Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA</p><p>GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM</p><p>COMPONENTE DE SAÚDE COLETIVA II</p><p>ANDRÉIA FERNANDES GOULART</p><p>EDUARDA LAGO BELON</p><p>GABRIELE MITTMANN DOS SANTOS</p><p>GIOVANA CHRISTOFOLI PEREIRA</p><p>HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA</p><p>SÃO MIGUEL DO OESTE</p><p>JUNHO 2024</p><p>ANDRÉIA FERNANDES GOULART</p><p>EDUARDA LAGO BELON</p><p>GABRIELE MITTMANN DOS SANTOS</p><p>GIOVANA CHRISTOFOLI PEREIRA</p><p>HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA</p><p>Trabalho realizado na disciplina de Saúde</p><p>Coletiva II, com o tema hipertensão abordando</p><p>sua etiologia, tratamentos, internação e</p><p>prevenção. Tema relevante para a formação de</p><p>futuros profissionais que atuaram com essa</p><p>patologia.</p><p>Prof.ª Leidimari Meneghini.</p><p>SÃO MIGUEL DO OESTE</p><p>JUNHO 2024</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) caracteriza-se como a principal das</p><p>doenças cardiovasculares, sendo o principal fator de risco para diversas outras</p><p>complicações, sendo as mais comuns: acidente vascular cerebral, infarto agudo do</p><p>miocárdio e doença renal crônico terminal.</p><p>O surgimento da HAS está cada vez mais precoce, atingindo cerca de 4% das</p><p>crianças e adolescentes. Na população em geral, atinge cerca de 35% entre pessoas</p><p>com 40 anos ou mais, totalizando 17 milhões de portadores.</p><p>Geralmente ela é assintomática, isso faz com que a doença seja</p><p>equivocadamente desprezada, principalmente pelo paciente que tem baixo apoio ao seu</p><p>próprio tratamento. Além do tratamento medicamentoso, mudanças no estilo de vida são</p><p>indispensáveis para controle e prevenção eficaz da pressão arterial (PA), essas</p><p>mudanças incluem: diminuição da ingesta sódica, monitoramento do ganho de peso,</p><p>alimentação adequada e diminuição de drogas lícitas como o álcool e tabaco. Sem os</p><p>cuidados citados, doses progressivas do tratamento farmacológico podem não ser</p><p>eficazes.</p><p>Em análise aos fatores de risco para HAS, nota-se a importância da</p><p>implementação de modelos de atenção à saúde, visando estratégias com a intenção de</p><p>melhoria da qualidade de atenção, a fim de elevar o padrão no controle dos níveis.</p><p>2 HIPERTENSÃO ARTERIAL</p><p>2.1 A epidemiologia da hipertensão</p><p>A hipertensão arterial sistêmica representa tanto no contexto nacional quanto</p><p>mundial um grave problema de saúde. Em geral, é a principal precursora de doenças:</p><p>cerebrovasculares possibilitando em 40% as das mortes por acidente vascular cerebral;</p><p>cardiovasculares sendo responsável por 25% das mortes por doenças coronarianas; e</p><p>renais que em junção com diabetes, podem causar 50% dos casos de insuficiência renal</p><p>O principal quesito para se dar o diagnóstico de hipertensão arterial é acima ou</p><p>igual a 140/90 mmHg, a prevalência é de cerca de 22,3% a 43,9 % nas cidades</p><p>brasileiras. Um dos principais objetivos, é reduzir as complicações ocasionadas pela</p><p>pressão elevada, podemos destacar:</p><p>• Doença cerebrovascular: estão ligadas a patologias que atingem os vasos dos</p><p>cérebros e podem danificar o funcionamento e a estrutura dele a longo prazo,</p><p>podendo ser classificados em isquêmicos, que é quando o fluxo de sangue é</p><p>interrompido ou hemorrágicos quando houver sangramento. Exemplo: Embolia</p><p>cerebral (isquêmica), trombose cerebral (isquêmica) e hemorragia cerebral ou</p><p>intracerebral (hemorrágica);</p><p>• Doença arterial coronariana: Causadas pelo acúmulo de placas de gordura nas</p><p>artérias, chamada de placa aterosclerótica. Depósitos de placas podem obstruir</p><p>as artérias coronárias e deixá-las rígidas e irregulares. Isso é denominado</p><p>endurecimento das artérias;</p><p>• Insuficiência cardíaca: Insuficiência cardíaca é um distúrbio em que o coração</p><p>não consegue suprir as necessidades do corpo, causando redução do fluxo</p><p>sanguíneo, refluxo de sangue nas veias e nos pulmões e outras alterações que</p><p>podem debilitar ou enrijecer ainda mais o coração;</p><p>• Doença renal crônica: alterações heterogêneas que afetam tanto a estrutura</p><p>quanto a função renal, com múltiplas causas e múltiplos fatores de risco. Trata-</p><p>se de uma doença de curso prolongado, que pode parecer benigno, mas que</p><p>muitas vezes se torna grave e que na maior parte do tempo tem evolução</p><p>assintomática;</p><p>• Doença arterial periférica: é um distúrbio da circulação do sangue nas pernas que</p><p>pode provocar dor ao caminhar. A obstrução ocorre, na maioria dos casos,</p><p>quando há acúmulo de placas de gordura e perda de flexibilidade nas paredes</p><p>dos vasos sanguíneos, além de excesso de inflamação localizada.</p><p>O enfermeiro tem papel principal na prevenção de hipertensão e nos agravos</p><p>que ela pode causar, principalmente orientar ao paciente acerca do tratamento da HAS</p><p>e de como ele deve ser realizado e seguido. Destacando também que vários pacientes</p><p>portadores de HAS possuem outras comorbidades como diabetes obesidade</p><p>dificultando ainda mais o tratamento trazendo contexto em que é necessário o</p><p>gerenciamento de ações terapêuticas para o aglomerado de condições, cujo tratamento</p><p>exige persistência.</p><p>2.2 A importância do problema</p><p>A elevação da pressão arterial representa um fator de risco independente, linear</p><p>e contínuo para doença cardiovascular. Apresenta custos médicos e socioeconômicos</p><p>elevados, decorrentes principalmente das suas complicações, tais como: doença</p><p>cerebrovascular, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, insuficiência renal</p><p>crônica e doença vascular de extremidades.</p><p>2.3 A mortalidade</p><p>No Brasil, em 2003, 27,4% dos óbitos foram decorrentes de doenças</p><p>cardiovasculares, atingindo 37% quando são excluídos os óbitos por causas mal</p><p>definidas e a violência. A principal causa de morte em todas as regiões do Brasil é o</p><p>acidente vascular cerebral, acometendo as mulheres em maior proporção.</p><p>Observa-se tendência lenta e constante de redução das taxas de mortalidade</p><p>cardiovascular. A doença cerebrovascular, cujo fator de risco principal é a hipertensão,</p><p>teve redução anual das taxas ajustadas por idade de 1,5% para homens e 1,6% para</p><p>mulheres. O conjunto das doenças do coração, hipertensão, doença coronária e</p><p>insuficiência cardíaca também teve taxas anuais decrescentes de 1,2% para homens e</p><p>1,3% para mulheres. No entanto, apesar do declínio, a mortalidade no Brasil ainda é</p><p>elevada em comparação a outros países, tanto para doença cerebrovascular como para</p><p>doenças do coração.</p><p>Entre os fatores de risco para mortalidade, hipertensão arterial explica 40% das</p><p>mortes por acidente vascular cerebral e 25% daquelas por doença coronariana. A</p><p>mortalidade por doença cardiovascular aumenta progressivamente com a elevação da</p><p>pressão arterial, a partir de 115/75 mmHg1.</p><p>2.4 Hospitalizações</p><p>A hipertensão arterial e as doenças relacionadas à pressão arterial são</p><p>responsáveis por alta frequência de internações. Insuficiência cardíaca é a principal</p><p>causa de hospitalização entre as doenças cardiovasculares, sendo duas vezes mais</p><p>frequente que as internações por acidente vascular cerebral.</p><p>Um estudo realizado em 2013 para determinar a prevalência de internações</p><p>devido a agravos ou complicações da hipertensão arterial tratados na atenção básica,</p><p>retrata sobre a fraqueza da atenção básica para tratar de forma efetiva a doença e seus</p><p>fatores agravantes. Os dados foram coletados dos prontuários de pacientes maiores de</p><p>18 anos, e que já tomavam medicação no mínimo a um ano e com cinco registros dos</p><p>níveis pressóricos nos últimos 12 meses.</p><p>As características associadas aos casos de hospitalização encontradas foram:</p><p>pessoas do sexo masculino, idade igual ou superior a 60 anos, não adesão a</p><p>farmacoterapia e a presença de comorbidades.</p><p>O estudo trás que cerca de dois terços das pessoas que são tratadas na atenção</p><p>básica não mantem os níveis pressóricos em uma media desejável. Cabe, portanto, a</p><p>equipe do ESF em especial ao enfermeiro conhecer</p><p>as pessoas residentes da sua área</p><p>geográfica que necessitam de hospitalização ou que possuem fatores contribuintes para</p><p>uma possível hospitalização. Isso permite que sejam planejados implementados ações</p><p>efetivas no controle e prevenção dessas hospitalizações.</p><p>A hipertensão é uma doença que vem acometendo cada vez mais pessoas</p><p>jovens, e isso contribui para o desenvolvimento de doenças cerebrovasculares em</p><p>idades mais avançadas. Pessoas hipertensas que aderem com eficiência o tratamento</p><p>farmacológico reduzem significativamente o risco de desenvolver doenças</p><p>cardiovasculares e aumentam também a expectativa e qualidade de vida.</p><p>2.5 Fatores de risco para hipertensão arterial</p><p>A pressão arterial aumenta linearmente com a idade. Em indivíduos jovens, a</p><p>hipertensão decorre mais frequentemente apenas da elevação na pressão diastólica,</p><p>enquanto a partir da sexta década o principal componente é a elevação da pressão</p><p>sistólica. Em indivíduos idosos 61,5% apresentavam hipertensão arterial. O risco relativo</p><p>de desenvolver doença cardiovascular associado ao aumento da pressão arterial não</p><p>diminui com o avanço da idade e o risco absoluto aumenta marcadamente.</p><p>Outro fator importante que tem alta relevância para a pressão arterial é o sexo</p><p>e a etnia do paciente. A prevalência global de hipertensão entre homens (26,6%; IC 95%</p><p>26,0-27,2%) e mulheres (26,1%; IC 95% 25,5-26,6%) insinua que sexo não é um fator</p><p>de risco para hipertensão. Estimativas globais sugerem taxas de hipertensão mais</p><p>elevadas para homens até os 50 anos e para mulheres a partir da sexta década.</p><p>Hipertensão é mais prevalente em mulheres afrodescendentes com excesso de risco de</p><p>hipertensão de até 130% em relação às mulheres brancas.</p><p>Nível socioeconômico mais baixo está associado a maior prevalência de</p><p>hipertensão arterial e de fatores de risco para elevação da pressão arterial, além de</p><p>maior risco de lesão em órgãos-alvo e eventos cardiovasculares. Hábitos dietéticos,</p><p>incluindo consumo de sal e ingestão de álcool, índice de massa corpórea aumentado,</p><p>estresse psicossocial, menor acesso aos cuidados de saúde e nível educacional são</p><p>possíveis fatores associados.</p><p>O excesso de consumo de sódio contribui para a ocorrência de hipertensão</p><p>arterial. A relação entre aumento da pressão arterial e avanço da idade é maior em</p><p>populações com alta ingestão de sal. Povos que consomem dieta com reduzido</p><p>conteúdo deste têm menor prevalência de hipertensão e a pressão arterial não se eleva</p><p>com a idade. Entre os índios Yanomami, que têm baixa ingestão de sal, não foram</p><p>observados casos de hipertensão arterial. Em população urbana brasileira, foi</p><p>identificada maior ingestão de sal nos níveis socioeconômicos mais</p><p>O excesso de massa corporal é um fator predisponente para a hipertensão,</p><p>podendo ser responsável por 20% a 30% dos casos de hipertensão arterial; 75% dos</p><p>homens e 65% das mulheres apresentam hipertensão diretamente atribuível a</p><p>sobrepeso e obesidade. Apesar do ganho de peso estar fortemente associado com o</p><p>aumento da pressão arterial, nem todos os indivíduos obesos tornam-se hipertensos.</p><p>Estudos observacionais mostraram que ganho de peso e aumento da circunferência da</p><p>cintura são índices prognósticos importantes de hipertensão arterial, sendo a obesidade</p><p>central um importante indicador de risco cardiovascular aumentado. Estudos sugerem</p><p>que obesidade central está mais fortemente associada com os níveis de pressão arterial</p><p>do que a adiposidade total. Indivíduos com nível de pressão arterial ótimo, que ao correr</p><p>do tempo apresentam obesidade central, têm maior incidência de hipertensão. A perda</p><p>de peso acarreta redução da pressão arterial.</p><p>O consumo elevado de bebidas alcoólicas como cerveja, vinho e destilados</p><p>aumenta a pressão arterial. O efeito varia com o gênero, e a magnitude está associada</p><p>a quantidade de etanol e a frequência de ingestão. O efeito do consumo leve a moderado</p><p>de etanol não está definitivamente estabelecido. Verifica-se redução média de 3,3</p><p>mmHg (2,5 a 4,1 mmHg) na pressão sistólica e 2,0 mmHg (1,5 a 2,6 mmHg) na pressão</p><p>diastólica com a redução no consumo de álcool. Estudo observacional indica que o</p><p>consumo de bebida alcoólica fora de refeições aumenta o risco de hipertensão,</p><p>independentemente da quantidade de álcool ingerida.</p><p>O sedentarismo aumenta a incidência de hipertensão arterial. Indivíduos</p><p>sedentários apresentam risco aproximado 30% maior de desenvolver hipertensão que</p><p>os ativos. O exercício aeróbio apresenta efeito hipotensor maior em indivíduos</p><p>hipertensos que normotensos. O exercício resistido possui efeito hipotensor</p><p>semelhante, mas menos consistente.</p><p>2.6 Outros fatores de risco cardiovascular</p><p>A presença de fatores de risco cardiovascular ocorre mais comumente na forma</p><p>combinada. Além da predisposição genética, fatores ambientais podem contribuir para</p><p>uma agregação de fatores de risco cardiovascular em famílias com estilo de vida pouco</p><p>saudável. Em amostras da nossa população, a combinação de fatores de risco entre</p><p>indivíduos hipertensos parece variar com a idade, predominando a inatividade física, o</p><p>sobrepeso, a hiperglicemia e a dislipidemia. A obesidade aumenta a prevalência da</p><p>associação de múltiplos fatores de risco.</p><p>3 AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL</p><p>3.1 Maneira correta de aferir pressão arterial</p><p>Para a maior aceitação do cliente aos métodos e procedimentos realizados,</p><p>devemos orientá-lo antes de qualquer contato físico, deve-se pedir licença ao paciente,</p><p>explicar o procedimento e orientá-lo que não fale durante a aferição. Caso a paciente</p><p>tenha se dirigido caminhando ao atendimento, ou esteja agitado, solicitar que ele fique</p><p>em um ambiente agradável e descanse por 5 a 10 minutos.</p><p>Cabe ao profissional que irá realizar checagem da pressão arterial, certificar-se</p><p>de que o paciente não está com a bexiga cheia; que não está de pernas cruzadas; que</p><p>não fez uso de álcool, café ou tabaco 30 minutos antes do exame; e não praticou</p><p>esportes físicos até 60 minutos antes. Assim como, o profissional de saúde deve utilizar</p><p>o manguito correto conforme as orientações indicam, 2 a 3 cm acima da fossa cubital e</p><p>a seta que estampa o manguito deve estar posicionada na direção da artéria braquial.</p><p>Na preparação do paciente para aferição, posicionar o braço do cliente sobre</p><p>uma superfície permitindo que ele fique na altura do coração, sem roupas no local e com</p><p>a mão em posição de supino, com o cotovelo levemente flexionado.</p><p>Após colocar o manguito e preparar o cliente, localizar o pulso radial e inflar o</p><p>manguito de 10 em 10 mmHg até que o pulso desapareça. Posteriormente ao</p><p>desaparecimento do pulso, inflar mais 20 a 30mmHg e dispor levemente a campânula</p><p>do estetoscópio sobre a artéria braquial.</p><p>Para a deflação, proceder com 2 a 4 mmHg até a identificação do primeiro som</p><p>claro que ouvimos quando o sangue flui através da artéria comprimida, esse som</p><p>determina a pressão sistólica, chamados de sons de Korotkoff fase I (sons que ouvimos</p><p>ao verificar a pressão sanguínea). Após a identificação desse primeiro som, proceder</p><p>deflação com 5 a 6 mmHg para aliviar possíveis incômodos. A identificação da pressão</p><p>diastólica, deve ser definida no desaparecimento dos sons de Korotkoff definido como</p><p>fase V. Auscultar mais 20 a 30 mmHg depois de ouvir o último som para confirmação,</p><p>em seguida proceder com deflação completa.</p><p>Deve-se anotar a pressão sistólica e diastólica sem arredondamentos, anotar</p><p>também em que braço foi feita a aferição, o tamanho do manguito e posição do paciente.</p><p>Ao término, o paciente deve ser informado sobre os valores da pressão arterial e</p><p>possíveis medidas de acompanhamento. Caso seja necessário aferir novamente,</p><p>esperar cerca de 2 minutos ou realizar no outro braço.</p><p>3.2 A importância e escolha do tamanho do manguito</p><p>Para a precisão de resultados, o manguito deve ser do tamanho adequado para</p><p>o braço</p><p>de cada paciente e para cada lugar onde a pressão arterial irá ser aferida. Em</p><p>média, os manguitos têm tamanho entre 23 e 24 cm, e essa medida é suficiente para</p><p>80% dos braços com 30 cm. Seguem outras medidas abaixo:</p><p>3.3 Situações especiais para a medida da pressão arterial</p><p>Existem algumas situações especial para aferição da PA, ela faz parte da</p><p>avaliação clínica e segundo o Caderno da Atenção Básica disponibilizado pelo SUS,</p><p>existem critérios a serem observados.</p><p>Em crianças:</p><p>• A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da</p><p>circunferência do braço;</p><p>• O comprimento da bolsa de borracha do manguito deve envolver 80% a 100% da</p><p>circunferência do braço;</p><p>• A pressão diastólica deve ser determinada na fase V de Korotkoff.</p><p>Em idosos:</p><p>• Maior frequência de hiato auscultatório, que consiste no desaparecimento dos</p><p>sons na ausculta durante a deflação do manguito, geralmente entre o final da fase</p><p>I e o início da fase II dos sons de Korotkoff. Tal achado pode subestimar a</p><p>verdadeira pressão sistólica ou superestimar a pressão diastólica;</p><p>• Pseudo-hipertensão, caracterizada por nível de pressão arterial falsamente</p><p>elevado em decorrência do enrijecimento da parede da artéria. Pode ser</p><p>detectada por meio da manobra de Osler, que consiste na inflação do manguito</p><p>no braço até o desaparecimento do pulso radial. Se a artéria for palpável após</p><p>esse procedimento, sugerindo enrijecimento, o paciente é considerado Osler-</p><p>positivo.</p><p>Em gestantes:</p><p>• Recomenda-se que a medida da pressão arterial em gestante seja feita na</p><p>posição sentada. A determinação da pressão diastólica deve ser realizada na</p><p>fase V de Korotkoff.</p><p>4 ROTINA DE DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO</p><p>Segundo o Ministério da Saúde, hipertensão arterial ou pressão alta é uma</p><p>doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias.</p><p>Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou</p><p>ultrapassam os 140/90 mmHg.</p><p>A cautela no diagnóstico de hipertensão arterial é fundamental, pois pode haver</p><p>muitas repercussões negativas na vida do paciente após o diagnóstico. Em clientes sem</p><p>histórico de HAS e com somente com uma aferição elevada, realizar a aferição</p><p>novamente em outro momento, pois se trata de um diagnóstico que representa a</p><p>pressão diária e não apenas de momentos isolados. A síndrome do avental branco,</p><p>geralmente é confundida com HAS, para que isso seja evitado deve haver aferições no</p><p>consultório em vários momentos.</p><p>4.1 Avaliação clínica inicial</p><p>A investigação clínico-laboratorial de pacientes já hipertensos tem como</p><p>objetivos avaliar as seguintes condições: firmar o diagnóstico, verificar presença de</p><p>lesões em órgão alvos, fatores de risco para a doença ou outras associadas. Para que</p><p>isso seja possível, é necessário seguir etapas e investigar a história clínica do paciente,</p><p>realizar exame físico e avaliação laboratorial. Dados relevantes da história clínica</p><p>dirigida ao paciente hipertenso:</p><p>• Identificação: sexo, idade e condição socioeconômica;</p><p>• História atual: níveis de pressão e qual a sua duração conhecida, reação não</p><p>desejadas a tratamentos anteriores, investigar sintomas de possíveis</p><p>complicações;</p><p>• Investigar doenças de risco e doenças anteriores: dislipidemia, tabagismo,</p><p>sobrepeso e obesidade, sedentarismo, perda de peso características do sono,</p><p>função sexual, doença pulmonar obstrutiva crônica¸ gota, insuficiência</p><p>cardíaca;</p><p>• Histórico familiar: acidente vascular encefálico, doença arterial coronariana</p><p>prematura (homens < 55 anos, mulheres < 65 anos); morte prematura e</p><p>súbita de familiares próximos;</p><p>• Avaliação de hábitos alimentares;</p><p>• Uso de medicação contínua;</p><p>• Sedentarismo.</p><p>Dados relevantes do exame físico dirigido ao paciente hipertenso:</p><p>• Calcular IMC;</p><p>• Inspecionar hipertensão secundária;</p><p>• Medir PA e frequência cardíaca;</p><p>• Palpar a tireoide, auscultar carótidas e turgência jugular;</p><p>• Exame do precórdio: ictus sugestivo de hipertrofia ou dilatação do ventrículo</p><p>esquerdo: arritmias; 3ª bulha, que sinaliza disfunção sistólica do ventrículo</p><p>esquerdo; ou 4ª bulha, que sinaliza presença de disfunção diastólica do</p><p>ventrículo esquerdo, hiperfonese de 2ª bulha em foco aórtico, além de sopros</p><p>nos focos mitral e aórtico;</p><p>• No pulmão auscultar os sons, atentar-se a sons estertores, roncos e sibilos;</p><p>• No abdome, atentar-se a presença de massa, hidronefrose e tumores;</p><p>• Verificar pulso radial e pedioso, a ausência deles é sugestiva de doença</p><p>arterial periférica;</p><p>• Notar presença de edema;</p><p>• Avaliar paciente a nível neurológico.</p><p>4.2 Decisão para tratamento medicamentoso</p><p>5 HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIA</p><p>É conhecida com hipertensão essencial os casos que não possuem uma causa</p><p>facilmente identificável. Já a hipertensão secundária, se aplica a casos onde têm uma</p><p>causa bem estabelecida, desse modo, ao identificar e tratarmos o agente etiológico é</p><p>possível cura-la. As unidades de saúde, devem estar preparadas para enfrentar casos</p><p>de hipertensão essencial, mas os suspeitos de hipertensão secundária devem ser</p><p>encaminhados a especialistas. Dentre as causas de hipertensão arterial secundária,</p><p>podemos citar:</p><p>• Doença parenquimatosa renal (pielonefrite, glomerulopatia, crônica, rins</p><p>policísticos e nefropatia de refluxo);</p><p>• Renovascular (aterosclerose, hiperplasia fibromuscular e poliarterite nodosa);</p><p>• Endócrina (acromegalia, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo,</p><p>hiperaldosteronismo primário, síndrome Cushing, hiperplasia adrenal,</p><p>feocromocitoma, uso de hormônios exógenos);</p><p>• Hipertensão gestacional;</p><p>• Neurológicas (acromegalia, hipotireoidismo, hipertireoidismo,</p><p>hiperparatireoidismo, hiperaldosteronismo primário, síndrome Cushing,</p><p>hiperplasia adrenal, feocromocitoma, uso de hormônios exógenos);</p><p>• Estresse agudo;</p><p>• Exógenas (acromegalia, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo,</p><p>hiperaldosteronismo primário, síndrome Cushing, hiperplasia adrenal,</p><p>feocromocitoma, uso de hormônios exógenos);</p><p>• Insuficiência aórtica, fístula arteriovenosa, tireotoxicose, doença Paget e beribéri.</p><p>Durante o atendimento, o enfermeiro pode procurar por indícios clínicos que</p><p>caracterizam a hipertensão secundária:</p><p>• Potássio inferior a 3,5 meq;</p><p>• Proteinúria;</p><p>• Hematúria;</p><p>• Elevação da creatinina;</p><p>• Sopro abdominal;</p><p>• Má resposta ao tratamento;</p><p>• Ausência de história familiar;</p><p>• Início abrupto e grave de hipertensão, com retinopatia severa, hematúria e perda</p><p>de função renal (HAS acelerada ou maligna);</p><p>• PA diminuída em membros inferiores;</p><p>• Oscilação de PA, associada a rubor facial, sudorese e taquicardia;</p><p>• Início súbito, antes dos 30 anos ou após os 55 anos.</p><p>6 PROCESSO DE DECISÃO TERAPÊUTICA NA HIPERTENSÃO</p><p>Após a confirmação do diagnóstico, se faz necessário a avaliação de risco, que</p><p>mede as lesões em órgãos alvo e riscos cardiovasculares, geralmente são estabelecidos</p><p>três graus de risco cardiovascular:</p><p>6.1 Tratamentos não farmacológicos</p><p>6.1.1 Controle de peso</p><p>Estudos apontam que o sobrepeso é responsável por cerca de 20 a 30 % dos</p><p>casos de HAS, os mesmos devem ser incluídos nas metas de redução de peso para</p><p>alcance do IMC de aproximadamente 25 kg/m2 que seria o ideal. Além disso, gordura</p><p>na região do abdome, é característico de resistência à insulina e elevação da PA, sendo</p><p>assim, a circunferência abdominal ideal é de 102 cm para homens e 88 cm para</p><p>mulheres.</p><p>6.1.2 Adoção de hábitos alimentares saudáveis</p><p>Baseia-se na ingestão de frutas, verduras, legumes, cereais, leguminosas, leite</p><p>derivados desnatados, quantidade reduzida de gorduras saturadas, trans e colesterol,</p><p>assim como redução do consumo de sódio. Essa dieta mostrou potencial de redução da</p><p>pressão arterial.</p><p>6.1.3 Redução do consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo</p><p>Grandes quantidades de álcool, segundo estudos, têm mostrado ligação direta</p><p>com o aumento da pressão arterial. Recomenda-se para homens 30ml/dia de etanol,</p><p>corresponde a ingestão diária de 720 ml de cerveja, 20 ml de vinho e 60 ml de destilados,</p><p>para mulheres, o limiar seria metade do limiar masculino. Ressaltando que caso o</p><p>indivíduo não consiga se restringir a apenas esses parâmetros, deve cortar totalmente</p><p>seu consumo alcoólico.</p><p>O tabagismo exerce efeito na PA conforme a sua quantidade diária e</p><p>profundidade inalada. Segundo estudos feitos por MAPA onde foram comparados 2</p><p>grupos, fumantes e não-fumantes, os tabagistas possuíam uma significativa elevação</p><p>da pressão. Os mesmos, devem ter incentivos e medidas de suporte para que</p><p>abandonem o vício.</p><p>6.1.4 Práticas físicas</p><p>O exercício físico, é indispensável não só para pacientes com comorbidades,</p><p>mas também para pacientes saudáveis. As práticas físicas contribuem positivamente no</p><p>controle de PA e reduzem o risco de várias outras doenças.</p><p>O ideal é que se pratique no mínimo 30 minutos, moderadamente e pela maior</p><p>parte de dias da semana. Essas atividades podem incluir: caminhadas, atividades</p><p>domésticas, subir escadas, mas não devem ser fatigantes pois deixa de ser moderada</p><p>e se torna intensa</p><p>6.2 Tratamento farmacológico para hipertensão</p><p>O principal objetivo do tratamento medicamentoso, visa reduzir a pressão</p><p>arterial para níveis inferiores a 140/90 mmHg ou até 130/80 mmHg como no caso da</p><p>diabete. Para o tratamento farmacológico, deve-se ter alguns cuidados, como por</p><p>exemplo:</p><p>• O medicamento deve: ser bem tolerado; ser eficaz por via oral; preferência de</p><p>posologia de dose única;</p><p>• Preconizar por aumentar doses medicamentosas gradativamente, respeitando o</p><p>intervalo de 4 semanas;</p><p>• Instruir o paciente sobre o medicamento e acerca da doença;</p><p>• Deve-se considerar condições socioeconômicas.</p><p>6.2.1 Agentes anti-hipertensivos</p><p>O tratamento farmacológico, exerce seus efeitos em diversas estruturas e</p><p>funções do nosso corpo, dessa forma, ele é dividido em classes.</p><p>6.2.1.1 Diuréticos</p><p>• Diuréticos osmóticos: agem na alça de Henle, aumentando a excreção urinária</p><p>de quase todos os eletrólitos como Na+, K+, Ca+, Mg2+, Cl-, HCO3 e fosfato. Um</p><p>exemplo é o Manitol;</p><p>• Inibidores da anidrase carbônica: agem no túbulo contorcido proximal, diminuem</p><p>a reabsorção de bicarbonato de sódio, geralmente indicados para glaucoma.</p><p>Exemplos: Acetazolamida, Etazolamida, Diclorfenamida;</p><p>• Diuréticos de alça: atuam na porção ascendente da alça de Henle inibindo o</p><p>sistema co-transportador. Eles no geral são os mais potentes e reservados para</p><p>HAS quando essa é de origem renal. Exemplos: piretanida e ácido etacrínico;</p><p>• Tiazidas: São os mais utilizados clinicamente, excelentes resultados quando</p><p>utilizados com IECAs. Agem no túbulo distal determinando natriurese moderada.</p><p>Exemplos: Hidroclorotiazida, Hidroclorotiazida, Clortalidona, indapamida e</p><p>metolazona.</p><p>6.2.1.2 Inibidores adrenérgicos</p><p>Atuam diretamente sobre a musculatura da parede vascular, promovendo</p><p>relaxamento muscular com consequente vasodilatação e redução da resistência</p><p>vascular periférica. Como por exemplo: acebutolol, atenolol, betaxolol, bisoprolol,</p><p>esmolol, metoprolol e nebivolol</p><p>6.2.1.3 Vasodilatadores diretos</p><p>Os vasodilatadores são fármacos que exercem sua ação por atuação direta na</p><p>musculatura lisa vascular, promovendo relaxamento e redução da resistência vascular</p><p>periférica. Exemplo: hidralazina e o Minoxidil.</p><p>6.2.1.4 Antagonista do sistema renina-angiotensina</p><p>Os agentes que bloqueiam farmacologicamente o sistema renina-angiotensina-</p><p>aldosterona (SRAA) reduzem a pressão por mecanismos diversos, como redução da</p><p>atividade vasoconstritora da angiotensina II, aumento na concentração de bradicinina,</p><p>redução do tônus simpático, melhora da função endotelial e remodelação estrutural dos</p><p>vasos sanguíneos. Exemplos: Captopril, enalapril, lisinopril e benazepril.</p><p>6.2.1.5 Bloqueadores dos canais de cálcio</p><p>Os bloqueadores do canal de cálcio agem inibindo o fluxo de cálcio extracelular</p><p>para o interior das células, através do canal lento, que está presente nas células</p><p>excitáveis. O bloqueio dessa passagem resulta na redução da concentração de cálcio</p><p>intracelular e dilatação das artérias e arteríolas. Exemplos: nifedipina, amlodipina,</p><p>nicardipina, felodipina, lercanidipina e nitrendipina.</p><p>Segundo estudos, o medicamento com o mecanismo mais eficaz e de primeira</p><p>escolha para a redução da HAS, são os diuréticos, pois são de baixo custo e extensa</p><p>experiência de emprego. Para clientes que são de estágio 2, pode-se empregar outro</p><p>fármaco junto. Os fármacos que estão inclusão pelo SUS, são: hidroclorotiazida,</p><p>furosemida, propranolol, captopril e enalapril.</p><p>6.2.2 Medicações passíveis de renovação pelo enfermeiro</p><p>O enfermeiro poderá renovar as receitas de medicamentos por um período de</p><p>até 6 (seis) meses, quer seja através de uma única receita com duração deste tempo,</p><p>ou através de múltiplas receitas com durações menores (contanto que a soma não</p><p>ultrapasse os seis meses (COREN, 2017).</p><p>Entretando, o enfermeiro não possui autonomia para alteração de</p><p>medicamentos e doses prescritas, sendo assim, quando houver inconsistência deve-se</p><p>discutir com médico responsável pelo paciente.</p><p>6.2.2.1 Condições gerais</p><p>É permitido a renovação da receita pelo enfermeiro, segundo o COREN,</p><p>contanto que:</p><p>• A última receita tenha sido emitida pelo médico da APS do município;</p><p>• Seja cumprido os critérios para medicação;</p><p>• Que o paciente não demande de avaliações médicas;</p><p>• Que o paciente não tenha histórico de demais comorbidades;</p><p>• Que o enfermeiro realize consulta de enfermagem, solicitando os exames que o</p><p>paciente possui;</p><p>• Que no momento da avaliação de enfermagem, seja identificada a adesão</p><p>medicamentosa e os conhecimentos do paciente sobre o fármaco de utilização;</p><p>• Que o enfermeiro indique medidas não farmacológicas para complemento de</p><p>tratamento;</p><p>• Que o paciente esteja presente e seja maior de 18 anos e caso tenha dificuldade</p><p>de cognição deve estar acompanhado do responsável.</p><p>6.2.3 Medicamentos que permitem renovação pelo enfermeiro</p><p>Obs.: Metildopa não deve ser renovada caso a paciente seja gestante.</p><p>7 EMERGÊNCIA E URGÊNCIA HIPERTENSIVA</p><p>8 ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO</p><p>• Capacitar os auxiliares de enfermagem e os agentes comunitários e</p><p>supervisionar, de forma permanente, suas atividades;</p><p>• Realizar consulta de enfermagem, abordando fatores de risco, tratamento não</p><p>medicamentoso, adesão e possíveis intercorrências ao tratamento, encaminhando o</p><p>indivíduo ao médico, quando necessário;</p><p>• Desenvolver atividades educativas de promoção de saúde com todas as pessoas</p><p>da comunidade ou em grupo com os pacientes hipertensos;</p><p>• Estabelecer, junto à equipe, estratégias que possam favorecer a adesão (grupos</p><p>de hipertensos e diabéticos);</p><p>• Solicitar, durante a consulta de enfermagem, os exames mínimos estabelecidos</p><p>nos consensos e definidos como possíveis e necessários pelo médico da equipe;</p><p>• Repetir a medicação de indivíduos controlados e sem intercorrências;</p><p>• Encaminhar para consultas mensais, com o médico da equipe, os indivíduos não</p><p>aderentes, de difícil controle e portadores de lesões em órgãos-alvo (cérebro, coração,</p><p>rins, olhos, vasos, pé diabético etc.) ou com comorbidades;</p><p>• Encaminhar para consultas trimestrais, com o médico da equipe, os indivíduos</p><p>que mesmo apresentando controle dos níveis tensionais, sejam portadores de lesões</p><p>em órgãos-alvo ou comorbidades;</p><p>• Encaminhar para consultas semestrais, com o médico da equipe, os indivíduos</p><p>controlados e sem sinais de lesões em órgãos-alvo e sem comorbidades.</p><p>9 CRITÉRIOS DE ENCAMINHAMENTOS PARA REFERÊNCIA E</p><p>CONTRARREFERÊNCIA</p><p>Existem casos mais graves, onde são necessários encaminhamentos</p><p>para</p><p>unidades de segundo ou terceiro nível de assistência, são nos casos de:</p><p>• Insuficiência cardíaca congestiva (ICC);</p><p>• Insuficiência renal crônica (IRC);</p><p>• Angina do peito;</p><p>• Suspeita de HAS e diabete secundários;</p><p>• HAS resistente ou grave;</p><p>• HAS e DM em gestantes;</p><p>• HAS e DM em crianças e adolescentes;</p><p>• Edema agudo de pulmão prévio;</p><p>• Complicações oculares;</p><p>• Lesões vasculares das extremidades, incluindo o pé diabético;</p><p>• AVE prévio com déficit sensitivo e ou motor;</p><p>• Infarto agudo do miocárdio prévio;</p><p>• Doença aneurismática de aorta.</p><p>10 CONCLUSÃO</p><p>A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença prevalente e silenciosa,</p><p>frequentemente não apresentando sintomas até que complicações graves, como infarto</p><p>do miocárdio ou acidente vascular cerebral, ocorram. Ao longo deste trabalho,</p><p>discutimos os principais fatores de risco para o desenvolvimento da HAS, incluindo</p><p>predisposição genética, hábitos alimentares inadequados, sedentarismo e estresse.</p><p>Também exploramos os métodos de diagnóstico, a importância do monitoramento</p><p>regular e correto da pressão arterial, escolhas terapêuticas e seus mecanismos de ação</p><p>e como prevenir ou reduzir os riscos desta doença.</p><p>A prevenção e o controle da HAS exigem uma abordagem multifacetada,</p><p>envolvendo mudanças no estilo de vida, como a adoção de uma dieta balanceada, rica</p><p>em frutas, verduras e pobre em sódio, a prática regular de atividades físicas, e a redução</p><p>do consumo de álcool e tabaco. Além disso, o uso de medicamentos anti-hipertensivos,</p><p>quando indicado, é crucial para o manejo eficaz da pressão arterial.</p><p>Destacamos, ainda, a relevância de campanhas educativas e de</p><p>conscientização para a população, promovendo a importância da detecção precoce e</p><p>do tratamento contínuo da hipertensão. Profissionais de saúde desempenham um papel</p><p>fundamental na orientação dos pacientes, auxiliando na adesão ao tratamento e na</p><p>adoção de hábitos saudáveis.</p><p>Concluímos que, embora a HAS seja uma condição crônica e, muitas vezes,</p><p>assintomática, sua gestão adequada pode prevenir complicações graves e melhorar</p><p>significativamente a qualidade de vida dos indivíduos afetados. Portanto, é imperativo</p><p>que os esforços para a prevenção, diagnóstico e tratamento da hipertensão sejam</p><p>intensificados, contribuindo para a redução da mortalidade e da morbidade associadas</p><p>a esta condição.</p><p>11 REFERÊNCIA</p><p>Hipertensão arterial. Ministério da saúde. 2024. Disponível em:</p><p>https://www.gov.br/saude/ptbr/assuntos/saude-de-az/h/hipertensao#:~:text=A%.</p><p>Acesso em: 24/05/2024.</p><p>HIPERTENSÃO arterial, caderno da atenção básica. Brasília: Ministério da saúde,</p><p>2006, 54 p.</p><p>Coren. 2017. Hipertensão, diabetes e outros fatores associados a doenças</p><p>cardiovasculares. 1ª edição. Vol. 1. Florianópolis: Prefeitura.</p><p>https://www.corensc.gov.br/wp-content/uploads/2017/08/Protocolo-Enfermagem-vol1-</p><p>v1-5-07082017-Versa%CC%83o-Ebook-6.pdf</p><p>BARRETO, Mayckel da Silva; MARCON, Sonia Silva. Hospitalização por agravos da</p><p>hipertensão arterial em pacientes da atenção primária, Fundação Faculdade de</p><p>Filosofia Ciências e Letras de Mandaguari, Mandaguari, PR, Brasil, vol. 1, abril 2013.</p><p>https://www.gov.br/saude/ptbr/assuntos/saude-de-az/h/hipertensao#:~:text=A%</p>

Mais conteúdos dessa disciplina