Prévia do material em texto
<p>O artigo de revisão em questão foi revisado e postado pela revista “Arquivos</p><p>Brasileiros de Cardiologia” da Sociedade Brasileira de Cardiologia em 2017,</p><p>trazendo o tema “Fitoesteróis no Tratamento da Hipercolesterolemia e</p><p>Prevenção de Doenças Cardiovasculares”. A revisão se baseou, basicamente,</p><p>nos efeitos que os fitoesteróis dos alimentos podem trazer para a saúde,</p><p>principalmente nos níveis séricos de LDL, porém como mencionado no artigo</p><p>ainda faltam estudos que comprovem sua eficácia em relação à diminuição dos</p><p>riscos de doenças cardiovasculares.</p><p>Os autores da revisão (Cabral CE, Klein MRST), buscaram enfatizar a função</p><p>dos alimentos que contenham fitoesteróis, já que são recomendados por varias</p><p>diretrizes e consensos para o tratamento de hipercolesterolemia. Mas isso só é</p><p>possível pelo principal mecanismo de ação desses bioativos, que é a</p><p>diminuição da quantidade de colesterol disponível para a absorção, pois</p><p>competem na sitio de absorção intestinal e parte do LDL não é absorvido pelo</p><p>intestino, podendo, assim, reduzir seus níveis no sangue.</p><p>Os fitoesteróis são esteróis vegetais e seus derivados saturados, os estanóis</p><p>vegetais também. São considerados compostos bioativos e encontrados</p><p>naturalmente em alimentos de origem vegetal,apresentando estrutura química</p><p>parecida com o colesterol, que é encontrado somente em alimentos de origem</p><p>animal. Com a análise bibliográfica, o artigo trouxe que a ingestão de cerca de</p><p>2g por dia desses bioativos está associada a uma redução significativa do LDL-</p><p>C, porém atingir essa recomendação diária em uma alimentação habitual se</p><p>torna difícil, devendo haver adequação.</p><p>Outro ponto importante abordado no texto é em relação à absorção de</p><p>vitaminas lipossolúveis, já que os fitoesteróis reduzem a absorção de</p><p>colesterol. O estudo proposto pelo artigo de revisão trouxe que mesmo com o</p><p>uso de fitoesteróis os níveis dessas vitaminas, como por exemplo, o</p><p>betacaroteno e licopeno, permaneceram dentro da faixa aceitação, então para</p><p>evitar possíveis reduções nas concentrações plasmáticas dessas substâncias</p><p>durante o uso de fitoesteróis aumentar a ingestão diária de frutas e hortaliças</p><p>ricas em carotenoide e licopeno pode ser a solução.</p><p>Portanto, ficou evidente pelo citado artigo a importância que o profissional</p><p>nutricionista tem na intervenção nutricional de pessoas com dislipidemias, pois</p><p>ao oferecer uma conduta nutricional onde exista fitoesteróis, há grandes</p><p>chances de melhora clínica, principalmente com ajuda medicamentosa e aliada</p><p>com praticas físicas e alimentação balanceada, que por sua vez o profissional</p><p>também pode atuar com implementação da educação nutricional. Uma</p><p>dietoterapia rica em alimentos como frutas oleaginosas como amêndoas,</p><p>gérmen de trigo e farelo de trigo como exemplo de cereais, frutas como</p><p>maracujá e laranja, além de óleos como o de milho e azeite de oliva que são</p><p>alimentos que contém os fitoesteróis naturalmente, trarão comprovados</p><p>benefícios para a diminuição do LDL e possível dislipidemia.</p><p>O nutricionista é um profissional da área da saúde que deve estar sempre</p><p>buscando conhecimento e embasamento para o exercício da profissão, pois</p><p>uma mudança na conduta nutricional e orientação dietoterápica pode ajudar</p><p>signitivamente a melhora de um quadro clinico.</p><p>.</p><p>CABRAL, Carlos Eduardo; KLEIN, Márcia Regina Simas Torres. Fitosteróis no</p><p>Tratamento da Hipercolesterolemia e Prevenção de Doenças</p><p>Cardiovasculares. Arq. Bras. Cardiol., v. 109, n. 5, p. 475-482, nov. 2017.</p>