado um menor desgaste de máquinas e portanto menores custos com manutenção. Somado a isso, há também uma redução expressiva do tempo de produção, já que o tempo perdido procurando materiais e ferramentas é suprimido.
O 5S promove também a maior segurança e saúde dos trabalhadores por conta da maior limpeza e das regras ergonômicas implantadas.
Em síntese, o 5S promove uma melhoria na qualidade de vida dos funcionários no local de trabalho, reduz o tempo de produção e aumenta os lucros da empresa.
Para Ferramentas pneumaticas
A fonte de alimentaçao é um compressor, alimentando uma rede de ar comprimido e impusionando o funcionamento dessa ferramenta, parafusadeiras,arrebitateiras, furadeiras, lichadeiras de impacto, pistolas de pituracausam acidentes quando o ar comprimido entram em contato com o trabalhador, podendo causar deslocamento de orgaos e ruptras de porios, devido a inserção de material particulado na pele do trabalhador.
Equipamentos auto propelidos
Todos que produzem energia para execução do trabalho uma maquina que dispensa a tração humana ou animal...Maquinas automotrizes ou veiculos de propulsao propria
exemplos:
I. Tratores agricolas
II. Maquinas para construção CIVIL
III. Caminhoes, empilhadeiras
IV. Guindastes
Inspeções de segurança para maquinas auto propelidas
A NR 12 em seu item 12.131 Torna obrigatorio ao inicio de cada turno
a realização de inspeçoes de segurança a fim de minimizar possiveis riscos inerente ao funcionamento inadequado dos equipamentos.
· Fases de inspeção Primaria
Realizadas pelo proprio operador
com cunho investigativo
· Checagem externa
inspeção 360 graus, a volta que o operador da em torno do equipamento
observando os aspectos relativos a maquina
inclusive presença de pessoas alheias do serviço
· Checagem de motor
observando os fluidos hidraulicos de refrigeração, nivel de agua
oleo hidraulico e nivel de oleos lubrificantes
· Checagem hidraulica
1. checar os componetes hidraulicos
2. mangueiras
3. conexões
4. trasmissoes
5. vazamentos dessas conexoes
6. folgas de pressao
7. checagem de cabine
8. sinal sonoro de Re
9. cinto de segurança
10. buzina
11. iluminação
OBS; Tudo deve estar prescrito em um formulario
A capacitação dos operadores de maquinas e equip
esta elecanda nas nrs 11/12/18
Higiene do Trabalho I Introdução a Higiene do Trabalho C.A.
 
 
Em um frigorífico, na região sul do país, são produzidos inúmeros produtos de origem animal.
As matérias-primas são recebidas e seguem um fluxo:
1. Receber os animais ainda vivos.
2. Proceder a insensibilização.
3. Proceder a sangria.
4. Etapa de escaldagem.
5. Etapa de depenagem.
6. Etapa de evisceração.
Posterior a evisceração, as aves passam para o pré-resfriamento e resfriamento seguindo
dois caminhos:
1. Frangos inteiros
a) embalagem;
b) resfriamento ou congelamento.
2. Frangos particionados
a)cortes;
b) desossa;
c) embalagem;
d) resfriamento ou congelamento.
Após estes processos, os produtos são destinados à área de armazenamento e câmaras frias com temperaturas de até - 40 º C. Conforme o fluxo anterior descrito e demostrado na figura 1 a seguir:
O processo de armazenamento do produto acabado funciona da seguinte forma: são destinados via esteira transportadora do setor de embalagens em caixas, fardos, bags, pacotes e etc., devidamente etiquetados por lote e produtos, são, na sua maioria, colocados em paletes, para posteriormente, serem conduzidos às câmaras de estocagem. Os produtos em fardos são, na sua maioria, transportados por trabalhadores que os pegam na área de entrada da estocagem e os transportam até o interior da câmara frigorífica, acondicionando os produtos sobre as paletes para posterior expedição.
Figura 2 - Câmara frigorífica/paletes
Para o trabalho com produtos em fardos, há um determinado trabalhador adequadamente vestido com os seguintes EPIs (Equipamentos de Proteção Individual): 1. Botas - CA 37677. 2. Meia de segurança - CA 18412 para - 35 º C. 3. Calça térmica 400 g/m2 - CA 28668 para - 45 º C. 4. Japona térmica 400 g/m2 - CA 25725 para - 45 º C. 5. Luva térmica - CA 18415 para - 35 º C. 6. Capuz térmico - CA 38726 para baixa temperatura. Esse trabalhador executa as suas atividades em áreas climatizadas artificialmente chamadas de docas (figura 3) onde há entradas para as câmaras frigoríficas, ambiente conhecido com antecâmara, que possui temperatura de até 10 º C. O trabalhador também vai para a área de cargas e descargas (expedição).
Durante a execução de suas atividades nestes ambientes, o trabalhador reveza entre o ambiente com temperatura de até 10 º C e o ambiente com temperaturas de até - 40º C. Ele também necessita realizar o transporte de 200 fardos de 25kg para o interior da câmara fria por dia de trabalho, de segunda a sexta-feira, sendo que essa câmara é climatizada a uma temperatura de -21º C. Mantida esta temperatura sempre, serviço esse realizado diariamente, o que faz o trabalhador gastar 1,5 minutos no transporte de cada fardo e descansando 10 minutos após cada lote de 50 fardos, a empresa, com pensamento prevencionista, solicitou à área de saúde e segurança que realize uma avaliação dessa atividade para que o enquadramento legal fosse realizado, evitando que o trabalhador pudesse adquirir algum tipo de doença ocupacional ou do trabalho, e, também, que a empresa não corra o risco de sofrer sanções disciplinares (multas). Porém, para que o trabalho não seja prejudicado, em vista da necessidade de os fardos estarem bem acomodados na câmara fria para não estragarem os produtos e gerar prejuízos à empresa. Diante de tal solicitação, os profissionais da empresa passam a estudar, por meio da higiene ocupacional, antecipação e reconhecimento do ambiente laboral, como agir para que fosse atendida a solicitação da empresa. O engenheiro de segurança do trabalho, juntamente com o técnico em segurança do trabalho, após irem ao local e realizarem vistoria qualitativa, passam à fase de análise da legislação pertinente para, enfim, fazerem o enquadramento legal da situação e adotarem medidas de controle caso necessário, sendo que, para isto, esses profissionais realizaram as seguintes análises. 1. Estudo da Consolidação das Leis do Trabalho - Decreto-lei n° 5.452/43 Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. SEÇÃO VII DOS SERVIÇOS FRIGORÍFICOS Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.
Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for inferior, nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus). 2. Estudo NR 15 NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES ANEXO IX - FRIO 1. As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizado no local de trabalho. 3. Estudo NR 29 29.3.16.1. A jornada de trabalho em locais frigorificados deve obedecer a seguinte tabela.
Após a realização dos estudos descritos, os profissionais realizam uma interpretação dos dados levantados no ambiente ocupacional, sendo que os resultados são mensurados avaliando o ambiente, aferindo a temperatura efetiva e os tempos de atividades, que, veridicamente, são informados de modo preliminar. Assim, os profissionais fazem a interpretação da atual condição. Condição atual: è 200 fardos x 1,5 minutos p/fardo = 300 minutos = 5 horas de trabalho. è 200 fardos / 50 = 4 ciclos de trabalho. è 50 fardos x 1,5 minutos p/fardo = 75 minutos = 1 hora e 15 minutos por ciclo. è Descanso – 1 x 10 minutos = 10 minutos a cada ciclo. è 10 minutos a cada 50 fardos = 10 x 4 = 40 minutos descanso. Total da jornada 5 horas de trabalho e 40 minutos de descanso. (Não conformidade com o limite legal). Condição proposta: è 200 fardos x 1,5 minutos p/fardo = 300 minutos = 5 horas de trabalho. è 200 fardos / 40 = 5 ciclos de trabalho. è 40 fardos x 1,5 minutos p/fardo = 60 minutos = 1 hora por ciclo. è Descanso – 1 x 60 minutos = 60 minutos a cada ciclo. è 60 minutos a cada 40 fardos = 60 x 4 = 240 minutos = 4 horas de descanso
A condição proposta está balizada no Art. 253 da CLT, e no quadro 1 da NR 29, sendo que o trabalhador está a uma temperatura de -21°C e necessita realizar o trabalho. Assim, o quadro 1 nos remete à seguinte situação: -18,0 a -33,9 Tempo total de trabalho no ambiente frio de 4 horas alternando-se 1 hora de trabalho com 1 hora para recuperação térmica fora do ambiente frio.
Quadro 1 - Máxima exposição diária permissível ao frio para trabalhadores adequadamente vestidos Fonte: Guia Trabalhista, NR 29 (1978).
Diante deste novo rearranjo, o trabalhador, ao entrar, faz o trabalho carregando 40 fardos, na sequência, descansa 60 minutos em ambiente com temperatura mais amena, realizar outros três ciclos revezando 60 minutos de trabalho por 60 minutos de descanso, sendo que ao final do quarto ciclo, o de descanso, ele faz o último carregamento, ou seja 40 fardos (60 minutos) e encerra seu expediente. Desta forma, a empresa está em conformidade com as questões legais e proporciona um ambiente laboral adequado, sem riscos ao trabalhador.
5 fatos sobre Higiene Ocupacional que você deveria saber
Quais são os objetivos da higiene ocupacional?
Reconhecimento, avaliação, controle de agentes ambientais que surgem no trabalho.
Para atuar nas fontes de riscos é necessario quantificar os riscos
A Higiene no trabalho lida com os riscos, na parte da avaliação dos mesmos,principalmente nos que podem originar doenças ocupacionais
Apos o levantamento dos riscos ambientais, possamos proceder a eliminação dos mesmos, nos locais de trabalho.
Quais são os objetivos da fase de antecipação da higiene ocupacional?
Eliminar riscos ambientais e introduzir medidas de proteção na face inicial do projeto
Antecipação
Avaliar os riscos potenciais e tomar medidas preventivas, quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição do trabalhadores, excederem os valores dos limites previstos na NR15 ou valores adotados pela ACGIH, desde de que os mais rigorosos do que os criterios tecnicos legais estabelecidos nas normas.
Reconhecimento
O que não é necessario identificar na fase de reconhecimento na higiene ocupacional?
R= Os valores da empresa.
Deve se dar inicio a avaliação qualitativa em relação aos agentes fisicos, quimicos e biologicos que podem causar danos a saude dostrabalhadores
Um estudo deve ser realizado sobre as materias primas,produtos,serviços,metodos, e procedimentos de rotina, processos, instalações de equipamentos. isso requer conhecimento do processo de trabalho, bem como dos efeitos adversos. O reconhecimento inclui visitas nos locais de trabalho para observar as condições de exposiçao e obter as informações necessarias dos trabalhadores e gerentes.
Assinale a alternativa incorreta a respeito dos limites de tolerancia:
R = É a intensidade maxima que o trabalhador pode ser exposto sem vir a obito
Segundo a NR15. Iten 15.1.5, limite de tolerancia, é a concentração ou a intensidade maxima ou minima relacionada com a natureza e o tempo disposição ao agente que não causara dano a saude do trabalhador durante a sua vida laboral. É um valor no qual abaixo dele o trabalhador nao sofrerá danos a tua saude. Os limites de exposição são baseados em informações cientificas oriundos da combinação de experiencias industriais. Experiencias em humanos e estudos em animais. 
Qual deve ser a primeira hierarquia adota no controle de riscos?
R = Controle das fontes geradoras dos riscos.
Hierarquia de controle de riscos
1. Eliminação - subistituir uma maquina ruidosa por uma que gere menos ruido, deve se pensar se realmente o produto ou a maquina é essencial para o processo.
2. Redução - Reduzir os riscos a niveis aceitaveis, reduzir a exposição do trabalhador ao risco atraves de rodizios. Podemos reduzir o numero de maquinas em um determinado setor, visando diminuir o ruido, podemos reduzir a quantidade de produto quimico utilizado.Ex. produto corrosivo para limpar a.tinta e o verniz, quando misturado na proporção de 50% agua. Diminui a corrosão...
3. Engenharia - Controlar os riscos através de projetos de Engenharia. Ex colocar proteção nas partes moveis das maquinas e equipamentos, enclausurar os equipamentos,criar sistemas de ventilação
4. Administrativo - Administrar o risco. Ex: Elaborar uma PR, elaborar uma permissão de trabalho, fornecer treinamentos e concientização aos trabalhadores, mostrar placas de advertencia
5. EPI - tornar obrigatorio o uso do EPI
A HIGIENE OCUPACIONAL - FUNDAMENTOS BÁSICOS
O ambiente de trabalho
Neste encontro, passaremos a apresentar, a você, acadêmico(a), o entendimento em relação ao ambiente de trabalho quanto à higiene ocupacional, sendo que é relevante conhecermos boa parte dos processos de produção pelos quais o ser humano transforma e modifica as matérias-primas extraídas da natureza em produtos úteis, e, conforme as necessidades tecnológicas atuais, promovendo o crescimento e sustentabilidade. Porém, muitas vezes, esses processos são capazes de dispersar nos ambientes laborais inúmeras substâncias que, ao entrarem em contato com o organismo dos trabalhadores, podem acarretar diversas moléstias ou danos à saúde, levando a óbito em alguns casos específicos. Os processos de fabricação e manuseio dessas substâncias podem originar condições físico-químicas e biológicas de intensidade inadequada para o organismo humano, se manuseadas por determinado tempo e em determinadas concentrações.
Principais conceitos
Para a ABHO, Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (2017), a higiene ocupacional é
A ciência e a arte dedicada ao estudo e ao gerenciamento das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos, por meio de ações de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle das condições e locais de trabalho, visando à preservação da saúde e bem-estar dos trabalhadores, considerando ainda o meio ambiente e a comunidade (ABHO, 2017, on-line).
Para a AIHA, American Industrial Hygiene Association (2017), a higiene ocupacional se define como “A ciência que trata da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos originados nos locais de trabalho e que podem prejudicar a saúde e bem-estar dos trabalhadores, tendo em vista, também, o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente” (AIHA, 2017, on-line, tradução nossa).
Conforme a ACGIH, American Conference of Governmental Industrial Hygienists (2017), a higiene ocupacional é
A ciência e arte do reconhecimento, avaliação e controle de fatores ou tensões ambientais originados do ou no local de trabalho, e que podem causar doenças, prejuízos para a saúde e bem-estar, desconforto e ineficiência significativos entre os trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade (ACGIH, 2017, on-line, tradução nossa).
O estudo da higiene ocupacional visa a proporcionar ambientes saudáveis na sua melhor forma, proporcionando aos trabalhadores condições dignas de um ambiente sem risco laboral, por meio de fundamentos próprios e estudos específicos que envolvem as seguintes fases.
Antecipação: momento em que se procura identificar os potenciais riscos que poderão ocorrer no ambiente laboral. Esta fase, preferencialmente, deve se iniciar na fase de concepção do projeto, de instalação, de ampliação, de modificação ou de substituição de equipamentos ou processos, para que seja possível prever os riscos futuros que possam ser gerados no processo como um todo. Para esta etapa, damos a classificação da etapa qualitativa, em que, por meio da análise pormenorizada, verificamos o ambiente e os possíveis riscos associados ao tipo de trabalho executado, aplicando as técnicas de análise de riscos.
Reconhecimento: momento cuja preocupação se concentra nos riscos presentes que foram antecipados na fase anterior, passando a avaliar, com maior profundidade, os processos, as matérias-primas, os produtos intermediários e finais, as condições do processo, os métodos de trabalho e os equipamentos utilizados. Nesta etapa, necessitamos de um trabalho mais elaborado, ou seja, necessitamos qualificar ainda mais, e de forma mais detalhada, os possíveis riscos, além de realizar um estudo a fundo junto às documentações do tipo PPRA, Programa de Prevenção de Acidentes do Trabalho (NR 09), do mapa de riscos ambientais (NR 05), e, até mesmo, das várias metodologias existentes de técnicas de análise de riscos.
Avaliação e monitoramento: momento em que devemos nos preocupar com o estudo dos riscos elencados nas fases anteriores, e, assim, temos uma base que está contida na avaliação de agentes de riscos (NR 15), sendo ela diretamente ligada a esta etapa, pois, a partir dela, se inicia a fase de trabalhos no sentido de quantificar, periodicamente, os agentes agressivos identificados nas fases anteriores, por meio do estudo e da utilização de instrumentos e metodologias, próprias e adequadas, que possam ajudar no devido enquadramento, para que, desta forma, possamos concluir se a exposição do trabalhador está acima dos limites de tolerância estabelecidos pela legislação vigente.
Controle e aplicação: momento em que, após as avaliações, é importante estabelecer procedimentos necessários para garantir que o agente de risco não chegue aos valores mais agressivos. Nesta fase, se deve, também, procurar a melhoria do processo a fim de identificar valores bem menos agressivos, ou seja, que devem ser tratados como valores de nível de ação, e assim, devemos ter sempre em mente os princípios de controle. Em primeiro lugar, o controle na fonte, eliminar o riscos, e depois, o controle na trajetória e proteção por barreiras. Em último caso, e de maneira temporária, implantar o controle no trabalhador, ou seja, o EPI, Equipamento de Proteção Individual.
História da segurança do trabalho
No mundo
As questões relacionadas à saúde e à segurança do trabalhadores têm seus primeiros indícios no século XVIII, na primeira Revolução Industrial, em que o ser humano passou, de uma relação sociedade-natureza, ao estabelecimento de novas técnicas e formas de produção em grande escala. Porém, a partir do século XIX, essas questões se intensificaram em função de observações e relatos de alguns estudiosos sobre as práticas laborais, conforme veremos a seguir.
Em 1802: foi instituída, na Inglaterra, a primeira lei de proteção ao trabalhador, a Lei de Saúde e Moral de Aprendizes, que estabelecia a jornada de trabalhoem 12 horas diárias, proibia o trabalho noturno e estabelecia a obrigatoriedade de medidas de melhoramento no ambiente de trabalho, sendo obrigatório um ambiente arejado, limpo e seguro aos funcionários. Dadas as condições perigosas e insalubres das práticas laborais, se instalou, no final do século XIX, uma situação de crise.
Em 1833: foi instituída a Lei da Fábrica, na Inglaterra. Proibia o trabalho noturno para menores de 18 anos e limitava as jornadas de trabalho para 12 horas.
Em 1862: na França, ocorreu a regulamentação da Segurança e Higiene do Trabalho.
Em 1865: na Alemanha, surgiu a Lei de Indenização Obrigatória dos Trabalhadores, que responsabilizava o empregador a pagar o empregado pelo acidente de trabalho.
Em 1884: na Alemanha, surgiram as primeiras leis que tratavam sobre o assunto segurança do trabalho.
Em 1886: ocorreu a Revolução Trabalhista de Chicago, nos Estados Unidos. Houve o fortalecimento das correntes comunistas, das organizações trabalhistas e, posteriormente, dos movimentos sindicais.
Em 1919: foi criada a OIT, a Organização Internacional do Trabalho, por meio do capítulo XIII do Tratado de Versalhes.
No Brasil
As questões relacionadas à saúde e à segurança do trabalhadores já despertavam preocupação no final do século XIX. Porém, a partir do século XX, a classe trabalhadora, inconformada com tal situação, iniciou os movimentos sociais de luta por seus direitos, sendo deflagradas grandes greves nos anos de 1907, 1912, 1917 e 1920. A partir desta última greve, começaram a surgir, no Brasil, as primeiras leis objetivando a regulamentação da questão da higiene e segurança do trabalhador, porém, um pouco antes, já de forma prevencionista, algumas leis começaram a ser criadas objetivando a proteção e a prevenção do trabalho.
Em 1891: a preocupação prevencionista teve início com a lei que tratava da proteção ao trabalho dos menores de idade, em 23 de janeiro do mesmo ano.
Em 1919: foi regulamentada a Lei nº 3.724, de 15 de janeiro do mesmo ano, que compreendia a intervenção do Estado nas condições de trabalho no Brasil.
Em 1923: o Decreto nº 16.027, de 30 de abril, criou o Conselho Nacional do Trabalho, cuja função é o controle e a supervisão no que diz respeito à Previdência Social.
Em 1930: o Decreto nº 19.433, de 26 de novembro, criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, e teve como área de atuação a Higiene e a Segurança do Trabalho, conforme o artigo 200 da Constituição Federal de 1988.
Em 1934: foi criada a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho, atualmente Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, órgão fiscalizador e controlador do cumprimento das leis referentes à segurança e à medicina do trabalho.
Em 1943: houve a criação, por meio do Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), Capítulo V (artigos 154 a 201), referentes à segurança e à medicina do trabalho:
normas referentes à inspeção prévia, embargo ou interdição;
órgãos de segurança e medicina;
equipamentos de proteção individual (EPIs);
medidas preventivas;
edificações;
iluminação;
conforto térmico;
atividades insalubres e perigosas, entre outros.
Em 1944: houve a criação do Decreto-lei n° 7.036, de 10 de novembro, que promoveu a reforma da Lei de Acidentes de Trabalho (um desdobramento que contava no capítulo V do Título II da CLT).
Em 1953, foi baixada a Portaria nº 155/53, de 21 de julho, que regulamenta a atuação das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes, CIPAS, proporcionando a participação dos funcionários em treinamentos e palestras que contribuem para o conhecimento de ações que beneficiem sua segurança e bem-estar no local de trabalho.
Em 1960: a Portaria n° 319/60, de 30 de dezembro, regulamentou o uso dos EPIs.
Em 1966: foi criada, conforme a Lei n° 5.161, de 21 de outubro, a Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, atual Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, em homenagem ao seu primeiro presidente.
Em 1972: a Portaria nº 3.237 do Ministério do Trabalho, de 27 de julho, criou os serviços de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho nas empresas. Foi o divisor de águas entre a fase do profissional espontâneo e o legalmente constituído. Essa Portaria criou os cursos de preparação dos profissionais da área.
Em 1974: foram iniciados, enfim, os cursos para a formação dos profissionais de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.
Em 1977: a Lei n° 6.514, de 22 de dezembro, modificou o Capítulo V do Título II da CLT. Convém ressaltar que essa modificação reformulou a CIPA, pois estabeleceu obrigatoriedade, estabilidade, entre outros avanços.
Em 1978: houve a criação das NRs, as Normas Regulamentadoras, aprovadas pela Portaria n° 3.214, de 8 de junho, do Ministério do Trabalho, aproveitando e ampliando as portarias existentes e os Atos Normativos, adotados, até mesmo, na construção da Hidrelétrica de Itaipu. Na ocasião, foram criadas 28 NRs.
Em 1983: a Portaria n° 33, de 27 de outubro, alterou a Norma Regulamentadora 5, introduzindo nela os riscos ambientais.
Em 1985: a Lei n° 7.410, de 27 de novembro, oficializou a especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e criou a categoria profissional de Técnico em Segurança do Trabalho, pois, até então, eram os únicos profissionais prevencionistas não reconhecidos legalmente.
Em 1985: a Lei n° 7.410, de 27 de novembro, oficializou a especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e criou a categoria profissional de Técnico em Segurança do Trabalho, pois, até então, eram os únicos profissionais prevencionistas não reconhecidos legalmente.
engenheiro de segurança do trabalho;
médico do trabalho;
enfermeiro do trabalho;
auxiliar de enfermagem do trabalho;
técnico em segurança do trabalho.
História da medicina do trabalho
Temos, historicamente, que, por volta de 1700, surgiu a extraordinária obra de Bernardino Ramazzini, um médico que atuava na região de Módena, na Itália, e, com uma visão clínica diferenciada e impressionante para a época, em que não existiam muitos recursos introdutórios de maior ênfase na área de saúde, ele descreveu as doenças que ocorriam em mais de 50 profissões. Sua obra, conhecida como De Morbis Artificum Diatriba, contribuiu de forma muito importante, e, até hoje contribui, pois, por meio dela, é possível encontrar, além de profundas observações, uma crítica sutil aos costumes trabalhistas da época. Fato este que, em função da extrema importância dada ao seu trabalho, lhe foi concedido, para a posteridade, o título de pai da Medicina do Trabalho.
Alguns aspectos, também relevantes dentro da História, nos mostra que outros estudiosos, muito antes de Ramazzini, porém, sem tão profunda astúcia e empenho, começaram alguns estudos e descobrimentos de doenças originárias do ambiente de trabalho. Vejamos alguns fatos relevantes sobre isto, até os dias atuais.
Em 384-322 (a.C.): Aristóteles estudou as enfermidades dos trabalhadores nas minas e, principalmente, a forma de evitá-las.
No século IV, em 460-375 (a.C.): Hipócrates fez o reconhecimento e a descrição de envenenamento por chumbo.
No século I (d.C.): Plínio I e Galeno, em Roma, fizeram referência ao envenenamento decorrente do trabalho com enxofre, zinco e vapores ácidos.
Em 1473: Ulrich Ellenbog, na Alemanha, escreveu sobre a doença do ourives provocada pelos gases usados no seu trabalho.
Em 1556: Georgius Agricola, na Alemanha, já lidava com doenças dos mineiros.
Em 1567: Paracelsus deixou uma monografia sobre as doenças dos trabalhadores das minas.
Em 1713: Bernardino Ramazzini, na Itália, escreveu o tratado de referência no campo da medicina ocupacional.
Em 1775: Percival Pott, na Inglaterra, descreveu o câncer dos limpadores de chaminés.
Em 1801: Thomas Beddoe, na Inglaterra, descreveu as condições de higiene do trabalho.
Em 1831: Charles T. Thackrah, também na Inglaterra, descreveu as doenças relacionadas ao trabalho em geral.
Em 1833: a promulgação do Ato das Fábricas passou a considerar evitáveis doenças como:
cólica do pintor (absorção dechumbo das tintas e que provocava cãimbras e dores abdominais);
tísica ou silicose (mineiros que inalavam poeira de sílica e se enfraqueciam seriamente);
tremedeira dos chapeleiros (exposição a vapores de mercúrio do nitrato de mercúrio, usado na atividade dos chapeleiros).
Em 1840: o médico Louis René Villermé realizou um estudo sobre as condições de saúde dos trabalhadores têxteis, preocupando-se, também, com a relação entre o ambiente social, a mortalidade e a morbidade diferencial, fato que motivou estudos como o de Bernoiston Chateauneuf sobre as influências de diferentes ocupações na tuberculose pulmonar.
Em 1842: Edwin Chadwick e John Simon fizeram importantes relatórios sobre as condições sanitárias da classe trabalhadora na Inglaterra.
Em 1867: Karl Marx, em O Capital, denuncia o trabalho de crianças e o número excessivo de horas trabalhadas.
Em 1897: introduzido o Workmen’s Compensation Act, lei de indenização devida ao trabalhador em caso de incapacidade por motivo de acidente de trabalho.
Em 1898: Thomas M. Legge foi nomeado o primeiro Medical Inspector of Factories.
Em 1911: se começou a implementar, com maior amplitude, o tratamento médico industrial.
Em 1948: foi fundada a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em 1986: a Lei n° 7.498 regulamenta as profissões de enfermeiro, técnico em enfermagem e auxiliar de enfermagem.
Em 1990: o quadro do SESMT NR 4 foi atualizado.
INTRODUÇÃO AO AMBIENTE E A HIGIENE DO TRABALHO
O ambiente é composto por fatores bioticos e abioticos.
Fatores bioticos são : seres vivos, com quem compartilha o mesmo ambiente, tanto da mesma especie, quanto de outras especies.
Fatores abioticos são os fatores do ambiente fisico, que influem sobre o ser vivo.
Ex: relevo de terreno, temperatura, umidade.
Importante: O meio ambiente do trabalho é aquele ambiente artificial é o local onde o trabalhador exerce as suas funções laborais. O meio ambiente é o macro, o todo. Onde vivemos.
A segurança do trabalho trata-se de um conjunto de ciências e tecnologias que visam à preservação da saúde e da integridade física do trabalhador em seu local de trabalho. A diminuição dos riscos laborais é o seu principal objeto. Por consequência, também há a diminuição dos acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais.
Normas regulamentadoras (NRs)
As Normas Regulamentadoras, ou NRs, são aprovadas pela Portaria nº 3.214/78, que fornece base e instrumentos sobre saúde e segurança no trabalho. Devem ser cumpridas pelas empresas, pessoas jurídicas, públicas ou privadas que possuam empregados, e também podem ser equiparadas a quem admite empregado. Vale ressaltar, as NRs são aplicáveis, no que couber:
aos trabalhadores regidos por legislação própria, a quem não se aplica a CLT, como os trabalhadores avulsos ou temporários (Lei nº 6.019/74 e regulamento nº 73.841/74);
aos empregados dos sindicatos patronal e laboral;
os autônomos que estejam prestando serviço nos estabelecimentos e são considerados empregados:
pessoas físicas, nunca jurídicas (pessoalidade);
prestador de serviços contínuos ao empregado (habitualidade ou continuidade);
que estejam sob dependência ou direção do empregador (subordinação);
que recebam um salário pelo trabalho realizado (assalariado - onerosidade).
Características gerais sobre o SESMT:
regido pela NR 4;
empresas que possuam empregados regidos pela CLT são obrigadas a manter o SESMT;
composição variável de acordo com o Grau de Risco (Quadro I) e com o Número de Trabalhadores (Quadro II).
Atribuições do SESMT (pontos principais):
aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança do Trabalho (EST) e Medicina do Trabalho (MT);
reduzir os riscos ocupacionais no ambiente de trabalho e em todos os seus componentes;
determinar o uso de EPIs;
orientar tecnicamente em projetos e na implantação de novas instalações físicas;
orientar os atores sobre o disposto nas NRs e em outros dispositivos;
se inter-relacionar com a CIPA;
conscientizar, educar e orientar no sentido de prevenir acidentes e neutralizar os riscos ocupacionais;
as ocorrências (acidentes e doenças ocupacionais);
ser agente de articulação entre a empresa e as Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs);
atender aos casos de emergência, quando necessário.
Atualmente, existem 36 NRs aprovadas. Estas NRs compõem a Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), vigente desde 6 de julho daquele ano, relativa à segurança e medicina do trabalho. Essas normas estão previstas no Capítulo V da CLT.
Percebemos que a saúde e a segurança do trabalho estão totalmente interligadas e são dependentes de uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais específicos ligados à higiene ocupacional, atuando em prol dos trabalhadores e das empresas, com o intuito de manter os ambientes laborais adequados. Entre as Normas Regulamentadoras, e não menosprezando as demais, porém, de grande relevância, está a NR 09, Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Além de ser uma Norma Regulamentadora, é um programa de higiene ocupacional, pois segue os preceitos da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de ocorrências ou riscos ambientais, estando ela totalmente voltada a garantir a integridade física e mental do trabalhadores, assim como garantir que os ambientes laborais permaneçam livres desses agentes prejudiciais.
As Normas Regulamentadoras, portanto, são as bases pelas quais temos as orientações técnicas de procedimentos relacionados à segurança do trabalho, sendo algumas de cunho geral, e outras, específicas, atribuídas a determinados segmentos, porém, com uma única finalidade: a busca incessante para garantir, nos ambientes laborais, a integridade física e mental dos trabalhadores.
ATIVIDADES
1. Quanto às questões relacionadas à higiene ocupacional, temos vários aspectos a serem observados, para o bom andamento das atividades prevencionistas. Diante do exposto, analise as assertivas a seguir.
I. Um fato relevante é conhecermos que boa parte dos processos de produção pelas quais o ser humano transforma e modifica as matérias-primas extraídas da natureza em produtos úteis, e, conforme as necessidades tecnológicas atuais, promove o crescimento e sustentabilidade. Porém, muitas vezes, esses processos são capazes de dispersar nos ambientes laborais inúmeras substâncias que, ao entrarem em contato com o organismo dos trabalhadores, podem acarretar inúmeras moléstias ou danos à saúde, e, até mesmo, levando a óbito em alguns casos específicos.
II. Os processos de fabricação e manuseio dessas substâncias poderão originar condições físico-químicas e biológicas de intensidade inadequada para o organismo humano, se manuseadas por determinado tempo e em determinadas concentrações.
III. O ser humano possui um organismo extremamente complexo, e o seu total bem-estar não está ligado somente às condições ambientais dos locais de trabalho, tampouco à presença de agentes agressivos.
IV. A organização do trabalho exerce grande importância sobre os trabalhadores, ou seja, o ambiente, somado às condições de execução das atividades, mais o fator humano, ou seja, a suscetibilidade individual de cada trabalhado irá, por muitas vezes, quando não apreciada, causar transtornos, ocasionando um ambiente desconfortável para ambos, trabalhadores e empregadores.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I, II, III e IV.
d) II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.
2. Fato relevante e muito importante para a higiene ocupacional é a compreensão clara do que significa meio ambiente de trabalho e meio ambiente, compreendendo a diferença entre ambos e o que se aplica às questões ocupacionais. Sendo assim, quanto ao meio ambiente ocupacional, assinale a alternativa correta.
a) O meio ambiente de um ser vivo é representado por tudo aquilo que o rodeia e influi sobre ele. É constituído por fatores bióticos e fatores abióticos.
b) O meio ambiente é composto por fatores bióticos, que são os outros seres vivos com quem um ser compartilha o meio ambiente, tanto da mesma espécie, como de outras espécies. Os fatoresabióticos são os fatores do ambiente físico que influem sobre o ser vivo: a temperatura, a umidade, o relevo do terreno etc.
c) O meio ambiente de trabalho, dentro da conceituação de meio ambiente, está inserido no meio ambiente artificial. É o local onde o trabalhador exerce suas funções laborativas e onde passa pouca parte de sua vida.
d) O meio ambiente de trabalho não é, necessariamente, o ambiente de uma empresa ou fábrica, mas o local onde se trabalha, que pode ser externo, como o caso dos agricultores, ou entre máquinas, como carros e ônibus.
e) O meio ambiente e o meio ambiente de trabalho são a mesma coisa, apenas diferenciando-se pelo contexto natureza e artificial.
3. Compreendendo as diferenças quanto ao meio ambiente e ao meio ambiente do trabalho, estudamos, assim, a higiene do trabalho/higiene ocupacional, que é a parte da saúde e da segurança do trabalho que desenvolve estudos sobre o meio ambiente laboral, o local onde se executam atividades no dia dia de trabalho. Em relação às palavras que completam o sentido das frases a seguir, assinale a alternativa correta.
A higiene ocupacional é, portanto, a ____________ que estabelece à antecipação,________________, avaliação, monitoramento e controle de todos os agentes ambientais que estejam ou possam estar presentes, ou que sejam originados nos ambientes laborais, e que têm ______________ de prejudicar a saúde e bem-estar dos trabalhadores e/ou até mesmo da ______________ . Higiene ocupacional nada mais é do que o conjunto da ciências e tecnologia que busca _______________ a prevenção e o controle da exposição humana no âmbito ocupacional aos possíveis riscos ambientais. Tem como principal característica a ação _______________, e, em sua essência básica, identificar, estudar, avaliar e gerenciar os riscos químicos, físicos e biológicos presentes nos locais de trabalho.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) área, conceituação, natureza, vizinhança, sempre, prevencionista.
b) ciência, conceituação, potencial, vizinhança, constantemente, prevencionista.
c) área, reconhecimento, natureza, comunidade, sempre, prevencionista.
d) ciência, reconhecimento, potencial, comunidade, constantemente, multidisciplinar.
e) ciência, conhecimento, capacidade, empresa, necessariamente, individual.
4. Compreendendo a evolução histórica no mundo e no Brasil quanto à higiene do trabalho e à segurança do trabalho, temos alguns aspectos históricos extremamente relevantes, quanto às datas e ao que foi realizado, diante dos vieses de informação técnico e histórico. Analise as afirmativas a seguir, e assinale verdadeiro (V) ou falso (F).
( ) Em 1802, na Inglaterra, a primeira lei de proteção ao trabalhador, Lei de Saúde e Moral de Aprendizes, que estabelecia a jornada de trabalho em 12 horas diárias, proibia o trabalho noturno e estabelecia, a obrigatoriedade, de medidas de melhoramento no ambiente de trabalho, sendo obrigatório um ambiente arejado, limpo e seguro aos funcionários. Dadas as condições perigosas e insalubres das práticas laborais, se instalou, ao final do século XIX, uma situação de crise.
( ) Em 1833, foi criada a Lei da Fábrica, na Inglaterra: proibia o trabalho noturno para menores de 18 anos e limitava as jornadas de trabalho para 12 horas.
( ) Em 1930, o Decreto nº 19.433, de 26 de novembro, cria o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, tendo como área de atuação a Higiene e a Segurança do Trabalho, conforme o artigo 200 da Constituição Federal de 1988.
( ) Em 1934, foi criada a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho, atualmente Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, órgão fiscalizador e controlador do cumprimento das leis referentes à segurança e à medicina do trabalho.
A sequência correta para a resposta da questão, é:
a) V, F, V, F.
b) F, V, F, V.
c) V, V, V, V.
d) F, F, F, F.
e) V, V, V, F.
5. Ao estudarmos os principais aspectos relevantes quanto à saúde ocupacional e à segurança do trabalho, passamos a entender que elas se tratam de um conjunto de ciências e tecnologias que visam à preservação da saúde e da integridade física do trabalhador em seu local de trabalho. A diminuição dos riscos laborais é seu principal objeto. Por consequência, também há a diminuição dos acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais. Sobre as áreas do conhecimento que compõem a saúde e a segurança do trabalho, assinale a alternativa correta.
a) Biológicas, saúde, secundárias, exatas e da terra, econômicas, sociais aplicadas.
b) Astronômicas, saúde, agropecuárias, exatas e da terra, artísticas, sociais aplicadas.
c) Biológicas, saúde, agrárias, exatas e da terra, humanas, sociais aplicadas.
d) Astronômicas, saúde, secundárias, exatas e da terra, econômicas, sociais aplicadas.
e) Arqueológicas, saúde, agropecuárias, exatas e da terra, humanas, sociais.
1. c) I, II, III e IV.
2. d) O meio ambiente de trabalho não é, necessariamente, o ambiente de uma empresa ou fábrica, mas o local onde se trabalha, que pode ser externo, como o caso dos agricultores, ou entre máquinas, como carros e ônibus.
3. d) ciência, reconhecimento, potencial, comunidade, constantemente, multidisciplinar.
4. c) V, V, V, V.
5. c) Biológicas, saúde, agrárias, exatas e da terra, humanas, sociais aplicadas.
A HIGIENE OCUPACIONAL - NORMAS REGULAMENTADORAS E NORMAS DE HIGIENE OCUPACIONAL X NORMAS INTERNACIONAIS
Norma Regulamentadora 15 e a hierarquia das leis
Antes de mais nada, devemos compreender alguns aspectos relevantes e importantes antes de realizarmos o estudo da Norma Reguladora 15 (NR 15), ou seja, devemos compreender como funcionam as leis no Brasil. Assim, partimos do princípio de que a Constituição é a lei máxima de um país, e todas as demais leis devem estar em conformidade com ela.
Diante deste prefácio, segundo Soares (2011, on-line)¹, cada estado tem uma constituição própria e um conjunto de leis estaduais, que devem se enquadrar nas federais. Desta mesma forma, os municípios, ao elaborarem as suas leis orgânicas e as demais leis, devem conformá-las de modo a não contrariar a Lei Estadual e a Federal. Diante do exposto pela autora, veja a hierarquia das leis seguidas no Brasil.
Sendo assim, temos que, de acordo com o Decreto-lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprovou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e posterior à Lei n° 6.514, de 22 de dezembro de 1977, por meio do artigo 200 da CLT, alterou o Capítulo V do Título II da CLT, relativo à segurança e à medicina do trabalho e dá outras providências. Entre elas, a criação da Portaria no 3.214, de 8 de junho de 1978, que aprovou as Normas Regulamentadoras em acordo com o Capítulo V, Título II da CLT. Em primeiro momento, com as seguintes normas.
NR 1 - Disposições Gerais.
NR 2 - Inspeção Prévia.
NR 3 - Embargo e Interdição.
NR 4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).
NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
NR 6 - Equipamento de Proteção Individual (EPI).
NR 7 - Exames Médicos.
NR 8 - Edificações.
NR 9 - Riscos Ambientais.
NR 10 - Instalações e Serviços de Eletricidade.
NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.
NR 12 - Máquinas e Equipamentos.
NR 13 - Vasos Sob Pressão.
NR 14 - Fornos.
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres.
NR 16 - Atividades e Operações Perigosas.
NR 17 - Ergonomia.
NR 18 - Obras de Construção, Demolição e Reparos.
NR 19 - Explosivos.
NR 20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis.
NR 21 - Trabalhos a Céu Aberto.
NR 22- Trabalhos Subterrâneos.
NR 23 - Proteção Contra Incêndios.
NR 24 - Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho.
NR 25 - Resíduos Industriais.
NR 26 - Sinalização de Segurança.
NR 27 - Registro de Profissionais.
NR 28 - Fiscalização e Penalidades.
A NR 15: atividades e operações insalubres
Com Publicação pelo D.O.U. Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78 e com as alterações/atualizações D.O.U. Portaria SSMT n.º 12, de 12 de novembro de 1979, Portaria SSMT n.º 01, de 17 de abril de 1980, PortariaSSMT n.º 05, de 09 de fevereiro de 1983, Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983, Portaria SSMT n.º 24, de 14 de setembro de 1983, Portaria GM n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990, Portaria DSST n.º 01, de 28 de maio de 1991, Portaria DNSST n.º 08, de 05 de outubro de 1992, Portaria DNSST n.º 09, de 05 de outubro de 1992, Portaria SSST n.º 04, de 11 de abril de 1994, Portaria SSST n.º 22, de 26 de dezembro de 1994, Portaria SSST n.º 14, de 20 de dezembro de 1995, Portaria SIT n.º 99, de 19 de outubro de 2004, Portaria SIT n.º 43, de 11 de março de 2008 (Rep.), Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011, Portaria SIT n.º 291, de 08 de dezembro de 2011 e a atual Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014, está em vigor a norma regulamentadora NR 15, que tem como base legal os artigos 189 e 190 da CLT, com os seguinte dizeres:
Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Art. 190 - O Ministério do Trabalho irá aprovar o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes (BRASIL, 1977, on-line).
Desta forma, a NR 15 possui a descrição de atividades, operações e agentes insalubres, definindo os seus limites de tolerância e as características de trabalhos que, sendo realizados nos ambientes de trabalho, irão caracterizar o exercício em atividade insalubre, assim, trazendo sugestões para a devida proteção dos trabalhadores às exposições nocivas à saúde, por meio da eliminação ou neutralização do agente insalubre nos ambientes laborais.
A NR 15, assim compreendida, nos traz em seu contexto 14 anexos, que, individualmente, tratam de cada risco como potencial gerador da situação insalutífera. Esses anexos possuem características próprias de avaliação por meio da qualificação e, alguns, por meio da quantificação, conforme estabelecido na norma, sendo assim distribuídos.
A definição de agente insalubre, conforme determina a NR 15, proporciona ao trabalhador o direito a receber um adicional de insalubridade no importe de 40, 20 ou 10% sobre o salário mínimo nacional vigente, desde que constatada a exposição do trabalhador segundo os critério de exposição, em função da concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente no ambiente de trabalho.
AS NHOS, SEUS ASPECTOS E APLICAÇÕES
NHOs - Normas de HigieneOcupacional (Fundacentro)
A Fundacentro, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, é uma instituição criada oficialmente no ano de 1966, e que, inicialmente, se chamava Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, e teve a sua história concebida no início da década de 1960, em virtude da preocupação dos poucos prevencionistas em relação aos altos índices de acidentes e de doenças originárias dos ambientes de trabalho. Preocupação estendida entre o governo e a sociedade da época, período este em que o Brasil, filiado à OIT, a Organização Internacional do Trabalho, já refletia acerca dos conceito de saúde e segurança dos trabalhadores.
Inicialmente, a partir da década de 1980, foram criadas pela Fundacentro as Normas de Higiene do Trabalho (NHTs), posteriormente transformadas, a partir do ano de 2001, em Normas de Higiene Ocupacional (NHOs), distribuídas da seguinte forma.
NHO 01 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído (2001).
NHO 02 - Método de Ensaio: Análise Qualitativa de Fração Volátil (Vapores Orgânicos) em Colas, Tintas e Vernizes por Cromatografia Gasosa (2001).
NHO 03 - Método de Ensaio: Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados sobre Filtros e Membrana (2001).
NHO 04 - Método de Ensaio: Coleta e Análise de Fibras em Locais de Trabalho (2001).
NHO 05 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional aos Raios X nos Serviços de Radiologia (2001).
NHO 06 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor (2001).
NHO 07 - Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método da Bolha de Sabão (2002).
NHO 08 - Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho - (2009).
NHO 09 - Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional à Vibração de Corpo Inteiro (2013).
NHO 10 - Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional à Vibração em Mãos e Braços (2013).
As NHOs e as avaliações quantitativas
Ao identificarmos a presença de um agente ocupacional, muitas vezes, é necessário que seja realizada uma avaliação para, enfim, saber o quanto esse determinado risco estará prejudicando os trabalhadores durante a execução de sua jornada de trabalho. Assim, temos que existem duas formas de avaliação: qualitativas e as quantitativas, sendo que a avaliação qualitativa é realizada para se identificar o tipo de risco ocupacional que está presente no ambiente laboral, porém, não é possível saber o quanto desses agentes estão presentes, ou seja, neste primeiro momento, não lhes é atribuído um valor que servirá como prova de que eles realmente estão no ambiente.
Por outro lado, a avaliação quantitativa já nos permite avaliar o risco ocupacional qualificado, por meio do uso de instrumentos apropriados, e assim, poder atribuir valores às concentrações ou à exposição dos trabalhadores aos agentes identificados. Essa avaliação também nos serve como fonte de monitoria, pois, por meio das medições periódicas realizadas por instrumentos apropriados, conseguimos verificar se as condições melhoraram, estabilizaram ou pioraram, e assim, podemos adotar medidas de controle e prevenção. Ex. medir ruido, utilizar um decibelimetro/calor,utilizar medidor de extresse externo. Em condições diversas encontradas no ambiente de trabalho, portanto, necessitamos avaliar de forma quantitativa os agentes ocupacionais, e, neste contexto, nos deparamos com a leitura e a interpretação da NR 15 e seus anexos, em que temos algumas diretrizes que nos servem de balizadoras para a investigação e a avaliação dos riscos ocupacionais.
A NR 15 simplesmente nos proporciona as diretrizes básicas, não nos direciona para as técnicas e os tipos de instrumentais que serão necessários, ficando, assim, o profissional de saúde e segurança do trabalho desprovido do conhecimento, e tendo que buscar outras fontes técnicas para esclarecer essas dúvidas e fazer a sua investigação técnica. Passamos a compreender, desta forma, que, para se avaliar os riscos ocupacionais no ambiente de trabalho de forma quantitativa, devemos buscar amparo em normas técnicas, principalmente sobre quais instrumentos utilizar e como os utilizar no ambiente ocupacional.
Desta forma, as NHOs da Fundacentro surgem com este viés de informar e estabelecer quais tipos de equipamentos de medição devem ser utilizados em cada caso e como devem ser utilizados, além de informar sobre as boas práticas de higiene ocupacional e sobre o comportamento dos envolvidos no processo de avaliação (avaliador e avaliado). Assim, com a base da NR 15, juntamente com as práticas proporcionadas pelas NHOs, podemos ter avaliações consistentes e condizentes com a realidade de exposição do trabalhador, podendo, caso necessário, mitigar os riscos encontrados e provar que eles estão sob controle.
O uso das NHOs tem objetivos distintos para cada situação, e na sua concepção, busca orientar os profissionais da saúde e segurança do trabalho sobre a correta aplicação das normas para se chegar a resultados concretos. Sendo essa uma linha de pensamento prevencionista, o bom uso dessas normas, em acordo com seus objetivos propostos, proporcionará ótimos resultados para as análises ocupacionais, conforme proposto pela Fundacentro. Vejamos os objetivospropostos por cada NHO.
NHO 01 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacionalao Ruído (2001)Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional ao ruído, que implique risco potencial de surdez ocupacional.
NHO 02 - Método de Ensaio: Análise Qualitativa de Fração Volátil (Vapores Orgânicos) em Colas, Tintas e Vernizes por Cromatografia Gasosa (1999).
Esta norma estabelece procedimento padronizado para análise qualitativa da fração volátil de colas, tintas e vernizes à base de solventes, em especial os componentes mais tóxicos e mais comuns, tais como: benzeno, n-hexano, tolueno, álcool metílico e butanona, com a finalidade de se identificarem as substâncias voláteis que possam estar presentes no ar de um ambiente de trabalho.
NHO 03 - Método de Ensaio: Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados sobre Filtros e Membrana - 2001
Este método de ensaio estabelece um procedimento padronizado para análise gravimétrica de aerodispersóides sólidos coletados sobre filtros de membrana, com a finalidade de determinar a massa de poeira coletada do ar de um ambiente de trabalho.
NHO 04 - Método de Ensaio: Coleta e Análise de Fibras em Locais de Trabalho (2001).
Esta norma prescreve um método padronizado de coleta e análise de fibras, incluindo todos os tipos de amianto/asbesto, fibras vítreas (MMVF, Man Mineral Vitreous Fibers) e fibras cerâmicas. Tem a finalidade de estimar a concentração de fibras respiráveis em suspensão no ar.
NHO 05 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional aos Raios X nos Serviços de Radiologia (2001).
Estabelece procedimentos para a realização de levantamento radiométrico das salas de equipamentos emissores de raios-X diagnóstico e para a medição da radiação de fuga do cabeçote desses equipamentos.
NHO 06 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor (2002).
Esta norma técnica tem por objetivo o estabelecimento de critérios e procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional ao calor que implique sobrecarga térmica ao trabalhador, com consequente risco potencial de dano à saúde.
NHO 07 - Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método da Bolha de Sabão (2002).
Esta norma estabelece um procedimento padronizado de calibração da vazão de bombas de amostragem individual, por meio do método da bolha de sabão.
NHO 08 - Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho (2009).
Estabelece um procedimento padronizado para coleta de material particulado sólido em filtros de membrana, com a finalidade de obter amostras representativas das partículas suspensas no ar dos ambientes de trabalho.
NHO 09 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional à Vibração de Corpo Inteiro (2013). Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional às vibrações de corpo inteiro (VCI) que implique possibilidade de ocorrência de problemas diversos à saúde do trabalhador, entre os quais, aqueles relacionados à coluna vertebral.
NHO 10 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional à Vibração em Mãos e Braços (2013).
Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos para avaliação da exposição ocupacional às vibrações em mãos e braços que implique risco à saúde do trabalhador, como a ocorrência da síndrome da vibração em mãos e braços (SVMB).
Apesar de podermos utilizar as metodologias de avaliações de riscos propostos pelas NHOs da Fundacentro, devemos respeitar e seguir os limites de tolerância estabelecidos pela Norma Regulamentadora NR-15, sempre e em primeiro lugar. Porém, quando os parâmetros dela não forem suficientes, ou seja, quando eles não se encontrarem na NR 15, é interessante utilizar as metodologias das NHOs, ou, até mesmo, a norma internacional da ACGIH (Association Advancing Occupational and Environmental Health), balizadora da higiene ocupacional em diversos países. O fundamental é fazer sempre a melhor avaliação ocupacional possível, pois, desta forma, a unificação da NR 15 com suas bases legais, e das NHOs com sua base técnicas, proporciona, sem dúvida, um melhor resultado para um maior controle do risco.
Normas internacionais do trabalho
De fundamental importância para a concepção do entendimento técnico profissional, é o entendimento e unificação de parâmetros, assim como das normas e leis sobre saúde e segurança dos trabalhadores. Com este intuito, percebemos que uma das principais funções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), é o estabelecimento e a adoção do uso de normas internacionais de trabalho, apresentadas sob a forma de convenções ou recomendações técnicas. Sabendo que esses instrumentos são parametrizados e posteriormente adotados pela Conferência Internacional do Trabalho (CIT), levando em conta a participação de representantes dos trabalhadores, dos empregadores e dos governos.
Estas convenções da OIT, depois de elaboradas de forma tripartite, se tornam tratados internacionais que, posteriormente ratificados por todos os países membros da OIT, passam a integrar de forma conjunta a legislação nacional de cada um deles. Um fato importante e relevante quanto às normas internacionais relativas à OIT, é que elas seguem um trâmite: se examinadas por uma comissão de peritos quanto à aplicação de convenções e recomendações da OIT, esses recebem e avaliam possíveis queixas, as quais são submetidas a uma análise minuciosa, essa comissão lhes seguimento, produzindo relatórios técnicos de memórias para posterior discussão, publicação e difusão aos países membros (OIT, 2009, on-line).
No ano de 1998, foi adotada pelos países membros a Declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento, sendo um marco histórico, pois tais diretrizes são uma reafirmação universal do compromisso dos Estados membros e da comunidade internacional geral em respeitar, promover e aplicar um patamar mínimo de princípios e direitos no trabalho, e que estes são, de certa forma, reconhecidamente fundamentais para os trabalhadores executarem as suas atividades nos ambientes laborais.
Uma das funções fundamentais da Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a elaboração, adoção, aplicação e promoção das Normas Internacionais do Trabalho, sob a forma de convenções, protocolos, recomendações, resoluções e declarações. Todos estes instrumentos são discutidos e adotados pela Conferência Internacional do Trabalho (CIT), órgão máximo de decisão da OIT, que se reúne uma vez por ano.
Fonte: OIT Brasília.
Entidades internacionais e as normas internacionais de saúde e segurança do trabalho
Como parâmetro, possuímos, tal qual a Fundacentro no Brasil, entidades de saúde e segurança do trabalho espalhadas por diversos países, onde também são produzidos estudos e criadas normas técnicas para avaliações ocupacionais. Esses países, por meio de suas entidades, criam, aperfeiçoam e desenvolvem novos métodos e aplicações dos conceitos de higiene ocupacional que, posteriormente, são convencionados pela OIT e passam a ser adotados pelos países participantes. Essas são algumas das principais entidades internacionais balizadoras da higiene ocupacional.
Conferência Americana dos Higienistas Industriais
American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH)
Site: www.acgih.org
Associação Americana de Higiene Industrial
American Industrial Hygiene Association (AIHA)
Site: https://www.aiha.org
Sociedade Americana de Engenheiros de Segurança
American Society of Safety Engineers (ASSE)
Site: www.asse.org
Associação Interdisciplinar de Saúde Ocupacional e Higiene do México
Asociación Interdisciplinaria de Salud Ocupacional e Higiene de México (Aisomex)
Site: www.aisohmex.net
Associação Mexicana de Higiene Industrial
Asociación Mexicana de Higiene Industrial (AMHI)
Site: www.amhi.org.mx
Sociedade Britânica de Higiene Ocupacional
British Occupational Hygiene Society (BOHS)
Site: www.bohs.org
SociedadeCanadense de Engenharia de Segurança
Canadian Society of Safety Engineering (CSSE)
Site: www.csse.org
Comissão Internacional para Saúde Ocupacional
International Commission on Occupational Health (ICOH)
Site: www.icohweb.org
Associação Internacional de Higiene Ocupacional
International Occupational Hygiene Association (IOHA)
Site: www.ioha.net
Sociedade para Análises de Riscos dos Estados Unidos
Society for Risk Analysis/USA
Site: www.sra.org
Cada uma destas instituições trabalha o contexto da higiene ocupacional das mais diversas formas, estudando e analisando o dia dia de trabalho em diversos segmentos, assim, podendo desenvolver métodos, técnicas e formas de atuar na proteção dos trabalhadores, evitando as moléstias proporcionadas por um ambiente não adequado e com riscos. Muitas dessas instituições criam e desenvolvem parcerias mundiais com outros países, na busca constante de parâmetros que possam tornar o ambiente ocupacional o mais adequado possível e erradicar o trabalho sob condições adversas. Esses parâmetros se traduzem em normas e procedimentos, como vimos, anteriormente, traduzidos em convenções pela OIT.
ATIVIDADES
1. Quanto às questões relacionadas à higiene ocupacional, no tocante às Normas Regulamentadoras, compreendemos que as mesmas são frutos de uma lei maior, sem ofender e/ou deixar de garantir aos trabalhadores o que a Constituição Federal já lhes havia proporcionado. Sendo assim, baseando-se nos estudos realizados, podemos dizer que, segundo as hierarquias das leis brasileiras, a instituição e a aprovação das Normas Regulamentadoras ocorreram por um meio ou uma forma. Sobre isto, assinale a alternativa correta.
a) Decreto Legislativo.
b) Decreto.
c) Instrução Normativa.
d) Lei Complementar.
e) Portaria.
2. Com a publicação das Normas Regulamentadoras em 8 de junho de 1978, uma série de 28 NRs foram criadas para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores, entre elas, a NR 15, Atividades e Operações Insalubres, sendo ela balizada pelo capítulo V da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Sobre os artigos da CLT relativos à aplicação a todas as empresas públicas ou privadas, assinale a alternativa correta.
a) Artigos 160 e 161.
b) Artigos 170 e 171.
c) Artigos 180 e 191.
d) Artigos 189 e 190.
e) Artigos 198 e 200.
3. Ainda sobre a NR 15, Atividades e Operações Insalubres, estudamos que ela possui 14 anexos que servem para a determinação do direito ao adicional de insalubridade, e que, de fato, avaliando o ambiente laboral e constatando a presença desses agentes insalutíferos, o trabalhador tem direito a receber os seguintes percentuais: 10% para grau mínimo, 20% para grau médio e 40% para grau máximo, incidentes sobre o salário mínimo nacional. Sobre os anexos que determinam o direito do trabalhador de receber o adicional quando diagnosticado, no ambiente laboral, o grau máximo, assinale a alternativa correta.
a) Anexos 1, 6, 10, 12, 13 e 14.
b) Anexos 1, 2, 10, 12, 13 e 14.
c) Anexos 5, 6, 11, 12, 13 e 14.
d) Anexos 6, 7, 10, 12, 13 e 14.
e) Anexos 7, 9, 11, 12, 13 e 14.
4. Com a criação da Fundacentro em 1966, diante de toda uma preocupação dos poucos, porém, aplicados prevencionistas da época em relação aos acidentes de trabalho, ações de conscientização e desenvolvimento de programas de saúde e de segurança do trabalho foram criados para reduzir os índices de acidentes e doenças. Assim, também foram ampliadas, anos depois, as boas práticas de avaliação ocupacional com o desenvolvimento de ações em prol da higiene ocupacional, principalmente no desenvolvimento de Normas de Higiene do Trabalho, as conhecidas NHTs, que, a partir de 2001, foram transformadas em Normas de Higiene Ocupacional, as NHOs. Sobre as NHOs desenvolvidas no ano de 2001, assinale a alternativa correta.
a) NHOs 1, 2, 3, 4 e 5.
b) NHOs 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
c) NHOs 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.
d) NHOs 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8.
e) NHOs 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
5. Compreendendo a evolução das NHTs, Normas de Higiene do Trabalho, quando transcritas e transformadas em NHOs, Normas de Higiene Ocupacional, passamos a um estágio em que identificamos, tecnicamente, que a presença de determinados agentes de risco será conhecida de forma efetiva quando avaliada, em local de trabalho, durante a execução desse trabalho no ambiente laboral idêntico ao que o trabalhador se encontra diariamente, para definir o nível de risco a que ele se encontra exposto. Analise as afirmativas a seguir, e assinale verdadeiro (V) ou falso (F).
( ) A avaliação qualitativa é realizada para que se possa identificar o tipo de risco ocupacional que está presente no ambiente de trabalho, porém, não é possível saber o quanto desse agente está presente, ou seja, em um primeiro momento, não é possível saber valores de concentrações ou intensidades etc., para se efetivar resultados.
( ) A avaliação quantitativa nos permite avaliar o risco ocupacional qualificado e obter resultados de concentração e/ou intensidade, por meio do uso de instrumentos apropriados, podendo atribuir valores de exposição dos trabalhadores ao agente identificado.
( ) As NHOs da Fundacentro surgem para informar e estabelecer quais tipos de equipamentos de medição devem ser utilizados em cada caso, e também, como devem ser utilizados, orientando quanto às boas práticas de higiene ocupacional, relacionadas ao comportamento do trabalhador avaliado durante a inspeção.
( ) Para a avaliação de ruído ocupacional, utilizamos a NHO 01, que estabelece os procedimentos técnicos e os critérios de avaliação desses riscos.
A sequência correta para a resposta da questão, é:
a) V, V, F, V.
b) F, V, F, V.
c) V, F, V, V.
d) F, F, F, F.
e) V, V, V, V.
Resolução das atividades
1. e) Portaria.
2. d) Artigos 189 e 190.
3. c) Anexos 5, 6, 11, 12, 13 e 14.
4. b) NHOs 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
5. a) V, V, F, V.
HIGIENE OCUPACIONAL, NORMAS BRASILEIRAS (NBR/ABNT) X NORMAS REGULAMENTADORAS (NRS) E APLICAÇÃO DAS NORMAS DE HIGIENE OCUPACIONAL (NHOS)
As normas da NBR/ABNT e as NRs
Para os profissionais da área de saúde e segurança do trabalho, estarem atentos a tudo que acontece ao seu redor é extremamente importante, sendo assim, estarem atentos quanto a tudo que diz respeito às normas e procedimentos que envolvem os mais diversos aspectos que, por sua vez, norteiam e balizam as avaliações ocupacionais, é fundamental. Neste viés, passaremos a conhecer um pouco mais sobre as Normas Brasileiras da ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR/ABNT) e as principais características que as diferenciam das Normas Reguladoras (NRs).
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é um órgão responsável pela normalização por meio da resolução nº 07 do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade (CONMETRO), de 24 de agosto de 1992. Ou seja, a ABNT é o órgão responsável pela normalização técnica no país, é o foro nacional de normalização, reconhecido desde a sua fundação, em 28 de setembro de 1940, e, posteriormente, confirmado pelo governo federal por meio de diversos instrumentos legais. Haja vista que a legislação brasileira garante que, na falta de normalização técnica sobre determinado assunto, é possível a utilização de normas técnicas estabelecidas e emitidas por organismos internacionais do tipo ISO, NFPA, IEC, ANSI, BSI, entre outros.
As Normas Brasileiras (NBRs) são elaboradas por instituições públicas e privadas e posteriormente normalizadas pela ABNT, e, em seguida, comercializadas para servir como parâmetros de gestão, também servindo com balizadoras no momento de revisão das Normas Regulamentadoras no momento da reunião da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) do governo para elaboração e/ou atualização das normas. Já as Normas Regulamentadoras (NRs) são elaboradas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, juntamente com uma comissão composta de membros do governo, representantes dos empregados e representantes dos empregadores, também chamados de Comissão Tripartite Paritária Permanente, e tem como objetivo regulamentar edetalhar disposições presentes na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e nas demais leis trabalhistas vigentes.
Apesar de muito semelhantes, e, muitas vezes, de uma sigla remeter a outra, tais normas são diferentes, e possuem, cada uma, as suas características próprias e formas de aplicação. Outra questão muito importante quanto a estas duas normativas é que o não cumprimento do disposto nas NBRs irá, de certa forma, apenas prejudicar a empresa quanto ao seu desempenho, ou seja, quanto a sua gestão. Porém, o não cumprimento do disposto na Portaria n° 3.214/78, as NRs, que têm força de lei, poderá gerar sanções, tais como: multas, ou até mesmo, podendo o auditor fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego interditar o estabelecimento. De acordo com os itens 1.7 e 1.9 da NR no 1, cabe ao empregador determinadas funções, como visto a seguir.
1.7. Cabe ao empregador:
a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; (101.001-8 / I1)
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos. (101.002-6 / I1) (Alterado pela Portaria SIT 84/2009).
c) informar aos trabalhadores: (101.003-4 / I1)
I - os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
II - os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
III - os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;
IV - os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. (101.004-2 / I1)
e) determinar os procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho. (Redação dada pela Portaria SIT 84/2009)
1.9. O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente (GUIA TRABALHISTA, 2017, on-line).
Sendo esta uma diferença importante entre as normas, temos a relevância de cada uma delas. As NRs como força de lei e as NBRs/ABNT como procedimentos técnicos. As normas propostas e aprovadas via ABNT são importantes por suas características voltadas à indicação de parâmetros e padrões de qualidade a fim de melhorar a produtividade de um modo geral, mitigando falhas, evitando defeitos e acidentes, além de proporcionar economia e redução de desperdícios. A partir do momento em que adotamos padrões, reduzimos as nossas chances de falhas, aumentando a confiabilidade.
NRs - não cumprimento de leis geram multas
NBRS/ABNT - Perca de produtividade, aspectos produtivos
AS NORMAS BRASILEIRAS APLICÁVEIS À HIGIENE OCUPACIONAL
Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBRs/ABNT)
Em relação à saúde e segurança do trabalho, a ABNT, hoje, possui excelentes normativas que colaboram para a aplicação das questões relacionadas à higiene ocupacional nos ambientes laborais. Essas normativas vêm de encontro aos anseios de muitos profissionais para questões técnicas e esclarecimentos no dia dia. Como um dos seus primeiros atos, o conselho deliberativo da ABNT aprovou, em sua reunião ordinária, a criação, em 17 de dezembro de 1996, do Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual (CB-32) para atender ao anseio e às proposições da Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho (ANIMASEG), fundada em 1978, e que abrigou, de forma estrutural, o funcionamento do Comitê e da ABNT/CB-32, visando à agilização da elaboração e da revisão das normas de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), iniciando uma série de normativas que se voltaram às questões de segurança nos ambientes de trabalho.
De forma geral, temos várias NBRs que se aplicam à saúde e à segurança do trabalho, algumas mais usuais, outras com características apenas informativas, como veremos a seguir em caráter ilustrativo.
ABNT NBR 14280: 2001
Cadastro de acidente do trabalho - Procedimento e classificação.
ABNT NBR 13887: 1997
Ferrovia - Acidente do trabalho - Classificação do local.
ABNT NBR 14725-1: 2009
Versão Corrigida: 2010 - Produtos químicos - Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente - Parte 1: Terminologia.
ABNT NBR 14725-2: 2009
Versão Corrigida:2010 - Produtos químicos - Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente - Parte 2: Sistema de classificação de perigo.
ABNT NBR 14725-3: 2012
Versão Corrigida 3:2015 - Produtos químicos - Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente - Parte 3: Rotulagem.
ABNT NBR 14725-4: 2014
Produtos químicos - Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente - Parte 4: ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ).
ABNT NBR ISO 5131: 2017
Tratores agrícolas e florestais - Medição de ruído na posição do operador - Método de avaliação.
ABNT NBR 10151: - 2000
Versão Corrigida: 2003 - Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando ao conforto da comunidade - Procedimento.
ABNT NBR 10152: 1987
Errata 1: 1992- Níveis de ruído para conforto acústico - Procedimento.
ABNT NBR ISO 13753: 2015
Vibrações mecânicas e choque - Vibração no sistema mão-braço - Método para medição da transmissibilidade da vibração em materiais resilientes sob preensão pelo sistema mão-braço.
ABNT ISO/TR 25398: 2008
Máquinas rodoviárias - Diretrizes para avaliação da exposição à vibração transmitida ao corpo humano por máquinas que transportam o operador - Utilização de dados harmonizados medidos por institutos internacionais, organizações e fabricantes.
ABNT NBR ISO 6184-1: 2007
Sistemas de proteção contra explosão - Parte 1: Determinação dos índices de explosão dos pós combustíveis no ar.
ABNT NBR 14606: 2013
Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis - Entrada em espaço confinado em tanques subterrâneos e em tanques de superfície.
ABNT NBR 16577: 2017
Versão Corrigida: 2017 - Espaço confinado - Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção.
APLICAÇÕES FUNDAMENTAIS DAS NORMAS DE HIGIENE OCUPACIONAL (NHOs 01, 03, 06, 08)
Diante da necessidade de procedimentos de avaliação que servissem de base aos profissionais da saúde e segurança do trabalho, em complementação aos anexos constantes da NR 15 e seus anexos, foram desenvolvidas um total de 10 NHOs, que serviram como base para esclarecer muitas das dúvidas durante as diligências investigativas nos ambientes laborais, tornando os trabalhos técnicos mais confiáveis e com melhores resultados.
Sendo assim, passaremos a compreender melhor algumas destas NHOs quanto às suas aplicações, referências normativas, definições, abreviaturas e símbolos, na seguinte sequência: NHO 01, avaliação da exposição ocupacional ao ruído; NHO 03, análise gravimétrica de aerodispersóides sólidos coletados sobre filtros de membrana; NHO 06, avaliação da exposição ocupacional ao calor; NHO 08, coleta de material particulado sólido suspenso no ar de ambiente de trabalho.
NHO 01 - Avaliação da exposição ocupacional ao ruído
Aplicação
A norma aplica-se à exposição ocupacional a ruído contínuo ou intermitente, e a ruído de impacto, em quaisquer situações de trabalho, contudo, não está voltada para a caracterização das condições de conforto acústico.
Referências normativas
As edições das normas relacionadas a seguir, referidas ao longo do texto, se encontravam em vigor durante a elaboração da presente norma. Os usuários da versão antiga devem estar atentos às edições mais recentes referendadas.
ANSI S 1.25 (1991) - Specification for personal noise dosimeters.
ANSI S 1.4 (1983) - Specification for sound level meters.
ANSI S 1.40 (1984) - Specification for acoustical calibrators.
IEC 804 (1985) - Integrating-averaging sound level meters.
IEC 651 (1993) - Sound level meters.
Definições, símbolos e abreviaturas
· Ciclo de Exposição: conjunto de situações acústicas aos quais é submetidoo trabalhador, em sequência definida, e que se repete de forma contínua no decorrer da jornada de trabalho.
· Critério de Referência (CR): nível médio para o qual a exposição, por um período de oito horas, corresponderá a uma dose de 100%.
· Dose: parâmetro utilizado para a caracterização da exposição ocupacional ao ruído, expresso em porcentagem de energia sonora, tendo por referência o valor máximo da energia sonora diária admitida, definida com base em parâmetros preestabelecidos (q, CR, NLI).
· Dose Diária: dose referente à jornada diária de trabalho.
· Dosímetro de Ruído: medidor integrador de uso pessoal que fornece a dose da exposição ocupacional ao ruído.
· Grupo Homogêneo: corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição semelhante, de forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte do grupo seja representativo da exposição de todos os trabalhadores que compõem o mesmo grupo.
· Incremento de Duplicação de Dose (q): incremento em decibéis que, quando adicionado a um determinado nível, implica a duplicação da dose de exposição ou a redução para a metade do tempo máximo permitido.
· Limite de Exposição (LE): parâmetro de exposição ocupacional que representa condições sob as quais se acredita que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, sem sofrer efeitos adversos a sua capacidade de ouvir e de entender uma conversação normal.
· Limite de Exposição Valor Teto (LE-VT): corresponde ao valor máximo, acima do qual não é permitida a exposição em nenhum momento da jornada de trabalho.
· Medidor Integrador de Uso Pessoal: medidor que pode ser fixado no trabalhador durante o período de medição, fornecendo, por meio de integração, a dose ou o nível médio.
· Medidor Integrador Portado pelo Avaliador: medidor operado diretamente pelo avaliador, que fornece, por meio de integração, a dose ou o nível médio.
· Nível de Ação: valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de as exposições ao ruído causarem prejuízos à audição do trabalhador e evitar que o limite de exposição seja ultrapassado.
· 
· Nível Equivalente (Neq): nível médio baseado na equivalência de energia.
· Nível de Exposição (NE): nível médio representativo da exposição ocupacional diária.
· Nível de Exposição Normalizado (NEN): nível de exposição, convertido para uma jornada padrão de oito horas diárias, para fins de comparação com o limite de exposição.
· Nível Limiar de Integração (NLI): nível de ruído a partir do qual os valores devem ser computados na integração para fins de determinação de nível médio ou da dose de exposição.
· Nível Médio (NM): nível de ruído representativo da exposição ocupacional relativo ao período de medição, que considera os diversos valores de níveis instantâneos ocorridos no período e os parâmetros de medição predefinidos.
· Ruído Contínuo ou Intermitente: todo e qualquer ruído que não está classificado como ruído de impacto ou impulsivo.
· Ruído de Impacto ou Impulsivo: ruído que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a um segundo, com intervalos superiores a um segundo.
· Situação Acústica: cada parte do ciclo de exposição na qual o trabalhador está exposto a níveis de ruído considerados estáveis.
· Zona Auditiva: região do espaço delimitada por um raio de 150 mm ± 50 mm, medido a partir da entrada do canal auditivo.
Um estudo realizado pelo Instituto Nacional para a Segurança e Saúde Ocupacional (NIOSH), nos Estados Unidos, mostrou que 15% dos trabalhadores que foram expostos ao ruído ocupacional em algum momento de suas carreiras têm zumbido.
O zumbido pode ser constante ou intermitente, e parecer com um assobio, rangido ou um som pulsante. Pode ser muito leve em intensidade e só perceptível em uma sala silenciosa, ou ser extremamente alto e irritante, de modo que o paciente não ouve nada além dele. “O zumbido é muito comum entre os trabalhadores expostos ao ruído, mas ainda são poucos os gestores de saúde e segurança que estão cientes das consequências deste problema para a empresa e para os funcionários”, diz Elizabeth Masterson, epidemiologista do NIOSH em Cincinnati. “O zumbido é um sintoma e pode causar perda auditiva. E assim como qualquer outra forma de perda auditiva ocupacional, é passível de indenização pela companhia.”
Fonte: Juliana Tavares.
As análises de ruído ocupacional, realizadas seguindo as metodologias demonstradas pela NHO 01, trazem resultados muito precisos do que realmente acontece nos ambientes laborais, porém, quando bem empregadas, devemos nos ater às questões relativas do que está explícito na NR 15, anexos 1 e 2, e dos parâmetros adotados pela NHO, que possuem algumas divergências, cabendo ao profissional a interpretação e o uso consciente desses parâmetros.
NHO 03 - Análise gravimétrica de aerodispersóides sólidos coletados sobre filtros de membrana
Aplicação
A análise gravimétrica de aerodispersóides presentes nos ambientes de trabalho tem como campo de aplicação a prevenção de doenças ocupacionais originadas da exposição dos trabalhadores a poeiras, gases, vapores, fornecendo subsídios para a proposição de medidas de controle ou para a verificação de sua eficiência.
Importante: A analise gravimetrica é feita no ambiente do trabalho, durante o trabalho do trabalhador, para que possa ser coletado o contaminante, a coleta é enviada para o laboratorio para posterior analise. Nos trazendo o resultado apotando se é potencial ou se esta acima do Limite de Tolerancia.
Referências normativas
As normas relacionadas a seguir estavam em vigor no momento desta publicação. Se recomenda a utilização das edições mais recentes, tendo em vista o fato de toda norma estar sujeita à revisão. Na aplicação deste método de ensaio, poderá ser necessário consultar as seguintes normativas.
NHT-02 A/E/1985: norma para avaliação da exposição ocupacional a aerodispersóides (Fundacentro), em fase de revisão.
NHT-03 A/E/1984: determinação de vazão de amostragem pelo método da bolha de sabão (Fundacentro), em fase de revisão.
NBR 10562/1988: calibração de vazão, pelo método da bolha de sabão, de bombas de baixa vazão utilizadas na avaliação de agentes químicos no ar (ABNT).
MB-3422/1991: agentes químicos no ar - coleta de aerodispersóides por filtração (ABNT).
Definições, símbolos e abreviaturas
São aplicadas as seguintes definições, para efeito deste método de ensaio.
· Aerodispersóide: reunião de partículas sólidas e/ou líquidas suspensas em um meio gasoso por tempo suficiente para permitir sua observação ou medição. Estão incluídas nessa categoria as partículas menores que 100 mm.
· Poeira: toda partícula sólida, de qualquer tamanho, natureza ou origem, formada por ruptura de um material original sólido, suspenso ou capaz de se manter suspenso no ar. Essas partículas geralmente possuem formas irregulares e são maiores que 0,5 mm.
· Filtro de membrana: filtro de malha rígida, uniforme e contínua, de material polímero, com tamanhos de poros determinados precisamente durante a fabricação.
· Suporte do filtro: disco de celulose usado para suportar o filtro de membranadentro do porta-filtro.
· Porta-filtro (cassete): conjunto de duas ou três peças feito em plástico transparente, com 37 mm de diâmetro, que abriga e sustenta o filtro de membrana e o suporte utilizados para retenção da amostra.
· Filtro testemunho: filtro de membrana do mesmo tipo, porosidade e diâmetro do filtro a ser utilizado para a coleta. É um filtro usado exclusivamente em laboratório, como branco analítico, e deve acompanhar todos os tratamentos dados aos filtros do mesmo lote destinados à coleta de amostras.
· Caixa de estabilização: caixa utilizada para proteção dos filtros de membrana durante o período de estabilização, construída em madeira ou alumínio de forma a permitir que haja equilíbrio das condições de umidade e temperatura entre o seu interior e o ambiente em que se encontra, sem que haja depósito de poeira desse ambiente sobre as amostras. As dimensões da caixa devem ser definidas de acordocom o espaço disponível no local de utilização.
· Suporte de pesagem: triângulo de vidro sobre o qual o filtro é depositado para a pesagem em balança analítica. O vidro ajuda a eliminar parte da eletricidade estática do filtro de membrana e facilita o seu manuseio durante o processo de pesagem.
· 
· ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas.
· MA: Método Analítico.
· MB: Método Brasileiro.
· mg: miligramas.
· mm: milímetros.
· mmCA: milímetros de coluna de água.
· NBR: Norma Brasileira.
· NHT: Norma de Higiene do Trabalho.
· PVC: cloreto de polivinila.
· μm: micrômetros.
Outra fonte de informação extremamente importante e relevante para o estudo da higiene ocupacional é a questão relacionada à avaliação de aerodispersóides, portanto, o estudo da NHO 03 traz muitos e importantes parâmetros relevantes ao nosso dia dia, para que possamos monitorar de forma adequada e adotar as medidas de controle condizentes às realidades vividas pelos trabalhadores.
NHO 06 - Avaliação da exposição ocupacional ao calor
Aplicação
Esta norma se aplica à exposição ocupacional ao calor em ambientes internos ou externos, com ou sem carga solar direta, em quaisquer situações de trabalho, não sendo, no entanto, voltada para a caracterização de conforto térmico.
Pratica: Temos trabalhadores que ficam descansando no proprio ambiente de trabalho e temos os que não descansam.
A forma de avaliação e diferente
Se tenho um trabalhador continuo que o trabalhador descansa no proprio ambiente de trabalho, sera feito uma unica medição e terei uma condição adequada.
Se tenho um trabalhador que nao descansa que fica alternando entre ambiente quente e não quente. Tenho que fazer uma avaliação para cada posto de trabalho ou ciclo de exposição que ele tem.
Definições, símbolos e abreviaturas
· Ciclo de Exposição: conjunto de situações térmicas ao qual o trabalhador é submetido, conjugadas às diversas atividades físicas por ele desenvolvidas, em uma sequência definida, e que se repete de forma contínua no decorrer da jornada de trabalho.
· Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo Médio (IBUTG): média ponderada no tempo dos diversos valores de IBUTG obtidos em um intervalo de 60 minutos corridos.
· Taxa Metabólica Média (M): média ponderada no tempo das taxas metabólicas, obtidas em um intervalo de 60 minutos corridos.
· Ponto de Medição: ponto físico escolhido para o posicionamento do dispositivo de medição onde serão obtidas as leituras representativas da situação térmica objeto de avaliação.
· Situação Térmica: cada parte do ciclo de exposição onde as condições do ambiente que interferem na carga térmica a que o trabalhador está exposto podem ser consideradas estáveis.
· Grupo Homogêneo: corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição semelhante, tanto do ponto de vista das condições ambientais como das atividades físicas desenvolvidas, de modo que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte do grupo seja representativo da exposição de todos os trabalhadores que compõem o mesmo grupo.
· Limite de Exposição: valor máximo de IBUTG. Médio, relacionado à M, Taxa de Metabolismo Média que representa as condições sob as quais se acredita que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, durante toda a sua vida de trabalho, sem sofrer efeitos adversos a sua saúde.
As análises de calor ocupacional devem ser realizadas seguindo as metodologias demonstradas pela NHO 06, que possui parâmetros mais dedicados a elucidar, da melhor forma, as dúvidas oriundas do processo de avaliação do meio ambiente laboral. Se corretamente seguida, a NHO 06 traz resultados mais eficientes sobre a exposição real que de fato acontece nos ambientes laborais. Apenas devemos nos atentar ao seguinte: as questões relativas ao que está explícito na NR 15, anexo 3, e os parâmetros adotados pela NHO, possuem algumas divergências, cabendo ao profissional a interpretação e o uso consciente da Norma de Higiene Ocupacional
NHO 08 - Coleta de material particulado sólido suspenso no ar de ambiente de trabalho
Aplicação
Este procedimento se aplica à coleta de partículas de origem mineral, metálica, vegetal e animal, de negro de fumo e de partículas insolúveis não especificadas de outra maneira. Não se aplica para as partículas na forma de fibras.
Referências normativas
Na aplicação deste procedimento, poderá ser necessário consultar (BRASIL, 2009, p. 12-13) as seguintes normativas.
MB 3422: Agentes químicos no ar: coleta de aerodispersóides por filtração.
NHO 03/2000: Análise gravimétrica de aerodispersóides sólidos coletados sobre filtros de membrana.
NHO 07/2002: Calibração de bombas de amostragem individual pelo método da bolha de sabão.
NR 15/1978: Atividades e operações insalubres.
NR 9/1994: Programa de prevenção de riscos ambientais.
ISO 7708. Air Quality: particle size fraction definitions for health-related sampling.
CEN EN-481. Workplace Atmospheres: size fraction definitions for measurements of airborne particles in the workplace.
Nota: havendo edições mais recentes, se recomenda a sua utilização.
Definições, símbolos e abreviaturas
Para efeito deste procedimento técnico, se aplicam as seguintes definições e conceitos (BRASIL, 2009, p. 13-16).
· Bomba de amostragem; instrumento portátil e leve, que forneça uma vazão de até 6,0 L/min, com bateria recarregável e blindada contra explosão. A bomba deve possuir um sistema automático de controle de vazão com capacidade para mantê-la constante, dentro de um intervalo de ± 5%, durante o tempo de coleta.
· Dispositivo de coleta: conjunto composto por porta-filtro, suporte do filtro, filtro de membrana, e, quando necessário, um separador de partículas.
· Exposição ocupacional: situação em que um ou mais trabalhadores podem interagir com agentes ou fatores de risco no ambiente de trabalho.
· Filtro de membrana: filtro de malha rígida, uniforme e contínua, de material polímero, com tamanhos de poros determinados precisamente durante a fabricação.
· Grupo de exposição similar (GES): grupo de trabalhadores que experimentam situações de exposição semelhantes de forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de qualquer trabalhador desse grupo seja representativo da exposição dos demais trabalhadores.
· Jornada de trabalho: se refere ao período durante o qual o trabalhador exerce, efetivamente, a sua atividade. Exemplos: jornada diária de oito horas; turno noturno de seis horas; jornada semanal de 48 horas.
· Local de trabalho: corresponde à área onde o trabalhador desenvolve suas atividades.
· Material particulado: partículas sólidas, produzidas por ruptura de um material originalmente sólido, suspensas ou capazes de se manterem suspensas no ar.
· Particulado inalável: é a fração de material particulado suspenso no ar constituído por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que 100μm, capaz de entrar pelas narinas e pela boca, penetrando no trato respiratório durante a inalação. É apropriada para a avaliação do risco ocupacional associado com as partículas que exercem efeito adverso quando depositadas no trato respiratório como um todo.
· Particulado torácico: é a fração de material particulado suspenso no ar, constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que 25μm, capaz de passar pela laringe, entrar pelas vias aéreas superiores e penetrar nas vias aéreas dos pulmões. É apropriada para a avaliação do risco ocupacional associado com as partículas que exercem efeito adverso quando depositadas nas regiões traqueobronquial e de troca de gases.
· Particulado respirável: é a fração de material particulado suspenso no ar, constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que 10μm, capaz de penetrar além dos bronquíolos terminais e se depositar na região de troca de gases dos pulmões, causando efeito adverso nesse local.
· Particulado total: é o material particulado suspenso no ar coletado em porta- filtro de poliestireno de 37 mm de diâmetro, de três peças, com face fechada e orifício para a entrada do ar de 4 mm de diâmetro, conhecido como cassete.A coleta de particulado total deve ser utilizada somente quando não houver indicação específica para coleta de particulado inalável, torácico ou respirável.
· Partículas não especificadas de outra maneira (PNOS): partículas para as quais ainda não há dados suficientes para demonstrar efeitos à saúde em concentrações geralmente encontradas no ar dos locais de trabalho. Esta definição se refere às partículas que não tenham um limite de exposição estabelecido; que sejam insolúveis ou fracamente solúveis em água ou nos fluidos aquosos dos pulmões; não sejam citotóxicas, genotóxicas ou quimicamente reativas com o tecido pulmonar; não emitam radiação ionizante; causem imunossensibilização ou outros efeitos tóxicos que não a inflamação ou a deposição excessiva.
· Porta-filtro: componente do dispositivo de coleta que abriga e sustenta o suporte do filtro e o filtro de membrana.
· Registro de campo: é o registro de todos os dados ou ocorrências observados durante a avaliação do ambiente de trabalho. As informações devem ser tomadas de maneira organizada e anotadas em formulários apropriados de modo que possam contribuir para as conclusões da avaliação.
· Risco ocupacional: é a possibilidade de um trabalhador sofrer um determinado dano à saúde em virtude das condições de trabalho. Para qualificar um risco de acordo com a sua gravidade, se avaliam conjuntamente a probabilidade de ocorrência e a severidade do dano.
· Separador de partículas: componente do dispositivo de coleta utilizado para separar partículas dentro de uma faixa de tamanhos predeterminada.
· Sistema de coleta: sistema composto por bomba de amostragem, dispositivo de coleta e mangueira.
· Suporte do filtro: disco de celulose, metal ou outro material adequado ao tipo de porta-filtro em uso. Sua função é facilitar a distribuição do fluxo de ar e sustentar o filtro de membrana impedindo que o mesmo se rompa.
· Vazão de ar: volume de ar, em litros, que passa através do dispositivo de coleta, por unidade de tempo, em minutos.
· Zona respiratória: região hemisférica com um raio de 150 ± 50 mm, medido a partir das narinas do trabalhador.
· ACGIH : American Conference of Governmental Industrial Hygienists.
· CEN: Comité Européen de Normalisation.
· CMPT: Concentração Média Ponderada pelo Tempo
· GES: Grupo de Exposição Similar.
· ISO: International Organization for Standardization
· L/min: litros por minuto.
· m3: metro cúbico.
· μm: micrômetro.
· mm: milímetro.
· NHO: Norma de Higiene Ocupacional.
· NHT: Norma de Higiene do Trabalho.
· NIOSH: National Institute for Occupational Safety and Health.
· NR: Norma Regulamentadora.
· OSHA: Occupational Safety & Health Administration.
· PNOS: particles (insoluble or poorly soluble) Not Otherwise Specified.
O estudo da NHO 08 complementa a NHO 03, esclarecendo as demais dúvidas quanto à coleta de aerodispersóides, suas formas e maneiras adequadas de uso de equipamentos e acessórios, referências normativas, entre outros esclarecimentos necessários à boa prática da higiene ocupacional, haja vista que a higiene ocupacional tem a finalidade de reconhecer, avaliar e controlar os fatores de riscos ambientais presentes no ambiente de trabalho, e, também, levando em conta o próprio meio ambiente e os seus recursos naturais.
ATIVIDADES
1. As Normas Regulamentadoras (NRs), são fundamentais à boa prática de higiene ocupacional, mas todo higienista, ou candidato a higienista, ao estudar a segurança do trabalho, perceberá que são necessários alguns conhecimentos complementares e específicos para que seja possível realizar as avaliações necessárias ao dia dia do expert. Assim, uma fonte confiável e aceita são as Normas Brasileiras (NBRs) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Conhecendo a importância da ABNT para as questões de saúde e segurança do trabalho, relembre o ano da fundação da instituição e assinale a alternativa correta.
a) 1941.
b) 1940.
c) 1939.
d) 1938.
e) 1937.
2. Sabemos que as NBRs são apoio às NRs, e, neste sentido, também as NHOs da Fundacentro, para tratar de quesitos técnicos legais na hora da aplicação e avaliação em campo, assim como a NR 15, por si só, não consegue nos oferecer parâmetros suficientes para que possamos praticar a boa higiene ocupacional. Sendo assim, o parâmetro principal é usar as NHOs, e quanto ao ruído ocupacional, utilizarmos a NHO 01. Sobre o significado da sigla (q) utilizada na NHO nas avaliações ocupacionais, assinale a alternativa correta.
a) Quantidade de dose.
b) Qualificação de dose.
c) Incremento de duplicação de dose.
d) Incremento de quantificação de dose.
e) Qualificação e quantificação de dose.
3. Sabendo que as NRs possuem diferenças quanto às Normas Brasileiras (NBRs), porém, sabendo que hoje, para as revisões das NRs são utilizadas as NBRs como base, isto nos remete a alguns fatos importantes quanto às padronizações e ao uso dessas duas normas. Com base nesta afirmação, analise as assertivas a seguir.
I. As Normas Regulamentadoras são elaboradas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, via Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), e tem como objetivo propiciar a regulamentação das ações de saúde e segurança dos trabalhadores.
II. As NBRs são elaboradas por instituições públicas ou privadas, e, posteriormente, normalizadas pela ABNT, sendo comercializadas a quem julgar necessário, servindo como fonte de orientação às boas práticas.
III. Quanto ao uso das NBRs e NRs, quanto à fiscalização, podemos dizer que a não utilização das NBRs apenas acarretará à empresa possíveis prejuízos ou falhas no desempenho, enquanto a não utilização das NRs pode gerar sanções aplicadas à empresa, como multas, ou até mesmo, o embargo ou interdição da empresa.
IV. O uso das NBRs, portanto, está vinculado ao uso das NRs, porém, o uso das NRs não está vinculado ao uso das NBRs por parte das empresas.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
4. O parâmetro principal é usar as NHOs, e quanto às avaliações e à análise gravimétrica de aerodispersóides sólidos coletados sobre filtros de membrana, utilizarmos a NHO 03. Sobre o significado da sigla PVC, segundo a NHO, utilizada nas avaliações ocupacionais, assinale a alternativa correta.
a) Cloreto de polivinila.
b) Policloreto de vinila.
c) Cloreto de vinila.
d) Policloreto de vinil.
e) Pressão venosa central.
5. Sabemos que o parâmetro principal é usar as NHOs, e quanto ao calor ocupacional, utilizarmos a NHO 06. Sobre o significado da sigla M, utilizada na NHO nas avaliações ocupacionais, assinale a alternativa correta.
a) Taxa Metabólica.
b) Metabolismo Geral.
c) Metabolismo Médio.
d) Média de Calorimetria.
e) Taxa Média de Calorimetria.
1. b) 1940.
2. c) Incremento de duplicação de dose.
3. c) I, II e III, apenas.
4. a) Cloreto de polivinila.
5. a) Taxa Metabólica.
APROFUNDANDO
Leia esta reportagem sobre a avaliação na concausa das doenças ocupacionais. 
O estabelecimento ou não do nexo de concausa na Justiça do Trabalho tem sido um grande desafio e motivo de discussões acaloradas, angústias e frustrações em peritos, assistentes técnicos e magistrados. Conforme o novo Manual de Acidentes de Trabalho, publicado pelo INSS em maio de 2016, configurar-se-á o nexo causal, quando existir a ação direta do agente como causa necessária à produção do dano. O nexo também estará caracterizado, quando o agente não for a causa necessária para o estabelecimento do dano, mas contribuir para o seu aparecimento ou agravamento. Assim, o agente será considerado como concausa, sendo estabelecido um nexo de concausalidade.
A Lei 8.213 em seu artigo 21 relata que "equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei, o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação".
O manual supracitadovai ao encontro do artigo "Os 5 critérios de Penteado para análise da concausa", divulgado desde 2014 nas redes sociais. Esclarece o referido manual previdenciário que "concausa" é o conjunto de fatores, preexistentes ou supervenientes, suscetíveis de modificar o curso natural do resultado de uma lesão. Trata-se da associação de alterações anatômicas, fisiológicas ou patológicas que existiam ou possam existir, agravando um determinado processo. O manual informa que devem ser considerados, para estabelecimento, a presença de modificação da história natural da doença, o fato da doença ou agravo ser, de fato, multicausal, a existência real do fator de risco ocupacional e que este seja capaz de levar ao dano; e a possibilidade ou a própria existência de atos contrários às normas de proteção à saúde do trabalhador.
Definição
Pode-se dizer que concausa preexistente é a existência de patologias ou alterações funcionais prévias ao evento lesivo ou à exposição ao risco, que interferem direta ou indiretamente na doença ou na sequela. Estas situações podem ser conhecidas, desconhecidas (estavam ainda em estágio assintomático), não diagnosticadas (já existiam sintomas, mas ainda não havia diagnóstico médico efetivo) ou dissimuladas (o paciente sabia da doença, mas omitiu propositadamente). As do­enças mais comuns encontradas em trabalhadores são, por exemplo, doenças discais em coluna vertebral, agravadas pela exposição ao risco de levantamento de peso. São exemplos também doenças como o diabetes ou hipotireoidismo que sabidamente são causas de diversas patologias, atuando então como concausas.
As concausas concorrentes ou concomitantes são aquelas que atuam de maneira simultânea ao agente lesivo. Exemplo clássico são gestantes expostas a movimentos repetitivos de mãos e que apresentam síndrome do túnel do carpo ou tenossinovite de De Quervain, aumentando a possibilidade de adoentar-se. 
HIGIENE OCUPACIONAL - APLICAÇÃO DAS NORMAS DE HIGIENE OCUPACIONAL (NHOS), ANÁLISE DE RISCOS OCUPACIONAIS, REGISTROS OCUPACIONAIS
NHO 07 - Calibração de bombas de amostragem individual pelo método da bolha de sabão
Aplicação
Este procedimento se aplica às vazões de até 6 litros por minuto (ℓ/min).
Definições, símbolos e abreviaturas
Bomba de amostragem individual: instrumento portátil e leve que forneça uma vazão de até 6 ℓ/min, provido de um sistema de controle de vazão constante, que funciona com bateria recarregável e blindada para utilização em ambientes onde se presume que exista risco de explosão e um sistema automático de controle de fluxo que lhe permita regular, de maneira instantânea, as variações no fluxo do ar aspirado, com uma precisão de ± 5%.
Dispositivo de coleta: conjunto de materiais necessários para a coleta de um determinado contaminante presente no ar dos ambientes de trabalho. Na figura 1, estão ilustrados alguns exemplos de dispositivos de coleta.
Vazão de ar: volume de ar, em litros, que passa pelo dispositivo de coleta por unidade de tempo, em minutos.
Faixas de vazão
Alta vazão: acima de 500 mililitros por minuto (mℓ/min).
Baixa vazão: abaixo ou igual a 500 mililitros por minuto (mℓ/min.)
Calibração: operação que tem por objetivo levar o instrumento de medição a uma condição de desempenho e ausência de erros sistemáticos adequados ao seu uso.
Sistema de calibração: sistema composto por bureta, mangueiras, dispositivo de coleta e bomba de amostragem 
NHO 09 - Procedimento técnico - avaliação da exposição ocupacional à vibração de corpo inteiro
Aplicação
Segundo as definições da Norma de Higiene Ocupacional NHO 09 (BRASIL, 2013, p. 11), a norma se aplica à exposição ocupacional de vibrações de corpo inteiro, independente da situação laboral e da posição em que a atividade é realizada, tanto em pé quanto sentada.
Referências normativas
Segundo as definições da Norma de Higiene Ocupacional NHO 09 (BRASIL, 2013, p. 11), as edições das normas relacionadas a seguir vigoravam, ainda, durante a elaboração da NHO 09. Os usuários devem estar atentos às edições mais recentes ou àquelas que venham a substituí-las.
ISO 2631-1 (1997) - Mechanical vibration and shock. Evaluation of human exposure to whole-body vibration. Part 1: General requirements.
ISO 8041 (2005) - Human response to vibration. Measuring instrumentation.
Definições, símbolos e abreviaturas
Segundo estipulado nas definições da Norma de Higiene Ocupacional NHO 09 (BRASIL, 2013, p. 11-17):
· Aceleração instantânea [aⱼ(t)]: valor da aceleração ponderada em frequência, no instante de tempo t, expressa em m/s², segundo um determinado eixo de direção j, sendo que j corresponde aos eixos ortogonais x, y ou z.
· Aceleração instantânea [aj(t)]: valor da aceleração ponderada em frequência, no instante de tempo t, expressa em m/s², segundo um determinado eixo de direção j, sendo que j corresponde aos eixos ortogonais x, y ou z.
· Aceleração média (amj): raiz média quadrática dos diversos valores da aceleração instantânea ocorridos em um período de medição, expressa em m/s², na direção j, definida pela expressão que segue:suspenso no ar de ambiente de trabalho.
Sendo que aⱼ(t) corresponde aos valores aₓ(t), aᵧ(t) ou aᴢ(t), em m/s², segundo os eixos ortogonais x, y e z, respectivamente, e t₂ – t₁ ao intervalo de medição.
AplicaDD
Aceleração média resultante (amr)*: corresponde à raiz quadrada da soma dos quadrados das acelerações médias, medidas segundo os três eixos ortogonais x, y e z, definida pela expressão que segue:
Sendo:
Sendo:
amⱼ = aceleração média;
fⱼ = fator de multiplicação em função do eixo considerado (f = 1,4 para os eixos x e y e f = 1,0 para o eixo z);
* - Este parâmetro amr pode ser obtido diretamente em um medidor integrador utilizando-se um acelerômetro triaxial.
Aceleração resultante de exposição parcial (arep ᵢ): corresponde à aceleração média resultante representativa da exposição ocupacional relativa à componente de exposição i, ocorrida em uma parcela de tempo da jornada diária, considerando os três eixos ortogonais. Este parâmetro poderá ser resultado de uma média aritmética das acelerações obtidas cada vez que o componente de exposição é repetido, conforme expressão que segue:
Sendo:
amrᵢₖ = aceleração média resultante relativa à k-ésima amostra selecionada dentre as repetições da componente de exposição i;
s = número de amostras da componente de exposição i que foram mensuradas.
Aceleração resultante de exposição (are): corresponde à aceleração média resultante representativa da exposição ocupacional diária, considerando os três eixos ortogonais e as diversas componentes de exposição identificadas, definida pela expressão que segue:
amⱼ = aceleração média;Sendo:
arepᵢ = aceleração resultante de exposição parcial;
nᵢ = número de repetições da componente de exposição i ao longo da jornada de trabalho;
Tᵢ = tempo*[a1] de duração da componente de exposição i;
m = número de componentes de exposição que compõem a exposição diária;
T = tempo de duração da jornada diária de trabalho.
* Para fins desta norma, o parâmetro tempo pode ser expresso em horas, minutos ou segundos em função da conveniência de cálculo, desde que seja mantida a coerência na análise dimensional.
Aceleração resultante de exposição normalizada (aren): corresponde à aceleração resultante de exposição (are) convertida para uma jornada diária padrão de oito horas, determinada pela seguinte expressão:
Sendo:Sendo:
are = aceleração resultante de exposição;
T = tempo de duração da jornada diária de trabalho expresso em horas ou minutos;
T₀ = oito horas ou 480 minutos. 
· Componente de exposição: parte da exposição diária que pode ser representada por um único valor de aceleração resultante de exposição parcial (arep). A componente de exposição pode ser decorrente de uma única operação ou consequência de duas ou mais operações executadas de forma sequencial.
· Fator de crista (FC): módulo da razão entre o máximo valor de pico de aⱼ(t) e o valor de amⱼ, ambas ponderadas em frequência.
· Grupo de exposição similar (GES): correspondea um grupo de trabalhadores que experimentam exposição semelhante, de forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte deste grupo seja representativo da exposição de todos os trabalhadores que o compõem.
· Limite de exposição (LE): parâmetro de exposição ocupacional que representa condições sob as quais se acredita que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta repetidamente sem sofrer efeitos adversos que possam resultar em dano à sua saúde.
· Nível de ação: valor acima do qual devem ser adotadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições à vibração causem danos à saúde do trabalhador e evitar que o limite de exposição seja ultrapassado.
· Ponto de medição: ponto(s) localizado(s) na zona de exposição, ou próximo(s) a está, cujos valores obtidos sejam representativos da exposição da região do corpo atingida.
Valor da dose de vibração (VDVⱼ): corresponde ao valor obtido a partir do método de dose de vibração à quarta potência*[a2] [g3] determinado na direção j, sendo que j corresponde aos eixos ortogonais x, y ou z, expresso em m/s1,75, definido pela expressão que segue: Componente de exposição: parte da exposição diária que pode ser representada por um único valor de aceleração resultante de exposição parcial (arep). A componente de exposição pode ser decorrente de uma única operação ou consequência de duas oções executada
Sendo:Sendo:
aⱼ(t) = aceleração instantânea ponderada em frequência;
t = tempo de duração da medição.
* Aceleração à quarta potência terá a dimensão de [m⁴/s⁸]. A integração no tempo resulta em [m⁴/s⁷]. Extraindo a raiz quarta do resultado, tem-se: [m/s¹,⁷⁵].
Valor da dose de vibração (VDVⱼᵢ): corresponde ao valor de dose de vibração, determinado na direção j, relativo às s amostras da componente de exposição i que foram mensuradas, definido pela expressão que segue:
Sendo:Sendo:
VDVⱼᵢₖ = valor de dose de vibração relativa à k-ésima amostra selecionada dentre as repetições da componente de exposição i;
s = número de amostras da componente de exposição i que foram mensuradas.
Valor da dose de vibração da exposição parcial (VDVexpⱼᵢ): corresponde ao valor de dose de vibração representativo da exposição ocupacional diária no eixo j, relativo à componente de exposição i, que pode ser obtido por meio da expressão
sendo:
VDVⱼᵢ = valor da dose de vibração medido no eixo j, relativo à componente de exposição i;
Tₑₓₚ = tempo total de exposição à vibração, ao longo de toda a jornada de trabalho, decorrente da componente de exposição i em estudo. Corresponde ao número de repetições da componente vezes o seu tempo de duração;
Tₐₘₒₛ = tempo total utilizado para a medição das s amostras representativas da componente de exposição i, em estudo:
Tₖ = tempo de medição relativo à k ésima amostra selecionada dentre as repetições da componente de exposição i;
Tₖ = tempo de medição relativo à k ésima amostra selecionada dentre as repetições da componente de exposição i;
s = número de amostras da componente de exposição i que foram mensuradas;
fⱼ = fator de multiplicação em função do eixo considerado (f = 1,4 para os eixos x e y e f = 1,0 para o eixo z). 
Valor da dose de vibração da exposição (VDVexpⱼ ): corresponde ao valor de dose de vibração representativo da exposição ocupacional diária em cada eixo de medição, que pode ser obtido por meio da expressão que segue:
 
Sendo:
VDVexpⱼᵢ = valor da dose de vibração da exposição representativo da exposição ocupacional diária no eixo j, relativo à componente de exposição i;
m = número de componentes de exposição que compõem a exposição diária.
Valor da dose de vibração resultante (VDVR): corresponde ao valor da dose de vibração representativo da exposição ocupacional diária, considerando a resultante dos três eixos de medição, que pode ser obtido por meio da expressão que segueda dose de vibração da exposição, representativo da exposição ocupacional diária no eixo j, sendo j igual a x, y ou z.
ão representativo da exposição ocupacional diária, considerando a resultante dos três Sendo:
VDVexpⱼ = valor da dose de vibração da exposição, representativo da exposição ocupacional diária no eixo j, sendo j igual a x, y ou z.
Zona de exposição: interface entre a fonte de vibração e a região do corpo
As amostragens de vibração de corpo inteiro são adotadas a fim de avaliar operadores que ficam expostos a equipamentos cujas vibrações acabam por atingir partes do corpo e irradiar para o restante do corpo, por isso, a importância de se compreender cada detalhe para a melhor análise dos resultados.
NHO 10 - Procedimento técnico - avaliação da exposição ocupacional às vibrações em mãos e braços
Aplicação
A norma aplica-se à exposição ocupacional às vibrações em mãos e braços em quaisquer situações de trabalho.
Referências normativas
Segundo as definições da Norma de Higiene Ocupacional NHO 10 (BRASIL, 2013, p. 12-17), as edições das normas relacionadas a seguir vigoravam, ainda, durante a elaboração da NHO 10. Os usuários devem estar atentos às edições mais recentes ou daquelas que venham a substituí-las.
ISO 5349-1 (2001): Mechanical vibration - Measurement and evaluation of human exposure to hand-transmitted vibration - Part 1: General requirements.
ISO 5349-2 (2001): Mechanical vibration - Measurement and evaluation of human exposure to hand-transmitted vibration - Part 2: Practical guidance for measurement at the workplace.
ISO 8041 (2005): Human response to vibration - Measuring instrumentation.
Definições, símbolos e abreviaturas
Aceleração instantânea [aⱼ(t)]: valor da aceleração ponderada em frequência, no instante de tempo t, expressa em m/s², segundo um determinado eixo de direção j, sendo que j corresponde aos eixos ortogonais x, y ou z.
Aceleração média (amⱼ ): raiz média quadrática dos diversos valores da aceleração instantânea ocorridos em um período de medição, expressa em m/s², na direção “j”, definida pela expressão que segue:
Sendo que aⱼ(t) corresponde aos valores aₓ(t), aᵧ(t) ou az(t), em m/s², segundo os eixos ortogonais “x”, “y” e “z”, respectivamente, e t₂ – t₁ ao intervalo de medição.
Aceleração média (amⱼᵢₖ)*: corresponde à aceleração média relativa à késima amostra obtida durante as repetições da componente de exposição “i”, medida segundo um determinado eixo de direção “j”, sendo que “j” corresponde aos eixos ortogonais “x”, “y” ou “z”.
* Este parâmetro amⱼᵢₖ pode ser obtido diretamente em um medidor integrador utilizando-se um acelerômetro monoaxial usado para medições em ferramentas percussivas, conforme subitem 6.3.7
Aceleração média resultante (amr)**: corresponde à raiz quadrada da soma dos quadrados das acelerações médias, medidas segundo os três eixos ortogonais “x”, “y” e “z”, definida pela expressão que segue:Sendo:Sendo:
Sendo:
amⱼ = aceleração média;
fⱼ = fator de multiplicação em função do eixo considerado (f = 1,0 para os três eixos);
** Este parâmetro amr pode ser obtido diretamente em um medidor integrador utilizando-se um acelerômetro triaxial.
Aceleração média de exposição parcial (amepⱼᵢ): corresponde à aceleração média representativa da exposição ocupacional relativa à componente de exposição “i”, ocorrida em uma parcela de tempo da jornada diária, obtida segundo um determinado eixo de direção “j”, sendo que “j” corresponde aos eixos ortogonais “x”, “y” ou “z”. Este parâmetro poderá ser resultado de uma média aritmética das acelerações médias (amⱼᵢₖ) obtidas cada vez que a componente de exposição é repetida, conforme expressão que segue:
Sendo:
amⱼᵢₖ = aceleração média relativa à késima amostra selecionada dentre as repetições da componente de exposição “i” no eixo de direção “j”;
s = número de amostras da componente de exposição “i” que foram mensuradas.
Aceleração resultante de exposição parcial (arepᵢ): corresponde à aceleração média resultante representativa da exposição ocupacional relativa à componente de exposição “i”, ocorrida em uma parcela de tempo da jornada diária, considerando os três eixos ortogonais. Esteparâmetro poderá ser resultado de uma média aritmética das acelerações médias resultantes (amrᵢₖ), obtidas cada vez que a componente de exposição é repetida, ou poderá ser obtido pela raiz quadrada da soma dos quadrados das acelerações médias de exposição parcial (amepᵢⱼ), medidas segundo os três eixos ortogonais “x”, “y” e “z”, conforme expressões que seguem:
Sendo:
amepᵢⱼ = aceleração média de exposição parcial, sendo “j” igual a “x”, “y” ou “z”;
amrᵢₖ = aceleração média resultante relativa à késima amostra selecionada dentre as repetições da componente de exposição “i”;
s = número de amostras da componente de exposição “i” que foram mensuradas.
Aceleração resultante de exposição normalizada (aren): corresponde à aceleração resultante de exposição (are) convertida para uma jornada diária padrão de 8 horas, determinada pela seguinte expressão:
Sendo:
are = aceleração resultante de exposição;
T = tempo de duração da jornada diária de trabalho, expresso em horas ou minutos;
T₀ = 8 horas ou 480 minutos.
Componente de exposição: parte da exposição diária que pode ser representada por um único valor de aceleração resultante de exposição parcial (arep). A componente de exposição pode ser decorrente de uma única operação ou consequência de duas ou mais operações executadas de forma sequencial.
Forças de preensão: forças exercidas pelo trabalhador para segurar a ferramenta ou a peça que está sendo trabalhada.
Grupo de exposição similar (GES): corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição semelhante, de forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte do grupo seja representativo da exposição de todos os trabalhadores que compõem o grupo.
Limite de exposição (LE): parâmetro de exposição ocupacional que representa condições sob as quais se acredita que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, sem sofrer efeitos adversos ao sistema mão-braço que possam resultar em danos à saúde do trabalhador.
Nível de ação: valor acima do qual devem ser adotadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições à vibração causem danos à saúde do trabalhador e evitar que o limite de exposição seja ultrapassado.
Ponto de medição: ponto(s) localizado(s) na zona de exposição, ou próximo(s) a essas, cujos valores obtidos sejam representativos da exposição da região do corpo atingida.
Síndrome da vibração em mãos e braços (SVMB): corresponde à terminologia utilizada para se referir ao conjunto de sintomas de ordem vascular, neurológica, osteoarticular, muscular e outros, ocasionados pela exposição ocupacional à vibração em mãos e braços.
Zona de exposição: interface entre a fonte de vibração e a região do corpo.
As avaliações de vibração de mãos e braços, são mais perceptíveis, porém, não menos danosas. Os detalhes da norma são interessantes para conhecimento e aplicação, devendo o profissional ficar atento.
APLICAÇÕES E ANÁLISE DE RISCOS OCUPACIONAIS
Em nossa área, estudamos os riscos ocupacionais em três categorias: os riscos ocupacionais oriundos de agentes físicos, os riscos ocupacionais oriundos de agentes químicos e aqueles oriundos de agentes biológicos, cada um tratado de uma forma e caracterizado conforme resultados de campo. Agentes esses capazes de causar agravos à saúde do trabalhador em função:
da natureza, concentração ou intensidade do agente;
do tempo de exposição do trabalhador;
da hipersensibilidade do trabalhador.
Classificação do agentes de riscos
Observamos, assim, que não basta a exposição ao agente considerado agressivo, temos que analisar muito além, buscando verificar nos ambientes laborais características importantes, tais como: o tempo, a natureza e o trabalhador. Veja que, para isso, temos que conhecer os riscos ocupacionais e como são classificados, para podermos analisar cada um da melhor forma possível para a devida caracterização. Vejamos a classificação dos agentes conforme especificado anteriormente.
Riscos físicos: são causadores em potencial de doenças profissionais e provenientes de uma determinada fonte de energia. Exemplo: ruído, vibrações, calor, frio, radiações ionizantes etc. Vejamos cada um mais detalhadamente.
a. Ruído: entende-se por ruído um barulho ou som desagradável, frequentemente produzido por máquinas, equipamentos ou processos, cujos efeitos no organismo são:
distúrbios gastrointestinais;
irritabilidade;
vertigens;
nervosismo;
aceleração do pulso;
elevação da pressão arterial;
contração dos vasos sanguineos e músculos;
surdez;
impotência sexual.
b. Vibrações: são oscilações, balanços, tremores, movimentos vibratórios e trepidações por máquinas e equipamentos motorizados em funcionamento. Por exemplo: mangote vibrador de concreto; martelete pneumático, compactador pneumático, motosserra, tratores, máquinas de terraplanagem, martelete pneumático, rebitadeiras pneumáticas, perfuratrizes, compactador, serras manuais e etc. Caso a exposição seja por tempo prolongado, as vibrações podem produzir danos físicos no organismo, tais como:
alterações musculares e ósseas;
problemas nervosos;
patologias ortopédicas;
problemas nas articulações;
distúrbios na coordenação motora;
enjoo e náuseas;
diminuição do tato.
c. Calor: uma das definições de calor é que ele se apresenta como uma forma de energia em trânsito, decorrente da diferença de temperatura entre dois corpos, ou seja uma sensação que é produzida exteriormente pelo contato do corpo por meio da pele com matéria aquecida ou proporcionada pelo ambiente. Paralelamente ao calor, podemos acrescentar as chamadas radiações ultravioletas, que estão presentes, principalmente, nas operações de fusão de metais a altas temperaturas, em soldas, siderurgia, indústria de vidro etc. Seus efeitos podem causar sérios problemas de saúde aos trabalhadores, tais como:
insolação;
cãimbras;
problemas com o cristalino do globo ocular (catarata) e inflamação nos olhos (conjuntivite);
queimaduras;
fadiga;
queda de rendimento;
erros de percepção;
perturbações psicológicas.
d. Frio: podemos dizer que é uma sensação produzida em função da perda de calor em um corpo, causada pela baixa temperatura do meio em relação a esse corpo, que, por sua vez, dizemos que sente o frio. Os principais efeitos destacados pela ação do frio são:
queimaduras;
gripes;
inflamações das amídalas;
resfriados;
algumas alergias;
congelamento dos pés e mãos;
problemas circulatórios.
Observação: estes tipos de ocorrências predominam, geralmente, em empresas como: frigoríficos (bovinos, aves, suínos); alimentos congelados; industrialização de pescados, fábricas de gelo etc.
e. Radiação não ionizante: esta radiação é do tipo eletromagnético e se apresenta na forma de raios infravermelhos, ultravioletas, micro-ondas e laser. Se apresenta com relevante importância, haja vista que os seus efeitos sobre a saúde podem implicar em lesões e doenças. Esta radiação é oriunda, principalmente, de fornos; siderurgia; processo de solda; fusão de metais; caldeiras e fornalhas etc. Podem produzir diversas alterações no organismo, tais como:
cefaleia;
vertigem;
debilidade;
alterações do tato e do olfato;
anorexia;
náuseas;
vômitos;
diarreia;
taquicardia;
arritmia;
queda de pressão sanguínea;
leucopenia;
trombocitopenia;
aumento do índice de sedimentação;
irritabilidade;
fobias;
insônia;
forte propensão a infecções;
estomatites;
gengivites;
faringites;
amidalites;
gastrite;
abscessos pulmonares;
broncopneumonias.
2. Riscos químicos: Caracterizam-se pela absorção pelo organismo de substâncias que produzem ação tóxica ou venenosa. Suas vias de penetração podem ser digestiva, respiratória e/ou cutânea, nas formas de poeiras; fumos; névoas; neblinas; gases ou vapores. Uma grande parte destas substâncias possuem características tóxicas e se constituem uma ameaça à saúde do trabalhador e podem ser encontradas sob os estados físicos da matéria, ou seja, sólidos, líquidos e gasosos. Vejamos cada um desses riscos mais detalhadamente.
a. Poeiras: são partículas sólidas em suspensão no ar, originadas deoperação, tais como: esmerilhamento; trituração; lixamento; impacto. E em outros processos ou manejo de variedades de materiais, tais como: metais; madeira; grãos; minerais e outros.
b. Névoas: são partículas líquidas em suspensão no ar produzidas mecanicamente: pintura por pistola; spray. São presentes também em processo de lubrificação.
c. Fumos: são partículas sólidas suspensas no ar, geradas pelo processo de condensação de vapores metálicos, produzidas pela sublimação (passagem diretamente do sólido para o gasoso) de um metal. Geralmente, são produto de reação dos vapores metálicos com o oxigênio do ar. Os fumos são produzidos em operações como: fundição; corte com oxigênio; desbaste com esmeril e solda.
d. Fumaças: partículas sólidas ou líquidas combinadas com gases que se originam de combustões incompletas de materiais orgânicos. Por exemplo: queima de madeira; carvão; produtos derivados de petróleo; líquidos inflamáveis; vegetais etc. As fumaças contêm gases, gotículas e partículas secas.
e. Gases: substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão, estão no estado gasoso. Por exemplo: hidrogênio; nitrogênio; ar argônio; acetileno; dióxido de carbono; monóxido de carbono; dióxido de enxofre; G. L. P.; amônia etc.
f. Vapores: são a fase gasosa de uma substância que, normalmente, é sólida ou líquida em condições normais de temperatura e pressão. É possível encontrar concentrações de vapores quando se empregam solventes orgânicos; diluentes de tintas; agentes de limpeza; álcool; xileno; tetracloreto de carbono; benzeno; tolueno; cloreto de etila; gasolina etc.
3. Riscos biológicos: representados pela ação de microorganismos patogênicos no organismo humano, como: bactérias; fungos; bacilos; parasitas protozoários; vírus etc. Eles podem ser geradores de várias afecções à saúde dos trabalhadores. Sendo assim, os casos mais comuns de manifestações são:
ferimentos;
lesões e machucaduras que podem provocar infecção por tétano;
hepatite;
tuberculose;
micoses de pele;
diarreias causadas pela falta de higiene em ambientes de alimentação;
falta de apetite;
mal-estar;
dores de estômago;
febre, entre outros.
Da mesma forma os agentes constantes das NR 15, anexo 14, agentes biológicos estão classificados nesta categoria em função do trabalho ou de operações em contato permanente com:
pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso não previamente esterilizados;
carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e excrementos de animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);
esgotos (galerias e tanques);
lixo urbano (coleta e industrialização); hospitais; serviços de emergência; enfermarias; ambulatórios; postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (se aplica unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como àqueles que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);
hospitais; ambulatórios; postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (se aplica apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais);
contato em laboratórios; com animais destinados ao preparo de soro; vacinas e outros produtos;
laboratórios de análise clínica e histopatologia (se aplica somente ao pessoal técnico);
gabinetes de autópsias; de anatomia e histoanatomopatologia (se aplica somente ao pessoal técnico);
cemitérios (exumação de corpos);
estábulos e cavalariças e resíduos de animais deteriorados.
Conhecendo as categorias de riscos, as particularidades, tipos e possíveis ações geradoras de doenças aos trabalhadores, passamos à fase de análise, para posterior tomada de decisão, sendo que as análises de risco devem ser realizadas a fim de conhecer e registrar dados que comporão laudos, documentos de saúde e de segurança do trabalho de um modo geral.
Para a análise de riscos, possuímos diversas ferramentas que nos auxiliam no dia a dia, sendo a escolha de livre acesso aos profissionais, e de tal maneira que, cada um dentro de sua expertise, possa realizar a análise da melhor forma. A classificação dos riscos é um fator crítico em qualquer situação que envolva a segurança do trabalho, porém, o uso de uma das diversas técnicas, que serão apresentadas na sequência deste material, permitirão a determinação dos riscos com uma exatidão cada vez maior e melhor. Assim, qualquer risco poderá ser calculado e otimizado para o bem da empresa e de seus trabalhadores.
Técnicas de análise de riscos ocupacionais
Análise Preliminar de Riscos (APR)
Técnica que também é chamadas de Análise Preliminar de Perigos (APP), porém, é mais conhecida como Análise Preliminar de Riscos (APR) e consiste em um estudo realizado durante a fase de concepção ou desenvolvimento de forma prematura de um novo sistema ou serviço. A sua finalidade é determinar os riscos que poderão estar presentes na sua fase operacional, preferencialmente.
A APR é, portanto, uma análise inicial de forma qualitativa, é desenvolvida na fase de projeto e desenvolvimento de um processo qualquer, um produto ou um sistema. A APR possui especial importância na investigação de novos sistemas, sejam eles de alta inovação e/ou poucos conhecidos. Ou seja, avaliando e investigando quando a experiência em riscos nas suas operações são carentes ou deficientes. Esta técnica tem características básicas de análise inicial, mas também pode ser muito útil como ferramenta de revisão geral de segurança em qualquer sistema operacional, pois pode revelar vários aspectos que, às vezes, podem passar despercebidos em algumas circunstâncias.
A APR, portanto, não é uma técnica aprofundada de análise de riscos e geralmente precede outras técnicas mais detalhadas de análise, já que o seu objetivo é determinar os riscos e as medidas preventivas antes da fase operacional. No estágio em que é desenvolvida, podem existir, ainda, poucos detalhes finais do projeto e, neste caso, a falta de informações quanto aos procedimentos é ainda maior, já que eles são geralmente definidos mais tarde.
Os princípios e metodologias da APR consistem em proceder uma revisão geral dos aspectos de segurança de forma padronizada, descrevendo todos os riscos e fazendo a sua categorização de acordo com a norma internacional (MIL-STD-882). A partir da descrição dos riscos, são identificados as causas (agentes) e efeitos (consequências) desses riscos, o que permitirá a busca e a elaboração de ações e medidas de prevenção ou correção das possíveis falhas detectadas.
A priorização das ações é determinada pela categorização dos riscos, ou seja, quanto mais prejudicial ou maior for o risco, mais rapidamente ele deve ser solucionado.
Desta forma, a APR tem a sua importância maior no que se refere à determinação de uma série de medidas de controle e prevenção de riscos desde o início operacional do sistema, o que permite revisões de projeto em tempo hábil, no sentido de oferecer mais segurança, além de definir responsabilidades no que se refere ao controle de riscos.
O desenvolvimento de uma APR passa por algumas etapas básicas.
· a. Revisão de problemas conhecidos: consiste na busca de analogia ou de similaridade com outros sistemas, para a determinação de riscos que poderão estar presentes no sistema que está sendo desenvolvido, tomando como base as experiências passadas.
· b. Revisão da missão a que se destina: atentar para os objetivos, exigências de desempenho, principais funções e procedimentos, ambientes onde se darão as operações etc. Enfim, consiste em estabelecer os limites de atuação e delimitar o sistema que a missão irá abranger, a quem se destina, envolve quem, o quê, além de como será desenvolvida.
· c. Determinação dos riscos principais: identificar os riscos com potencialidade para causar lesões diretas e imediatas, perda de função (valor), danos aos equipamentos e perda de materiais.
· d. Determinação dos riscos iniciais e contribuintes: elaborar séries de riscos, determinando para cada risco principaldetectado, além dos riscos iniciais e contribuintes associados.
· e. Revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos: elaborar um brainstorming dos meios possíveis de eliminação e de controle de riscos, a fim de estabelecer as melhores opções, desde que compatíveis com as exigências do sistema.
· f. Analisar os métodos de restrição de danos: pesquisar os métodos possíveis que sejam mais eficientes para restrição geral, ou seja, para a limitação dos danos gerados caso ocorra perda de controle sobre os riscos.
· g. Indicação de quem levará a cabo as ações corretivas e/ou preventivas: indicar claramente os responsáveis pela execução de ações preventivas e/ou corretivas, designando, também, para cada unidade, as atividades a desenvolver.
A APR tem grande utilidade no seu campo de atuação, porém, como já foi enfatizado, necessita ser complementada por técnicas mais detalhadas e apuradas. Em sistemas já bastante conhecidos, cuja experiência acumulada conduz a um grande número de informações sobre riscos, esta técnica pode ser colocada em bypass e, neste caso, pode se partir diretamente para a aplicação de outras técnicas mais específicas.
Técnicas de identificação de incidentes
Técnica de Incidentes Críticos (TIC) - fazendo uma entrevista com o trabalhador
A Técnica de Incidentes Críticos (TIC), também conhecida em português como Confessionário, e, em inglês, como Incident Recall, é uma análise operacional, qualitativa, de aplicação na fase operacional de sistemas, cujos procedimentos envolvem o fator humano em qualquer grau. É uma método para identificar erros e condições inseguras que contribuem para a ocorrência de acidentes com lesões reais e potenciais, em que se utiliza uma amostra aleatória estratificada de observadores-participantes, selecionados dentro de uma população.
A TIC possui grande potencial, principalmente naquelas situações em que se deseja identificar perigos sem a utilização de técnicas mais sofisticadas, e ainda, quando o tempo é restrito. A técnica tem como objetivo a detecção de incidentes críticos e o tratamento dos riscos que esses incidentes representam.
Os observadores-participantes são selecionados dentro dos principais departamentos da empresa, procurando representar as diversas operações dela dentro das diferentes categorias de risco. Um entrevistador os interroga e os incita a recordar e a descrever os incidentes críticos, ou seja, os atos inseguros que tenham cometido ou observado, e, ainda, as condições inseguras que tenham lhes chamado a atenção. Os observadores-participantes devem ser estimulados a descrever tantos incidentes críticos que possam recordar, sendo necessário, para tal, colocar a pessoa à vontade, procurando, entretanto, controlar as divagações. A existência de uma setor de apoio psicológico é de grande utilidade durante a aplicação da técnica.
Os incidentes pertinentes, descritos pelos entrevistados, devem ser transcritos e classificados em categorias de risco, definindo, a partir daí, as áreas problemáticas, bem como a priorização das ações para a posterior distribuição dos recursos disponíveis, tanto para a correção das situações existentes como para a prevenção de problemas futuros. A técnica deve ser aplicada periodicamente, reciclando os observadores- participantes a fim de detectar novas áreas problemáticas, e, ainda, para aferir a eficiência das medidas já implementadas.
Estudos revelam que a TIC detecta fatores causais, em termos de erros e condições inseguras, que conduzem tanto aos acidentes com lesão como aos acidentes sem lesão, além de identificar as origens de acidentes potencialmente com lesão.
Assim sendo, a técnica descrita, por analisar os incidentes críticos, permite a identificação e o exame dos possíveis riscos de acidentes antes do fato, e não depois dele, tanto em termo das consequências com danos à propriedade como na produção de lesões.
Técnicas de identificação de perigos
What-if (WI)
O processo What-if (WI) é uma técnica de análise qualitativa, que é muito simples e útil para um nível de detecção exaustiva de riscos, tanto no processo quanto no projeto, não limitado às demandas das empresas.
O objetivo deste objetivo é testar possíveis omissões em projetos, procedimentos e padrões, bem como conselhos, qualificações, etc., em ambientes de trabalho com o objetivo de identificar e abordar riscos.
A técnica é desenvolvida através de reuniões e questões entre as duas equipes. Os aspectos relacionados à situação da situação. O questionário da equipe está bem informado e familiarizado com o sistema que está sendo avaliado, e esta equipe deve formular um conjunto de requisitos antecipadamente, é o propósito do guia de discussão. Para a aplicação do What-if (WI), o requisito técnico e administrativo que inclui os princípios do grupo dinâmico é usado e deve ser usado periodicamente. O uso periódico do procedimento é o que torna seus resultados satisfeitos no processo de avaliação de risco.
A aplicação do What-if, resulta em uma avaliação de um amplo espectro de riscos, bem como a geração de possíveis soluções para os problemas levantados, além disso, o consenso entre as áreas de atuação, como produção, processamento e segurança da maneira mais segura de operar a planta. O procedimento de relatório também fornece um material fácil de entender que serve a fonte de treinamento e uma base para futuras revisões.
Nas culturas empresariais mais eficientes no controle de riscos, os procedimentos dos departamentos técnicos e das equipes de análise produzem revisões rápida e eficientemente. Diversos autores sugerem, ainda, alguns passos básicos quanto à sua aplicação.
a. Formação do comitê de revisão: montagem das equipes e seus integrantes.
b. Planejamento prévio: planejamento das atividades e dos pontos a serem abordados na aplicação da técnica.
c. Reunião organizacional: com a finalidade de discutir procedimentos, programação de novas reuniões, definição de metas para as tarefas e informações aos integrantes sobre o funcionamento do sistema sob análise.
d. Reunião de revisão de processo: para os integrantes ainda não familiarizados com o sistema em estudo.
e. Reunião de formulação de questões: formulação de questões do tipo “o que/e se”, começando do início do processo e continuando ao longo dele, passo a passo, até o produto acabado colocado na planta do cliente.
f. Reunião de respostas às questões (formulação consensual): em sequência à reunião de formulação de questões, cabe à responsabilidade individual o desenvolvimento das respostas escritas às questões. As respostas serão analisadas durante a reunião de respostas às questões, sendo cada resposta categorizada como: resposta aceita pelo grupo tal como submetida ou grupal, em que a análise de riscos tende a se fortalecer.
g. Relatório de revisão dos riscos do processo: o objetivo é documentar os riscos identificados na revisão, bem como registrar as ações recomendadas para a eliminação ou o controle desses riscos.
Técnicas de análise detalhadas
Análise de Modos de Falha e Efeito (AMFE) ou Failure Modes and Effects Analysis (FMEA)
A Análise de Modos de Falha e Efeitos (AMFE) é uma análise detalhada, podendo ser qualitativa ou quantitativa, e permite analisar as maneiras pelas quais um equipamento ou sistema podem falhar e os efeitos que poderão advir, estimando, ainda, as taxas de falha e propiciando o estabelecimento de mudanças e alternativas que possibilitem uma diminuição das probabilidades de falha, aumentando a confiabilidade do sistema.
De acordo com Hammer (1993, apud ALBERTON, 1996), a confiabilidade é definida como a probabilidade de uma missão ser concluída com sucesso dentro de um tempo específico e sob condições específicas. A AMFE foi desenvolvida por engenheiros de confiabilidade para permitir a eles determinar a confiabilidade de produtos complexos. Para isto, é necessário o estabelecimento de como e quão frequentemente os componentes do produto podem falhar, e então, a análise é estendida para avaliar os efeitos de tais falhas.
Apesar de sua utilização ser geral,a AMFE é mais aplicável às indústrias de processo, principalmente quando o sistema em estudo possui instrumentos de controle, levantando necessidades adicionais e defeitos do projeto, definindo configurações seguras para ele quando ocorrem falhas de componentes críticos ou suprimentos. A técnica auxilia, ainda, na determinação e no encadeamento dos procedimentos para contingências operacionais, quando o sistema é colocado em risco e a probabilidade de erro devido às ações não estruturadas é alta, dependendo da ação correta dos operadores.
A AMFE é realizada, primeiramente, de forma qualitativa, especialmente na revisão sistemática de modos de falha de componentes, cujas falhas têm efeito crítico na operação do sistema, sempre procurando garantir danos mínimos ao sistema como um todo. Posteriormente, pode se proceder à análise quantitativa para estabelecer a confiabilidade ou probabilidade de falha do sistema ou subsistema, por meio de seus componentes, bem como na determinação de como poderiam ser reduzidas essas probabilidades, inclusive pelo uso de componentes com confiabilidade alta ou pela verificação de redundâncias de projeto.
Para proceder ao desenvolvimento da AMFE ou de qualquer técnica, é primordial que se conheça e se compreenda o sistema em que se está atuando e quais são a função e os objetivos dele, as restrições sob as quais irá operar, além dos limites que podem representar sucesso ou falha. O bom conhecimento do sistema em que se atua é o primeiro passo para o sucesso na aplicação de qualquer técnica, seja ela de identificação de perigos, de análise ou de avaliação de riscos.
Conhecido o sistema e suas especificidades, se passa do seguimento à análise, cabendo à empresa idealizar o modelo que melhor se adapte a ela. Um procedimento proposto para o preenchimento de várias colunas é o seguinte:
a. dividir o sistema em subsistemas que podem ser efetivamente controlados;
b. traçar diagramas de blocos funcionais do sistema e subsistemas, para determinar os inter-relacionamentos existentes;
c. preparar um check list dos componentes de todos os subsistemas e sua função específica;
d. determinar, por meio de análise de projetos e diagramas, os modos possíveis de falha que possam afetar outros componentes. Os modos básicos de falha devem ser agrupados em quatro categorias:
I. falha em operar no instante prescrito;
II. falha em cessar de operar no instante prescrito;
III. operação prematura;
IV. falha em operação.
e. Indicar os efeitos de cada falha sobre outros componentes e como ela afeta a operação do mesmo;
f. estimar a gravidade de cada falha específica de acordo com as categorias de risco, para possibilitar a priorização de alternativas;
g. indicar os métodos usados para detecção de cada falha específica;
h. formular possíveis ações de compensação e reparos que podem ser adotados para eliminar ou controlar cada falha específica e seus efeitos;
i. determinar as probabilidades de ocorrência de cada falha específica para possibilitar a análise quantitativa.
Como descrito, a AMFE analisa de forma geral os modos de falha de um produto. Porém, em um produto podem existir certos componentes ou um conjunto deles que sejam especificamente críticos para a missão a que se destina o produto ou para a segurança do operador. Portanto, de acordo com Hammer (1993, apud ALBERTON, 1996), a esses componentes críticos deve ser dada especial atenção, sendo mais completamente analisados do que outros. A análise, similar à AMFE, que se preocupa com a análise detalhada desses componentes críticos, é conhecida como Modos de Falha e Análise de Efeitos (FMEA, Failure Modes and Effects Analysis).
Tanto a AMFE como a FMEA são bastante eficientes quando aplicadas a sistemas mais simples e de falhas mais singelas, porém, quando a complexidade é maior, se recomenda o uso de outras técnicas, por exemplo, a Análise de Árvore de Falhas.
Análise de Árvore de Falhas (AAF), Fault Tree Analysis (FTA)
A Análise de Árvore de Falhas (AAF) foi primeiramente concebida por H.A. Watson, dos laboratórios Bell Telephone em 1961, a pedido da Força Aérea Americana para a avaliação do sistema de controle do Míssil Balístico Minuteman.
A AAF é um método excelente para o estudo dos fatores que poderiam causar um evento indesejável (falha) e encontra sua melhor aplicação no estudo de situações complexas. Ela determina a frequência de eventos indesejáveis (topo) a partir da combinação lógica das falhas de diversos componentes do sistema.
O principal conceito na AAF é a transformação de um sistema físico em um diagrama lógico estruturado (a árvore de falhas), em que são especificadas as causas que levam à ocorrência de um específico evento indesejado de interesse, chamado evento topo.
O evento indesejado recebe o nome de evento topo por uma razão bem lógica, já que na montagem da árvore de falhas, esse evento é colocado no nível mais alto. A partir deste nível, o sistema é dissecado de cima para baixo, enumerando todas as causas ou combinações delas que levam ao evento indesejado. Os eventos do nível inferior recebem o nome de eventos básicos ou primários, pois são eles que dão origem a todos os eventos de nível mais alto.
A AAF é uma técnica dedutiva que se focaliza em um acidente particular e fornece um método para determinar as causas deste acidente, é um modelo gráfico que dispõe várias combinações de falhas de equipamentos e de erros humanos que possam resultar em um acidente. O método é considerado uma técnica de pensamento-reverso, ou seja, o analista começa com um acidente ou evento indesejável que deve ser evitado, e, identificadas as causas imediatas do evento, cada uma é examinada até que o analista tenha identificado as causas básicas de cada evento. Portanto, é certo supor que a árvore de falhas é um diagrama que mostra a inter-relação lógica entre essas causas básicas e o acidente.
A diagramação lógica da árvore de falhas é feita utilizando símbolos e comportas lógicas, indicando o relacionamento entre os eventos considerados. As duas unidades básicas ou comportas lógicas envolvidas são os operadores E e OU, que indicam o relacionamento causal entre eventos dos níveis inferiores que levam ao evento topo. As combinações sequenciais desses eventos formam os diversos ramos da árvore.
A AAF pode ser executada em quatro etapas básicas: definição do sistema, construção da árvore de falhas, avaliação qualitativa e avaliação quantitativa.
Embora tenha sido desenvolvida com o principal intuito de determinar a probabilidade, como técnica quantitativa, a AAF é comumente usada também por seu aspecto qualitativo, porque, desta forma e de maneira sistemática, os vários fatores, em qualquer situação a ser investigada, podem ser visualizados. Segundo Hammer (1993), os resultados da análise quantitativa são desejáveis para muitos usos, contudo, para proceder à análise quantitativa, deve ser realizada, primeiramente, a análise qualitativa, sendo que muitos analistas creem que, deste modo, obter resultados quantitativos não requer muitos esforço adicionais.
Assim, a avaliação qualitativa pode ser usada para analisar e determinar quais combinações de falhas de componentes, erros operacionais ou outros defeitos podem causar o evento topo. Já a avaliação quantitativa é utilizada para determinar a probabilidade de falha no sistema pelo conhecimento das probabilidades de ocorrência de cada evento em particular. Desta forma, o método AAF pode ser desenvolvido por meio das seguintes etapas:
a. seleção do evento indesejável ou falha, cuja probabilidade de ocorrências deve ser determinada;
b. revisão dos fatores intervenientes: ambiente, dados do projeto, exigências do sistema etc., determinando as condições, eventos particulares ou falhas que possam vir a contribuir para a ocorrência do evento topo selecionado.
c. montagem, por meio de diagramação sistemática, dos eventos contribuintes e falhas levantadas na etapa anterior, mostrando o inter-relacionamento entre esses eventos e as falhas em relação ao evento topo. O processo se inicia com os eventosque poderiam, diretamente, causar tal fato, formando o primeiro nível, o nível básico. À medida que se retrocede, passo a passo, até o evento topo, são adicionadas as combinações de eventos e falhas contribuintes. Desenhada a árvore de falhas, o relacionamento entre os eventos é feito por meio das comportas lógicas;
d. por meio de Álgebra Booleana são desenvolvidas as expressões matemáticas adequadas, que representam as entradas da árvore de falhas. Cada comporta lógica tem, implícita, uma operação matemática, podendo ser traduzida, em última análise, por ações de adição ou multiplicação.
e. determinação da probabilidade de falha de cada componente, ou seja, a probabilidade de ocorrência do evento topo será investigada pela combinação das probabilidades de ocorrência dos eventos que lhe deram origem.
Para proceder ao estudo quantitativo da AAF, é necessário conhecer e relembrar algumas definições da Álgebra de Boole. A Álgebra Booleana foi desenvolvida pelo matemático George Boole para o estudo da lógica. Suas regras e expressões em símbolos matemáticos permitem simplificar problemas complexos. É principalmente usada em áreas de computadores e outras montagens eletromecânicas, e também, em análise de probabilidades, em estudos que envolvem decisões, e, mais recentemente, em segurança de sistemas.
Para a árvore de falhas, as probabilidades dos eventos, calculadas obedecendo as determinações das comportas lógicas, resultam em:
E = A intersec. D
D = B união C
E = A intersec. B união C
P(E) = P(A intersec. B união C).
Vejamos, a seguir, o esquema de uma árvore de falhas.
Aceleração média de exposição parcial (amepⱼᵢ): corresponde à aceleração média reprTécnicas de identificação de incidentes
Técnica de Incidentes C
ríticos (TIC)
A AAF, não necessariamente, precisa ser levada até a análise quantitativa, entretanto, mesmo ao se aplicar o procedimento de simples diagramação da árvore, é possível a obtenção de um grande número de informações e conhecimentos muito mais completo do sistema ou da situação em estudo, propiciando uma revisão 
A AAF, não necessariamente, precisa ser levada até a análise quantitativa, entretanto, mesmo ao se aplicar o procedimento de simples diagramação da árvore, é possível a obtenção de um grande número de informações e conhecimentos muito mais completo do sistema ou da situação em estudo, propiciando uma revisão bastante clara da questão e das possibilidades imediatas de ação no que se refere à correção e à prevenção de condições indesejadas.
O uso da árvore de falhas pode trazer, ainda, outras vantagens e facilidades: a determinação da sequência mais crítica ou provável de eventos, dentro dos ramos da árvore, que levam ao evento topo; a identificação de falhas singulares ou localizadas importantes no processo; o descobrimento de elementos sensores (alternativas de solução) cujo desenvolvimento possa reduzir a probabilidade do contratempo em estudo. Geralmente, existem certas sequências de eventos centenas de vezes mais prováveis na ocorrência do evento topo do que outras e, portanto, é relativamente fácil encontrar a principal combinação ou combinações de eventos que precisam ser prevenidas, para que a probabilidade de ocorrência do evento-topo diminua.
Além dos aspectos citados, a AAF encontra aplicação para inúmeros outros usos, como: solução de problemas diversos de manutenção, cálculo de confiabilidade, investigação de acidentes, decisões administrativas, estimativas de risco etc.
REGISTROS OCUPACINAIS
Formulários ocupacionais de levantamento de dados
Quando tratamos dos registros ocupacionais, devemos levar em conta que são documentos tão importantes quanto os documentos oficiais que serão elaborados após toda a coleta de dados em campo, não devendo esses serem tratados como meros rascunhos, pois sua importância é muito grande. Os registros de dados se referem a tudo que fará parte do documento base, são compostos de relatórios de antecipação ou de reconhecimento de risco, que, posteriormente, servirão de amparo técnico e legal para compor os laudos técnicos de avaliação quantitativa dos agentes ambientais. Um fato extremamente relevante é que as normas de saúde e segurança do trabalho definem alguns tempos para guardar e conservar os documentos principais, levando em conta que o registro de dados deverá ser mantido por um período mínimo de 20 anos, já que este é o prazo para a prescrição das ações cíveis.
Sendo assim, conforme exposto anteriormente, um bom levantamento de campo, em bons formulários, poderá fazer toda a diferença, mas é o prevencionista que deve, diante dos inúmeros modelos existentes, definir qual é o melhor que lhe convier, sendo este adotado e modificado da melhor forma possível, e que lhe atenda às expectativas na hora da elaboração dos documentos de saúde e segurança do trabalho.
Alguns exemplos de formulários serão, a partir deste momento, apresentados, porém, em caráter informativo e ilustrativo, sendo conferida a decisão de uso ou não ao profissional da saúde e segurança do trabalho.
Modelos de levantamento de ruído ocupacional
Modelo de formulário de avaliação de exposição ocupacional ao ruído, métodos e efeitos combinados
bastante clara da questão e das possibilidades imediatas de ação no que se refere à correção e à prevenção de condições indesejadas.
Modelo de formulário de avaliação de exposição ocupacional ao ruído, métodos e efeitos combdddinadosModelo de formulário de exposição ocupacional ao ruído, análise de frequênciasModelo de formulário de exposição ocupacional ao ruído, análise de frequênciasModelo de formulário de exposição ocupacional ao ruído, análise de frequências
O uso da áRModelo de formulário de exposição ocupacional ao ruído, análise EGISTROSModelo de formulário de av
ATIVIDADES
1. Sabemos que as normas brasileiras (NBRs) são apoio às Normas Regulamentadoras (NRs), e, neste sentido, também o são as Normas de Higiene Ocupacional (NHOs) da Fundacentro, para tratar de quesitos técnicos legais na hora da aplicação e da avaliação em campo. Sabemos que a NR 15 somente não consegue nos oferecer parâmetros suficientes para que possamos praticar a boa higiene ocupacional. Sendo assim, o parâmetro principal é usar as NHOs, e, quanto à calibração de bombas de amostragem individual pelo método da bolha de sabão, utilizarmos a NHO 07. Analise as afirmativas a seguir e assinale verdadeiro (V) ou falso (F).
( ) A bomba de amostragem utilizada para realizar as coletas individuais deve fornecer uma vazão de até 5 litros/minuto, sendo as variações de fluxo do ar aspiradas com precisão de 6%.
( ) Para a vazão de ar, temos que ela se refere ao volume de ar que é medido em litros e que passa por um dispositivo de coleta, tendo, como unidade de tempo, os minutos.
( ) O sistema composto por bureta, mangueiras, dispositivo de coleta e bomba de amostragem pode ser chamado de sistema de calibração.
( ) Bolha de sabão é o nome simplista dado ao equipamento por onde passa o ar para calibrar o equipamento chamado bomba de fluxo de ar, sendo assim, simplesmente, um nome representativo para o equipamento.
A sequência correta para a resposta da questão, é:
a) V, F, V, F.
b) F, V, V, F.
c) V, V, V, V.
d) F, F, F, F.
e) F, F, V, V.
2. Sabemos também que a NR 15, somente, não consegue nos oferecer parâmetros suficientes para que possamos praticar a boa higiene ocupacional. Sendo assim, o parâmetro principal é usar as NHOs, e quanto ao procedimento técnico - avaliação da exposição ocupacional à vibração de corpo inteiro, utilizarmos a NHO 09. Em relação ao significado da sigla (GES) segundo a NHO, utilizada nas avaliações ocupacionais, assinale a alternativa correta.
a) Grupo especializado em saúde.
b) Guia de experimento similar.
c) Guia de exposição à saúde.
d) Grupo de exposição similar.
e) Grupo exposto simultâneo.
3. Sabemos que a NR 15, somente, não consegue nos oferecer parâmetros suficientes para que possamos praticar a boa higiene ocupacional. Sendo assim, o parâmetro principal é usar as NHOs, equanto ao procedimento técnico - avaliação da exposição ocupacional às vibrações em mãos e braços, utilizarmos a NHO 10. Em relação ao significado da sigla (SVMB) utilizada pela NHO nas avaliações ocupacionais, assinale a alternativa correta.
a) Símbolo da vibração em mãos e braços.
b) Simetria da vibração em mãos e braços.
c) Semelhante vibração em mãos e braços.
d) Síndrome da vibração em mãos e braços.
e) Semelhança da vibração em mãos e braços.
4. Os riscos ocupacionais são amplamente estudados na higiene ocupacional, com grande ênfase aos riscos oriundos de agentes biológicos, agentes físicos e agentes químicos. Os tratamos para a caracterização de formas individuais e os subdividimos conforme a sua categoria distribuída em relação aos agentes agressores. Porém, os maiores grupos de estudos quanto às avaliações estão relacionados aos agentes químicos e físicos. Quanto às categorias em relação ao estudo dos agentes de risco, analise as assertivas a seguir.
I. Estudo relativo à natureza, à concentração e à frequência de exposição ao agente.
II. Estudo em relação ao tempo de exposição do trabalhador ao agente.
III. Estudo em relação à hipersensibilidade do trabalho em função do risco.
IV. Estudo em função da natureza, da concentração ou da intensidade do agente no ambiente.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
5. Ao avaliarmos a higiene ocupacional, passamos a gerar um histórico ocupacional, dados fundamentais para toda uma vida do trabalhador, bem como da empresa, dados esses que representam a realidade exposta e como se desenvolvem as atividades em determinadas épocas e/ou períodos. Portanto, esses registros são fundamentais e de extrema importância e relevância para o preenchimento de documentos legais quanto ao histórico laboral. Sobre a importância do registro e da guarda desses documentos por um determinado período de tempo, assinale a alternativa correta.
a) 5 anos.
b) 10 anos.
c) 15 anos.
d) 20 anos.
e) 25 anos.
Resolução das atividades
1. b) F, V, V, F.
2. d) Grupo de exposição similar.
3. d) Síndrome da vibração em mãos e braços.
4. d) II, III e IV, apenas.
5. d) 20 anos. 
Higiene do Trabalho II Agentes Biológicos C.A 
Luiz se formou em Ciências Biológicas e, atualmente, trabalha com a avaliação das populações de morcegos da região metropolitana de Maringá, que inclui 26 municípios, uma grande área rural e muitas áreas de proteção ambiental, como parques e bosques.
Mitos e histórias criados ao longo do tempo fizeram do morcego um animal incompreendido ao redor do mundo, de forma que as pessoas, muitas vezes, temem e buscam “se livrar” desses animais sem compreender que os morcegos, além de inofensivos, desempenham um papel fundamental para a saúde dos ecossistemas terrestres. Eles são importantes polinizadores e dispersores de sementes, atuando como os maiores reflorestadores naturais do planeta. Além de predadores de um vasto número de pragas agrícolas e insetos transmissores de doenças, de forma que, na presença desses animais, a necessidade de utilizar pesticidas é significativamente reduzida, além da diminuição de mosquitos. O trabalho de Luiz, portanto, busca estudar esses animais, sua biologia e ecologia, a fim de conscientizar as pessoas acerca da sua importância e desmistificar as histórias que geram medo. Uma das justificativas para a caça indiscriminada desses animais é a transmissão da raiva. Devemos lembrar, porém, que qualquer mamífero, inclusive nossos animais domésticos, pode transmitir doenças, mas que a raiva só é transmitida quando o animal está doente. Assim, o objetivo principal do trabalho de Luiz é descobrir quais espécies habitam a região e se essas populações de morcegos estão de fato doentes.
Para o estudo, Luiz e sua equipe atuam com duas abordagens de coleta:
1) Captura em casas: a primeira forma de coleta envolve uma parceria com a Secretaria de Saúde do município de Maringá, que possui dois canais de comunicação — Ouvidoria 156 e Disque-Saúde 160 —, por onde moradores, cujos forros das casas ou árvores do quintal foram invadidos por morcegos, solicitam um profissional para fazer a remoção dos animais. A correta remoção desses animais realizada por um profissional especializado é de fundamental importância para não colocar em risco os moradores e os animais domésticos, que podem ser mordidos ou contagiados caso o morcego esteja doente e, também, para a proteção do próprio morcego, que é, então, solto em outra área para que possa cumprir seu papel ecológico.
2) Busca ativa: a segunda forma de coleta se dá por busca ativa nas áreas de proteção. Para isso, Luiz e sua equipe montam armadilhas especiais, chamadas redes de neblina, nos parques e bosques para a captura desses animais. A rede de neblina consiste em uma rede armada na vertical com “bolsas”, onde os animais caem. Os morcegos, então, ficam presos nessas armadilhas, têm sua espécie identificada, seu tamanho medido e sangue coletado para análise e são devolvidos ao ambiente.
Como um dos objetivos do estudo é analisar se os animais que habitam essa região são portadores do vírus da raiva, é necessário que todo cuidado seja tomado para que o biólogo não seja contaminado caso encontre com animais doentes. Além disso, por se tratar de trabalho em áreas de parques e bosques, Luiz precisa se lembrar de que estará dividindo o ambiente com outros animais, como mosquitos, bovinos e capivaras, que também podem ser vetores de outras doenças, como a dengue, a febre maculosa e a doença do carrapato.
Uma vez que a coleta foi feita, a segunda etapa do trabalho é no laboratório, onde as análises do sangue do morcego serão realizadas. Nessa etapa, deve ser levada em consideração a possibilidade de contato direto com material contaminado, o que também precisa ser avaliado pela equipe. Dessa forma, para minimizar riscos e oferecer um ambiente de trabalho seguro para sua equipe, é fundamental que Luiz, sendo o responsável pelas coletas e pela análise em laboratório, faça a avaliação dos trabalhos desenvolvidos para que as medidas de segurança cabíveis sejam adotadas. Apesar de os microrganismos estarem presentes em todos os lugares, inclusive no nosso organismo de forma benéfica, alguns tipos são causadores de doenças, e, quando presentes no ambiente de trabalho, o risco de adoecimento por causa deles é maior. Em geral, esses microrganismos estão presentes em hospitais, estabelecimentos de serviços de saúde em geral, cemitérios, matadouros, laboratórios de análises e pesquisas, frigoríficos, indústrias, empresas de coleta e reciclagem de lixo, estações de tratamento de esgotos, incineradores, entre outros.
A contaminação por agentes biológicos no local de trabalho pode ocorrer pelo contato do trabalhador com materiais contaminados e pessoas portadoras de doenças contagiosas, por transmissão por vetores — roedores, baratas, mosquitos e animais domésticos —, por contato com roupas e objetos de pessoas doentes, pela permanência em ambientes fechados, por acidentes com objetos pontiagudos etc.
Existem diversos organismos que atuam como agentes biológicos que contaminam os ambientes ocupacionais, entre eles, estão os vírus, as bactérias, os protozoários, os fungos, os parasitas e alguns derivados de animais e vegetais que causam alergia, como o pólen e o pó de madeira.
No intuito de que o trabalho de Luiz e sua equipe seja feito com segurança, diversas medidas devem ser tomadas. Para entender como esse processo é realizado, convido-lhe a fazer uma análise sobre os possíveis riscos à saúde desses trabalhadores durante o trabalho em campo e em laboratório, pensando nos agentes biológicos relatados anteriormente. Liste os agentes biológicos que você acredita que podem interferir na segurança desses trabalhadores. Depois disso, reflita e relacione quais as medidas preventivas que você aplicaria a cada agente.
Agora, sabemos que os microrganismos e as partículas biológicas estão presentes emtodos os aspectos da nossa vida, no ar, na água, nas nossas casas e, até mesmo, nos nossos organismos. Será que nós conhecemos quais são os agentes biológicos e o que torna esses agente biológicos no meio de trabalho tão danosos à nossa saúde? Quando um trabalhador está exposto a características insalubres no seu ambiente de trabalho, ou seja, a características que expõem o empregado a agentes nocivos à saúde, ele pode desenvolver doenças que o incapacitarão para desenvolver o seu trabalho. Esse trabalhador poderá ser afastado, ter uma melhora sob tratamento, mas ficar novamente doente ao ser reinserido em seu ambiente de trabalho, de forma gradativamente mais grave conforme essa situação se repete. Assim, notamos que é essencial agirmos de maneira preventiva, ou seja, precisamos agir buscando sanar os problemas do ambiente para que este apresente as devidas condições de trabalho e manutenção da saúde do trabalhador (BREVIGLIERO; POSSEBON; SPINELLI, 2012).
Esses fatores ambientais que podem atuar como agentes nocivos à saúde são divididos em três grupos: agentes físicos — temperatura, ruído, pressão, radiação etc. —, agente químicos — gases, vapores etc. — e agentes biológicos — microrganismos, parasitas, partículas de origem biológica etc. O entendimento acerca dos riscos atribuídos a agentes biológicos e as medidas cabíveis para proteção dos trabalhadores em cada caso é de fundamental importância tanto para a saúde desses indivíduos quanto de forma geral para a comunidade.
Para traçar a melhor estratégia de prevenção aos agentes biológicos que podem causar danos à saúde de sua equipe, Luiz precisa entender as três etapas fundamentais da Higiene do Trabalho, que são (1) o reconhecimento, em que ocorre a identificação e caracterização dos agentes ambientais que afetam a saúde dos trabalhadores; (2) a avaliação, que consiste em coletar amostras, realizar medições e análises para avaliação dos riscos; e, por fim, (3) o controle, que usa como base os resultados das etapas anteriores para propor medidas que eliminem ou minimizem os riscos existentes no ambiente de trabalho (BELTRAMI; STUMM, 2013). Assim, feitos o reconhecimento e a avaliação dos agente biológicos que Luiz e sua equipe podem encontrar, incluindo o conhecimento prévio da área e os vetores e doenças mais comuns que devem ser observados, foi elaborado um plano de controle.
A primeira decisão tomada foi a de procurar quais doenças poderiam ser contraídas pelos vetores analisados e, então, vacinar Luiz e sua equipe contra essas doenças. No caso, existem vacinas disponíveis contra a raiva, que são tomadas devido ao trabalho com morcegos, e contra a dengue, doença causa por um vírus do gênero Flavivírus e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, muito comum na região de trabalho. 
Além disso, foi elaborado um protocolo de comportamento e vestimentas para as coletas no intuito de diminuir a exposição a mosquitos e carrapatos, o que inclui o uso de repelentes de eficácia comprovada, o uso de calças compridas com as barras presas por fitas adesivas, camisas de manga longa também presas por fitas adesivas, botas fechadas e luvas grossas. Adicionalmente, ao final de cada coleta, Luiz e sua equipe devem se inspecionar em busca de carrapatos, que, caso sejam encontrados, devem ser retirados cuidadosamente com o uso de pinça.
Quanto à segunda parte do trabalho, em laboratório, a principal preocupação diz respeito ao contato com o vírus através das amostras de sangue. Assim, como Luiz já estava vacinado, o primeiro passo foi o preparo do laboratório para que este contenha os equipamentos necessários para tornar o ambiente de trabalho seguro. Foi adquirida, então, uma capela de segurança biológica. Esse equipamento é utilizado para promover a proteção tanto dos usuários quando das amostras manipuladas e do meio externo, de forma a renovar 100% do ar. Além disso, foram estipuladas normas de comportamento e vestimenta, que incluem a proibição do consumo de qualquer bebida ou alimento na área de análises do laboratório, o uso de calças compridas, sapatos fechados, jaleco de algodão e luvas de procedimento.
Por fim, incidentes de qualquer natureza, tanto em campo quanto em laboratório, devem ser relatados à administração da empresa empregadora, que tomará as devidas providências para avaliação e manutenção da saúde do trabalhador. Em adição, a empresa de Luiz promove exames periódicos, de forma que, além de avaliar a saúde de todos os seus empregados, a empresa está continuamente verificando a eficácia dos métodos empregados para a manutenção da saúde dos trabalhadores. 
QUIZ GAME
EXPERIMENTAÇÃO
Questão 1 – Entender os riscos atribuídos a agentes biológicos e as medidas cabíveis para proteção dos trabalhadores em cada caso é de fundamental importância tanto para a saúde desses indivíduos quanto de forma geral para a comunidade. Agora você é o responsável pelas tomadas de decisões, assinale quais as etapas que você deve desempenhar:
a) Identificação e caracterizar os agentes ambientais que afetam a saúde dos trabalhadores
b) Instruir os trabalhadores sobre como eles afetam o meio ambiente.
c) Coletar as amostras do meio, realizar medições e análises para a avaliação dos riscos identificados.
d) Propor medidas que eliminem ou minimizem os riscos existentes no ambiente de trabalho.
Questão 2 – Ao passar pela primeira etapa, você pôde identificar os principais agentes biológicos causadores de doenças e os seus vetores. Identifique abaixo as corretas relações entre a doença e o vetor que carrega o agente biológico:
a) Raiva – Mosquito Anopheles
b) Dengue – Mosquito Aedes aegypti
c) Doença de chagas – Bicho barbeiro
d) Febre maculosa – Carrapato
Questão 3 – Você identificou o principal agente biológico causador de doença no seu ambiente de trabalho como um vírus transmitido por um mosquito. Levando em consideração as medidas abaixo, defina qual a ordem de prioridade na implementação.
a) Definição de protocolos 
b) Uso de roupas determinadas e EPIs
c) Vacina
Questão 4 – A fim de eliminar os problemas ambientais é necessário compreender os meios de contaminação. Assim, a contaminação por agentes biológicos no local de trabalho pode ocorrer pelos meios listados abaixo, exceto:
a) Contato com materiais contaminados
b) Contato com pessoas portadoras de doenças contagiosas
c) Pelo contato com animais silvestres, mesmo que estes não sejam portadores de vetores ou estejam doentes
d) Transmissão por vetores
e) Por acidentes com objetos pontiagudos
RESPOSTAS
Questão 1 – As três etapas fundamentais da Higiene do Trabalho são Reconhecimento, Avaliação e Controle, onde ocorrem a identificação e caracterização dos agentes ambientais, a coleta e análise de amostras ambientais e a proposta de medidas que eliminem ou minimizem os riscos existentes no ambiente de trabalho, respectivamente.
Questão 2 – A raiva é transmitida pela mordida de animais doentes, como cães, gatos e morcegos, por exemplo. O mosquito Anopheles é o vetor de doenças como a malária e a elefantíase. A dengue é causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A Doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitido pelo bicho-barbeiro. E a febre maculosa é causada por uma bactéria, do gênero Rickettsia, e transmitida pelos carrapatos.
Questão 3 – Primeiro são adotadas as medidas relativas à fonte do problema no intuito de eliminar o risco do ambiente, portanto, a vacina. Então, são tomadas medidas administrativas, como a elaboração e implementação de protocolos de conduta e vestimenta. E, por último, são tomadas medidas relativas ao trabalhador, como a adoção dos EPIs.
Questão 4 – As doenças transmitidas por animais são transmitidas pelos vetores que eles carregam, como carrapatos, e pelos animais doentes, principalmente pela mordida. Sendo assim, o contato com animais silvestres nem sempre leva à contaminação. 
AULA 1
A Higiene do trabalho sempre vai priorizar trabalhar de forma preventiva, tratar as causas das doenças e não as consequencias
1. RECONHECIMENTO2. AVALIAÇÃO
3. CONTROLE
RECONHECIMENTO
· Se um agente tóxico não for reconhecido, ele não será avaliado e nem controlado
· Conhecimento profundo do processo produtivo, do fluxo de produtos, do tipo de produto envolvido, dos processos envolvidos,quantidade de trabalhadores no ambiente, as caracteristicas fisicas e infraestruturais do ambiente.
Avaliação
· Qualitativa x Quantitativa dos agentes ambientais
· Coletas,medições,analises e calculos
Controle
· Proposição e adoção de medidas que visem a eliminação ou minimização do risco presente no ambiente
1. Medidas relativas ao ambiente
Medidas relativas ao coletivo. Ex: Adoção de vacinas, equipamentos de proteção coletivos relativas a INFRAESTRUTURA do meio. De forma que venhamos a trabalhar na causa daquele risco
2 Medidas administrativas
· Limitação do tempo de exposição do trabalhador a determinado risco
· Medidas educativas e treinamento
· Inclusao de exames adimissionais e demissionais
3 Medidas Relativas ao trabalhador
· Adoção de equipamentos de proteção individual
AULA 2 - AGENTES BIOLOGICOS
· Quais os tipos?
· O que causam?
· Como nos prevenir?
· Como nos tratar?
Os Microorganismos e outros agentes biologicos podem estar presentes no ambiente ou ate mesmo no nosso organismo em perfeita armonia, sem causar nenhum tipo de dano a saude. Esse é o exemplo dos morcegos que são grandes polinizadores e tem um papel ecologico enorme e não causam mal algum. A não ser quando estão contaminados com a raiva e entram em contato conosco. Por exemplo os vermes Helmintos estão livres na natureza onde podem não causar nenhum prejuizo. Inclusive são considerados bioindicadores, quando estão em alta diversidade e baixa taxa de infeção é um sinal de que aquele ambiente esta em harmonia. É um ambiente saudavél. Porém quando acontece ao contrario, significa que temos algum problema ambiental ali. Outro exemplo são as bacterias 'Staphylococcus e Streptococcus que habitam na nossa pele sem causar mal nenhum. Elas funcionam como uma barreira de entrada para outras bacterias. Porém em casos de infecções de pele ou cortes essas bacterias podem entrar na nossa corrente sanguinea causando algum tipo de infecção. O mesmo ocorre no nosso ambiente de trabalho, organismos presentes ali, pode se tornar causadores de doenças em determinadas situações.
Essas doenças podem ser de tres tipos:
INFECÇÕES
São as doenças causadas por bacterias, virus e protozoarios
ALERGIAS
Causadas por grão polem,pó de madeira, bolor, mofo, acaros
EFEITOS TOXICOS
Causados pela inaculação de veneno de algum animal ou por acidentes com materiais perfuro-cortantes
VIAS DE TRANSMISSÃO
Transmissão direta 
Onde entre o agente biologico e o hospedeiro final, não nenhum tipo de veiculo ou vetor. É o caso daquelas doenças de transmissão via aerea, por aerosois, ou goticulas direto na mucosa. Como os olhos.
Transmissão indireta 
Onde entre o agente biologico e o hospedeiro existe algum tipo de veiculo ou vetor.
É o caso das doenças transmitidas por insetos ou outros vetores animais e também por acidentes com materiais perfurocortantes
VIAS DE ENTRADA
· Respiratoria ou Inalatoria - Agente biologico disperso no ar e são respirados por nós. 
Medida de controle: Distanciamento social e uso de mascara
· Dermica ou cutanea - Quando o agente biologico tem contato direto com a nossa pele
· Muscosa
· Digestiva ou Oral - Quando os agentes biologicos são ingeridos em formato de alimento ou bebida contaminada
· Parenteral - Quando ocorrem acidentes com materiais perfuro cortantes.
Importante destacar que sempre havera exposição a agentes biologicos de um trabalhador em contato com
I. Materiais naturais ou organicos
II. Subistancias de origem animal
III. Alimentos
IV. Poeiras Organicas
V. Residuos e águas Residuais
VI. Sangue e outros fluidos corporais
NR 15 APLICADA A AGENTES BIOLOGICOS - INSALUBRIDADE GRAU MAXIMO E MINIMO
Insalubridade grau máximo
A NR15 considera o trabalho ou operações em contato permanente com:
· Pacientes em isolamentos por doenças, infecto-contagiosas
· Carnes, glandulas, visceras, sangues e ossos, pelos (Carbucolose, tuberculose e brucelose
· Esgotos (Galerias e Tanques)
· Lixo Urbano (coleta e industrialização)
Insalubridade grau médio
A NR15 considera o trabalho ou operações em contato permanente com pacientes, animais ou material infecto contagiantes.
Cemiterios
Ambulatorios
Hospitais
Postos de vacinação 
Gabinetes de autopisias
Estabulos
Agentes Ambientais
I. Agentes fisicos
Ruido, pressão, temperatura
II. Agentes quimicos
Gases, vapores
III. Agentes biologicos
Os agentes biologicos estão em todos os lugares, inclusive no nosso organismo, ondem podem não causar mal nenhum. Mas quando presentes no ambiente de trabalho de forma descontrolada esses agentes podem ser causadores de doenças.Em se tratando do ambiente de trabalho esses agentes biologicos podem estar em
· Estabelecimentos de serviços de saude de forma geral
· Cemiterios
· Matadouros
· Laboratorios de analises e pesquisa
· Frigorificos 
· Industrias
· Empressas de coleta e reciclagem de lixo
· Estações de tratamento de esgotos
· ETC...
Esses agentes biologicos podem ser de varios tipos:
· Virus
· Bacterias
· Protozoarios
· Fungos
· Parasitas
· Derivados de animais e Vegetais (grão de polem, pó de madeira)
Agente Ambiental - Virus
Caracteristicas Gerais
· Carregam uma quantidade de material genetico
· Não possuem organização celular, nem organelas
· Não são capazes de produzir sua propria energia metabolica, se replicar ou dispersar
São considerados parasitas intracelulares obrigatorios!
Doenças mais comuns
Gripes e suas variantes, AIDS, Hepatite(A,B,C,D e E), Catapora, Rubeola, Dengue, febre amarela, raiva, sarampo, caxumba, COVID19
Transmissão
Contato direto, Vetores(insetos), Ingestão de alimentos e bebidas contaminados, compartilhamento de seringas, atos sexuais....
Prevenção
Vacinas, cuidados com o ambiente e alimentos
Agente Ambiental - Bacterias
Caracteristicas Gerais
· Individuos ou colonias
· Três formatos basicos: Cocos ou (esferico) Bacilos (ou bastonete,bastão) e Helicoidais (ou espiraladas)
· Reprodução assexuada (organismos clonais)
· Crescer em todas as amplitudes de PH, temperatura, oxigenio, pressão osmotica e atmosferica
· Capacidade de liberar esporos
Doenças mais Comuns
Pneumonia bacteriana, peste bubonica, colera, tetano, disinteria, leptospirose, infecções hospitalares.
Transmissão
Contato direto, Vetores(insetos), Ingestão de alimentos e bebidas contaminados, compartilhamento de seringas, atos sexuais....
Prevenção
Vacinas, cuidados com o ambiente e alimentos
Agente Ambiental - Protozoarios
Caracteristicas Gerais
· Eucariontes
· Ampla variedades de formas, processos de alimentação, locomoção e reprodução
· Vida livre e Parasitas
· Mais de um hospedeiro
Doenças mais Comuns
Doença de chagas, Amebiase, Giardiase, malaria, Toxoplasmose, Tricomoniase, Lehismaniose
Transmissão
Vetores e aguas contaminadas
Prevenção
Controle de insetos e saneamento basico
Agente Ambiental - Fungos
Caracteristicas Gerais
Eucariontes Unicelulares como as leveduras ou pluricelulares como os cogumelos
Decompositores, geralmente convivem de forma armoniosa com o nosso corpo Ex; Fungo do genero candida
Doenças mais Comuns
Micoses de peles, unhas mucosas ou couro cabeludo, como pano branco, tinea, frieira e a candidiase ou problemas respiratorios como asma alergica, rinite alergica, sinusite fungica, aspergilose broncopulmonar alergica.
Transmissão
Contato, inalação, quedas de imunidade ou por ferimentos na pele
Prevenção
Habitos de higiene, não compartilhar roupas e utensilios. Evitar ambientes umidos com aparencia de mofo e bolor.
Agente Ambiental - Artropodes Parasitas
D
Caracteristicas Gerais
· Animais invertebrados
· Exoesqueleto (esqueleto externo)
· Membros articulados
I. Presença
Ectoparasitas como o piolho e o verme
II. Contato
Peçohento como aranha e escorpião, ou urtificantes como algums lagartas;
III. Vetores e Doenças
Barbeiro transmite a doença dos chagas, mosquitos transmitem a malariae a dengue, carrapatos transmitem a doença LYME e a febre maculosa
IV. Causadores de fobias
Prevenção: Evitar esses animais atraves do uso de repelentes com eficacia comprovada, roupas adequadas para locais de infeccção;
Agente ambiental - Helmintos Parasitas
Caracteristicas Gerais
Vermes - platelmintos (solitarias) E nematelmintos (lombriga)
Doenças mais Comuns
Esquistossomose, fasciolose, teniase, cisticercose, hidatiose, ancilostomose, ascariciase ou lombriga,bicho geografico.
Transmissão
ingestão de ovos ou larvas ao consumir agua ou alimento infectado, contato da pele com agua contaminada ou por vetores.
Prevenção
Saneamento basico, controle de vetores como caramujos e insetos. Cuidado com os alimentos, como lavar bem os vegetais, beber apenas agua tratada, filtrada ou fervida, evitar o consumo de carnes mal cozidas.
Para os agentes Biologicos
NRS
6/9/15/32
NR 6 - Disponibilização de uso de EPIS
NR 9 - Obrigatoriedade de elaboração e implementação do PPRA
NR 15 - Atividades e operações insalubres
NR 32 - Medidas de proteção e segurança a saude
HIGIENE DO TRABALHO III - Agentes Fisicos e Ventilação INDUSTRIAL
O que precisamos saber sobre a ventilação Industrial?
I. Conceitos e classificação e reconhecimento de Riscos fisicos
II. sobrecarga termica
III. temperaturas baixas
IV. pressoes elevedas e baixas
V. ruidos
VI. vibrações
VII. trabalho pratico de controle de ruidos e vibrações
I. Conceitos e definições do tipo de ventilação
II. Requisitos para o conforto termico
III. ventilação aplicada a engenharia de segurança
IV. sistema de ventilação e dutos
V. controle de contaminantes
VI. avaliação dos sistemas de ventilação
VII. instrumentação basica
VIII. Pressão estatica e velocidade de fluxo
IX. Radiação não ionizante
X. Radiação ionizante
XI. Radio Frequencia
XII. Radiação Infravermelho
XIII. Radiação Ultravioleta
XIV. Laser e Maser
Como Funciona essa ventilação Industrial no Mundo Real?
Estudo de caso!
Na industria sera visto muitos climiatizadores, exaustores, em locais menores ar condicionado com a finalidade de gerar um conforto termico e controlar alguns agentes fisicos e Quimicos!
Agentes Fisicos no Ambiente de Trabalho
Calor 
Temperatura Baixa, frio
A Ventilação industrial - Aplicada a Engenharia de SEGURANÇA!
Permite que venhamos a controlar a umidade por meio de sistemas de ventilação.
Precisamos achar soluções e fazer as prevenções adequadas as normas da segurança do trabalho visando o conforto termico dos trabalhadores em seu ambiente laboral
Por vezes nos deparamos com lugares que nao tem circulação de ar, não tem janelas, ou industriais que precisam ter essa circulação de ar, para que esse ar seja renovado com frequencia
Competencias
È preciso conhecer os tipos de ventilação
Aplicar as recomendações para evitar riscos fisicos no ambiente de trabalho
Exemplo: A norma diz que o limite de tolerancia é X, temos que ficar nesse limitante.
Sugestões para problemas
O que nos precisamos saber ou levantar ou reconhecer?
Precisamos avalaiar as estruturas do sistema de ventilação
O que é mais viavel?
É preciso conhecer a classificação dos principais riscos no ambiente de trabalho para poder implementar o sistema ideial, a estrutura de ventilação ideal.
Importante: Saber qual o sistema para conforto termico ideial para determinada situação
Exemplo: Um local onde tem muita fumaça. Talvez um exaustor resolva o problema.por meio da renovação de ar.
Estudo de Caso
Mergulhe nessa situação:
Suponha a análise de um processo produtivo realizado em um determinado local como, por exemplo, um barracão. Nesse local são liberados no ar vários tipos de contaminantes atmosféricos como poeiras, fumaças, gases, aerossóis e até mesmo produtos químicos. Nessa situação, caso esses contaminantes não forem tratados, eles serão inalados pelos trabalhadores, podendo com isso causar várias doenças: rinite, sinusite, alergias ou até mesmo problemas pulmonares com maior gravidade.
Mesmo que a empresa, durante suas atividades rotineiras, não gere nenhum tipo de resíduo, ainda assim, podemos verificar a questão da temperatura e da umidade no ambiente de trabalho. Ambientes muito secos e quentes causam fadiga, queda de pressão, dores de cabeça e desidratação. Devido a isso, muitas empresas precisam avaliar o sistema de ventilação utilizado em seus ambientes de trabalho.
Agora imagine um barracão industrial utilizado como uma fábrica de móveis, ou marcenaria, no qual as análises da qualidade do ar interno apontaram para uma grande concentração de poeira vegetal, provenientes da principal matéria-prima utilizada na fabricação de móveis, a madeira. O pó de madeira é uma mistura complexa gerada quando a madeira é processada, ou seja, cortada, serrada, perfurada ou lixada para as diversas finalidades pela qual vai ser utilizada.
Nesse ambiente de trabalho interno, temos alguns trabalhadores diretamente ligados a essa exposição ocupacional: o pó da madeira que produzido durante a execução das suas tarefas diárias, advindo do uso de máquinas ou ferramentas. Quando o trabalhador inala esse pó, ele fica depositado no nariz, garganta e em outras vias respiratórias. A quantidade de pó depositado dentro das vias aéreas do trabalhador depende muito do tamanho, forma e densidade dessas partículas e da força do fluxo de ar existente no ambiente interno. 
Para que esses aerodispersóides penetrem além dos bronquíolos terminais e se depositem na região de troca de gases dos pulmões, é necessário que o diâmetro das partículas seja menor que 10μm (PEIXOTO, 2013. p. 67). As poeiras que cumprem esse critério constituem a fração respirável.
Com uma análise feita a partir do processo produtivo dos móveis, verificamos vários pontos em que ocorre geração de resíduos, com isso podemos determinar quais são os equipamentos que contribuem para a emissão desse poluente, a poeira, e tentar eliminar ou reduzir essa fonte de poluente.
O determinado barracão possui apenas duas portas grandes, uma frontal e uma lateral, além de janelas em um dos lados, propiciando a ventilação apenas natural. Utilizam-se também alguns exaustores em equipamentos específicos que ajudam no controle de poeiras, porém com baixa eficiência.
A avaliação ocorreu nos processos mais suscetíveis a geração de resíduos através de uma quantificação e qualificação durante o expediente normal de trabalho. A separação dos resíduos na fonte geradora e a identificação da sua origem fazem parte dos laudos de classificação, onde constam a descrição da matéria prima e o processo no qual a poeira foi gerada. A poeira é considerada um poluente primário segundo sua origem, tendo parte deste material gerado no ambiente de trabalho coletado e uma outra parte se dilui no ambiente.
Lembramos que esse material particulado, quando não coletado de forma eficiente, pode provocar danos ao processo de fabricação como também riscos à saúde dos funcionários e da população vizinha à indústria. Além disso, a poeira, devido a sua densidade e a sua granulometria, depositam-se facilmente no chão e se misturam com outros tipos de resíduos, sendo necessária a varrição de uma maior quantidade de resíduos espalhados pela fábrica, com isso gerando novamente a contaminação do ar no ambiente com uma grande quantidade de resíduos. Esse é um dos problemas que a marcenaria enfrenta. Durante as avaliações também verificou-se a exposição diária dos trabalhadores a diversos riscos, por isso identificou-se a necessidade da utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que são fundamentais para garantir a segurança do profissional durante a execução do trabalho, e também evitar algum tipo de contaminação.
Os EPI’s variam de acordo com o tipo de atividade ou de riscos que poderão ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador. Por isso, neste caso, observou-se o uso de máscaras, mas sem o filtro. Como a nossa avaliação foi basicamente na questão do contaminante poeira, o foco foi na situação das máscaras, lembrando que os demais EPI’s estavam sendo usados da forma correta. 
Segurança aplicar as normas paraventilação
Necessitamos citar a relação direta entre qualidade do ar no ambiente de trabalho e a saúde dos trabalhadores e, por sua vez, da ventilação industrial e da segurança do trabalho, para conseguir uma melhor qualidade de ar no ambiente de trabalho. Essa qualidade do ar é determinada por um conjunto de vários fatores que podem ou não dispersar algum tipo de contaminante no ambiente de trabalho.
Quando tratamos de segurança e saúde do trabalhador não podemos deixar de citar as Normas Regulamentadoras. No nosso caso, não podemos deixar de citar a Norma Regulamentadora 15 (NR15) que trata sobre operações e atividades insalubres e a Norma Regulamentadora 17 (NR17) que trata sobre ergonomia, nessas normas estão informações sobre a ventilação no ambiente de trabalho. As Normas Regulamentadoras são os documentos norteadores para que as empresas possam oferecer condições adequadas para seus trabalhadores.
Já se tratando da qualidade do ar, a NR15 e a NR17 são as normas que temos como base para relacionarmos à ventilação e a temperatura do ambiente de trabalho.
A NR15, define algumas regras para as empresas que exerçam algum tipo de atividade insalubre. Uma dessas regras é o nível de exposição ao calor, conforme anexo III da NR 15 (Segurança e Medicina do Trabalho, 2021, p.262). Nesse caso, um sistema de ventilação ajudaria a reduzir o calor e melhorar as condições de trabalho no ambiente.
Lembrando que a norma também estabelece a obrigatoriedade de um sistema de ventilação natural ou artificial em alguns casos específicos. Podemos citar como exemplo algum tipo de atividade que gere poeiras minerais, dentre outros.
Já na NR17 estabelece a faixa de temperatura média, níveis de umidade e velocidade do ar considerados adequados para o bem-estar dos trabalhadores. Dentro deles podemos citar que, o Índice de temperatura efetiva deve estar entre 20ºC e 23ºC; a velocidade do ar não deve ser superior a 0,75 m/s, e a umidade relativa do ar não deve ser inferior a 40% (ATLAS, 2021, p.339).
Para informação, os sistemas de exaustão localizados permitem que o ar contaminado do ambiente de trabalho seja removido da zona de respiração e descarregados para o ambiente externo, isso pode ocorrer com ou sem filtragem, dependendo do caso, o que reduz consideravelmente a exposição dos trabalhadores a esse risco. Mas qual seria a forma correta de se fazer isso? Quais equipamentos ou soluções podem ser usados? Poderíamos resolver isso de uma outra forma sem utilizar nenhum tipo de ventilação?
Entende-se por ventilação industrial o processo de retirar ou fornecer ar por meios naturais ou mecânicos de, ou para, um recinto fechado, no nosso caso uma indústria de móveis. O processo de ventilação tem como finalidade o controle das condições no ambiente com relação ao ar que respiramos. Isso se torna importante tanto para o ambiente em geral como para a saúde do trabalhador. Necessita em determinadas situações a renovação do ar devido ao acúmulo de poeiras, gases, vapores, etc.
O objetivo principal da ventilação é a introdução de um ar adequado para a respiração humana dentro de um recinto onde se desempenham atividades comerciais e industriais.
Existe uma diferença fundamental entre manter o bem-estar em uma repartição comercial (como por exemplo somente escritórios) e em uma instalação industrial. Numa instalação industrial a ventilação do ambiente, têm por finalidade o controle das concentrações de contaminantes e poluentes e das condições térmicas e, na maioria dos casos, ambas. A ventilação neste caso pode consistir em passar simplesmente uma corrente de ar exterior, supostamente não contaminada, ou melhor, não poluída, pelo interior do recinto diminuindo assim a concentração do poluente, ou contaminante, a uma taxa aceitável pelo organismo humano. Esse ar contaminado, ou poluído pela poeira dentro da indústria, pode então ser novamente retornado ao exterior, onde novamente o contaminante, ou o poluente será disperso a menor taxa.
Na ventilação industrial temos como objetivo o controle da concentração de vários contaminantes, no nosso caso específico o pó e por consequência a remoção de calor dentro da indústria. 
Desta forma concluímos que a pureza do ar está ligada diretamente à saúde dos trabalhadores e que o nosso organismo só pode admitir e tolerar pequenas doses de determinados contaminantes.
Uma forma de analisarmos a determinada situação seria por meio de um roteiro para reconhecer os riscos.
Como exemplos de etapas do roteiro temos:
I. As possíveis fontes de geração de material particulado, como, por exemplo, processos que envolvam moagem, peneiramento, lixamento, polimento, serragem, corte, furação, gravação, esmagamento, operações de limpeza a seco ou que produzam material particulado ou suspendam aquele depositado;
II. As etapas do processo produtivo, enfatizando as circunstâncias ou os procedimentos que podem contribuir para a contaminação dos ambientes de trabalho;
III. As condições do ambiente de trabalho, enfatizando se é aberto ou fechado, se possui ventilação natural ou forçada;
IV. A existência de resultados de monitoramentos anteriores referentes à exposição a material particulado, incluindo avaliações realizadas para acompanhamento da eficácia de medidas de controle
V. Posição dos trabalhadores em relação às fontes de emissão de material particulado em seus locais de trabalho;
VI. O tempo e a frequência de cada operação ou procedimento realizado pelo trabalhador.
Falando agora especificamente do processo de produção de móveis, é perceptível a poluição proveniente desse tipo de atividade, tanto por produtos que geram resíduos líquidos, sólidos e atmosféricos.
Focando nos produtos que geram resíduos atmosféricos, a ventilação industrial se torna uma ferramenta essencial no controle da poluição do ar.
Mas para isso depende da escolha adequada de determinados equipamentos e procedimentos adotados capazes de realizar a captura ou a diluição destas partículas contaminantes, sendo assim obtendo um maior conforto para o trabalhador no seu local de trabalho.
QUIZ CASE
Questão 1 – Com relação ao Item 17.8 Condições de conforto no ambiente de trabalho da NR 17, podemos citar que a corrente de ar proveniente de medidas de controle térmico devem atingir diretamente o trabalhador? 
a) De forma a amenizar o calor.
b) De forma a suprir a falta de oxigênio.
c) De forma a amenizar fontes de poluição.
d) Como requisitos do cumprimento da nora.
e) Nenhuma das alternativas.
Questão 2 – No Brasil, existem algumas normas especificas que tratam da qualidade do ar interno para as indústrias. Essas normas indicam a importância da utilização do sistema de ventilação para o bem-estar dos trabalhadores. Quais são elas?
a) Norma Regulamentadora 15 (NR 15) – Atividades e Operações Insalubres – Anexo 3: trata dos limites de tolerância para a exposição ao calor;
Norma Regulamentadora 15 (NR 15) – Atividades e Operações Insalubres – Anexo 11: trata das concentrações máximas permitidas para as substâncias contaminantes químicas no ambiente de trabalho.
b) Norma Regular 15 (NR 15) – Atividades e Operações Insalubres – Anexo 3: trata dos limites de tolerância para a exposição ao calor;
Norma Regular 15 (NR 15) – Atividades e Operações Insalubres – Anexo 11: trata das concentrações máximas permitidas para as substâncias contaminantes químicas no ambiente de trabalho..
c) Norma Regulamentar 15 (NR 15) – Atividades e Operações Insalubres – Anexo 3: trata dos limites de tolerância para a exposição ao calor;
Norma Regulamentar 15 (NR 15) – Atividades e Operações Insalubres – Anexo 11: trata das concentrações máximas permitidas para as substâncias contaminantes químicas no ambiente de trabalho.Norma reglamentar
d) Norma de Regulação 15 (NR 15) – Atividades e Operações Insalubres – Anexo 3: trata dos limites de tolerância para a exposição ao calor;
Norma de Regulação 15 (NR 15) – Atividades e Operações Insalubres – Anexo 11: trata das concentrações máximas permitidas para as substâncias contaminantes químicas no ambientede trabalho.
Questão 3 – Para proteger os funcionários em atividades com risco ambiental como preveem as Normas Regulamentadoras NR-9 (PPRA) e NR-15 (Atividades e Operações Insalubres), no que diz respeito a ventilação, quais Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) são necessários?
a) Ar Condicionado central.
b) Climatizadores.
c) Abetura para passagem de ar naturalmente.
d) Sistemas de exaustão localizada ou sistemas de ventilação local exaustora.
Questão 4 – Qual a finalidade da Ventilação para a manutenção da saúde e segurança do trabalhador?
a) Reduzir o aquecimento de motores elétricos, máquinas, armazéns ventilados com o fim de evitar deterioração.
b) Reduzir as concentrações no ar de gases, vapores, aerodispersóides em geral, nocivos ao homem, até que baixe a níveis compatíveis com a saúde.
c) Restabelecer as condições atmosféricas num ambiente alterado pela presença do homem.
d) Aquecer o ambiente no inverno.
Respostas!
Questão 1 – Alternativa correta E.
Conforme o item 17.8.4.2.1 Devem ser adotadas medidas de controle da ventilação ambiental para minimizar a ocorrência de correntes de ar aplicadas diretamente sobre os trabalhadores. 
Questão 2 – Alternativa correta A.
As NRs - Normas Regulamentadoras, são diretrizes do antigo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) desenvolvidas para garantir a saúde e a segurança dos colaboradores. A Norma Regulamentadora N° 15 trata das atividades e operações insalubres, descrevendo quais são essas atividades, as operações e os agentes envolvidos, assim como todos os ambientes que podem oferecer certo tipo de risco à saúde dos colaboradores. 
Questão 3 – Alternativa correta D.
Os sistemas de exaustão localizada ou exaustora, permitem que o ar contaminado do ambiente de trabalho e mesmo de espaços confinados seja removido da zona de respiração e descarregados para o ambiente externo com ou sem filtragem, dependendo do caso, o que reduz a exposição dos trabalhadores.
Questão 4 – Alternativa correta B.
Para classificar os sistemas de ventilação é necessário levar em consideração a finalidade a que se destinam. As finalidades da ventilação podem então ser:
Ventilação para a manutenção do conforto térmico;
Ventilação para a manutenção da saúde e segurança do homem;
Ventilação para a conservação de materiais e equipamentos;
Contudo em especifico com relação a pergunta podemos citar duas situaçãoes a primeira como forma de reduzir as concentrações no ar de gases, vapores, aerodispersóides em geral, nocivos ao homem, até que baixe a níveis compatíveis com a saúde; e a segunda manter concentrações de gases, vapores e poeiras, inflamáveis ou explosivos fora das faixas de inflamabilidade ou explosividade.
HIGIENE DO TRABALHO III
Na segurança do trabalho temos que buscar alternativas
Quais as origens da ventilação industrial?
Porque que surgiu?
Introdução a ventilação Industrial
Movimentação intencional do ar, de forma planejada com a finalidade de atigir um determinado obejetivo.
Exemplo: Temperatura, Umidade, poeiras, fumaças, gases.
Teremos a movimentação desse ar dentro do ambiente de trabalho para que ele atinja o objetivo que a gente quer. Isto é eliminar algumas situações de riscos ao trabalhador.
Objetivo da ventilação Industrial
Manter o ar numa composição e estado que seja apropriado as necessidades e higiene do trabalho
Isto requer: estudos, avaliações, reconhecimento do ambiente de trabalho, para então entrarmos com algum tipo de solução, tomada de decisão.
Essa solução vai variar muito com o que vamos encontrar naquele ambiente de trabalho!
Exemplos
Situação que tenha muito contaminante quimico no ar, gases, fumaça proveniente de produções industriais.
Fabrica de moveis
Metalurgica
O primeiro passo é reconhecer os ambientes e identificar os riscos que estão presentes nos mesmos, levantar estes riscos, saber quais as medidas de prevenção que tem que ser tomadas e ver o que pode ser feito.
Necessidade humana de ventilação
Ventilação de residencias, espaços comerciais, escritorios, existe uma necessidade para controlar calor, adores de cozinha.
Não é o objetivo da ventilação manter uma quantidade necessaria de oxigenio no ambiente ou remover o co2 do ambiente, produzido pela nossa respiração!
Temos que tentar neutralizar essas situações em determinados pontos, por meio das medidas corretas.
Classificação dos sistemas de ventilação industrial
I. Ventilação para conforto termico - Vai reestabelecer as condições atmosfericas em um ambiente alterado por exemplo, pela presença dos trabalhadores, equipamentos, maquinas. Essa ventilação vai refrigerar o ambiente no verão ou vai aquecer esse ambiente no inverno.
II. Ventilação para manutenção da saudade e segurança do ser humano - Essa ventilação vai reduzir as concentrações no ar. Por exemplo de gases,vapores que são noscivos ao ser humano. Essa ventilação tende reduzir essas concentrações ate o nivel que esteja compativel com a norma. Vai tambem manter uma concentração, de gases, vapores, poeiras ou inflamaveis ou talvez até explosivos. Fora das faixas de inflamibilidade ou explosividade
III. Ventilação para conservação de materiais e equipamentos - Essa ventilação atua de maneira a reduzir o aquecimento de motores, maquinas. Ou armazens ventilados que estejam deteriorando. Ou estoques em uma barracão que nao sofram com umidade, fungos, bacteriais. Nesse caso deve-se manter uma umidade determinada.
Tipos de ventilação industrial
Ventilação Natural - Movimento do ar no ambiente, colocado pelos agentes fisicos. Pressão dinamica ou a temperatura. Esses agentes podem ser controlados por algumas aberturas no teto, nas laterais. Exemplo quando estou na minha residencia e abro uma porta e uma janela.
OBS; Não precisa envolver equipamentos ou mudança de layout
Ventilação Geral/mecanica/ventilador/climatizador - É um dos metodos para controle de um ambiente organizacional, ambiente de trabalho. Essa movimentação geral vai consistir em movimentar esse ar que esta no ambiente, atraves por exemplo de ventiladores, para que haja a renovação do ar no ambiente. 
Considerar onde vai ser jogado esse ar?
Qual a capacidade do ventilador?
O que precisa ser feito?
Ventilação Local Exaustora - Essa tem o objetivo de captar os poluentes de uma fonte geradora de poluentes ou seja um gas um vapor ou poeiras, antes que estes se dispersem no ar. Exemplo. Exaustor ira sugar a poeira gerada para um outro local.
Exemplo lixadeira de uma industria de imoveis - Se adota uma ventilação local exaustora somente para aquela maquina., se por exemplo a maquina em questao for a principal fonte geradora dessa poeira.
Agentes Fisicos (Riscos) e Ventilação Industrial
Como podemos conceituar estes riscos fisicos?
São todos os riscos que precisam do ar como meio de condução para se propagar! Diferentemente do riscos biologicos e quimicos que dependem do contato direto desse trabalhador. Os riscos fisicos são por si só causadores.
Como por exemplo: Ruido, vibração, Temperatura.
Os riscos fisicos são as diversas formas de energia que possam estar expostos os trabalhadores. Que atinge o corpo do trabalhador.
Reconhecimento dos riscos no ambiente de trabalho
Importante: para reconhecimento, devemos observar o ambiente de trabalho!
Ruido: Calderaria, prensas, rebitagem, utilização de martelos pneumaticos, fiação, tecelagem,construção, aeroportos, vibrações, tratores.
Calor: Fundições, forja, fábricas de vidro, fornalhas.
Radiações ionizantes - Hospitais, raixo X industrial
Radiações não ionizantes - Soldas elétricas (UV) Radares
Pressões atmosfericas - Trabalho de caixas de ar comprimido, mergulhos
Sobrecarga Térmica
Se refere a cada parte do ciclo de esposição onde as condições, do ambiente que interferem na carga termica a qual o trabalhador esta exposto podem ser consideradas estaveis. Ou seja ocorre quando ha desiquilibrio termico do corpo. Gerando o estresse termico. 
OBS: A sobrecarga vai ser condicionada a caracteristicas individuais de cada trabalhador (idade, peso) e também dos fatores ambientais (temperatura,umidade, calor radiante/sol, proximidade de fornos, equipamentos que trocam calor e a velocidade do ar)
Exemplos: Cozinheiro, Padeiro, Fundições de metais, Fabricantes de vidro.
Importante: Os riscos da sobrecarga termica, aumentam de acordo com a umidade. Se a umidade começa aumentar a sobrecarga termica também vai começar a aumentar.Com isso diminuindo a sudorese do corpo do trabalhador. Apesar desse equilibrio ainda sim esta acima da carga termica pemitida.
O aumento do calor é produzido pela movimentação, um certo esforço fisico prolongado. Devido a um trabalho mais pesado, onde se exige mais força e energia dos trabalhadores.
O aumento do calor pode causar aumento de irritabilidade ao trabalhador, fraqueza, ansiedade, incapacidade de concentração no trabalho. Em alguns casos mais graves ocorre a desidratação.
Temperaturas Baixas
A exposição ao frio se enquadra no anexo 9 da NR15 e estabelece que os trabalhadores que realizam as atividades ou operações no interior de camaras frigorificas ou em locais que apresentem circunstancias parecidas que exponham os trabalhadores ao frio, sem roupas de proteção adequadas,serão consideradas insalubres em decorrencia de um laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
Outros exemplos. Trabalhos a céu aberto, em clima muito frio. Em algumas regioes mais ao sul por exemplo. Onde é gerada uma sensação termica maior do que a temperatura atual devido ao vento. Em situações onde as temperaturas estão muito baixas que podem ocasionar lesoes, devido ao frio.
Hiportemia, que é quando todo o corpo da pessoal chega em um pontencial de temperatura perigoso
Congelamento de alguns tecidos, as vezes as pontas dos dedos, consequencia da diminuição do fluxo de sangue circulando no corpo da pessoa.
Pressoes Elevadas e Baixas
Há uma serie de atividades em que os trabalhadores ficam expostos as pressoes ambientais acima ou abaixo das pressoes normais. Isto é da pressão atmosferica.
Trabalhos em altas pressoes: Chamamos de condições Hiperbaricas
Operações sobre ar comprimido
Trabalhos submersos (mergulho) - Plataformas de Petroleo em alto mar, requer muitas manutenções, então os trabalhadores precisam mergulhar em uma certa profundidade.
Trabalhos em baixas pressoes
São as atividades que se situam abaixo da pressão atmosferica normal e ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil são raros os trabalhadores expostos a este risco. Exemplos: aeronautas, atuam dando a manutenção em satelites.
Trabalhos em altas pressões
São as que se situam acima da pressão atmosferica normal, ocorrem em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, maquinas de perfuração, caixoes peneumaticos e trabalhos executados por mergulhadores. Exemplo: Caixoes pneumaticos, compartimentos, estanques instalados no fundo de mares, rios e represas onde é injetado o ar comprimido que expulsa agua do interior do caixao. Possibilitando o trabalho, são utilizados na construção de pontes e barragens.
Importante: A exposição a pressoes anormais, podem causar a ruptura do timpano, quando o aumento da pressão for brusco e a liberação do nitrogenio nos tecidos e vasos sanguineos, levando a morte.
Por ser uma atividade de alto risco se exige legislação especifica, (NR15) a ser obedecida.
Exemplos: Jogadores de futebol passando mal por falta de oxigenio devido a altitude.
Medidas de controle
1. Ventilação continua de no minimo 30péscúbicos/min/homem
2. TGU (temperatura de globo umido) = 27 c
3. Sistema de telefonia para comunicação com o exterior (exemplo pessoas que entram em tuneis, cavernas, espaço confinados)
4. A qualidade do ar devera ser mantida dentro dos padroes de pureza (em algumas situações temos que fazer a analise desse ar)
5. Pressão Maxima = 3,4 kgf/cm2 (exceto emergencia e tratamento medico)
Riscos
Ruidos
É um som complexo, uma mistura de diferentes frequencias com caracteristicas indefiridas de variações de pressão que podem ou não dependendo da sua intensidade provocar danos a saude do trabalhador durante sua vida laboral.
OBS: Todo barulho indesejado, poluição sonora que acaba interferindo na produtividade do trabalhador.
Importante: Deve-se empregar algumas medidas afim de atenuar este som desse ruido, essses ruidos podem ser provenientes de diversas fontes. Maquinas, Equipamentos, rolamento com defeito, alguma peça que não esteja lubrificada. Alguma engrenagem. Alguma estrutura desregulada que gere algum tipo de ruido. Algumas partes moveis que estejam desalinhada de equipamentos ou maquinas.
.
Segundo a norma NR15 podemos classificar ou considerar esses ruidos como sendo do tipo
Ruido continuo - Ruido Estavel 
Permanence o tempo todo aquele ruido, no maximo ele vai ter algumas variações de 3 a 5 decibeis.
Ruido Intermitente
Algumas oscilações maior ou menor do que a intensidade
Ruido de Impacto
Ele apresenta alguns picos de ruidos com duração menor que 1 segundo
Exemplo: Batidas do martelo
Importante: Considerando o tempo e a vida laboral do trabalhador exposto ao tipos de ruidos.O limite mencionado pelo norma NR15 é de 85 decibeis. Se a medição apontar um ruido acima de 85 decibeis, o que devemos fazer?
1. Identificar a fonte desse ruido e tentar atenuar esse ruido diretamente na fonte
2. Em uma situação onde não conseguimos atenuar esse ruido, então devemos entrar com o equipamento de proteção individual, abafador, protetor para o ouvido.
Vibrações
Na Higiene ocupacional as vibrações são defindas como movimentos oscilatorios de um corpo causado pelo desequilibrio de forças dos componentes rotativos e da alternancia de movimentos de uma maquina ou equipamento.
As vibrações são transmitidas aos organismos em tres eixos X,Y,Z ou seja vem de qualquer ponto ou qualquer lado, com algumas carateristicas diferentes e cujo esse efeito combinado dessas caracteristicas, ele pode ser igual a somatoria dos efeitos parciais. Então cada ponto vai causar um efeito, somando todos ele vai gerar um efeito parcial de toda a vibração.
Temos alguns equipamentos que podem fazer isso
Exemplos: Componente rotativos, socadores, e temos algumas situações que quando o trabalhador percebe essas vibrações, elas tem uma frequencia, ou seja em um determinado ponto a pessoa começa a sentir, perceber essa vibração em um nivel maior ou menor.
As consequencias dessas vibrações no corpo Humano
· Primeiro fator 
Pontos e aplicação no corpo, onde que esta sendo a aplicação dessa vibração.
· Segundo fator
 A frequencia que esta ocorrendo essas oscilações
· Terceiro fator
 A aceleração das oscilações
· Quarto fator
Duração da ação
Exemplo: Imagine um trabalhador na construção Civil com um socador ou com um rompedor o dia inteiro com aquela vibração, chega no final do dia o trabalhador se sente exausto.
Controle de vibrações
1. Tentar reduzir as vibrações la na origem
2. Diminuição do tipo de energia, que tipo de energia que esta ocorrendo é uma energia mecanica, que esta gerando essa vibração
3. Redução da amplitude da vibração, da superficie que esta sendo utilizada
As vezes queremos acelerar um processo. E quanto maior a velocidade maior o indice de vibrações.
É isso o que precisa ser avaliado, se todas essas providencais, não forem suficientes, não resolverem, nós precisamos proteger esse trabalhador de uma forma individual com alguns EPIS. Botas, Luvas, utilizar algum equipamento para absorver a vibração.
Trabalho Pratico de Ruidos e Vibrações
A coleta e analise de dados de niveis de ruido decorrentes da implantação de medidas, preventivas,de que forma e como chegar nessa definição?
Monitorar o grau de vibrações nas estruturas, maquinas, e equipamentos, verificando se o grau de vibração esta dentro das condições, conforme as normas vigentes.
Para realização de coletas destes niveis de ruidos, utilizamos o dosimentro e o decibelimetro.
Dosimentro - Vai medir uma dose de ruido durante a jornada de trabalhado do funcionario. O equipamento é instalado na lapela da gola do funcionario, ele ira permanecer com este dispositivo durante o tempo que estiver trabalhando. E no final dodia, sera feita uma leitura em quais pontos o indice de ruido atingiu o nivel maximo, minimo.
Decibelimetro - Equipamento que se mede o ruido no momento. Se aproximando por exemplo perto de uma maquina, pode ser feita a medição. São medidas exatas momentaneas.
Baseado nessas medias sera efetuada uma analise para saber se o ruido esta dentro dos limites de tolerancia ou não. Se estiver acima, deve-se entrar com algumas medidas de prevenção, medidas protetivas. Focar primeiro na fonte do ruido, com a inteção de etenuar esse ruido na fonte, para depois se necessario entrar com um equipamento de proteção individual, botas, luvas com a finalidade de absorver o impacto dessas vibrações.
Outra situação nas vibrações é monitorar o grau de vibrações nas estruturas, maquinas e equipamentos. Verificando se o grau de vibração esta dentro do que estabelece as normas vigentes.
Tipos de vibrações
Vibrações de corpo inteiro - Exemplo - Maquinas Agricolas, caminhoes.
Vibrações mãos e braços - Exemplo - trabalhador que utiliza o rompedor.
Radiação Ionizante 
Caracterizam-se por radiações que produzem a ionização do atomo, ou seja a radiação ao atingir um atomo. Tem a capacidade de subdividi-lo em duas partes elétricas carregadas. Chamadas Ions. O perigo das radiações ionizantes é que o organismo não tem mecanismos de percpeção dessas radiações. São exemplos dessas radiações ionizantes: As particulas Raio alfa, Raio beta, Raio Gama, Raio X e alguns materiais radioativos.
Radiação: Toda energia que se propaga em forma de ondas, através do espaço. Neste conceito de radiação, podemos incluir a luz visivel, a Infra-Vermelho,Ultravioleta, as ondas de rádio//televisão, Infrassom, ultrassom, eletrecidade, Raio X
A radiação é medida em varias unidades diferentes, dependendo do tipo de leitura, vai ser retornado uma informação de medição.
De acordo com o anexo 5 da NR15, nas atividades ondes os trabalhadores possam estar expostos a radiações ionizantes, os limites de tolerancia e os controles basicos para a proteção do homem, são as que estão presentes em uma norma que especifica para esse tipo de situações. Sendo essa norma chamadas de Diretrizes Basicas de Rádio/Proteção.
Radiação não ionizante
Caracterizam-se por radiações de natureza eletromagneticas que, quando absorvidas o efeito mais importante é a exitação dos atomos. Aumentando a sua energia interna. Produzem aquecimento do corpo, podendo conduzir a efeitos eritemicos, queimaduras, cataratas, fadigas. Efeitos carcinogenicos, cancer de pele conforme seu comprimento de onda. Aparelho de solda, se caso ficar olhando diretamente voce vai queimar a sua retina.
No espectro magnetico, abaixo da luz visivel esta essa radiação, infra-vermelha no caso, muito abaixo disso, temos algumas variedades de radio frequencia, por exemplo microondas, radio/celular. Televisao e assim por diante, são ondas curtas. E no extremo la a cima, temos a frequencia da rede elétrica,ondas longas. 
Radio Frequencia
Radiação de grande comprimento de onda, encontradas em radiofusão AM, ondas, VHF, UHF, radiomadorismo, radionavegação, radioastronomia e, normalmente não apresentam problemas ocupacionais.
Radiação Infra-vermelho
De origem natural (sol) ou artificial, fornos, metais incandescentes,solda.Tem como caracteristicas ser pouco penetrante, alguns mililimetros) e sua absorção causa basicamente o aquecimento superficial da pele
Radiação Ultravioleta
De origem Natural (sol - UVA e UVB) ou artificial arco voltaico em operações de solda e lampadas ultravioletas. A radiação ultravioleta é pouco penetrante e seus efeitos serao sempre superficiais, normalmente envolvendo peles e olhos;
Laser e Maser
Laser - filetes
Laser tem como caracteristica a grande quantidade de energia concentrada em uma area muito pequena (grande perigo de queimaduras graves)
Maser
É um dispositivo que produz ondas eletromagneticas coerentes atraves da amplificação de emissao estimulada. 
Iluminação
A iluminação fraca ou ofuscante afeta a visão, colocando as pessoas em posição de não vizualisarem adequadamente o que estao fazendo.
Quais medidas devem ser tomadas?
Existe alguns parametros na NR17, no que diz respeito a luminosidade no ambiente de trabalho. Esta norma determina parametros para uma quantidade minima de iluminação na execução de diversas atividades
Que decisoes nos devemos tomar para segurança?
A ventilação se aplica em todas as atividades que existem a preocupação com o controle e qualidade do ar. A ventilação industrial pode ser classificada em dois grandes grupos.
Ventilação Local Exaustora: Atua de maneira a minimizar a concentração do contaminante por meio de sua diluição. Tentando extrair o ar contaminante por meio de um equipamento.
Ventilação geral diluidora:
A ventilação geral diluidora: pode ser feita por meio de isufilamento, exaustão ou ainda por um sistema misto, onde essa ventilação vai tentar diluir os contaminantes, fazendo com que a concentração se divida em partes menores, ficando mais fraca.
Requesitos para o conforto termico
Um estado ou condição de sentir satisfação com relação ao ambiente térmico em que a pessoa se encontra.
Uma zona de conforto termico aceitavel seria por volta de 20 a 23 graus!
Ventilação aplicada a Engenharia de Segurança do trabalho
A ventilação é um metodo disponivel e bastante efetivo para o controle da poluição do ar de ambientes de trabalho e mesmo de ambientes residenciais e de lazer. A sua adequada utilização promove a diluição ou retirada substancias nocivas ou incomodas presentes no ambiente de trabalho de forma a não ultrapassar os limites de tolerancia ou os niveis aceitaveis ou recomendados. A ventilação também pode ser utilizada para controlar a concentração de substancias explosivas e ou inflamaveis, agindo dessa forma no aspecto de segurança, tanto do trabalhador como também do patrimonio empresa.
Exemplo: algum local com algum tipo de gas, onde esta sujeito a explosoes, incendios.
Sistema de ventilação e Dutos
Os dutos deverão ser instalados de acordo com o layout geral da fabrica. Para o dimensionamento de dutos e captores, bem como das singularidades, ao longo dele o projetista devera levar em considerançao a vazoes necessarias para cada captor, velocidade de transporte recomendada para o trecho principal dos dutos e as devidas perdas de cargas a fim de determinar a potencia do motor e ventilador, bem como das seccoes dos dutos.
Os dutos devem proporcionar em todo o ambiente uma ventilação padronizada, uma renovação de ar por minuto, seja para um conforto termico ou diluição de um contaminante ou seja para uma exaustão!
Controle de contaminantes
Confrome a NR25 no seu item 25.3 diz que os residuos industriais devem ter o destino adequado sendo proibido o lançamento ou liberação no ambiente de trabalho de quaisquer contaminantes que possam comprometer a segurança ou a saude dos trabalhadores.
Para conter os contaminantes
1. Atuar na fonte destes contaminantes, onde esta o vazamento do contaminante? Onde esta a origem?
2. Através da diluição destes contaminantes
3. Através da Exaustão destes contaminantes
Tudo isso implica na realização de uma analise e reconhecimento de todo o local de trabalho, para que no final tenhamos exito no exercicio de contenção desses contaminantes.
Avaliação do sistema de Ventilação
Os sistemas de ventilação mecanica ou natural exigem metodos diferentes para avaliação de taxa de fluxo de ar de ventilação.
A direção do fluxo de ar é geralmente avaliada por meio de um marcador de gas. No entanto outras soluções economicas podem ser utilizadas. Como, bastões de incensos, ou outros geradores de fumaças. Um teste de fumaça pode ser realizado para demonstrar a direção do fluxo de ar.
Para coleta de dados e analise
Quantas vezes o ar é renovado durante uma jornada de trabalho?
Para que seja montada uma ventilação natural, tenho que saber qual o fluxo que esse ar vai percorrer.
Exemplo: tenho um contaminante que passou se soltando dentro de uma industria, este contaminante esta bem no fluxo de ar, esse fluxo de ar esta jogandotodo esse contaminante para o interior da industria, onde estão os trabalhadores, no caso precisa ser feita uma avaliação no sistema de ventilação. Diante dessa situação sera que consigo inverter esse fluxo de ar? Ou extrair aquele contaminante de lá e conduzir para outro setor?
Instrumentação Basica
A instrumentação é a ciencia que se ocupa em desenvolver e aplicar as tecnicas de medições. Dentre essas variaveis encontra-se a pressão, cuja a medição possibilita não só a sua monitoração e controle como também de outras variaveis, como niveis, vazão e densidades.
Velocidade do fluxo de ar
O ar é retartado por fricção com o contato para a borda do duto. A maior velocidade é conseguida sob condições de fluxo laminar no meio sem atrito de seccção transversal. O perfil de velocidade do duto é dependente da forma do duto e a força que empurra o ar.
Exemplo: Preciso que um duto de ventilação me de uma velocidade X, mas para obter essa velocidade X, preciso ter um motor Y. Em caso de uma ventilação natural como aumentar o fluxo de ar que esta correndo nessa trajetoria? Como aumentar? Preciso de aberturas?
PROVA
Questão 1
Correto
Atingiu 0,60 de 0,60
Texto da questão
Para a classificação dos sistemas de ventilação, é preciso levar em conta a finalidade a que se destinam. Dessa forma, os objetivos da ventilação são:
Escolha uma:
a. Ventilação para manutenção do conforto térmico.
b. Ventilação para manutenção da saúde e segurança do homem.
c. Ventilação para conservação de materiais.
d. Ventilação para conservação de equipamentos.
e. Todas estão corretas. Correto
Feedback
Sua resposta está correta.
Feedback: Letra E. Os objetivos de um sistema de ventilação são: • Proteção da saúde do trabalhador: reduzindo a concentração de poluentes nocivos abaixo de certo limite de tolerância. 
Segurança do trabalhador: reduzindo a concentração de poluentes explosivos ou inflamáveis abaixo dos limites de explosividade e inflamabilidade. 
Conforto e eficiência do trabalhador: pela manutenção da temperatura e umidade do ar do ambiente. 
Proteção de materiais ou equipamentos: mantendo condições atmosféricas adequadas (impostas por motivos tecnológicos).
A resposta correta é: Todas estão corretas..
Questão 2
Correto
Atingiu 0,60 de 0,60
Texto da questão
Para realizar a avaliação dos riscos ambientais, devemos conhecer os tipos de risco a serem avaliados conforme a concentração ou a exposição que o trabalhador está exposto, ou então podemos caracterizar a presença do risco sem realizar medições para comprovar a existência deste. Para reconhecermos os riscos ambientais, o que precisamos verificar e quais itens devem conter, com base na norma regulamentadora:
Escolha uma:
a. A sua identificação.
b. A determinação e localização das possíveis fontes geradoras.
c. A identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho.
d. A identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos.
e. Todas estão corretas. Correto
Feedback
Sua resposta está correta.
Feedback: Letra E. Conforme o item 9.3.3 da NR 9; O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis:
a) a sua identificação;
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho;
d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho;
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica;
h) a descrição das medidas de controle já existentes.
A resposta correta é: Todas estão corretas..
Questão 3
Correto
Atingiu 0,60 de 0,60
Texto da questão
A ventilação industrial tem sido e continua sendo a principal medida de controle efetiva para ambientes de trabalho prejudiciais ao ser humano. No campo da higiene do trabalho, a ventilação tem a finalidade de evitar a dispersão de contaminantes no ambiente industrial, bem como diluir concentrações de gases, vapores e promover conforto térmico ao homem.
Dentre os tipos de ventilação:
1. Ventilação local exaustora tem como objetivo principal captar os poluentes de uma fonte (gases, vapores ou poeiras tóxicas) antes que os mesmos se dispersem no ar do ambiente de trabalho, ou seja, antes que atinjam a zona de respiração do trabalhador.
2. Ventilação natural é um dos métodos disponíveis para controle de um ambiente ocupacional e consiste em movimentar o ar num ambiente através de ventiladores; também chamada ventilação mecânica.
3. Ventilação diluidora considera dados importantes relacionados aos aspectos de condicionamento de ar, como o cálculo de trocas (renovação), reposição e recirculação de ar em ambientes, isto é, necessidades de ventilação conforme ambientes ocupados pelo homem, bem como diminuição de fumos e odores por insuflamento de ar.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Escolha uma:
a. É correta apenas a afirmativa 1. Correto
b. São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
c. São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
d. São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
e. São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.
Feedback
Sua resposta está correta.
Feedback: Letra A. A ventilação local exaustora tem como objetivo principal captar os poluentes de uma fonte (gases, vapores ou poeiras toxicas) antes que os mesmos se dispersem no ar do ambiente de trabalho, ou seja, antes que atinjam a zona de respiração do trabalhador. A ventilação de operações, processos e equipamentos, dos quais emanam poluentes para o ambiente, é uma importante medida de controle de riscos.
A resposta correta é: É correta apenas a afirmativa 1..
Questão 4
Incorreto
Atingiu 0,00 de 0,60
Texto da questão
A NR 15 estabelece os adicionais de insalubridade a serem pagos aos trabalhadores que desenvolverem suas atividades em condições insalubres. Segundo a norma, o adicional de insalubridade de grau médio corresponde ao agente de risco:
Escolha uma:
a. Ruído
b. Calor Incorreto
c. Asbesto
d. Estábulos e cavalariças
e. Nenhuma alternativa
Feedback
Sua resposta está incorreta.
Feedback: Letra D. De acordo com a Norma Regulamentadora n° 15, no Anexo n° 14, o “trabalho e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante em (...) estábulos e cavalariças” tem direito a receber adicional de insalubridade em grau médio (20%), pois trabalho em estábulos é considerado insalubre, pelo grande número de microrganismos que se proliferam a partir do esterco, da urina, das moscas, dos carrapatos e dos bernes.
A resposta correta é: Estábulos e cavalariças.
Questão 5
Incorreto
Atingiu 0,00 de 0,60
Texto da questão
O audiômetro é o equipamento utilizado para realizar o exame de Audiometria, que avalia a capacidade de ouvir sons, utilizado para a avaliação dos trabalhadores, esse equipamento por norma deverá ser submetido a calibração acústica obrigatório a quanto tempo:
Escolha uma:
a. Anual Incorreto
b. A cada 3 anos
c. A cada 2 anos
d. A cada 5 anos
e. Nehuma das alternativas.
Feedback
Sua resposta está incorreta.
Feedback: Letra D. Conforme o Anexo I da NR 7 no capitulo 3 e no item 3.2.2. Calibração acústica, sempre que a aferição acústica indicar alteração, e, obrigatoriamente, a cada 5 anos.
A resposta correta é: A cada 5 anos.
Questão 6
Correto
Atingiu 0,60 de 0,60
Texto da questão
Há fatores no ambiente do trabalho cuja presença, podem tornar-se responsáveis por variadas alterações na saúde do empregado. Problemas como perda da audição, zumbido, ansiedade, insônia e até depressão são exemplos de efeitos da exposição de um risco físico conhecido como:
Escolha uma:
a. Radiação Ionizante
b. Calor
c. Ruído Correto
d. Poeira
e. Radiação Não-Ionizante
Feedback
Sua resposta está correta.
Feedback: Letra C. O ruido é um dos responsaveis pelos problemascausados no sistemas auditivo do individuo.
A resposta correta é: Ruído.
Questão 7
Correto
Atingiu 0,60 de 0,60
Texto da questão
Em um ambiente de trabalho, foi identificada a presença de calor. Estão sendo estudadas maneiras para evitar um possível desconforto térmico e sobrecarga térmica nos trabalhadores que desenvolvem suas atividades no referido ambiente de trabalho. Em relação às considerações necessárias nesse caso, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. É preciso criar um ambiente de trabalho que favoreça a perda de calor por evaporação. Todo calor recebido pelo trabalhador por meio de condução, convecção e radiação pode ser perdido por evaporação, evitando a sobrecarga térmica.
II. Modificar a velocidade do ar pode alterar as trocas de calor tanto na condução e na convecção como na evaporação.
III. O aumento da velocidade do ar pode favorecer ou desfavorecer o ganho de calor pelo organismo humano.
IV. O organismo humano ganha calor por meio da radiação, mas não consegue perder calor por meio da radiação. Portanto é preciso eliminar fontes de calor do ambiente de trabalho.
Escolha uma:
a. Apenas II e IV.
b. Apenas I e IV.
c. Apenas I e II.
d. Apenas II e III. Correto
e. Apenas I, II e IV.
Feedback
Sua resposta está correta.
Feedback: Letra D. O aumento da velocidade do ar pode favorecer ou desfavorecer o ganho de calor pelo organismo humano.
A resposta correta é: Apenas II e III..
Questão 8
Correto
Atingiu 0,60 de 0,60
Texto da questão
Para classificar os sistemas de ventilação é necessário levar em consideração a finalidade a que se destinam. As finalidades da ventilação podem então ser:
Escolha uma:
a. Ventilação para a manutenção do conforto térmico.
b. Ventilação para a manutenção da saúde e segurança do homem.
c. Ventilação para a conservação de materiais e equipamentos.
d. Todas estão corretas. Correto
e. Nenhuma está correta.
Feedback
Sua resposta está correta.
Feedback: Letra D. Para classificar os sistemas de ventilação é necessário levar em consideração a finalidade a que se destinam. As finalidades da ventilação podem então ser: 
a) Ventilação para a manutenção do conforto térmico, 
b) Ventilação para a manutenção da saúde e segurança do homem, 
c) Ventilação para a conservação de materiais e equipamentos 
A resposta correta é: Todas estão corretas..
Questão 9
Correto
Atingiu 0,60 de 0,60
Texto da questão
A taxa de troca de ar diz respeito à uma quantidade de vezes que um certo volume de algum componente é totalmente substituído em um determinado intervalo de tempo e em um mesmo espaço. Com essa informação podemos entender que:
Escolha uma:
a. A distância percorrida por um ponto material na unidade de tempo.
b. Volume de ar que se deslocou num ambiente ou numa tubulação na unidade de tempo.
c. Número de vezes que o volume de ar desse ambiente é trocado na unidade de tempo. Correto
d. É o movimento de ar num ambiente de trabalho.
e. Nenhuma das alternativas.
Feedback
Sua resposta está correta.
Feedback: Letra C. Entende-se por taxa de renovação ou número de trocas de ar num ambiente o número 
de vezes que o volume de ar desse ambiente é trocado na unidade de tempo. 
T = Q / V
A resposta correta é: Número de vezes que o volume de ar desse ambiente é trocado na unidade de tempo..
Questão 10
Correto
Atingiu 0,60 de 0,60
Texto da questão
Os equipamentos coletores de contaminantes no ambiente de trabalho, são destinados a reter esses contaminantes após eles serem absorvidos junto à fonte que está liberando esses agentes contaminantes, com isso, a sua utilização pode ser justificado por alguns motivos, dentre eles podemos citar:
Escolha uma:
a. Evitar a poluição da atmosfera próxima às indústrias que geram ou transportam materiais particulados, gases ou vapores.
b. Recuperação do material particulado, gás ou vapor, no caso de apresentarem valor econômico.
c. Reutilização de ar previamente tratado.
d. Evitar o desgaste do sistema por abrasão pela retenção de particulados grandes.
e. Todas as alternativas. Correto
Feedback
Sua resposta está correta.
Feedback: Letra E. Os equipamentos coletores de contaminantes, também conhecidos como equipamentos de controle de poluição, ECP, destinados a reter o contaminante após ser capturado junto à fonte geradora, têm a sua utilização justificada por vários motivos, destacando-se: 
• Evitar a poluição da atmosfera próxima às indústrias que geram ou transportam materiais particulados, gases ou vapores; 
• Evitar o risco de fogo, no caso de o contaminante ser inflamável, ou contaminação, no caso de o contaminante ser tóxico; 
• Recuperação do material particulado, gás ou vapor, no caso de apresentarem valor econômico; 
• Separação e classificação granulométrica do material particulado gerado, com o intuito de se diminuir custos de transporte, como, por exemplo, no transporte pneumático, correias transportadoras, elevadores de caneca, etc; 
• Reutilização de ar previamente tratado, como, por exemplo, em salas limpas, transporte pneumático de materiais higroscópicos, etc; 
• Evitar o desgaste do sistema por abrasão pela retenção de particulados grandes.
A resposta correta é: Todas as alternativas..
HIGIENE DO TRABALHOS RISCOS QUIMICOS
Onde estamos expostos a estes riscos?
O que seriam esses riscos ?
Sera que em algum momento da vida ou do nosso dia a dia, estamos expostos a esses riscos?
As vezes convivemos com coisas que acabamos não percebendo, mas sim estamos constantemente expostos a riscos.
Exemplo:
Estou em um laboratorio esperando uma reação quimica ocorrer para realizar analise.
No fim a nossa intenção é saber qual o grau de risco estou exposto no meio que estou inserido. No caso do laboratorio estou exposto a riscos quimicos, exposto a elementos que podem contaminar.
Quais seriam esses riscos?
É muito importante para um gestor, um tecnico, para o engenheiro de segurança, que vai fazer o mapa de risco, uma avaliação, conhecer ao que se esta exposto. Exemplo derramamento de um composto, no caso se eu nao conhecer o composto não irei saber se estou exposto. Porque pode ser pelo odor, por alguma sensação, Como que voce sabe que a vazamento de gas na sua casa? Pelo odor, no caso sentimos o cheiro do gas e voce acredita que esta havendo o vazamento de gas. Outro exemplo, voce toca em algum liquido e sente alguma queimadura. Voce começa a associar que aquele liquido é irritante a sua pele. Então voce pode sim, estar exposto a varios riscos de tipos quimicos, mas sem conhecer você não sabe qual ação você vai tomar. Após conhecer os riscos, partimos para um segundo momento que é o gerenciar, gerenciarmos os riscos, darmos uma tratativa para que os acidentes não aconteçam. Pois o risco é eminente do processo. Toda vez que entrarmos em um laboratorio ou industria, ou algum local onde ha reações, há misturas. Você esta exposto a composto quimicos sejam eles organicos ou inorganicos. Você esta diante de um risco eminente. Ou seja é um perigo, e quando voce manuseia voce esta exposto a este risco. O gerenciamento é conhecer qual o grau de perigo desse meu composto. E como eu faço para gerenciar. Exemplo: O gas de cozinha esta vazando. Como você vai gerenciar isso. Fechar o registro e estancar esse vazamento. Mas sera que é o registro que se encontra aberto que esta levando a esse vazamento? Sera que a mangueira não estragou? O gerenciamento vai alem do fechar uma torneira, um registro. Gerenciar é compreender todas as faces que estão frente aquele perigo. Do qual as pessoas estão sendo expostas. Gerenciar é uma construção de um somatorio de idéias convertidas em açoes. Essas ações vão partir de cada pessoa, com a finalidade de se chegar a um fim. Cada um tem a sua responsabilidade, forma de atuar, para que todas as ideias tidas no processo de criar uma meta de gerenciamento, funcionem, e cheguem ao bem comum.
Gerenciar é conhecer aquilo que esta sendo exposto e por meio desse conhecimento junto com a equipe você construir idéias para que cada um saiba exatamente o que tenha que fazer, como fazere quando fazer em prol de um bem comum e esse é um processo de gerenciamento. 
Exemplo de caso de exposição a risco quimico
Trabalhando a em uma empresa de produção de alimentos para animais, tinhamos um estoque de compositos quimicos,vitaminas e minerais, coisas de alto valor e alta concentração. Tinhamos todos os epis, os mapas de riscos, e fomos receber um carregamento, no qual um palete caiu e as sacarias estouraram. No caso foi chamado o especialista para olhar e quantificar o que se havia perdido, porém o especialista nao estava com o EPI e sem mascara. No caso o especialista trabalhou toda uma tarde no local, e a subistancia era um pó, uma poeira super fina, depois de um tempo manifestou uma certa irritação, no dia seguite os pelos do nariz do especialista haviam caido.
ESTUDO DE CASO
Pensando em responsabilidade e gerenciamento de riscos químicos, acredito que possamos, a partir de alguns parâmetros sobre eles, gerar significado. 
Primeiramente, precisamos compreender o universo no qual os riscos estão inseridos. Será que, apenas, em laboratórios de análises químicas, encontramos estes tipos de risco? Somente os laboratoristas têm a propensão de sofrer com eles? Provavelmente, ao refletirmos sobre estas indagações — pois, na apresentação que tivemos, encontramos algumas respostas — podemos dizer: não, porque não são apenas estas áreas que estão nas mãos de inúmeras pessoas. Desse modo, podemos dizer que é um ciclo.
Sendo assim, imaginemos a seguinte situação: você faz parte de uma equipe empresarial que foi contratada para fazer uma auditoria em uma empresa e elaborar o mapa de risco de um laboratório de análises de alimentos de uma empresa produtora de ração animal.
Para tal, você recebe as seguintes informações referentes aos tipos de análises que são realizadas naquele ambiente:
A análise de alimentos é um dos principais pontos a serem observados no setor de nutrição animal. É uma área muito importante no ensino das ciências que estudam alimentos, pois ela atua em vários segmentos do controle de qualidade, do processamento e do armazenamento dos alimentos processados. O conjunto de propriedades apresentadas por um alimento relaciona-se, diretamente, com a qualidade e quantidade dos constituintes químicos presentes nesse alimento.
Para a realização das análises, os principais reagentes disponibilizados aos laboratoristas são:
Acetona.
Ácido clorídrico.
Ácido fosfórico. 
Ácido nítrico. 
Ácido sulfúrico.
Álcool metílico.
Formol. 
Glicerina.
Vaselina líquida. 
Carbonato de potássio. 
Nitrato de sódio. 
Sulfato de ferro. 
Sulfato de sódio.
Com o objetivo de dar início aos trabalhos, é importante o conhecimento de alguns conceitos a respeito da gestão do risco, sendo assim, definimos medidas para evitar falhas no manuseio de produtos químicos e mitigar o impacto se estes eventos ocorrerem. Sendo assim, o desenvolvimento de um mapa de risco é uma etapa de suma importância. 
O seu papel inicial, aluno(a), no processo, foi categorizar a lista de reagentes existentes no ambiente, de acordo com as informações contidas em suas respectivas FISPQ – Fichas de Informação de Segurança e, desse modo, definir o risco e a forma de armazenamento de cada reagente.
Este tipo de categorização é importante, afinal, nas fichas, estão definidos os tipos de risco para os quais aquele reagente é, potencialmente, prejudicial ou o tipo de interação que ele pode ter com o meio ambiente: com outros reagentes ou armazenamento ou descarte.
É possível evitar graves acidentes graças às devidas categorização e informações que serão utilizadas na construção do mapa de risco final.
Então, conheceremos as carinhas destes documentos tão importantes em nosso dia a dia de trabalho.
BRASIL. Norma Regulamentadora No. 20 (NR-20). Regulamenta a execução do trabalho com inflamáveis e combustíveis, considerando as atividades, instalações e equipamentos utilizados, sem estar condicionada a setores ou atividades econômicas específicas. Brasília: Ministério do Trabalho e Previdência, 8 jun. 1978. 
O que você precisa saber sobre a NR 6 aplicada aos laboratórios.
Segurança e qualidade são preocupações constantes de todo gestor. Quando pensamos em laboratório, não poderia ser diferente. Para garantir tais questões, existem algumas normas e leis específicas. É o caso da nr 6, que versa sobre as normas gerais para o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).
A principal função de tais equipamentos está diretamente relacionada à segurança. Garantir que os colaboradores de quaisquer estabelecimento preservem sua saúde e integridade é preocupação de todo gestor. Ambientes laboratoriais expõem as pessoas a riscos de contaminação por agentes químicos ou biológicos e os EPIs usados nesse nicho têm o objetivo de atenuá-los.
Se você deseja entender melhor a relação da nr 6 com ambientes laboratoriais, continue lendo. Preparamos, abaixo, um artigo especial sobre o assunto.
O que são, afinal, os EPIs?
Podemos considerar EPIs quaisquer dispositivos utilizados individualmente, com o objetivo de zelar pela segurança do trabalhador. Cabe ao gestor do laboratório entender quais são os equipamentos necessários, de acordo com o nível de biossegurança do seu estabelecimento, e fornecê-los ao trabalhador, juntamente com o treinamento, instruções claras e conscientização sobre o uso.
Como aplicar a nr 6 ao seu laboratório?
Pode ser que você esteja se perguntando como funciona, na prática, a nr 6. Na verdade, existem algumas regras que regem a aplicação do uso dos EPIs em questão. Dentre os principais pontos, podemos destacar:
responsabilidades do empregador: adquirir equipamentos em empresas devidamente registradas para fornecê-los, entregá-los aos seus colaboradores e exigir seu uso. Também ficam responsáveis pela manutenção, higienização e substituição dos mesmos sempre que necessário;
responsabilidades do trabalhador: utilizar os EPIs de maneira adequada, conforme orientado pelo empregador e zelar pelo seu correto manuseio e armazenagem. Quaisquer alterações observadas devem ser imediatamente comunicadas ao empregador;
responsabilidades do fabricante: registrar-se no órgão competente para se tornar fornecedor autorizado de equipamentos de segurança. Sempre que vencer seu registro, o mesmo deve ser renovado. Tais diretrizes devem ser informadas aos clientes, do mesmo modo que o lote deve constar em cada peça.
Quais os principais riscos existentes em ambientes laboratoriais?
Pessoas que trabalham em ambiente laboratorial estão em constante contato com agentes que as tornam passíveis de contaminação. Isso pode acontecer tanto por agentes químicos quanto pela exposição a materiais que contêm microrganismos capazes de transmitir doenças e infecções. Por essa razão, há certos procedimentos que exigem o uso de luvas, máscara de proteção, avental, dentre outros itens.
Qual a importância do uso de EPIs nesses ambientes?
Uma contaminação ocorrida em laboratório pode fazer com que o colaborador desenvolva patologias graves, as quais o levariam a incapacidades parciais ou totais, ou até mesmo à fatalidade. Entretanto, para que o papel de proteção seja cumprido, é importante adquirir os equipamentos em locais autorizados, que zelam pela sua real qualidade.
Como se pode ver, os EPIs são indispensáveis no ambiente laboratorial e a nr 6 deve ser bem observada para sua aplicação correta e eficaz. Entender as reais necessidades do seu laboratório é fundamental para cuidar da saúde dos seus colaboradores.
Questão 1 – A acetona é o nome comercial de um reagente químico a Propanona, um composto orgânico, ou seja, sua fórmula é composta basicamente por carbonos e hidrogênios (CHCHO). É um líquido incolor e de odor característico, sabemos que evapora facilmente, é inflamável e solúvel em água.
Sendo assim, dentro a formação de uma análise de mapa de risco precisamos construir fichas catalográficas e para isso precisamos incluir a sua fórmula química, sendo assim, escolha a formula da acetona:
a) CH2CHO2
b) COHC2H6
c) C3H6O
d) CHCHOe) CH4CH3
Questão 2 – Como vimos, a acetona é um líquido inflamável, logo, qual o pictograma que se refere a esta característica:
a) 
b)
c)
d)
e)
Questão 3 – Outra informação importante é que a acetona é um líquido de fácil evaporação, seu ponto de ebulição aos 56,2°C. Esta é uma informação importante para a escolha do seu local de armazenamento. Escolha a alternativa que melhor define.
a) Armazene em geladeira em frasco de vidro.
b) Armazene num armário escuro.
c) Armazene em local bem ventilado. Mantendo o recipiente hermeticamente fechado.
d) Armazene em frasco plastico.
e) Armazene em ambiente claro e aberto.
Questão 4 – E por fim, uma informação que é de suma importância, é qual o principal primeiro socorro caso este elemento seja inalado. sendo que, os principais sintomas caso ocorra são: efeitos irritantes, Sonolência, Vertigem, narcose, Náusea, Vômitos, Distúrbios estomacais/intestinais, Dor de cabeça, sonolência, Salivação, Coma.
a) Remova a vítima para local ventilado e a mantenha em repouso numa posição que não dificulte a respiração. Caso sinta indisposição, contate um CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA ou um médico. Leve a FISPQ.
b) Lave a boca da vítima com água ou leite em abundância. NÃO INDUZA O VÔMITO.
c) Remova o acidentado para área não contaminada e arejada e administre oxigênio, se disponível. Aplique manobras de ressuscitação em caso de parada cardiorrespiratória
d) Mantenha a vítima no local e a mantenha em repouso sentada e utilizando máscara.
e) Retire imediatamente toda a roupa contaminada. Enxágue a pele com água/tome uma ducha.
RESPOSTAS
Questão 1 – Alternativa C.
A fórmula da acetona é C3H6O, pois por ser o elemento químico Propanona, ela é constituída de 3 carbonos, complementados suas 4 ligações obrigatórias com hidrogênios e a função ‘ona’ que refere-se a presença do O, configurando a função cetona.
Questão 2 – Alternativa A.
Alternativa b: perigoso ao meio ambiente
Alternativa c: toxicidade aguda
Alternativa d: peróxidos orgânicos
Alternativa e: carcinogênico
Questão 3 – Alternativa C.
A alternativa correta é a C, pois é a orientação descrita da FISPQ. Por ser um líquido de fácil evaporação, o local deve ser ventilado e seu frasco original devidamente fechado.
Questão 4 – Alternativa A.
A alternativa correta é a A, pois a mesma está descrita na FPSQ do produto e também é a alternativa mais completa.
Riscos Quimicos
Mapa de risco
O que é um mapa de risco?
É um registro que nos mostra os locais das coisas, nos mostra direções, os mapas nos mostram o que tem naqueles locais.
Exemplo nos mostra ondes estão os continentes, quais paises estão naqueles continentes, os oceanos, qual oceano é. Olhando com atenção podemos perceber que nos oceanos, existem algumas animais. O mapa de risco vai nos mostrar uma planta baixa, por exemplo contendo um laboratorio, ou de algum outro lugar que nao seja um laboratorio, Na planta em forma de mapa, temos todos os setores/salas presentes na construção. No mapa podemos notar os elementos, onde estão as portas, as janelas, quais são as interligações entre as salas. O mapa de risco nos proporciona uma visao espacial. E dentro de cada sala, de acordo com a atividade que ali se estabelece, temos no mapa em formato de circulo representado os perigos e riscos que as pessoas estão expostas. 
🟤🔴🟡🟢🔵
O Mapa de Risco é uma representação em planta baixa, que reporta o layout do local de trabalho e identifica os riscos presentes no ambiente laboral. Esse documento é obrigatório e as empresas que não possuem, não estão cumprido com a legislação e estão sujeitos a multas aplicadas por auditores fiscais da Escola Nacional da Inspeção do Trabalho - ENIT.
Sua leitura fácil e serve como informação e conscientização dos riscos, sendo considerado um documento eficiente para prevenção de acidentes do trabalho. Orienta sobre a postura e o comportamento que o colaborador deve ter visando evitar os acidentes de trabalho.
Os principais riscos presentes em laboratório de pesquisas são:
🟢 Riscos Físicos: Representados pela bolinha de cor verde. São eles, ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações e vibrações.
🟤 Riscos Biológicos: Representados pela bolinha de cor marrom. São os vírus, fungos, bactérias, parasitas e protozoários.
🟤 Riscos Químicos: Representados pela bolinha de cor vermelha. São os gases, poeira, fumos, químicos em geral, névoas e substâncias compostas.
🟤 Riscos Ergonômicos: Representados pela bolinha de cor amarela. São os esforços físicos impróprios, postura inadequada, repetitividade nas tarefas.
🟤 Riscos de Acidentes: Representados pela bolinha de cor azul. Manuseio de Máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas e iluminação inapropriadas, risco de choque elétrico, risco de incêndio, atmosferas explosivas, etc.
A Norma Regulamentadora 5 (NR5), estabelece que a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) das empresas é a responsável pela elaboração do mapa de risco, com participação do maior número de trabalhadores, e com auxílio do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). Empresas que não possuem CIPAs organizadas, podem contratar o serviço especializado de empresas de Segurança do Trabalho para a elaboração dos mapas.
Assim como nos mapas convencionais, nos mapas de riscos também temos a presença de legendas.
Onde nos indica por meio dos circulos/tamanho/cor os riscos exsitentes....
No caso do mapa acima notamos que na recpção temos o maior indice de riscos ergonomicos em comparação com outros setores.
Quando falamos de produtos quimicos, precisamos considerar as fichas de informação de segurança de produtos quimicos.
A FISPQ é um documento para comunicação dos perigos relacionados aos produtos químicos. A FISPQ é o meio de o fabricante do produto divulgar informações importantes sobre os perigos dos produtos químicos que fabrica e comercializa.
Afinal, o que é FISPQ?
Antes de saber a necessidade da ficha, é importante compreender o seu conceito. A FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) é um documento que tem como objetivo descrever os perigos dos produtos químicos.
Trata-se de uma ficha que deve conter as caracteristicas de cada elemento quimico, odores, cor, viscosidade, vai descobrir se ela evapora ou não, vai descobrir se é um pó ou um liquido. É importante conhecer para quando se deparar um produto quimico que esta apresentando uma reação ou reagindo com alguma outra coisa, sera possivel fazer a identificação de cara.
Além disso, a ficha deve fornecer diversas informações, como:
· Condições seguras de manuseio;
· Principais incompatibilidades químicas;
· Condições adequadas para o armazenamento de produtos químicos;
· Atendimento em casos de primeiros socorros, entre outros.
· Nome
· Formula do produto quimico
· As informações fisico-quimicas basicas
· ponto de fusao
· ponto de ebulição
· ponto de fugor
· Se o elemento é acido, polar, corrosivo, oxidante
· Com o que esse determinado produto não pode reagir
· A ficha também vai falar sobre as interações, caso entre em contato com a muscosa, olhos, pele, caso inalar ou ingerir, o que fazer?
A FISPQ é obrigatória? 
Estas fichas são disponibilizadas por todo e qualquer fornecedor...
Chegou no laboratorio ou na empresa, ao receber o produto quimico, junto com ele, voce também ira receber a FISPQ
Se a sua empresa ainda não sabe o que é FISPQ e nunca criou uma ficha, muito provavelmente, não está em conformidade com a lei. Até porque a elaboração do documento e disponibilidade para os trabalhadores que manuseiam produtos químicos é uma obrigatoriedade legal.
A regra está na Norma Regulamentadora NR-26 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A NR-26 descreve alguns itens importantes, tais como:
“26.2.3 O fabricante ou, no caso de importação, o fornecedor no mercado nacional deve elaborar e tornar disponível ficha com dados de segurança do produto químico para todo produto químico classificado como perigoso.”
“26.2.3.1 O formatoe conteúdo da ficha com dados de segurança do produto químico devem seguir o estabelecido pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas.”
“26.2.3.2 Os aspectos relativos à ficha com dados de segurança devem atender ao disposto em norma técnica oficial vigente.”
Informações dos produtos químicos nos rótulos
A Norma Regulamentadora também estabelece a obrigatoriedade também para os rótulos dos produtos químicos. Entenda a aplicação da NR 26 nos itens relacionados à embalagem:
“26.2.2 A rotulagem preventiva do produto químico classificado como perigoso à segurança e à saúde dos trabalhadores deve utilizar procedimentos definidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas.”
“26.2.2.2 A rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos:
a) identificação e composição do produto químico;
b) pictograma(s) de perigo;
c) palavra de advertência;
d) frase(s) de perigo;
e) frase(s) de precaução;
f) informações suplementares.”
“26.2.2.3 Os aspectos relativos à rotulagem preventiva devem atender ao disposto em norma técnica oficial vigente.”
Importância da FISPQ para a segurança dos trabalhadores
Saber o que é FISPQ não serve apenas para a regulação governamental. A obrigatoriedade de descrever os perigos dos produtos químicos ajuda a garantir a segurança dos trabalhadores. A NR-26 aborda também este aspecto em sua norma. Confira:
“26.2.1 O produto químico utilizado no local de trabalho deve ser classificado quanto aos perigos para a segurança e a saúde dos trabalhadores de acordo com os critérios estabelecidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas.”
“26.2.1.3 Os aspectos relativos à classificação devem atender ao disposto em norma técnica oficial vigente”.
“26.2.3.4 O empregador deve assegurar o acesso dos trabalhadores às fichas com dados de segurança dos produtos químicos que utilizam no local de trabalho”.
Como é a organização da FISPQ?
Neste sentido, a FISPQ deverá estar de acordo com o preconizado na Norma Técnica Oficial Vigente. Esta regra é estabelecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, por meio da NBR 14725.
De acordo com a NBR 14725, – Parte 4, a FISPQ deverá apresentar as seguintes seções:
Seção 1: Identificação
Seção 2: Identificação de perigos
Seção 3: Composição e informação sobre os ingredientes
Seção 4: Medidas de primeiros-socorros
Seção 5: Medidas de combate a incêndio
Seção 6: Medidas de controle para derramamento ou vazamento
Seção 7: Manuseio e armazenamento
Seção 8: Controle de exposição e proteção individual
Seção 9: Propriedades físicas e químicas
Seção 10: Estabilidade e reatividade
Seção 11: Informações toxicológicas
Seção 12: Informações ecológicas
Seção 13: Considerações sobre destinação final
Seção 14: Informações sobre transporte
Seção 15: Informações sobre Regulamentações
Seção 16: Outras informações
Comunicação de perigo químico
Como você pode ver, conhecer e compreender o que é FISPQ é fundamental, pois o documento contém diversas informações importantes. Tudo para auxiliar o manuseio seguro dos produtos químicos, assim como a gestão adequada de produtos químicos.
Além disso, a ficha possibilita informar aos colaboradores sobre os possíveis efeitos dos produtos químicos à saúde humana e ao ambiente.
A comunicação de perigo é uma das ferramentas para facilitar este processo. O GHS, sistema para classificação dos produtos químicos, traz quatro elementos para comunicar o perigo dos produtos químicos. São eles:
Pictogramas (figuras) – símbolos que auxiliam na identificação do perigo do produto:
Palavra de Advertência: Perigo ou Atenção – a depender da gravidade de perigo do produto.
Frases de Perigo: são frases que descrevem os perigos dos produtos químicos e complementam a simbologia (pictogramas).
Frases de Precaução: auxiliam nas orientações gerais, de prevenção, atendimento à emergência, armazenamento e disposição final.
Os rótulos dos produtos químicos perigosos também deverão conter estes elementos para comunicação de perigo. Veja o modelo abaixo:
Como utilizar?
Para cada elemento que voce tiver dentro do seu laboratorio voce, tem que ter uma pasta, organizada em ordem alfabetica, contendo todas as FISPQS. Para caso precisar de uma consulta voce consiga ter facil acesso a esses arquivos.
Vai utlizar quando for manusear, manipular, sempre que for necessario conhecer determinado composto e suas caracteristicas fisico quimicas e reativas
IMPORTATE!
Quando falamos de mapa de riscos, estamos dizendo que estamos identicando todos esses riscos os quais estamos expostos. Não apenas o mapa de riscos nos mostra os riscos que estamos expostos mas também existem as tais boas praticas de laboratorio.
Temos o mapa de riscos, mas ele é suficiente para nos fornecer todos os insumos para trabalharmos com segurança?
Sera que temos regras no laboratorio? Se tem, quais são?
Exemplo: Vamos manipular os produtos sob bancadas ou alguns vou usar alguns locais especificos? 
Armazenamento de produtos
Exemplo: Quais capelas vamos utlizar?
Amostras
Exemplo: As amostras? Vou utilizar 100% ou vou guardar? Quais as regras para elas?
Vestimentas
Posso ir com qualquer roupa para o laboratorio? Quais as regras? Como é o transito entre os laboratorios. O acesso é livre?
Equipamento de proteção
Tem que usar oculos?
Tem que usar luvas?
Tem que ser usado sempre? 
O gerenciamento de riscos inclui o mapa de riscos mas também as boas pratricas e cumprimento de regras;
Riscos quimicos: Conceitos Iniciais
Qual importancia de estudar sobre os riscos quimicos?
O que é risco?
O que é perigo?
I. Higiene Ocupacional
Reconhecer, avaliar, controlar os riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho. São agentes ambientais que podem causar doenças e danos a saude dos trabalhadores. Começamos a ter contanto quando entramos no local de trabalho. Porque todo e qualquer local de trabalho, voce vai estar exposto a algum tipo de poluente. Os ambientes que estamos trabalhando sao aqueles que nos ficamos diariamente, por muito tempo. Geralmente ficamos de 8 a 9 horas diarias. Quem nunca conheceu alguem que teve algum problema em função do trabalho de exercia. Antigamente as industrias nao tinham certo cuidado, ou ate mesmo, os trabalhadores rurais, Exemplo crescimento de morte por insuficiencia renal devido a agrotoxicos.
Riscos quimicos
Se eu falo para voce de um risco quimico, que voce esta exposto diariamente o que voce pensa? Considerando o meu dia a dia de trabalho ou ate mesmo na minha casa... Ao que eu estou exposto de risco. Estou exposto ao risco de poluição por exemplo. Os riscos quimicos são derivados de substancias quimicas que podem estar nos mais variados estados. Liquido/Solido/Gasoso. Esses compositos podem ser absorvidos pelo organismo. Gerando algumas reações toxicas nas pessoas. Quando os profissionais da area de segurança vao fazer suas devidas avaliações e gerenciar os riscos. É avaliado tais derivados quimicos em seus diferentes estados da materia. Quais são os compositos quimicos este trabalhador vai estar exposto.
Cenario 1 - Laboratorio
Risco Quimico de nivel elevado
Cenario 2 - Setor aleatorio
Sera preciso realizar uma avaliação
Classificação e Reconhecimento de Riscos Quimicos
Perigo - Possivel dano a saude, humana, em caso de exposição significativa) considerado uma propriedade, instrinseca, ao produto quimico.
É a propriedade de algo. (substancia)
Exemplo: Estou trabalhando com acido, o acido é considerando perigoso, pois uma vez que tenha contato com nossa pele pode gerar queimaduras. Isto é intrinseco desse composto quimico. Ele possui esta propriedade.
Exemplo Vou trabalhar com o gas que quando eu inalo este gas vai se comunicar com o meu sistema nervoso central. Vou ter tontura e desmaio. Estes são os perigos inerentes desse composto.
Risco
É a forma como eu analista vou manusear o problema. Minimizandoos riscos, a probabilidade de um certo problema, perigo acontecer. O perigo esta la, mas ele vai acontecer?
Correlação. O perigo esta no ambiente, mas se este perigo não caiu sobre mim, então vou conseguir não ter esse problema, risco. No caso do acido qual seria a melhor forma para manusear? Usar luvas? Usar um equipamento especifico para manuseio? Tenho um dispenser, consigo colocar no meu equipamento. Enfim depende da analise e da forma que voce trabalhar!
A exposição;
Qual é a forma que este perigo esta sendo exposto, o nivel de exposição determina se um dado perigo representa algum risco a saude do trabalhador, Se o gas traz um problema, ele se liga a um sistema nervoso central. E ele causa algum dano,esse gas se controlado em uma tubulação. Que tem uma manutenção preditiva, preventiva, controlada, o risco desse gas vazar e ser inalado.É muito baixo... O risco é condicionado a forma de trabalhar... A forma da qual foi feito um projeto, a forma da qual, a pessoa que esta trabalhando, é ou não treinado. Então a gente tem uma serie de fatores a ser avaliados de acordo com aquele tipo de perigo que esta ali...
As vezes estamos trabalhando com uma coisa que tem o perigo muito baixo. E com isso exige um cuidado um pouco menor. Quando tem um risco muito alto o cuidado tem que ser maior. E as vezes eu tenho uma coisa com um risco baixo porem tenho alta exposição. O risco é baixo, mas ele vai sendo aumentado, então ele se torna um risco de periculosidade mais alta.
Risco
Ele é estimado pela combinação matricial entre as categorias de perigo e as de exposição estimadas, aonde ele esta, qual a forma que vai ser manipulado. Exemplo: Se eu coloco o cilindro com o gas que é altamente perigoso, ele tem que estar direcionado em um local que onde houver vazamento, o local conta com um sistema de exaustão. Que naturalmente vai expelir esse gas do ambiente. O sistema de exaustão nao pode ser qualquer um. É precisa validar na FISPIQ. Porque se ele for um contaminante, que pro meio ambiente possa vir trazer algum dano. È preciso fazer o sistema de exaustão, onde por exemplo voce tem ali exaustão com agua, o gas vai evaporar, vai reagir com a agua, a agua com esse composto quimico vai ser destinado a um tratamento especifico. Então é tudo muito complexo e minusioso depende de caso a caso. Local a local. Não existe, uma avaliação de risco de contaminantes quimicos universal. Isto é um padrão. 
O controle
São as ações que iremos tomar para reduzir este perigo. Ou para reduzir a exposição, ou para reduzir, a forma da qual voce vai manusear, e esses controles podem ser de engenharia, uma estruturação organizacional, ter pessoas especificas, para fazer cada uma das analises. Por exemplo as vezes voce tem um colaborador que é distraido, então voce nao pode colocar ele para fazer um determinado tipo de analise, que vai trazer algum risco maior. O EPI, O EPI ideal para voce utilizar, se voce precisa de oculos, de luva, de avental.Se voce precisa de uma luva para calor, sera preciso avaliar ao que o colaborador esta sendo exposto para então apontar qual EPI tem que ser utilizado. E principalmente capacitação das pessoas. A capacitação é a melhor forma de voce trabalhar com as pessoas. As pessoas precisam comprrender com o que elas estão trabalhando. Qual que é o risco que elas estão correndo. Elas tem que conhecer o porque das coisas, apartir do momento que elas conhecem o porque das coisas, elas conseguem atuar de forma concisa, de forma consciente e assim chegar aquilo que se deseja.
Classificação particular fisica dos agentes quimicos
Particulado solido
I. Poeiras - tem particulas maiores
II. Fumos - são quase uma fumaça mesmo, mais possuem compositos solidos. Exemplo: Pega uma panela que voce conzinhou no fogão de lenha. Ela fica toda preta embaixo. A fuligem, o fumo que é o resultado da combustão, as particulas solidas que se desprendem desse processo de combustão, se prendem ali. Isso pode acontecer nas nossas vias aereas
III. Fibras - algo que vai estar ali em suspensão
Essa diferenciação vai estar de acordo com o tamanho da particula.
Particulado liquido
I. Nevoas - As nevoas são goticulas maiores
II. Neblinas - Lembre-se da nebulização. Quando voce vai fazer uma inalação. Ela é tão fina que voce aspira e ela vai la para o pulmão. Porque esse risco temos que pensar qual a forma de exposição do perigo? Porque isso remete ao pensamento do que vou utilizar.
Além destes dois temos também os liquidos/liquidos e os solidos/solidos. O que vai diferenciar é a viscosidade, forma de utilização...
Medidas de controle destes riscos
I. Coletivas - Mapa de risco, chuveiro de emergencia
II. Administrativas - As hierarquias, a identificação de quem faz o que
III. Equipamentos de proteção individual - Oculos, mascaras, capacetes, viseiras, jalecos, sapatos de segurança; Essa vestimenta pessoal, vai ser de acordo com o tipo de analise realizada por cada colaborador. Existem casos em laboratorios que a entrada é restrita e voce nao pode transitar de um laboratorio para o outro livremente. Quando tratamos de coisas quimicos falamos de coisas muito minusiosas e muito individualizadas; Então é importante tentar correlacionar, fazer um mapa mental, e linkar todo esse conhecimento com nossas realidades.
Avaliação do riscos
Primeiro Lugar - Avaliar a fonte geradora do perigo/risco, e validar a possibilidade de modificar a fonte.
Qual a fonte do meu risco?
De onde esse risco vem?
Se é um risco, devo pensar em alguma forma de minimizar, derrepente se tenho algum reagente quimico muito perigoso, ex. cancerigeno, sera que possa subistituir esse reagente, ocasinando assim uma modificação de metodo. Modificação de projeto, no caso por exemplo no cenario envolvendo o gas, inserir no local destinado ao gas, a inserção de uma proteção, uma exaustão e manutenção de equipamento. Enfim qual é a fonte. Eu consigo modificar a fonte da qual este meu perigo esta vindo?
Segundo lugar - Avaliar a trajetoria
Qual a trajetoria que este meu composto quimico faz?
Eu tenho sistemas de exaustão para que essa trajetoria seja segura?
Tenho sistemas que encausuram este composto qumico?
Tenho capelas?
Uso carrinho para transportar os reagentes quimicos dentro de bandejas?
Terceiro lugar - Recptor
O proprio analista, ele esta de EPI?
Ele esta abrindo tal reagente que evapora com facilidade em uma capela?
Riscos quimicos CONCEITOS DE CONTROLES
Vimos nas nossas aulas que o risco é inerente ao perigo/tempo de exposição e a forma que ele é manuseado.
Os riscos e os perigos estao diretamente correlacionados com a habilidade de cada pessoa e com o treinamento no qual essa pessoa ja foi exposta.
O ambiente de laboratorio deve ser adequado, projetado e dimensionado de modo a oferecer condiçoes confortaveis e seguras de trabalho. Vimos anteriormente o mapa de risco, uma planta baixa de um laboratorio. Vimos que o laboratorio ele é composto por inumeras salas/ambientes os quais estão relacionadas as analises. Isso é bem importante, pois conseguimos perceber dentro das legislações.que existem tamanhos/metros ja indicados da quantidade de numero de pessoas de acordo com cada analise. È importante esse dimensionamento para garantir que a avaliação ao processo de utilização desses equipamentos/compositos quimicos eles sejam de maneira correta e segura. Além de tudo isso, os analistas, as pessoas que estao ali devem ser treinadas para que esta analise de risco possa ser feita nao somente por um auditor, ou consultor ou gestor. A identificação da analise de risco é algo que precisamos entender que existe uma sistemcatica.
Natureza e identificação dos riscos
A sistematica de analise de risco considera três elementos; 
Riscos (causas geradoras)
Qual a causa geradora do meu risco?
É o proprio analito? Ou o reagente?
Esse meu reagente qual a causa que ele vai trazer?
Ele é solido? Liquido? Gas? Ou um liquido com ponto de fulgor elevado? pois se torna vapor rapidamente. Ele é um liquido que nao pode sofrer impacto, pois ele pode vir a explodir. É importante conhecereste reagente.
Sujeitos sobre quem podem incidir os riscos
Sobre o analista?
Sobre uma equipe de analistas. Existem laboratorios que tem bancadas em um mesmo ambiente de trabalho. Se caso ocorrer um acidente, o acidente pode interferir nao somente em um analista mas sim no todo. Na equipe inteira.
Efeitos dos riscos sobre os sujeitos
Quais são os riscos que esse efeito vai fazer no sujeito
Exemplo incidente no laboratorio, vazou a essencia de banana por conta de uma atitude nao pensada. Podendo gerar queimaduras, algum tipo de corte, alguma reação alergica. Por isso é importante conhecer qual analise voce esta fazendo? Qual reagente voce esta utilizando? Qual reação quimica que acontece se gerar gas se nao gera gas.
Riscos associados dentro de um meio ambiente (LAB)
Instalação:
Eles tem que ser de maneira correta. Temos que considerar questoes de voltagem. Cores das tubulações. As vezes temos tubulações de gas, agua ou algum outro tipo de reagente que pode correr por tubulação.
Equipamentos e Produtos
Conhecer um equipamento sempre que for utilizar, para que ele serve, como deve ser utilizado. Conhecer o protocolo de funcionamento e utilização do equipamento. Se ele é 110 V 220 V. Se ele tem peças de voltagem. Se todas as peças estao ali.Para equipamentos e Produtos existem padroes, instruções de trabalho bem definidas para que todos consigam utilizar;
Membros da Equipe
Este é o ponto mais importe, voce ter ali todas as pessoas com conhecimento, voce nao colocar ninguem em risco, as vezes voce ta trabalhando bem, mas o seu colega esta ditraido. Por isso é importante conhecer bem que esta do seu lado. Porque as vezes nao esta em um dia bom.
Classificação dos riscos
Perigo: Se refere as fontes fisicas ou condições em potencial de provocar lesao ou doença ou danos materiais, ambientais.
Risco é a possibilidade, elevada ou reduzida, de alguem, sofrer danos provocados pelo perigo.
Perigo sempre vai existir o risco é quando voce começa a manipular uma vez que nao seja da maneira correta voce esta arriscando sofrer com aquele perigo.
Identificação do perigo das substancias quimicas em relação ao contato com nosso organismo.
Quando pensamos em perigo pensamos em
Relação dose-feito
O efeito é proporcional a dose recebida, assim como o tempo de contato e exposição
Interação com o organismo
Superficial 
Sem absorção
Sistemica
Contato seguido de absorção da circulação sanguinea. Sem interação propriamente dita
Agudas (rapido voce se livra)
cronicas (devagar voce vai acumulando no seu corpo)
AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNAMENTAL
Os limites da tolerancia determinadas, na norma tiveram como base os valores de THRESHOLD LIMITS VALUES _ TLV do texto da american Conference of Governamental INDUSTRIAL-ACGIH 
AVALIAÇÂO E TRATAMENTO DE RISCOS
Devemos avaliar o risco e tomar uma ação sobre ele. Sempre que formos fazer uma avaliação devemos prever, se acontecer o acidente o que devemos fazer?
Na avaliação iremos conseguir pensar se existem alguma coisa que voce elimina. Se não tiver como teremos que minimizar o risco;
Caso ocorra um acidente, por exemplo um vazamento. Qual que é o composto, como vou coletar isso que vai vazar. As vezes nao consigo coletar, entao terei que isolar, isolo aquele local.
Todas essas informações devem estar inclusas no documento FISQP
Produtos químicos
Em nosso ambiente cotidiano seja em casa ou no trabalho, sempre temos algum tipo de contato com produtos químicos. Eles estão lá para nos auxiliar, no entanto, alguns são altamente prejudiciais.
Quem não se lembra do barulho que tivemos no Brasil a algum tempo atrás por causa do formol utilizados em salões de cabeleireiras?
Como no caso do formol, muitas vezes lidamos com produtos químicos de forma inadequada, e a FISPQ vem exatamente para nos avisar dos riscos, medidas de proteção e cuidados que devem ser adotados no manuseio e transporte desse tipo de produto.
Para que serve?
A FISPQ é um documento para comunicação dos perigos relacionados aos produtos químicos.
A FISPQ é o meio de o fabricante do produto divulgar informações importantes sobre os perigos dos produtos químicos que fabrica e comercializa.
Como temos acesso a FISPQ?
O fabricante/fornecedor deve disponibilizar as fichas junto com o produto, pois trata-se de um documento obrigatório para a comercialização destes produtos. Ela é um direito de quem adquire o produto. E deve ficar a disposição de todos os que trabalham com o produto.
Como é formada?
O documento é dividido por seções e contemplam informações sobre vários aspectos do produto. Para esses aspectos, a FISPQ fornece informações detalhadas sobre os produtos e também sobre ações de emergência a serem adotadas em caso de acidente.
Para facilitar o conhecimento sobre esse documento, segue abaixo a descrição de cada tópico com sua referida utilidade e usualidade.
Os capítulos da FISPQ:
1 – Identificação do produto e da empresa
Esta seção informa o nome comercial do produto conforme utilizado no rótulo de produto químico, o nome da empresa fabricante com telefone e endereço.
2 – Identificação de perigos
Esta seção apresenta de forma clara e breve os perigos mais importantes e efeitos do produto (efeitos adversos à saúde humana, efeitos ambientais, perigos físicos e químicos) e, quando apropriado, perigos específicos.
3 – Composição e informações sobre os ingredientes
Esta seção informa se o produto químico é uma substância ou uma mistura.
No caso de ser uma substância, o nome químico ou comum será informado;
No caso de ser uma mistura, a natureza química do produto será informada.
4 – Medidas de primeiros-socorros
Nesta seção será informada as medidas de primeiros-socorros a serem tomadas de forma detalhada, e também indicação de quais as ações devem ser evitadas.
5 – Medidas de combate a incêndio
Esta seção informa quais são os meios de extinção apropriados e os que não são recomendados.
6 – Medidas de controle para derramamento ou vazamento
Essa sessão contém as seguintes informações:
As instruções específicas de precauções pessoais;
Procedimentos a serem adotados em relação à proteção ao meio ambiente;
Procedimentos de emergência e acionamento de alarmes;
Métodos de limpeza, coleta, neutralização e descontaminação do ambiente ou meio ambiente.
7 – Manuseio e armazenamento
Esta seção informa os procedimentos de segurança no manuseio e armazenamento. Deve contemplar as ações de segurança, prevendo também ações em caso de contato acidental com o produto.
8 – Controle de exposição e proteção individual
São indicados parâmetros de controle para sustâncias e ingredientes, limites de tolerância, e/ou indicadores biológicos ou outros limites.
9 – Propriedades físicas e químicas
Essa sessão inclui informação detalhada sobre o produto químico, incluindo sua aparência e cor.
10 – Estabilidade e reatividade
Esta seção indica:
a) estabilidade química: Indica se a substância ou mistura é estável ou instável em condições normais de temperatura e pressão;
b) reatividade: Descreve os perigos de reatividade da substância ou mistura nesta seção;
c) possibilidade de reações perigosas: Estabelece se a substância ou mistura reage ou polimeriza, liberando excesso de pressão ou calor, ou gerando outras condições perigosas;
d) condições a serem evitadas: Lista as condições a serem evitadas, tais como: temperatura, pressão, choque/impacto/atrito, luz, descarga estática, vibrações, envelhecimento, umidade e outras condições que podem resultar em uma situação de perigo;
e) materiais incompatíveis: Lista as classes de substâncias ou as substâncias específicas com as quais a substância ou mistura pode reagir para uma situação de perigo (por exemplo, explosão, liberação de materiais tóxicos ou inflamáveis, liberação de calor excessivo);
f) produtos perigosos da decomposição: lista os produtos perigosos da decomposição conhecidos, resultantes do manuseio, armazenagem e aquecimento.
11 – Informações toxicológicas
Essa seção é utilizada principalmente por médicos, toxicologistas e profissionais da

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